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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou que o Twitter e o Instagram excluam postagens do deputado federal André Janones (Avante) em que ele faz críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ao se referir ao episódio do ataque do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) contra os policiais federais.

Moraes atendeu a um pedido feito pela campanha do presidente Jair Bolsonaro. "Ocorre que as postagens e manifestações do candidato Jair Messias Bolsonaro acerca do referido incidente são em sentido contrário ao afirmado pelo representado, de modo que os conteúdos impugnados decorrem de interpretação e presunção tendente a desinformar o eleitorado sobre a posição do candidato no caso do episódio, com repercussão nacional, específico na data de hoje envolvendo Roberto Jefferson. Em suas postagens, na data de hoje, Jair Messias Bolsonaro afirmou repudiar os atos criminosos cometidos", disse o magistrado na decisão.

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Janones fica impedido de se manifestar novamente sobre os fatos tratados na representação e, caso descumpra, pode ter que arcar com uma multa diária de R$ 100 mil. Por meio de suas redes sociais, o parlamentar garantiu que irá cumprir o que foi determinado pela Justiça.

“Acabo de ser intimado ao vivo durante uma entrevista. Estou proibido a pedido de Bolsonaro de divulgar qualquer foto dele com Jefferson e de fazer qualquer postagem que ligue ambos, sob pena de multa diária de 100 mil reais. Cumprirei a determinação da justiça”, compartilhou.

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O Twitter suspendeu duas postagens do deputado federal André Janones (Avante-MG) que falavam do presidente Jair Bolsonaro (PL) após ordem do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Paulo de Tarso Vieira Sanseverino. A decisão foi publicada na noite de sexta-feira (21) e teve como uma das bases a nova resolução da Corte que ampliou poderes do colegiado para determinar a remoção de notícias que considerar falsas e acelerou o prazo para que a ordem seja cumprida.

Sanseverino deu prazo de duas horas para que a rede social removesse o conteúdo sob pena de multa no valor de R$ 100 mil por hora de descumprimento. A nova norma do TSE prevê à Corte aplicar multa de R$ 100 mil a R$ 150 mil às plataformas que descumprirem ordens judiciais de remoção de conteúdo, estender o alcance de decisões contra publicações tidas como falsas, proibir propaganda eleitoral paga nas 48 horas que antecedem o segundo turno e suspender temporariamente perfis e canais nas redes sociais de caráter desinformativo, segundo os ministros.

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"Defiro o pedido de tutela de urgência para determinar a notificação da empresa provedora de aplicação Twitter para que, no prazo de 2 (duas) horas, conforme preceito normativo art. 2º, ? 1º, da Res.-TSE nº 23.714/2022, suspenda a divulgação das publicações constantes das URLs relacionadas abaixo, até o julgamento final da representação por este Tribunal Superior, sob pena de multa no valor de R$ 100.000.00 (cem mil reais) por hora de descumprimento", decide o ministro.

Aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Janones havia chamado Bolsonaro de "miliciano", "assassino" e "fascista" em duas postagens. Uma delas sobre a pandemia de Covid-19. A decisão de retirar o conteúdo atendeu a um pedido da campanha à reeleição do presidente.

Os advogados do presidente alegaram que houve "veiculação de gravíssimas ofensas à honra e à imagem do presidente da República". Segundo a campanha, as publicações zombaram "da própria Justiça Eleitoral".

O ministro do TSE aceitou o pedido de remoção do conteúdo e afirmou que "foram ultrapassados os limites da liberdade de expressão".

"São mensagens produzidas e divulgadas para ofender a honra e a imagem do candidato da coligação representante, cujo objetivo consistiu na disseminação de discurso manifestamente inverídico e odioso que pretende induzir o usuário da rede social a vincular o candidato a práticas criminosas", disse Sanseverino.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência pelo PT, criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta sexta-feira, 21, pela discussão da possibilidade de desindexação do salário mínimo e dos benefícios previdenciários. O petista usou uma transmissão ao vivo nas redes sociais para prometer aumento real do mínimo, caso eleito. "Quero dizer para vocês que é irresponsabilidade do ministro Guedes falar uma coisa dessa", disse Lula, em transmissão no perfil no Facebook do deputado André Janones (Avante-MG), um dos principais impulsionadores de conteúdo a favor do petista nas redes sociais.

