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O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, e os "mensaleiros" foram alguns dos personagens mais lembrados na malhação de Judas, tradição comum entre a comunidade católica. Realizado ao meio-dia nas diversas partes do País, o evento acontece no sábado de Aleluia e lembra a morte de Judas Iscariotes, o traidor de Jesus Cristo.

Em Franca, no interior paulista, houve malhação de Judas em vários bairros. Na rua General Carneiro, área central da cidade, a atividade ocorre há 58 anos. Tomás Tardivo, de 85 anos, criou a brincadeira no local e desde então muita gente se aglomera para malhar o boneco que depois explode. No tradicional "testamento", o Judas deixou este ano os seus restos para políticos famosos, como Feliciano, os petistas José Dirceu e José Genoino - condenados no processo do "mensalão" - e até a presidente Dilma Rousseff. "A gente sempre cita os políticos porque são eles que fazem o povo passar muita raiva", explica Tardivo.

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Segundo ele, os mensaleiros deixaram o povo indignado e a polêmica envolvendo Feliciano voltou a mexer com a paciência das pessoas. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara tem sido alvo de protestos por ter feito declarações consideradas por muitas pessoas racistas e homofóbicas. "Não poderíamos deixar passar despercebidos esses figurões", afirmou Tardivo. Ele confeccionou o boneco com roupas e artefatos doados por moradores da cidade, que aplaudiram a destruição do Judas.

O pastor e deputado federal Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, apagou todas as imagens que havia publicado na rede social Instagram. Por outro lado, tem publicado várias mensagens no Twitter, reafirmando a própria permanência à frente da comissão, apesar da onda de protestos contra ele. "Aos amigos do Instagram, peço desculpas, mas fui obrigado a retirar as fotos, pois não há limites para a crueldade das pessoas em seus recados", publicou Feliciano, no Twitter.

Ainda na noite desta sexta-feira, o deputado reproduziu, em retuítes, mensagens de 15 pessoas com o mesmo mote: "Marco Feliciano me representa". Trata-se de uma resposta a uma frase comum nos protestos a favor da saída dele da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara - "Marco Feliciano não me representa". Em outras postagens, já na manhã deste sábado, o pastor e deputado agradeceu "as milhares mensagens de apoio", em tom de desabafo. "Agradeço o apoio dos pais e mães de todas as religiões, inclusive aos que não tem religião e que ao me encontrar dizem: Não desista, pastor", disse.

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Marco Feliciano tem sido alvo de protestos de diversos grupos sociais desde que foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, por já ter dado declarações consideradas racistas e homofóbicas. Ele nega ser preconceituoso e afirma que, a despeito da pressão, não vai renunciar do cargo.

 

A renúncia coletiva dos membros da Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional será solicitada pelo PPS que também entrará com uma representação no conselho de ética contra o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP).

A legenda argumenta que o atual presidente da comissão quebrou o decoro parlamentar ao usar recursos públicos no pagamento do advogado que lhe defende de um inquérito onde é acusado de homofobia.

De acordo com o deputado Federal e suplente da comissão, Arnaldo Jordy (PPS-PA), contou que por causa da intransigência de Feliciano não há condições de se fazer acordos políticos e que na próxima terça-feira (2) entrará com uma representação contra o deputado.

O deputado ainda reforçou que caso metade e mais dois membros da comissão renunciem uma nova eleição para a presidência seria convocada. “Ele passou do limite admissível ao ponto de mandar prender que exerce o direito da livre manifestação. Por isso vamos pedir a renúncia coletiva dos membros da comissão”, defendeu Jordy.

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Brasília - A bancada do PSC vai decidir nesta terça-feira (26) se pede a renúncia do deputado Pastor Marco Feliciano (SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. O líder do partido, deputado André Moura (SE), disse há pouco que é interesse da própria bancada encerrar a polêmica ainda hoje.

"Independentemente da posição do presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), é uma preocupação nossa resolver isso hoje. A situação já tomou proporção maiores e vamos decidir hoje", disse Moura.

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Segundo ele, a questão está entre os pontos a serem discutidos pela bancada. “Há essa possibilidade, entre outros assuntos, como a reforma política, essa situação da comissão também está entre temas. Tivemos uma conversa com o pastor Marco e pedimos que ele analisasse as manifestações que estão sendo feitas na sociedade".

