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No podcast desta segunda-feira (30), o cientista político Adriano Oliveira faz uma avaliação sobre o contexto brasileiro frente à pandemia do coronavírus. Oliveira aponta que, em termos gerais, temos diferentes linhas de enfrentamento à doença: a dos governadores, que acreditam que a única saída é o isolamento total; e a do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que defende a ideia de um isolamento parcial, deixando as empresas em pleno funcionamento, mas que não apresenta uma ideia efetiva de aplicação.  

Ainda no âmbito federal, o cientista aponta que há um embate entre o presidente e o seu Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ao longo das semanas, Mandetta teve várias fases de ações, sendo a última divergente da de Bolsonaro. Segundo a imprensa, na reunião que tiveram no último sábado (28), Mandetta questionou o presidente se ele estaria preparado para ver caminhões pelas ruas, carregando os corpos das vítimas do Covid-19. No dia seguinte, Bolsonaro caminhou pelas ruas do Distrito Federal, fazendo aglomerações de pessoas e divergindo das recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde). Essa discrepância deixa o povo brasileiro perdido, sem liderança política e sem ideia de como o país ficará após a doença.  

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.

 

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu nesse sábado (28), a diminuição de circulação de pessoas. Segundo ele, é necessário ter racionalidade e não agir por impulso.

Ele afirmou que a paralisação deve ser analisada em cada cidade e Estado, até com a possibilidade de lockdown (fechamento total do comércio e ação policial nas ruas). A única medida que ele descartou foi o fechamento total do território brasileiro. Na visão dele, não seria positivo. "Não existe quarentena vertical (só para idosos), não existe quarentena horizontal. Existe a necessidade de arbitrar num determinado tempo qual grau de retenção que uma sociedade precisa fazer."

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Segundo Mandetta, a determinação de paralisação no País tem reduzido os casos de acidentes e traumas e, por consequência, mais leitos ficam disponíveis para outras situações. Ele afirmou que há registros de até 50% de mudança na taxa de ocupação. E também afirmou que é importante diminuir a sobrecarga do sistema de saúde para que haja tempo de o governo comprar equipamentos de proteção para profissionais de saúde. Segundo afirmou, apesar de o Brasil estar negociando a compra dos produtos com a China, há uma dificuldade de transporte para o Brasil. Em alguns casos, segundo ele, será necessário contratar aviões.

"Mais uma razão para ficar em casa, parados, até que a gente consiga colocar os produtos nas mãos dos profissionais de saúde que precisam. Se a gente sair andando todo mundo de uma vez, vai faltar para o rico, para o pobre, para todo mundo. Tem de ter racionalidade e não nos mover por impulso. Vamos nos mover como eu digo desde o princípio, pela ciência, pela parte técnica e com planejamento", afirmou.

Segundo ele, quando o governo fala em "colapso" não se refere apenas ao sistema de saúde, mas também à logística. O ministro afirmou que a paralisação de voos em alguns Estados atrapalha a entrega de equipamentos e medicamentos. Segundo ele, o Ministério da Infraestrutura está trabalhando para criar uma estratégia para recompor uma logística nacional de transporte.

"Essa epidemia é totalmente diferente da H1NI", afirmou, rejeitando qualquer comparação. "Esse vírus ataca o sistema de saúde e sociedade, ataca logística, educação, economia", afirmou defendendo que as ações sejam guiadas pela ciência e pela parte técnica. "Aqueles que dizem que essa gripe só mata 5 mil, 7 mil... Não é assim a conta", enfatizou.

O ministro ainda defendeu ação conjunta com os Estados. "Vamos acertar, errar, ter dias bons e ruins. Estamos ainda conhecendo qual vai ser o dano desse vírus", disse. O ministro afirmou que o trabalho a ser feito será para poupar a vida de todo mundo e reconheceu que o vírus ainda requer muito estudo. "Esta semana vamos construir um consenso com os secretários de saúde. Onde a gente ver que pode estar perdendo a guerra (para a doença), vamos apertar (as restrições).

Onde tiver melhor, podemos afrouxar. Mas vamos devagar e juntos." Mandetta ainda destacou que, apesar da maioria dos óbitos ocorrer na população acima de 60 anos, não são todos.

Economia. Mandetta ainda afirmou que vai trabalhar com o Ministério da Economia para elaboração de um plano mínimo. "O presidente está certíssimo quando fala que a crise econômica vai matar as pessoas, que a fome vai matar pessoas. Está certíssimo e somos 100% engajados para achar solução com a equipe da Economia", afirmou. Segundo ele, é preciso logística. "A pessoa não consegue ficar na casa dela, a geladeira fica vazia, o estômago fica vazio. Se a gente não tiver logística, como a pessoa vai encontrar alimento no supermercado?"

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao contrário do que tem sido dito pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu neste sábado, 28, a diminuição de circulação de pessoas. Segundo ele, é necessário ter racionalidade e não agir por impulso. O ministro concede entrevista coletiva nesta tarde para apresentar o balanço dos últimos 30 dias da situação. Na manhã deste sábado, o ministro esteve em reunião com o chefe do Executivo.

Segundo Mandetta, a determinação de paralisação no País tem reduzido os casos de acidentes e traumas, por consequência, mais leitos ficam disponíveis para outras situações. Ele afirmou que há registros de até 50% do nível de taxa de ocupação.

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O ministro também afirmou que é importante diminuir a sobrecarga do sistema de saúde para que haja tempo do governo comprar equipamentos de proteção para profissionais de saúde. Segundo ele, apesar de o Brasil estar negociando a compra dos produtos com a China, há uma dificuldade de transporte destes equipamentos para o Brasil. Em alguns casos, segundo ele, será necessário contratar aviões.

"Mais uma razão para ficar em casa, parados, até que a gente consiga colocar os produtos nas mãos dos profissionais de saúde que precisam. Se a gente sair andando todo mundo de uma vez, vai faltar para o risco, para o pobre, para todo mundo. Tem que ter racionalidade e não nos mover por impulso. Vamos nos mover como eu digo desde o princípio, pela ciência, pela parte técnica e com planejamento", afirmou.

