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Após se reunir nessa terça-feira (15) com o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que sua filiação ao partido está "praticamente" decidida. Nas eleições de outubro, o general deve concorrer a uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul.

Mourão anunciou na semana passada a intenção de disputar uma vaga no Congresso. Na segunda-feira (14), ele disse que considerava se filiar ao Republicanos ou ao Progressistas, ambos partidos do Centrão, grupo que dá sustentação ao governo no Legislativo.

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"Conversamos sobre a minha candidatura no Rio Grande do Sul, alinhavando nossas percepções e a probabilidade de eu me juntar ao partido dele", disse Mourão, no Palácio do Planalto, após o encontro com Pereira. Ao ser questionado se a decisão estava tomada, o vice-presidente respondeu que "praticamente sim". O anúncio oficial, segundo ele, virá com o tempo.

Durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL), Mourão acumulou divergências com o presidente. O chefe do Executivo chegou a dizer que o vice "atrapalhava", mas era como um cunhado a quem é preciso "aturar".

Bolsonaro e aliados chamam de "tríplice aliança" o suposto acordo já selado entre PL, Progressistas e Republicanos em torno da candidatura à reeleição. O Progressistas do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, deve ficar com a vaga de vice da chapa do presidente - se depender do Centrão, o posto será da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

O desenho, no entanto, não agrada ao Republicanos, que se vê desprestigiado. Por isso, a legenda sobe o tom contra Bolsonaro e estuda apoiar outros candidatos ou até mesmo manter-se neutra nas eleições de 2022.

Na semana passada, o Republicanos decidiu vetar a possibilidade de integrar federações partidárias neste ano. Ao Estadão/Broadcast, Marcos Pereira afirmou que a bancada só decidirá sua posição na eleição nacional em abril, após a janela partidária. "O partido tem deputados que querem neutralidade, deputados que querem apoiar Lula, outros que querem Bolsonaro. Isso só vai ser discutido em abril", disse o dirigente.

Ao ser questionado sobre o descontentamento do partido de Pereira com a participação no governo, o vice-presidente nacional do PL, deputado Capitão Augusto (SP), disse ao Estadão/Broadcast que o Republicanos poderia ser recompensado com apoio para candidaturas a governos estaduais e ao Senado e com ministérios em um eventual segundo mandato de Bolsonaro.

Cenário no Rio Grande do Sul

Na semana passada, Mourão também afirmou que a composição com o candidato ao governo gaúcho está em aberto. "Tem dois pré-candidatos do nosso campo. Onyx e Heinze. Vamos aguardar para ver o que vai sair disso aí", declarou.

O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, pretende concorrer ao Palácio Piratini pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. O senador Luiz Carlos Heinze, filiado ao Progressistas e apoiador do presidente, também avalia entrar na disputa.

No Estado, partidos de esquerda estudam lançar uma candidatura única. A ideia é reproduzir a aliança que pode ser formada nacionalmente com uma eventual federação partidária entre PT, PSB, PCdoB e PV. Os petistas lançaram a pré-candidatura do deputado estadual Edegar Pretto, mas os socialistas tentam emplacar o ex-deputado federal Beto Albuquerque.

A federação cria uma "fusão temporária" entre as legendas que precisa durar pelo menos quatro anos, desde as eleições até o fim do mandato seguinte, o que pressupõe candidatura única a cargos majoritários como o de governador. Se a aliança for fechada, portanto, um dos dois precisa abrir mão de concorrer ao Piratini.

O atual governador, Eduardo Leite, voltou a reforçar nesta terça-feira, 15, que não disputará a reeleição, após encontro com o presidente do PSD Gilberto Kassab. O governador gaúcho recebeu convite para se filiar ao PSD com o objetivo de disputar o Palácio do Planalto pelo partido, caso o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desista de concorrer. Leite perdeu as prévias nacionais do PSDB, que consagraram o governador de São Paulo, João Doria, como o pré-candidato tucano à Presidência.

Kassab, porém, também tem mantido diálogo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não descarta uma eventual aliança com os petistas já no primeiro turno da eleição.

Depois de anunciar que concorrerá ao Senado pelo Rio Grande do Sul nas eleições deste ano, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) confirmou que considera migrar para o Partido Progressistas (PP) ou o Republicanos. "A notícia chegará no momento certo", disse Mourão, em frente ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira (14).

Ao ser questionado, na semana passada, se estaria decidido a disputar uma vaga no Senado pelo RS, o general confirmou. "Isso, é por aí. Agora é só decisão de partido", afirmou. Hoje, Mourão disse que vai transferir seu domicílio eleitoral para o Estado gaúcho até o fim de fevereiro.

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"São os partidos que estão na nossa base. PP, Republicanos, são os da base", respondeu o vice-presidente ao ser questionado sobre as negociações para sua mudança de legenda. Assim como na última sexta-feira (11), quando anunciou a candidatura ao Senado, Mourão usava hoje uma máscara com a bandeira do RS.

