Tópicos | Morre Eduardo Campos

Amigos e familiares se despediram de Carlos Augusto Percol no início da tarde deste domingo (15). O sepultamento ocorreu no Cemitério de Santo Amaro.

Muitos dos presentes estavam vestidos com camisas com a imagem do assessor de imprensa do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Torcedor do Sport Club do Recife, o corpo do jornalista foi recebido aos gritos de “Cazá, Cazá”, tradicionalmente entoado pelos fãs do clube pernambucano. Camisas do time também eram vistas entre os presentes. Amigos de Percol irão fazer uma homenagem ao jornalista hoje antes da partida entre Sport x Atlético-PR, na Ilha do Retiro. O jogo terá início às 18h30.

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Carlos Augusto Leal Filho era conhecido profissionalmente como Percol, mas para os familiares e os amigos mais íntimos era apenas Guto. O apelido carinhoso também foi visto em camisas durante o enterro.

Após o caixão ir para o túmulo, a viúva Cecília Ramos discursou junto da sogra. "Ele tá em algum lugar e ele vai proteger a gente", falou a também jornalistas, não conseguindo conter as lágrimas.

Com informações de Gabriella Guerra

O velório já dura algumas horas e o sepultamento do ex-governador Eduardo Campos deve ocorrer do fim da tarde para o início da noite no cemitério de Santo Amaro, onde já foi enterrado o seu assessor, Carlos Percol. Família e amigos estão em um momento mais sereno após o fim da missa e o candidato a governador pelo PSB, Paulo Câmara, conversou com a imprensa.

Abalado, o escolhido por Eduardo Campos como candidato à sua sucessão como chefe do executivo estadual, falou sobre a sequencia da campanha. “Vivemos um momento muito triste, pois a perda é muito grande, mas a partir de amanhã teremos que recomeçar. A campanha continua. Vamos dar prosseguimento às ideias de Eduardo. Hoje é dia de homenageá-lo e vamos dedicar à nossa campanha aos amigos que partiram”, afirmou Câmara.

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Com informações de Elaine Ventura

A grande maioria das pessoas que estão acompanhando neste domingo (17) o velório do ex-governador pernambucano e candidato à presidência do Brasil, Eduardo Campos, é de Pernambuco. Mas visitantes de outros estados também estão presentes.

Entre eles está Doriel Marinho, aposentado de 50 anos que se identifica como alcoólatra, mas deixou o Piauí e veio até Recife para acompanhar o velório de Campos. Equipado apenas da roupa do corpo e uma rede para descansar, Doriel veio com uma companheira e um amigo. Ele está se alimentando apenas da comida que consegue com outros populares, independente de questões higiênicas. 

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“Uma coisa que me deixou impressionado foi o jeito como Eduardo falava com as pessoas. Me chamava muito atenção,” comentou o aposentado. Ele descobriu e virou fã do candidato através de um programa de TV. Ao ficar sabendo da morte de Campos, Doriel deixou a cidade de Teresina e veio ao Recife.  

“Hoje o meu único voto seria de Eduardo,” concluiu o piauiense, que fez a viagem graças à duas caronas, uma até Campina Grande e outra até Recife. Segundo ele, o país perdeu a chance de ter um grande presidente.

Com informações de Nathan Santos.

A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula deixaram há pouco o Palácio Campo das Princesas, onde foi celebrada na manhã de hoje uma missa campal em homenagem ao Eduardo Campos, que era candidato do PSB à presidência. O ex-presidente petista não quis comentar as vaias do público à Dilma Rousseff e alegou que não era momento para falar sobre o assunto.

Na saída de Dilma, a presidente e o adversário Aécio Neves evitaram uma aproximação e, por pouco, não se encontraram. Ao percorrer o corredor de saída do palácio, Lula foi muito assediado pelos presentes, que pediram para tirar fotografias com ele.

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No caminho, Lula encontrou o candidato do PSDB ao Senado José Serra (SP) e o senador Aloysio Nunes Ferreira, vice na chapa de Aécio à presidência. Lula fez questão de cumprimentar os tucanos. (Daiene Cardoso e João Domingos, enviados especiais)

Após a missa campal celebrada pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, na área externa do Palácio do Campo das Princesas, o corpo do assessor Carlos Percol seguiu para o Cemitério de Santo Amaro, onde será enterrado. Já o velório de Eduardo Campos segue até às 16h.