Segundo ele, quando o governo fala em 'colapso' não se refere apenas ao sistema de saúde, mas também na questão da logística. O ministro afirmou que a paralisação de voos em alguns Estados atrapalha a entrega de equipamentos e medicamentos.

O Ministério da Saúde pediu para que todas as capitais do Brasil tenham, pelo menos, um voo, em horário estabelecido diariamente para entrega de material. Segundo ele, o Ministério da Infraestrutura está trabalhando para criar uma estratégia para recompor uma logística nacional de transporte.

"Ainda não dá para falar libera todo mundo para sair, porque não estamos tendo nem condições de chegar com o equipamento just in time como a gente precisa", afirmou.

Segundo ele, o momento é de ter racionalidade e não de nos movermos por impulso. "Essa epidemia é totalmente diferente da (epidemia) H1NI. Existe uma diferença enorme", afirmou. Mandetta disse que quem fizer comparações com gripes como H1NI, vai errar feito. "Esse vírus ataca o sistema de saúde e sociedade, ataca logística, educação, economia", afirmou defendendo que as ações sejam guiadas pela ciência e pela parte técnica. "Aqueles que dizem que essa gripe só mata 5 mil, 7 mil... Não é assim a conta", enfatizou.

Em uma defesa da atuação conjunta com secretários estaduais de saúde, Mandetta disse que é preciso atuar junto. "Vamos acertar, errar, ter dias bons e ruins. Estamos ainda conhecendo qual vai ser o dano desse vírus", disse. O ministro afirmou que o trabalho a ser feito será para poupar a vida de todo mundo e reconheceu que o vírus ainda requer muito estudo.

"Esta semana vamos construir um consenso com os secretários de saúde. Onde a gente ver que pode estar perdendo a guerra (para a doença), vamos apertar (as restrições). Onde tiver melhor, podemos afrouxar. Mas vamos devagar e juntos", disse.

Mandetta ainda destacou que, apesar da maioria dos óbitos ocorrer na população acima de 60 anos, não são todos. Alguns jovens ainda desenvolvem quadro respiratório mais grave. Segundo o ministro, essa é uma gripe mais arrastada, talvez com menos sinais de gripe, mas que cansa o indivíduo.

O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, figurou entre os assuntos mais comentados do Twitter, neste sábado (28), ao dar novas instruções para a população em relação ao isolamento social causado pela CODIV-19. Na rede social foi possível ver usuários comentando frases polêmicas do gerente da pasta, além de apontamentos sobre o afastamento do discurso levantado pelo presidente Jair Bolsonaro - que estimulava a população a voltar às ruas.

Mandetta dividiu opiniões ao recomendar que as pessoas “desliguem um pouco a televisão, eles são tóxicos demais” e também ao questionar as comparações entre Brasil e Itália - um dos países mais afetados com a pandemia do novo coronavírus. Internautas questionaram a mudança no tom das declarações dadas em coletiva online. Após diminuir a gravidade do pronunciamento de Bolsonaro, que dizia que o “Brasil não pode parar”, o chefe da pasta voltou a pedir que a população permaneça em casa. 

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De acordo com dados publicados neste sábado pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 3.904 casos e 111 mortes por covid-19. Ao completar um mês da primeira detecção de covid-19 no país, o país registrava 77 mortes e 2.915. O primeiro caso foi registrado em 26 de fevereiro.

Com dificuldade para encontrar respiradores, Estados e municípios pedem para o governo federal ir ao mercado e centralizar a aquisição do produto essencial para o tratamento de casos graves da covid-19.

A pasta abriu na quinta-feira, 26, edital para compra dos primeiros 15 mil produtos deste tipo, mas fornecedores já avisaram que não têm estoque para entrega imediata.

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A ideia dos gestores do SUS é evitar um leilão entre Estados e municípios pelas compras de respiradores, o que só beneficiaria empresas fornecedoras. O governo federal quer ainda ter o controle das vendas para impedir que os equipamentos sejam distribuídos de forma desigual.

Secretários estaduais e municipais cobraram o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) pela distribuição dos produtos. Em reunião realizada na quinta-feira, 26, eles argumentam que o Ministério da Saúde tem maior poder de compra e deve aproveitar para tentar baixar preços no mercado.

A ideia dos gestores do SUS não é proibir que um Estado busque os próprios produtos, segundo pessoas presentes na reunião. O governo federal tem dito que exige ser informado sobre as aquisições, para evitar que um Estado acumule equipamentos, enquanto outro local, com mais casos, está desassistido.

Segundo dados do governo, há cerca de 65 mil respiradores no País. Estão fora de uso 5,6% do total. O Sudeste concentra 33 mil unidades.

Em edital lançado na quinta, o governo busca 15 mil ventiladores pulmonares microprocessados com capacidade de ventilar pacientes adultos. A pasta chegou a elaborar uma versão prévia da licitação prevendo a compra de outros 15 mil respiradores do tipo "eletrônico portátil", mas a versão final foi modificada.

A corrida para aquisição de respiradores, essenciais para o tratamento de casos graves da covid-19, criou uma disputa entre o governo federal, Estados e municípios. Hospitais da rede privada também reclamam que ordens desencontradas para recolhimento de produtos ameaçam inviabilizar o atendimento de pacientes, além de expor equipes de saúde à contaminação por falta de insumos.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também reclama sobre o confisco de respiradores. Em videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na quarta, Doria prometeu ir à Justiça para evitar bloqueio de produtos. "Não faz nenhum sentido confiscar equipamentos e insumos. Se essa questão for mantida, tomaremos medidas necessárias no ramo judicial."

Em resposta a Doria, o ministro Mandetta defendeu compras centralizadas pelo governo federal. "No momento que temos um encurtamento de respiradores, fizemos o movimento para centralizar e para poder descentralizar de acordo com a epidemia", disse. Segundo o ministro, além de importações, a ideia é que quatro fábricas no Brasil produzam até 400 respiradores por semana. "Vamos conseguir assim abastecer todos os Estados. Não adianta cada local querer montar todos os aparelhos esperando casos. A gente vai mandando de acordo com a realidade de cada caso."

