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O presidente Michel Temer nomeou Marx Beltrão Lima Siqueira para o cargo de ministro do Turismo, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 5, e como o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, havia informado nesta terça-feira (4).

Marx Beltrão é deputado federal pelo Estado de Alagoas e foi indicado ao cargo pela bancada do PMDB na Câmara, desde que o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB) deixou o comando da pasta. A nomeação conta com aval do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), conterrâneo do parlamentar.

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Temer, porém, vinha resistindo a nomear o deputado, por ele ser réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por falsidade ideológica. O presidente foi convencido a confirmar o parlamentar no cargo após parte da bancada do PMDB na Câmara ameaçar retaliar o Planalto em votações de interesse do governo na Casa.

Sudeco

Além da nomeação no Turismo, o governo de Michel Temer fez mudanças na Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), vinculada ao Ministério da Integração Nacional. Foi nomeado superintendente do órgão Antônio Carlos Nantes de Oliveira, em substituição a Cleber Ávila Ferreira, exonerado nesta quarta. Ainda foi nomeado Silvio Roberto Sakata para o cargo de diretor de Implementação de Programas e de Gestão de Fundos da instituição.

BNDES

O Diário Oficial também traz a exoneração de Francisco Gaetani da função de membro do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a nomeação para o mesmo posto de Andrea Sandro Calabi.

Trabalho

Na pasta do Trabalho, o ministro Ronaldo Nogueira nomeou Antonio Correia de Almeida para ser o titular da Secretaria Executiva do Ministério. Antonio Correia deixa o comando da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia para assumir a nova função.

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O sonho de passar em um concurso público tem sido cada vez maior entre os brasileiros, como forma de estabilidade financeira e qualidade de vida. Com isso, a disputa por vaga é intensa e em meio a tantos desafios, os candidatos que são aprovados ainda têm de enfrentar o medo de passar e não ser chamado. Ter o nome na lista de aprovados, depois de muito esforço e dedicação, não garante que o concurseiro seja nomeado, o que acaba refletindo muitas dúvidas, em razão da falta de informação sobre o assunto.

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A jornalista Adriana Monteiro, de 34 anos, realizou em 2014 um concurso para sua área, pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), e passou em segundo lugar, na categoria celetista, que consiste na contratação de regime estatutário, conforme as leis trabalhistas. Ela conta que foi chamada quase um ano depois para exercer o cargo e até isso se consumar, sofreu com receio de não ser nomeada para exercer o cargo. “Estudar para concurso é muito angustiante, você acha que não vai passar nunca e quando fui chamada, eu já estava a mais ou menos um ano estudando para atuar na área de jornalismo. Meu maior receio era de não ser nomeada na primeira chamada, fato que aconteceu com muitos que realizaram a prova no mesmo período que eu e continuam aguardando”.

Já a concurseira Karolina Cavalcanti, de 33 anos, revela que foi aprovada para o cargo Agente de Segurança Municipal (Guarda Civil Municipal), no concurso público da Prefeitura do Recife em 2015, mas até agora não foi chamada. “Sou da segunda turma que já deveria estar trabalhando desde o segundo semestre de 2015 e até agora nada”. Estudante para concurso desde 2012, Karolina chegou a pedir demissão de seu antigo trabalho, mas o edital não chegou a cumprir com a programação de nomeação. “Eram 1.355 vagas e até agora só foram nomeados 321. A chamada seria para as três turmas, mas até agora, apenas uma foi selecionada. Já tentamos conversar com a gestão e ninguém se mostra disponível para nos ouvir e nos nomear”. Depois de muitos protestos, ela ressalta que conseguiu ter acesso ao curso de formação, que consiste na capacitação dos aprovados que devem exercer a função.

Em situação semelhante à de Karolina, encontra-se Igor Paes Barreto, de 36 anos, que também prestou concurso para Agente de Segurança Municipal do Recife, mas ainda não foi chamado. Membro da comissão da turma dos não nomeados, ele afirma que chegou a procurar as secretarias de Segurança Urbana e de Administração da Prefeitura da cidade para saber quando seriam publicados os calendários de exercícios, mas até agora não obteve sucesso nos diálogos.

“Tenho baixas expectativas diante de tudo isso, não somente eu, mas muitos que também se encontram mesma situação. O concurso foi realizado com um orçamento, mas a Prefeitura simplesmente não cumpriu com os requisitos do edital, com exceção da primeira turma, que mesmo com atraso foi nomeada e empossada”, ressalta Igor, que é pertencente à terceira turma e já deveria estar em curso de formação, conforme a programação que lhe foi passada.

Em nota oficial, a Prefeitura do Recife, por meio das Secretarias de Governo e Participação Social, Segurança Urbana (Seseg), Administração e Gestão de Pessoas (SADGP), informou que recebeu uma comissão dos aprovados no concurso da Guarda Municipal do Recife dia 19 de agosto deste ano. A PCR ainda esclarece que já foram nomeados 321 aprovados no concurso. Sobre a nomeação dos demais aprovados, a mesma está impossibilitada de acontecer até 31 de dezembro de 2016, por força do artigo 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que impede a administração municipal de realizar nomeações nos últimos 180 dias do mandato, como foi reforçado pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) em Ofício Circular, enviado no dia 21 de julho de 2016, para todos os municípios do Estado, com um alerta de responsabilização. 

