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O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, afirmou neste domingo, 1º, que o partido não fará oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "Não tem demonstração mais explícita do que isso (integrar 3 ministérios). Partido não vai estar em oposição ao governo", disse ao chegar para a cerimônia no Congresso em que o petista tomará posse oficialmente.

Semana passada Bivar participou das últimas articulações com Lula para definir a composição da Esplanada dos Ministérios da gestão que se inicia hoje. O União Brasil acabou ficando com três pastas: Turismo, Comunicações e Integração Nacional. Contudo, como o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, mostrou na quinta, 29, Bivar está desgastado internamente e suas indicações não refletem as intenções da maioria da legenda, que tem afirmado neutralidade em relação ao novo governo.

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O presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), perdeu a disputa pelo comando do Sport Club Recife nesta sexta-feira (16), com apenas 3,5% dos votos. O atual presidente do clube, Yuri Romão, foi reeleito para o biênio 2023-2024 com 1.463 votos, 96,5% do total. Bivar foi escolhido por apenas 53 sócios do time recifense.

O ex-BBB Gil do Vigor integra a chapa vencedora, Sport do Futuro. Com isso, assumirá a vice-presidência de inclusão e diversidade na chapa para o biênio 2023-2024. Ele será um dos diretores do departamento, criado pela atual gestão encabeçada por Romão, para atuar no enfrentamento às violências no esporte e no clube.

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O economista foi convidado para integrar a chapa após sofrer, em 2021, ataques homofóbicos de um dos dirigentes do clube, Flávio Koury. Em um áudio vazado à época, Koury chegou a chamar de "desmoralização" o fato de Gil ter dançado o "tchaki tchaki", que marcou a passagem do economista pelo reality show, durante uma visita dele à Ilha do Retiro, estádio do clube.

Apesar da derrota na política esportiva, Bivar foi reeleito deputado federal e controla a terceira maior bancada da Casa. O União Brasil elegeu 59 parlamentares, atrás apenas da federação PT-PCdoB-PV, com 80, e do PL, com 99. Bivar já tinha sido presidente do Sport por seis vezes.

Bivar foi procurado pela reportagem, mas não respondeu até a publicação.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez movimentos públicos e de bastidores para atrair o União Brasil e o Avante para a coligação de apoio à sua candidatura ao Planalto. Pré-candidato do União Brasil, Luciano Bivar tem sinalizado à campanha petista que cogita abrir mão de sua postulação para apoiar Lula no primeiro turno. Aliados do presidente do União Brasil dizem que a campanha dele perdeu tração nas últimas semanas, o que poderia indicar a desistência, embora no PT ainda haja ceticismo sobre o sucesso da costura política.

Com o Avante, Lula fez uma investida pública. O deputado federal e pré-candidato do partido, André Janones, republicou em sua rede social que concorre à Presidência para "defender a democracia". Lula, então, escreveu como resposta, também no Twitter: "Fico feliz. Essa também é a causa que me motiva na política, estamos juntos nisso. Vamos conversar." A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, conversou com Janones nesta semana para intermediar um diálogo entre os dois.

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O PT tem flertado com os dois partidos desde o início do ano, mas ainda não conseguiu atraí-los. Além de ampliar o tempo de TV, Lula quer mostrar que consegue apoio de legendas de centro para a coligação, no esforço de montar uma frente ampla ao redor da candidatura do ex-presidente.

Câmara e ACM

O arranjo no União Brasil com o PT passaria pelo apoio de Lula a uma candidatura de Bivar à reeleição à Câmara dos Deputados por Pernambuco - e possível apoio para que ele concorra à presidência da Casa uma vez eleito.

Também estaria em jogo o apoio do PT à candidatura do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, ao governo da Bahia. Para isso, o partido teria que abrir mão da pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT). Em campanha na Bahia, em julho, Lula havia dito que Rodrigues seria o seu candidato no Estado. É um dos empecilhos para que o PT avance na negociação.

A manutenção da candidatura de Bivar, no entanto, é vista dentro do União Brasil como uma forma de o partido não precisar tomar lado na polarização entre Lula e Bolsonaro em Estados onde isso seria prejudicial. Por isso, há também resistência dentro da legenda.

A movimentação causou apreensão em São Paulo no entorno do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Tucanos temem que o eventual acordo possa tirar o União Brasil da coligação se o partido tiver na chapa de Fernando Haddad (PT).

Pré-candidato do PT ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um agradecimento, nesse sábado (9), durante ato em Diadema, na Grande São Paulo, ao ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho do PT, preso em maio de 2018 após agredir um manifestante na porta do Instituto Lula, na capital paulista.

"Esse companheiro Maninho, por me defender, ficou preso sete meses, porque resolveu não permitir que um cara ficasse me xingando na porta do Instituto (Lula). Então, Maninho, eu quero agradecer, porque foi o Maninho e o filho dele que estiveram nessa luta. Essa dívida que eu tenho com você jamais a gente pode pagar em dinheiro. A gente pode pagar em solidariedade e companheirismo", disse Lula.

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Maninho foi denunciado por tentativa de homicídio. Ele empurrou o empresário Carlos Alberto Bettoni contra um caminhão no dia em que o então juiz Sérgio Moro decretou a prisão de Lula, em abril daquele ano. Na ação, Bettoni bateu a cabeça no para-choque do veículo e teve traumatismo craniano. Maninho do PT ficou preso por sete meses até obter um habeas corpus.