Na semana passada, o vice-presidente também disse que a composição com o candidato ao governo gaúcho está em aberto. "Tem dois pré-candidatos do nosso campo. Onyx e Heinze. Vamos aguardar para ver o que vai sair disso aí", declarou.

O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, pretende concorrer ao Palácio Piratini pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. O senador Luiz Carlos Heinze, filiado ao PP e apoiador do presidente, também avalia entrar na disputa.

Esquerda

No Estado, partidos de esquerda estudam lançar uma candidatura única. A ideia é reproduzir a aliança que pode ser formada nacionalmente com uma eventual federação partidária entre PT, PSB, PCdoB e PV. Os petistas lançaram a pré-candidatura do deputado estadual Edegar Pretto, mas os socialistas tentam emplacar o ex-deputado federal Beto Albuquerque.

A federação cria uma "fusão temporária" entre as legendas que precisa durar pelo menos quatro anos, desde as eleições até o fim do mandato seguinte, o que pressupõe candidatura única a cargos majoritários como o de governador. Se a aliança for fechada, portanto, um dos dois precisa abrir mão de concorrer ao Piratini.

O atual governador, Eduardo Leite, por sua vez, vinha dizendo desde a campanha eleitoral de 2018, quando se elegeu, que não concorreria à reeleição. Neste fim de semana, contudo, diante da pressão de aliados no PSDB estadual, evitou descartar essa possibilidade pela primeira vez. Leite perdeu as prévias nacionais do partido, que consagraram o governador de São Paulo, João Doria, como o pré-candidato tucano à Presidência.

O governador do RS também recebeu convite para se filiar ao PSD com o objetivo de disputar o Palácio do Planalto pelo partido de Gilberto Kassab, caso o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desista de concorrer. Kassab, porém, também tem mantido diálogo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não descarta uma eventual aliança com os petistas já no primeiro turno da eleição.

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) confirmou, nesta sexta-feira (11), que será candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul. De acordo com o general, basta agora definir por qual partido deverá concorrer - dois estariam à mesa -, além de seu parceiro de chapa na vaga de candidato a governador.

Questionado por jornalistas em frente ao Palácio do Planalto se estaria decidido a ser candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, o general confirmou. "Isso, é por aí. Agora é só decisão de partido", disse o vice-presidente. O Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que as duas opções de legenda são o PP e o Republicanos.

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A composição com o candidato a governador também está em aberto, segundo Mourão. "Tem dois pré-candidatos do nosso campo. Onyx e Heinze. Vamos aguardar para ver o que vai sair disso aí", declarou. O ministro do Trabalho e Previdência, de malas prontas para o PL, e o senador filiado ao PP disputam o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) para a pré-candidatura.

PL dos agrotóxicos

Mourão ainda minimizou a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto de lei que flexibiliza a entrada de agrotóxicos no País. "Críticas sempre vão ocorrer, mas a legislação está sendo discutida dentro do Congresso. Passou na Câmara, vai para o Senado. Já tem alguma coisa para ser debatida, não vejo grandes problemas nisso aí", afirmou o general.

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) descartou nesta quarta-feira (9) um episódio semelhante à invasão do Capitólio no Brasil após as eleições de 2022. "Tenho absoluta certeza de que isso não irá ocorrer, quem quer que seja o vencedor em outubro deste ano vai levar a taça", disse o general em entrevista à CNN Brasil. Ele também garantiu que as Forças Armadas vão respeitar o resultado das urnas.

A invasão do Capitólio, sede do parlamento americano, aconteceu em janeiro de 2021 após apoiadores do ex-presidente Donald Trump não aceitarem a vitória do então presidente eleito, Joe Biden.

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Existe o temor dentro do meio político de que algo semelhante ocorra no Brasil caso o presidente Jair Bolsonaro não seja reeleito, considerando a aproximação ideológica dos apoiadores do governo com os simpatizantes de Trump e a desconfiança do bolsonarismo em relação às urnas eletrônicas.

O vice-presidente Hamilton Mourão embarca ainda na manhã desta quarta-feira (26) para Cartagena das Índias, na Colômbia, onde representará o presidente Jair Bolsonaro no Fórum para o Progresso e Desenvolvimento da América do Sul (Prosul). À noite, o general participa de um jantar oferecido pelo presidente da Colômbia, Iván Duque. As reuniões formais do Prosul devem ocorrer apenas na quinta-feira.

Como mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, na segunda-feira (24), Bolsonaro desistiu de ir à cúpula para comparecer à missa de sétimo dia de sua mãe, Olinda, falecida na última sexta-feira. A celebração religiosa será amanhã, em Brasília.

