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Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve Moreira Franco no cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência, o presidente Michel Temer fez uma rápida menção ao caso, por meio de seu porta-voz, Alexandre Parola. "O presidente Michel Temer recebeu com tranquilidade a decisão do ministro Celso de Mello, que negou provimento à liminar que visava a impedir a nomeação do ministro Moreira Franco para o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República", limitou-se a dizer.

Mello negou os pedidos apresentados pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade, que recorreram ao STF para barrar a nomeação. Homem de confiança de Temer, Moreira Franco tomou posse como ministro na sexta-feira retrasada (3), quatro dias depois de a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, homologar as delações de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht.

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Apelidado de "Angorá" na planilha da empreiteira, o peemedebista foi citado mais de 30 vezes na delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht. Ele nega irregularidades.

Em uma vitória para o Palácio do Planalto, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na tarde desta terça-feira, 14, manter a nomeação de Moreira Franco (PMDB) para a Secretaria-Geral da Presidência da República. O ministro negou os pedidos apresentados pelo PSOL e pelo Rede Sustentabilidade, que recorreram ao STF para barrar a nomeação.

Em sua decisão, Celso de Mello não mencionou explicitamente a decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) que retirou o foro privilegiado de Moreira Franco. O Decano da Corte, no entanto, ressaltou que a prerrogativa de foro é "consequência natural e necessária decorrente da investidura no cargo de ministro de Estado".

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Homem de confiança de Temer, Moreira Franco tomou posse como ministro na sexta-feira retrasada (3), quatro dias depois de a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, homologar as delações de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht. Apelidado de "Angorá" na planilha da empreiteira, o peemedebista foi citado mais de 30 vezes na delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht.

"A nomeação de alguém para o cargo de Ministro de Estado, desde que preenchidos os requisitos previstos no art. 87 da Constituição da República, não configura, por si só, hipótese de desvio de finalidade (que jamais se presume), eis que a prerrogativa de foro - que traduz consequência natural e necessária decorrente da investidura no cargo de Ministro de Estado (CF, art. 102, I, "c") - não importa em obstrução e, muito menos, em paralisação dos atos de investigação criminal ou de persecução penal", escreveu Celso de Mello em sua decisão.

"E a razão é uma só: a mera outorga da condição político-jurídica de Ministro de Estado não estabelece qualquer círculo de imunidade em torno desse qualificado agente auxiliar do Presidente da República, pois, mesmo investido em mencionado cargo, o Ministro de Estado, ainda que dispondo da prerrogativa de foro 'ratione muneris', nas infrações penais comuns, perante o Supremo Tribunal Federal, não receberá qualquer espécie de tratamento preferencial ou seletivo, uma vez que a prerrogativa de foro não confere qualquer privilégio de ordem pessoal a quem dela seja titular", concluiu Celso de Mello.

De acordo com Celso de Mello, a nomeação de qualquer pessoa para o cargo de ministro de Estado "não representa obstáculo algum a atos de persecução penal que contra ela venham eventualmente a ser promovidos perante o seu juiz natural, que, por efeito do que determina a própria Constituição (...), é o Supremo Tribunal Federal".

"A investidura no cargo de Ministro de Estado, em contexto como o ora exposto na presente impetração mandamental, em que inexiste qualquer conexão de suposta prática delituosa com o Presidente da República, não representa obstáculo jurídico à normal e regular sequência de eventual procedimento de índole criminal contra Wellington Moreira Franco, litisconsorte passivo necessário", ressaltou o ministro.

Esclarecimentos

Em resposta ao STF, o presidente Michel Temer encaminhou na última sexta-feira (10) um documento com 50 páginas com explicações sobre a nomeação de Moreira Franco para o cargo. Os textos, assinados pela Casa Civil e pela Advocacia-Geral da União e subscritos por Temer, alegam que "os vazamentos ilegais da Operação Lava Jato não se prestam como provas nem evidências para decisões judiciais ou administrativas" e que "não houve qualquer má intenção do Presidente da República em criar obstruções ou embaraços à Operação Lava Jato".

A nomeação de Moreira Franco foi alvo de uma "guerra de liminares" ao longo dos últimos dias.

Na última sexta-feira, o juiz federal Alcides Martins Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiu atender apenas parcialmente ao pedido do Palácio do Planalto, determinando a manutenção de Moreira Franco como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, mas sem a prerrogativa de foro privilegiado. A decisão do ministro Celso de Mello se sobrepõe às anteriores.

O juiz federal Alcides Martins Ribeiro Filho, da Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiu na tarde desta sexta-feira, 10, manter a nomeação de Moreira Franco (PMDB) para a Secretaria-Geral da Presidência da República, mas sem o direito a foro privilegiado.

De acordo com a assessoria de imprensa do TRF-2, o mérito da questão será julgado na semana que vem, na próxima sessão do órgão colegiado.

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A decisão do juiz federal foi tomada depois de a Advocacia-Geral da União (AGU) recorrer da decisão da juíza Regina Coeli, da 6ª Vara de Justiça do Rio de Janeiro, que barrou a nomeação de Moreira Franco na quinta-feira, 9.