A Prefeitura do Recife esclarece ainda que, desde o dia 15 de abril, em encontro entre os aprovados e os secretários da SADGP e Seseg, a comissão da segunda turma foi informada da impossibilidade de nomeação durante o segundo semestre de 2016. Um cronograma para a segunda turma foi acordado e assinado por 97 pessoas, representando os aprovados, e pelos representantes da gestão.

Saiba quais direitos de um candidato aprovado

Há alguns anos, a aprovação não era garantia de posse. Entendia-se que a nomeação era critério de oportunidade avaliado pela administração pública e assim, encerrado o prazo do concurso, quem não fosse nomeado perderia o direito exercer o cargo e a administração pública estaria livre para realizar novo concurso. Com novas garantias a todos os direitos para os aprovados, o Supremo Tribunal Federal determinou a mudança e assegura direito subjetivo à nomeação. A garantia acontece mesmo que o prazo de vigência do concurso tenha expirado e não tenha ocorrido contratação precária ou temporária de terceiros durante o período de sua vigência.         

De acordo com o especialista em Direito Público e Direito Processual e Material do Trabalho, Geovane Alves, o candidato deve recorrer a partir do comento em que se encerre o prazo do concurso e ele, aprovado dentro do numero de vagas previstas no edital, não tenha sido nomeado. “Os processos costumam ser longos, anos a fios com os recursos, e nesses casos, conseguimos liminares por meio de tutelas de urgência, principalmente quando a Administração Pública lança novo concurso sem nomear todos os aprovados do certame anterior. As decisões são tomadas no sentido de suspender abertura de novo concurso, enquanto houver candidatos aprovados e não nomeados, levando a administração a nomeá-los”. Geovane salienta ainda que, embora os aprovados passem muito tempo aguardando para ser chamados, só receberão salário a partir do momento que iniciam o exercício da função, sem direito a retroativo, exceto nos casos de comprovação jurídica de lesão ao candidato.

Dentro do cronograma estabelecido no edital do concurso, a Administração Pública tem obrigação de convocar todos os candidatos que estejam aprovados dentro do número de vagas previsto. Se um edital prevê dez vagas para determinada função, durante a validade do concurso, a Administração é obrigada a convocar os primeiros dez aprovados. Mas caso algum desses candidatos não tenha interesse em tomar posse, será chamado o candidato subsequente para assumir a vaga. Os concorrentes aprovados fora do número de vagas também possuem certa expectativa de direito.

Em situações em que o prazo do concurso for expirado e o candidato aprovado no número de vagas não for convocado, por meio de um mandato de segurança ele tem direito a tomar posse, devido ao direito subjetivo (pessoal) em ocupar a vaga prevista. Isso ocorre nas situações de violação da ordem de classificação dos candidatos nomeados, contratação de outra pessoa de forma precária para a mesma vaga, sob vigência do mesmo certame eabertura de uma nova seleção, sem ter chamado os aprovados no processo anterior.

Nesta quinta-feira (1º), um ato de convocação será assinado pelo governador Paulo Câmara, a fim de nomear 333 profissionais de saúde de diversas áreas. Os convocados irão reforçar as escalas de unidades da rede estadual de saúde, com objetivo de dar assistência às crianças com microcefalia e aos pacientes com arboviroses.

Os profissionais nomeados serão lotados nas grandes emergências da Região Metropolitana do Recife (RMR), além de unidades do interior do Estado. Entre essas, estão os hospitais Jesus Nazareno (Caruaru) e regionais do Agreste (Caruaru), José Fernandes Salsa (Limoeiro), Dom Moura (Garanhuns), Inácio de Sá (Salgueiro), Emília Câmara (Afogados da Ingazeira) e Professor Agamenon Magalhães (Serra Talhada), além de serviços especializados.

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Do total de convocados, 41 são médico aprovados no concurso público realizado em 2013. Além deles, serão chamados 43 enfermeiros, 57 profissionais de nível superior e 192 de nível técnico, todos esses aprovados no certame realizado em 2014. Os concursados serão chamados por meio de telegrama para perícia, posse e posterior lotação. O prazo para início das atividades nas unidades de lotação é de 30 dias após a realização do trâmite.

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O governo de Michel Temer nomeou Janér Tesch Hosken Alvarenga para exercer o cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Para assumir a nova função, Alvarenga passou por sabatina e apreciação no Senado e também foi exonerado da chefia do Departamento de Inteligência Estratégica da Agência.

Ele entra em substituição a Wilson Roberto Trezza, que estava no comando do órgão há anos. Os decretos de nomeação e exoneração estão publicados no Diário Oficial da União (DOU).

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O governo interino de Michel Temer nomeou dois novos diretores da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), conforme decretos publicados no Diário Oficial da União (DOU). Foram nomeados Mário Rodrigues Júnior e Elisabeth Alves da Silva Braga, ambos com mandato até 18 de fevereiro de 2020.

