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Em novo depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira, 19, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) voltou a afirmar que o ex-deputado Daniel Silveira se reuniu com ele e o então presidente Jair Bolsonaro (PL) para 'tratar sobre a possível gravação do ministro Alexandre (de Moraes) com a finalidade de invalidar as eleições' em um encontro de cunho supostamente golpista que também envolveria pessoas 'Cinco Estrelas'. Muitas das afirmações de Do Val se contrapõem ao depoimento dado à PF pelo próprio ex-presidente na semana passada.

O senador foi ouvido por três delegados federais que integram os quadros da Coordenação de Inquéritos dos Tribunais Superiores, unidade da PF que conduz investigações sensíveis envolvendo alvos com foro privilegiado.

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Em oitiva no dia 12 de julho sobre a suposta trama golpista, Bolsonaro negou que qualquer plano de gravar Moraes tivesse sido discutido na reunião com Silveira e do Val. 'Nada foi falado sobre o ministro Alexandre de Moraes', alegou. Do Val, no entanto, deixou claro que Silveira falou sobre a proposta 'na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro', ainda que o ex-presidente, segundo o senador, não tenha se manifestado durante a conversa.

No dia 12, Bolsonaro disse ainda não saber se a iniciativa da reunião foi de do Val ou de Silveira e que 'não teve contato anterior' com do Val. O senador, no entanto, afirmou que foi o próprio ex-presidente que realizou o convite, com participação de Silveira.

Segundo do Val, a responsabilidade de idealizar e marcar a reunião foi de Daniel Silveira, assim como foi o próprio ex-deputado que o procurou 'insistentemente'. Contudo, quando Silveira o abordou às portas do Plenário do Senado Federal, ele 'já estava ao telefone com o ex-presidente Jair Bolsonaro'. Silveira teria, então, afastado o telefone e dito a do Val que o 'zero um' precisava falar com ele. Foi então que, por telefone, Bolsonaro teria lhe convidado para a reunião.

Envolvimento 'Cinco Estrelas'

Marcos do Val voltou a reforçar, em seu depoimento desta quarta-feira, que os únicos envolvidos na reunião que supostamente trataria de uma trama golpista foram ele, Bolsonaro e Silveira. Acrescentou, contudo, que o ex-deputado pretendia envolver mais gente.

Questionado pela PF se haveria a colaboração de outras pessoas na 'missão', do Val disse que Silveira não falou sobre isso durante a reunião, mas logo na sequência teria enviado mensagem por WhatsApp dizendo 'Irmão, essa missão está restrita a três pessoas e só irá ficar, provavelmente, com mais cinco após concluída. Cinco estrelas'. O senador disse não saber o que o ex-deputado quis dizer com esse termo e afirmou que não quis perguntar.

Ele voltou a informar, no entanto, que Silveira disse 'já possuir equipamentos de escuta e transmissão e um carro para captar áudio, mas não referiu de onde viriam esses equipamentos'.

Culpa de Bolsonaro na trama golpista

Apesar de ter entrado em contradição com Bolsonaro, do Val claramente buscou afastar a culpa do ex-presidente durante seu depoimento. Ele afirmou ter ficado claro que durante a reunião, Silveira estava tentando convencer tanto ao próprio senador quanto ao ex-presidente. Além disso, afirmou que 'pela expressão de surpresa do ex-presidente, acredita que apenas Daniel Silveira sabia do que seria tratado na reunião'.

Do Val ainda foi indagado sobre o que entende significar a mensagem 'coisa de maluco' que recebeu do ex-presidente em fevereiro, depois de enviar prints a ele com sua conversa com Silveira e Moraes. Ele respondeu que 'Bolsonaro se referia à 'missão' de Daniel como algo absurdo'.

'Persuasão' ou 'momento de raiva'

No depoimento desta quarta-feira, 19, Marcos do Val voltou a contradizer a si mesmo.

A primeira declaração dada pelo senador sobre a suposta trama golpista aconteceu em fevereiro, em entrevista à revista Veja. Na ocasião, o senador acusou Bolsonaro de tê-lo convidado a participar da trama golpista. Apenas mais tarde, quando questionado pela polícia, do Val voltou atrás e protegeu o ex-presidente, afirmando que o responsável teria sido Daniel Silveira e que Bolsonaro teria ficado em silêncio.

Questionado sobre a contradição em entrevista à emissora Globo News, o senador admitiu ter mentido à imprensa disse que teria usado a 'estratégia da persuasão' na primeira declaração para atrair a atenção da imprensa.