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Por iniciativa dos conservadores Sebastián Piñera, ex-presidente do Chile, e Iván Duque, presidente da Colômbia, o Prosul foi criado em março de 2019 na tentativa de consolidar um espírito mais à direita na América do Sul e isolar a Venezuela.

Após a adesão ao grupo, o Brasil deixou a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), fundada em 2008 no momento em que a região era governada majoritariamente por partidos de esquerda. À época, o Brasil era comandado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2022.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, também foi às redes sociais, nesta terça-feira (25), lamentar a morte de Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo. Mais distante do núcleo ideológico que cerca o presidente da República, Jair Bolsonaro, o general citou "diferença de opinião" com o escritor falecido na segunda-feira à noite.

"Independentemente da diferença de opinião, o desaparecimento do Professor Olavo de Carvalho deixa uma lacuna no pensamento brasileiro", publicou Mourão no Twitter. "Defensor intransigente da liberdade e livre iniciativa, fundamentos da democracia, ele sustentou valores conservadores caros à nossa sociedade", acrescentou.

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Olavo de Carvalho morreu aos 74 anos internado em um hospital nos Estados Unidos e não teve a causa da morte divulgada. No dia 15 de janeiro, a equipe do ex-astrólogo - crítico das vacinas contra o novo coronavírus - anunciou um diagnóstico de Covid-19.

O próprio governo federal emitiu uma nota oficial de pesar pela morte do escritor. Bolsonaro também foi às redes sociais lamentar o ocorrido.

Apesar de não ter finalizado a graduação em Filosofia, o escritor se apresentava como professor da disciplina e ministrava cursos. Teve entre os alunos o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), e ajudou a formar uma legião de bolsonaristas que hoje atuam no Executivo federal.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o presidente Jair Bolsonaro vai sancionar o Orçamento de 2022 ainda nesta sexta-feira (21), último dia do prazo. A peça orçamentária deste ano foi aprovada em dezembro no Congresso, mas ainda há impasse em torno de um reajuste salarial a servidores públicos prometido por Bolsonaro, além do valor do fundo eleitoral.

"O presidente vai sancionar o Orçamento hoje", disse Mourão. "Hoje, acho, quando ele retornar de São Paulo, ele assina isso aí. Ou então, o pessoal sai daqui e leva a documentação para ele assinar lá. É ou assinar lá, ou assinar aqui. Tem que assinar hoje. Ou então, ele liga para mim e manda que eu assino", acrescentou o vice-presidente.

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Ao ser questionado sobre o fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões incluído no Orçamento, Mourão disse que a decisão de vetar ou não a matéria ainda está em análise. "Isso é uma decisão dele lá. Está sendo trabalhado pelo pessoal da assessoria jurídica, junto com o pessoal da economia. A linha de ação que for apresentada o presidente vai aceitar ou não", afirmou.

Bolsonaro cancelou sua agenda no exterior nesta sexta após a morte da mãe, Olinda Bonturi Bolsonaro, aos 94 anos, e está voltando ao Brasil. O chefe do Executivo estava no Suriname e seguiria nesta sexta-feira (21) para a Guiana.

A previsão é que Bolsonaro chegue a São Paulo no início da tarde, por volta de 13 horas (pelo horário de Brasília). Da capital paulista, seguirá até a cidade de Eldorado, no interior do Estado, onde a mãe vivia, para acompanhar o velório e o enterro.

Na quarta-feira (20), Bolsonaro voltou a colocar em dúvida a concessão de reajuste salarial aos servidores públicos federais, inclusive de categorias da área da segurança, que são uma de suas bases eleitorais.

No relatório final da peça orçamentária, aprovado no Congresso em dezembro, foi incluída uma previsão de R$ 1,7 bilhão para aumento de remuneração do funcionalismo. O relator da matéria, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), não especificou quais grupos seriam beneficiados, mas Bolsonaro prometeu atender a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o que gerou revolta em outras categorias.

"Estamos aguardando o desenlace das ações. Ou seja, a gente pode fazer justiça com três categorias, não vai fazer justiça com as demais, sei disso, mas fica aquela velha pergunta a todos: vamos salvar três categorias ou vai todo mundo sofrer no corrente ano?", disse o presidente, em entrevista à Rádio Jovem Pan.

No dia em que o funcionalismo público realiza mobilização, com atos em frente às sedes do Banco Central e do Ministério da Economia, em Brasília, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, colocou em dúvida a concessão de reajustes salariais a servidores. De acordo com ele, não há espaço no Orçamento, mas é preciso esperar o presidente da República, Jair Bolsonaro, "bater o martelo".

Ao chegar a seu gabinete, Mourão foi questionado pela imprensa se o governo tem como dar reajuste aos servidores públicos de forma geral. "Você sabe muito bem que não tem espaço no Orçamento para isso, né?", respondeu.

