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Mamoudou Gassama, 22 anos, um jovem malinês em situação ilegal que, no sábado, escalou em poucos segundos quatro andares de um prédio em Paris para salvar um menino de 4 anos, será naturalizado francês - anunciou o presidente da França, Emmanuel Macron, nesta segunda-feira (28).

"Todos os papéis vão ser regularizados", disse Macron durante uma conversa com o jovem malinês, divulgada em sua página no Facebook.

O presidente também lhe propôs iniciar os trâmites para obter a nacionalidade francesa, o que Gassama aceitou.

O jovem malinês foi aclamado como um "herói" na França depois que um vídeo, visto por milhões de pessoas nas redes sociais, mostrou-o escalando sem pensar quatro andares de um prédio, após ver uma criança em perigo, pendurada no vazio.

O fato aconteceu às 20h locais de sábado (15h em Brasília) no norte de Paris.

O vídeo mostra Gassama escalando uma fachada, a qual ele consegue subir habilmente de varanda em varanda, enquanto um homem tentava sustentar a criança de uma sacada vizinha.

Os bombeiros chegaram ao local e descobriram que o pequeno já havia sido resgatado.

A impactante cena foi filmada pelos transeuntes que se aglomeraram na rua para acompanhar os acontecimentos. O vídeo viralizou rapidamente nas redes sociais e, na noite de domingo, já tinha quatro milhões de acessos.

Segundo os primeiros elementos da investigação, o garoto estava sozinho na varanda, na ausência dos pais, que não estavam em casa.

Depois do ocorrido, o pai do garoto foi posto em prisão preventiva e está sendo investigado por "não cumprir suas obrigações parentais", segundo uma fonte judicial.

O menino foi levado para um centro social, já que a mãe não está em Paris.

Os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Rússia, Vladimir Putin, anunciaram nesta quinta-feira, 24, em São Petersburgo, a intenção de lançar "iniciativas comuns" para manter o acordo nuclear do Irã e obter a paz na Síria e na Ucrânia. Ambos criticaram ainda a decisão de Donald Trump de cancelar a cúpula com a Coreia do Norte, o que põe em risco o esforço de desnuclearização da Península Coreana.

Macron e Putin encontraram-se às margens do Fórum Econômico de São Petersburgo, que contou ainda com a participação do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe. A segunda reunião bilateral entre os dois desde 2017 - a primeira foi em Versalhes - ocorreu em meio ao crescente isolacionismo dos EUA, especialmente sobre o acordo nuclear iraniano.

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Nos bastidores, Putin considera o presidente francês como o atual líder das democracias ocidentais, enquanto Macron vê o russo como o líder da "Europa iliberal". Por isso, segundo diplomatas russos e franceses, ambos pretendem construir um diálogo para contornar o isolacionismo americano.

"O momento em que vivemos impõe que nossos países possam tomar iniciativas comuns", afirmou Macron, durante entrevista coletiva realizada no Palácio de Constantino, centro do poder da antiga capital imperial russa.

Cúpula

Pouco antes, Macron e Putin haviam recebido a informação do cancelamento da cúpula entre Trump e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un. Ambos criticaram a suspensão do encontro. "A Rússia lamenta a decisão (americana). Nós contávamos que seria o início da desnuclearização da Península Coreana", afirmou Putin, que defendeu o ditador norte-coreano.

"Kim Jong-un fez tudo o que tinha prometido. Nós esperamos que o diálogo possa recomeçar e continuar. Sem esse encontro, dificilmente poderemos esperar progressos na desnuclearização da Península Coreana. Vamos trabalhar para aproximar as posições americanas e coreanas."

Em sintonia com Putin, Macron pediu diálogo sobre o desmantelamento do programa nuclear da Coreia do Norte. "Queremos que o processo de redução de tensão e a desnuclearização possam continuar, que a comunidade internacional possa desempenhar seu papel", afirmou o francês.

O tema de maior convergência entre os dois presidentes, no entanto, foi o Irã. "Desejo que o Irã continue plenamente engajado no acordo nuclear e não retome nenhuma atividade", disse Macron, satisfeito com as últimas informações transmitidas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), segundo a qual Teerã continua respeitando o tratado. "Temos a vontade comum de preservar o acordo, que me parece ser útil para a segurança regional", reiterou Mácron.