Deputados da comissão externa da Câmara que está discutindo medidas para combater a Covid-19 defenderam nesta quarta-feira (25) o distanciamento social para impedir o avanço da doença.

Relatora do colegiado, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), afirmou que a medida é necessária para evitar um colapso no sistema de saúde. “Medidas se fazem necessárias para minimizar os efeitos de um sistema de saúde que vem sofrendo há muito tempo com a baixa remuneração, não temos UTIs equipadas como precisaríamos.”

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Essa foi a primeira reunião da comissão com uso de videoconferência e seguindo orientação de distanciamento entre os deputados.

Sem citar o pronunciamento de ontem do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Hiran Gonçalves (PP-RR) pediu que as pessoas continuem o isolamento. “Ontem quando se colocou que isso é uma gripezinha, a Índia fez o isolamento de um bilhão de pessoas e o maior evento da Terra, que são as Olimpíadas, foi adiado para o próximo ano”, destacou. Segundo ele, que é presidente da Frente Parlamentar Mista da Medicina, o isolamento é a forma mais eficaz para evitar um crescimento exponencial de infectados e mortos.

Zanotto também criticou o fato de o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, ter retornado ao trabalho mesmo estando infectado com o vírus. “Se uma autoridade pode voltar a trabalhar infectado isso é falta de comando”, afirmou.

Ela também pediu mais celeridade nas votações das propostas tanto na Câmara quanto no Senado para garantir respostas mais eficazes à epidemia. “Não podemos perder nenhum pedido ou demanda”, disse.

Moção
A comissão aprovou pedido de moção a favor do ministro da Saúde, Luiz Mandetta, e secretários estaduais por suas ações no combate à pandemia no Brasil. Muitos deputados criticaram o pronunciamento do presidente da República Jair Bolsonaro desta terça-feira (24) à noite. Bolsonaro defendeu o fim do isolamento e a volta à normalidade, com regras mais brandas de isolamento restrita a grupos de risco. Essas indicações são contrárias às medidas que alguns estados têm adotado.

Em coletiva, realizada à tarde, porém, o ministro Mandetta endossou o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro e criticou medidas de restrições de circulação por causa da pandemia de coronavírus.

Mandetta falou em racionalidade e afirmou que as determinações sobre quarentena foram feitas de forma desorganizadas, precipitadas e ocorreram muito cedo. Ele defendeu que haja melhores critérios conversados entre o Ministério da Saúde e governadores.

Unidade
O presidente da comissão externa, Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), cobrou mais unidade de ações entre União, estados e municípios. “Na discussão do formato de isolamento acho que precisamos de todos os entes mais maturidade. Há cizânia entre governo federal, estados e municípios. Precisamos acertar em conjunto”, afirmou Teixeira Jr.

O deputado Osmar Terra (MDB-RS), porém, ressaltou que não há contradição entre o pronunciamento de Bolsonaro e as ações do Ministério da Saúde. “Em nenhum momento o ministro propôs fechar escola, loja, shopping. O que ele falou é que quanto mais exames, melhor. A Coreia do Sul não fechou nenhum barzinho, nem nada e tem alguns dos melhores índices”, afirmou. Ele defendeu o chamado isolamento vertical, restrito para pessoas do grupo de risco como idosos ou doentes crônicos.

Segundo Terra, não existe nenhum trabalho acadêmico comprovado cientificamente que o chamado lockdown (isolamento completo e fechamento de serviços e comércio em geral) realmente achate a curva de infectados. “O presidente foi corajoso porque foi contra maré política.”

Indústria de guerra
Para o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), é preciso construir uma indústria de guerra contra o coronavírus, para direcionar esforços contra a pandemia. “Nesse momento precisamos fazer um grande esforço para a indústria ser direcionada para a saúde pública”, afirmou.

O deputado afirmou que, por exemplo, as indústrias de bebidas podem focar na produção de álcool em gel e a automobilística para respiradouros. “Estão querendo criar uma oposição entre salvar vidas ou deixar a economia funcionando. Uma indústria de guerra vai permitir que a gente salve vidas e a economia continue funcionando”, disse Padilha. Ele criticou o que chamou de “terraplanismo sanitário” do discurso de Bolsonaro.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O Democratas (DEM), partido do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, acredita que o representante da pasta não deve seguir as instruções dadas por Jair Bolsonaro, na noite da última terça-feira (24), durante pronunciamento nacional. De acordo com o colunista da Época, Guilherme Amado, o partido acredita que Mandetta manchará sua história como médico e parlamentar caso ceda as recomendações anti-científicas e arriscadas dadas pelo presidente.

Bolsonaro usou o espaço televisivo para, entre outras declarações polêmicas, criticar as ações dos governadores no combate ao novo coronavírus. Ele também atacou a imprensa e chegou - novamente - a chamar a pandemia de “gripezinha”, sugerindo que toda a população voltasse a “normalidade”. Para o chefe de Estado, apenas os idosos - considerados grupo de risco, é que devem permanecer em quarentena. 

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 Ainda de acordo com o colunista da Época, nas palavras de um dos principais líderes do partido, Mandetta iria contra sua honra pessoal, se seguisse as recomendações do presidente. Mais cedo, Bolsonaro anunciou, na porta do Palácio da Alvorada, que irá pedir ao Ministério da Saúde que recomende o isolamento apenas para pessoas em grupos de risco ou já contaminadas. Para o DEM, caso a determinação seja cumprida, o partido defende que Mandetta deva recusar colocá-la em prática e, se não for compreendido, deve pedir demissão.

Especulações

A possível demissão do Ministro parece tão palpável - dado o histórico do presidente da República, que o nome de Mandetta chegou a ficar entre os assuntos mais comentados do Twitter. Apesar da comoção entre os internautas, inclusive da deputada Janaína Paschoal, sobre o destino do gerente da pasta, ainda não há notícias oficiais sobre a saída ou não do cargo.

Segundo Amado, o DEM espera que Mandetta tente permanecer no cargo sem resvalar para “o radicalismo irresponsável de Bolsonaro”, o que até mesmo na opinião da sigla sabe-se ser uma tarefa difícil.