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Em seguida, o vice-presidente admitiu que nem o aumento salarial a policiais, como prometeu Bolsonaro, está garantido. "Não sei nem se o presidente vai conceder isso aí. Não sei, vamos aguardar o presidente bater o martelo nisso aí. O espaço orçamentário é muito pequeno", disse.

Dias antes do fim do prazo para a sanção do Orçamento de 2022, mais de 40 categorias do serviço público decidiram ir às ruas nesta terça. O Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate) estima que cerca de 1.000 servidores devem comparecer aos protestos em Brasília, além das manifestações virtuais.

No relatório final da peça orçamentária, aprovado no Congresso em dezembro, foi incluída uma previsão de R$ 1,7 bilhão para aumento de remuneração do funcionalismo. O relator da matéria, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), não especificou qual categoria seria beneficiada, mas Bolsonaro prometeu atender a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

No final do ano passado, o Ministério da Economia havia solicitado ao Congresso um valor ainda maior para o reajuste salarial dos policiais em 2022, de R$ 2,86 bilhões. O pedido à equipe do ministro Paulo Guedes nasceu no Ministério da Justiça e Segurança Pública e foi encampada pelo presidente. As forças de segurança são uma das principais bases eleitorais do chefe do Executivo, que deve concorrer à reeleição neste ano.

Bolsonaro, contudo, tem sido pressionado por aliados a recuar e não conceder reajuste a nenhuma categoria. A promessa de aumentar a remuneração apenas dos policiais federais gerou insatisfação no funcionalismo público.

O movimento que gerou a mobilização desta terça-feira, 18, começou com uma entrega de cargos na Receita Federal e no Banco Central. Aos poucos, ganhou a adesão de servidores do Tesouro Nacional, professores, auditores fiscais agropecuários, entidades ligadas aos Poderes Legislativo e Judiciário, entre outros. Estão previstos mais atos nos dias 25 e 26 deste mês e há um indicativo de greve geral para fevereiro.

Diante do impasse, o próprio presidente já chegou a admitir que pode não conceder reajuste a nenhuma categoria. "Primeiramente, não está garantido o reajuste para ninguém. Tem uma reserva de R$ 2 bilhões que poderia ser usada para a PF e a PRF, além do pessoal do sistema prisional. Mas outras categorias viram isso e disseram 'eu também quero', e veio essa onda toda", afirmou Bolsonaro, em oito de janeiro.

Mesmo internado e ainda sem previsão de receber alta médica, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve passar o cargo interinamente para o seu vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB). Assim, o presidente deve continuar comandando o país e despachando de dentro do hospital Vila Nova Star, onde está internado em São Paulo.

Segundo o UOL, como uma nova cirurgia está descartada no momento, entende-se que Bolsonaro permanece em condições de exercer o cargo plenamente. 

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O mandatário deu entrada na unidade de saúde na madrugada da última segunda-feira (3), com um quadro de obstrução intestinal, possível consequência da facada que levou durante a campanha eleitoral de 2018. 

Em nota divulgada nesta terça-feira (4), o hospital Vila Nova Star informou que o presidente está com a evolução clínica e laboratorial satisfatória.

O vice-presidente Hamilton Mourão aposta que o ex-ministro da Justiça André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), será aprovado pelo Senado para assumir a vaga aberta na Corte. "Acho que existem os votos necessários", disse o general nesta quarta-feira, na chegada ao Palácio do Planalto.

Após quatro meses de espera, Mendonça é sabatinado nesta manhã pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Se aprovada, a indicação do governo precisará ainda ser votada pelo plenário da Casa. "O ministro André Mendonça tem bom saber jurídico, é conhecedor do assunto. Com sabatina dentro desses princípios, vai ser bem sucedido", declarou o vice-presidente.

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Mourão também disse ter "acompanhado as notícias" da filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL. A cerimônia aconteceu ontem em Brasília e contou com a participação de ministros e parlamentares, mas o general não compareceu.

"O presidente tinha que escolher um partido, Escolheu um aí", afirmou. "O presidente está formando uma coalizão com vistas à eleição do ano que vem, uma eleição diferente de 2018. Ele precisa de tempo de TV e recursos", avaliou o vice-presidente, que tem uma relação tensa com o chefe do Executivo e marcada por desentendimentos públicos. Bolsonaro deverá escolher outro vice para compor a chapa de 2022.

Agenda

Às 16h de hoje, Mourão se reúne, por videoconferência, com os governadores dos Estados da Amazônia legal. Segundo ele, a reunião será oportunidade de "fazer uma avaliação de trabalhos realizados durante o ano". O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou em 18 de novembro o maior índice de desmatamento na floresta amazônica nos últimos 15 anos.