Putin confirmou que o Kremlin também pretende fazer com que o acordo seja respeitado, mesmo após a retirada dos Estados Unidos.

"Pessoalmente, eu assegurei (a Macron) que o Irã está cumprindo todas suas obrigações", declarou o presidente russo. "Consideramos bem-vindos os esforços do Irã e da Europa para preservar esse acordo, embora acredite que esta seja uma missão muito difícil." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou, através de sua agência de notícias, a autoria do ataque a faca em Paris que deixou uma vítima fatal e outras quatro pessoas feridas. Os terroristas afirmam que o ataque foi conduzido por um de seus "soldados". O agressor foi morto pela polícia.

Após o anúncio do grupo terrorista, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou no Twitter que o país não cederá aos terroristas. "A França está mais uma vez pagando o preço do sangue, mas não cederá uma polegada aos inimigos da liberdade", escreveu. Macron também agradeceu o trabalho dos policiais que "neutralizaram o terrorista" e prestou solidariedade às vítimas.

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O promotor François Molins disse que testemunhas relataram que o suspeito gritou "Allahu Akbar", ou "Deus é ótimo" em árabe. Molins disse a repórteres que, com base no método do ataque, autoridades do contraterrorismo estão liderando a investigação sobre possíveis acusações de assassinato e tentativa de assassinato em conexão com motivos terroristas.

O ataque ocorreu na região central da capital francesa. Testemunhas relataram pânico disseram ao portal francês France24 que a polícia tentou controlar o agressor com um taser, mas a medida não surtiu efeito, o que levou os agentes a fazer dois disparos com arma de fogo. (Caio Rinaldi, com Associated Press)

O presidente francês, Emmanuel Macron, pode ter o melhor inglês em comparação com os líderes de seu país em décadas, mas até ele dá seus passos em falso na cena internacional.

Em conversa com o primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, nesta quarta-feira (2), em Sydney, Macron aproveitou a oportunidade para "agradecer a você e a sua deliciosa mulher pela calorosa acolhida".

Sozinho, sem a mulher, Lucy, ao lado, Turnbull deu um largo sorriso, enquanto Macron pareceu não perceber, de imediato, a gafe que tinha cometido.

Muito provavelmente, o presidente francês quis dizer "delightful" - que poderia ser traduzido como "encantadora" em português -, uma tradução comum do francês "delicieux" (e que também pode significar "delicious", ou "deliciosa", em português).

Quase imediatamente, o Twitter foi tomado de memes e piadas, muitos brincando com a reputação dos franceses para os "affairs" românticos.

"Você tira o homem da França mas...", tuitou a jornalista do Buzzfeed Austrália Alice Workman.

Já o britânico "Metro Daily" estampou, sem piedade: "Macron assusta o mundo ao dizer que mulher do premiê australiano é 'deliciosa'".

Macron visitava a Austrália para conversas sobre comércio e segurança regional, em sua viagem rumo ao território francês da Nova Caledônia, antes da votação de um referendo de independência que acontece em novembro.

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou neste domingo que o ataque militar realizado em conjunto com os Estados Unidos e com o Reino Unido contra alvos sírios foram realizado em retaliação ao suposto ataque químico, que teria sido feito a mando do governo de Bashar al-Assad. Em pronunciamento, Macron disse ter evidências de que Assad usou armas químicas contra seu próprio povo.

O presidente francês comentou que os ataques foram "retaliação, não um ato de guerra". Macron disse que os aliados tinham "plena legitimidade internacional para intervir" na Síria, porque os taques eram sobre a aplicação do direito internacional humanitário. O líder francês afirmou, ainda, que os aliados foram forçados a agir DEM um mandado explícito da Organização das Nações Unidas (ONU) devido ao "constante impasse dos russos" no Conselho de Segurança. "Chegamos em um momento em que esses ataques se tornaram indispensáveis."

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Ele também afirmou que a França deseja lançar uma iniciativa diplomática sobre a Síria, que incluiria potências ocidentais, Rússia e Turquia. Macron também disse que "estamos preparando uma solução política" com o objetivo de permitir uma solução política para a Síria. Ele ressaltou que a diplomacia francesa é capaz de conversar com o Irã, Rússia e Turquia de um lado e os EUA do outro.