Médico ortopedista, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de 55 anos, vivia corrigindo a postura de seus colegas na Câmara, quando era deputado. Foi em uma dessas ocasiões que ele se aproximou do capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro, à época também deputado. Bolsonaro e Mandetta, que já trabalhou como médico militar tenente no Hospital Geral do Exército, se uniram na oposição ao governo Dilma Rousseff (PT) - o hoje ministro foi contra o programa Mais Médicos e defende a revalidação de diplomas para profissionais estrangeiros.

Com a crise do coronavírus, o ministro filiado ao DEM do Mato Grosso do Sul vem ganhando holofotes e tem despertado ciúmes no Palácio do Planalto. Pesquisas e monitoramentos de redes sociais indicam que Bolsonaro perdeu popularidade após o avanço da doença, enquanto Mandetta ganhou.

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No domingo, o titular da Saúde provocou polêmica ao sugerir o adiamento das eleições de outubro. No Congresso, a proposta dividiu deputados e senadores, mas o fato é que Mandetta tocou em um tema já tratado nos bastidores pelas cúpulas dos partidos.

Ao contrário dos tempos de Congresso, quando tinham afinidade na oposição ao PT, Bolsonaro e Mandetta, agora, parecem bater cabeça. Na sexta-feira, enquanto o presidente falava em "gripezinha", o ministro previa um "colapso" no sistema de saúde no final de abril.

Bolsonaro tem se queixado de que, muitas vezes, o discurso de Mandetta provoca pânico na população e cobra a mudança de tom. Preocupado com o reflexo da crise na economia e, como consequência, na sua popularidade, o presidente quer que Mandetta e outros auxiliares façam pronunciamentos mais otimistas, dizendo que o Brasil tem uma economia sólida.

Na prática, até a eclosão da pandemia, o ministro da Saúde estava escanteado na equipe e sempre saía pela tangente quando abordado sobre assuntos polêmicos, como a pauta de costumes. Trata-se de uma estratégia que não garante pontos com Bolsonaro, já que o presidente prefere perfis que partem para o enfrentamento político.

No fim do ano passado, Mandetta chegou a dizer a colegas da Câmara que se candidataria a prefeito de Campo Grande (MS). A conversa foi vista como uma forma honrosa de sair do cargo, evitando o desgaste de uma demissão.

Recentemente, porém, ele disse a aliados que desistiu do plano e há quem diga que ele esteja almejando voos mais altos, como o governo do Mato Grosso do Sul, em 2022.

No Ministério da Saúde, Mandetta mudou de perfil: baixou o tom de críticas ao Mais Médicos - programa ainda ativo na sua gestão - e ganhou status de voz ponderada no governo.

Ele começou a carreira política no MDB, em 2005, quando assumiu a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, cidade onde nasceu. Em 2010, deixou o cargo e o MDB e concorreu a deputado federal pelo DEM. Foi reeleito em 2014, mas não tentou novo mandato quatro anos depois.

Mandetta é um dos três ministros do DEM no governo - além de Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Cidadania). Para chegar à Esplanada, teve apoio dos dois - à época, Onyx havia sido indicado para a Casa Civil - e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), além do aval de frentes parlamentares da saúde, que reúnem integrantes de várias legendas.

Sobre o ministro pairam desconfianças sobre sua afinidade com planos de saúde, porque presidiu a Unimed em Campo Grande e já disse que pautaria mudanças sobre acesso à rede pública de saúde.

Investigado

Com perfil discreto, ele é conhecido por não esconder "a real" situação dos fatos. Quando foi convidado para ingressar no ministério, avisou Bolsonaro de que era investigado por fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois. O presidente não fez reparo e observou, à época, que o médico não era réu.

A suspeita é de que, quando secretário, Mandetta tenha influenciado na contratação de uma empresa, em 2009, para gestão de informações na área, em troca de favores em campanha eleitoral. O Ministério da Saúde repassou R$ 8,16 milhões ao contrato. E a prefeitura, R$ 1,81 milhão. Segundo uma ação de 2015, movida pela Procuradoria de Campo Grande, o serviço não foi entregue e o município teve de devolver à União R$ 14,8 milhões. Mandetta contesta a acusação.

Na véspera da votação da reforma da Previdência na Câmara, no ano passado, quando a Saúde liberou mais de R$ 1 bilhão em emendas, Mandetta admitiu que a pasta fazia um "esforço" para aprovar a matéria. A versão era oposta à de Bolsonaro, que negava relação do pagamento com a votação.

O Ministério Público Federal abriu investigação sobre possível interferência de Bolsonaro, de Mandetta e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), na votação da reforma sob a forma de liberações de emendas. Procurado, o Ministério da Saúde disse que não vai se posicionar sobre "inquéritos não concluídos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que manter a merenda escolar mesmo sem aulas em meio à pandemia de novo coronavírus é importante, já que muitas crianças mais pobres dependem disso para se alimentar ao longo do dia.

"Isso é louvável, se o ministro Abraham (ministro da Educação, Abraham Weitraub) assim proceder", afirmou. Mandetta disse que o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, prepara medidas para reforçar a alimentação das crianças mais pobres, com proteína, leite em pó e barras.

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O ministro disse ainda que o início da transmissão do covid-19 começou no Brasil nas classes mais ricas, que viajam ao exterior, e, portanto, são bem nutridas e vivem em casas bem estruturadas, ao contrário da maioria das doenças, que começam nas classes mais pobres. Por isso, é preciso que o País se prepare para quando a doença atingir essa população.

Sapatos

O ministro da Saúde disse que todo tipo de medida que puder ajudar a não propagar o novo coronavírus deve ser adotada, mas com bom senso.

Questionado sobre se as pessoas devem tirar os sapatos ao chegar em casa, ele disse que sempre adotou a prática, já que ele e a mulher são médicos e frequentavam hospitais, para evitar contaminação dos filhos quando eram crianças e ainda engatinhavam.

O secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, disse que tirar os sapatos ao entrar em casa é um hábito comum em países europeus e reforçou que essa é uma questão de bom senso.

Mandetta lembrou ainda à população que abra sua casas e deixem o ar circular, para impedir que gotículas de saliva possam contaminar outras pessoas.