"Na verdade, eles acham que os aposentados, pensionistas, as pessoas que recebem o BPC são um peso, são um fardo nas costas do País. Não é verdade. O que a gente está pagando para vocês é o que vocês já pagaram para esse país com mão de obra, com trabalho. Quero garantir, Janones, que no nosso governo, o salário mínimo vai ser aumentado todo ano de acordo com o crescimento da economia", afirmou Lula durante a live. O petista recusou participar de um debate com presidente Jair Bolsonaro (PL) , nesta sexta, promovido pelo Estadão e um pool de veículos, alegando incompatibilidade de agenda.

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A proposta de desindexar o salário mínimo foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo. O ministro negou que o objetivo seja impedir ganho real de trabalhadores e pensionistas, mas confirmou que é estudada a possibilidade de desvincular o reajuste do salário mínimo e da aposentadoria da inflação do ano anterior.

Uma das principais promessas de campanha de Lula é a volta do aumento real do salário mínimo. Desde 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, a correção do mínimo passou a ser apenas a inflação do ano anterior. Lula promete retomar a política de valorização. Conforme revelou o Estadão, a proposta da campanha petista de criar uma regra de correção do salário mínimo acima da inflação com base na média do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos cinco anos permitiria um ganho real de 1,3% da renda do trabalhador em 2023. O custo adicional ficaria em torno de R$ 6,2 bilhões.

Após Guedes confirmar que o governo estudava desvincular o reajuste do índice de benefícios do ano anterior, o tema entrou no centro do debate eleitoral. Lula passou a criticar a campanha adversária e o presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, prometeu reajuste acima da inflação no ano que vem.

Na live com Janones, Lula voltou a prometer a retomada do Minha Casa, Minha Vida, a manutenção do auxílio de R$ 600 caso eleito e a criticar as informações falsas que atingem sua campanha. O petista também disse ter "brigado muito" com o PT para convencer os aliados a não fazer campanha dentro de igrejas.

O Partido Progressistas (PP) informou na manhã desta terça-feira, 18, que protocolou uma denúncia contra o deputado federal André Janones (Avante) no Conselho de Ética da Câmara por quebra do decoro parlamentar.

A representação, apresentada pelo deputado federal e presidente do PP, Cláudio Cajado, na última segunda-feira, 17, afirma que Janones quebrou o decoro parlamentar ao "divulgar notícias caluniosas, em absoluto ato de má-fé e desonestidade" e pede pela perda do mandato do parlamentar.

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Ao Estadão, o relator da peça afirmou que o documento está recheado de provas contra o parlamentar e cita o caso do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR), que foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por divulgação de fake news, como uma possível jurisprudência para a cassação do mandato de Janones.

"Qualquer pessoa que exerça o mandato não pode se esconder atrás da imunidade parlamentar para se livrar de crimes graves como os que estão sendo praticados pelo deputado Janones", diz Cláudio Cajado.

Em seu perfil no Twitter, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), anunciou a apresentação da ação, classificando o político mineiro como um "réu confesso de propagar fake news" e seus atos como "antidemocráticos".

"Janones, intencionalmente, divulga vídeos editados e descontextualizados com o único intuito de enganar eleitores e disseminar ódio contra o presidente Jair Bolsonaro", relata o documento. A denúncia lista uma série de postagens no Twitter e no Facebook do político mineiro como provas de que ele teria divulgado fake news contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PL).