Feliciano é alvo de protestos de grupos defensores dos direitos dos homossexuais e dos negros por ter publicado nas redes sociais comentários ofensivos contra gays e negros.

Moura ponderou, no entanto, que mesmo que a bancada decida pela saída de Feliciano da presidência da comissão, como o pastor foi eleito, a renúncia terá que partir do próprio parlamentar. "Se essa decisão pela renúncia for tomada pela maioria da bancada, teremos que ter o convencimento do pastor Marco", disse Moura.

Na semana passada, o presidente da Câmara classificou a situação de “insustentável” e assegurou que tomará uma posição definitiva nesta terça-feira (26) sobre a polêmica em torno da eleição do deputado Marco Feliciano.

O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), classificou na manhã desta quinta-feira como "insustentável" a situação da Comissão de Direitos Humanos, que está em guerra desde a eleição do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente. Alves prometeu uma solução para o caso até a próxima terça-feira. Ele tem cobrado do PSC a saída de Feliciano do cargo, mas o pastor se recusa a renunciar. "Do jeito que está se tornou insustentável a situação. Eu asseguro que será resolvida até terça-feira da semana que vem", afirmou Alves.

Ele disse que o clima de "radicalização" não pode ser aceito na Casa e assumiu a responsabilidade por encontrar uma saída para o impasse. "Agora passou a ser também responsabilidade do presidente da Câmara dos Deputados".

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A escolha de Feliciano para a comissão gerou a revolta de grupos ligados a direitos dos negros e de homossexuais devido às declarações dele em redes sociais sobre o tema. Um vídeo publicado por um assessor com ataques a adversários e rituais africanos nessa semana aumentou ainda mais a pressão pela renúncia. O pastor, porém, resiste e seus aliados argumentam que uma saída significaria uma concessão ao grupo rival.

Feliciano reafirmou na manhã desta quinta-feira, em entrevista à Rádio Estadão, que não vai renunciar "de maneira alguma". Tentou minimizar os protestos dos quais tem sido alvo e as acusações de atitudes homofóbicas e intolerantes. Garantiu representar "mais de 50 milhões de evangélicos diretamente, mais um sem-número de pessoas e de famílias que têm a mesma visão que eu".

Na quarta-feira, 20, Feliciano foi alvo de manifestantes dentro da Comissão e deixou o local após oito minutos de sessão. Ele minimizou a presença dos ativistas, a quem definiu como "vinte e poucas pessoas gritando, promovendo bagunça, dizendo que estavam ali para tumultuar" e afirmou que "isso não vai acontecer mais". O deputado disse que é "praxe" o presidente da Comissão se retirar em sessões que promovem audiências públicas e afirmou que a imprensa foi "sensacionalista" ao divulgar o fato.

Estelionato

Em relação ao processo por estelionato a que responde no Supremo Tribunal Federal - ele teria recebido R$ 13 mil por um culto que não ministrou no Rio Grande do Sul - Feliciano afirmou já ter depositado em juízo o valor, com juros, e se disse vítima de uma tentativa de extorsão.

"Eu adoeci, não pude ir. (..) Minha equipe ligou e eles disseram que iam remarcar o evento. Ficamos aguardando remarcar e o evento não foi remarcado. Quando tentamos entrar em contato, já haviam feito um processo gigantesco, quase uma extorsão, pedindo um milhão de reais", afirmou.

Os protestos contra a escolha do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara continuam. Para o próximo sábado, 23, os manifestantes planejam fazer um "beijaço de repúdio" contra Feliciano em São Paulo, na esquina da Avenida Paulista com a Consolação.

Acusado de fazer comentários racistas e homofóbicos, o deputado vem sendo alvo de manifestações desde que o seu nome foi indicado pelo PSC para ocupar o cargo. Ele tomou posse no último dia 7.

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O evento, marcado para as 17h, está sendo convocado pelo Facebook e diz ter como objetivo "combater o ódio com o amor". Os organizadores do ato convidam pessoas hetero e homossexuais a darem um beijo para protestar contra a permanência de Feliciano à frente da comissão.

"Somos um coletivo de liberdade e diversidade, então que venham heteros, gays, lésbicas, trans, afrodescendentes, portadores de deficiência, seguidores de religiões menos favorecidas, feministas... Que venham todos aqueles prezam por um Brasil melhor, mais democrático e livre para todos nós seres humanos", diz a organização do evento.

O deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) permaneceu por apenas oito minutos presidindo a reunião da Comissão de Direitos Humanos na tarde desta quarta-feira. Apesar de a segurança da Casa ter barrado a entrada de alguns manifestantes, outros conseguiram burlar o bloqueio e fizeram protestos contra o deputado.

A sessão discutiria os direitos humanos dos portadores de transtorno mental. Mas, depois de muito bate boca, após a saída do pastor, a reunião foi encerrada sem qualquer debate sobre o tema. O representante do ministério da Justiça, Aldo Zainden, abandonou o debate após iniciar o seu discurso afirmando que o País vive um retrocesso em relação aos direitos humanos. Ele diz ter sido censurado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que o ordenou a falar apenas sobre o tema da audiência.

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Feliciano chegou à sala cercado por seguranças às 14h26. Abriu a reunião logo na sequência e, em meio aos gritos de "retrocesso não", repassou a presidência ao deputado Henrique Afonso (PV-AC), autor do requerimento para a audiência pública.

Durante 30 minutos tentou-se levar adiante o debate, mas parlamentares do PT fizeram discursos contra o pastor e os manifestantes continuaram gritando palavras de ordem. A audiência era conjunta com a Comissão de Seguridade Social. O presidente desse colegiado, doutor Rosinha (PT-PR), chegou e acabou com a reunião. Após o fim da sessão, o deputado Jair Bolsonaro bateu boca com manifestantes.

Mais cedo, opositores de Feliciano lançaram uma frente parlamentar dos direitos humanos. O objetivo é pressionar o pastor e abrir espaço para uma pauta voltada à defesa do tema. Parlamentares dessa frente prometem levar denúncias contra Feliciano à Procuradoria Geral da República e à Corregedoria da Câmara.

Após a presidência relâmpago, Feliciano dirigiu-se ao plenário da Câmara. Ele continua descartando a possibilidade de renúncia do comando da comissão e recebeu o apoio de Bolsonaro também no plenário.

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal do Recife, presidida pela vereadora Aline Mariano (PSDB), realizará, na próxima segunda-feira (18), um ato de repúdio à nomeação do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal. A nomeação tem sido alvo de polêmica por conta de declarações racistas e homofóbicas feitas anteriormente pelo deputado. A manifestação ocorrerá durante a sessão plenária na Casa de José Mariano.

“As pessoas tem se posicionado contra Feliciano e nós, que somos os representantes mais próximos da população, não podemos deixar de nos manifestar”, contou Aline Mariano. “É um retrocesso entregar a presidência uma Comissão tão importante a uma pessoa que já deu claras evidências de ser preconceituosa. A Comissão de Direitos Humanos precisa estar nas mãos de alguém com a mente aberta, capaz de respeitar as diferenças e compreender que cidadania é um direito de todos”, argumentou a tucana.

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Mariano destacou que é importante ter em mente que a pressão para a saída de Feliciano da presidência não tem relação com o fato de o deputado ser pastor evangélico. “Não é uma questão relacionada à religião, é uma questão de caráter pessoal. Uma pessoa pode perfeitamente ser evangélica e ainda assim respeitar aqueles que são diferentes. Mas não é este o caso dele”, afirmou a vereadora.

A líder da Comissão de Direitos Humanos também ressaltou que Feliciano possui uma ação penal em aberto e ainda é acusado de estelionato.“Trata-se de um parlamentar que, além de dizer coisas absurdas como o fato de africanos serem descendentes de ancestral amaldiçoado por Noé, responde por uma ação penal e inquérito no STF sob acusação de estelionato”, disparou.

 

Mais de cem militantes de movimentos LGBT's, feministas e negros manifestaram repúdio contra a posse do Deputado e Pastor Marco Feliciano na presidência da Comissão Nacional de Direitos Humanos e Minorias, na tarde deste sábado (16), em Salvador (BA). A manifestação teve início na Praça do Campo Grande, às 15h, e contou com a participação da vereadora Olívia Santana (PCdoB), da Escola Olodum, e de representantes da Associação Travestis e Transexuais de Salvador (Atras) e da Associação Brasileira de Gays Lésbicas Travestis e Transexuais (ABGLT). Esse foi o segundo protesto na capital baiana.