No entanto, no depoimento desta quarta, ele deu uma nova explicação para as acusações contra o ex-presidente. Segundo ele, a entrevista teria sido feita em um momento em que estaria 'sofrendo enorme pressão de eleitores' que acreditavam que ele não apoiaria a candidatura de Rogério Marinho (PL), candidato de Bolsonaro, à presidência do Senado. Ele disse que naquele momento sua filha teria recebido ameaças e que isso teria sido o 'gatilho' que o levou a acusar o ex-presidente durante a entrevista à Veja.

Nesta quarta, afirmou que 'percebendo que havia feito essas acusações infudadas, em um momento de raiva, resolveu desdizê-las em várias manifestações posteriores'. Seria a razão a razão de suas constantes contradições.

Em depoimento à CPI da Covid no Senado, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que só soube do risco de abastecimento de oxigênio em Manaus no dia 10 de janeiro à noite, em reunião com o governador do Estado e secretários. A data em que o Ministério foi informado sobre o problema no Amazonas faz parte de um imbróglio de versões.

A atuação do ex-ministro no caso é investigada em inquérito. Como revelou o Broadcast/Estadão, em depoimento à Polícia Federal em fevereiro, o ex-ministro mudou a versão do governo e disse que não soube do colapso no fornecimento de oxigênio no dia 8 de janeiro, como a Advocacia-Geral da União (AGU) havia informado ao Supremo Tribunal Federal (STF) anteriormente.

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Por outro lado, Pazuello também disse à CPI que no dia 8 de janeiro já se iniciou o transporte aéreo de oxigênio para Manaus. "Todas as ofertas de entrega de oxigênio, eu aceitei todas. Demanda da White Martins só entrou na lógica do que estava sendo feito", respondeu o ex-ministro sobre a demanda feita pela empresa, alegando ainda que demonstrou interesse no avião ofertado pelos Estados Unidos para transportar oxigênio. A sessão precisou ser suspensa enquanto o assunto era discutido, em razão de um bate-boca envolvendo o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM)

"Medidas possíveis a partir do dia 10 foram executadas para Manaus", disse Pazuello. "O assunto é muito profundo, claro que ações proativas precoces trazem resultados melhores. Em tese, qualquer coisa tratada com precocidade traz respostas melhores", respondeu Pazuello ao relator Renan Calheiros (MDB-AL), afirmando ainda que o senador estava fazendo "suposições" sobre a demora de reação do governo.

O clima na CPI ainda esquentou entre o ex-ministro e o senador Eduardo Braga, depois de Pazuello afirmar que foram apenas três dias de desabastecimento de oxigênio no Amazonas. "Em 4 ou 5 dias, já estávamos com nível de estoque restabelecidos. Tivemos três dias onde aconteceram as maiores dificuldades", afirmou.

Braga então rebateu ao ex-ministro dizendo que a crise de desabastecimento durou 20 dias, e não três. "Não faltou oxigênio no Amazonas em apenas três dias. Faltou oxigênio por mais de 20 dias. É só ver o número de mortos, é só ver o desespero das pessoas. Não é possível", afirmou o senador.

Após cinco horas ininterruptas de depoimento do ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação, Fábio Wajngarten, à CPI da Covid-19 nesta quarta-feira (12), trechos da sua fala aos senadores foram desmentidos em tempo real. Ainda durante a sessão, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) expôs uma live de Wajngarten junto ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), transmitida em março de 2020, quando o ex-secretário estava diagnosticado com Covid-19. A testemunha havia dito, mais cedo na CPI, que não trabalhou na Secom enquanto estava doente, versão que foi desmentida com o vídeo apresentado.

Nas imagens, datadas em 14 de março de 2020, Wajngarten admite que está trabalhando em regime remoto, despachando normalmente e aprovando campanhas. “Tomando as precauções, não será essa agonia que parte da imprensa veicula. Eu sou a prova viva que mesmo testado positivo, a vida segue. Eu estou trabalhando normal, tenho feito calls com os ministros, tenho feito calls com a Secom, tenho aprovado campanhas, tenho conversado com os criativos das agências de publicidade. Então a vida segue”, disse em vídeo com o filho do presidente.

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“Isso já é suficiente para dizer que vossa excelência mentiu nesta oitiva. O senhor é uma testemunha e eu não estou perguntando nada, estou afirmando. O senhor veio aqui para mentir”, afirmou o senador Carvalho ao mostrar o vídeo.

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Outra contradição é trazida à tona quanto à aprovação da campanha “O Brasil Não Pode Parar”, lançada oficialmente em 27 de março de 2020, produzida e aprovada no mesmo mês, período inicial da pandemia da Covid-19 no Brasil. Durante depoimento, ao ser perguntado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) se o órgão federal era o responsável pelo vídeo, o ex-líder da Secom respondeu que recordava da campanha, mas que não saberia dizer se ele foi produzido pela pasta.