No Ministério da Fazenda, também houve mudanças. Foram nomeados Pedro Calhman de Miranda, para o cargo de subsecretário de Regulação e Infraestrutura da Secretaria de Acompanhamento Econômico; Adriano Pereira de Paula, para subsecretário de Política Fiscal da Secretaria do Tesouro Nacional; e Paulo José dos Reis Souza, como diretor de Programa da Secretaria Executiva da pasta. Souza já atuava na Fazenda, no cargo de subsecretário de Política Fiscal do Tesouro Nacional, do qual foi exonerado nesta sexta-feira, 26.

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O presidente da Central Única de Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, definiu como inadmissível o presidente interino Michel Temer (PMDB) nomear o empresário Eduardo Geovane para ocupar a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco (SRTE-PE). Em entrevista ao Portal LeiaJá, Veras declarou que a classe trabalhadora não ficará calada com o acontecido: “Não se pode aceitar que um órgão que fiscaliza os direitos do trabalhador tenha na chefia uma pessoa que responde por processo de improbidade administrativa e que não recolhe, desde 2010, o FGTS dos seus empregados. É um absurdo sem precedentes”, cravou.

Segundo a CUT-PE, Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinat) e Delegacia Sindical de Pernambuco, Eduardo Geovane responde a processo de improbidade administrativa por desvio de mais R$ 1 milhão, na época que foi secretário de Finanças da Prefeitura de Arcoverde, entre os anos de 2009 e 2011. “Vamos continuar denunciando. Somos contra esse ato que faz parte do processo do golpe. Temer quis colocar alguém a serviço do golpe, a favor dos retrocessos, pois, querem arrebentar com os direitos dos trabalhadores. Michel Temer quis colocar alguém a serviço do patrão e não da classe trabalhadora. Essa nomeação é o retrato deste governo”, disparou Veras.

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Julgamento do Impeachment

Sobre o julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff que acontece, a partir desta quinta (25), Veras disse que não pode ficar no poder um governo que não foi eleito nas urnas. “É ilegítimo. Se aceitarmos que Dilma saia do poder, muitas outras perdas virão. É apenas o começo do ataque dos direitos dos trabalhadores  e da democracia. Não podemos permitir”, disse.

 

 

 

 

 

 

 

Representantes da Central Única de Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE) e sindicatos filiados realizaram protesto, na manhã dessa segunda (22), em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco (SRTE-PE). O motivo foi a nomeação, do presidente interino Michel Temer, para que o empresário Eduardo Geovane  ocupe a chefia do órgão.

Segundo nota da CUT-PE, o empresário Eduardo Geovane responde a processo de improbidade administrativa por desvio de mais R$ 1 milhão, da época que foi secretário de Finanças da Prefeitura de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, entre os anos de 2009 e 2011. Além disso, segundo a Central, Geovane não recolhe FGTS de seus empregados desde 2010.   

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Outro fato denunciado é que o auditor fiscal do trabalho André Luz foi exonerado do cargo de superintende sem que fosse previamente comunicado, tomando conhecimento de seu desligamento do cargo por publicação no Diário Oficial da União.

Para os presidente do Sinait e da Delegacia Sindical de Pernambuco, Carlos Silva Filho e Lúcia Tedesco, respectivamente, a nomeação é inaceitável. "Eduardo Geovane é um empresário infrator e, agora, chefe desta Casa, que é do trabalhador, que se dedica a zelar pelo cumprimento das leis trabalhistas e das normas de segurança e saúde nos ambientes de trabalho", declarou, em nota de repúdio.

O Sinait e a Delegacia Sindical de Pernambuco, em outra parte da nota, reiteraram "a exigência de que o cargo seja ocupado por um servidor de carreira, ciente de sua responsabilidade e da missão do Ministério do Trabalho, comprometido com a valorização do serviço público e com a promoção das melhores práticas de atendimento ao público. A nomeação de empresário com o perfil do indicado não é coerente com esses princípios".

 

Cerca de 100 aprovados no concurso da Guarda Municipal do Recife (GMR) realizam um protesto, na manhã desta quinta-feira (18), em frente à Prefeitura da Cidade (PCR). Os concursados cobram a nomeação imediata de 380 pessoas que não foram chamadas para ocupar os cargos do certame.

De acordo com uma das aprovadas, e integrante da comissão dos concursados, Karoline Cavalcanti, somente 320 aprovados foram nomeados até o momento. O certame ofereceu ao todo 1.355 vagas. “Muitas pessoas estão passando necessidades porque saíram de seus empregos”, afirmou Cavancanti.

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Ainda segundo Karoline, o cronograma de nomeação dos candidatos atrasou e eles foram avisados em cima da hora. “Quatro dias antes do início do curso de formação, em 24 de março, da segunda turma dos aprovados, o Prefeitura soltou uma nota suspendendo o início das aulas”, explicou.

As aulas foram realizadas em período integral e, por isso, muitos dos aprovados já tinham pedido demissão. “Terminou que as aulas só começaram em 16 de maio e acabaram em 16 e julho. Durante o curso, muitas pessoas já estavam passando necessidades, então fizemos ‘cotinha’ pra comprar cesta básica e até mesmo pagar conta de luz”, revelou Karoline.

