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Nem mesmo a presença de uma missão das nações Unidas é capaz de interromper a onda de violência na Síria. O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que cinco pessoas morreram hoje (17) em ataques das forças do governo e dezenas ficaram feridas.

Videos postados hoje na internet mostram o que seriam novos bombardeios contra a cidade de Homs, um dos principais centros da rebelião popular contra o ditador Bashar Al-Assad.

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A autenticidade da gravação não pode ser comprovada. Ativistas denunciam que a cidade permanece sob ataques contínuos, com apenas uma primeira pausa na quinta-feira passada, no primeiro dia do cessar-fogo estabelecido pelo Plano de Paz, do enviado da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

Assad, que concordou com o plano, aparentemente, ignorou uma das principais exigências: a retirada das tropas, dos tanques e das armas pesadas nos centros urbanos.

Ao mesmo tempo, os observadores das Nações Unidas se preparam para verificar se a missão está mesmo sendo cumprida.

Os seis primeiros monitores chegaram no domingo. Por enquanto, eles só discutem as regras da missão, como a liberdade de movimento que terão no país. O grupo será reforçado nos próximos dias com a chegada de mais 24 observadores.

Nesta terça-feira, a atriz de Hollywood, Angelina Jolie, foi anunciada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) como a nova enviada especial da agência.

Jolie, que é embaixadora da Boa Vontade do Acnur há 10 anos, já realizou várias missões no terreno onde o Acnur mantém operações.

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Segundo o Alto Comissariado, a atriz americana terá agora funções mais diplomáticas representando, diretamente, o alto comissário da ONU para os refugiados António Guterres.

O trabalho é voluntário e não será remunerado. No ano passado, a atriz visitou Malta e conversou com mulheres refugiadas.

Nos últimos meses, ela já havia realizado reuniões com governos de vários países para defender mais engajamento na resolução da crise humanitária do Chifre da África, como é conhecido o extremo leste do continente. Entre os países visitados pela embaixadora da Boa Vontade estão Afeganistão e Somália.

Mesmo com a equipe da ONU (Organização das Nações Unidas) no país, grupos de direitos humanos denunciaram mais um confronto em Homs, na Síria, nesta segunda-feira. Os observadores desembarcaram em Damasco, depois do cessar-fogo iniciado na semana passada. Mais 25 representantes das Nações Unidas irão chegar nos próximos dias.

Até o fim da semana, o Conselho de Segurança (CS) da ONU vota uma resolução para autorizar uma ida de 250 pessoas ao país, entre elas, ativistas de Direitos Humanos. O CS aprovou no sábado, por unanimidade, a primeira resolução sobre a Síria desde o começo dos combates há 13 meses.

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A proposta do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, é de que a primeira missão prepare as bases para a chegada de um grupo maior. Mas a oposição anuncia que o cessar-fogo decretado na quinta-feira passada não está sendo cumprido a risca, com mais de 50 mortes nos últimos quatro dias.

O Plano de Paz prevê, além do fim de violência, a libertação dos presos, retirada das tropas das ruas, garantia de ajuda humanitária e o diálogo entre as partes. De acordo com a ONU, mais de 10 mil pessoas morreram desde março de 2011.

Militantes do Taleban realizaram uma série de ataques coordenados em Cabul neste domingo, com foco em pelo menos três regiões da capital onde se encontram os prédios do governo do Afeganistão, as embaixadas de países ocidentais e as bases da Organização das Nações Unidas (ONU). Não existem informações de mortes durante o ataque, embora autoridades informaram que pelo menos cinco pessoas ficaram feridas. As forças da ONU informaram, em um comunicado, que pelo menos sete locais estavam sob ataque na capital.

O porta-voz do Taleban, Zabiullah Mujahid, assumiu a responsabilidade pelos ataques em uma mensagem de texto enviada para a Associated Press. Ele disse que um grupo de militantes realizaram ataques aos quartéis-generais da ONU, prédios do parlamento e embaixadas, com homens-bomba. Mais de dez explosões atingiram a capital afegã e um forte ataque de mísseis durou mais de uma hora depois do ataque inicial.