A justificativa foi o período de afastamento da Secretaria à época, o que não aconteceu, segundo versão do próprio Wajngarten, que admitiu estar aprovando campanhas. “O Brasil Não Pode Parar” foi um projeto bastante criticado pelas autoridades sanitárias, pelo tom de defesa à economia e orientações de isolamento social exclusivas aos idosos. O valor do custo da campanha para os cofres públicos também não havia sido divulgado.

Ao mencionar o seu período infectado pela Covid-19, perguntado sobre o uso da cloroquina em pacientes com a doença, Fabio Wajngarten diz que “a palavra cloroquina nem existia em março (de 2020)”. No entanto, um vídeo divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 21 de março do mesmo ano já fala sobre testes com o medicamento, que não tem eficácia comprovada contra o coronavírus.

“Agora pouco os profissionais do Hospital Albert Einstein me informaram que iniciaram o protocolo de pesquisa para avaliar a eficácia da cloroquina nos pacientes com Covid-19. Também me reuni com o senhor Ministro da Defesa, onde decidimos que o laboratório químico e farmacêutico do exército deve, imediatamente, ampliar a sua produção desse medicamento”, anuncia o chefe do Executivo em vídeo.

Áudios revelam que Wajngarten chamou o Ministério da Saúde de “incompetente”

Entre os assuntos na pauta para esclarecimentos do então secretário da Comunicação, esteve a entrevista concedida à revista VEJA no final de abril. A pergunta foi da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), a quem Wajngarten garantiu que, na entrevista mencionada, nunca afirmou incompetência do Ministério da Saúde no processo de aquisição das vacinas, diferentemente do que se tornou manchete nas páginas do veículo.

Segundo ele, a manchete de capa da edição 2735 (“Houve Incompetência”) teria sido um truque. “A manchete serve para vender a tiragem, a manchete serve para trazer audiência, a manchete serve para chamar a atenção, conforme a gente conhece”, esclareceu.

Na tarde desta quarta-feira (12), após as declarações à CPI, a VEJA divulgou o áudio em que o secretário-executivo das Comunicações chama a pasta de incompetente, não apenas uma vez, como duas. A fala da entrevista se refere ao processo de compra das vacinas da Pfizer.

“Incompetência, incompetência. Quando você tem um laboratório americano com cinco escritórios de advocacia apoiando na negociação, e do outro lado, um time pequeno, tímido, sem experiência, é sete a um”, respondeu à revista.

Ainda na CPI, Fabio Wajngarten afirmou que o governo federal não respondeu a uma carta enviada pela farmacêutica Pfizer, em que a empresa consulta a intenção do Ministério da Saúde em comprar vacinas contra a Covid-19. Wajngarten entregou uma cópia da carta à CPI.

“A carta foi enviada dia 12 de setembro. O dono de um veículo de comunicação me avisa em 9 de novembro que a carta não foi respondida. Nesse momento, envio um e-mail ao presidente da Pfizer. 15 minutos depois, o presidente da Pfizer no Brasil – eu liguei para Nova York -, me responde. Ele me diz: ‘Fabio, obrigado pelo seu contato'”, testemunhou.

Compromisso com a verdade

Fabio Wajngarten é ouvido na CPI na condição de testemunha, o que lhe garante o compromisso de dizer a verdade. De acordo com o Senado, em tese, a comissão pode determinar a prisão em caso de "flagrante delito". De acordo com o artigo 58, inciso terceiro, da Constituição, as CPIs possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. Nesse caso, se opor a responder os senadores, omitir, distorcer ou mentir diretamente sobre um dos fatos questionados, pode se enquadrar como o delito mencionado.

 

Após alegar que o Brasil “está quebrado” e não pode fazer nada a respeito, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), atacou (mais uma vez) a imprensa e afirmou que o país está “uma maravilha”. 

“Confusão ontem, você viu? Que eu falei que o Brasil estava quebrado. Não, o Brasil está bem, está uma maravilha. A imprensa sem vergonha, essa imprensa sem vergonha faz uma onda terrível aí. Para imprensa bom estava Lula, Dilma, gastava R$ 3 bilhões por ano para eles", disse o presidente na porta do Palácio da Alvorada, em Brasília. A declaração foi registrada em vídeo e postada por um canal que apoia Bolsonaro. 

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Na terça-feira (5), o mandatário afirmou, em conversa transmitida pelo mesmo canal bolsonarista, que “o Brasil está quebrado, e eu não consigo fazer nada”, em meio a mais ataques aos jornalistas. 

“Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, teve esse vírus, potencializado por essa mídia que nós temos. Essa mídia sem caráter. É um trabalho incessante de tentar desgastar para tirar a gente daqui e atender interesses escusos da mídia", alegou Bolsonaro. 

A fala do presidente da República é antagônica à equipe econômica do Governo Federal, que vem alegando publicamente que o país está bem e se recuperando da crise econômica potencializada pela pandemia. No entanto, após as declarações de Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, veio a público tentar minimizar o impacto da afirmação, alegando que Bolsonaro se referia apenas ao setor público. 

“Ele está se referindo, evidentemente, à situação do setor público, que está numa situação financeira difícil. Porque, depois dos excessos de gastos cometidos por governos anteriores, quando chegou o primeiro governo falando que vai cortar forte, foi fulminado pela pandemia. Nós estamos reconhecendo a dificuldade da situação, mas decididos a enfrentar. Nós vamos seguir com as reformas estruturais. Foi só isso”, disse Paulo Guedes ao jornal O Globo. 

O ministro estava de férias, mas precisou interrompê-las devido ao incidente: Após a repercussão forte e negativa das declarações de Bolsonaro, Paulo Guedes foi convocado a uma reunião organizada pelo mandatário no Palácio do Planalto com outros 16 ministros do governo. 

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Diante das incertezas quanto à divulgação oficial de dados sobre a Covid-19 pelo Ministério da Saúde, diversas iniciativas alternativas de divulgação e visualização de dados surgiram nos últimos dias para trazer à tona o retrato da epidemia do novo coronavírus no Brasil.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) lançou o Painel Conass Covid-19, que atualiza diariamente, às 18h30, os dados nacionais da doença com base nas informações das secretarias estaduais.

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Paralelamente, o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, que tinha composto a pasta ao lado de Luiz Henrique Mandetta, lançou no domingo a plataforma Dados Transparentes, com a promessa de fazer uma atualização de hora em hora do avanço do coronavírus, também a partir das bases estaduais.

Na apresentação do painel, o presidente do Conass, Alberto Beltrame, afirma que "a ciência, a verdade e a informação precisa e oportuna são fios condutores do processo orientador da tomada de decisão na gestão da saúde". No sábado, quando o empresário Carlos Wizard, que ia assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério, indicou que o governo poderia recontar os mortos, afirmando que os dados são "fantasiosos ou manipulados", o Conass disse que "a tentativa autoritária, insensível, desumana e antiética de dar invisibilidade aos mortos pela Covid-19 não prosperará".

A iniciativa pioneira na divulgação paralela de dados é do Brasil.io, criada em 2018 para facilitar o acesso a dados oficiais. Desde março a plataforma compila as informações estaduais de Covid e ganhou destaque na última semana. "Com a mudança recente do Ministério da Saúde, ficou claro que o objetivo é não publicar algumas coisas. Na minha visão, o que está por trás disso é desinformação, é fazer a pessoa entender que as mortes estão diminuindo", afirma Álvaro Justen, fundador do Brasil.Io. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após forte reação negativa sobre atrasos e omissões na divulgação de dados da covid-19, o Ministério da Saúde recuou e irá informar dados sobre infectados e mortos às 18h, diariamente, disse nesta segunda-feira, 8, o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco.

A decisão ocorre após, na última semana, o Ministério da Saúde retardar, por quatro dias, para cerca de 22h a apresentação de balanços diários da pandemia, que costumavam sair por volta das 19h.

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O atraso nos dados chegou a ser comemorado pelo presidente Jair Bolsonaro. "Olha, não interessa de quem partiu (a ordem para o atraso). Acho que é justo sair dez da noite. Sair o dado completamente consolidado", afirmou na última sexta-feira, 5, em frente ao Palácio da Alvorada.

Bolsonaro também disse que "acabou a matéria no Jornal Nacional" sobre a doença, referindo-se ao telejornal da TV Globo, e cobrou que sejam divulgados apenas os números de pessoas que morreram naquele dia. Isso porque os dados apresentados pelo Ministério da Saúde incluem os óbitos que ocorreram em datas anteriores, mas só tiveram a confirmação de que a causa foi a covid-19 nas últimas 24 horas.

Como o Estadão revelou, a mudança na forma de divulgação dos dados ocorreu após Bolsonaro determinar que o número de registros ficasse abaixo de mil por dia. A solução encontrada seria divulgar apenas dados de mortes que ocorreram, de fato, durante o dia.