O corpo do fotógrafo Alexandre Severo também foi velado no Palácio do Campo das Princesas e seguirá para o Cemitério e Crematório Morada da Paz, onde será enterrado. No mesmo local, às 17h, serão cremados os restos mortais do cinegrafista, Marcelo Lyra.

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Para os alívios dos sedentos, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) está distribuindo, de forma gratuita, centenas de copos de água para os populares que visitarem o velório do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, neste domingo (17).

A água está sendo distribuída para todas as pessoas, e não há limite máximo de quantos recipientes cada um pode pegar. O local de distribuição é do lado do Teatro Santa Isabel, próximo a um posto de atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Muitas pessoas estão descartando os copos de água jogando-os no chão, deixando o ambiente sujo, e haverá uma coleta de lixo após a finalização do velório. 

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que entregou as cinco medalhas que ficavam na corrente de ouro de Eduardo Campos para a família. "A família tinha pedido para que achássemos a corrente de Eduardo nas buscas. Pedi para o prefeito de Santos, ele fez um 'pente fino' e encontramos as cinco medalhas", afirmou Alckmin, referindo-se a algumas imagens como a de São Francisco e Nossa Senhora. O governador contou que quando chegou ao velório, "logo cedo", entregou-as para a viúva Renata Campos. "Ela disse que vai entregar uma para cada um dos cinco filhos".

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse que as vaias à presidente Dilma Rousseff no velório de Eduardo Campos refletem a indignação da população. "O povo está indignado. Pediram até para tirar a coroa de flores (enviada por Dilma)", afirmou.

Freire prevê o crescimento do movimento antigoverno nos próximos dias. "Ele era um crítico ao governo mais contundente que Aécio (Neves, candidato do PSDB). E isso vai ficar. As pessoas não o conheciam e querem saber agora o que o Eduardo pensava", comentou.

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Neste momento, ocorre a missa campal de corpo presente e o povo grita "Eduardo guerreiro do povo brasileiro". Campos, quatro assessores dele e dois pilotos foram vítimas de um acidente aéreo na última quarta-feira (13), em Santos, no litoral paulista.

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Milhares de pessoas se aglomeram na fila, que chega a dobrar na Rua da Aurora, para prestar as últimas homenagens a Eduardo Campos e seus assessores, mortos na última quarta-feira (13) em um acidente aéreo. As filas estão se formando em vários pontos, a expectativa do Batalhão de Trânsito (BPTran) é que se acumulem mais de 5km.

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A missa campal de corpo presente está sendo celebrada pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. Na fila desde às 7h da manhã, Socorro da Silva, de 70 anos, conseguiu se despedir de Eduardo. Bastante emocionada, diz ainda não acreditar na tragédia. “A ficha não caiu. Acompanho essa família desde a década de 60, na época de Miguel Arraes. Vi o nascimento de Eduardo”, detalhou chorando.

Socorro conseguiu chegar próximo ao caixão de Campos e se despedir. “Quando vi Lula pegar o menininho [Miguel] no braço eu não aguentei e desmoronei. Só volto para casa depois do enterro. Vou acompanhar o cortejo até o cemitério”. A mulher também revelou acreditar que Marina Silva será eleita presidente da república. “Tenho certeza que isso vai dar impulso para a campanha dela”.

Uma caravana veio de ônibus da cidade de Barreiros, Zona da Mata Sul do Estado, para acompanhar o velório. “Eduardo Campos fez muita coisa em Barreiros, ajudou muita gente, principalmente os trabalhadores do comércio. Pra mim era uma pessoa muito boa e por isso estamos aqui. Vale a pena a espera por mais de uma hora”. 

Segundo o morador, quatro ônibus ainda estão vindo de Barreiros. 

Com informações de Alexandre Cunha

Continua intensa a movimentação no velório de Eduardo Campos e seus assessores, mortos na última quarta-feira (13) em um acidente aéreo. Por conta do calor e da quantidade de pessoas na fila para se despedir do ex-governador de Pernambuco, alguns populares passaram mal e chegaram a desmaiar.

O Corpo de Bombeiros (CBMPE) foi acionado para socorrer as pessoas. Por volta das 12h, a corporação já havia registrado um total de 40 ocorrências. “A maioria dos casos está relacionada à pressão baixa. Por conta da quantidade de pessoas, alguns atendimentos estão sendo realizados na própria fila”, afirmou o líder da equipe dos Bombeiros, Diego Silva.