Orçamento

Ainda em Diadema, Lula chamou o orçamento secreto de "a maior bandidagem feita em 200 anos de República". O Brasil, no entanto, se tornou uma república em 1889. Este ano, o País completa 200 anos de independência. O orçamento secreto - mecanismo de distribuição de recursos de emendas usado pelo governo Jair Bolsonaro em troca de apoio no Congresso -, porém, tem sido comparado ao mensalão, esquema de compra de votos que marcou o primeiro governo do petista.

Principal adversário de Lula na eleição presidencial, Bolsonaro também esteve em São Paulo, onde criticou o petista. Na Marcha para Jesus, na capital paulista, o presidente disse que o País enfrenta uma "guerra do bem contra o mal", atacou a esquerda e defendeu a pauta de costumes. "Somos contra o aborto, somos contra a ideologia de gênero, somos contra a liberação das drogas, somos defensores da família brasileira. Nós somos a maioria do País, a maioria do bem, e, nessa guerra do bem contra o mal, o bem vencerá", disse.

"Vejam como vivem nossos irmãos na Venezuela. Como estamos indo a outros países, Argentina, Chile e Colômbia. Não queremos isso para o nosso Brasil", afirmou Bolsonaro. "Sabemos quem são os que querem roubar nossa liberdade", completou.

O presidente foi à Marcha para Jesus acompanhado de aliados. Pré-candidato do Planalto ao governo de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) participou da agenda eleitoral.

Depois de São Paulo, Bolsonaro foi para Uberlândia, onde se juntou à edição mineira da marcha. Em Minas, ele repetiu o discurso feito em São Paulo. "Todos os dias dobro meus joelhos e rezo para que nosso povo não experimente as dores do comunismo."

Bivar

Também ontem, em São Paulo, ato do União Brasil marcou o pré-lançamento da candidatura de Luciano Bivar ao Planalto e indicou a tática do governador Rodrigo Garcia (PSDB) de dividir seu palanque no Estado. Bivar tem 1% nas pesquisas e, este ano, controla um caixa de R$ 782 milhões do fundo eleitoral.

Em entrevista, Garcia disse que seu palanque terá espaço para outros presidenciáveis que estiverem "longe dos extremos". O apoio do governador a Bivar constrangeu o PSDB nacional, já que o partido acertou uma aliança com a senadora e presidenciável Simone Tebet (MDB-MS).

Pressionado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a abrir mão de disputar o governo de São Paulo para apoiar a pré-candidatura petista do ex-ministro Fernando Haddad, o ex-governador Márcio França (PSB) abriu uma negociação com o PSD e o União Brasil para tentar sair do isolamento no Estado. Apesar de aparecer bem colocado nas pesquisas de intenção de voto, França ainda não conseguiu ampliar seu leque de alianças.

Após o deputado Luciano Bivar, presidente do União Brasil e pré-candidato ao Palácio do Planalto, anunciar o rompimento com o governador Rodrigo Garcia (PSDB), França e Kassab passaram a considerar a hipótese de formar um palanque com as três siglas em São Paulo - PSB, União Brasil e PSD -, o que daria ao ex-governador um amplo espaço no horário eleitoral na TV, além de estrutura para uma campanha competitiva.

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Por esse arranjo, o PSD indicaria o vice, o União Brasil o candidato ao Senado, e Bivar teria a garantia de um palanque consistente para sua campanha presidencial no maior colégio eleitoral do Brasil.

O assunto ainda é tratado com cautela, mas Bivar e aliados de França confirmaram as conversas. Procurada, a assessoria do PSD disse que "não há novidade" sobre o assunto. O partido lançou o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Se as tratativas não prosperarem, França deve, segundo aliados, aderir ao projeto de uma "frente ampla" em São Paulo e subir no palanque de Haddad.

Em conversas reservadas, lideranças que integram a coligação de Haddad relatam que Lula e seu ex-ministro discordam sobre a estratégia em relação à França. O entorno de Haddad avalia que seria melhor França continuar na disputa pois assim ele serviria de anteparo a migração de votos moderados do ex-ministro Tarcísio de Freitas, que tem apoio do presidente Jair Bolsonaro, para Garcia, que busca a reeleição e é considerado o adversário mais difícil no segundo turno.

Para ganhar votos em SP, ex-governador tenta atrair eleitorado mais amplo e diz que sua candidatura 'alivia tarefa' de Lula no Estado

Já Lula acredita que com França no palanque de Haddad o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) assumiria a linha de frente das campanhas estadual e nacional em São Paulo, especialmente no interior. Dessa forma, o ex-presidente teria um palanque robusto.

A última cartada de França com PSD e União Brasil, porém, esbarra na desconfiança generalizada sobre as reais intenções de Bivar de romper com Garcia e na indecifrável estratégia de Kassab, que também negocia com Tarcísio em São Paulo.

Pré-candidato à Presidência da República e principal dirigente nacional do União Brasil, o deputado Luciano Bivar (SP) escancarou um racha na sigla em São Paulo e abriu uma crise no partido ao declarar em entrevista ao Estadão que uma eventual aliança com o governador Rodrigo Garcia (PSDB) é "inexequível".

Bivar disse ainda que tem a prerrogativa de fazer uma intervenção no diretório paulista da legenda. Se isso ocorrer, o grupo do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite, que defende o acordo com o governador e ocupa espaços na administração, ficaria isolado.