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Outras três cidades orientais sofreram ataques na mesa hora, neste domingo, mas ainda há poucos detalhes sobre eles. As informações são da Associated Press.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, em votação unânime, uma resolução para o envio à Síria de uma equipe de monitoramento internacional do cessar-fogo, negociado por Kofi Annan, emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria.

A resolução 2042 aprovou o envio dos primeiros 30 monitores militares desarmados, que devem viajar à Síria dentro de alguns dias. A nova resolução com um mandato completo será necessária para uma missão de vigilância de mais de 200 observadores. As informações são da Dow Jones.

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A Rússia disse neste sábado que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) "concordou praticamente" com uma resolução para enviar uma missão de observação à Síria e pediu que o governo sírio e a oposição no país obedecessem rigorosamente um plano de paz de Kofi Annan, emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria.

"A resolução sobre o envio à Síria de uma missão de monitoramento da ONU já está praticamente aprovada para ser adotada no Conselho de Segurança da organização", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, pedindo que todos os lados obedeçam "estritamente" o plano de cessar-fogo de Annan. As informações são da Dow Jones.

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O Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas vota hoje um projeto de resolução que autoriza o envio de observadores a Síria. Eles terão a missão de verficar se os combates foram mesmo interrompidos e se o governo está retirando as tropas dos centros urbanos, como previsto no Plano de Paz, do emissário da Liga Árabe e da ONU, Kofi Annan.

Mais, um dia depois de entrar em vigor o cessar fogo, ele já foi violado. Há relatos de que tropas do exército sírio e forças rebeldes se enfrentaram pela primeira vez desde o início da trégua na quinta-feira (12). Três pessoas morreram.

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O Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres, afirmou que os combates foram perto da froteira com a Turquia. A ONG disse também que a luta já terminou e que não há informações sobre as vítimas. O cessar fogo parece estar em virgor no resto dos país.

O governo até agora tem ignorado um dos pontos centrais do projeto de Annan: a retirada das forças do governo das cidades. Em Genebra, na Suíça, o porta-voz de Kofi Annan disse que o caminho para a reconciliação na Síria é longo.

Falando sobre o projeto de resolução a ser votado hoje na ONU, Ahmad Fawzi, porta-voz do representante especial da ONU no Iraque, disse que a síria aceita a missão dos observadores internacionais para garantir o cumprimento do Plano de Paz. Segundo ele, o descolamento dos monitores será feito em duas fases: O primeiro grupo, formado por 12 pessoas, já estão prontos para viajar. O segundo, de acordo com o porta-voz, tem 250 integrantes da África, Ásia e América do Sul.

O Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas fizeram, nesta terça-feira, um pedido para os rebeldes militares que tomaram o controle do Mali de que seja implementado o quanto antes o acordo assinado na semana passada com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS).

Em comunicado, o CS reafirmou a necessidade de “defender a soberania, unidade e integridade territorial do Mali”. Também foi feito um apelo para a libertação imediata dos sete diplomatas argelinos que foram sequestrados na cidade de Gao, no norte do país.

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No mês passado, soldados rebeldes do Mali tomaram o controle do país e anunciaram a dissolução do governo liderado pelo presidente Amadou Toumani Toure. Forças governamentais e rebeldes tuareg do Movimento Nacional para a Libertação da Azawad (MNLA) também estão se enfrentando em novos combates no norte do país. Estes conflitos já deixaram mais de 200 mil pessoas deslocadas desde janeiro.

Durante o encontro preparatório para o Rio + 20, ocorrido na cidade de Nova York, nos Estado Unidos, ficou estabelecido que os participantes da Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável que acontecerá na cidade carioca, entre os dias 20 e 22 de junho, deverão debater o conceito de Economia Azul.

Pontos como a queda dos arrecifes de corais, o aumento do nível dos oceanos, a erosão costeira, a poluição marinha, a pesca excessiva, as ações prejudiciais aos ecossitemas e as comunidades de países-ilha serão discutidos no evento acerca do assunto.

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A Rio + 20 marcará os 20 anos da realização da ECO-92, encontro da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizada também na cidade do Rio de Janeiro, cujo principal objetivo foi buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.

A Síria pediu garantias escritas de que seus oponentes irão baixar realmente suas armas, antes do governo retirar suas tropas das cidades, atrapalhando a proposta de trégua da Organização das Nações Unidas (ONU) que devia ter começado há dois dias.