Segundo a comissão, os aprovados seriam chamados para ocupar os cargos no segundo semestre de 2015, mas, com o atraso no cronograma, a gestão municipal afirmou que eles seriam nomeados no primeiro semestre deste ano. “O prefeito diz que a Lei de Responsabilidade Fiscal impede que nós sejamos chamados, mas sabemos que eles podem nos nomear. O que nos dizem é que vão nos chamar em janeiro, mas como é que essas 400 famílias vão conseguir sobreviver até lá?”, completa. 

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O Diário Oficial da União desta segunda-feira (11) traz a nomeação do advogado Marcelo José Almeida das Neves como o novo superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Segundo a Sudene,  Neves trabalhou no Tribunal de Justiça da Bahia como juiz conciliador e no Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose do Estado da Bahia como assessor jurídico. Ele também atuou como superintendente administrativo da União dos Municípios da Bahia. Antes de ser nomeado para a Sudene, exercia o cargo de secretário parlamentar da Assembleia Legislativa da Bahia.

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O governo em exercício, Michel Temer, nomeou o economista Ilan Goldfajn para exercer o cargo de presidente do Banco Central, em substituição a Alexandre Tombini. Os respectivos decretos de nomeação e exoneração estão publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 9.

Ilan foi sabatinado no Senado na última terça-feira em sessão que durou mais de quatro horas. O nome dele foi aprovado no mesmo dia, tanto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) quanto no Plenário da Casa. Michel Temer dará posse ao novo chefe do BC nesta tarde, em cerimônia no Palácio do Planalto marcada para as 17 horas.

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O presidente em exercício, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira, 6, em breve pronunciamento à imprensa no Palácio do Planalto, que determinou a paralisação de nomeações para diretorias ou presidência de estatais ou fundos de pensão. A medida vale até a aprovação do projeto de lei complementar 268/2016, que prevê indicação apenas de pessoas "com alta qualificação técnica" para estes cargos.

A intenção, segundo o governo, é acabar com a ingerência política nas fundações. O projeto já foi aprovado pelo Senado e agora tramita na Câmara dos Deputados.

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"Mandamos hoje paralisar toda e qualquer nomeação ou designação para diretoria ou presidência de estatal ou fundo de pensão enquanto não for aprovado o projeto que está na Câmara dos Deputados, já tendo sido aprovado pelo Senado Federal, que dispõe de maneira muito objetiva que só serão indicados e nomeadas pessoas com alta qualificação técnica, sem ser necessária indicação de outra natureza que não seja qualificação técnica, e preferencialmente pertencente aos quadros das próprias empresas estatais", disse Temer.

"Se conseguirmos aprovar o projeto de fundos de pensão e estatais ainda essa semana, teremos dado mais um passo", acrescentou Temer.

Transporte de órgãos

O presidente em exercício anunciou também um decreto para determinar à Força Aérea Brasileira (FAB) que mantenha sempre em solo uma aeronave disponível para solicitações do Ministério da Saúde para o transporte de órgãos para transplantes ou ainda pacientes para esse tipo de operação. O decreto já foi assinado e será publicado no Diário Oficial da União (DOU) de amanhã, 7.

"O decreto determina à Aeronáutica, com a sua concordância, que se mantenha permanentemente um avião no solo à disposição para qualquer chamado para transporte de órgãos, tecidos e partes ou ainda se for para transportar aquele paciente para o local onde está o órgão", disse Temer, que mais uma vez não respondeu perguntas da imprensa.

Reportagem publicada ontem pelo jornal "O Globo" mostrou que havia falta de aeronaves da FAB para o transporte de órgãos e tecidos para transplantes. De acordo com o jornal, entre 2013 e 2015, a Aeronáutica deixou de garantir o transporte de 153 órgãos. Nos mesmos dias, a Força Aérea teria atendido 716 pedidos de voos para ministros e presidentes dos Três Poderes.

Temer classificou esses números como "significativos e preocupantes". "Não haverá mais a partir de agora essa deficiência. Saúde é vida e precisamos estar atentos a esse fato que pode parecer de menor relevância, mas tem uma relevância extraordinária", completou.

O presidente do Solidariedade, deputado Paulinho Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, enviou ao Palácio do Planalto uma lista com nomes de indicados para fazer parte da Secretaria de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário, na semana passada. Do total de oito, quatro pessoas foram confirmadas nesta terça-feira, 31, no Diário Oficial da União. O envio foi feito antes de o governo atender a reivindicação de Paulinho de criar secretarias ligadas à Casa Civil para tratar de questões fundiárias.

A lista encaminhada ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, é composta por um investigado pelo Ministério Público por improbidade, um militante do partido e até um dirigente do PDT, legenda hoje na oposição e que atua contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

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A secretaria e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) - que até então fazia parte do Ministério do Desenvolvimento Social - passaram a fazer parte da estrutura da Casa Civil. A mudança foi uma exigência de Paulinho, que em contrapartida deverá atuar nos movimentos sociais em favor de Temer.

Para a diretoria administrativa da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), o deputado indicou Luiz Claudio Souza Macedo, ex-diretor do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RN). Ele foi alvo de ação civil pública apresentada pelo Ministério Público Federal em 2015 por ato de improbidade. De acordo com o MPF, ele é apontado como responsável por um dano de R$ 425.771,58 aos cofres públicos, em decorrência da instalação de poços em cidades que não enfrentavam situação de emergência. Ele não foi localizado ontem para responder à acusação.