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"Nós temos um candidato à Presidência no União Brasil. Como podemos estar (em São Paulo) com um partido que tem outro candidato a presidente? É inexequível essa aliança", disse Bivar ao Estadão. Na entrevista, ele lembrou ainda que todos os diretórios estaduais do partido - resultado da fusão de PSL e DEM - são provisórios.

As declarações surpreenderam Leite e ampliaram a pressão sobre o Palácio dos Bandeirantes, que considera o União Brasil um aliado determinante para ter a hegemonia do tempo de televisão e rádio no horário eleitoral.

Controle

"O papel do Bivar será preponderante nas articulações sobre a melhor engenharia em São Paulo. Ele não pode abdicar disso. Quando houve a fusão (entre DEM e PSL) ficou acertado que o PSL teria o controle do diretório em São Paulo", disse o deputado Júnior Bozzella, primeiro vice presidente do diretório paulista.

A decisão de Bivar de implodir o acordo com Garcia em São Paulo foi uma retaliação pelo apoio do PSDB à pré-candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MDB-MS).

Já Leite argumenta que o acordo da fusão previa que seu grupo teria o comando do diretório paulista. "Iremos com o Rodrigo Garcia com tranquilidade e daremos palanque para o Bivar em São Paulo. Não há possibilidade de o União Brasil estar com Fernando Haddad ou Tarcísio de Freitas", disse Leite, que é segundo vice-presidente do diretório.

O vereador ressaltou que tem uma relação "excepcional" com Bivar. "Ele pode estar chateado com o PSDB nacional, mas vamos construir o diálogo. Vamos sentar em um bom café e não discutir isso pela imprensa", disse.

As declarações de Bivar acenderam o sinal amarelo no PSDB paulista, que vai tentar um acordo. A ideia, segundo dirigentes tucanos, é garantir espaço "generoso" para o pré-candidato do União Brasil no palanque de Garcia e assegurar que Simone não terá exclusividade. "Vamos trabalhar para tê-los conosco", disse o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, confirmou o desembarque do partido da chamada terceira via e a manutenção de uma candidatura própria à Presidência da República. O União saiu da aliança negociada anteriormente com MDB, PSDB e Cidadania, que anunciaram a intenção de lançar um candidato único ao Planalto. A decisão representa mais um fator que mina a união da terceira via nas eleições.

O Palácio do Planalto ameaçou retirar os cargos apadrinhados por integrantes do partido se o União Brasil apoiasse a terceira via. Oficialmente, Luciano Bivar justificou a decisão alegando que não houve unidade no grupo das legendas que discutiam um acordo eleitoral.

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"Esperamos até o último momento para ver se fazíamos uma coligação com outros partidos, entretanto, os outros partidos não tiveram a mesma unidade que tem o União Brasil", disse Bivar, em vídeo divulgado pela assessoria às 21h20 desta quarta-feira, 4, citado como o "Dia D" para a definição.

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Bivar lançou pré-candidatura própria ao Planalto. "Eu me recuso a aceitar os extremos que estão aí estabelecidos", disse. O apoio da legenda, dona de quase R$ 1 bilhão em verbas do fundo partidário e do fundo eleitoral neste ano, ainda é buscado por outros presidenciáveis. Ciro Gomes (PDT), por exemplo, quer fechar uma aliança com a sigla e admite oferecer a vaga de vice para Bivar na chapa.

Secretário-geral do União Brasil, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, não garante que o correligionário Luciano Bivar terá palanque único nos Estados, caso o partido mantenha a candidatura dele à Presidência.

Apesar de enfatizar que a entrada de Bivar na disputa foi decisão unânime da sigla, ACM destacou que a pré-candidatura própria não altera a liberdade para que os diretórios estaduais apoiem quem quiser em âmbito nacional.

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"Essa pré-candidatura não conflita com a posição de independência de cada Estado. No nosso caso aqui da Bahia, de não ter candidatura à Presidência oficial, de deixar o palanque aberto", afirmou o pré-candidato ao governa da Bahia em entrevista coletiva nesta terça-feira, 3.

"Mais adiante, caso a pré-candidatura se oficialize, vamos ver qual será a posição do União Brasil sobre isso", ponderou o também ex-prefeito de Salvador.

O União Brasil pretende desembarcar da chamada terceira via, que articula lançar um único nome na corrida presidencial, e colocar Bivar na disputa por fora da aliança. Como mostrou o Broadcast Político, ele teria se sentido esnobado por outros partidos do grupo que não levaram a sério sua postulação como pré-candidato à Presidência.

O Estadão/Broadcast mostrou também que o Planalto ameaçou retirar cargos do partido, caso a legenda continuasse a terceira via.

ACM Neto negou ainda que o apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) por parte de candidatos a governador do partido em Mato Grosso e Amazonas signifique uma reaproximação com o presidente.

"Cada Estado tem liberdade para adotar sua estratégia e promover alinhamento político mais adequado. Não há nenhuma surpresa no posicionamento do Amazonas e de Mato Grosso. Não existe orientação nacional de aproximação ou distanciamento com ninguém", declarou.

Neste sábado (13), o deputado federal Luciano Bivar, que também é presidente do PSL, recebeu alta do Hospital Vila Nova Star, localizado na Zona Sul de São Paulo. O político estava internado na unidade de saúde, desde a última quinta (11), quando foi submetido a uma angioplastia coronariana para a implantação de três stents.

