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A justiça da Suécia anunciou nesta segunda-feira (13) a reabertura do caso de 2010 por suposto estupro contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, detido no Reino Unido depois de passar sete anos refugiado na embaixada do Equador em Londres.

"Hoje decidi reabrir a investigação", anunciou Eva-Marie Persson, procuradora adjunta, antes de afirmar que solicitará que Assange "seja entregue à Suécia mediante uma ordem de detenção europeia".

Assange foi detido em 11 de abril pela polícia britânica na embaixada equatoriana. "Como Assange está preso na Grã-Bretanha, estão reunidas as condições para sua entrega (à Suécia), o que não era o caso antes de 11 de abril", afirmou Persson.

O anúncio de Estocolmo é um novo capítulo da novela judicial que dura quase uma década, durante a qual Julian Assange e seus apoiadores denunciaram uma manobra para provocar a extradição do australiano aos Estados Unidos para que responda pela divulgação de documentos secretos americanos pelo WikiLeaks.

Para evitar esta extradição, Assange buscou refúgio em 2012 na embaixada do Equador em Londres. Na ausência do australiano e sem capacidade para avançar com a investigação, a justiça sueca arquivou o caso em maio de 2017.

Após o anúncio da justiça sueca, o Wikileaks afirmou que a reabertura do caso permitirá a Julian Assange "limpar seu nome".

O jornalista islandês Kristinn Hrafnsson, chefe de redação da plataforma que divulgou milhares de documentos confidenciais, afirmou em um comunicado que que houve "pressão política" na Suécia para a reabertura do caso.

A atriz Pamela Anderson pediu que se "salve a vida" de Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, depois de visitá-lo no presídio londrino de Belmarsh, onde está preso desde que foi detido na embaixada do Equador, em 11 de abril.

"Temos que salvar a vida" de Assange, afirmou a atriz canadense-americana, uma das celebridades que defendem o especialista em informática.

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"Foi muito duro ver Julian aqui", disse Pamela aos jornalistas de plantão em frente a esse presídio de segurança máxima, situado no sudeste de Londres.

Assange "não merece" estar preso, afirmou. "Nunca cometeu nenhuma violência, é inocente", acrescentou.

"Temos que continuar lutando, porque é injusto. Foi muito sacrificado por trazer a verdade à tona", defendeu ela, referindo-se às revelações sobre, entre outras questões, a atuação das tropas americanas no Iraque e no Afeganistão.

Pamela também chegou a visitá-lo na missão diplomática do Equador em Londres, onde viveu por quase sete anos. Assange pediu asilo ali em junho de 2012, quando era reivindicado pela Justiça da Suécia por acusações de estupro arquivadas desde então.

Agora com 47 anos, o australiano sempre disse temer que a extradição para a Suécia fosse apenas uma maneira de ser entregue aos Estados Unidos. Nos EUA, temia ser condenado à pena de morte pela publicação, em 2010, de milhares de documentos secretos diplomáticos e militares.

Em 11 de abril, o presidente do Equador, Lenín Moreno, retirou-lhe o asilo diplomático concedido por seu antecessor Rafael Correa, assim como a nacionalidade equatoriana. Isso permitiu que as autoridades britânicas entrassem na embaixada para prendê-lo.

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, detido no Reino Unido, negou formalmente na quinta-feira, 2, a um tribunal de Londres seu "consentimento" ao pedido de extradição dos EUA, que o reivindica pelos vazamentos feitos por seu portal.

"Não quero me entregar para ser extraditado por ter feito um jornalismo que ganhou muito reconhecimento e protegeu muitas pessoas", argumentou. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo do Equador disse na segunda-feira (15) ter sofrido mais de 40 milhões de ciberataques em sites de instituições públicas após cancelar o asilo diplomático do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

As ações vieram principalmente dos EUA, Brasil, Holanda, Alemanha, Romênia, França, Áustria, Reino Unido. O subsecretário de Governo, Javier Jara, explicou que "o país recebeu ameaças de grupos relacionados a Julian Assange" e o país foi alvo de "ataques conhecidos como ataques volumétricos" que impedem o acesso aos sites. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Seguem abaixo os principais marcos da trajetória de Julian Assange, fundador do WikiLeaks detido nesta quinta-feira (11) pela polícia britânica na embaixada do Equador:

- 3 de julho de 1971: nascimento em Townsville (Austrália).