Em um documento divulgado neste domingo, o porta voz do Ministério das Relações Exteriores, Jihad Makdessi, disse que as informações de que Damasco iria tirar suas tropas até terça-feira estavam erradas. Ele afirmou que o enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, não deu, até o momento, ao governo sírio "garantias escritas de que os grupos armados terroristas irão acabar com todas as formas de violência e baixar armas". Sem essas garantias, o governo sírio não deve retirar as tropas das áreas urbanas.

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Annan disse, na semana passada, que o presidente sírio, Bashar Assad, havia aceitado um acordo que previa a retirada das tropas do governo de centros urbanos até terça-feira, o que seria seguido por um cessar-fogo conjunto dos dois lados. A trégua abriria caminho para negociações entre o governo e a oposição para por fim à crise que já dura um ano que, segundo a ONU, já matou mais de 9 mil pessoas. As informações são da Associated Press.

A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil, de inocentar o acusado de estuprar três meninas de 12 anos de idade fez com que o Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas (ACNUDH) para os Direitos Humanos deplorasse a decisão.

“É impensável que a vida sexual de uma criança possa ser usada para revogar seus direitos”, disse o representante regional do ACNUDH, Americo Incalcaterra, acrescentando que a decisão do STJ abre um precedente perigoso e discrimina as vítimas com base em sua idade e gênero.

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A decisão do STJ vai de encontro com vários tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil, incluindo a Convenção sobre os Direitos das Crianças (CDC), o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (PIDCP) e a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW).

Países dilacerados por conflitos armados, pessoas multiladas, resíduos de explosivos de guerra que até hoje impedem o regresso de pessoas às suas casas. Essa é a situação da Líbia, Angola, Líbano e muitos outros países que convivem com a realidade de possuir minas terrestres ainda não detonadas. Um quadro preocupante que recebeu, nesta quarta-feira, Dia Internacional de Conscientização e Ação contra Minas Antipessoais, uma atenção especial do Cômite Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em nota, a ONU destacou que só em Angola foram multilados ou mortos mais 80 mil civis, desde a guerra que teve início após a independência de Portugal, em 1975. Na ocasião, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reafirmou o apelo por um mundo mais seguro e livre das minas terrestres.

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Já o diretor da Cruz Vermelha Internacional, Yves Daccord, pronunciou a extrema necessidade de agir enquanto existirem pessoas que morram pelas minas, munições cluster e resíduos de guerra. “Devem haver mais esforços para remover esses artefatos e outros ainda não detonados ou abandonados”.

Os estragos ocasionados pela detonação de uma mina ou munição dessas são incalculáveis. Uma situação que poderia simplesmente não existir se os Estados aplicassem os tratados de Direito Internacional Humanitário (DIH) que abrangem o Tratado sobre a Proibição das Minas Antipessoal, a Convenção sobre Munições Cluster e o Protocolo sobre Resíduos Explosivos de Guerra.

Este ano comemora-se os 15 anos do Tratado sobre a Proibição das Minas Antipessoal. Ao todo, são 159 os Estados Parte desta convenção, incluindo pelo menos 35 que ainda têm obrigações para remover as minas. O Protocolo sobre Resíduos Explosivos de Guerra, de 2003, atraiu 76 Estados Parte.

O enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, vai discursar na Assembleia-Geral das Nações Unidas na quinta-feira sobre a repressão do presidente Bashar Assad contra os rebeldes na Síria após um compromisso de trégua, informa a agência France Presse (AFP).

Após um telefonema para Annan, o presidente da Assembleia-Geral, Nassir Abdulaziz al-Nasser, convocou uma reunião informal nesta quinta-feira para o enviado da ONU e da Liga Árabe relatar como está a situação na Síria e o "progresso de sua missão", disse uma porta-voz. Ela afirmou que Annan, ex-secretário-geral da ONU, vai participar via videoconferência. As informações são da Dow Jones.

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Na manhã desta terça-feira, a Subsecretária-Geral de Assuntos Humanitários da ONU e chefe da OCHA (Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários), Valerie Amos, participou de uma coletiva de imprensa para esclarecer assuntos humanitários discutidos durante a 5ª Reunião para Fortalecimento de Parcerias Humanitárias (MIAH, da sigla em espanhol), que ocorreu na capital federal com autoridades nacionais.