Paulinho também indicou para secretário adjunto da Secretaria de Agricultura Familiar o nome de Jeferson Coriteac, atualmente chefe de Gabinete da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo. Ele é responsável pelo departamento de Juventude do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.

Para a diretoria de gestão do Incra, o deputado emplacou a nomeação de Marcelo Pellacani Gambini, que já foi presidente do conselho fiscal do PDT, no diretório estadual de São Paulo.

Paulinho também conseguiu nomear ontem o novo presidente do Incra, Leandro Góes Silva, e o diretor de Desenvolvimento de Projetos do Instituto, Ewerton Giovanni dos Santos. O quarto nome confirmado foi o de José Ricardo Ramos Roseno, que irá exercer o cargo de secretário especial de Agricultura Familiar.

Frente

O deputado deverá levar o líder sem-terra José Rainha para um encontro hoje com Temer. Rainha e outros dirigentes da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL) terão uma audiência com o presidente em exercício, no Palácio do Planalto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou nesta terça-feira, 24, um recurso no Supremo Tribunal Federal para que as ações contra a sua nomeação para a Casa Civil não sejam extintas e sejam levadas a julgamento no plenário da Corte. Os advogados pedem que o tribunal reconheça que o petista teve status de ministro por cerca de dois meses, entre 16 de março, quando foi nomeado, e 12 de maio, quando a presidente Dilma Rousseff foi afastada pelo Senado, e considere as "consequências jurídicas decorrentes dessa situação".

A defesa argumenta que o ex-presidente "preenchia, como ainda preenche, todos os requisitos previstos no artigo 87 da Constituição Federal para o exercício do cargo de ministro de Estado, além de estar em pleno exercício de seus direitos políticos". Para os advogados do petista, não havia impedimentos para Lula assumir a Casa Civil, já que ele não era réu nem foi condenado em ação penal.

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Caso o Supremo acolha o pedido, isso pode abrir uma brecha para que os advogados do ex-presidente questionem atos do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, como a divulgação das conversas entre ele e a presidente afastada Dilma Rousseff. Há uma intensa discussão no meio jurídico sobre a legalidade desses áudios.

No último dia 12, o ministro do STF Gilmar Mendes determinou o arquivamento dos

mandados de segurança impetrados pelo PSDB e PPS após a exoneração de Lula ser publicada no Diário Oficial da União, quando Dilma se afastou do cargo. À reportagem, ele afirmou que vai analisar o recurso impetrado pela defesa do petista. Não há nada que impeça o ministro de tomar decisão monocrática sobre o caso.

Em manifestação sobre o assunto nesta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou entender que houve "prejuízo" das ações que analisavam o caso de Lula após a sua exoneração. A indicação foi feita em uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) que trata do assunto e está sob a relatoria do ministro Teori Zavascki.

Conversa

Lula foi nomeado ministro em 16 de março. No mesmo dia, Moro autorizou a publicidade das gravações. Uma delas mostrava uma conversa entre Lula e Dilma, na qual a então presidente afirmava que estava enviando o termo de posse ao petista para que ele usasse em "caso de necessidade".

As gravações foram citadas por Gilmar Mendes em sua decisão para suspender a nomeação do ex-presidente, m 18 de março. Para ele, o ato foi uma tentativa de obstruir a Justiça, já que Dilma teria indicado Lula para o governo com o objetivo de que as investigações contra ele fossem examinadas pelo Supremo e não mais por Moro.

Na época, Lula havia acabado de ser alvo de uma fase da Operação Lava Jato, quando foi levado a prestar depoimento. Havia também o temor de que Moro decretasse a prisão preventiva do ex-presidente.

No fim de março, em ofício ao STF, Moro pediu "escusas" à Corte e disse que a divulgação dos áudios não teve intuito "político-partidário". A manifestação foi encaminhada a Teori, que solicitou esclarecimentos do juiz ao determinar a remessa de todo o material das conversas de Lula ao Supremo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para que as ações contra a sua nomeação para a Casa Civil não sejam extintas e sejam levadas a julgamento no plenário da Corte. Na peça, os advogados pedem que o Tribunal reconheça que Lula teve o status de ministro de Estado no período entre 16 de março e 12 de maio e também as "consequências jurídicas decorrentes dessa situação".

A defesa do ex-presidente argumenta que ele "preenchia, como ainda preenche, todos os requisitos previstos no artigo 87 da Constituição Federal para o exercício do cargo de Ministro de Estado, além de estar em pleno exercício de seus direitos políticos".

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Relator dos mandados de segurança impetrados pelo PSDB e pelo PPS, o ministro Gilmar Mendes determinou o arquivamento das ações após a exoneração de Lula ser publicada no Diário Oficial da União no último dia 12, quando a presidente Dilma Rousseff deixou o cargo.

Caso o Supremo reconheça que Lula já era ministro desde o dia 16 de março, isso pode abrir uma brecha para que a defesa do ex-presidente questione atos do juiz Sérgio Moro, inclusive a divulgação das conversas entre ele e Dilma. Há uma discussão no meio jurídico sobre a validade dos áudios.