Os casos

O documento aponta quatro casos nos quais Janones teria divulgado desinformações sobre a campanha do atual presidente -- quando afirmou que o senador Fernando Collor (PTB) seria ministro de Bolsonaro e confiscaria o dinheiro da população brasileira; quando disse que o presidente realizou um pacto com a maçonaria para vencer o pleito de 2022; quando relatou que a campanha presidencial não extraditaria o ex-jogador Robinho, que foi condenado por estupro na Itália, em troca do apoio do ex-atleta; quando afirmou que Bolsonaro teria praticado atos de pedofilia contra crianças venezuelanas.

De acordo com a representação, o deputado federal não só sabe que está divulgando informações falsas, como também incentiva seus seguidores a espalharem as notícias. Como evidência, o deputado Cajado utiliza uma postagem de Janones no Twitter onde o político mineiro afirma estar "combatendo o bolsonarismo de igual para igual".

"É fato público e notório que alguns bolsonaristas já foram punidos pelo TSE pela divulgação de fake new. [...] Ou seja, o representado afirma estar divulgando fake news com o intuito de atacar Jair Bolsonaro e qualquer pessoa que seja a seu favor!", diz a nota.

Procurado pelo Estadão, André Janones afirmou que a representação "não traz qualquer fundo de verdade, sendo somente fruto de retaliação política devido à minha incessante atuação nas redes sociais, com vistas a desmontar o esquema criminoso de milícias digitais que levaram à eleição de Jair Bolsonaro nas eleições passadas".

O deputado do Avante diz que sua atuação sempre obedeceu os limites da lei e que todas as afirmações veiculadas a ele serão comprovadas no processo. "Ao contrário do grupo comandando por Ciro Nogueira, Bolsonaro e seus comparsas, eu jamais descumpri e nem descumprirei qualquer ordem da justiça. Quebra de decoro se dá quando o político ataca a imprensa, incentiva a não vacinação, e diz que pintou um clima com uma criança, o que não é o meu caso."

Janones ainda aponta para uma suposta confissão de culpa na peça, que ele classifica como um "ato falho". "Eles admitem que os próprios bolsonaristas fazem fake news. Dizem que combater o bolsonarismo de igual para igual é propagar fake news", afirma o deputado. "Há muito o que ser explicado, mas não da minha parte. Continuo confiante que, ao final, a justiça prevalecerá", finaliza.

Janonismo cultural

O texto apresentado pelo PP ressalta que André Janones apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 e que, "apesar de não integrar formalmente a equipe do petista, se tornou um dos seus principais apoiadores e referência de campanha digital de Lula nas redes sociais".

O deputado federal é um fenômeno nas redes sociais. Com forte presença no Twitter e no Facebook, Janones ganhou fama ao apoiar a greve dos caminhoneiros em 2018 e, meses depois, ao ser eleito deputado federal por Minas Gerais com 178 mil votos. No começo de 2022, o mineiro chegou a ser pré-candidato à Presidência pelo Avante, mas acabou desistindo de sua candidatura em prol de Lula.

Desde então, ele vem atuando na campanha digital do ex-presidente de forma agressiva, com táticas que podem ser comparadas as estratégias digitais de Carlos Bolsonaro (Republicanos) e do youtuber, membro do MBL e deputado cassado Arthur do Val, também conhecido como Mamãe Falei. A prática ficou conhecida na internet como "janonismo cultural".

Ao ser eleito, o deputado mineiro havia afirmado que não defenderia Lula ou Bolsonaro, mas sim o povo brasileiro. No primeiro turno, no entanto, o político foi um dos mais ferrenhos defensores do ex-presidente e sua atuação continua a reverberar na segunda parte do pleito.

Líderes da campanha petista afirmam que Janones age sozinho e por iniciativa própria, mas o parlamentar participa de reuniões estratégicas e integra a coordenação de campanha do ex-presidente. Assim, Lula ganha impulso nas redes sociais sem se envolver diretamente em pautas polêmicas.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) cobra R$ 20 mil ao deputado federal André Janones (Avante) por chamá-lo de miliciano. O filho de Jair Bolsonaro (PL), pela terceira vez, apresentou ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que que Janones seja notificado por injúria.