Apesar da decisão favorável do TRF-2, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) não decidiu até este momento sobre uma outra liminar, concedida por um juiz do Amapá, que também havia suspendido a nomeação do peemedebista.

A palavra final sobre o tema será dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Celso de Mello deu um prazo de 24 horas para o presidente Michel Temer prestar esclarecimentos sobre a nomeação.

Decisão

Em sua decisão, o juiz federal Alcides Martins Ribeiro Filho, do TRF-2, afirmou não ver distinções entre a situação de Moreira Franco e a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi nomeado para a chefia da Casa Civil pela então presidente Dilma Rousseff no ano passado. Na época, a nomeação de Dilma foi suspensa por decisão liminar do ministro Gilmar Mendes.

"Não verifico de plano, a existência de distinção relevante deste caso com o precedente (...) no qual o Min. Gilmar Mendes, suspendeu a eficácia da nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de Ministro Chefe da Casa Civil, antes de sua exoneração pela ex-presidente Dilma Rousseff, apto a ensejar, por ora, a decisão agravada", escreveu Alcides Ribeiro Filho em sua decisão.

Segundo o juiz federal, Moreira Franco já exercia cargo de confiança na alta esfera hierárquica do governo federal, "não se verificando qualquer urgência a justificar a sua nomeação".

"A extrapolação finalística ante os substanciais indícios de desvio, contudo, pode ser afastada de modo a preservar parcialmente o ato administrativo impugnado, admitindo-se a nomeação ao cargo sem a prerrogativa do foro privilegiado", concluiu o juiz.

Controvérsia

Homem de confiança de Temer, Moreira Franco tomou posse como ministro na sexta-feira passada (3), quatro dias depois de a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, homologar as delações de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht.

Apelidado de "Angorá" na planilha da empreiteira, o peemedebista foi citado 34 vezes na delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht. Melo relatou pressões de Moreira Franco sobre os negócios da empresa no setor aeroportuário.

"Ao mestre com carinho." É com essa última e singela ironia que a juíza Regina Coeli Formisano finaliza a justificativa de concessão da liminar que anulou nessa quinta-feira (9) a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Mas a citação ao filme inglês de 1967, dirigido por James Clavell e estrelado por Sidney Poitier, foi apenas a "cereja do bolo" da peça escrita pela juíza - que em março do ano passado também foi a autora de uma das liminares contra a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff.

No caso do ministro de Temer, a juíza diz não ver outra razão para a nomeação "a não ser a possibilidade de conferir foro privilegiado ao senhor Moreira Franco" em razão das citações a ele em delação da Odebrecht na Operação Lava Jato.

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'Ensinamentos'

A juíza ainda faz referência às obras de Temer. "Peço, humildemente, perdão ao presidente Temer pela insurgência (...) Perdoe-me por ser fiel aos seus ensinamentos ainda gravados na minha memória, mas também nos livros que editou e nos quais estudei", diz.

"Por outro lado, também não se afigura coerente que suas promessas ao assumir o mais alto posto da República sejam traídas, exatamente por quem as lançou no rol de esperança dos brasileiros, que hoje encontram-se indignados e perplexos ao ver o seu presidente adotar a mesma postura da ex-presidente impedida e que pretendia, também, blindar o ex-presidente Luiz Ignácio (sic) Lula da Silva", afirma a juíza, em tom de provocação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A nomeação de Moreira Franco como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência se transformou numa batalha jurídica. Nessa quinta-feira (9), no mesmo dia em que Advocacia-Geral da União conseguiu cassar a liminar de um juiz do Distrito Federal e devolveu ao peemedebista o status de ministro, uma juíza do Rio e um magistrado do Amapá suspenderam, novamente, a posse do auxiliar do presidente Michel Temer.

A guerra de liminares provocou apreensão no Palácio do Planalto. A decisão em relação à situação de Moreira Franco será dada pelo Supremo Tribunal Federal. O decano, Celso de Mello, relator do caso, determinou na noite de quinta que Temer se manifeste dentro de um prazo de 24 horas para explicar as circunstâncias da nomeação. Dessa forma, Celso de Mello manteve suspense quanto à decisão sobre os dois pedidos - feitos pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade - que chegaram à Suprema Corte contra a nomeação.

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Segundo auxiliares do presidente, a determinação do ministro do STF deve ser cumprida logo nas primeiras horas desta sexta-feira, 10. De acordo com eles, a decisão de Celso de Mello já era "esperada" e a resposta de Temer já estava "pronta".

O governo sabia que poderia enfrentar contestações com a concessão do status de ministro a Moreira, mas não esperava que fosse se envolver em uma nova "turbulência política".

Em sua decisão, a juíza Regina Coeli Formisano, da 6.ª Vara de Justiça do Rio de Janeiro, criticou a postura do presidente e disse que usou os "ensinamentos" de Temer como constitucionalista para embasar a concessão da liminar (mais informações nesta página). Para ela, a razão para a nomeação foi "conferir foro privilegiado ao senhor Moreira Franco" em razão das citações na delação de executivos e ex-executivos da Odebrecht na Operação Lava Jato.