- Anos 1990: torna-se programador e desenvolvedor de software livre, descobrindo seu talento como hacker.

- 2006: cria o WikiLeaks, site especializado na revelação de documentos secretos, com, segundo ele, "uma dúzia de pessoas provenientes do campo dos direitos humanos, da mídia e da alta tecnologia".

- 2010: a partir de julho, o WikiLeaks publica segredos militares e documentos diplomáticos americanos. Assange se torna um pária nos Estados Unidos. Em novembro, a Suécia lança um mandado de prisão europeu contra ele ligado a uma investigação por suspeita de estupro e abuso sexual de duas suecas. Ele nega os fatos.

- 2012: para escapar de uma extradição da Grã-Bretanha, ele encontra refúgio na embaixada do Equador em Londres.

- 2016: O WikiLeaks publica 20.000 e-mails hackeados do Partido Democrata, alguns dos quais são muito prejudiciais à campanha de Hillary Clinton.

- 19 de maio de 2017: a Justiça sueca arquiva o caso do suposto estupro.

- 12 de dezembro de 2017: recebe nacionalidade equatoriana.

- Outubro de 2018: Quito, com quem as relações ficam tensas, impõe a ele regras relativas, em particular, às suas visitas e às suas comunicações, cujo descumprimento implicaria a retirada do asilo. Em 2 de abril de 2019, o chefe de Estado equatoriano afirma que Assange "cometeu várias violações" ao acordo.

- 11 de abril de 2019: Assange é preso na embaixada pela polícia britânica, depois de o Equador ter retirado o asilo diplomático e sua nacionalidade equatoriana.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, elogiou a prisão do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e agradeceu ao Equador por sua cooperação.

"No Reino Unido, ninguém está acima da lei", disse ela aos deputados, agradecendo também à polícia britânica por demonstrar "grande profissionalismo".

O Equador revogou o asilo diplomático concedido em 2012 ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, preso nesta quinta-feira (11) na embaixada de Quito, em Londres, por violar "repetidamente as regras" que regeram sua permanência na sede diplomática.

Quito também decidiu retirar a nacionalidade equatoriana concedida ao hacker.

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, foi preso nesta quinta-feira (11) em Londres, depois de a polícia ter permitido sua entrada na embaixada equatoriana, onde ele se refugiava há quase sete anos.

O Serviço da Polícia Metropolitana confirmou a prisão de Assange, de 47 anos. As autoridades afirmaram que foram convidadas pelo próprio embaixador a entrar na embaixada após a retirada do asilo político concedido pelo país sul-americano ao jornalista.

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A presidência do Equador confirmou a remoção do asilo, citando violações de convenções internacionais. O presidente Lenin Moreno anunciou o que chamou de "decisão soberana", em comunicado divulgado nesta quinta-feira.

O fundador do Wikileaks, que estava abrigado na embaixada equatoriana desde 2012 para evitar extradição, esteve por trás de um dos maiores vazamentos de documentos secretos da história dos Estados Unidos.

*Com informações da Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)

O WikiLeaks denunciou nesta quarta-feira que está sendo chantageado por pessoas que obtiveram imagens de seu fundador, Julian Assange, dentro da embaixada do Equador em Londres a partir de câmeras de segurança instaladas na embaixada.

Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do WikiLeaks, acusou as autoridades equatorianas de guardar milhares de fotografias e vídeos que pararam nas mãos de um grupo de pessoas na Espanha que estão pedindo três milhões de dólares (2,7 milhões de euros) em troca de não publicá-las.

Hrafnsoon disse ter se encontrado com esses "personagens questionáveis" há dez dias na Espanha e, embora não fale espanhol e teve que recorrer a um tradutor disse acreditar que são de origem latino-americana.