De acordo com o boletim divulgado pelo hospital na última sexta, os exames do parlamentar indicaram a existência de obstruções na artéria coronária direita. Apesar de ter sido internado na UTI, Bivar apresentava quadro de saúde estável, o que permitiu que o hospital programasse sua alta para este sábado (13).

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O deputado foi atendido pela equipe da cardiologista Ludhmilla Hajjar, do médico Paulo Hoff, direitor clínico do hospital, bem como pelos médicos Antonio Antonietto e Pedro Loretti.

 Às 12h39 desta quarta (3), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) divulgou os nomes dos parlamentares eleitos para ocupar os seis cargos da Mesa Diretora e quatro de suplência em disputa na Casa. Com 396 votos, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM) foi eleito vice-presidente.

Os pernambucanos André de Paula (PSD-PE) e Luciano Bivar (PSL-PE) também foram escolhidos para ocupar, respectivamente, os cargos de segundo vice-presidente e primeiro secretário da mesa diretora. A deputada Marília Arraes (PT-PE), que surpreendeu a Casa com sua candidatura avulsa, liderou a disputa pela segunda secretaria, com 172 votos. Ela irá ao segundo turno com o deputado João Daniel (PT-SE), que teve 166 votos, já que nenhum dos dois alcançou maioria absoluta.

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Rose Modesto (PSDB-MS) ocupará a terceira secretaria, enquanto Rosângela Gomes (Republicanos-RJ) será a quarta secretária da mesa diretora. Foram eleitos suplentes os deputados Eduardo Bismarck (PDT-CE), Gilberto Nascimento (PSC-SP), Bibo Nunes (PSL-RS), Alexandre Leite (DEM-SP), Cássio Andrade (PSB-BA) e Marcelo Nilo (PSB-BA).

As negociações para eleição na Câmara entre o presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a cúpula do PSL, MDB e Republicanos foram suspensas nesta quarta-feira, 18, por suspeita de covid-19. Luciano Bivar, presidente do PSL, apresentou sintomas e aguarda o resultado do teste. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), e o do MDB, Baleia Rossi (SP), também deveriam participar da conversa.

Separadamente, os quatro já vinham mantendo conversas sobre a possibilidade de se unirem na sucessão à Mesa Diretora da Câmara. A expectativa era que hoje o grupo começasse a costurar um acordo e definir uma estratégia para a disputa, que deve ter o deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão, como candidato do Palácio do Planalto.

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Com a suspeita de contaminação de Bivar, o encontro entre os líderes pode acontecer na próxima semana. Segundo apurou o Broadcast/Estadão, as definições, no entanto, só devem ocorrer após o fim do segundo turno das eleições municipais. A avaliação é que o melhor é esperar situações como a do Rio de Janeiro, onde Republicanos disputa a prefeitura com o DEM, serem resolvidas.

Pereira e Baleia são nomes cotados para sucessão de Maia. O presidente do MDB tem o apoio de Maia para se candidatar, enquanto Pereira aparece como um nome do Centrão, em uma disputa de espaço com Lira, e que tem ganhado a simpatia da oposição. Nenhum deles assume ser candidato ainda.

Bivar também passou a ser cogitado como um nome para a disputa da Presidência da câmara. Em entrevista ao Estadão, o presidente do PSL admitiu as conversas com Maia e disse que se manter na estrutura da Câmara é essencial para o fortalecimento da legenda. Atualmente, é o segundo vice-presidente da Casa.

O cenário da Câmara, hoje, se divide basicamente em três grandes forças políticas. A primeira é a do Centrão, com os partidos da base do governo, liderados por Lira. Formalmente, ele coordena na Câmara o grupo regimental composto por PL, PP, PSD, Solidariedade e Avante, com o total de 135 deputados. Siglas como Republicanos, Pros, PSC, Patriota e PTB (68 deputados) costumam também compor com esse grupo informalmente, formando o chamado "Centrão"

O "núcleo independente" ou "núcleo Maia" tem DEM, PSDB, MDB, Cidadania e parte do PSL (102 deputados). E há ainda a oposição, com PT, PSB, PDT, PSOL e PCdoB com 132 deputados.

Independentemente desses grupos, PSL, Pros e PTB formam outra agremiação formal na Câmara, sob a liderança de Felipe Francischini (PSL-PR).

Os partidos podem compor de várias maneiras para a eleição da Câmara. Estão em jogo também outras funções além da presidência, como a primeira e segunda vice, hoje ocupadas respectivamente por Pereira e Bivar, e quatro postos de secretários.

A terrível campanha do Sport no Campeonato Pernambucano deste ano ainda deixa marcas. Nesta quarta-feira (9), em entrevista ao comentarista Ralph de Carvalho, na Rádio Jornal, o presidente rubro-negro, Milton Bivar, revelou que se arrepende de não ter valorizado a competição regional.

O Sport não conseguiu se classificar às quartas-de-final do Estadual e, de forma vexatória, foi obrigado a disputar o hexagonal para se livrar do rebaixamento. No início da competição, o clube não usou a equipe principal.