O juiz federal Anselmo Gonçalves da Silva, da 1.ª Vara da Seção Judiciária do Amapá, foi na mesma linha. "A nomeação aqui combatida realmente tem por objetivo blindar o senhor Moreira Franco contra eventual decreto de prisão por parte de juízes de primeiro grau de jurisdição, o que revela nítido desvio de finalidade atentatório aos princípios da administração pública, podendo e devendo ser reprimido no âmbito judicial", escreveu o juiz.

Estrutura

O magistrado também questionou a decisão de Temer de recriar a Secretaria-Geral da Presidência após ter assumido um compromisso de reduzir a estrutura estatal. "Causa espécie que venha agora recriar um ministério e, para piorar ainda mais esse ato, nomear para essa nova pasta o Senhor Moreira Franco logo após seu nome ter sido citado 34 vezes na delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, que o acusou de ter recebido dinheiro para defender os interesses da empreiteira."

Para o juiz, o caso de Moreira Franco é "rigorosamente semelhante" ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi nomeado para a Casa Civil no ano passado, durante o governo Dilma Rousseff.

Temer decidiu nomear Moreira Franco para a pasta recriada no seu governo após aliados vencerem as eleições para a presidência da Câmara (Rodrigo Maia) e do Senado (Eunício Oliveira), em primeiro turno, com apoio velado do Planalto.

A decisão da juíza do Rio deixou Temer "bastante irritado", pela comparação do seu gesto ao de Dilma, que nomeou Lula para a Casa Civil depois de o presidente ser levado coercitivamente para depor na Lava Jato.

O Planalto insiste que "as situações são muito diferentes" e que Moreira já era secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Temer chegou a ser aconselhado por assessores a conceder ao auxiliar uma "espécie de licença", mas não decidiu sobre o assunto. Agora, a convicção é de que se mexeu em "um vespeiro" e que um fato político tomou conta do debate. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça Federal no Rio barrou na manhã desta quinta-feira (9) a nomeação de Moreira Franco (PMDB) para a Secretaria-Geral da Presidência. A decisão acata uma ação movida na 6ª Vara Federal no Estado e cria mais um embaraço para o governo Michel Temer (PMDB) - que havia conseguido nesta manhã uma decisão favorável do Tribunal Regional Federal da 1ª Região para manter a nomeação de Moreira Franco.

A decisão do TRF 1, que acolheu pedido da Advocacia-Geral da União, derrubou liminar do juiz Eduardo Penteado, da 14.ª Vara Federal em Brasília, e garantiu a permanência de Moreira Franco no cargo estratégico que lhe confere foro privilegiado.

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A Justiça Federal no Rio, contudo, está sob a jurisdição do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Assim, na prática, a decisão da 6ª Vara Federal do Estado torna sem efeito, novamente, o ato de nomeação de Moreira Franco.

O foro especial para o amigo de Temer é o principal argumento utilizado nas ações que questionam sua indicação, já que ele aparece citado na delação da Odebrecht como sendo o "Angorá" na planilha de propinas da empreiteira.

Desde que foi realizada a nomeação de Moreira Franco por Temer, a Justiça Federal já concedeu duas liminares vetando o ato do presidente. Na manhã desta quinta, contudo, o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1), desembargador Hilton Queiroz, acatou um recurso da Advocacia-Geral da União e derrubou uma liminar dessa quarta-feira,8, da Justiça Federal no Distrito Federal.

Para o presidente do TRF, desembargador Hilton Queiroz, a decisão dada pelo juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14.ª Vara Federal do Distrito Federal, interfere "de maneira absolutamente sensível na separação de poderes, usurpando competência legitimamente concedida ao Poder Executivo".

Mais um pedido para barrar Moreira Franco chegou ao Supremo Tribunal Federal (STG). Nessa quarta-feira (8) - mesmo dia em que o juiz federal Eduardo Penteado, da 14ª Vara Federal em Brasília, acolheu liminarmente ação popular e suspendeu a nomeação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência -, o PSOL ajuizou na Corte máxima o Mandado de Segurança 34615 para questionar o ato de Michel Temer que nomeou o amigo.

As informações foram divulgadas no site do Supremo. O Mandado foi distribuído ao ministro Celso de Mello, por prevenção, já que ele também é o relator de outra ação no mesmo sentido, movida por outro partido, a Rede.

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Como secretário-geral da Presidência da República, Moreira ganhou status de ministro de Estado com a edição da Medida Provisória 768, de 2 fevereiro.

No mandado de segurança, o PSOL afirma que o ato de Temer "não tem a finalidade de aprimorar o corpo técnico de sua equipe, mas sim dar prerrogativa de foro no Supremo ao secretário".

O partido sustenta que o nome de Moreira Franco teria sido citado dezenas de vezes em pelo menos uma das colaborações premiadas dos executivos da empreiteira Odebrecht, já homologadas pelo STF.