O vice-presidente Hamilton Mourão fez um mea culpa sobre a coordenação do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), que não conseguiu conter o desmatamento na floresta no último ano. "Se você quer um culpado, sou eu. Não vou dizer que foi o ministro A ou ministro B. Eu que não consegui fazer a integração de forma que funcionasse", declarou o general nesta terça-feira, em entrevista coletiva no Palácio do Itamaraty após a sétima reunião do Conselho, a última do ano.

Apesar de reconhecer falhas, Mourão destacou que não tem um papel executivo na gestão federal. "Eu tenho meus limites na minha cadeira de presidente do Conselho. Eu não posso dar ordem, isso é uma limitação bem grande. O governo é exercido pelo governo e seus ministros", afirmou o vice-presidente.

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A integração entre os órgãos vinculados ao Conselho, disse Mourão, teria vindo apenas na fase final da Operação Samaúma, que começou somente no final de junho de 2021.

Assim, em todo o período anterior, não teria havido uma integração efetiva entre as Forças Armadas e as agências de fiscalização para conter o desmatamento na Amazônia, que saltou 21,97% entre agosto de 2020 e julho de 2021 na comparação anual, o maior índice em 15 anos, segundo dados divulgados na semana passada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

"Essa é a minha análise para o resultado ter sido tão ruim como foi", destacou o vice-presidente sobre o avanço do desmatamento. "Forças Armadas não são agências de fiscalização. O trabalho delas é criar condições para que agências estejam no terreno com proteção e mobilidade tática", explicou. O decreto de Garantia da Lei da Ordem (GLO) que manteve as Forças Armadas na Amazônia expirou em 15 de outubro e não foi renovado.

Mourão ainda afirmou na coletiva que apenas 65% do desmatamento informado pelo Inpe foi ilegal. Ou seja, os outros 35% seriam fruto de autorizações do governo para corte de árvores em áreas privadas.

Em meio ao desmonte das estruturas de fiscalização do País, como o Ibama, o vice-presidente também voltou a reconhecer que é preciso ampliar o número de servidores responsáveis pela aplicação de multas. "É fundamental a recuperação da capacidade operacional das agências ambientais", afirmou, na coletiva. O próprio presidente Jair Bolsonaro já assumiu em diversas ocasiões que determinou a redução das multas ambientais. "Agora, uma coisa todos temos que ter consciência, não é só a repressão, temos que atuar na conscientização", acrescentou o general.

Entre outros mea culpa, o vice-presidente também reconheceu que embaixadores europeus aguardam resultados melhores sobre o desmatamento no País. Por outro lado, disse que a imprensa "não ouviu falar em queimadas" na floresta este ano.

De acordo com a assessoria de comunicação da vice-presidência, participaram da reunião do Conselho os ministros Carlos França (Relações Exteriores), Walter Braga Netto (Defesa), Tereza Cristina (Agricultura), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-geral) e Bruno Bianco (Advocacia-geral da União), além do secretário especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da presidência, Flávio Rocha. A coletiva de imprensa, no entanto, foi conduzida apenas por Mourão.

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, - a cara do combate ao desmatamento, nas palavras de Mourão - por sua vez, não participou do encontro. Ele estava em reunião no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro e mandou seu secretário-executivo, Fernando Moura Alves.

Um dia após o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informar o maior índice de desmatamento dos últimos 15 anos na Amazônia Legal, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o governo ainda avalia os números para "ver qual a realidade". O general, que também é presidente do Conselho da Amazônia, negou ter visto os dados antes da Cúpula do Clima da ONU, a COP-26. Ele disse ter tomado conhecimento dos números apenas na manhã desta quinta-feira, 18, e não acreditar em atraso na divulgação de forma proposital.

"Sem desfazer dos números, que obviamente não são bons, a gente tem que olhar o tamanho da Amazônia, né? Vamos ver que a Amazônia Legal tem 5 milhões de quilômetros quadrados. Então, se nós tivemos 13 mil quilômetros de desmatamento, isso dá 0,23% da Amazônia que teria sido desmatada", afirmou o vice-presidente ao deixar o Palácio do Planalto, nesta sexta-feira, para almoçar. Na avaliação do general, existe uma "pressão" de ocupação da floresta vindo das pessoas que moram no Centro-Sul.

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A jornalistas na saída de seu gabinete, Mourão declarou que trabalhava com os números do Deter, outro sistema de medição. "A nossa projeção era que o desmatamento ficasse 5% abaixo do ano anterior, né? O Inpe fez uma revisão do ano anterior. Se vocês olharem, diminuiu. E esse aumentou. Então, não sei se ano que vem pode dar uma reduzida nesse, também. Nós estamos analisando isso aí ainda pra ver qual é a realidade".

Vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o Inpe publica dados consolidados pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélites (Prodes), reconhecidos por especialistas como a informação técnica mais precisa sobre desmatamento na floresta amazônica. Ontem, o órgão divulgou que, entre agosto de 2020 e julho de 2021, foram desmatados 13.235 quilômetros quadrados da Amazônia Legal, o maior volume em uma década e meia e 21,97% maior que o registro no mesmo intervalo de 12 meses anterior.

O documento do INPE, no entanto, está datado de 27 de outubro, levantando suspeitas de que o governo poderia ter escondido o salto no desmatamento por 22 dias e o divulgado apenas depois da COP-26.

O vice-presidente Hamilton Mourão reiterou críticas ao orçamento secreto, esquema de pagamento de emendas parlamentares revelado em série de reportagens do Estadão. Em entrevista ao UOL, nesta quarta-feira, 17, Mourão chamou o mecanismo de "manobra orçamentária em benefício daqueles que apoiam o governo". O vice afirmou, ainda, que o Orçamento público vem sendo "sequestrado" pelo Legislativo nos últimos anos.

Há uma semana, na contramão do presidente Jair Bolsonaro, Mourão já havia defendido a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o orçamento secreto por ferir "princípios da administração pública, de legalidade, de impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência".

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A modalidade de repasse de verbas para redutos eleitorais dos parlamentares permitiu ao relator-geral do Orçamento o poder de transferir as emendas do tipo RP9 para aliados do governo, sem critérios de transparência. O esquema intensificou o "toma lá, dá cá" em troca do apoio a Bolsonaro no Congresso.

Mourão negou, porém, que o orçamento secreto seja um escândalo semelhante ao do mensalão. "É totalmente diferente", disse ele, na entrevista. "O mensalão era dinheiro, como dizia (...) Quando eu morei na Venezuela, eu era adido militar lá, havia o auxiliar do adido da República Dominicana que dizia que o Hugo Chávez comprava os parlamentares a "billete limpio". Ou seja, colocava o dinheiro na mão", afirmou o general.

Para Mourão, o Orçamento é há tempos "sequestrado" no Congresso. "Essa questão da negociação se arrasta dentro desse nosso presidencialismo de coalizão. Só que uma camisa de força vem sendo colocada no governo pouco a pouco", disse o vice-presidente. "Primeiro, no governo da presidente Dilma, na situação de desvantagem em que ela estava no Congresso, as emendas passaram a ser impositivas. Depois, o presidente Temer enfrentou outra situação desvantajosa e foram as emendas de bancada. Agora, as emendas de relator".

Em outro distanciamento em relação a Bolsonaro, Mourão também se disse contrário à privatização da Petrobras. "Não acho que seja a solução", observou ele. O vice detalhou os motivos para o salto nos preços dos combustíveis, como o valor do barril de petróleo no exterior e a desvalorização do real. "O presidente tem de entender como se constrói esse preço", avaliou Mourão.

Bolsonaro costuma jogar a culpa do valor da gasolina e do diesel no colo do ICMS cobrado dos governadores e, mais recentemente, também na política de preços da Petrobras.

Eleições 2022

Mourão também afirmou que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, inimigo político do governo, é alguém com "luz própria" e o principal candidato da chamada terceira via para disputar o Palácio do Planalto em 2022. "Doutor Sergio Moro tem luz própria. Eu vejo ele (sic) hoje como a principal candidatura da chamada terceira via, mas vai depender de ele empolgar a massa", avaliou Mourão sobre o cenário eleitoral. "Ele tira (voto) daquele eleitor do presidente Bolsonaro que ficou desgostoso com algumas atitudes do nosso governo."

Distante de Bolsonaro, Mourão destacou, ao final da entrevista, que o papel de vice-presidente no Brasil é, hoje, de uma "figura decorativa". "Agora, o presidente compreende perfeitamente que tem a minha lealdade. Então, ele não precisa temer nada de mim. Com todas as crises que foram vividas, acredito que, se eu fosse um político de outra estirpe, teria negociado ali dentro do Congresso um impeachment do presidente. Como eu não sou, ele sabe que tem essa situação tranquila", argumentou.

A expressão "vice decorativo" se tornou popular em 2015 após o então vice-presidente Michel Temer escrever uma carta para Dilma Rousseff, à época presidente da República, em tom de reclamação. Na mensagem, Temer disse que era um "vice decorativo". Os dois acabaram rompendo definitivamente e Dilma sofreu um impeachment.

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) revelou que foi convidado para se filiar ao PP, mas só deve decidir quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) definir os próximos passos para a sua reeleição.

Em entrevista ao UOL, Mourão disse que o PRTB vive uma situação delicada e que não está acostumado com o troca-troca de siglas. "Eu não estou acostumado a troca de partido como a maioria dos políticos faz. Igual jogador de futebol. Hoje eu beijo o escudo do Flamengo, amanhã do Vasco. E segue o baile", disse.