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Milton Bivar confessou que foi intensamente criticado após a derrota para o Santa Cruz, em plena Ilha do Retiro, que acabou tirando o Leão da briga pelo título do Pernambucano. “Foi um cacete que parecia que eu nunca tinha sido campeão. Me arrependo, devia ter ido para ser campeão. Não sabia que era tão importante. Muita gente chama de Pernambuquinho, mas não é. Isso vale muito e reconheço que errei em não levar a sério o Campeonato Pernambucano”, revelou o presidente do Sport.

O mandatário leonino também declarou que as eleições do clube deverão ser antecipadas para novembro, como uma estratégia para que o novo presidente possa planejar a pré-temporada do time com mais tranquilidade. Bivar acrescentou à informação a notícia de que não vai disputar a reeleição.

“Não estou pensando em reeleição, de jeito algum. Temos o nosso grupo, há algumas opções de candidatos. Se for analisar toda a minha diretoria, eu dou preferência às pessoas mais jovens. O Sport está com vida, com sangue novo, e eu pretendo que isso continue, essa oxigenação com pessoas novas no clube”, disse Milton Bivar.

O fundo partidário destinado ao PSL foi utilizado para pagar bonecos gigantes do atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, e do deputado federal e presidente da sigla, Luciano Bivar. Os 14 bonecos infláveis custaram aos cofres públicos cerca de R$ 33 mil. As informações são da Folha de São Paulo.

Tal qual faraós egípcios, os políticos do Partido Social Liberal (PSL) apostaram na grandiosidade de suas próprias imagens para conquistar a admiração da população. Para isso, foram confeccionados oito bonecos de 1,8 metros; quatro de três metros e dois gigantes com cinco metros de altura.

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De acordo com a reportagem, os bonecões infláveis foram fincados nos portões de um evento realizado em São Paulo, no dia 17 de agosto de 2019, para promover o lançamento da campanha nacional de filiação do partido. As solenidades descentralizadas em diversas cidades do país custaram R$ 4 milhões. 

Com a popularização da figura de Bolsonaro, o PSL ganhou protagonismo nacional e passou a receber R$ 9 milhões do fundo partidário. Anteriormente, o valor do repasse era menor que R$ 700 mil.

O recurso também serviu para custear um veículo de R$ 165 mil, almoços e jantares nos restaurantes mais caros de Brasília; além da construção de um jardim de inverno e mobílias de luxo para a nova sede do partido. Os gastos com escritórios de advocacia também foram multiplicados, incluindo R$ 340 mil para a advogada que defendeu candidatos em Minas Gerais, denunciados por terem sido laranjas para o desvio de verba eleitoral.

Após o PSL a suspender Eduardo Bolsonaro (SP) por um ano e punir outros 17 deputados, o presidente do partido, Luciano Bivar (PE), afirmou à reportagem que, agora, "é hora de seguir a vida" e que quem não quer ficar na legenda deve "seguir o seu caminho". Nesta terça-feira, 3, o Diretório Nacional confirmou as suspensões e advertências a parlamentares que atacaram a gestão de Bivar e determinou ainda a dissolução do diretório estadual de São Paulo, que era comandado pelo filho presidente.

"Foi um processo completamente estatutário, legal, correto e gentil. E a vida partidária continua. É hora de seguir a vida. Nós queremos é tocar o nosso partido. Aqueles que são PSL vão tocar o partido. Aqueles que querem outros partidos que sigam o seu caminho", afirmou Bivar.

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No total, 14 deputados tiveram os seus mandatos suspensos por até um ano e quatro foram advertidos. O grupo ficou ao lado do presidente Jair Bolsonaro na disputa de poder que ocorreu dentro da legenda de outubro.

"É uma decisão soberana chancelada pelo Diretório Nacional. O recado que fica é que todos aqueles que algum momento promovem algum ato para denegrir a imagem do partido ou que venham a ofender seus colegas estão suscetíveis de punições. E assim foi feito o processo", afirmou Bivar.

Além do filho do presidente, Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG) e Daniel Silveira (RJ) receberam a pena máxima de 12 meses de suspensão. O parlamentar fluminense Carlos Jordy (RJ) será suspenso por sete meses, enquanto Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis (DF) ficam suspensas por seis meses.

O grupo deve migrar para o novo partido criado pelo presidente Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil. Bivar afirma que não vai discutir ainda se o partido vai cobrar ou não os mandatos.

"É um degrau que eu ainda não preciso subir. Deixa o jurídico se manifestar caso ocorra", afirmou Bivar.

Além das punições, o PSL vai, nesta semana, começar a recolher assinaturas para uma nova lista para escolher o novo líder do partido na Câmara. A ex-líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (SP), é uma das candidatas. Ela vai disputar a vaga com um deputado ligado à bancada da segurança do PSL. Estão cotados o delegado Marcelo Freitas (MG) e Felício Laterça (RJ).

Oficialmente, a liderança segue com Eduardo Bolsonaro até o partido comunicar a decisão e protocolar a suspensão junto à Câmara. O parlamentar assumiu a liderança do partido na Casa em outubro após uma guerra de listas entre bivaristas e bolsonaristas.

"Os deputados devem indicar em 48 horas um novo líder", afirmou Bivar.

O Ministério Público Eleitoral pediu explicações ao PSL sobre as suspeitas de "indícios de ilegalidades" na movimentação do dinheiro do partido levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro e um grupo de parlamentares à Procuradoria-Geral da República (PGR). Bolsonaro acionou na última quarta-feira, 30, a PGR pedindo o bloqueio do fundo partidário de seu partido e o afastamento do presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE), do cargo em "nome da transparência".