O valor solicitado por Carlos Bolsonaro é referente à reparação por danos morais. O vereados também solicita a condenação criminal do deputado federal. De acordo com o site O Globo, oficiais de Justiça tentaram intimar Janones, mas não obtiveram êxito.

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Advogados de Carlos chegaram a fornecer informações sobre contatos para localização do parlamentar e o relator do processo, o ministro Ricardo Lewandowski, determinou a notificação de André Janones no final de agosto.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou, na noite desta quinta-feira (8), que seja apagada das redes sociais uma publicação do deputado André Janones (Avante-MG) que relaciona a suspensão do piso salarial nacional dos enfermeiros ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

A Corte argumenta que, por ser aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Janones divulgou "falsamente" que o partido de Bolsonaro estaria por trás da decisão do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, que suspendeu a iniciativa aprovada pelo Congresso Nacional. A decisão que suspendeu o piso foi publicada após pedido da Confederação Nacional de Saúde, dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde) e outras entidades da categoria.

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O Estadão entrou em contato com a assessoria de Janones, nesta sexta-feira (9), que não comentou a decisão até o momento.

A decisão do TSE para a remoção do conteúdo de Janones é do ministro Paulo de Tarso Vieira, que determinou ao Twitter e ao Facebook que suspendam a publicação até o julgamento definitivo do plenário da Corte sobre o caso. O ministro ainda determinou que o parlamentar e o Ministério Público Eleitoral (MPE) sejam ouvidos na ação, pedida pelo PL, argumentando que o deputado sabe que a informação é falsa e mesmo assim a publicou.

O próprio Janones sugeriu que a informação não seria verdadeira. Em resposta ao jornal O Globo, ele afirmou: "divulguei fake news, só deixei uma fala no ar, exatamente como eles fazem. O Partido de Bolsonaro estaria por trás do pedido que derrubou o piso. Eu ainda frisei que a informação precisava ser confirmada. É bonito? Não. Tem outra forma de estancar fake news? Por ora, também não", disse o deputado.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) protocolou uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) após ter sido chamado de "miliciano" e "vagabundo" pelo deputado federal André Janones (Avante-MG), aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta terça-feira (30), o parlamentar mineiro foi às redes sociais ironizar a ação movida pelo filho do presidente Jair Bolsonaro.

"Carlos Bolsonaro acaba de ingressar com uma ação no STF pedindo 20 mil reais por eu ter emitido a opinião de que ele é miliciano, bandido e vagabundo! Faz por 10 (mil) não? Eu pago em dinheiro 'vivo'", publicou o deputado.

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Ao ironizar se Carlos Bolsonaro não diminuiria a indenização pedida para R$ 10 mil e oferecer pagamento em dinheiro vivo, Janones se referia à reportagem publicada nesta terça-feira que denuncia que metade dos imóveis do clã Bolsonaro foi adquirida total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo.

Um dos principais cabos eleitorais de Lula na internet, Janones tem se desentendido com bolsonaristas com frequência. Ele protagonizou um bate-boca com o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles no último domingo (28), nos bastidores do debate da Band. Após saber do processo movido por Carlos Bolsonaro, Janones passou a ironizar nas redes o fato de o vereador ter acionado o STF após o deputado ter usado sua "liberdade de expressão". O presidente da República e seus filhos costumam alegar "liberdade de expressão" ao acusar a Corte de "ativismo judicial" devido a determinações contra bolsonaristas que criticam o Judiciário.

Procurado, o deputado enviou a seguinte nota: "Estou apenas exercendo a liberdade de expressão que a família Bolsonaro jura tanto defender; uma semana de liberdade de expressão e eles já estão recorrendo a um tribunal que, até ontem, diziam que bastava um soldado, um cabo e um jipe pra fechar. São incoerentes e confusos."