As gravações, em que Dilma indica que está enviando o termo de posse a Lula para que ele use em "caso de necessidade", foram citadas por Gilmar Mendes em sua decisão para suspender a nomeação do ex-presidente do cargo. Para o ministro, havia indícios de que a petista apontou o ex-presidente para o governo com o objetivo de que as investigações contra ele fossem examinadas pelo Supremo e não mais pelo juiz da 13ª Vara de Curitiba.

Em manifestação sobre o assunto esta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também afirmou entender que houve "prejuízo" das ações que analisavam o caso de Lula após a sua exoneração. A indicação está sob a relatoria do ministro Teori Zavascki.

O presidente em exercício, Michel Temer, nomeou o jornalista Laerte de Lima Rimoli para o cargo de diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), conforme decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (20). Condenado pelo TCU a ressarcir os cofres públicos por emitir notas frias para a empresa de Marcos Valério - pivô dos mensalões do PT e PSDB - Rimoli não chegou a recorrer da decisão, mas suas contas foram aprovadas, com ressalvas, depois que os outros dois envolvidos entraram com uma ação.

Laerte Rimoli - crítico ferrenho do PT - assume o comando da EBC em substituição a Ricardo Melo, que havia sido nomeado por Dilma Rousseff poucos dias antes de seu afastamento, mas foi logo exonerado por Temer, na última terça-feira, 17. O Diário Oficial ainda traz a nomeação da jornalista Christiane Samarco para o cargo de diretora-geral da estatal.

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O jornalista ocupou o cargo no ministério durante o governo FHC, entre julho e dezembro de 2002, e foi condenado a pagar 74,6 mil reais. Segundo o TCU, o então assessor teria emitido sete notas fiscais frias em favor da SMP&B, empresa de Valério, no valor total de 30,6 mil reais por anúncios jamais justificados. Outros 44 mil reais foram pagos à agência pelo “manuseio e expedição de 50 mil correspondências” jamais postadas, de acordo com a auditoria.

Em um acórdão publicado em 2014, dois anos após sua condenação, o TCU reverteu a decisão depois de recurso de Walter Batista Alvarenga e Amir Galdino de Oliveira. No recurso, o advogado de ambos - que pediu que a decisão favorecesse também a Rimoli - alega que os acusados, apesar de serem responsáveis por autorizar o serviço, não seriam responsáveis pela fiscalização da execução dos mesmos.

Afastamento polêmico - A exoneração de Ricardo Melo por Temer mostra como a EBC virou foco de disputa política entre os governos peemedebista e petista. Ao ser afastado da empresa, Melo, que tomou posse em 10 de maio, entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com mandado de segurança pedindo suspensão de sua demissão e reversão do ato do presidente em exercício. Melo considera sua exoneração "ilegal" e alega que tem um mandato de quatro anos para cumprir.

Na quinta-feira, 19, um grupo de parlamentares do PT, PCdoB, PSOL, PDT e Rede também questionou a exoneração de Melo à Procuradoria-Geral da República (PGR). Eles entregaram ao procurador-geral Rodrigo Janot uma representação criminal contra o presidente em exercício e contra o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O argumento principal é que Melo não poderia ter sido exonerado do cargo porque a lei que criou a EBC, de 2008, estabeleceu que o mandato do diretor-presidente seria de quatro anos, não coincidente com os mandatos do presidente da República. Assim, Melo deveria permanecer no comando da empresa até maio de 2020. Eles também afirmam que somente o conselho curador da estatal poderia decidir afastar o presidente.

O presidente em exercício, no entanto, quer mudar essas regras. A equipe de Temer está preparando uma Medida Provisória alterando normas de nomeação do titular da estatal, acabando com o mandato de quatro anos para seu titular, e reduzindo o poder do conselho curador da empresa, que é composto por 22 membros, designados pelo presidente da República, sendo 15 deles da sociedade civil.

A ideia de Temer é publicar a MP "o mais rápido possível" para promover "de imediato" as mudanças pretendidas na estatal, que já começaram com a nomeação de Laerte Rimoli. A edição dessa MP certamente será também alvo de judicialização.

Com informações da AE

Para compensar o desgaste de não ter nomeado nenhuma mulher no seu ministério, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) anunciou nesta segunda-feira (17) uma leva de nomeações femininas em cargos chave no segundo escalão.

A ofensiva do governo elevou a pressão para que o ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho (DEM-PE), nomeie uma mulher afinada com a classe artística para ocupar a secretaria nacional de Cultura.

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A ideia do titular do MEC é promover uma série de encontros com o setor antes de bater o martelo, mas aliados do ministro reconhecem que não está sendo fácil achar um nome.

O PPS, que esperava indicar o ator Stepan Nercessian, já jogou a toalha. "O PPS não deve indicar o nome. A secretária deve ser uma mulher", diz o deputado Roberto Freire (SP), presidente da sigla.

Diante da indecisão, um nome circulou entre funcionários do extinto Ministério da Cultura: a atriz Zezé Mota. Mas ela desmentiu. "Estou sabendo pelas mensagens que me mandaram, mas não fui sondada", afirmou.