Na coletiva, que ocorreu no Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC Rio), a subsecretária tratou de dialogar sobre os mecanismos de relação entre a ONU e o Brasil para temas humanitários e pontuou que o País possui um forte papel em discussões do gênero.



Amos disse se mostrar muito interessada em estreitar a parceria com instituições privadas, ONGs e o setor estatal, destacando em um dos pontos o trabalho do Brasil na prevenção de catástrofes ambientais. “Estou particularmente interessada em como o Brasil pode compartilhar sua vasta experiência em trabalhar na preparação de respostas a desastres ambientais e na ajuda alimentícia que tem fornecido a vários países do mundo”.

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Apesar da Agência da OCHA não ter sede no País, a visita da subsecretária-geral ao Brasil é considerada por ela como importante na intenção de buscar um entendimento de como o intercâmbio de experiências pode ser continuado e como pode contribuir para apoiar ações humanitárias. Ela mencionou a ajuda internacional do Brasil para o Haiti e outros países africanos e como o País tem se destacado a nível internacional por esta prática.

Na ocasião, Amos foi questionada sobre o documento oficial do Rio +20 que, em recente reunião em Nova York, teve temas de discussão retirados, entre eles, os que falavam sobre o apoio aos refugiados, povos indígenas e à posse da mulher na terra. De acordo com a chefe da OCHA, esses pontos fazem parte de um desenvolvimento sustentável, sim, mas precisam ser feitos debates bilaterais, uma vez que há diversos graus de interesses em cada um dos muitos temas que envolvem os assuntos. “É preciso decidir o que é prioridade para ser discutido naquele momento”.

Outra questão levantada na coletiva foi sobre a situação humanitária na Síria. Amos frisou que a ajuda humanitária é delicada, principalmente na cidade de Homs, destacando que nem a Cruz Vermelha tem conseguido dar apoio a população necessitada. Ela também explanou a dificuldade encontrada ao visitar o país, mas especificamente em Babahama, onde a cidade estava abandonada e o acesso não era permitido por causa dos conflitos intensos. “O que eu pude perceber era uma cidade evacuada, destruída, com todos os seus mercados fechados”. A subsecretária avaliou que 1 milhão de pessoas precisam de ajuda. “Estamos preocupados com a falta de atendimento médico e de remédios, apoio psicossocial às crianças (devido ao trauma que os conflitos trazem às famílias) e o acesso a alimentos, já que os mercados estão fechados”, declarou.  

Por fim, Amos falou sobre o Conselho de Segurança da Líbia e explicou que a resolução do Conselho é específico ao país e a mais nenhum outro. Várias discussões deste Conselho ainda não tiveram certos pontos definidos, mas ela considera que já é possível visualizar dois pontos importantes: “Há a necessidade de se garantir ajuda humanitária às pessoas e o apoio a Kofi Annan, para que ele dialogue e consiga obter uma resolução positiva para este caso. Esperamos que o Brasil se envolva para apoiar as resoluções positivas nessas questões humanitárias, principalmente por ter um papel fundamental nesse diálogo".

Na coletiva também estive presente o chefe da OCHA para a América Latina e o Caribe, Gerard Gómez. No período da tarde, Valerie Amos se encontra com setores privados, estatais e algumas ONGs. Logo mais segue para Nova York.

Autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram estar muito preocupadas com a instabilidade, a existência de grupos armados e a perspectiva de falta de alimentos no Mali, onde cerca de 200 mil pessoas já deixaram suas casas em busca de refúgio em outras partes da região.

A porta-voz do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Melissa Fleming, disse que mais de 2 mil pessoas fugiram para Burkina Faso e para a Mauritânia somente nos últimos cinco dias por causa da proliferação de grupos armados nas comunidades do norte do país e de outros episódios de violência desde o golpe de 22 de março.

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Ela disse aos jornalistas em Genebra nesta terça-feira que "as mutilações nessas cidades estão aumentando" em meio à crescente insegurança entre fronteiras na África Ocidental.

A porta-voz do programa de alimentos da ONU, Elisabeth Byrs, afirmou que sua agência está "particularmente preocupada" com a perspectiva de grande falta de alimentos no país.