De acordo com Macron, "dez dias atrás, Trump queria se retirar da Síria, mas nós o convencemos a permanecer". Os EUA, a França e o Reino Unido lançaram ataques aéreos na noite de sexta-feira em três instalações de armas químicas na Síria para punir o regime de Bashar al-Assad, alegando uso de armas químicas na cidade de Douma em 7 de abril. Macron também acrescentou que os russos são "cúmplices" do uso de armas químicas pelo regime sírio porque bloquearam o Conselho de Segurança da ONU. Fonte: Associated Press.

A greve dos funcionários do sistema ferroviário já custou 100 milhões de euros à SNCF, a empresa estatal de trens da França, afirmou o diretor geral da companhia, Guillaume Pepy, enquanto continua a queda de braço entre os sindicatos e o governo de Emmanuel Macron.

Os sindicatos ferroviários, que protestam contra uma reforma do governo para modificar os estatutos da SNCF e de seus funcionários, programaram 36 dias de greve intermitente, até o fim de junho, na razão de dois dias para cinco. "O custo da greve é de quase 20 milhões de euros por dia", afirmou Pepy à rádio RMC e à emissora BFM, nesta segunda-feira, quarto dia de greve.

"A França não está paralisada", garantiu Pepy, "mas os usuários estão sendo punidos". Além das perturbações ao tráfego ferroviário, a greve também afetou os automobilistas, com a formação de enormes engarrafamentos. Nesta segunda, foram registrados 375 km de trânsito na região de Paris - frente aos 280 km habituais.

Sindicatos e governo se culpam pelo bloqueio, que afeta milhões de franceses diariamente. O primeiro-ministro Édouard Philippe disse no domingo que o Executivo está decidido a executar sua reforma e apontou que os termos gerais do projeto "não são negociáveis".

"Ninguém quer um conflito que dure, mas por ora estamos em frente a um muro", respondeu a liderança sindical Philippe Martínez. Para o líder da CGT francesa, os ferroviários não têm opção a não ser a greve. "É o governo que nos obriga a agir assim".

Ofensiva midiática de Macron

Além do fim do estatuto especial de seus funcionários para os novos trabalhadores, os sindicatos protestam contra o objetivo do governo de transformar a SNCF em uma sociedade anônima pública e de abrir o setor ferroviário à concorrência.

Um fundo comum de apoio público aos grevistas, lançados por 30 intelectuais de esquerda, superava nesta segunda-feira os 500 mil euros. "Quanto mais solidariedade existir, mais mostramos que essa luta é justa", comentou Martínez.

Nathalie, usuária do serviço entrevista na estação de Montparnasse, em Paris, nesta segunda, não concorda. Ela afirma não sentir simpatia "nenhuma" pela greve, que lhe rende "muita dor de cabeça".

Enquanto isso, Emmanuel Macron, que se manteve em um discreto segundo plano desde o início do conflito, lançou um ofensiva midiática nesta segunda, com o anúncio de duas entrevistas televisivas nesta semana.

Até então, Macron, que assumiu a Presidência francesa há menos de um ano, deu poucas entrevistas a emissoras de televisão francesas.

De acordo com especialistas em comunicação política, essa mudança é um sinal de seu desejo de explicar pessoalmente as duas reformas, em um contexto de contestação elevada.

Para Dominique Wolton, especialista em comunicação política no Centro Nacional para a Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês), embora "todo mundo o incite a falar", suas palavras não serão "audíveis".

Segundo ele, o fato de o jovem presidente de 40 anos multiplicar os anúncios de reformas desde sua eleição provoca nos franceses "um efeito de saturação".

Depois de um início de mandato marcado pelo dinamismo nas reformas, o presidente da França, Emmanuel Macron, enfrenta a primeira onda de greves contra seu governo. A mais importante paralisação começou na noite dessa segunda-feira (2), organizada pelos sindicatos dos ferroviários, uma categoria que tem o poder de paralisar parcialmente o país. Contrária à reforma do "Estatuto do Ferroviário", uma série de normas que lhes garante um regime especial de aposentadoria, a categoria fará dois dias de greve por semana durante três meses.

Essa paralisação teve início com o encerramento do feriado prolongado de Páscoa na França. Um total de 77% dos maquinistas da Companhia Nacional de Caminhos de Ferro Franceses (SNCF, na sigla em francês) deve cruzar os braços em um movimento de greve inédito desde os anos 1990.