O ministro disse que cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidir se é preciso adotar medidas adicionais para checar passageiros que chegam de voos internacionais nos aeroportos brasileiros. "Já temos transmissão sustentada, temos que ver até que ponto isso teria eficácia."

O ministro disse que o governo vai convocar profissionais para trabalhar por meio do programa Mais Médicos. Sobre médicos que se formaram em outros países, como Bolívia e Paraguai, e que ainda não possuem licença para trabalhar no Brasil, o ministro sugeriu que eles cumpram a "missão humanitária de atender nossos irmãos bolivianos e paraguaios, já que estão legitimados para tal". Segundo ele, não trabalhar nesses locais "seria uma falta de cortesia dos médicos formados em países tão carentes, e com uma qualidade tão boa".

Sobre a antecipação da formatura de estudantes de medicina, o ministro esclareceu que é algo meramente burocrático e que servirá apenas para aqueles que estão no sexto ano, que já cumpriram 99,9% do curso.

Cidades pequenas

Mandetta voltou a pedir bom senso às pessoas em relação a medidas de prevenção ao novo coronavírus.

"Tem gente tomando decisão por pânico, por política, decisões devem ser técnicas", criticou. "Em cidades muito pequenas não faz sentido tantas restrições de circulação", completou.

O ministro reforçou que a covid-19 é uma doença de notificação compulsória e lembrou que atrasos na comunicação de casos suspeitos e confirmados pode levar a penalidades.

Jovens

Ao responder perguntas sobre a possibilidade de casos graves de covid-19 entre os mais jovens ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, criticou os informes feitos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Eu tenho que dizer aos jovens que não temos casos de problemas com jovens. Já passou da hora da OMS falar qual o comportamento dessa doença, o que ocorreu na China. O que ocorreu em Pequim? Por que lá teve meia dúzia de casos?", questionou.

Mandetta lembrou que também existem jovens com leucemia, diabetes, asma grave e outras comorbidades. "Mas a OMS colocou isso de maneira genérica. É o sistema imunológico dos jovens que vai proteger o resto da imunidade, como foi desde o início da humanidade", completou.

O ministro voltou a pedir bom senso para as autoridades locais que têm tomado medidas de restrição à circulação de pessoas. "As pessoas precisam saber quais são as regras de comportamento e como podem se movimentar. Estamos aqui para oferecer amparo técnico a prefeitos e vereadores para que não banalizem a hora que pediremos recolhimento da população", completou.

CRM

O ministro da Saúde explicou que a ideia de antecipar a formatura de médicos seria para os alunos mais próximos de obterem o diploma, já em residência médica - chamados sextoanistas.

"Vamos trabalhar com o MEC para que, no momento da graduação já se faça a inscrição no CRM. Os sextoanistas já estão se preparando para a formatura", afirmou. "Não tem nenhum sextoanista que, se estudou e fez a prova, não conhece essa doença. Sabe muito bem conduzir um caso de pneumonia clínica, sabe fazer a identificação dessa morbidade", acrescentou.

Para Mandetta, os médicos mais jovens só têm sintomas leves e por isso podem ser usados na linha de frente. "A Itália entrou com médicos de mais idade, não teve essa oportunidade", completou.

China

Mandetta voltou a contestar as informações sobre o novo coronavírus fornecidas pelo governo chinês no começo do surto de covid-19, ainda em novembro e dezembro de 2019.

"Nos parece que o que nos mostraram é bem diferente do que estamos vendo acontecer no mundo ocidental. Ou é um vírus bem diferente, ou é uma história que será narrada pela ciência ocidental, que achamos que pode ser a que está mais correta", afirmou. "O que aconteceu em novembro e dezembro na China? Se estavam se deslocando", completou.

No mesmo dia que o País confirmou a 11ª morte pelo novo coronavírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que até o fim de abril haverá um "colapso" no sistema de saúde por causa da velocidade com qual a doença tem se propagado. Na mesma entrevista, o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar a pandemia, tratando o vírus que já matou mais de 10 mil pessoas no mundo como uma "gripezinha".

O presidente e o ministro têm demonstrado um descompasso nas declarações sobre o enfrentamento da crise. A de Mandetta foi dada durante videoconferência com 22 empresários, representantes das maiores companhias do País em setores como medicamentos, telecomunicações, aéreas e financeiras. Segundo o ministro, o "colapso" significa você ter recursos, mas não ter capacidade para atendimento dos doentes. "O que é um colapso? Você pode ter o dinheiro, o plano de saúde, mas simplesmente não há sistema (de saúde) para você entrar", disse.

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A previsão do ministro é de que a velocidade de propagação da doença deve aumentar nas próximas semanas e o número de casos só começará a cair em setembro. "A gente deve entrar em abril e iniciar a subida rápida. Isso vai durar os meses de abril, maio, junho, quando ela vai começar a ter uma tendência de desaceleração. O mês de julho deve começar o platô. Em agosto, o platô vai começar a mostrar tendência de queda e aí a queda em setembro é profunda, tal qual a de março na China", afirmou Mandetta.

Bolsonaro, que se referiu à crise como "fantasia" na semana passada, cobrou uma maior "conscientização" da população em relação ao enfrentamento do vírus. No entanto, ao ser questionado pelo Estado se divulgaria o resultado dos exames que realizou para saber se havia contraído o coronavírus, voltou a se referir à doença como algo menor. "Depois da facada, não vai ser uma 'gripezinha’ que vai me derrubar", disse o presidente, que usava uma máscara cirúrgica durante a entrevista no Planalto.

Em uma escalada na forma como o governo trata a questão, o Ministério da Saúde declarou ontem estado de transmissão comunitária em todo o Brasil, o que significa admitir não ser mais possível rastrear qual a origem da infecção, indicando que o vírus circula entre pessoas que não viajaram ou tiveram contato com quem esteve no exterior - só dois Estados ainda não relataram casos.

A portaria, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, também oficializa recomendações para restringir a circulação de pessoas acima de 60 anos, além de orientar o "isolamento domiciliar" de quem tiver "sintomas respiratórios" e daqueles que moram com elas. O prazo estabelecido é de, no máximo, 14 dias.