Para o partido, "a ilegalidade e o desvio de finalidade ficaram evidentes pelo fato de que, no dia 2 de fevereiro, em mensagem enviada ao Congresso, o presidente da República comunicou a extinção de ministérios, cujo número caiu de 35 para 26, mas em seguida editou a MP que conferiu status de ministério à secretaria".

O PSOL pede a intervenção do STF para declarar a nulidade da nomeação, "como forma de proteger o patrimônio público e a moralidade administrativa".

"O ato praticado implica intervenção direta, por ato do presidente da República, em órgãos do Poder Judiciário, com deslocamento de competência e obstrução da Justiça", sustenta o Mandado de Segurança do PSOL.

"As investigações contra Moreira Franco seriam deslocadas para a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, instância onde tramitam as investigações da Lava Jato dos privilegiados pelo foro", argumenta o partido.

O PSOL pede liminar para suspender os efeitos da nomeação até o julgamento do mandado e também para que o conteúdo das colaborações premiadas envolvendo o nome de Moreira Franco seja revelado.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, que está temporariamente afastado do cargo por uma liminar da Justiça, Moreira Franco, evitou comentar sobre a decisão. Ao deixar o seu gabinete no Palácio do Planalto na noite dessa quarta-feira (8), limitou-se a dizer que a "AGU (Advocacia-Geral da União) está cuidando disso, pergunta para a AGU". Diante da insistência de repórteres, respondeu que a Advocacia-Geral é que deveria se posicionar sobre o tema e que tinha que "respeitar as responsabilidades".

Assim que a decisão liminar do juiz Eduardo Rocha Penteado, da Justiça Federal do Distrito Federal, foi divulgada na tarde desta terça-feira, o governo acionou a AGU para fazer a defesa do ministro. O órgão já entrou com um recurso. Na tentativa de evitar a imprensa, Moreira Franco deixou o Planalto por um acesso secundário, sendo que havia um carro esperando por ele na saída principal.

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Logo depois da declaração do ministro afastado, a AGU divulgou nota confirmando que recorreu da liminar. "A manifestação contesta o principal argumento utilizado pelos autores da ação popular que fundamentou a decisão da 14ª Vara Federal do Distrito Federal. A liminar, proferida no início da tarde desta quarta, citava como precedente a suspensão da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, em março do ano passado", diz a nota.

A argumentação da Advocacia-Geral da União repete o discurso feito por Moreira Franco, no dia de sua posse, de que a situação dele e do ex-presidente são "distintas". "Primeiramente, porque o ministro Moreira Franco, ao contrário do ex-presidente, já exercia funções no atual governo, como secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), criado em setembro de 2016. A transformação do cargo, afirma a peça, teve como finalidade fortalecer o programa governamental", diz a nota do órgão.

O texto afirma ainda que não há qualquer caso concreto que coloque sob suspeita o ato de nomeação, já que a ação popular cita somente o vazamento de supostas delações que sequer estão comprovadas em juízo. "Com o devido respeito, não há nada nos autos que dê a mínima pista de que o ato presidencial visava obstruir a Justiça", diz um trecho.

Ainda de acordo com a manifestação, dizer que o objetivo da nomeação é conferir foro privilegiado, como alegavam os autores, é ilação. "Tampouco isso poderia conferir qualquer privilégio, lembra a AGU, pois o ministro está atualmente sujeito a julgamento pela mais alta corte do país."

A Advocacia-Geral da União diz ainda que a manutenção da liminar pode provocar grave lesão à ordem pública e administrativa, capaz de provocar "danos irreparáveis ao país". Além disso, a decisão provisória violaria frontalmente a separação dos Poderes, invadindo a esfera de competência do Executivo. Atua no caso a Procuradoria-Regional da União na 1ª Região, unidade da Procuradoria-Geral da União, órgão da AGU.

O juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal do Distrito Federal, aceitou uma ação popular e suspendeu liminarmente a nomeação de Moreira Franco (PMDB) para o cargo de ministro chefe da Secretaria-geral da Presidência da República.

Na sexta-feira, 3, o presidente Michel Temer havia promovido Moreira Franco de secretário-executivo do Programa de Parceria de Investimentos a ministro. Com a nomeação, o peemedebista citado na Lava Jato ganhou foro privilegiado.

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O caso de Moreira Franco é parecido com o que ocorreu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nomeado para a Casa Civil por Dilma Rousseff(PT) para evitar que seus processos permanecessem com o juiz federal Sergio Moro. No caso do petista, a nomeação também foi revertida após a Justiça Federal do Distrito Federal suspender liminarmente a posse no cargo.

A ação popular contra a nomeação de Moreira Franco foi proposta pelos cidadãos Rafael Augusto Batista Juliano, Gianmarco Loures Ferreira e Fernando de Moura Coelho.

O juiz Rocha Penteado lembrou que, no caso de Lula, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, reconheceu que configura "desvio de finalidade o ato do Presidente da República que nomeia Ministro de Estado com o propósito de conferir a este foro por prerrogativa de função". Segundo o juiz, não há razão para decidir de modo diverso no caso de Moreira Franco.