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O movimento é uma reação ao projeto de reforma discutido pelo governo Macron, que prevê o fim do estatuto exclusivo de aposentadorias - maquinistas se aposentam aos 52 anos -, o fim da estabilidade no emprego e a extinção de benefícios, como bilhetes grátis de trem para toda a família. Além disso, o projeto prevê o fim do monopólio da companhia e a abertura à concorrência internacional, em acordo com a União Europeia.

Insatisfeitos, os sindicatos da categoria programaram um calendário intenso de greve. Entre abril, maio e junho - início do período de férias na Europa -, os grevistas deixarão de trabalhar dois dias dos cinco úteis. O resultado prático será uma esperada pane no transporte público francês, essencialmente férreo - 30 mil quilômetros de linhas funcionais e 15 mil trens circulando por dia. A promessa dos sindicatos é impedir a circulação de sete a cada oito Trens de Grande Velocidade (TGVs, os trens-bala) e de quatro em cada cinco Trens Expressos Regionais (TER, que irrigam o interior do país).

"Com uma greve dura dos ferroviários, todos os governos se dobraram. E Macron não é Deus na Terra", afirma Fabien Villedieu, um dos líderes do sindicato Sud-Rail.

À paralisação dos ferroviários, trabalhadores dos setores de energia elétrica e gás somaram-se ao calendário de greves, não apenas apoiando o estatuto exclusivo da SNCF, mas sua extensão a todo o funcionalismo público. Os dois setores são estratégicos, porque envolvem também a EDF, companhia que gere as plantas de energia nuclear, responsáveis por mais de 70% da eletricidade distribuída no país.

Os movimentos no setor público, que envolvem também a coleta de lixo e universitários contra a criação de um sistema de seleção para ingresso na universidade pública, serão seguidos por trabalhadores de empresas privadas, como a companhia aérea Air France e o gigante supermercadista Carrefour.

Hoje, em meio a um evento público, Macron fez sua única declaração a respeito do movimento grevista. Abordado por um eleitor que lhe disse "Presidente, não ceda!", o chefe de Estado respondeu: "Não se preocupe". Porta-voz do principal partido da base de sustentação do governo, República em Movimento (LREM), Gabriel Attal disparou: "O importante seria talvez deixar para trás a cultura da greve".

Mas nos bastidores políticos o governo se prepara para seu grande teste frente a sindicatos potentes, que não se mobilizaram em 2017, quando da reforma trabalhista empreendida nos primeiros meses de gestão. Eleito com um programa reformista, que detalhava o projeto de transformação na SNCF, Macron será testado em sua capacidade de resistir à pressão das ruas, que nos últimos 20 anos enfraqueceu presidentes - Jacques Chirac e François Hollande foram abalados por grandes movimentos grevistas - e derrubou primeiros-ministros.

Para Jérôme Saint-Marie, cientista político e pesquisador no instituto de pesquisas Pollingvox, o presidente chega a uma encruzilhada no segundo ano de sua administração. Uma pesquisa realizada pelo instituto Elabe mostrou que 58% dos franceses consideram que o presidente é fiel a seu programa, 42% pensam que será eficaz para o desempenho da economia, mas só 25% acreditam que sua política é justa. "Um greve de transportes é quase uma greve geral na França. É a hora da verdade do macronismo", adverte Saint-Marie. "Há duas possibilidades: ou há uma agregação, inclusive das greves privadas, e nesse caso haverá um grande encontro marcado dos que não votaram Macron. Ou as pessoas pensarão que as greves prejudicarão o crescimento, penalizarão quem trabalha. Isso ainda não sabemos."

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, irá hoje para a França para se reunir com o presidente do país, Emmanuel Macron, em sua primeira viagem ao exterior desde que seu novo governo foi empossado, na quarta-feira (14).

A expectativa é que, depois do longo período que precisou para estabelecer um novo governo, Merkel possa se dedicar agora integralmente às ambiciosas propostas de Macron, feitas meses atrás, para reformar a União Europeia e a zona do euro.