No informe de sexta-feira passada, o ministério ainda omitiu o número total de mortos no País desde fevereiro, quando foram registrados os primeiros casos da doença. O painel da covid-19 no site da Saúde ainda ficou fora do ar até sábado. Segundo Elcio Franco, havia "necessidade de reformulação" da página.

Partidos da oposição e a Defensoria Pública da União (DPU) chegaram a ir à Justiça para reverter o atraso e a omissão de dados sobre o novo coronavírus no País. O Ministério Público Federal abriu procedimento extrajudicial para apurar o caso.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deve pautar nesta semana a urgência e o mérito de projetos que obrigam o governo a ser transparente na divulgação dos dados sobre a Covid-19. Pelas propostas em andamento na Casa, o governo terá de divulgar informações com detalhes sobre casos, capacidade do sistema de saúde e uso de recursos públicos em um portal único na internet.

Desde o início da pandemia, o governo federal vem diminuindo o nível de transparência na divulgação de informações sobre a crise. Com a saída do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, o Executivo reduziu entrevistas sobre a situação e, mais recentemente, passou a atrasar e a maquiar os números sobre casos e mortes da doença.

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Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados, os veículos O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, Extra, G1 e UOL decidiram formar uma parceria e trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal.

Maia criticou a atuação do governo. "Brincar com a morte é perverso. Ao alterar os números, o Ministério da Saúde tapa o sol com a peneira. É urgente resgatar a credibilidade das estatísticas. Um ministério que tortura números cria um mundo paralelo para não enfrentar a realidade dos fatos", escreveu o deputado em seu Twitter nesta madrugada.

Há ao menos dois projetos tramitando na Câmara sobre transparência na divulgação dos dados que devem ser juntados. Um é o da deputada Carmem Zanotto (Cidadania-SC). Pela proposta, a não obediência à divulgação de dados transparentes poderá implicar responsabilização civil, administrativa e criminal, além de outras providências previstas no Código Penal.

Já os deputados Felipe Rigoni (PSB-ES), Tabata Amaral (PDT-SP) e Camilo Capiberibe (PSB-AP) fazem um amplo detalhamento do que o governo terá de divulgar sobre casos suspeitos e confirmados como a faixa etária, sexo, raça e doenças preexistentes dos pacientes. Além disso, apresentar o número de testes à espera de resultado, especificando o tipo de teste realizado. A lista inclui ainda a quantidade de mortes e taxa de mortalidade, além de casos de curas. O número de médicos e profissionais da saúde contaminados e que foram a óbito também deverá ser público.

O projeto determina que o governo seja obrigado a divulgar informações sobre a prestação dos serviços de saúde, como os atendimentos e encaminhamentos realizados, quantidade de pessoas em isolamento domiciliar e internadas. Será obrigatório o governo revelar a taxa de ocupação de leitos e a quantidade de testes disponíveis.

Sobre o emprego de recursos públicos, determina a transparência de informações sobre compras, estoque e critérios para disponibilização de EPIs e respiradores mecânicos, entre outros.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reagiu à alteração na divulgação de mortes e infecções por Covid-19 e cobrou o Ministério da Saúde em relação à divulgação dos números da doença no Brasil. "Brincar com a morte é perverso. Ao alterar os números, o Ministério da Saúde tapa o sol com a peneira", afirmou o deputado no Twitter. "É urgente resgatar a credibilidade das estatísticas. Um ministério que tortura números cria um mundo paralelo para não enfrentar a realidade dos fatos."

"A comissão externa da Câmara que trata da Covid-19 vai se debruçar sobre as estatísticas", continuou. Segundo ele, "é urgente" que o Ministério da Saúde divulgue os números "com seriedade, respeitando os brasileiros e em horário adequado". "Não se brinca com mortes e doentes", finalizou.

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Na noite deste domingo, o Ministério da Saúde divulgou números contraditórios sobre a doença. Às 20h37, as informações oficiais divulgadas pelo ministério eram de 1.382 novos óbitos em 24 horas (um recorde para um domingo) e 12.581 novos casos de infectados, no mesmo período. Entretanto, às 21h50, a plataforma oficial trazia dados diferentes: 525 novas mortes e 18.912 casos novos confirmados.

Após alterar na semana passada a divulgação de mortes e infecções por Covid-19, o Ministério da Saúde divulgou neste domingo (7) números contraditórios sobre a doença. Às 20h37, as informações oficiais da pasta eram de 1.382 novos óbitos em 24 horas (um recorde para um domingo) e 12.581 novos casos de infectados, no mesmo período. Entretanto, às 21h50, a plataforma oficial trazia dados diferentes. De acordo com o site, foram registrados 525 novos óbitos e 18.912 novos casos confirmados de sábado para domingo. Os números estavam mais próximos dos relatados pelas secretarias estaduais e por grupos independentes - que começaram no fim de semana a fazer levantamento próprio após o governo atrasar divulgações, deixar de dar somatórios e considerar que só deveria divulgar os óbitos nas últimas 24 horas, deixando de incluir históricos.