No Twitter, ele publicou uma foto e escreveu: "Imprensa do Brasil inteiro atrás de mim, pedindo uma nota sobre a ação que o Carluxo entrou no STF, por eu estar usando minha liberdade de expressão. Minha camiseta é minha nota". Na imagem, ele usa uma camiseta estampada com a frase "as voltas que o mundo dá".

Após desistir da corrida presidencial para apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal André Janones (Avante-MG) usou as redes sociais para dizer que a esquerda deve mudar a linguagem para "conversar com os operários".

"Diferença entre Lula e Bolsonaro cai de 18 pra 9, com apenas 2 dias de auxílio em R$ 600,00. Ou a esquerda senta no chão da fábrica pra conversar com os operários ou já era. Detalhe: o chão da fábrica atualmente, são as redes sociais, em especial o Facebook", publicou Janones em uma rede social.

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O deputado fez referência à pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta semana. Em Minas Gerais, Lula tem 42%, ante 33% de Bolsonaro. A pesquisa anterior apontava Lula com 46% e Bolsonaro, com 28%. Minas é o segundo maior colégio eleitoral do País, com 10,41% dos votos do País.

Em outra publicação, o deputado argumentou que o PT deveria parar de usar alguns termos, como "renda mínima", e substituí-los por uma linguagem mais popular.

O parlamentar, que é conhecido pela sua presença marcante nas redes, acredita que o petista poderá ganhar mais notoriedade se conseguir se posicionar melhor no meio digital, um campo que Bolsonaro e sua base têm forte presença. Para Janones, o petista pode "esmagar" opositores quando passar a se dedicar, de fato, a estar presente nas redes sociais.

"Bolsonaro só domina aqui ainda, porque Lula não veio de fato pra cá, quando vier, esmagará a Bolsonaro, a mim, e a todos que se acham gigantes nas redes", disse o ex-candidato.

"Não existe maior na rede ou nas ruas, maior é maior, Lula é o maior líder político deste país, e sabe conversar com o povo como ninguém", disse.

O deputado federal André Janones (Avante-MG) anunciou, nesta quinta-feira, 4, que abriu mão de sua candidatura para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 ao Palácio do Planalto.

O anúncio aconteceu após reunião entre Janones e Lula em São Paulo. Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada apontou o deputado federal com 1% das intenções de voto.

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Janones, que já vinha flertando com a possibilidade de apoiar Lula, fez sua primeira declaração pública a respeito do assunto na semana passada, em suas redes sociais. "Bolsonaro me bloqueou, Ciro não aceitou encontrar comigo, Tebet ignorou por completo minha existência, enquanto aquele que lidera as pesquisas pediu publicamente para conversar comigo. Humildade e democracia andam lado a lado. Convite aceito", escreveu Janones nesta sexta-feira, 29, nas redes sociais. Lula respondeu: "Combinado. Política se faz com diálogo e juntando pessoas pelo bem comum. Vou te ligar."

Em suas redes sociais, Janones também mostrou ter pautas em comum com Lula. Ele afirmou, no dia 28 de julho, que a presidência da República é o meio mais rápido "para levar um auxílio de R$ 600 ao povo de forma permanente, sem fazer isso moeda de troca em período eleitoral". "O meio mais rápido para que a mãe solo receba auxílio em dobro e assim seus filhos tenham condições de um futuro melhor, e principalmente, que tenham dignidade", disse.

Após essa postagem, recebeu o aceno de Lula para conversar. "Fico feliz. Essa também é a causa que me motiva na política, estamos juntos nisso. Vamos conversar", disse Lula. O ex-presidente tem criticado o aumento do auxílio emergencial do governo federal para R$ 600 em seus palanques.

Nesta semana, em palanque na Paraíba, mais uma vez, disse à plateia para usar o dinheiro, mas votar no PT. O aumento do auxílio tem sido uma preocupação entre petistas, em razão de seu poder de atrair eleitores mais necessitados a Bolsonaro.