A pasta também estendeu a pessoas que residam no mesmo endereço de alguém com sintomas de gripe a possibilidade de solicitar um atestado médico. O documento pode ser utilizado, por exemplo, para justificar a ausência no trabalho.De acordo com o Ministério da Saúde, a decisão leva em consideração "o comportamento do vírus" e permite a "adoção de medidas padronizadas" por Estados.

Vítimas

A sexta-feira foi marcada pelo maior número de mortes registradas em um mesmo dia. Foram quatro, todas em São Paulo, onde os óbitos já chegaram a nove. Os outros dois foram no Rio de Janeiro. As quatro novas vítimas são idoso que já tinham outras doenças quando contraíram o coronavírus. Três são homens (de 70, 80 e 93 anos) e a outra é uma mulher de 83 anos. O número de casos confirmados também saltou de 621 casos para 904. O índice de letalidade está em 1,2%. (Colaboraram Julia Lindner, Emilly Behnke e Priscilla Mengue)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou nesta quinta-feira, 19, durante a avaliação diária do avanço do coronavírus, o caráter nacional da doença no País. "Vocês viram o aumento da transmissão sustentada (no Brasil). À exceção da região Amazônica, todas as outras regiões têm aumentos sistemáticos em blocos (da covid-19)", disse o ministro. "Cenário da covid-19 no Brasil tem caráter mais nacional do que regional e se (a doença) levantar toda em bloco vai ser muito mais difícil de monitorar".

Mandetta explicou, no entanto, que a característica da covid-19 no País não é, ao menos por enquanto, de alta letalidade individual. Em São Paulo, por exemplo, onde foram registradas os primeiros óbitos, a taxa é de 1%. Ele explicou ainda 98% dos infectados "vão bem" e outros 2% são muito graves.

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O ministro alertou que "para cada um dos confirmados deve ter um número de não confirmados" e que os registros atuais "são só ponta do iceberg", o que justifica a necessidade de "se fazer travas", com restrições já adotadas. "Estamos no pé da montanha. Como o vírus tem 14 dias, o que fizemos 14 dias atrás é o que reflete", completou ele, numa referência ao período máximo de incubação do novo coronavírus.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta quarta-feira , 18, que o governo tem conhecimento de que medidas de maior restrição podem ser necessárias para conter a epidemia do novo coronavírus no País. Ressaltou, no entanto, que "não adianta fechar tudo" como "tem sido insinuado por alguns governadores."

"Logística é interesse nacional. Não adianta fechar tudo e segurar o frango que está pronto para chegar. Se não chegar o cloro para colocar na água, que vai ser bebida pelos brasileiros, cai a qualidade. Ações precisam ter ótica mais centralizada", afirmou.

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O ministro disse que a equipe do presidente Jair Bolsonaro está trabalhando em conjunto para elaborar medidas nas áreas de saúde, segurança e da economia. Ainda, que é esperado que haja identificação de um grande número de casos nos próximos dias, mas que é necessário alargar esse pico.

"Se todos forem subir o Monte Everest, muitos não aguentarão, por não termos equipamento e estrutura. Se conseguirmos ter montanhas como de Minas, alargar o pico, muitos terão dificuldades, mas a caminhada será menos pesarosa", disse comparando a situação da doença no País com uma escalada.

Sistema de saúde. O ministro afirmou que o governo reforçará o sistema de saúde para atendimentos dos pacientes contaminados e possíveis suspeitos. Entre as medidas, está a renovação da frota de ambulâncias. Segundo ele, 20% da frota será renovada neste semestre e outros 20% na segunda metade do ano.

O ministro também afirmou que a exportação de equipamentos e produtos necessários, como respiradores. Segundo ele, havia uma preocupação com a aquisição do equipamento. Também há um esforço para abertura de leitos em hospitais conforme solicitado pelos Estados.

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), primeiro parlamentar do Brasil a contrair coronavírus, declarou que teve uma agenda cheia no Congresso antes de receber o diagnóstico. Ele esteve em audiências com senadores, se reuniu com ministros e participou da sessão que derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Outros 498 parlamentares, sendo 439 deputados e 59 senadores, estavam na votação. 

“Eu abracei meio Congresso. Você entra lá vindo de uma viagem internacional e acaba abraçando os caras. A gente gosta deles. Eles gostam da gente. A gente abraça, pergunta como foi [a viagem]. Estive com Rodrigo Maia, com Davi Alcolumbre, com Paulo Guedes, com Mandetta, com Ramos, numa reunião em que falei que deveríamos tomar providências e ter disciplina. Não precisamos esperar morrer um para depois fazer o que tem que fazer”, afirmou Nelsinho Trad, referindo-se aos ministros da Economia, Saúde e Secretaria de Governo. 

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O senador afirma ainda que tem “certeza” de que sua contaminação pelo COVID-19 se deu no avião presidencial. Ele fez parte da comitiva de Jair Bolsonaro nos Estados Unidos e diz ter viajado sentado na poltrona à frente do secretário de comunicação da presidência, Fábio Wajngarten. Trad é presidente da Comissão de Relações Exteriores e presidiu a reunião da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (CPCMS) no Senado e esteve com o embaixador da Síria, Mohamad Khafif.

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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta quinta-feira (12), que o presidente Jair Bolsonaro pode ficar em isolamento domiciliar caso o resultado do teste para o novo coronavírus der positivo. Mandetta participou da transmissão semanal ao vivo no Facebook com Bolsonaro.

"Se der positivo o presidente vai ter que despachar daqui (Palácio da Alvorada). A gente vai recomendar o isolamento domiciliar. Se não der, ou der outro vírus, que é mais comum, que é o Influenza, a gente libera, vida que volta normal", declarou Mandetta.

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Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro pediu para Mandetta falar sobre os riscos da doença para pessoas acima de 60 anos, como ele, que possui 64 anos.