Assim como em várias capitais do país, os grupos ligados aos direitos humanos consideram incompatível que o deputado Feliciano que, já se manifestou publicamente contra negros e homossexuais, assuma a presidência da Comissão na Câmara Federal. "A gente está na rua para reagir contra essa atrocidade aos direitos humanos. A gente precisa ter consciência que as nossas escolhas podem ser feitas dessa forma. Não fomos nós que colocamos o Feliciano lá, mas nós não vamos pagar por isso", disse a representante do Atras, Keila Simpson.

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Os manifestantes seguiram o circuito da Rua do Forte São Pedro, no bairro do Campo Grande, até a Praça Castro Alves, no Pelourinho. Os representantes entidades afirmaram que não vão parar as mobilizações enquanto o Deputado e Pastor Marco Feliciano (PSC) não for retirado da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

A escolha do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara ainda repercute muito em todo o Brasil. Depois de protestos de movimentos e grupos distintos da sociedade o Conselho Nacional de Combate a Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT) posicionou-se contra a escolha. 

Em nota, o CNCD/LGBT afirmou que o deputado não possui perfil e história para ocupar o cargo. O documento também comenta que o pastor já se manifestou de forma preconceituosa e racista em alguns momentos.

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Confira o texto na íntegra abaixo: 

“O Conselho Nacional de Combate a Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT), em função da escolha do deputado federal Marco Feliciano (PSC) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e considerando que:

a) O deputado Marco Feliciano já se posicionou diversas vezes de forma preconceituosa e homofóbica em relação à população LGBT, ora defendendo que a Aids é um "câncer gay", ora trabalhando para que os psicólogos brasileiros voltem a considerar a homossexualidade como doença, ora responsabilizando os "sentimentos homoafetivos" como causadores de ódio, crimes e rejeição;

b) O deputado Marco Feliciano também se manifestou de forma preconceituosa e racista em relação à África, considerando como "amaldiçoado" esse importante e negro continente que trouxe contribuição humana e cultural para o Brasil;

c) O deputado Marco Feliciano desrespeitou, diversas vezes, as várias denominações religiosas de matriz africana, ao defender que elas cultuam entidades satânicas e congêneres;

Entende que o referido deputado federal não possui o perfil e história para ocupar o cargo máximo de uma Comissão que deve ser pautada pela defesa dos direitos humanos de todos e todas, em especial daquelas pessoas que como apontam diversos indicadores, são as mais vulneráveis à violência motivada, muitas vezes de forma simultânea, pela homo-lesbo-transfobia, machismo, heterossexismo, racismo e intolerância religiosa.

Em função do exposto, este Conselho considera essencial para o desempenho das atribuições constitucionais e regimentais da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que a presidência e as demais vagas que a compõem, sejam ocupadas por parlamentares com histórico de respeito e trabalho pela promoção dos Direitos Humanos.”

 

Na tentativa de viabilizar sua permanência à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) se reuniu nesta quinta-feira com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para pedir sua interferência para acabar com clima de confronto de parlamentares do PT, do PSOL e do PSB com os evangélicos. No périplo em busca de apoio, Feliciano também procurou o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que pediu para não envolver o governo na confusão, e até o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), um dos parlamentares contrários à eleição do pastor para comandar a Comissão.

Acusado de racismo e homofobia, Feliciano presidiu nesta quarta-feira (13) a primeira sessão da Comissão em meio a bate-boca entre parlamentares, palavras de ordem, vaias, aplausos e muito tumulto. Apesar dos protestos veementes, que duram há duas semanas, ele insiste em ficar no cargo. "Pedi aos grupos representados ponderação, equilíbrio e responsabilidade. Vamos aguardar os próximos dias para que isso realmente possa acontecer na comissão, que é muito importante", afirmou Henrique Alves, depois de se encontrar com Feliciano e o líder do PSC, deputado André Moura (SE).

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Na véspera, o presidente da Câmara recebeu um grupo de deputados contrários ao pastor, como Érika Kokay (PT-DF) e Jean Wyllys. "Espero que nos próximos dias esse clima venha a ser harmonizado em um entendimento em que todos possam perceber que o importante para esta Casa é a ordem, o respeito", disse o presidente da Câmara.