AGU

Tão logo chegou ao Planalto a notícia de que um juiz de primeira instância suspendeu a nomeação do ministro da Secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco, começou a mobilização para que o governo faça a defesa do recém-nomeado pelo presidente Michel Temer. A Advocacia-Geral da União informou que recorrerá para cassar a liminar "o mais rapidamente possível". Até que a liminar seja cassada, a suspensão de Moreira no cargo vigora.

A ministra da AGU, Grace Mendonça, ainda não está no Planalto, mas assessores jurídicos da Casa estão debruçados neste momento na linha que será apresentada para tentar derrubar a liminar do juiz Eduardo Rocha Penteado, da Justiça Federal do Distrito Federal.

Com o cargo de ministro, Moreira, que é citado em delações da Odebrecht, passa a ter foro privilegiado. O caso de Moreira é parecido com o que ocorreu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi nomeado para a Casa Civil por Dilma Rousseff (PT) para evitar que seus processos permanecessem com o juiz federal Sergio Moro. No caso do petista, a nomeação também foi revertida após a Justiça Federal do Distrito Federal suspender liminarmente a posse no cargo.

O PSOL protocolou nesta segunda-feira, 6, ação popular na Justiça Federal com pedido de liminar para anulação da nomeação do ministro Moreira Franco para a Secretaria-Geral da Presidência da República. Além do pedido no Distrito Federal, o partido deve protocolar nesta terça-feira, 7, no Supremo Tribunal Federal, um mandado de segurança coletivo com o mesmo objetivo.

Na ação, o PSOL lembra que Moreira foi citado 34 vezes na delação premiada de um executivo da Odebrecht e que, por isso, o foro privilegiado concedido a ele é "incompatível" com o momento. A ação é assinada pelo presidente da sigla, Luiz Araújo, que classifica o ato de nomeação de desvio de finalidade e ofensa ao princípio constitucional da moralidade pública.

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"O perigo de dano resta evidente do fato de que a nomeação ilegal do senhor Moreira Franco para o cargo de Ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, causa efeitos imediatos do deslocamento de competência eivado do vício da nomeação desviada de sua finalidade. Não cessada imediatamente, a alteração do foro de investigação e processamento trará imediatos e irreparáveis prejuízos", diz a petição.

Outras ações contra a nomeação de Moreira já foram encaminhadas à Justiça. Na semana passada, a Rede entrou com um mandado de segurança no STF pedindo a suspensão da nomeação de Moreira. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também entrou com uma ação popular na Justiça Federal do Amapá. Os petistas também preparam ações semelhantes contra o ministro.

Parlamentares do PT e da Rede preparam ações para barrar na Justiça a nomeação de Moreira Franco para o cargo de ministro da recriada Secretaria-Geral da Presidência. O deputado Wadih Damous (PT-RJ) disse que elabora representação a ser apresentada na semana que vem à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a nomeação. "É muito grave porque foi criado um ministério para o Moreira Franco que é multicitado na Lava Jato com o objetivo claro de conferir a ele foro privilegiado", disse Damous.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que vai ajuizar ainda nesta sexta-feira, 3, uma ação popular na Justiça a fim de tentar anular a nomeação de Moreira Franco. Em outra frente, ele também vai apresentar na próxima terça-feira, 7, uma representação ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para tentar investigá-lo. A bancada da oposição no Senado, liderada pelo PT, também pretende acionar o STF para barrar a nomeação de Moreira.

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Moreira Franco foi citado em delação premiada da Odebrecht. A MP editada nesta sexta-feira, 3, dá a prerrogativa a Moreira Franco de responder a eventuais investigações criminais somente perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ocupava até o momento o cargo de secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, cargo que não tinha status de ministro.

Randolfe disse que a medida é um artifício e uma ofensa ao princípio da moralidade e uma tentativa de obstruir os trabalhos de investigação da Operação Lava Jato. "As duas visam o mesmo objetivo: anular o ato do Presidente da República de nomeação do senhor Moreira Franco ao cargo de ministro de Estado que concedeu a ele foro privilegiado", afirma o senador, em nota.

Nesta manhã, o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha disse em entrevista à Rádio CBN que a nomeação de Moreira Franco teve objetivo de oferecer a ele, que comanda o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), um trânsito melhor no exterior nas iniciativas do governo de buscar recursos para o País. Padilha argumentou que o governo precisava de alguém que se apresentasse em nome de ministro de Estado para essas visitas.

Lava Jato

Moreira Franco foi citado em delação premiada pelo ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Em anexo documental, Cláudio afirmou que a empresa teria pagado R$ 3 milhões em propina, e não doação eleitoral, para que Moreira Franco cancelasse uma obra. Na época, em 2014, Moreira Franco era ministro da Secretaria de Aviação Civil do governo de Dilma Rousseff. O ministro nega prática de irregularidades.

A Lava Jato reuniu também mensagens trocadas em 2013 entre o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques Azevedo e Moreira Franco, em que tratam da concessão do Aeroporto Internacional de Confins, em Minas Gerais, antes e depois do leilão, realizado em 22 de novembro.