Os documentos incluem milhares de fotografias e gigabytes de vídeos nos quais Assange, de 47 anos, é visto se encontrando com advogados e outros visitantes e passando por um exame médico.

Afirmando não saber como as imagens saíram do prédio onde o fundador do WikiLeaks vive refugiado desde 2012, Hrafnsson assegurou que a polícia espanhola abriu uma investigação.

No entanto, considerou "muito mais preocupante" que esta tentativa de extorsão "o armazenamento deste material e a espionagem pelo governo equatoriano", que chamou de "ilegal e altamente antiético".

Contactada pela AFP, a embaixada do Equador em Londres limitou-se a afirmar que "não tem comentários" a fazer sobre o assunto.

De acordo com o editor do WikiLeaks, desde que o presidente Lenin Moreno chegou ao poder no Equador, Julian Assange "tem experimentado uma situação como a do Show de Truman", referindo-se ao filme em que o personagem interpretado por Jim Carrey tem toda a sua vida gravada e retransmitida na televisão.

Hrafnsson também acusou a equipe da embaixada de fotocopiar um documento legal pertencente a Aitor Martínez, um dos advogados de Assange.

O WikiLeaks, plataforma que se tornou famosa em 2010 ao divulgar centenas de milhares de documentos americanos classificados, acredita que os Estados Unidos trabalham com o Equador para extraditar Assange.

"Assim, é muito provável que os documentos privados obtidos pela embaixada tenham sido compartilhados com a administração Trump", disse Hrafnsson sem fornecer qualquer prova.

Na semana passada, o Equador descreveu como "insultantes" as declarações do WikiLeaks, segundo as quais Quito teria um acordo com Londres para expulsar Assange.

Na segunda-feira, o chanceler do Equador José Valencia disse que seu país resolverá "no devido momento" se mantém ou retira o asilo diplomático concedido pelo ex-presidente Rafael Correa a Assange.

Na época, Assange enfrentava uma ordem de prisão europeia. A Suécia queria sua extradição por acusações - que não prosperaram - de supostos crimes sexuais.

As autoridades britânicas mantêm um mandado de prisão contra ele por violação de sua liberdade condicional e vão prendê-lo assim que ele deixar a sede diplomática equatoriana.

Com a chegada de Lenín Moreno ao poder mudou o tratamento do Equador dado a Assange.

O ex-aliado de Correa, que revisou praticamente todas as políticas de seu antecessor, incluindo a de aberta crítica aos Estados Unidos, acusa-o de interferir nos assuntos internos do Equador.

Assange também é questionado por tentar influenciar as eleições de 2016 nos Estados Unidos e o processo de independência catalã em 2017.

Moreno, que chegou a considerar Assange uma "pedra no sapato" da diplomacia equatoriana, cortou temporariamente suas telecomunicações em 2018.

Correa também chegou a restringir seu acesso à Internet por um tempo, incomodado com a interferência do australiano.

Uma juíza dos Estados Unidos recusou na quarta-feira (30) a revelar possíveis acusações que o governo teria preparado contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

A juíza Leonie Brinkema, do tribunal federal de Alexandria, na Virgínia, disse que o Comitê de Repórteres pela Liberdade de Imprensa, que solicitou a ordem de desclassificação, não provou que havia um "caso de Assange", apesar de ter sido mencionado em documentos judiciais de outro processo.

Assange, que permanece sob proteção diplomática na embaixada equatoriana em Londres desde agosto de 2012, diz que os Estados Unidos planejam acusá-lo de publicar materiais sigilosos do WikiLeaks.

Assange diz que Washington quer que ele seja preso e extraditado se deixar a embaixada, e espera que, sabendo das acusações, ele possa se proteger da prisão na Grã-Bretanha.

Funcionários do Departamento de Justiça dos EUA se recusaram por mais de dois anos a reconhecer que eles investigaram e prepararam acusações contra o fundador do WikiLeaks.

Entretanto, um documento sobre outro caso conhecido em novembro fez duas referências a um "caso de Assange".