Para Henrique Alves, os dois lados _ os pró e os contra Feliciano _ estão errados. "Não se pode culpar apenas uma parcela, porque toda ação provoca uma reação e acho que esse radicalismo e esse emocionalismo não estão compatíveis com o que a Casa tem o dever de apresentar à sociedade brasileira", argumentou Henrique, ao lamentar o clima de baixaria da primeira sessão da Comissão de Direitos Humanos.

Deputados contrários à permanência de Feliciano na Comissão se revezaram ontem na tribuna da Câmara para pedir sua renúncia e alardear a existência de um novo vídeo, em que o pastor aparece fazendo criticas ao Congresso e ao governo. Nas imagens que estão na internet, Feliciano afirma, durante culto de sua igreja, que se "apavora" todas as terças-feiras quando chega à Câmara e que satanás "está infiltrado no governo brasileiro". Ele também aproveita para criticar os parlamentares que, mesmo sendo evangélicos, se negaram a assinar proposta de sua autoria para a realização de um plebiscito sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Na próxima quarta-feira (20), os deputados contrários a Feliciano pretendem lançar a Frente Parlamentar pelos Direitos Humanos para tentar fazer um contraponto à eleição de Feliciano para a presidência da Comissão. Esses mesmos parlamentares estudam também entrar na corregedoria da Câmara contra o pastor, que emprega em seu gabinete funcionários que trabalham somente na sua igreja. "Ele me pediu ajuda para ficar na Comissão e disse que o seu estilo é da paz", contou Chico Alencar, ao continuar a defender a saída de Feliciano.

Em meio a bate-boca entre parlamentares, gritos, vaias e muito tumulto, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara aprovou nesta quarta-feira seis requerimentos com pedidos de audiência pública. A primeira sessão da Comissão de Direitos Humanos foi tensa. O presidente da Comissão, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e o ex-secretário de Direitos Humanos deputado Nilmário Miranda (PT-MG) quase trocaram sopapos durante a sessão. Feliciano fingiu não ouvir Nilmário, que ficou em pé na sua frente e tentava falar com o presidente da Comissão.

Momentos depois, Nilmário sentou-se para reclamar do comportamento do pastor que, ironicamente, perguntou quem era ele. "Quem é o senhor? Como é o seu nome?", indagou Feliciano. Já sentado, o petista disse que Feliciano não tinha "legitimidade" para presidir a Comissão. Toda a bancada do PT se retirou da Comissão. Em outro momento, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Domingos Dutra (PT-MA) também quase saíram no tapa.

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Mais cedo, antes do início da sessão, cerca de 50 evangélicos lotaram, desde a parte da manhã, a sala da Comissão de Direitos Humanos. Sentaram-se no lugar dos deputados, ocupando cinco fileiras. A maioria deles admitiu ser da igreja evangélica. "Sou do Gama (cidade-satélite de Brasília) e sou evangélico. Mas não sei se sou da mesma igreja do deputado", disse Jonatas Ferro, que bateu boca e também quase trocou socos com o deputado Mário Heringer (PDT-MG).

Feliciano foi aplaudido de pé, assim que entrou na sala. Representantes dos movimentos sociais e a imprensa só puderam entrar na sala da Comissão minutos antes do início da sessão. Os representantes de movimentos fizeram muito barulho e gritaram ininterruptamente palavras de ordem contra Feliciano. "Racista, fundamentalista!" , "Pastor ditador!", "Foram Feliciano!"

Na tentativa de mostrar que não é homofóbico, Feliciano pôs em votação requerimento propondo nota de repúdio ao candidato presidencial, Nicolas Maduro, que acusa seu adversário de ser homossexual. O requerimento, que não foi aprovado por falta de quorum, era de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), que é suplente na Comissão e presidente da Frente Parlamentar Evangélica. Sem condições de se locomover sozinho pelos corredores da Câmara, Feliciano foi obrigado a deixar a Comissão cercado por mais de 20 seguranças.

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Não durou muito a ideia do Pastor Marco Feliciano de processar a apresentadora global Xuxa Meneghel. O Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados não gostou de uma postagem da loira em seu Facebook que criticava a eleição dele para a presidência da comissão.

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"E sobre o que disse Xuxa, minha assessoria jurídica prepara o processo. Durmam em paz”, publicou em seu Twitter o parlamentar. Porém na terça (12) ele voltou atrás da decisão e desistiu de tomar medidas legais contra a rainha dos baixinhos e justificou a ideia de processá-la como "um momento de angustia".