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Uma mulher, de nome não informado, teve um ataque epilético nas proximidades da Praça da República. Ela foi socorrida e atendida pelos Bombeiros. Segundo informações iniciais, a mulher teria ingerido bastante bebida alcoólica e isso provocou o ataque.

Prevendo a necessidade de atendimento, foi montado um suporte de saúde, com assistência do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Palácio do Campo das Princesas, onde ocorrem as solenidades.

No Cemitério de Santo Amaro, onde será realizado o enterro de Eduardo Campos e o seu assessor, Carlos Percol, serão disponibilizadas uma UTI Móvel, uma Unidade de Suporte Básico e um posto médico para atendimento de urgência.

Com informações de Elaine Ventura e Nathan Santos

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A emoção predominou no semblante das milhares de pessoas participaram,  neste domingo (17), da missa de corpo presente em homenagem ao ex-governador Eduardo Campos (PSB), ao assessor de imprensa Carlos Augusto , mais conhecido como Percol e ao fotógrafo Alexandre Severo vítimas  de um acidente aéreo em Santos, São Paulo, na última quarta (13). O ato religioso foi celebrado pelo Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. Além dele, mais os bispos de Caruaru, Nazaré, Salgueiro, Petrolina e do estado da Paraíba.

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Durante o ato religioso ficaram próximos ao caixão de Campos, a esposa Renata e os filhos, a mãe do ex-governador, Ana Arraes, a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, a cúpula do PSB, entre eles o presidente da legenda Roberto Amaral.

As leituras da missa foram lidas por Pedro Henrique e João Campos, filhos do pernambucano a homilia, Saburido destacou a integridade de Eduardo e dos que morreram junto com ele. O arcebispo comparou a dor das famílias enlutadas com a mesma vivida pela mãe de Jesus. "Devemos permanecer de pé. Não podemos desistir do Brasil. Escutamos hoje um silêncio que incomoda e que clama por justiça. Esta morto um homem que tem suas convicções vivas", mencionou deixando entristeço o exemplo da Campos.

O religioso também enalteceu a amizade os falecidos. "No instante do acidente todos estavam unidos em torno de Eduardo como amigos. Tão grande era a amizade entre eles que estão todos aqui. Sentíamos nele um ser humano apaixonado pelo povo e isso o aproximou de muitos aqui", frisou o arcebispo.

A celebração iniciou com meia hora de atraso ao horário previsto. Logo depois a passagem dos populares para dar o último adeus ao socialista continuou.

Ao final da missa, foi cantada a música Assim como Zaquéu, que  já foi tema de uma homanagem feita por Pedro Campos ao pai em vida. A dama do teatro pernambucano, Geninha Borges também leu o poema O último andar, de Cecília Meireles, que descreve a vida. 

Confira o poema na íntegra:

No último andar é mais bonito:
do ultimo andar se vê o mar.
É lá que eu quero morar.

O último andar é mais longe:
custa muito a lá chegar.
Mas é lá que eu quero morar.

Todo o céu fica a noite inteira
sobre o último andar.
É lá que eu quero morar.

Quando faz lua, no terraço
fica tudo luar.
É lá que eu quero morar.

Os passarinhos lá se escondem,
para ninguém os maltratar,
no último andar.

De lá se avista o Mundo inteiro,
tudo parece perto, no ar.
É lá que eu quero morar:
no último andar.

 

A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegaram em torno das 9h50 deste domingo (17) ao velório do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, realizado no Palácio do Campo das Princesas. Outros políticos presentes incluem José Serra, candidato a senado de São Paulo, o senador Cristovam Buarque e a candidata a vice de Eduardo, Marina Silva.

Os filhos e esposa de Eduardo foram aplaudidos e abraçados. o grito “Eduardo, guerreiro, do povo brasileiro” voltou a ecoar nesta manhã. Lula também foi aplaudido e segurou Miguel, filho mais novo de Eduardo. Já Dilma recebeu algumas vaias do povo.

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Com informações de Marina Meireles

 

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Os comerciantes de flores que trabalham nas ruas próximas ao Cemitério de Santo Amaro, área central do Recife, continuam as atividades que iniciaram desde a manhã desse sábado (16). Entretanto, a movimentação de compradores está tímida. Segundo a comerciante Maria José de Moura, que há 40 anos trabalha no local, esta manhã de domingo está atípica.