O fundador do WikiLeaks disse que o documento mostrou que ele enfrenta acusações e exigiu que elas sejam reveladas, enquanto o Comitê de Repórteres apresentou uma moção para o mesmo.

Brinkema, contudo, disse que a existência do caso não é "suficientemente certa", então o governo não pode ser solicitado a revelar documentos que possa ter, e observou que as investigações frequentemente devem permanecer em sigilo até que sejam concluídas.

Especialistas de direitos humanos da ONU pediram que autoridades britânicas permitam que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deixe a Embaixada do Equador em Londres sem ser preso ou extraditado.

Para o Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária da ONU, Assange está ilegalmente detido sem acusação na embaixada, onde vive há mais de seis anos.

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O Reino Unido diz que ele será preso por violar as condições da fiança se deixar o local, mas a sentença não será superior a seis meses.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, responsável por um gigantesco vazamento de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos em 2010, foi indiciado neste país, informou a organização.

Promotores revelaram de modo inadvertido a existência da acusação, classificada como secreta, em um processo judicial não relacionado, afirmou o WikiLeaks. A natureza precisa das acusações contra Assange não foi divulgada.

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"Furo: o Departamento de Justiça 'acidentalmente' revelou a existência de acusações confidenciais (ou um rascunho para elas) contra o editor do WikiLeaks Julian Assange em um aparente erro de 'copiar e colar' em um caso não relacionado", escreveu o WikiLeaks no Twitter.

As acusações ainda fechadas contra Assange foram reveladas pela promotora adjunta Kellen Dwyer no momento em que arquivava um caso separado e pedia a um juiz para manter o arquivo como confidencial.

Mas, por erro, a promotora mencionou Assange ao invés do arquivo em questão, provavelmente ao "colar" o parágrafo de outro.

Ela escreveu que "devido à sofisticação do acusado e da publicidade ao redor do caso,é improvável que outro procedimento possa manter confidencial o fato de que Assange foi acusado" informou o jornal The Washington Post.

Em seguida, Dwyer escreveu que o indiciamento deve "permanecer confidencial até que Assange seja preso".

A imprensa americana foi alertada no fim da noite de quinta-feira (15) sobre a revelação involuntária graças a um tuite de Seamus Hugues, vice-diretor do Programa de Extremismo da Universidade George Washington.

Hugues é conhecido por monitorar os arquivos judiciais.

A justiça britânica deve decidir nesta terça-feira (13) se retira ou mantém o mandado de prisão contra Julian Assange, fundador da WikiLeaks, refugiado há quase seis anos na embaixada do Equador em Londres.

O tribunal de Westminster, que rejeitou em 6 de fevereiro a retirada do mandado de prisão contra Assange, deve determinar se essa ordem é de interesse público, conforme solicitado pela defesa.A decisão é esperada às 14h00 (12h00 de Brasília).

O australiano de 46 anos se refugiou em junho de 2012 na embaixada do Equador, um prédio de tijolos vermelhos localizado no bairro de Knightsbridge, para evitar a extradição para a Suécia, onde era acusado desde o final de 2010 de estupro e agressão sexual - acusações que ele nega.

Assange, que recebeu a nacionalidade equatoriana em dezembro, teme, caso seja preso, ser extraditado e julgado nos Estados Unidos pela divulgação em 2010 de milhares de segredos militares e documentos diplomáticos americanos.

O Ministério Público sueco arquivou o caso em maio de 2017, mas na semana passada a juíza Emma Arbuthnot decidiu que o pedido de detenção ainda era válido do ponto de vista jurídico, porque essa decisão foi proferida depois que Julian Assange violou as condições de sua liberdade sob fiança.

No Twitter, Assange enfatizou que teoricamente "já cumpriu mais de três vezes a pena máxima" de escapar da justiça.

Ele também se referiu a um artigo no The Guardian que alegava, citando e-mails da Procuradoria britânica, que havia dissuadido a Suécia de arquivar a acusação.