Questionada se, em caso de um convite formal, aceitaria ocupar o cargo, disse que "não sofreria por antecipação". Zezé já foi Conselheira de Direitos Humanos no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e atuou na Superintendência de Igualdade Racial do Rio na gestão de Lula (PT).

A antropóloga cearense Cláudia Leitão, ex-secretaria de economia criativa do MinC disse ter sido sondada, mas negou. Segundo ela, o problema é o fato do MinC ter se tornado um "apêndice" do MEC.

Cláudia fez parte da gestão Ana de Holanda, onde chefiou a Secretaria de Economia Criativa, e saiu após a posse de Marta Suplicy. "Eu não poderia aceitar um pedido desses, estão procurando uma mulher como se quisessem dar um prêmio de consolação. Minha militância é pela volta do MinC. Não posso aceitar ser secretária de um extinto MinC".

Outros nomes ventilados na tarde desta segunda (16) que teriam negado convites para o MinC são a ex-secretária de Cultura do Rio, Adriana Rattes, e a apresentadora Marília Gabriela.

Em outra frente, Mendonça nomeou secretária executiva do Ministério da Educação a socióloga Maria Helena Guimarães de Castro, que, ao contrário do titular da pasta, tem uma carreira reconhecida na Educação.

O titular do MEC também escolheu a educadora Maria Inês Fini para ser presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), órgão responsável pelo ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). No Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, seguiu a orientação do chefe e nomeou Natalia Marcassa de Souza para o cargo de subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil, um dos cinco cargos principais da pasta. / COLABOROU JULIO MARIA

O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 22, traz a nomeação dos novos titulares dos ministérios de Minas e Energia, Portos, Cidades e Turismo. Com a saída do peemedebista Eduardo Braga do comando de Minas e Energia, a presidente Dilma Rousseff resolveu nomear Marco Antônio Martins Almeida para o posto. Almeida exercia o cargo secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis da pasta.

Outro nome confirmado no Diário Oficial foi o do secretário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Maurício Muniz Barreto de Carvalho, para a Secretaria Especial de Portos. Muniz assume a pasta em substituição a Helder Barbalho, também peemedebista, que deixou o cargo esta semana. A indicação de Maurício Muniz para os Portos já havia sido anunciada pelo Palácio do Planalto na quarta-feira, quando Barbalho confirmou que sairia do cargo.

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Para o lugar do ex-ministro das Cidades Gilberto Kassab, que, assim como Braga e Barbalho, deixou o governo em meio ao processo de impeachment da presidente, foi efetivada Inês da Silva Magalhães. Inês já havia sido nomeada como ministra interina, acumulando também as atribuições de secretária nacional de Habitação. Nesta sexta, ela foi exonerada da secretaria e nomeada titular oficial da pasta das Cidades.

O Ministério do Turismo, o primeiro a ser entregue pelo PMDB, ainda no fim de março, quando o partido rompeu com o governo, também teve nesta sexta o seu titular definido. A pasta será liderada por Alessandro Golombiewski Teixeira, em substituição a Henrique Eduardo Alves (RN).

Teixeira era o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), cargo do qual foi exonerado. Ele também foi um dos coordenadores do programa de governo de Dilma à reeleição, em 2014.

Além dessas mudanças, a presidente Dilma tornou sem efeito a troca do diretor Administrativo da Itaipu Binacional, feita às vésperas da votação do impeachment na Câmara dos Deputados. Com isso, Edésio Franco Passos continua no cargo, e Marcos Antonio Baumgärtner, que seria o novo titular até 16 de maio de 2017, teve sua nomeação anulada.

As exonerações de Helder Barbalho (Portos) e de Eduardo Braga (MME) também estão publicadas no Diário Oficial desta sexta.

A segunda instância da Justiça Federal derrubou nesta quarta-feira (13) decisão que suspendeu a nomeação do ministro da Justiça, Eugênio Aragão. A suspensão, em caráter liminar, foi proferida pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador Cândido Ribeiro, e atendeu a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).

Na decisão, o magistrado entendeu que o ministro deve continuar no cargo até decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF).

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“A decisão questionada, tomada em juízo de cognição sumária, em momento de sensível clamor social, tem o condão de acarretar grave lesão aos bens tutelados pela medida excepcional de contratutela, visto que agrava, ainda mais, a crise de governabilidade e de credibilidade, com inegável impacto no panorama político e econômico do país”, decidiu Ribeiro.

Ontem (12), a juíza federal Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal no Distrito Federal, atendeu a pedido de um advogado que entrou com ação popular para barrar a nomeação de Aragão, que é subprocurador da República licenciado.

Na ação popular, o autor alegou que o ministro não tem direito adquirido para acumulação de cargos, por ter entrado no Ministério Público Federal (MPF) antes da promulgação da Constituição de 1988.

Para a juíza, a vedação também se aplica aos membros do MP que tomaram posse antes da atual Constituição, caso de Aragão. O entendimento da magistrada não ainda foi julgado pelo STF.

Recentemente, a Corte de manifestou no caso ex-ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, também membro do Ministério Público. O STF decidiu que Lima e Silva não poderia continuar no cargo por ter ingressado no MP da Bahia após a Constituição de 1988 e não ter deixado o cargo vitalício. Após a decisão, a presidenta Dilma Rousseff decidiu nomear Aragão para a pasta.