Negociações políticas

Um ex-ministro, que se identifica como negociador-chefe da junta militar do Mali, disse que o principal grupo rebelde que controla o norte do país deseja discutir o futuro do país.

O ex-ministro Mohamed Ag Erlaf disse por telefone nesta terça-feira que o Movimento Nacional pela Libertação de Azawad está aberto a discussões.

Mas o porta-voz do grupo em Paris, Moussa Ag Attaher, afirmou à emissora de televisão France 24 TV, na noite de segunda-feira, que os rebeldes não tiveram contato direto com a junta que derrubou o governo do Mali em 21 de março. Attaher afirmou que o grupo não reconhece o líder do golpe, capitão Amadou Haya Sanogo.

Segundo ele, "nem a comunidade internacional nem a população do Mali o reconhece. Se vamos negociar, precisa ser com alguém que seja reconhecido."

O Conselho de Segurança da ONU vai realizar uma reunião de emergência sobre o Mali, depois que um grupo de soldados derrubou o governo democraticamente eleito do país. A justificativa seria a incompetência do governo em cuidar de uma rebelião de tuaregues no norte do país.

Enquanto o país enfrenta sanções diplomáticas, econômicas e financeiras, islamitas armados começam a impor a lei da Sharia nas cidades onde tomaram o controle, juntamente com combatentes da Al-Qaeda. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Representantes de organizações da sociedade civil criticaram, nesta terça-feira, em entrevista na sede das Nações Unidas, em Nova York, a retirada do tema dos direitos humanos da agenda da Rio+20, a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável que será realizada em junho. Uma carta foi endereçada ao secretário-geral da Rio+20, o chinês Sha Zukang, expressando preocupação com "uma situação que ameaça gravemente os direitos de todas as pessoas e compromete a relevância das Nações Unidas".

"Surpreendentemente, estamos testemunhando uma tentativa de certos países de enfraquecer, limitar ou mesmo eliminar quase todas as referências a compromissos relacionados aos direitos humanos e a princípios de equidade do texto `O Futuro que Queremos', cuja versão final será o resultado da Rio+20", prossegue o texto.

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A antropóloga Iara Pietricovsky, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), está acompanhando as discussões na ONU sobre o esboço das propostas. Para ela, a minuta que sucederá o chamado Rascunho Zero "virou um documento Frankenstein, com quase 200 páginas e cheio de colchetes (símbolo usado para indicar discordância)". Iara afirma que a falta de consenso poderá resultar em um retrocesso na Rio+20.

"Os países ricos não querem se comprometer com nada. Existe uma pressão forte dos EUA. Tudo o que se refere a afirmação de direitos e princípios acordados desde a Rio-92 poderá ser deletado", afirma a antropóloga, que acompanha as conferências da ONU desde 1992. "Estamos horrorizados e em choque com o que está acontecendo", afirmou Sascha Gabizon, da ONG Women in Europe for a Common Future, que participou da entrevista na sede das Nações Unidas com Tim Gore, da ONG Oxfam Internacional; Nathalie Rey, do Greenpeace Internacional; Anabella Rosembeg, da Confederação Internacional da União Sindical; e Anil Naidoo, da ONG Council of Canadians.

Iara disse que o Vaticano está pressionando para que tudo o que tenha a ver com direitos da mulher seja retirado do documento que será discutido na Rio+20. Segundo Anil Naidoo, a carta foi apoiada por mais de 500 organizações de 67 países. "Os direitos humanos precisam ser levados em conta se a Rio+20 quiser produzir um documento final legítimo com impactos positivos que todos nós esperamos", afirmou o representante da ONG `Council of Canadians'. Segundo Iara, está se configurando um "caso clássico em que um não acordo é melhor que um mau acordo".

O texto encaminhado a Zukang lembra que "das cinzas da Segunda Guerra Mundial, a humanidade se reuniu para erguer instituições com o objetivo de construir a paz e prosperidade para todos, evitando mais sofrimento e destruição". "A Declaração Universal dos Direitos Humanos espelha essa vontade coletiva, e a Organização das Nações Unidas foi criada para torná-lo realidade. De forma alarmante, essa instituição está agora sendo usada como plataforma para atacar os mesmos direitos que deve proteger, deixando as pessoas sem defesa e colocando a relevância da ONU em jogo".