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"Ontem o dia foi mais forte. Muitas empresas e políticos compraram várias coroas de flores, uma delas comprou, inclusive, 11. Mas hoje o movimento ainda está bem fraco para uma manhã de domingo", relata a vendedora. A tristeza também marca os profissionais dessa área. O comerciante Antônio Gomes, que há trinta anos vende flores em frente ao Cemiterio de Santo Amaro, demonstrou tristeza ao falar sobre o trabalho do dia do enterro do ex-governador.

"Estou muito triste. Vou perder meu voto. Eu só votaria se fosse nele ou no avô", comenta o vendedor, fazendo referencia ao também ex-governador Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos, falecido em 2005. "Ontem as pessoas preferiram comprar buquê. Só as empresas e os partidos optaram por coroas de flores", complementou Antônio. O sepultamento dos restos mortais de Campos e de Carlos Percol, seu assessor, está marcado para às 17h.

Lágrimas não são contidas. No interior do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco os funcionários do executivo estadual ainda estão em estado de choque. Ninguém acredita que o ex-governador de Pernambuco se foi, principalmente dessa forma trágica. 

Dona Marina Inocêncio,  cozinheira do Palácio, relatou o quão Eduardo Campos era atencioso. Segundo ela, Campos sempre fazia questão de demonstrar o seu carinho, através de um abraço, olhar ou sorriso. Ela que trabalha há 33 anos no Palácio, tinha um convívio extenso com o ex-governador, pois o conhecia desde a gestão de Miguel Arraes, avô do socialista.

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Aos prantos, a cozinheira lembrou : “Ele havia perguntado por mim um dia antes de morrer. Perdemos um grande amigo. Com ele não existia preconceito hierárquico. Certo dia, quando a presidente Dilma o fez uma visita, eu tinha feito uma cocada que eles haviam gostado muito. Ele mandou me chamar e disse: olha aqui quem fez aquela delícia”, ressaltou a cozinheira chorando.  

De acordo com a supervisora de serviços gerais do Palácio, Geane da Silva, esse é um momento inimaginável. Ela considerou a relação de Eduardo com todos os funcionários extremamente carinhosa e disse que só tem recordações bonitas do ex-governador do Estado. “Quando ele saia daqui (Palácio) tarde da noite, ele sempre tinha a delicadeza de ir até nós para nos agradecer. São muitas lembranças bonitas e marcantes de um  grande amigo, um governador, um excelente pai,  marido e administrador excepcional. Todos nós perdemos isso, mas tem alguém que ganhou com a morte de Eduardo Campos: Deus”.

Emocionada, Geane ressaltou que a força só vem porque todos sabem que ele está ao lado de Deus. “Só estamos ‘felizes’ porque Deus ganhou. Em minhas orações eu pergunto ao pai porque ele não enviou uma mensagem para avisar que estava precisando de um administrador no céu, pois estaríamos mais consolados”, pontuo.

Para o chefe de cozinha Eduardo Almeida, Campos permanecerá vivo nos corações da população pernambucana. E revelou que se pudesse dizer algo a Eduardo Campos deixaria a seguinte mensagem: “Que Deus o ilumine e o faça reencarnar de novo”. E ainda declarou que apesar de Eduardo ser oriundo de família rica, Campos sempre foi muito simples. E sua humildade iria transformar o Brasil.    

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Uma manhã atípica na vida dos Pernambucanos. O dia marcado por grande comoção em função da morte do ex-governador do Estado, Eduardo Campo, foi banhado pela chuva no início da manhã deste domingo (17).

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Populares começam a chegar ao velório, que está sendo realizado no Palácio do Campo das princesas. Outros estão aqui desde o início da madrugada. Foi o caso de dona Luiza de Souza, que mesmo estando cansada após um dia de trabalho, faz questão de permanecer no local até o término da missa, prevista para começar às 10h. “Não podia deixar de me despedir do homem que me fez ter esperanças na política. Pretendia tê-lo como presidente, mas não conseguimos”, afirmou.