O Ministério faz seu balanço a partir dos dados das secretarias estaduais. Nos boletins publicados nos sites, o Estadão verificou que havia discrepâncias importantes nos Estados de Roraima e Bahia, por exemplo. No primeiro havia uma diferença de mais de 600 mortes e no segundo, são mais de 200 mortes. O Estadão indagou o ministério, mas não obteve resposta até 22h30.

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MP e Justiça

O Ministério Público Federal abriu procedimento extrajudicial para apurar o atraso e a omissão na divulgação de dados sobre o novo coronavírus no País. A Defensoria Pública da União foi à Justiça Federal de São Paulo para obrigar o governo a apresentar os dados como se fazia até sexta-feira. Nessa linha, os partidos de oposição planejam acionar o Supremo Tribunal Federal.

Cotados para compor uma possível chapa majoritária do governador Paulo Câmara (PSB) na eleição deste ano, o senador Humberto Costa (PT) e o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) foram os alvos de diversas críticas feitas pelo deputado estadual Álvaro Porto (PTB). Nesta terça-feira (19), em discurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o petebista detonou afirmando que os dois são adversários de longa data no estado. “Será a junção da contradição com a incoerência”. 

O deputado disse que os eleitores estão ''estarrecidos'' ao verem Jarbas demonstrar simpatia por petistas. Há pouco, Jarbas falou que não via dificuldades em pedir votos para Humberto. “Depois de ter se consolidado e sobressaído como oponente e crítico contumaz do PT, da ex-presidente Dilma Rousseff e de Lula. Jarbas, está escrito em jornais e blogs, classificou o PT de uma quadrilha comandada por Lula e adjetivou Humberto de recalcado, petulante, cínico, sem integridade, perdedor nato e maior perdedor de Pernambuco. Em entrevistas, Jarbas disse que o ex-presidente se achava Deus, que agia com soberba. Em 2015, Jarbas chegou a afirmar que seria uma cena bonita ver Lula preso”, recordou. 

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Álvaro Porto não parou com as críticas. “Há que se destacar que Jarbas foi crítico ferrenho, adversário e desafeto de Eduardo Campos. Para quem não se lembra, Jarbas definia o socialista como autor de práticas coronelistas. Dizia até mesmo que o coronelismo de Eduardo não tinha limites e superava o coronelismo do ex-governador Miguel Arraes, a quem também atacou após rompimento nos anos 90”.

Ele também pontuou que Humberto já acusou Jarbas de ser “useiro e vezeiro em tentar desmoralizar as pessoas, procurando ganhar eleições por meio da agressão e mentira, só se construindo na política pela destruição dos outros”. Porto ainda finalizou que acreditou e votou em Jarbas sempre que disputou o Governo de Pernambuco. “Acompanhar os lances dessa arrumação é ver que as conveniências são mais fortes que convicções e opiniões defendidas ao longo de toda uma vida", lamentou.

Um grupo de deputados federais protocola, nesta quarta-feira (7), uma representação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar em seu depoimento à CPI da Petrobras. O documento, que será entregue na Corregedoria da Casa, diz que Cunha entrou em contradição no depoimento e, com base nisso, pede o afastamento dele na presidência da Casa.

Dos pernambucanos, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) é o único parlamentar a assinar a representação. Para ele, a permanência do correligionário é “insustentável”. “Ele não tem a menor condição de continuar a presidir os trabalhos na Câmara. A situação só piora e vai piorar ainda mais. Ele deveria sair do cargo para se defender das graves acusações que lhe pesam. Ficando na presidência da Casa é um risco porque ele usará o cargo para se defender”, disse Jarbas.

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A representação entregue na Corregedoria - que na prática é a primeira tentativa de afastar Eduardo Cunha do cargo – relembra as denúncias contra ele feitas na Operação Lava Jato. Delatores que já prestaram depoimento na Operação acusam o presidente da Câmara de receber propinas dentro do esquema de corrupção constatado na Petrobras. Confirmação da Procuradoria Geral da Suíça da existência de contas em nome dele e de seus familiares. Na CPI da Petrobras, Cunha negou ter contas bancárias no exterior.