Ao ser indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff para a Casa Civil no ano passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de ações do PSDB no Supremo Tribunal Federal contra sua nomeação, que foi suspensa pelo ministro Gilmar Mendes. PSDB e PPS alegavam que Lula havia tomado posse para ganhar foro privilegiado e ser julgado pelo Supremo. Para o ministro, a mudança de foro era uma forma "de obstrução ao progresso das medidas judiciais". Na época, Lula ainda não havia se tornado réu na Lava Jato. Para Damous, a proibição a Lula foi uma "ilegalidade".

O deputado Wadih Damous (PT-RJ) prepara representação a ser apresentada à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Segundo ele, a ideia é protocolar o pedido na semana que vem. "É muito grave porque foi criado um ministério para o Moreira Franco que é multicitado na Lava Jato com o objetivo claro de conferir a ele foro privilegiado", disse Damous nesta sexta-feira (3).

Na manhã desta sexta, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse em entrevista à Rádio CBN que a nomeação de Moreira Franco teve objetivo de oferecer a ele, que comanda o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), um trânsito melhor no exterior nas iniciativas do governo de buscar recursos para o País.

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O governo editou a Medida Provisória 768, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (3) criando dois novos ministérios: a secretaria-geral da Presidência e o Ministério dos Direitos Humanos.

A criação das novas pastas foi anunciada nessa quinta-feira (2) e deixa o governo de Michel Temer com 28 ministérios, quatro a menos que o da ex-presidente Dilma Rousseff.

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Temer nomeou para a Secretaria-Geral da Presidência da República Wellington Moreira Franco, até então secretário de Parcerias de Investimentos (PPI). Citado na Operação Lava Jato, Moreira Franco, como ministro, passa a ter foro especial e só pode ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Joaquim Lima de Oliveira será o secretário-executivo da pasta.

Com status de ministério, a nova secretaria terá entre as suas atribuições a supervisão das atividades administrativas da Presidência, o planejamento de longo prazo, a comunicação do governo e a supervisão do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) será vinculada à secretaria. Para o cargo de secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos foi nomeado Adalberto Santos de Vasconcelos.

Também foi nomeado o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antônio Imbassahy (BA) para a secretaria de Governo, vaga desde que Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) deixou o cargo em novembro, após ser acusado de pressionar o Ministério da Cultura a liberar um empreendimento em que tinha apartamento. A nomeação de Imbassahy fez parte da negociação para reeleger o Rodrigo Maia (DEM-RJ) como presidente da Câmara.

Até então secretária de Promoção da Igualdade Racial, Luislinda de Valois, será a nova ministra dos Direitos Humanos. O novo ministério englobará as atribuições das extintas secretarias de Políticas para as Mulheres, de Promoção da Igualdade Racial, de Direitos Humanos, dos Direitos da Pessoa com Deficiência, de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e dos Direitos da Criança e do Adolescente, até então subordinadas ao Ministério da Justiça e Cidadania.

Com isso, essa pasta passará a se chamar Ministério da Justiça e Segurança Pública, com Alexandre de Moraes ainda à frente.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), nomeou o filho, Marcelo Hodge Crivella, para o cargo de secretário da Casa Civil, uma das pastas consideradas mais importantes da prefeitura. A nomeação saiu no Diário Oficial do município desta quinta-feira, 2.

O filho de Crivella, que tem 34 anos, é formado em psicologia na Biola University, uma universidade cristã na Califórnia, EUA, e também estudou filosofia na Oxford University, no Reino Unido, e inovação e negócios, na Oxford Brookes Univeristy. Já trabalhou como executivo de vendas na Storyville, foi diretor-executivo da Redzero, integrou a Record Entretenimento, na Rede Record, e foi executivo de vendas na Frost & Sullivan.

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Por nota, a assessoria do prefeito disse que "não há qualquer ilegalidade ou inconstitucionalidade na nomeação do secretário". "De acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a Súmula Vinculante número 13 do STF não entende como nepotismo parentes indicados a cargos do primeiro escalão".

O presidente Michel Temer assinou no início desta noite, 2, medida provisória que recria dois ministérios e dá novas atribuições à pasta da Justiça, que passa a se chamar Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Temer recriou a Secretaria-Geral da Presidência da República e nomeou Moreira Franco, atual secretário executivo do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), para o cargo. Com isso, Moreira que tem seu nome envolvido em investigações na Operação Lava Jato, ganha foro privilegiado.

Nas medidas para "aprimorar as condições de governança, buscar maior eficiência e melhorar a gestão pública", Temer designou também a desembargadora Luislinda Valois para o Ministério dos Direitos Humanos e deu mais força política ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que é do PSDB. Para agradar os tucanos, depois de meses de espera, Temer designou ainda Antônio Imbassahy para a Secretaria de Governo. Agora serão 28 ao invés de 26 ministérios.