Na esperança de chegar a uma solução para este enigma jurídico e diplomático, o Equador concedeu a nacionalidade equatoriana ao fundador da WikiLeaks, com a ideia de que a imunidade lhe permitiria deixar a representação diplomática. Mas o Reino Unido recusou-se a conceder-lhe status diplomático.

Assange fez poucas aparições públicas na varanda da embaixada onde mora desde junho de 2012 com um gato como seu único companheiro.

Recentemente, principalmente nos Estados Unidos, foi acusado de ser um lacaio da Rússia devido a sua influência na eleição do republicano Donald Trump à Casa Branca.

Em julho de 2016, o WikiLeaks publicou 20 mil e-mails hackeados do Partido Democrata americano, entre os quais alguns prejudiciais à campanha da então candidata presidencial Hillary Clinton, o que, segundo analistas, contribuiu para a vitória de Trump.

Diante dessas acusações, Julian Assange negou que a Rússia ou qualquer outro Estado estivesse por trás desses vazamentos.

Na semana passada, o Equador garantiu que continuaria a proteger Julian Assange "enquanto sua vida estiver em perigo".

Também disse que continuaria buscando com o Reino Unido uma "solução satisfatória para ambos os países e respeitosa aos direitos humanos".

Mas a situação de Assange tornou-se "uma pedra no sapato" do Equador, de acordo com seu presidente Lenin Moreno, que herdou o problema de seu antecessor e agora inimigo Rafael Correa.

A Procuradoria da Suécia arquivou a investigação contra o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, que há quase sete anos era acusado de estupro pela relação sexual com duas mulheres. Em anúncio nesta sexta-feira (19), a promotora pública Marianne Ny disse que foi decidido "interromper a investigação", sem dar outros detalhes.

Assange vive refugiado desde 2012 na embaixada do Equador em Londres e sempre se negou a ir para a Suécia responder pelo processo, pois alegava que corria o risco de ser extraditado ao Estados Unidos, onde poderia ser julgados por crimes contra o Estado devido à revelação de segredos militares e diplomáticos de Washington via WikiLeaks.

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A Scotland Yard ressaltou que, apesar do processo na Suécia ser arquivado, o mandado de captura contra Assange continua válido.

Mas deve sair em breve uma decisão do Tribunal de Estocolmo sobre um pedido de Assange para que a Suécia retire o mandado de captura europeu. Assange era investigado sob acusação de ter praticado sexo sem consentimento com duas mulheres na Suécia, mas o jornalista australiano sempre negou os crimes. Ele argumentava que estava sendo perseguido pelas autoridades dos EUA pelo vazamento de dados sigilosos. 

A prisão do fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, é uma "prioridade" para os Estados Unidos, afirmou o procurador-geral Jeff Sessions nessa quinta-feira (20), enquanto a imprensa americana afirma que seu gabinete prepara acusações contra o australiano. "Vamos intensificar nossos esforços e já estamos redobrando nossos esforços sobre todos estes vazamentos", disse Sessions em entrevista coletiva respondendo a uma pergunta sobre planos para deter Assange.

O chefe do departamento de Justiça disse que há uma explosão de vazamentos de informações sensíveis sem precedentes. "É um assunto que vai além de tudo o que se sabia. Temos profissionais que estão trabalhando em temas de segurança nos Estados Unidos durante anos que estão chocados com o número de vazamentos, alguns dos quais são muito sérios". "Mesmo que se defendam, vamos tratar de colocar algumas pessoas na prisão".

Segundo o jornal Washington Post, os promotores redigiram nas últimas semanas acusações contra Assange e outros membros do WikiLeaks, que devem incluir complô, roubo de bens do estado e violação da lei de espionagem.

Assange, 45 anos, está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012, para escapar de um mandado de prisão emitido pela Suécia por um suposto estupro.

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, exigiu nesta quinta-feira a Reino Unido e Suécia que o deixem sair da embaixada equatoriana, depois que a ONU rejeitou um recurso britânico e ratificou uma decisão em seu favor.

Refugiado desde junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres para evitar sua extradição para a Suécia, Assange pediu ao grupo de trabalho da ONU sobre detenções arbitrárias que examinasse seu caso. Em fevereiro de 2016, os especialistas estabeleceram que o australiano de 45 anos era vítima de uma detenção arbitrária.