Além de Jarbas, assinam a representação contra Cunha por quebra de decoro parlamentar os deputados Arnaldo Jordy (PPS-PA), Aliel Machado (Rede-PR), Alessandro Molon (Rede-RJ), Eliziane Gama (Rede-MA), João Derly (Rede-RS), Miro Teixeira (Rede-RJ), Chico Alencar (PSOL-RJ), Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) Glauber Rocha (PSOL-RJ), Ivan Valente (PSOL-SP), Jean Wyllys (PSOL-RJ), Júlio Delagado (PSB-MG) e Henrique Fontana (PT-RS).

Considerado um dos principais nomes da cena musical latina em todo o mundo, o porto riquenho Ricky Martin revelou em uma entrevista para a revista GQ australiana que, quando ainda não era assumido homossexual, mantinha um comportamento homofóbico e praticava 'bullying contra gays'. Em 2010 o cantor afirmou publicamente sua sexualidade através do livro Eu.

Hoje com 41 anos, Ricky trabalha como jurado do programa The Voice da Austrália. Ele contou a publicação que não se importava em assumir que foi preconceituoso um dia. “Hoje eu olho para trás e percebo que fazia bullying com os gays. Eu internalizei a minha homofobia… Mais tarde percebi que estava confrontando a mim mesmo. Eu queria sair disso”, disse.

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Martin ainda revelou que sentia muita raiva por sua condição. “Eu era muito bravo, muito rebelde. Eu olhava para gays e pensava ‘não sou assim, não quero ser assim, isso não sou eu, tinha vergonha”. Até então católico, o cantor de María deixou a entender que a religião influenciava em suas contradições. “Quando todos dizem que você é errado em relação à sociedade e à sua fé, você perde a autoestima. Eu colocava minha raiva nas pessoas ao meu redor”, falou.

Recentemente ele lançou o single Come With Me, assista ao videoclipe da canção:

Detido em 1971 por agentes da polícia política, o ex-marinheiro Edgard de Aquino Duarte, na época com 29 anos, faz parte da lista de mortos e desaparecidos do período do regime militar. Embora tenha sido visto na prisão por vários ex-presos políticos, as autoridades sempre negaram que, em algum momento, ele tivesse permanecido sob sua guarda. Agora, porém, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) acabam de localizar um documento que pode ajudar a esclarecer a história de Duarte, desaparecido desde 1973.

No Arquivo Público do Estado de São Paulo, o grupo especial de procuradores que investiga casos de desaparecidos, procurando incriminar os responsáveis, encontrou, entre papéis do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), uma ficha elaborada pelo 2.º Exército sobre Duarte.

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Nela se informa que foi detido para averiguações em 13 de junho de 1971 e que passou por mais de um cárcere. A ficha foi elaborada pela Operação Bandeirantes, controlada pelo Exército e vinculada ao Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Esse órgão foi chefiado entre 1970 e 1974 pelo major Carlos Alberto Brilhante Ustra, hoje coronel da reserva.

Duarte teria ficado detido durante dois anos, até seu desaparecimento, em junho de 1973. Para os procuradores, trata-se de um caso de sequestro, crime continuado, cujos responsáveis não teriam sido atingidos pela Lei da Anistia de 1979. O seu objetivo é encontrar esses responsáveis e levá-los à Justiça.

Histórias cruzadas

Ao procurar documentos sobre a prisão de Duarte, os procuradores encontraram evidências de que ela ocorreu por causa de um outro marinheiro: José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, que militou na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e entrou para a história como delator de militantes da esquerda armada.

Duarte e Anselmo eram amigos e militavam na esquerda desde antes do golpe militar de 1964. Expulsos da Marinha pelo Ato Institucional n.º 1 e perseguidos pelas autoridades, fugiram para o exterior. No retorno, seguiram caminhos diferentes: Duarte trocou de nome e passou a trabalhar como corretor na Bolsa de Valores. Sua ficha no Exército reconhece que não mantinha vínculos com nenhuma organização. Anselmo, no entanto, teria optado pela luta armada.

Os dois encontraram-se no centro de São Paulo, em 1971. Anselmo disse que estava sem lugar para morar e Duarte ofereceu seu apartamento, na Rua Martins Fontes. Esse teria sido o seu maior erro. Logo em seguida Anselmo caiu. Preso pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, que chefiava o Dops, foi convencido a mudar de lado e saiu da prisão com a missão de se infiltrar entre organizações de esquerda.

Nesse contexto, Duarte tornou-se um problema. Como sabia da prisão de Anselmo, havia o temor de que o reencontrasse e descobrisse a operação arquitetada por Fleury.

Entre os documentos do Dops, os procuradores encontraram papéis indicando que os policiais estiveram mais de uma vez no apartamento da Martins Fontes, onde Duarte residia com o falso nome de Ivan Marques Lemos.