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Nesta semana, Macron afirmou a um jornal alemão que "se a Alemanha não agir, parte do meu projeto está condenado ao fracasso". Macron e Merkel irão se reunir nesta sexta-feira, depois que a chanceler se encontrar primeiro com o primeiro-ministro da Suécia, em Berlim.

Merkel e seus aliados do Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em inglês) têm enfatizado a necessidade de uma Europa forte e tornaram esse objetivo uma peça central de seu acordo para a formação de um governo de coalizão. Fonte: Associated Press.

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que quer alcançar a paz em 2018 na batalha contra o extremismo islâmico na Síria, no Sahel da África e em seu próprio país.

Em seu primeiro discurso de Ano Novo como presidente, Macron, de 40 anos, disse que o novo ano será "crucial" para a França, para a Europa e para o mundo.

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Ele falou diretamente aos cidadãos europeus, instando-os a expressar seus desejos sobre o que eles gostariam que a Europa se tornasse.

"Eu acredito profundamente que a Europa pode se tornar uma potência econômica, científica, social e favorável ao meio ambiente, que poderá enfrentar a China e os Estados Unidos", disse ele hoje.

Ele também prometeu se concentrar em medidas trabalhistas para "permitir que todos os trabalhadores ganhem mais", em um país afetado por anos pelo alto desemprego e estagnação econômica. Fonte: Associated Press.

O presidente francês comemora seu 40º aniversário na antiga fazenda real de Chambord, o castelo onde viveu Francisco I (1494-1547), um símbolo delicado para um chefe de Estado que os adversária classificam como "presidente dos ricos".

O Palácio do Eliseu se limitou a informar que "o presidente e sua esposa passam o fim de semana a título privado na região de Loir-et-Cher, perto do castelo" de Chambord e que Macron vai pagar os gastos com seu dinheiro pessoal.

Segundo a imprensa francesa, o casal está hospedado na Casa dos Refratários, uma antiga moradia florestal transformada em casa de campo de quatro estrela e situada "no coração da fazenda real, a poucos metros do castelo", segundo o site do La Nouvelle Republique.

O castelo de Chambord está inscrito no patrimônio mundial da Unesco e recebe cerca de um milhão de visitantes por ano.

Foi construído há quase cinco séculos por um capricho do rei Francisco I.

O líder de extrema esquerda francês Jean-Luc Melenchon exortou os manifestantes neste sábado a sair para as ruas e a organizar greves para forçar o presidente Emmanuel Macron a desistir da reforma trabalhista.

Falando a dezenas de milhares de pessoas em Paris, Melenchon criticou os novos decretos trabalhistas do presidente como um presente para as corporações gananciosas e os mercados financeiros que alimentam a desigualdade de renda.

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Macron, por sua vez, diz que os decretos são cruciais para criar empregos e enfrentar o alto índice de desocupação da França. "A batalha não acabou, está começando", disse Melenchon na Place de la République, no leste de Paris.

Mais cedo, os manifestantes se espalharam pelos bulevares de Paris acenando bandeiras tricolores francesas, bandeiras de união e cartazes com os dizeres "Macron, renuncie!"

"Foi a rua que derrubou os reis. Foi a rua que derrubou os nazistas", disse Melenchon, que está tentando se posicionar como a principal figura da oposição da França.

Os decretos laborais que Macron assinou ontem reduzem a influência dos sindicatos franceses sobre as regras do local de trabalho e facilitam a demissão de funcionários pelas empresas, mas a demonstração deste sábado refletiu uma maior frustração com a liderança do novo presidente francês. Muitos desaprovaram uma referência feita por Macron às pessoas "preguiçosas" que se opuseram às mudanças.

Apesar do presidente já ter assinado os decretos, que devem ser ratificados pelo parlamento em breve, Melenchon ainda insistiu que não é muito tarde para derrubá-los. Ele disse que conversará com sindicatos para unir forças contra os decretos trabalhistas, que segundo ele ameaçam o modo de vida francês. Fonte: Associated Press.

Com seus índices de popularidade em queda livre, o presidente da França, Emmanuel Macron, se viu no meio de uma nova polêmica após uma revista publicar que sua maquiadora pessoal recebeu 26 mil euros (R$ 97,5 mil, segundo a cotação atual) em apenas três meses.

O valor foi revelado pela semanal "Le Point", que diz que houve dois pagamentos, um de 10 mil e outro de 16 mil euros. Após tomar posse, Macron fez questão de contratar a maquiadora que o servira durante sua campanha eleitoral, conhecida como "Natacha M.".

