Com o tema “Imagine um mundo onde a tecnologia ajuda a resolver os problemas do planeta que mais nos desafiam” - em português - a competição Imagine Cup, da Microsoft, convidou, mais uma vez, interessados a submeter projetos para conquistarem o título de campeão na iniciativa de buscar um mundo melhor através do uso da tecnologia.
O evento é uma prova de que a tecnologia está a favor de todos, basta usar a imaginação e canalizar a potencialidade dela para suprir as necessidades de quem precisa. Pensando nisso, equipes recifenses submeteram projetos nas diversas categorias existentes na competição a fim de alcançarem um lugar no pódio, seguindo a tradição de vencedores, existente no estado.
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O norte no desenvolvimento dos projetos, neste ano, são as oito metas do milênio da ONU: Erradicar a extrema pobreza e a fome; Atingir o ensino básico universal; Promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres; Reduzir a mortalidade infantil; Melhorar a saúde materna; Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças; Garantir a sustentabilidade ambiental; Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
E é na abordagem da preocupação com a saúde dos indivíduos que a equipe Digital Mangue, da categoria de software design, elaborou o First Care Taker, sistema embarcado que consiste em uma cinta que controla os sinais vitais de um paciente enquanto espera seu atendimento no hospital, através de rede wireless. A ideia é facilitar o sistema de triagem dos pacientes, formular a fila de prioridade e fazer o monitoramento, não deixando o doente desassistido e podendo ser amparado em qualquer necessidade, inclusive numa piora. No entanto, não basta ter uma ideia viável, ela também precisa ter baixo custo para ser implantada. “Todo o equipamento é feito com baixo custo, podendo custar menos de 50 dólares”, é o que explica o engenheiro de softwares e líder da equipe, Hugo Rodrigues.
Já nas categorias Windows Azure Challenge e Software Design, dois grupos recifenses do projeto ProDeaf, estão na luta com o foco para as pessoas que sofrem de deficiência auditiva. “A ideia é permitir a comunicação fluente entre esses deficientes e as demais pessoas”, explica o representante do time, Lucas Mello. O projeto consiste em um aplicativo que serve como tradutor, que transforma a voz em libras e a linguagem de sinais em áudio, possibilitando a comunicação em tempo real entre essas pessoas. O intuito é que o aplicativo também seja usado em ocasiões como aulas e palestras.
Na categoria de games os projetos tendem a ser mais sigilosos entre as equipes, mas todos precisam ter o mesmo direcionamento de acordo com o tema. “Os games não tem o mesmo apelo emocional que a categoria de SD, mas é uma forma de tentar educar”, comenta o integrante da Roll Cake Games, Luca Bezerra que participa de três categorias da competição e no ano passado participou da final mundial. “Nosso game foca nas metas da saúde”, acrescenta Luca sem mais detalhes. Também na mesma categoria o Replay Team, traz a ideia de que pessoas com o mesmo objetivo conseguem fazer trabalhos melhores. “Foram mapeados problemas de vários países e colocados no jogo como metas para serem resolvidas”, falou Raphael Ribeiro, integrante da equipe.
Uma prova de que a competição mobiliza pessoas de diferentes idades e áreas de conhecimento em prol do mesmo objetivo, é o caso dos jovens estudantes da Escola Técnica Estadual Professor Agamemnon Magalhães (ETEPAM), que com o apoio do professor Eraldo Guerra resolveram participar também. “Angel of Guardian é um projeto que tem como objetivo integrar o WP7, Azure e Software numa só função. Que é facilitar e incentivar a prática de boas ações nas pessoas”, explica Thiago Pedrosa sobre o seu projeto que concorre à categoria de Software Design e consiste em tirar fotos de situações que merecem atenção da sociedade e autoridades e através de um aplicativo que manterá essas informações disponíveis para ONGs que poderão ajudar. Quem conseguir resultados mais rapidamente ganha pontos.
Com influências do pai pelo gosto à tecnologias, a aluna Dany Chasez, se interessou pela categoria Kinect fun lab’s e elaborou o Doctor's of Joy". “A intenção é proporcionar uma ferramenta de apoio ao tratamento para crianças acometidas pelo câncer, por meio da terapia do riso e consiste em um aplicativo que possui atividades e jogos, além de contar com um álbum de fotos e acesso às redes sociais, para que as crianças possam estar sempre em contato com seus familiares e amigos”, detalha a aluna. Já Luiz Reis não queria ficar de fora dessa experiência, pois para ele é uma grande fonte de aprendizado e troca de experiências tanto na vida pessoal como profissional. Ele resolveu submeter seu projeto à categoria Windows Metro Style App Challenge e consiste na ajuda à criança autista. “O projeto busca promover uma maior autonomia da criança autista com o uso de uma agenda programada pelos seus pais ou familiares remotamente que irá informar por meio de imagens o que a criança deve fazer naquele determinado momento”, esclarece Luiz.
Diante de tantas ideias e expectativa, não é a toa que Pernambuco tem uma grande fama por ser um celeiro de mentes produtoras de projetos vencedores na Imagine Cup, além de ter como um dos pontos mais latentes a amizade entre os grupos que apesar de serem concorrentes são companheiros e amigos.
As equipes estão aguardando as futuras classificações e o LeiaJá fez a apresentação de cada equipe e iremos acompanhar todos eles até a grande final mundial.