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O vice-presidente revela ainda que as trocas de partido o constrange. "O partido (PRTB) ainda vive um momento delicado. Não venceu a cláusula de barreira nas últimas eleições, a liderança principal do partido, que era o seu presidente, Levy Fidelix, faleceu no primeiro semestre. Eu vejo que ainda preciso ajudar as pessoas de bem que estão lá no partido", afirma.

Hamilton Mourão aponta que ainda não recebeu o convite de Bolsonaro para permanecer na chapa na corrida eleitoral de 2022, mas prefere esperar para definir o seu futuro político.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira que o governo federal não alterou questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por motivações políticas, como denunciaram servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Na chegada ao Palácio do Planalto, o general ainda minimizou a fala do presidente da República, Jair Bolsonaro, de que a prova estaria ganhando "a cara do governo".

"O presidente fez menção a algo que é a ideia dele, tem liberdade para isso. E o Enem está baseado em um banco de dados que foi construído há muito tempo, as questões não estão variando, o governo não mexeu em nenhuma questão de Enem", garantiu o vice-presidente.

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No domingo, a TV Globo exibiu entrevistas com servidores do Inep que entregaram seus cargos em meio à debandada do órgão.

Eles relataram tentativas de interferência no conteúdo das provas para agradar o governo. "Começam agora a ter a cara do governo as questões da prova do Enem", afirmou na segunda-feira Bolsonaro, durante sua visita oficial a Dubai.

Repercussão negativa

A suposta interferência do Planalto sobre o Enem foi criticada por especialistas. A diretora do Centro de Políticas Educacionais da FGV, Claudia Costin, chamou de "inaceitável ingerência".

Ainda assim, Mourão minimizou a fala de Bolsonaro e se irritou com jornalistas que o questionaram sobre o assunto.

"Peraí, gente, vamos abaixar a bolinha. Vocês conhecem o presidente, ele tem a sua maneira de se manifestar. Não vou ficar aqui fazendo crítica se sou vice dele, já falei isso pra vocês várias vezes", declarou o vice-presidente, nesta terça-feira.

Amazônia

Mourão ainda voltou a dizer que as queimadas na Amazônia "diminuíram bastante", apesar de um "outubro ruim", e que o desmatamento "tem oscilado". Dados do sistema de monitoramento Deter mostram alta de 5% no desmatamento ilegal em outubro, um recorde para o mês.

Em Dubai, Bolsonaro afirmou que a floresta amazônica não pega fogo por ser úmida, argumento já desmentido pela ciência.

Na contramão do governo, o vice-presidente Hamilton Mourão defendeu nesta quarta-feira a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o orçamento secreto, esquema de pagamento de emendas revelado em maio pelo Estadão. Na chegada ao Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira, o general criticou o repasse de verbas sem transparência.

"Acho que os princípios da administração pública, de legalidade, de impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência não estavam sendo respeitados nessa forma aí de execução orçamentária. Então, eu acho que a intervenção do STF foi oportuna", afirmou Mourão. "Você tem que dar o máximo de publicidade. É princípio da administração pública, aí conjugado com a eficiência", acrescentou.

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O STF formou maioria ontem para suspender a execução das chamadas emendas de relator, confirmando uma decisão liminar da ministra Rosa Weber. Em defesa do orçamento secreto, o presidente Jair Bolsonaro criticou a medida da magistrada na segunda-feira e disse que ela apresentou argumentos injustos.

Um dia após a Câmara dos Deputados aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios em segundo turno, Mourão também mostrou tranquilidade com a tramitação do texto no Senado, Casa que oferece mais resistência às medidas do governo. "Pelo que vem aí falando o presidente do Senado, acho que também será votado em prazo bem curto. Existe acordo para isso dentro das forças políticas, então acho que não teremos maiores problemas", declarou o vice-presidente.

Ao postergar o pagamento de dívidas transitadas em julgado e mexer no teto de gastos, a PEC dos precatórios abre espaço fiscal para majorar o Auxílio Brasil a R$ 400 até o final de 2022, ano eleitoral, e permite ampliar o pagamento de emendas parlamentares.

Por outro lado, Mourão reconheceu que o prazo para aprovar a medida e pagar o Auxílio Brasil no valor prometido pelo governo ainda este mês é apertado. "Nós temos prazo meio curto, não sei como a área econômica do governo vai resolver isso".

Bolsonaro no PL

Questionado sobre a decisão do presidente de se filiar ao PL para disputar as eleições de 2022, Mourão disse estar acompanhando a questão. "Só na hora que ele assinar a ficha de filiação teremos a confirmação de onde ele vai", declarou. Bolsonaro se reúne nesta quarta com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para negociar os últimos detalhes da filiação.

Em nome do governo brasileiro, o vice-presidente Hamilton Mourão participou nesta terça-feira, 9, da cerimônia de posse do novo presidente de Cabo Verde, José Maria Neves. O retorno a Brasília deve acontecer ainda nesta noite.