A notificação foi feita ao PSL e a Bivar por e-mail. O documento reproduz o pedido feito por Bolsonaro, que quer a abertura de uma investigação para a apuração do uso dos repasses à legenda pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "em nome da transparência, da moralidade e do resguardo e proteção do patrimônio público".

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"Vejo com naturalidade esse pedido. Vai ser bom para mostrar que não há nada de errado com as contas do partido", afirmou o deputado Júnior Bozzella (PSL-SP), que virou o braço-direito de Bivar na disputa entre o dirigente e o presidente da República.

Os advogados do presidente Jair Bolsonaro afirmam que o PSL tem apresentado suas contas de "forma precária" que dificultam as "fiscalizações das verbas públicas destinadas ao partido". O pedido sugere ainda que a Receita Federal seja acionada para checar os documentos fiscais e de todos os gastos e despesas do partido.

Além de Bolsonaro, assinam a representação um grupo de 21 parlamentares alinhados ao presidente e os seus dois filhos - Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Eles acusam Bivar de administrar os recursos partidários numa "caixa-preta".

No mesmo dia em que o presidente acionou a PGR, o PSL divulgou em seu site o relatório de receitas e de despesas do partido em agosto. O partido anunciou também tornar público todas as receitas e despesas de 2019 e a criação de um sistema para colocar as contas do partido na internet em tempo real.

Em nota, o presidente do partido, Luciano Bivar, afirmou que "não são verdadeiras" as acusações do presidente Jair Bolsonaro de que não há transparência nas contas do PSL. "Não são verdadeiras as insinuações de que o partido seria ou teria uma caixa-preta ou que suas contas não seriam transparentes", afirmou o dirigente.

O balancete demonstra que o saldo nas contas do partido era, em agosto, R$ 57 milhões - somando as receitas da legenda, da Fundação Índigo e do PSL Mulher. As despesas no mesmo período foram de R$ 5,5 milhões. O maior gasto foi com os eventos de filiação nos quais o partido gastou R$ 3,9 milhões.

Precedente

A disputa entre Bivar e Bolsonaro opõe dois ex-ministros do TSE: Admar Gonzaga (amigo pessoal de Bolsonaro, que já se referiu ao advogado como "meu peixe") e Henrique Neves (que está prestando assistência jurídica ao partido). Fontes que acompanham o caso informaram à reportagem que não há precedente de afastamento de presidente de partido pelo TSE, e sim de suspensão e bloqueio de recursos do Fundo Partidário.

Admar já advogou para Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), garantindo na Justiça o direito do filho do presidente de concorrer ao cargo de vereador no início de carreira, aos 17 anos - em 2000, Carlos tornou-se o mais jovem vereador da história do Brasil. Hoje, divide com a advogada Karina Kufa a defesa do presidente da República.

As despesas com Kufa também constam no documento divulgado pelo PSL na última quarta-feira. Em um campo da tabela com o nome da defensora, o partido cita gastos com três contratos com Kufa no valor somado de R$ 140 mil e outras despesas que, juntas com os contratos, totalizam R$ 474 mil.

O partido juntou no mesmo campo relativo a Kufa as despesas com o diretório de São Paulo que era comandado por Eduardo Bolsonaro. Apesar do filho do presidente ser o presidente estadual do PSL em São Paulo, era a advogada quem dava as ordens internamente na legenda estadual.

Um dia após o presidente Jair Bolsonaro pedir o bloqueio de repasses do fundo eleitoral para o PSL, o presidente da sigla, Luciano Bivar, anunciou uma ferramenta no site da legenda para divulgar as contas partidárias semanalmente.

A criação da ferramenta é uma resposta do grupo de Bivar às acusações de aliados de Bolsonaro sobre a falta de transparência nas contas do PSL. O objetivo, segundo pessoas próximas ao presidente do partido, é minar a estratégia jurídica do grupo bolsonarista, que pretendia sair do partido sem perder o mandato nem o fundo eleitoral usando, como argumento na Justiça, a suposta falta de acesso às contas partidárias.

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"Para que não haja nenhuma dúvida sobre a transparência das contas do partido, o diretório nacional decidiu que os dados que já eram públicos e estavam disponíveis na página da Justiça Eleitoral também poderão ser consultados na página do PSL (…) Além da inclusão dos dados que já eram públicos, o diretório nacional contratou empresa especializada para criação de um ambiente digital com ampla divulgação em tempo real das receitas recebidas pelo partido e, semanalmente, das despesas realizadas", disse Bivar, em nota.

O aumento vertiginoso dos recursos públicos recebidos pelo PSL depois que o partido passou de nanico a uma das maiores bancadas do Congresso é um dos elementos da crise entre as alas bivarista e bolsonarista do partido que já dura algumas semanas. Segundo cálculos, o PSL vai receber mais de R$ 800 milhões referentes aos fundos Partidário (R$ 110 milhões por ano) e Eleitoral (R$ 200 milhões por eleição) nos quatro anos do mandato de Jair Bolsonaro.

A ala bolsonarista pediu, na Justiça, que a direção nacional abra as contas referentes ao exercício de 2019. O pedido é parte da estratégia jurídica para o desembarque dos aliados do presidente do partido. A ideia é, segundo advogados que acompanham a crise, abrir uma "janela" para a debandada com o argumento de que a direção, sob o comando de Bivar, não é transparente.