"Nunca processei ninguém", afirmou Feliciano, que vem sofrendo uma série de críticas. O deputado paulista foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados com onze votos, sendo seis de deputados do seu partido (PSC). 

O pastor é acusado de ser racista e homofóbico e já chegou a afirmar que o amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e à rejeição. Também em seu microblog, ele publicou que "os africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé".

SALVADOR - A movimento nacional em repúdio a nomeação do pastor e deputado, Marco Feliciano, na Coordenação da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) marca o segundo ato público para o próximo sábado (16), na Praça do Campo Grande, às 14h. A mobilização começou na capital baiana no último domingo (10) e em outras vinte cidades brasileiras.

Os manifestantes laçaram uma convocatória via rede social: “Nós dizemos que NÃO FICA. A luta pelo povo, pela mulher, pelo negro, pela família, pela diversidade e pelo amor, permanece! Queremos uma pessoa que tenha um discurso para o futuro do nosso País e que não pregue o ódio, o racismo e a homofobia. Até os evangélicos repudiam a presença dele. A questão não é religiosa, mas é social, em prol da sociedade brasileira”. No evento, até hoje (13), mais de seiscentas pessoas confirmaram presença.

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Entre o último sábado (9) e o domingo (10) ocorreram manifestações em Curitiba (PR), São Paulo (SP), Pernambuco (RE), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e outras.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se manifestou contrário à eleição do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Após aula magna para calouros da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), o ex-presidente tucano disse que a indicação do parlamentar era "um absurdo". "Achei a mesma coisa que todos os brasileiros de bom senso: que é um absurdo", disse FHC.

Feliciano é acusado de racismo e homofobia e vem recebendo várias manifestações contrárias à sua permanência na comissão. Mais cedo nesta terça-feira, integrantes do PT, PSOL e PSB na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados protocolaram pedido de mandados de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contestando a sessão que elegeu o deputado como presidente do colegiado.

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Apesar dos protestos, Feliciano disse, no início desta tarde, que não pretende deixar a presidência da comissão, está "tranquilo" e é um "homem sereno".

BAHIA - A cantora Maria Gadú soltou o verbo contra o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) durante o show deste domingo (10), na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador. O espaço, com capacidade de receber até cinco mil pessoas, estava quase lotado.

O disco ‘Mais uma Página’, lançado em dezembro de 2011, traz 14 faixas, sendo oito delas de composição da cantora, e conta com participações especiais.

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Gadú cantou a polêmica canção ‘Podres Poderes’ e a dedicou ao pastor, acusado de racismo e de homofobia. ‘’Essa música é para a p**** do deputado Feliciano, que de feliz não tem nada’’, disse, sendo ovacionada pela multidão. A apresentação faz parte da turnê ‘Mais uma Página’, que já passou por várias capitais do Brasil.

O repertório do show passeou entre as canções inéditas do novo disco e sucessos anteriores, como 'Linda Rosa', 'A História de Lily Braun' e 'Dona Cila'. Além da bela interpretação de 'Oração ao Tempo', tema de abertura da novela 'A Vida da Gente' (TV Bahia/Globo).

Por Daniele Vilas Bôas

O deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) não cedeu aos apelos de sua bancada e decidiu permanecer na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Apesar da pressão, Feliciano afirmou que está "tranquilo" e que é um "homem sereno". "Todos ponderaram que tudo isso causa desgaste para ele", disse o deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB), ao deixar a reunião que confirmou a permanência de Feliciano no comando da comissão.

Pelo menos duas centenas de manifestantes tomaram conta da entrada principal e de corredores da Câmara para protestar contra a eleição de Feliciano para a comissão. Acusado de homofobia e racismo, o pastor anda na Câmara rodeado de seguranças. Ele prometeu fazer um pronunciamento nesta quarta-feira à tarde, durante a primeira reunião da comissão.

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Mais cedo integrantes do PT, do PSOL e do PSB na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados protocolaram pedido de mandados de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contestando a sessão que elegeu o deputado como presidente do colegiado.

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse nesta terça-feira ter ficado "indignada" com a eleição do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Para Marta, a escolha é uma "mancha" na história do Congresso Nacional. "Eu fiquei indignada porque nós caminhamos para um retrocesso muito grande na questão dos direitos humanos quando uma pessoa com a história de falas completamente fora dos direitos humanos é eleita para presidir uma comissão desse nível de importância para a Câmara e o Brasil", disse a ministra. "É uma mancha para o Congresso a eleição de uma pessoa com esse perfil", emendou.