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A decisão de anunciar esse pacote ocorreu horas depois de definida a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ), na presidência da Câmara dos Deputados. Com essa nova MP, que será publicada no Diário Oficial desta sexta-feira, Temer faz um redesenho em áreas administrativas no Palácio do Planalto. A Secretaria de Governo, que hoje tem atribuições também administrativas, se concentrará em questões políticas e atendimento às questões parlamentares. A Secretaria-Geral da Presidência, que será ocupada pelo agora ministro Moreira Franco, terá sob sua responsabilidade, além do PPI, a Secretaria de Comunicação, Secretaria de Administração e o Cerimonial da Presidência. Segundo o porta-voz do Planalto, Alexandre Parola, "suas tarefas estarão voltadas para dar apoio às ações do Presidente da República e conferir maior agilidade ao funcionamento do Palácio do Planalto em suas ações de governo e de atuação presidencial".

No caso do Ministério da Justiça, a mudança de nome atendeu inclusive a um pedido da chamada "bancada da bala" no Congresso, que queria que fosse criado o Ministério da Segurança Pública. De acordo com Parola, a decisão do presidente Michel Temer de criar o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, "se deve ao compromisso do governo federal de ser parte ativa e atuante no combate ao problema da criminalidade".

Reforma

Assim que chegou ao poder, uma das primeiras medidas do presidente Michel Temer foi buscar no discurso da redução de ministérios o contraponto ao desequilíbrio fiscal atribuído ao governo de ex-presidente Dilma Rousseff. O governo da petista tinha 39 ministérios, mas para tentar conter as críticas, em outubro de 2015, ela anunciou a redução para 31 pastas. Um pouco antes de deixar o poder em março do ano passado, entretanto, Dilma precisou alocar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no governo. Dilma tentou dar ao seu antecessor a Casa Civil, nomeando o então ministro Jaques Wagner como chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, no entanto, com status do ministro mantido. Lula nunca chegou a assumir o cargo por uma decisão judicial.

Quando Temer assumiu ele fez um corte nas pastas cortando de 32 para 25. Logo depois, por pressão de protestos contrários à extinção do Ministério da Cultura, Temer recriou a pasta e tinha até hoje - antes dos anúncios - 26 pastas.

Mesmo alertado com medida cautelar pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), o então prefeito de Buíque, Jonas Camelo de Almeida (PSD) nomeou 352 servidores efetivos nos últimos dias de mandato, no final de dezembro de 2016. Ele também está sendo investigado pelo Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO) por possíveis crimes de improbidade administrativa, ordenação de despesa não permitida por lei e prevaricação.  

Em relatório, o TCE-PE explica que a medida cautelar não foi obedecida pelo social-democrata. “E não foi por falta de conhecimento da decisão, pois essa foi publicada no Diário Eletrônico do TCE-PE um dia após ser proferida”, diz o documento. Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é proibido o aumento de despesas com pessoal nos últimos 180 dias de gestão. 

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Ele ainda é acusado de se opor a receber uma notificação de um servidor do Tribunal. Diante dos fatos, o MPCO solicitou ao procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Francisco Dirceu Barros, a abertura de uma ação civil de improbidade pelo descumprimento da medida e por tentar obstruir o trabalho do TCE. Além disso, pede a abertura de um processo-crime e outro de improbidade contra Jonas Camelo.

O novo prefeito do município, Arquimedes (PMDB), exonerou todos os servidores admitidos por Jonas. 

 

Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), nomeou outro bispo da mesma igreja para a presidência do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, conhecido como Procon Carioca. Trata-se de Jorge Braz de Oliveira, de 63 anos, que foi vereador no Rio durante três mandatos e não conseguiu se reeleger na última eleição. O decreto de nomeação foi publicado nesta quarta-feira, 11, no Diário Oficial do Município.

Durante a campanha eleitoral, umas das críticas a Crivella era o suposto interesse dele em distribuir cargos municipais entre os bispos da Universal, igreja fundada por seu tio, Edir Macedo. Crivella sempre negou essa intenção e afirmou que escolheria técnicos para compor seu governo.

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Questionada pela reportagem sobre a qualificação do novo presidente do Procon Carioca na área de defesa do consumidor, a Prefeitura do Rio informou que Braz foi "um importante interlocutor do prefeito durante a transição, tem conhecimento do serviço público e participou de importantes comissões da Câmara, como as de Direitos Humanos, Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência e Meio Ambiente".

Braz é identificado como bispo da Universal em redes sociais e publicações na internet. No Facebook, Braz costuma publicar vídeos e fotos de eventos da Universal. Na madrugada de 1º de janeiro, veiculou foto do "prefeito Crivella sendo abençoado na Vigília da Virada".

Um dos projetos que Braz apresentou e conseguiu aprovar enquanto vereador foi a lei 5.652/2013, que incluiu no calendário oficial do município o Dia do Obreiro Universal, homenagem a quem atua voluntariamente na igreja. A data é comemorada no terceiro domingo de agosto. Filiado ao PRB só em novembro passado, antes Braz integrou outros partidos, como o PTdoB e o PSB, pelo qual se candidatou à reeleição em 2016.

Troca

Outra nomeação publicada no Diário Oficial do Município nesta quarta-feira foi a de Virgínia Salemo Soares para a presidência da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio). Ela já trabalhava na instituição e tem experiência na área - fez mestrado em Engenharia de Transportes no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) e é doutora em Engenharia de Produção pela mesma instituição.