Na tentativa de esvaziar a estratégia dos bolsonaristas, Bivar colocou à disposição uma série de documentos na sede do partido, em Brasília. Segundo o dirigente, até agora ninguém apareceu para analisar a papelada.

O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), em nome do partido, afirmou que as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sugerindo a edição do AI-5 são inaceitáveis. Em nota divulgada nesta quinta-feira, 31, Bivar repudia o que chamou de "tentativa de golpe ao povo brasileiro".

"O PSL é contra qualquer iniciativa que resulte em retirada de direitos e garantias constitucionais. Em nosso partido, a democracia não é negociável. Fica aqui nossa manifestação de repúdio a esta tentativa de golpe ao povo brasileiro", afirma Bivar na nota.

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De acordo com o comunicado, o Diretório Nacional do PSL, "com veemência", "repudia integralmente qualquer manifestação antidemocrática que considere a reedição de atos autoritários". "A simples lembrança de um período de restrição de liberdades é inaceitável", diz a nota.

Bivar defendeu na nota ainda a importância da imprensa livre. "Não podemos permitir que sejam abalados pilares democráticos caros, como a tolerância, a prática de aceitar o contraditório, as críticas e o trabalho importante da imprensa, que deve ser livre, sem amarras de qualquer tipo".

LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA:

"O Diretório Nacional do Partido Social Liberal, com veemência, repudia integralmente qualquer manifestação antidemocrática que, de alguma forma, considere a reedição de atos autoritários.

A simples lembrança de um período de restrição de liberdades é inaceitável.

O Brasil demorou anos para voltar a respirar democracia e a eleger diretamente seus representantes, a um custo altíssimo, tanto para o Estado quanto para as vítimas do regime transitório.

Não podemos permitir que sejam abalados pilares democráticos caros, como a tolerância, a prática de aceitar o contraditório, as críticas e o trabalho importante da imprensa, que deve ser livre, sem amarras de qualquer tipo.

O PSL é contra qualquer iniciativa que resulte em retirada de direitos e garantias constitucionais.

Em nosso partido, a democracia não é negociável.

Fica aqui nossa manifestação de repúdio a esta tentativa de golpe ao povo brasileiro.

Executiva Nacional do PSL

Luciano Bivar - Presidente"

Nesta quinta-feira (31) foi divulgada uma pesquisa de opinião inédita do Ibope Inteligência que mostra que a rejeição ao PSL superou a do PT.

A pesquisa foi divulgada pela coluna de José Roberto de Toledo no site da revista Piauí e vem logo após crises internas dentro do PSL nas últimas semanas. As brigas recentes entre a legenda e seu principal político, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), evidenciaram impasses. O partido que elegeu a maior bancada do Congresso nas eleições de 2018 hoje tem membros dissidentes e embates públicos.

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O Ibope aponta que hoje 50% dos brasileiros não votaria de jeito nenhum no PSL. A mesma rejeição soma 43% quando se trata do PT. Além disso, o percentual de pessoas que diz que votaria com certeza no PT tem 15 pontos percentuais a mais do que no caso do PSL. São 27% os que dizem que com certeza votariam no PT enquanto 15% dizem o mesmo sobre o PSL.

Nas regiões brasileiras, os extratos Norte/Centro-Oeste e Sul são as únicas regiões do país que dão menos rejeição ao PSL do que ao PT, segundo a pesquisa.

O extrato Norte/Centro-Oeste é o que menos rejeita o PSL, sendo que 41% dos entrevistados dizem que não votariam de jeito nenhum no PT e 38% dizem o mesmo do PSL.

As regiões Sudeste e Nordeste dão mais rejeição ao PSL. O Nordeste é a região que mais rejeita o partido de Bolsonaro. Lá, segundo o Ibope, 62% rejeitam o PSL, enquanto 28% rejeitam o PT.

Mulheres e negros rejeitam PSL

Entre as mulheres, a rejeição é de 52% ao PSL contra 40% ao PT. Entre os homens, o PSL também leva a pior. A rejeição masculina ao PSL é de 49% e ao PT é de 45%.

Já a diferença entre negros e brancos chega a ser ainda maior. Entre os brancos, há uma rejeição maior contra o PT, de 53%. O percentual é de 51% quando se trata do PSL entre os brancos. Apesar disso, 19% dos entrevistados brancos afirmam que votariam com certeza no PT e 11% dizem o mesmo do PSL.

Entre negros, a rejeição ao PSL é de 50%, 14 pontos percentuais a mais do que ao PT. Ainda, 32% dos entrevistados negros dizem que votariam com certeza no PT, enquanto apenas 12% dizem o mesmo do PSL.

Da Sputnik Brasil

O presidente Jair Bolsonaro e um grupo de 23 parlamentares do PSL acionaram nesta quarta-feira (30) a Procuradoria-Geral da República (PGR) para pedir o afastamento do atual presidente nacional da sigla, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), e a suspensão dos repasses ao partido de recursos públicos do Fundo Partidário. O episódio marca mais uma ofensiva do presidente e de uma ala de deputados do PSL contra a atual direção do partido.

Bolsonaro trava um duelo com Bivar pelo controle do PSL. Ao se referir a Bivar, o presidente já disse que o deputado "está queimado para caramba" no seu Estado. No centro da disputa, um quinhão de R$ 110 milhões, valor do Fundo Partidário previsto para o PSL só neste ano.