De acordo com a ministra, presidir a Comissão de Direitos Humanos demanda um perfil isento de preconceitos. "Temos que ter pessoas absolutamente isentas de preconceitos contra negros, contra homossexuais e preconceitos em geral", afirmou, referindo-se a supostas falas de Feliciano contra negros e homossexuais.

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Marta disse ainda que as tentativas do deputado de explicar suas falas apenas "agridem" os grupos que ele teria ofendido. "Quanto mais ele se explica e se defende, mais ele agride todas as comunidades. Isto mostra o quão distante ele está da compreensão do que é presidir uma comissão desta importância."

Cesta Básica

Indagada sobre a manifestação de quadros do PSDB reivindicando a autoria do projeto para isentar de tributos a cesta básica, Marta afirmou não dar importância ao que é dito pelos tucanos. "Não tem importância o que eles falam. Acho que o melhor seria usar o bom senso. É bom para o povo? É. Então faz e não fica brigando pela autoria", concluiu a ministra, após proferir palestra em evento organizado pela embaixada britânica na capital paulista.

Integrantes do PT, do PSOL e do PSB na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados vão protocolar nesta terça-feira pedidos de mandados de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contestando a sessão que elegeu o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente da Comissão. Esses parlamentares pretendem obter uma liminar cancelando a sessão da eleição e, dessa forma, suspender a escolha de Feliciano.

Os parlamentares contrários a Feliciano alegam que a sessão foi realizada a portas fechadas, sem a presença dos movimentos sociais, o que fere o regimento da Câmara e invalidaria a eleição. Esses deputados também pretendem entregar, ainda nesta terça, documento ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), contestando a participação do PSC na Comissão. O PSC tem uma bancada de 17 deputados, mas conta com cinco vagas na comissão de Direitos Humanos.

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"É inimaginável que depois da ditadura se faça uma sessão com portas fechadas, barreiras e policiais", disse o ex-presidente da comissão, deputado Domingos Dutra (PT-MA). Na tarde desta terça, às 15h30, a bancada do PSC se reúne para avaliar a permanência de Feliciano na comissão. "Vamos levar os posicionamentos da sociedade contra e favor de Feliciano para a bancada", afirmou o líder do partido na Câmara, André Moura (SE).

Brasília – A eleição do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, na semana passada, ainda gera polêmica e protestos.  Parlamentares ligados à defesa dos direitos humanos vão se reunir amanhã, às 11h, na liderança do PT, para buscar meios de anular a eleição de Feliciano e também para discutir a criação de uma frente parlamentar de direitos humanos.

Segundo a deputada Erika Kokay (PT-DF), o grupo pretende contestar a eleição de Marco Feliciano por três motivos: primeiro pela indicação dele para a presidência da comissão, na qual o PSC não tinha direito a representação; segundo, porque foi eleito em reunião fechada, sem que houvesse ato formal da Mesa da Câmara para isso; e terceiro, pelo princípio da proporcionalidade partidária, que não foi respeitado.

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Erika Kokay disse que o PMDB e o PSDB cederam, cada um, as duas vagas que tinham na comissão, e o PP cedeu a sua ao PSC. Com isso, o PSC passou a ter cinco cargos de titular na CDH e três de suplente, enquanto o PMDB, o PSDB e o PP ficaram sem representação. “Isso fere o princípio da proporcionalidade e a vontade do povo ao eleger seus representantes. Temos disposição de recorrer da eleição, vamos discutir como devemos fazer isso.”

A contestação ao nome de Feliciano para presidir a CDH começou mesmo antes de ele ser indicado para o cargo, por causa de declarações dele consideradas racistas e homofóbicas. O deputado diz que não é racista, nem homofóbico e atribui a resistência a seu nome a perseguição e preconceito por ele ser pastor evangélico.

De acordo com Erika Kokay, deverão participar da reunião de amanhã os deputados Chico Alencar e Jean Wyllys, ambos do PSOL do Rio de Janeiro, os petistas Domingos Dutra (MA), Nilmário Miranda (MG), Padre Luiz Couto (PB) e Padre Ton (RO), e a deputada Luiz Erundina (PSB-SP), entre outros.


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