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta segunda-feira, 04, em decisão liminar duas ações ajuizadas pelo PSDB e PSB que questionam a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como chefe da Casa Civil. O ministro entendeu que a ação proposta não é a via jurídica adequada para o questionamento. Com isso, o ministro Gilmar Mendes, responsável pela decisão que suspendeu a posse de Lula, é o principal relator das ações sobre o tema no tribunal.

Gilmar reúne sete mandados de segurança contra a indicação do petista. Não há perspectiva de que o plenário do STF discuta ainda nesta semana a liminar do ministro que mantém Lula impedido de assumir oficialmente o posto no Executivo.

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As ações que foram rejeitadas nesta segunda-feira pelo ministro Teori Zavascki são arguições de descumprimento de preceito fundamental (ADPF). Na visão do ministro, esse não é o instrumento adequado para debater o tema. Ele apontou ainda em sua decisão que o caso já foi questionado na Corte por outras vias.

"A ADPF, pela natureza de sua configuração, não seria adequada à solução do caso concreto, que reclama sentença tipicamente subjetiva, e não objetiva, como é próprio das arguições. A apuração de suposto prejuízo para a persecução e para a jurisdição criminal revela a indispensabilidade de produção de prova, num nível muito mais exauriente do que aquela admitida na legislação de regência da ADPF", argumenta o ministro.

PSB e PSDB alegam nas ações que a nomeação de Lula para o ministério foi uma manobra para retirar das mãos do juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em Curitiba, as investigações contra o ex-presidente. Os partidos pediam para que a posse fosse anulada e que os processos contra Lula na Lava Jato continuassem com Moro.

Ao negar a liminar nas duas ações, Teori também recusa os pedidos formulados pela Presidência da República e da Advocacia-Geral da União (AGU) para que todas as demais ações, além das duas ADPFs, fossem suspensas.

O governo avalia questionar a imparcialidade do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na estratégia para derrubar decisão dele que impede o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de assumir o cargo de ministro da Casa Civil.

Uma das ideias é arguir a suspeição do magistrado por suposta ligação com a advogada Marilda de Paula Silveira, que assina o mandado de segurança apresentado pelo PPS. Subscrito por Marilda, o pedido do partido, juntamente com uma ação do PSDB, culminou com a liminar de Mendes que suspendeu a posse de Lula.

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Na argumentação que está sendo preparada pelo governo, a ideia é demonstrar que, pelo novo Código de Processo Civil (CPC), Gilmar teria que se afastar do caso por ter relação de "amizade" com a advogada. Gilmar foi integrante da banca de doutorado da advogada, que trabalha como professora no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do qual Mendes é sócio-fundador.

Até fevereiro deste ano, ela coordenava os trabalhos da escola de direito. A magistrada rebate as acusações. Sustenta que não tem "amizade íntima alguma com o ministro" e que apenas trabalha na instituição de ensino a ele ligada. "A distribuição dos processos (nossos ou não) é livre", disse. Procurado, Gilmar Mendes disse que "não tinha nada para falar". "Não sou amigo, ela trabalha no IDP, só isso", limitou-se a dizer.

Fontes do governo alegam que o questionamento da imparcialidade do ministro no caso da advogada do PPS reforça a tese de que ele não pode julgar as ações que tratam da posse de Lula. Os mandados de segurança que culminaram com a liminar argumentam que Lula havia tomado posse para ganhar foro privilegiado e ser julgado pelo Supremo, escapando do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na 1ª instância.

Antes mesmo de proferir a decisão, Gilmar Mendes já havia declarado que não havia dúvidas de que a nomeação do ex-presidente para um cargo no Executivo tinha esse objetivo. A Advocacia-Geral da União (AGU) estuda não só a questão da advogada, mas também outras estratégias para incluir no recurso.

Um membro da equipe disse que o governo "trabalha com a convicção de que a liminar foi totalmente atípica". No sábado, o ministro da AGU, José Eduardo Cardozo, destacou que "respeitosamente" discordava da decisão de Gilmar e que a medida contrariava a jurisprudência "do próprio STF, que não admite uma impugnação dessa natureza feita por mandado de segurança, tendo como impetrante um partido político".

Além de negar amizade com o ministro, a advogada do PPS, que dá aula de Direito Administrativo e Direito Eleitoral no IDP, diz que não tem vínculo de emprego com a instituição. "Com todo o respeito às pessoas que levantaram essa questão, esse é um subterfúgio inapropriado para não enfrentar as razões de mérito que são, sem dúvidas, o aspecto mais importante neste momento", criticou.

Até agora, 12 diferentes ações tramitam no Supremo questionando a posse de Lula. Na semana passada a AGU pediu que o tribunal suspenda as ações que tramitam na primeira instância até que a Corte dê a palavra final sobre o caso. Caberá ao ministro Teori Zavascki tomar essa decisão, já que ele é o relator de duas ações chamadas de Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF).

O mérito, isto é, se Lula fica ou não no ministério, teria que ser discutido em plenário, por se tratar de uma ação com consequências mais amplas, não restritas ao caso do ex-presidente. Não haverá, no entanto, sessões no Supremo na próxima semana, por conta do feriado da Semana Santa.

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