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O Palácio do Eliseu, sede da Presidência, admitiu o gasto, mas disse que a cifra cobre vários serviços, como coletivas de imprensa e viagens ao exterior. Além disso, afirmou que o valor ainda é menor do que o desembolsado por seus antecessores e prometeu encontrar uma forma de reduzi-lo.

Seu predecessor no cargo, François Hollande, gastava cerca de 10 mil por mês com maquiador e cabeleireiro, enquanto Nicolas Sarkozy pagava 8 mil. No entanto, Macron ascendeu ao poder com a promessa de racionalizar as contas públicas da França e reduzir os gastos do Estado.

A dificuldade em implantar seu programa eleitoral derrubou o nível de satisfação com o presidente, que caiu de 64% em junho para 36% em agosto, um recorde negativo para esse período do mandato.

Mais de 270 mil pessoas assinaram uma petição contra um eventual status de primeira-dama para Brigitte Macron, mulher do presidente francês, cujo "papel público" a Presidência quer esclarecer e tornar mais transparente.

"Brigitte Macron desempenha um papel. Tem responsabilidades. Queremos transparência e delimitar os meios dos quais dispõe", tuitou o porta-voz do governo, Christophe Castaner, em meio à polêmica gerada pelo lançamento de um abaixo-assinado contra esse status oficial.

Eleito em maio, Macron já havia anunciado durante a campanha presidencial que desejava criar um "verdadeiro status" de primeira-dama para acabar com a "hipocrisia francesa".

"Terá um papel e não será escondida, porque compartilha minha vida e porque sua opinião é importante [...] Acredito que seja importante esclarecer esse papel", declarou ele antes de chegar à Presidência.

Em um momento de proibição da contratação de familiares por parte de ministros e de parlamentares, a vontade de tornar oficial o papel da esposa do chefe de Estado irrita uma parte da opinião pública.

Lançado há duas semanas, o abaixo-assinado "contra o status de primeira-dama para Brigitte Macron" contava na manhã desta terça com 270 mil assinaturas.

"Em um momento em que o governo quer economizar [...] não podemos apoiar a iniciativa de um status específico para a mulher" do presidente, afirma a petição, apresentada no site change.org por Thierry Paul Valette, que se apresenta como "pintor e autor" e "cidadão comprometido".

"Com esse status, a primeira-dama exercerá seu papel como melhor lhe parecer e ela terá reconhecida uma existência jurídica que permitirá gozar de um orçamento", alega o texto.

Em resposta, o gabinete de Macron anunciou ontem que o Palácio Eliseu especificará nos próximos dias qual será sua "função pública". Brigitte Macron não receberá uma remuneração e não se prevê qualquer modificação da Constituição, acrescentam as mesmas fontes.

No papel, não está definido o âmbito de ação do cônjuge do chefe de Estado, nem os meios de que dispõe. Na prática, há tempos já se conta com gabinete, colaboradores e um serviço de proteção subordinados ao orçamento do Eliseu.

O gabinete de Valérie Trierweiler, a ex-mulher de François Hollande, antecessor de Macron, teve 400.000 euros em 2013.

"A ideia é que os franceses possam saber quanto esse posto custa. É necessário que exista essa transparência", defendeu a porta-voz da maioria governista do Parlamento, Aurore Bergé, em entrevista nesta terça.

A lua-de-mel do presidente da França, Emmanuel Macron, não durou muito depois de sua posse. Menos de três meses após a eleição, o energético mandatário viu sua popularidade despencar depois de anunciar cortes orçamentários, lançar uma reforma trabalhista divisiva e se engajando em uma disputa desgastante com o exército.

Uma série de pesquisas de opinião mostrou na semana passada que a porcentagem de franceses que estão satisfeitos com as políticas de Macron despencou. O instituto de pesquisa francês Ifop disse que "tirando Jacques Chirac em julho de 1995, um presidente recém-eleito jamais viu sua taxa de popularidade cair tão rápido durante o verão após a eleição.

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As pesquisas do Ifop, Harris Interactive, YouGov e Elabe mostraram que entre 36% e 54% dos entrevistados têm visões positivas do governo Macron, uma declínio ante levantamentos anteriores que também mostraram o apoio do presidente caindo desde que ele ganhou a eleição de maio com 66% dos votos.