"A grande maioria sai muito bem, obrigado. Faz um quadro de resfriado, gripe, tem que manter cuidado por conta das outras pessoas", disse o ministro. Ele também recomendou que a população deve tomar cuidados como etiqueta respiratória, usar álcool gel e lavar as mãos. "Vamos lutar muito. Vão ter dias bons, outros difíceis, mas com certeza o Brasil vai sair dessa", afirmou Mandetta.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, brincou que a redução nas viagens de parlamentares devido ao novo coronavírus, como medida de prevenção, "vai economizar muita passagem" para os cofres públicos. Os deputados e senadores têm direito de voltar semanalmente para os seus Estados e são reembolsados por isso.

Durante participação na comissão geral no Congresso, que ocorre nesta quarta-feira (11), para discutir o coronavírus, Mandetta recomendou que os congressistas podem fazer reuniões por vídeos com prefeitos e outras autoridades de suas respectivas regiões. Ele contou que tem adotado medidas semelhantes.

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Pouco antes, ao abrir a sessão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que tomará medidas para restringir o acesso à Casa.

Medidas

Na reunião, Mandetta disse que a comissão terá que pensar em formas de disciplinar atestados médicos por faltas no trabalho para evitar que os pacientes com suspeita ou confirmação da doença tenham que voltar às unidades de saúde para pegar o documento. A ideia do ministro é facilitar o processo para evitar novos contágios.

Mandetta afirmou, ainda, que a sua maior preocupação é "superproteger" o grupo de maior risco, que são idosos e pessoas com doenças crônicas.

Depois de o Brasil confirmar dois casos de novo coronavírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, demonstrou nesta segunda-feira (2) bom humor ao estrelar uma espécie de "faça você mesmo", orientando a população com um passo a passo sobre a lavagem correta das mãos. O "tutorial" do ministro foi feito na companhia do secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson de Oliveira. A dica é sempre lavar a parte de dentro da mão, as unhas e o dorso, ou seja, toda a região.

Uma pia foi instalada na entrada do prédio do Ministério da Saúde, em Brasília, para que os dois ensinassem em tempo real a melhor forma de impedir a infecção pelo vírus, que vem se espalhando pelo mundo sem dar trégua. "Se eu estiver viajando, fora, não tiver uma pia perto de mim, posso usar o álcool gel, mas não há necessidade, 'ah, tenho de usar o álcool gel'. Ele é um complemento", afirmou o secretário.

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Mandetta aproveitou o recado do colega para reforçar o alerta - até mesmo o celular merece atenção redobrada em meio ao surto de coronavírus. "Fica todo mundo mexendo no celular o dia inteiro, passa bastante álcool gel e volta pro celular. Então higienize o seu aparelho celular, tá bom, gente?", disse o ministro.

Os dois ressaltaram que o álcool em gel é um complemento, ou seja, a lavagem das mãos com água e sabão é medida indispensável para uma higienização apropriada. "Como a maioria das pessoas tem acesso à água e sabão essa é a medida mais eficiente. Tem de ter contato com toda a mão", frisou Oliveira.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), disse que não causa "desespero" a situação do novo coronavírus no Brasil. "Não, não. Longe disso", disse ele ao Estadão nessa sexta-feira (28).

Mandetta afastou ainda a possibilidade de falta de produtos para enfrentamento da doença. "A equipe do ministério vai organizar. A partir do momento em que o arsenal de insumos for pedido pelos médicos, vamos atender."

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O ministro afirmou que o governo trabalha com "ciência" e que seria "imaginação" traçar cenários sobre a gravidade da doença no País. "Imaginação perto de ciência não cabe. Agora é estudar, estudar e estudar. E responder com ciência, ciência e ciência."

Mandetta disse que ainda é preciso verificar o comportamento do vírus no clima tropical para reagir. Até esta sexta-feira, o Brasil tinha um caso confirmado e 182 suspeitas. O próximo balanço será divulgado na segunda-feira, 2. "A gente tem de lidar com o comportamento do vírus, conforme ele vai se manifestar num país tropical. Vamos aguardar", afirmou.

Para o ministro, apesar do alerta pela nova doença, há casos graves de infecções já conhecidas em alta, que devem ser observadas. "Eu comentei lá em São Paulo. Todos falando de novo coronavírus e, na véspera, uma criança havia morrido com sarampo, porque não havia sido vacinada", declarou.

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou ontem (28) a primeira morte por sarampo de 2020. A vítima é uma criança da capital paulista.

Em 2020, até 8 de fevereiro, foram registradas duas mortes por sarampo e 338 casos da doença, segundo o Ministério da Saúde. A doença estava erradicada no Brasil, mas voltou a circular com força no último ano e a atingir crianças não vacinadas.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se reúne na manhã desta quarta-feira (26) com secretários estaduais de saúde, para tratar sobre o primeiro caso confirmado de contaminação pelo novo coronavírus no Brasil. Após o encontro, o ministro concederá uma entrevista coletiva à imprensa.

O primeiro caso com teste positivo para o novo coronavírus é de um homem de 61 anos, residente em São Paulo, com histórico de viagem para a Itália, na região da Lombardia (norte do país), a trabalho, sozinho, no período de 9 a 21 de fevereiro.

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O paciente, segundo as autoridades, está bem, tem sinais brandos da doença e ficará em isolamento domiciliar. O secretário da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann Ferreira, participa da reunião no ministério e também falará com a imprensa. Na ocasião, a pasta divulgará oficialmente o laudo final da investigação.

O caso foi relatado pelo Hospital Israelita Albert Einstein como suspeito de coronavírus na tarde da terça, 25. Com resultados preliminares realizados pela unidade de saúde e conforme o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz, para contraprova, que já foi realizada.

Fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo adiantaram o diagnóstico positivo. Segundo o hospital, o paciente foi atendido na unidade Morumbi, na zona sul da capital, na noite da última segunda-feira (24) e a infecção foi confirmada por meio do teste PCR em tempo real.

Iniciado na China em dezembro, o surto já tem cerca de 80 mil casos pelo mundo e mais de 2,6 mil mortes. Desde o fim da semana, a explosão de casos da Itália tem elevado o alerta global sobre a doença.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu nesta quinta-feira (6) atuação solidária do Brasil com os países vizinhos nas estratégias a serem adotadas para um eventual combate ao novo coronavírus. Segundo o ministro, o país que requer mais atenção é a Venezuela, mas, com a ajuda da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), será possível avançar nos trabalhos de vigilância e monitoramento.