Com o punho serrado e a bandeira do Brasil nas costas, um rapaz se dirigiu a família e gritou a seguinte frase: Não desistam do Brasil.  Em lágrimas, a despachante Irenice Maria ressaltou a importância de Eduardo Campos para o povo pernambucano. “A gente perdeu um grande homem, que queria mudar o Brasil. E o pior foi a forma trágica que ele se foi”, concluiu.

A todo momento, a população tenta consolar os familiares das vítima do acidente aéreo. Eles rezam e cantam músicas religiosas como forma de carinho.  

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Galeria de Imagens da chegada dos corpos ao Palácio do Campo das Princesas 

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As ruas do Recife nunca estiveram tão movimentadas durante uma madrugada como visto na virada deste sábado para domingo (17). Milhares de pessoas deixaram suas casas com um objetivo principal: dar adeus a um dos maiores líderes políticos de Pernambuco e do Brasil. O corpo de Eduardo Campos e dos demais pernambucanos de sua equipe que morreram após a queda do jato que fazia a campanha à Presidência da República percorreu importantes vias da cidade, arrancando gritos, acenos e lágrimas.

Desde a última quarta-feira (13), dia do acidente e da confirmação das mortes de sete pessoas, a população viveu um clima de tristeza e expectativa para o último momento com o político. Cartazes, faixas e bandeiras lembravam e agradeciam a importância de Campos para o Estado. Os corpos do ex-governador de Pernambuco, do assessor de comunicação, Carlos Percol; do fotógrafo Alexandre Severo e do cinegrafista Marcelo Lyra desembarcaram na base aérea da capital por volta das 23h, vindos de São Paulo em um vôo da Força Aérea Brasileira (FAB). Além desses, também veio na aeronave o caixão com os restos mortais do assessor de campanha de Eduardo à presidência, Pedro Valadares, que depois de pousar no Recife seguiu para Sergipe.

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Do aeroporto, os corpos, com exceção do cinegrafista Marcelo Lyra - que os familiares optaram por uma cerimônia mais reservada no cemitério Morada da Paz -, seguiram em cortejo em um carro aberto do Corpo de Bombeiros. O trajeto incluiu bairros e vias importantes das Zonas Norte, Sul e Central da cidade. Confira todos os detalhes no vídeo a seguir:

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O início da manhã deste domingo (17) tem sido marcado pelas homenagens prestadas às vítimas do desastre aéreo da última quarta-feira (13), que vitimou Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência, e seus assessores. O velório acontece em frente ao Palácio do Campo das Princesas, no centro do Recife.

Centenas de pessoas prestam homenagens a Campos, Alexandre Severo, fotógrafo da campanha, e Carlos Augusto Percol, assessor do ex-governador. Porém, com o decorrer do dia, esse número deve aumentar bastante. A expectativa é que em torno de 100 mil pessoas passem pelo Palácio.

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A população pernambucana segura bandeiras do Estado e do Partido Socialista Brasileiro (PSB), além de cantar o hino brasileiro e músicas religiosas. Foi montado um trajeto com grades de segurança para que os civis possam caminhar e tirar fotos dos caixões. Membros da família e amigos próximos velam os corpos das vítimas. Renata Campos, viúva de Eduardo, e os cinco filhos do casal, ainda não chegaram ao local nesta manhã.

Mais de 50 coroas de flores – em nome de cidades do interior e até de governos internacionais, como o do Canadá - foram deixadas na frente do Palácio. Fardas de escolas estaduais com frases de apoio à família das vítimas também estão expostas no local, ao lado dos painéis grafitados com caricaturas em homenagem a Eduardo.

 

 

Mesmo com as chuvas que caíram na madrugada deste domingo (17), as pessoas não deixaram de prestar a última homenagem ao ex-governador Eduardo Campos. Muitos saíram do trabalho e foram direto para o Palácio do Campo das Princesas, onde o presidenciável esta sendo velado. Lennon Halley, de 22 anos, largou do trabalho, na zona Sul do Recife, às 3h da manhã do domingo e foi direto para o Palácio. “Não sou ligado em política, mas acompanho o trabalho de Eduardo desde o primeiro mandato como governador. Ele demonstrava ser uma pessoa simples e um político diferente. Ainda não acredito que isso aconteceu.” Afirmou Halley.