A queda da aprovação surpreende, uma vez que há apenas dois meses Macron era visto como responsável por dar a França mais credibilidade após anos de temores com a segurança nacional e estagnação econômica. Agora, ele está sendo cada vez mais visto como ambicioso e inexperiente.

Jean-Daniel Levy, diretor da Harris Interactive, liga a queda da popularidade aos planos do governo de reduzir o auxílio de moradia a estudantes e ao início de uma reforma fiscal, que pretende ajudar trabalhadores de baixa renda, mas pode afetar os aposentados.

A imagem de Macron também foi atingida por um impasse com o comandante do exército por causa de cortes orçamentários. O general Pierre de Villiers renunciou e foi rapidamente substituído, mas alguns viram a disputa pública do mês passado como evidência das tendências autoritárias de Mácron.

Macron prometeu impulsionar os gastos militares para 2% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2025 como parte do comprometimento da França com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas o governo anunciou uma redução de 870 milhões de euros em gastos militares para este ano.

O governo também lançou reformas trabalhistas que foram centrais na promessa de campanha de Macron para impulsionar a economia francesa. As mudanças incluiriam a limitação de possíveis punições financeiras para companhias processadas por demitir funcionários e dar às empresas maior margem para estabelecer as regras de trabalho. Fonte: Associated Press.

A crise no partido Movimento Democrático (MoDem) fez com que o presidente da França, Emmanuel Macron, enfrentasse seu primeiro grande problema político com a perda de ministros que formavam seu Gabinete nos últimos dias.

O representante da Justiça, François Bayrou, e a ministra para Assuntos Europeus, Marielle de Sarnez, anunciaram que estão deixando seus cargos nesta quarta-feira (21), seguindo a decisão divulgada nessa terça-feira (20) pela ministra da Defesa, Sylvie Goulard.

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A sigla dos três políticos é investigada no Parlamento Europeu desde janeiro, quando o MoDem foi acusado de usar dinheiro da União Europeia para pagar funcionários na França - em um escândalo semelhante ao da líder do partido Frente Nacional, Marine LePen.

Apesar de não terem sido citados diretamente na investigação, os três preferiram se afastar do governo para "comprovar inocência".

Além da crise no MoDem, outro ministro de Macron, o ex-membro do Partido Socialista Richard Ferrand, que era o ministro de Coesão Territorial, também saiu do governo. Mas, neste caso, a renúncia foi por conta de uma investigação aberta pela Procuradoria de Brest, na região francesa da Bretanha, sobre um suposto favorecimento de Ferrand a sua esposa em uma transação imobiliária em 2011.

Com os anúncios desta quarta-feira, não há mais nenhum ministro do MoDem no governo do líder do A República em Marcha (REM).

Apesar de ter feito parte da campanha que levou Macron à Presidência, a sigla centrista não teve muito impacto na grande vitória do REM nas eleições legislativas do último domingo (18).

Com os resultados do pleito, o presidente pode governar sem a necessidade de coalizões, já que conquistou 308 dos 577 deputados da Assembleia Nacional. 

Dados oficiais mostram que o partido centrista do presidente francês Emmanuel Macron ganhou uma maioria absoluta na câmara baixa do Parlamento.

O Ministério do Interior disse nesta noite que, com 513 lugares já definidos na Assembleia Nacional, de 577 lugares, o partido de Macron e seus aliados já possuem 303 cadeiras. Isso já está além dos 289 lugares necessários para a maioria absoluta.

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Os republicanos conservadores e seus aliados estão em segundo lugar com 124 assentos, de acordo com os números do ministério.

A chanceler Angela Merkel está satisfeita com a vitória de Macron nas eleições parlamentares da França. O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, usou o Twitter para felicitar Macron por sua "maioria parlamentar clara". Ele disse que espera continuar a "boa cooperação para a Alemanha, a França, a Europa". Fonte: Associated Press.

O chefe do partido socialista da França renunciou ao cargo depois que seu partido saiu derrotado das eleições parlamentares do país.