Mourão publicou foto ao lado de Neves em suas redes sociais. "Felicito o novo Chefe de Estado e faço votos de prosperidade na condução do país africano. Que as parcerias entre os dois países continuem avançando", postou o vice-presidente.

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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, mencionou nesta quinta-feira, 4, uma série de atividades que podem ser exploradas na Amazônia ao mesmo tempo em que mantêm a floresta em pé. A primeira que citou é o ecoturismo. "O potencial é fantástico, o que precisa é melhoria da infraestrutura para receber esse turista. Há alguns hotéis, mas é preciso ter divulgação e exploração maiores. O turista vai caminhar o dia inteiro na selva, mas precisa ter uma boa cama para dormir à noite", disse.

Produtos típicos da região foram o segundo ramo citado pelo vice-presidente. Ele também destacou a mineração, mas ressaltando que é preciso preservar o ambiente. "Um exemplo é o da Vale, em Carajás, uma área totalmente preservada", exemplificou em relação a uma área que é muito criticada por ativistas.

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Mourão comentou ainda que existem muitas "perspectivas futuras". "Há muitos lugares com crise de água, e temos água para dar e vender na Amazônia. Não duvido que a água será um dos produtos de exportação da floresta", apostou.

Ele comentou que outro países acabaram depredando suas áreas quando o olhar do mundo era totalmente diferente do atual, que defende a importância de se manter a floresta intacta. "A Amazônia é um setor ainda a ser descoberto e explorado, mas tem que ser explorada sob o olhar do século XXI."

Mourão é o presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal e participa do evento paralelo à Convenção do Clima (COP-26), o Pavilhão Brasil, que conta com stands em Brasília e em Glasgow (Escócia). O painel é organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Enquanto leilão 5G ocorre em Brasília, em outra parte da cidade o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, comentou sobre o impulso que a tecnologia levará à região. "Será uma revolução. Para controle dos parques, para a comunicação, será uma mudança radical", previu ele, que também é o presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal.

O vice-presidente salientou que, na região, há lugares sem energias elétrica e outros sem conexão à internet. "Imagine a revolução na educação e na saúde, a integração das comunidades indígenas", citou no evento paralelo à Convenção do Clima (COP-26), o Pavilhão Brasil, que conta com stands em Brasília e em Glasgow (Escócia).

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O painel é organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O ministro do MMA, Joaquim Leite, que tem recebido vários integrantes do governo no último dia para acompanhar a evolução da COP-26, também comentou que a Amazônia está isolada do mundo atualmente, mas que isso deve mudar com a chegada do 5G. "Com certeza isso trará riqueza ao território", afirmou.

O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou o isolamento do presidente Jair Bolsonaro na cúpula do G-20, ocorrida no final de semana em Roma, Itália. Apesar da importância do Brasil no cenário internacional, o chefe do Executivo participou de reuniões bilaterais oficiais apenas com o presidente da Itália, Sergio Matarella, e com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann.

Questionado sobre a falta de encontros formais de peso ao longo da cúpula, Mourão saiu em defesa de Bolsonaro. "Não vejo dessa forma. A reunião do G-20 é densa, existem discussões técnicas antes. Quando se reúnem os representantes das vinte maiores economias do mundo, já vem uma agenda pré-preparada", afirmou o vice-presidente nesta quarta-feira, na chegada ao Palácio do Palácio. "Essa questão de reuniões bilaterais... Eu acho que naquele momento não foi previsto isso", acrescentou, elogiando, em seguida, o discurso de Bolsonaro na cúpula. "Considerei muito bom".

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Durante o G-20, Bolsonaro disse não ter conseguido conversar com o presidente americano, Joe Biden, o mais importante líder do mundo, ao longo do evento. Os dois têm relação distante, sobretudo após o chefe do Executivo, em um gesto inusual na liturgia da política internacional, ter declarado apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, derrotado por Biden. "Ele parece que está bastante reservado para todo mundo", afirmou o presidente na segunda-feira, quando revelou ter dado um pisão no pé da chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

Mudanças climáticas

Mourão ainda declarou que o Brasil está empenhado em cumprir o pacto assinado em Glasgow, durante a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-26), de reduzir em 30% as emissões de metano em até 2030. "Vai ter que haver adaptação, planejamento para isso", alertou, no entanto, o vice-presidente.

Em mais um sinal de distanciamento do núcleo duro do governo, Mourão declarou a jornalistas nesta manhã não ter conhecimento do pedido de demissão do coordenador-executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, Oswaldo dos Santos Lucon, ocorrido ontem, em meio à COP-26. Ao Estadão/Broadcast Político, Lucon afirmou que deixou o cargo por falta de interlocução do Executivo com a sociedade civil.

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