De acordo com Mandeta, o Brasil é uma referência não só para os vizinhos, mas para todo o mundo, por conta do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse sentido, o Brasil tem ajudado na capacitação de todos os países vizinhos, bem como de alguns da América Central.

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“Temos de ser solidários. O Paraguai, por exemplo, tem muita dificuldade com a parte laboratorial. Nós autorizamos que as amostras de seus pacientes suspeitos sejam rodadas aqui. Argentina e Uruguai têm uma boa estrutura. Nos preocupamos com a Venezuela por conta do desmanche do sistema de saúde deles, que resultou em casos de difteria e sarampo, e da fronteira com Roraima, um estado com estrutura de saúde menor e mais frágil’, afirmou o ministro após reunião com secretários de Saúde dos estados e das capitais.

“Por isso, vamos fazer um trabalho de vigilância e monitoramento junto com a Opas, que dialoga com o governo venezuelano”, acrescentou.

Carnaval

Perguntado sobre como ficarão os trabalhos preventivos ao novo coronavírus durante o carnaval, Mandetta disse que as medidas têm de ser estudadas caso a caso. “Não posso comparar o carnaval, por exemplo, de Mato Grosso, com o do Recife. As coisas são diferentes no que se refere à gestão da regulação do sistema.”

Segundo o ministro, a maioria dos casos que surgirão durante o carnaval possivelmente será de “resfriados que se autorresolvem”. “Quando o paciente tem percepção de que o resfriado é algo maior, geralmente o aconselhamento é domiciliar. Apenas uma fração da fração da fração vai usar um eventual sistema hospitalar. É com esse cenário que cada estado ou município fará seu cálculo.”

Mandetta destacou que cabe ao folião ter bom senso na hora de brincar o carnaval, em especial praticando a chamada “etiqueta respiratória”, termo usado para hábitos como os de cobrir boca e nariz na hora de tossir ou espirrar, e depois descartar o lenço no lixo (ou, quando não tiver lenço, usar o antebraço, e não as mãos, devido ao maior risco de contaminar corrimãos e demais objetos); lavar as mãos com frequência; evitar tocar olhos, nariz ou boca sem ter higienizado as mãos; ou usar máscara cirúrgica quando estiver com coriza ou tosse.

“A vida continua. Não somos uma bolha congelada no tempo. Existe o risco? Existe, porque tem lá na China um vírus novo. As pessoas saem de Pequim, vão para Roma, Lisboa; fazem conexões, convivem com pessoas por 10 ou 12 horas dentro do avião. Estamos blindados, sem risco de nunca vir o vírus aqui? Não, porque isso é próprio da humanidade. Se estiver gripado, com febre e nariz escorrendo, evitar o carnaval. Sempre houve mudança de vírus na história da humanidade. Ou nosso organismo criou imunidade, ou a ciência identifica, mapeia geneticamente e então trabalha com testes rápidos para, depois, termos a vacina”, completou.

 

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avaliou nesta quinta-feira (28) como positiva a aprovação da Medida Provisória (MP) que criou o programa Médicos pelo Brasil. Ele lembrou que havia indefinição sobre a aprovação e o governo apelou aos líderes do Senado e da Câmara para que aprovassem o projeto, considerado forte para a saúde pública brasileira.

"O projeto vem com processo seletivo que não existia, vínculo qualificado com contratos de trabalho e carteira assinada. Aqueles que vão para as áreas mais críticas iniciam ganhando mais, e ganham mais por permanecerem lá. Também traz de volta a proteção da sociedade, com os registros dos médicos nos conselhos de medicina, para que sejam fiscalizados, acabando com os improvisos", disse, após participar do 7º Congresso Nacional de Hospitais Privados, em São Paulo.

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Segundo o ministro, o projeto garantirá para as áreas mais distantes três vezes mais médicos do que o programa anterior, já que reconhece a essencialidade do profissional para compor a força de tarefa do Sistema Único de Saúe (SUS) nas áreas mais críticas do país. Ele ressaltou que o Brasil é um continente com diferenças de acesso aos serviços de saúde, principalmente no caso de algumas especialidades, tornando um desafio a criação de políticas que se encaixem nos diversos vazios assistenciais.

"Temos lugares do Brasil onde a pessoa tem que viajar praticamente dois dias para ter acesso a uma hemodiálise, por exemplo, e é difícil levar atedimento para essas áreas críticas. "Estamos reorganizando o sistema na atenção primária, dividindo o país em regiões administrativas para criar salas de atendimento especializado", afirmou.

Aprovação

O programa Médicos Pelo Brasil amplia em pouco mais de 7,3 mil o número de profissionais nas áreas mais carentes do país – 55% serão contratados para atender as regiões Norte e Nordeste.

O projeto também define novos critérios para realocação dos profissionais considerando locais com maior dificuldade de acesso, transporte ou permanência dos servidores, além do quesito de alta vulnerabilidade. A nova proposta ainda prevê a formação de especialistas em medicina da família e comunidade.

De acordo com as regras do programa, os profissionais deverão ser selecionados para duas funções: médicos de família e comunidade e tutor médico. Todos deverão ter registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).

O Senado aprovou, em seguida, o projeto de lei (PL) que institui o Revalida, programa que faz a revalidação dos diplomas de médicos formados em universidades do exterior. Esses profissionais, incluindo os cubanos que deixaram o Mais Médicos e continuaram no Brasil, terão que passar pelo processo de revalidação do diploma para obter o registro e atuar no novo programa.

Segundo o texto, poderão participar do programa, que terá duas edições a cada ano, faculdades privadas com cursos de medicina cuja nota de avaliação no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) seja 4 ou 5. O programa será acompanhado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Mandetta também destacou que neste ano foram tomadas medidas para reforçar a atenção primária, desde a criação de uma secretaria até a capacitação de agentes comunitários. A capacitação será lançada em dezembro, e o próximo passo será investir na atenção especializada, com foco na pesquisa genética. "Ficamos fora da corrida genética, e essa deve ser a grande tecnologia para rompermos a barreira da expectativa de vida acima dos 100 anos no século 21."

 

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