O líder do partido socialista, Jean-Christophe Cambadelis, diz que o "triunfo de Emmanuel Macron é incontestável, a derrota da esquerda é inevitável e a derrota do partido socialista é irrevogável". Ele acrescentou que o partido precisa mudar suas ideias e sua organização e que uma "liderança coletiva" vai substituí-lo.

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Com 75% dos votos contados, o partido de Macron tinha 42% dos votos nas eleições parlamentares, seguido pelos republicanos conservadores com 22%. Os socialistas, que antes de Macron estavam no governo, tinham 6% dos votos. Macron deixou o governo socialista para antes da campanha presidencial.

O primeiro-ministro da França declarou que os eleitores deram uma clara maioria ao novo presidente francês. Edouard Philippe, um político de centro-direita que se juntou ao movimento de Macron, disse que "através do seu voto, uma grande maioria dos franceses escolheu a esperança sobre a raiva".

Ele convocou a nova maioria dos legisladores que foram eleitos domingo para ajudar o governo a implementar a agenda política de Macron. Ele disse que sua determinação é "total" para trabalhar em grandes reformas nos próximos meses.

Já a líder da extrema direita, Marine Le Pen, ganhou pela primeira vez um assento no parlamento francês. Le Pen disse que ganhou com cerca de 58% dos votos em Henin-Beaumont, no norte da França. Ela ressaltou que sua Frente Nacional de extrema direita ganhou pelo menos 6 cadeiras no parlamento francês e ainda está aguardando outros resultados.

Le Pen disse que os legisladores de seu partido vão "lutar com todos os meios necessários contra os projetos nocivos do governo". Ela disse que eles vão especialmente lutar contra o que ela chamou de políticas pró-Europa e pró-migrantes de Mácron. Fonte: Associated Press.

Resultados oficiais parciais mostram que o partido do presidente francês recentemente eleito, Emmanuel Macron, está claramente liderando a primeira rodada das eleições parlamentares, o que é crucial para seus planos de mudar a França. Com 46% dos votos contados, o Ministério do Interior disse que o partido centrista de Macron, "A República em Macha (REM)", conquistou mais de 26% dos votos na disputa pelos 577 assentos na Assembleia Nacional.

O partido conservador Republicanos conquistou 16%, a Frente Nacional, partido de extrema direita, 14%, o partido de extrema esquerda de Jean-Luc Melenchon, 10%, e os Socialistas, apenas 7%.

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Instituições de pesquisa projetam que o partido de Macron ganhará uma grande maioria no segundo turno, em 18 de junho.

A Procuradoria de Brest, na região francesa da Bretanha, anunciou que abriu nesta quinta-feira (1°) uma investigação preliminar contra o ministro da Coesão Territorial, Richard Ferrand. O anúncio de abertura de investigação vem cerca de uma semana após o procurador Eric Mathais ter rejeitado outro pedido de análise.

Em nota, o representante da Justiça afirmou que a ação "tem como objetivo o recolhimento de cada elemento que possa permitir uma análise completa dos fatos e da busca de uma eventual relevância penal em matéria de crime contra a propriedade e a não observação da correção e das regras das cooperativas".

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O caso contra Ferrand foi noticiado pela imprensa francesa nas últimas semanas e apontam que o agora ministro teria beneficiado sua esposa em uma transação imobiliária em 2011, enquanto era o responsável pelo fundo de seguros de saúde Mutuelles de Bretagne.

Apesar da abertura do processo, o governo do presidente Emmanuel Macron afirmou que manterá Ferrand no cargo, a não ser que ele seja formalmente acusado de algum crime. O anúncio da abertura de investigação vem no dia em que o novo presidente francês, empossado no dia 14 de maio, lançou um programa sobre a ética na política.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou o novo presidente da França, Emmanuel Macron, enquanto os dois se reuniam pela primeira vez. Ambos se encontraram na embaixada dos EUA na Bélgica, nesta quinta-feira (25), para um almoço de trabalho.

Trump afirmou que Macron teve uma "incrível vitória, em todo o mundo estão falando sobre isso". Ele acrescentou que os dois têm muito a discutir, incluindo o terrorismo. Macron disse que espera discutir questões de segurança e defesa durante a primeira reunião cara a cara entre os dois. No passado, o presidente francês criticou o presidente dos EUA, ao falar mal sobre um possível abandono por parte dos americanos ao Acordo Climático de Paris. Fonte: Associated Press.

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