 

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A missionária Nina Macambira, de 48 anos, saiu do bairro de Sapucaia, em Olinda, na região Metropolitana do Recife, às 2 da manhã para homenagear Eduardo Campos. “O mais triste é lembrar que no domingo passado ele (Eduardo), estava comemorando o aniversário com os filhos, mas hoje, uma semana depois, os filhos estão velando o pai. Estou triste, mas honrada por poder estar prestando a última homenagem a ele, estou orando por Renata e os filhos dela.” Comentou Nina emocionada. 

Maracatus, integrantes do bloco carnavalesco O Bonde e muitas palmas, foi assim a recepção do cortejo que trouxe o corpo do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, da base aérea do Recife até o Palácio do Campo das Princesas, na área central da cidade, na madrugada deste domingo (17). O caixão dele e dos assessores, Carlos Percol e Alexandre Severo, chegaram em dois caminhões do Corpo de Bombeiros.

O caminhão que trouxe o ex-governador trazia uma faixa escrito “Não vamos desistir do Brasil”, ao lado do caixão vieram três filhos dele, Maria Eduarda, Pedro e João Campos, a viúva, Renata Campos, veio dentro da cabine. Marina Silva e a mãe de Eduardo, Ana Arraes, vieram com parentes e amigos em outros carros que acompanharam o cortejo.

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Assim que os caixões desceram dos caminhões, mais palmas e o hino de Pernambuco foi tocado enquanto o Maracatu Piaba de Ouro e o bloco o Bonde se apresentavam.O estandarte do Galo da Madrugada também desfilou com uma faixa preta. Palavras de ordem e a frase: Eduardo, guerreiro do povo brasileiro, eram gritadas a todo tempo.

Os grupos culturais se apresentaram por um pedido pessoal de Renata Campos. Cid Cavalcanti é presidente do Bloco o Bonde, mas a apresentação de hoje ele não queria fazer. “Ficamos honrados pelo convite, mas é uma apresentação que não queríamos estar aqui fazendo. Gostaríamos de estar aqui recebendo ele (Eduardo) com muita festa depois dele ser eleito presidente”, afirmou.

O presidente do Galo da madrugada também comentou as apresentações culturais. “Eduardo era uma pessoa alegre, folião e apoiador da cultura. Estamos aqui para reverenciá-lo e agradecê-lo por tudo que ele fez e representa para o nosso estado”, comentou Rômulo Menezes.

Não houve nenhum momento reservado para família, a população já pode passar e prestar a sua homenagem.

Nem a chuva, que ameaçou cair na noite deste sábado (16), nem mesmo o horário, afastou o povo pernambucano de prestar a última homenagem ao ex-governador Eduardo Campos. Já era madrugada quando o cortejo com os três corpos das vítimas da tragédia aérea, que deixou sete mortos na última quarta-feira, começou a circular pelas ruas do Recife.  

Famílias se aglomeravam nas calçadas e nas janelas das casas para acompanhar cada instante do trajeto. Nas mãos, traziam cartazes com mensagens de carinho, bandeiras do Estado e até do Náutico, time do coração do candidato à presidência. O pequeno Gabriel André, de 9 anos, era um dos que carregava o símbolo do clube pernambucano. “Fiquei acordado até agora para homenagear os mortos, especialmente, o governador que era alvirrubro”, contou o garoto, emocionando ainda mais quem assistia à passagem da comitiva. 

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No carro do corpo de Bombeiros, três dos cinco filhos de Campos acenavam para as pessoas e eram retribuídos com palmas e o coro: “Eduardo, Eduardo!”. Uma faixa com a frase "Não vamos desistir do Brasil" foi fixada no veículo.

Logo atrás, vinha outro carro trazendo os corpos do assessor Carlos Augusto Percol e o fotógrafo Alexandre Severo. Não menos homenageados,os dois também foram bastante aplaudidos. “Fiquei muito triste ao ver a passagem do caixão de Percol. Minha filha é jornalista, e falava tão bem dele. Foi muito emocionante, ainda estou sem palavras”, contou a dona de casa, Valéria Andrade.

Acompanhando o cortejo, estavam milhares de carros, bicicletas e motos. Alguns buzinavam, outros tocavam até músicas de campanha de Campos. Entre elas, "Pernambuco é o meu amor, e Eduardo é o meu governador".  

“Nunca imaginei que a minha última carreata de Eduardo seria para acompanhar o corpo dele. Hoje é dia mais triste da minha vida”, falou, aos prantos, o militante José Serafim. 

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