Habeas corpus

As autoridades sempre negaram sua presença na prisão. Diante de um pedido de informações emitido pelo Superior Tribunal Militar (STM), para instruir um pedido de habeas corpus impetrado pelo advogado da família de Duarte, o Dops admitiu que tinha sido preso para averiguações, mas fora libertado.

Anselmo nunca negou sua proximidade com Duarte em entrevistas e depoimentos. Jamais mencionou, porém, que sua prisão estivesse relacionada às suas atividades como delator. Essa é a primeira vez que a história de Duarte é inteiramente reconstituída. Além de reunir documentos, o MPF ouviu ex-presos políticos que viram o ex-marinheiro no cárcere.

Pedro Rocha, que dividiu cela com Duarte no DOI-Codi, contou que o prisioneiro não conseguiu entender as razões de sua longo permanência no cárcere. Várias vezes ele teria perguntando ao major Ustra quando haveria uma solução para seu caso. Maria Amélia Telles, que também esteve no DOI-Codi, afirma que ouviu Duarte dizer, em mais de uma ocasião, que estava condenado. "Outras pessoas também ouviram ele dizer que sabia que ia morrer", disse.

O Ministério Público também ouviu agentes policiais que atuavam no Dops na época do desaparecimento de Duarte. Nenhum confirmou sua presença naquela instituição. Procurado pelo jornal O Estado de S. Paulo, por meio de seu advogado, Paulo Alves Esteves, o coronel Ustra disse não se lembrar de nenhum detido com o nome Edgard Aquino Duarte.

Nos depoimentos que já deu sobre sua atuação no DOI-Codi, o coronel já afirmou que nunca efetuou prisões ilegais. Ele também disse que "jamais permitiu torturas".

A descoberta do documento nos papéis do Dops mantidos no Arquivo do Estado animou o Ministério Público. "Isso significa que, apesar de já ter sido vasculhado em mais de uma ocasião por jornalistas e pesquisadores, o arquivo ainda pode ocultar informações importantes", disse o procurador Sérgio Gardenghi Suiama. "É um fato alentador." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A advogada de Lindemberg Alves, de 25 anos, Ana Lucia Assad contradisse o depoimento do réu em ao menos dois momentos durante o debate no Fórum de Santo André (SP), neste último dia de julgamento. Durante sua explanação aos jurados, ela apontou que a condenação deve ser abrandada, mudando a tipificação dos crimes pelo qual ele é acusado.

No depoimento de quarta, Lindemberg disse que Eloá Pimentel, sua ex-namorada, não sabia que ele iria visitá-la, que tentou ligar, mas ninguém atendeu. Na manhã de hoje, porém, Ana Lucia disse o contrário: para ela, a vítima foi avisada que o acusado iria ao apartamento. "Vocês já ouviram falar do ditado que ‘roupa suja se lava em casa’?", questionou o júri, se referindo que os jovens haviam reatado e iriam discutir a relação naquele dia.

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No outro momento, a defesa também assumiu que o réu atirou contra Nayara Rodrigues, amiga da vítima que também foi feita refém. "Ele se assustou e atirou", afirmou Ana Lucia. Durante o depoimento, no entanto, Lindemberg deixou em suspense a ação ao dizer que não se lembrava de ter disparado. "Não posso dizer se atirei ou não na Nayara".

A advogada de Lindemberg pediu três mudanças na tipificação de crime contra o réu. Ana Lucia quer que ele seja condenado por homicídio culposo (quando não há intenção) e não doloso em relação à morte de Eloá; por lesão corporal culposa e não tentativa de homicídio contra Nayara e que ele seja absolvido da acusação de cárcere contra os amigos da vítima: Victor Lopes, Iago Vilela de Oliveira e Nayara.

Além de negar o sequestro, a defesa também reafirmou que não foi Lindemberg que atirou contra o policial que invadiu o apartamento. E voltou mais uma vez a culpar a ação da polícia e a cobertura da mídia como também responsáveis pelo crime. "A imprensa tratou o caso como um reality show policial". A advogada usou boa parte da 1h30 do debate para defender a própria imagem. Ana Lucia disse que foi humilhada e atacada pela imprensa durante o período de julgamento. "Peço desculpas se me inflamei, mas tudo o que a defesa falou aqui é verdade", disse.

E finalizou dizendo que Lindemberg sempre amou e ainda ama Eloá, tanto que em três anos de prisão, ele nunca recebeu visita íntimas. "Ele não é um marginal, como alguns que estão em Brasília. É um rapaz calmo, sensato, mas com um perfil impetuoso. Ele é apaixonado pela Eloá até hoje".

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