A nomeação de Virgínia seria corriqueira se outra pessoa já não houvesse sido anunciada para o mesmo cargo. O engenheiro de transportes e professor da Coppe-UFRJ Paulo Cezar Ribeiro foi convidado para assumir a função pelo secretário municipal de Transportes e vice-prefeito, Fernando Mac Dowell. Ribeiro começou a trabalhar no órgão, e nesta terça foi informado por jornalistas da nomeação de Virgínia.

Crivella afirmou que Ribeiro havia sido diagnosticado com uma doença grave e pedira para se afastar. A informação do prefeito foi negada pelo engenheiro. "Isola! Graças a Deus, estou muito bem de saúde. Mas depois desta declaração do prefeito, vou fazer até um check up extra. Fui desconvidado, sem sequer falar com o prefeito e com o Mac Dowell, que havia me convidado", afirmou Ribeiro ao jornal "O Globo".

Questionado pela reportagem sobre a declaração do prefeito e o real motivo da substituição de Ribeiro por Virgínia, a assessoria de imprensa de Crivella informou que a questão seria respondida pela assessoria da Secretaria Municipal de Transportes. Isso não ocorreu até as 17h40 desta quarta.

Com a meta de contribuir com a execução de planos para avançar com o programa Pacto Pela Vida, o delegado federal João Luiz Caetano de Araújo foi nomeado em edição do Diário Oficial (DO) neste sábado (10) como novo secretário-executivo de Defesa Social de Pernambuco.

Ele chega ao cargo com a difícil missão de reduzir os índices de violência no Estado. Segundo dados oficiais, do início deste ano até o fim de setembro foram registrados 3.127 assassinatos. João Luiz Caetano de Araújo ajudará o secretário Angelo Gioia nesta tarefa.

Outra tarefa árdua será unir novamente a corporação da Polícia Militar (PM), mobilizada pelo aumento salarial e outras reivindicações. Gioia assumiu a pasta em outubro no lugar do também delegado federal Alessandro Carvalho, que teria pedido ao governador Paulo Câmara a sua exoneração.

Angelo Fernandes Gioia é natural do Rio de Janeiro e formado em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele está aposentado desde abril deste ano. Em entrevista à imprensa, o secretário declarou que seu primeiro plano seria avançar com o programa Paco pela Vida, implantado em 2007 – principal alvo de críticas dos policiais civis do Estado.

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O papa Francisco nomeou d. Orlando Brandes arcebispo de Aparecida (SP), em substituição ao cardeal d. Raymundo Damasceno Assis, que apresentou sua renúncia ao governo da arquidiocese em fevereiro de 2012, ao completar 75 anos de idade, como determina o Direito Canônico. Os dois arcebispos foram comunicados há um mês sobre a decisão e puderam trocar informações entre eles, mas tiveram de manter segredo sobre ela até esta quarta-feira (16) quando o Vaticano divulgou a notícia.

"Aceitei a nomeação com grande confiança na graça de Deus e pretendo assumir Aparecida com a melhor disposição para dar continuidade ao trabalho de d. Damasceno, um homem de grande importância na América Latina e no Vaticano", disse d. Orlando. A posse será em 21 de janeiro.

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Catarinense da cidade de Urubici, onde nasceu em 13 de abril de 1946, d. Orlando fez o curso de Filosofia em Curitiba e estudou na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma, onde se especializou em Teologia Moral. Nomeado bispo de Joinville, em 1994, foi promovido a arcebispo de Londrina em 2006. Concentrou suas atividades pastorais no setor da família.

Três dos seus antecessores foram cardeais - Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, Aloísio Lorscheider e Raymundo Damasceno Assis. Sua arquidiocese, por conta do Santuário Nacional, recebeu a visita dos três últimos papas.

O cardeal d. Damasceno dirige Aparecida desde 28 de janeiro de 2004. "(Sairei) semanas antes de completar 80 anos, quando deixarei de ser cardeal-eleitor em eventual conclave para eleição do papa", observou ele. Nos últimos anos, exerceu funções de destaque no Vaticano, como a presidência dos Sínodos para a Família, em 2014 e em 2015. Eficiente executivo e homem de diálogo, ainda foi secretário-geral da CNBB por oito anos e presidente da entidade de 2011 a 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (21) traz a nomeação do diplomata Alexandre Guido Lopes Parola para exercer o cargo de porta-voz da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. A nomeação é assinada pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Alexandre Parola foi confirmado no cargo no fim do mês passado com o objetivo de minimizar os problemas de comunicação enfrentados pelo Governo Temer. Ele já foi porta-voz da Presidência da República na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

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Parola é funcionário de carreira do Ministério das Relações Exteriores, doutor em Filosofia e mestre em Economia, e exercia o cargo de diretor da área econômica do Itamaraty desde agosto do ano passado. O diplomata também já serviu a diversas embaixadas do Brasil, incluindo as unidades de Londres, Santiago e Washington.

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