"Por isso que agora ele aprovou o auxílio emergencial que vai até dezembro. Ele aprovou R$ 600 até dezembro. Vai dar dinheiro para motorista e taxista até dezembro na perspectiva de gastar R$ 41 bilhões para ganhar as eleições. Serão as eleições mais caras do planeta Terra. Eu quero dar um conselho para vocês: se cair dinheiro na conta de vocês, peguem e comam. Porque se não eles vão tomar outra vez!", disse Lula.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez movimentos públicos e de bastidores para atrair o União Brasil e o Avante para a coligação de apoio à sua candidatura ao Planalto. Pré-candidato do União Brasil, Luciano Bivar tem sinalizado à campanha petista que cogita abrir mão de sua postulação para apoiar Lula no primeiro turno. Aliados do presidente do União Brasil dizem que a campanha dele perdeu tração nas últimas semanas, o que poderia indicar a desistência, embora no PT ainda haja ceticismo sobre o sucesso da costura política.

Com o Avante, Lula fez uma investida pública. O deputado federal e pré-candidato do partido, André Janones, republicou em sua rede social que concorre à Presidência para "defender a democracia". Lula, então, escreveu como resposta, também no Twitter: "Fico feliz. Essa também é a causa que me motiva na política, estamos juntos nisso. Vamos conversar." A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, conversou com Janones nesta semana para intermediar um diálogo entre os dois.

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O PT tem flertado com os dois partidos desde o início do ano, mas ainda não conseguiu atraí-los. Além de ampliar o tempo de TV, Lula quer mostrar que consegue apoio de legendas de centro para a coligação, no esforço de montar uma frente ampla ao redor da candidatura do ex-presidente.

Câmara e ACM

O arranjo no União Brasil com o PT passaria pelo apoio de Lula a uma candidatura de Bivar à reeleição à Câmara dos Deputados por Pernambuco - e possível apoio para que ele concorra à presidência da Casa uma vez eleito.

Também estaria em jogo o apoio do PT à candidatura do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, ao governo da Bahia. Para isso, o partido teria que abrir mão da pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT). Em campanha na Bahia, em julho, Lula havia dito que Rodrigues seria o seu candidato no Estado. É um dos empecilhos para que o PT avance na negociação.

A manutenção da candidatura de Bivar, no entanto, é vista dentro do União Brasil como uma forma de o partido não precisar tomar lado na polarização entre Lula e Bolsonaro em Estados onde isso seria prejudicial. Por isso, há também resistência dentro da legenda.

A movimentação causou apreensão em São Paulo no entorno do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Tucanos temem que o eventual acordo possa tirar o União Brasil da coligação se o partido tiver na chapa de Fernando Haddad (PT).

Apesar da liderança das intenções de voto permanecer com o ex-presidente Lula (PT), nesta sexta-feira (13), a pesquisa Ipespe apontou que Jair Bolsonaro (PL) conseguiu encurtar a distância. O atual presidente oscilou dentro da margem de erro e alcançou o melhor resultado de 2022.

Conforme o estudo, o petista estabilizou a posição com 44% dos votos, enquanto Bolsonaro subiu 1% e atingiu 32% das intenções. Essa é a menor distância entre os concorrentes desde julho do ano passado.

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O desempenho do núcleo da terceira via sequer incomoda o cenário polarizado. Ciro Gomes (PDT) pontuou com 8%, seguido por João Doria (PSDB), com 3%, André Janones (AVANTE), com 2%, e Simone Tebet (MDB), que marcou 1%.

Segundo Turno

Aparentemente sem surpresas em um eventual segundo turno, a disputa se consolidaria entre os dois principais pré-candidatos. O resultado cravou a eleição de Lula com 54% dos votos e Bolsonaro derrotado com 35% do eleitorado.

Com margem de erro de 3,2 pontos percentuais, o Ipespe telefonou para 1.000 pessoas entre os dias 9 e 11 de maio.

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