Depois de saber da decisão, o Reino Unido entrou com um recurso, que foi rejeitado, definitivamente, na 77ª sessão deste grupo de trabalho, realizada entre 21 e 25 de novembro.

"Agora que se esgotaram todas as possibilidades de apelação, espero que o Reino Unido e a Suécia cumpram com suas obrigações internacionais e me libertem", declarou o australiano em um comunicado. "É uma óbvia e grande injustiça deter durante seis anos alguém que não foi acusado", afirmou.

Composto por cinco especialistas independentes - Sètondji Roland Adjovi (Benin), José Antonio Guevara Bermúdez (México), Leigh Toomey (Austrália), Seong-Phil Hong (Coreia do Sul) e Elina Steinerte (Letônia) -, o grupo da ONU é subordinado ao Conselho dos Direitos Humanos e emite opiniões, as quais não são vinculantes.

O recurso apresentado por Londres argumentava que o fundador do Wikileaks deteve a si mesmo ao se refugiar na embaixada do Equador. Na Suécia, ele deve responder a denúncias de abusos sexuais que datam de 2010. Ele foi interrogado sobre o caso em meados de novembro na legação por parte da Procuradoria sueca.

Assange se recusa a retornar para a Suécia por medo de ser extraditado aos Estados Unidos, onde é acusado pela publicação, por parte do WikiLeaks em 2010, de 500.000 documentos sigilosos sobre o Iraque e Afeganistão, assim como de 250.000 conversas diplomáticas, pelo qual poderia enfrentar uma longa pena na prisão ou ser condenado à morte.

Por disposição de um tribunal de apelação sueco, é mantida uma ordem de prisão internacional contra Assange, a quem Londres nega um salvo-conduto para viajar ao Equador em condição de asilado.

O governo britânico expressou nesta quinta-feira sua decepção com a rejeição de sua apelação. "Julian Assange não está, e nunca esteve, detido arbitrariamente no Reino Unido", afirmou o secretário de Estado britânico para Europa e as Américas.

"Rejeitamos integralmente a opinião do grupo de trabalho da ONU e estamos muito decepcionados porque não revisaram este veredicto cheio de erros", acrescentou.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi ouvido nesta segunda-feira (14) na embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado desde 2012, por um procurador equatoriano, na presença de uma magistrada sueca, para responder à acusação de estupro que pesa contra ele na Suécia.

A procuradora sueca Ingrid Isgren, instrutora adjunta na investigação de Assange, chegou na embaixada pouco antes das 10h00 GMT (8h00 de Brasília), segundo um fotógrafo da AFP.

Suécia e Equador negociaram há meses as condições de seu interrogatório. O Equador impôs que um procurador equatoriano fizesse as perguntas, mesmo que sugeridas pelos investigadores suecos. Esta audiência "deve durar vários dias", indicou à AFP Per Samuelsson, advogado sueco de Julian Assange, que espera participar de pelo menos parte.

Esta é a primeira vez que o australiano, de 45 anos, acusado de estupro desde 2010, vai dar a sua versão dos acontecimentos à justiça.

Enquanto a justiça sueca o acusa de fugir sistematicamente de suas convocações, Per Samuelsson garante que Assange "sempre quis dar a sua versão dos acontecimentos diretamente para os investigadores."

"Pedimos esta audiência desde 2010", explicou. "Ele quer uma chance de limpar a sua honra (...) e espera que a investigação preliminar seja abandonada" após o interrogatório. A justiçá deverá recolher, se Assange consentir, amostras de seu DNA, segundo a procuradoria sueca.

A transcrição do interrogatório será entregue posteriormente aos magistrados suecos, que decidirão o futuro da investigação. A procuradora sueca encarregada do caso, Marianne Ny, comemorou o fato "de a investigação preliminar poder avançar com a audiência do suspeito".