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No dia 11 de outubro, Bolsonaro pediu a Bivar uma relação completa de fontes de receitas, despesas e funcionários, além da descrição das atividades dos dirigentes partidários custeadas pela própria legenda. O objetivo era usar os documentos, que devem ser apresentados em um prazo de cinco dias, para promover uma auditoria independente.

Segundo Bolsonaro e os parlamentares, o partido entregou uma "resposta dissimulada", sem o fornecimento completo de informações e documentos básicos sobre o exercício financeiro de 2019, mas limitando-se a indicar links na internet sobre as prestações de contas encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os advogados sustentam que a prestação de contas do partido de 2014 foi apresentada ao TSE sem todos os documentos. As de 2016 e 2017 não teriam reunido todos os documentos obrigatórios exigidos pela legislação.

"Causou espécie a recusa em apresentar os documentos solicitados o que já pode ser considerado indício de mau uso do dinheiro público. Por consequência, é no mínimo prudente que os fatos aqui aduzidos sejam investigados com celeridade e, corroborado o indício, sejam tomadas providências cautelares para bloqueio de recursos e a sustação cautelar dos repasses do Fundo Partidário, além do afastamento cautelar dos atuais dirigentes sobre a gerência desses recursos públicos", sustentam os advogados de Bolsonaro e do grupo de parlamentares.

"Assim, numa análise superficial, fácil verificar que o partido é recorrente em apresentar as suas contas de forma precária, sem o fornecimento de documentos contábeis básicos."

Para o grupo de Bolsonaro, a conduta dos atuais dirigentes partidários do PSL revela um "comportamento próprio de quem atua para dificultar a análise e camuflar possíveis irregularidades".

Os advogados ainda apontam que diversos diretórios estaduais do PSL deixaram de prestar contas ao longo dos últimos anos: Amazonas (exercício financeiro de 2015); Goiás (2013); Pará (2013); Paraná (2013 e 2015); Rio de Janeiro (2013); Rio Grande do Norte (2015); Rondônia (2013 e 2015).

"Diante de todas essas informações, conclui-se que se trata de manobra articulada pelo Presidente do PSL para controlar a verba destinada ao Fundo Partidário, sobretudo por conta da concentração de valores no diretório nacional, para posterior utilização em janelas de transferência, possivelmente de forma contrária aos cânones republicanos", acusam Bolsonaro e os deputados.

Fundação

O presidente e os parlamentares também apontam inconsistências nas contas da Fundação Instituto Inovação e Governança (Indigo), ligada ao partido.

"Percebe-se a ausência no detalhamento das despesas contratadas, como, por exemplo, a inexistência de relatórios circunstanciados de serviços prestados por fornecedores e de emissão de passagens aéreas. Esta ausência compromete a análise da regularidade dos gastos, tendo em vista que devem ser relacionados com as atividades desenvolvidas pela fundação", sustenta o grupo.

Entre as acusações feitas envolvendo a fundação estão a contratação de uma empresa de Pernambuco para prestar serviços à fundação, localizada em Brasília; pagamento de plano de saúde, sem o detalhamento de beneficiários; e uma série de pagamentos mensais a uma empresa que teria entre os sócios o próprio Bivar.

"O perigo na demora decorre do fato de que, enquanto não ocorra a publicidade e transparência na prestação de contas do PSL, o Poder Judiciário e a sociedade civil estarão sem mecanismos constitucionais e legais de fiscalização das verbas públicas destinadas ao partido. É necessário, portanto, que a publicidade e transparência na prestação de contas pelo PSL sejam o mais rapidamente cumpridos", afirmam Bolsonaro e os deputados.

Outro lado

Em nota, Bivar informou que o PSL "reafirma o seu integral compromisso com a legalidade e a transparência de suas contas" e "repudia as fake news disseminadas nas últimas semanas".

"Qualquer pessoa, filiada ou não, poderá acessar a movimentação financeira do partido. Os dados já começaram a ser alimentados, em complementação ao que já está disponível no site do partido", afirmou Bivar.

A confusão interna do PSL ganhou um novo capítulo. Uma ala do partido de Jair Bolsonaro pretende excluir o capitão da possibilidade de reeleição e lançar a candidatura da ex-líder do Congresso Joice Hasselmann. As informações são da Folha de São Paulo.

De acordo com a publicação, um grupo aliado ao presidente da legenda, o 'queimado' Luciano Bivar, planeja conduzir a deputada federal de São Paulo à candidatura. "Joice representa a ala equilibrada e inteligente do PSL, contra os xiitas e radicais. É a direita do bem, que é liberal na economia mas não ataca as mulheres e os diferentes", avaliou o deputado federal Junior Bozzella.

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Mesmo após Joice trocar insultos publicamente com o clã Bolsonaro, o porta-voz de Bivar também considera que ela faz parte da ala 'moderada'  e menos radical do PSL. "O presidente prometeu na campanha que não disputará a reeleição. A Joice, portanto, é o nome ideal. Ela é bolsonarista, mas não olavista [seguidora do escritor Olavo de Carvalho]. É conservadora, mas moderada".

Questionado sobre a ciência da parlamentar em relação à candidatura e suas intenções para a corrida presidencial, visto que Hasselmann estuda disputar à Prefeitura de São Paulo, Bozzela pontuou: "estamos conversando para convencê-la".

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