Petição pelo 'perdão' de Trump

Uma primeira audiência prevista para meados de outubro com o procurador Wilson Toainga havia sido adiada a pedido de Assange, que evocava a falta de garantias sobre a "sua proteção e defesa", segundo o Equador.

O australiano permanece desde junho de 2012 na embaixada equatoriana da capital britânica, quando pediu asilo a Quito para evitar ser extraditado à Suécia. O Ministério Público sueco quer interrogá-lo por um suposto estupro cometido em 2010, que ele nega. Ele é alvo de um mandato de prisão europeu, emitido como parte desta investigação.

Assange não quer voltar à Suécia por medo de ser extraditado aos Estados Unidos, onde é criticado pela publicação por parte do WikiLeaks em 2010 de 500.000 documentos classificados sobre Iraque e Afeganistão, assim como 250.000 comunicações diplomáticas.

Ele não deixou o local desde então, recluso em um pequeno apartamento e tendo que se contentar com algumas aparições públicas em sua varanda. O australiano perdeu outra batalha judicial em setembro, quando, pela oitava vez em seis anos, um tribunal sueco rejeitou o recurso e confirmou o mandado de detenção europeu contra ele.

Ele solicitou no final de outubro uma simples suspensão deste mandato para ir ao funeral de um amigo, o que foi recusado.

Durante a campanha presidencial americana, o WikiLeaks divulgou milhares de mensagens hackeadas de pessoas próximas a Hillary Clinton, levando John Podesta, chefe da equipe de campanha da candidata democrata a acusar Julian Assange de fazer o jogo do republicano e agora presidente eleito Donald Trump.

Uma petição, assinada por cerca de 18.000 pessoas, pede que Donald Trump conceda "perdão presidencial" a Julian Assange a o isente de perseguição nos Estados Unidos. Uma petição semelhante foi dirigida ao então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sem sucesso.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, será interrogado no dia 14 de novembro por um procurador equatoriano na embaixada do Equador em Londres sobre a denúncia de suposto estupro apresentada contra ele na Suécia em 2010, anunciou nesta segunda-feira (7) o Ministério Público de Estocolmo.

"O Equador aceitou o pedido sueco de assistência legal em assuntos delitivos e a visita estará dirigida por um procurador equatoriano", anunciou o Ministério Público em um comunicado.

A procuradora sueca Ingrid Isgren, chefe-adjunta da investigação contra Assange, e um inspetor da polícia sueca estarão presentes no interrogatório, acrescentou. Durante esta encontro, se Assange aceitar, será extraída uma amostra de DNA, disse.

A transcrição deste interrogatório será entregue posteriormente aos magistrados suecos, que decidirão então as próximas etapas.

O australiano, de 45 anos, permanece desde junho de 2012 na embaixada equatoriana da capital britânica, quando pediu asilo a Quito para evitar ser extraditado à Suécia. O Ministério Público sueco quer interrogá-lo por um suposto estupro cometido em 2010, que ele nega.

Assange não quer voltar à Suécia por medo de ser extraditado aos Estados Unidos, onde é criticado pela publicação por parte do WikiLeaks em 2010 de 500.000 documentos classificados sobre Iraque e Afeganistão, assim como 250.000 comunicações diplomáticas.

Poucos dias depois de divulgar dados da campanha presidencial da democrata Hillary Clinton, o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, afirmou ter seu acesso à internet cortado por um agente do governo ainda não identificado. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (17) na conta do Twitter do portal de transparência.

Assange está refugiado na embaixada equatoriana em Londres desde agosto de 2012, quando recebeu asilo do país sul-americano. O WikiLeaks não informou quem exatamente está por trás do bloqueio de internet, mas afirmou ter acionado planos de contingencia para resolver a situação.

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É provável que a história esteja diretamente ligada à ameaça do WikiLeaks em liberar novas informações confidenciais trocadas por assessores de Hillary Clinton. Embora viva apenas dentro da embaixada, Assange continua publicando informações da campanha. No início do mês, o australiano havia dito que as revelações seriam significativas para a eleição presidencial nos EUA.

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O WikiLeaks comemora 10 anos nesta terça-feira e celebra o fato de ter iniciado o fenômeno das plataformas de internet dedicadas a divulgar documentos secretos, mas também recebe muitas críticas, enquanto seu polêmico fundador, Julian Assange pensa em seguir adiante.

"Os ataques contra nosso trabalho nos tornam mais fortes", declarou Assange à revista alemã Der Spiegel. Ele está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012 para evitar uma extradição à Suécia. "Acreditamos no que fazemos e, quando estamos sob pressão, nos defendemos", disse Assange, que registrou o endereço Wikileaks.org em 4 de outubro de 2006.

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O ex-hacker, que enfrenta uma ordem de prisão como parte de um processo de suposto estupro em 2010, participará em uma teleconferência com a imprensa nesta terça-feira com Berlim. Mas a aparição prevista para esta terça-feira do fundador australiano do WikiLeaks na varanda da embaixada do Equador em Londres foi cancelada por motivos de segurança.

Entre os vazamentos do WikiLeaks estão documentos sobre o funcionamento da prisão de Guantánamo ou detalhes sobre as operações militares americanas no Iraque e Afeganistão. E, sobretudo, a publicação em 2010 de dezenas de milhares de telegramas confidenciais das missões americanas no exterior, que derivou no "cablegate".

Mas, 10 anos após sua fundação, o site é criticado por aqueles que o acusam de ser objeto de manipulações, tanto de governos como de partidos políticos, e de falta de critério no momento de divulgar documentos. Assange tem sido acusado de servir aos interesses da Rússia, de reciclar documentos fornecidos por Moscou e até de favorecer Donald Trump durante a campanha à presidência americana.

"Não vamos começar uma autocensura apenas porque há eleições nos Estados Unidos", rebateu Assange na entrevista a Der Spiegel. Também recordou que já publicou documentos críticos sobre o presidente russo Vladimir Putin.

Em julho, pouco antes do início da convenção do Partido Democrata, o Wikileaks divulgou alguns dos 20.000 e-mails enviados por integrantes do partido, o que provocou suspeitas de uma possível parcialidade de líderes a favor de Hillary Clinton.

Assange se recusou a revelar como obteve os documentos. A Rússia é considerada suspeita por especialistas e líderes democratas - o próprio presidente americano Barack Obama não descartou a possibilidade -, mas Moscou negou qualquer envolvimento.

A organização, que tem seu nome formado pela união de "Wiki", que faz referência ao ideal de abertura e de autogestão proclamado pelo site Wikipedia, com a palavra "leaks", significa "vazamentos" em inglês, publicou em uma década mais de 10 milhões de documentos secretos fornecidos por diferentes pessoas e organizações.

O WikiLeaks foi um exemplo nos últimos anos, seguido, em particular, pelo técnico em informática Edward Snowden, que revelou as atividades de vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana para espionar inclusive as conversas de líderes de países aliados dos de Estados Unidos.

Um tribunal de apelação sueco manteve nesta sexta-feira a ordem de detenção internacional contra o fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, pelas acusações de estupro que pesam sobre ele desde 2010.

O tribunal de apelação de Estocolmo anunciou em um comunicado que Assange, refugiado desde 2012 na embaixada do Equador em Londres, seguirá "detido in absentia", acrescentando que compartilhava a avaliação do tribunal do distrito (a instância inferior) de que Assange "ainda é suspeito de estupro" e de que existe o "risco de que escape de um processo judicial ou de uma condenação".

Pela oitava vez em seis anos, um tribunal sueco rejeitou um recurso de Assange para evitar a extradição do Reino Unido à Suécia. O australiano e sua defesa pedem que a ordem de detenção seja retirada, ao considerar que, se for executada, ele será extraditado aos Estados Unidos para ser julgado pela divulgação de centenas de milhares de documentos secretos através do WikiLeaks.

O ex-hacker nega firmemente as alegações contra ele, denunciando uma manobra dos Estados Unidos. A decisão do tribunal de apelação de Estocolmo pode ser recorrida, por sua vez, ante o tribunal supremo da Suécia, se ele aceitar tramitá-lo.

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