Na carta, foram lembradas a ausência de referências ao direito à alimentação e nutrição adequadas, ao direito à água potável e limpa e ao saneamento básico, entre outros pontos: "Muitos Estados-membros estão se opondo a um texto que de fato leve os governos a se comprometerem com aquilo que dizem apoiar e com a promoção dos direitos humanos. Isto inclui compromissos dos Estados relacionados a questões financeiras, tecnológicas e outros meios de implementação de iniciativas relacionadas ao desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento".

Por outro lado, prossegue o texto, "há fortes esforços relacionados ao fortalecimento dos investimentos do setor privado e de iniciativas para preencher a lacuna deixada pelo setor público". "Isso leva ao risco da privatização dos bens comuns - como a água - e ameaça o acesso a tais bens, que são fundamentais à garantia dos direitos de todos os cidadãos".

O Ministério das Relações Exteriores de Israel decidiu, nesta segunda-feira, romper contato com o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), depois que o organismo informou, na semana passada, que investigaria assentamentos israelenses.

"Foi uma decisão do Ministério das Relações Exteriores romper contatos de trabalho com a organização", disse o porta-voz do ministério Yigal Palmor à agência France Presse, lembrando que a decisão ainda precisa ser formalmente informada ao conselho.

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O governo israelense também vai impedir a entrada de um grupo da ONU na Cisjordânia para realizar a investigação sobre os assentamentos. Israel acusa o conselho de apresentar um um acentuado viés anti-Israel. O país afirma que a ONU tem foco desproporcional sobre a política israelense em relação aos palestinos.

Líderes israelenses ficaram alvoroçados por causa da adoção de uma resolução do conselho, na semana passada, condenando a construção de assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental e com a decisão do conselho em enviar uma missão de sondagem para investigar os acontecimentos.

Por meio de comunicado, o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, anunciou que Israel estava cortando relações com o organismo da ONU. "Isso significa que não vamos mais trabalhar com eles. Não vamos permitir que eles realizem qualquer tipo de missão para o Conselho de Direitos Humanos, incluindo essa investigação", afirmou Palmor.

"Os palestinos reúnem mapas e fotografias dos assentamentos para apresentar ao conselho", disse o funcionário palestino Nabil Shaath. Segundo ele, Israel não vai conseguir interromper a investigação ao cortar suas ligações com o organismo. "Iremos a qualquer organização internacional que possa investigar e impor sanções", disse ele.

Grande parte da comunidade internacional vê a construção de assentamentos em terras palestinas ocupadas - que os palestinos querem para a formação de seu futuro Estado - como um grande impedimento para a paz na região e pressiona Israel para que congele novas construções.

O País transferiu cerca de 500 mil israelenses para a Cisjordânia e Jerusalém Oriental desde que capturou os territórios, durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. Israel retirou seus soldados e colonos de Gaza em 2005, embora ainda controle o acesso ao território por mar, terra e ar. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse hoje que dará prioridade ao plano da Coreia do Norte do lançamento de um foguete na reunião de cúpula nuclear de Seul, na próxima semana, expressando "profunda preocupação" sobre o assunto. "Vou discutir o tema com o presidente (da Coreia do Sul), em Seul, e também colaborar com demais líderes presentes na cúpula nuclear", disse Ban, em entrevista coletiva durante visita à Malásia.

Possuidora de armas nucleares, a Coreia do Norte anunciou que vai lançar um foguete, no próximo mês, para colocar um satélite em órbita, um movimento que os EUA e seus aliados veem como um pretexto para o teste de um míssil de longo alcance.

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Uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, aprovada depois de os norte-coreanos terem realizados testes com mísseis nucleares em 2009, proíbe o país de lançar míssil balístico para qualquer finalidade.

Ban chamou o planejado lançamento de "uma clara violação" das resoluções do Conselho de Segurança e disse que isso "ameaça a paz e a segurança na península coreana".

Por conta da ameaça norte-coreana, Coreia do Sul e EUA estão próximos de um acordo que permitirá a extensão do alcance dos mísseis balísticos sul-coreanos de um raio de 300 km para um raio de 400 km, afirmou o presidente Le Myung-bak.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) enviou uma mensagem forte e unida ao governo e à oposição da Síria nesta quarta-feira, para que imediatamente as duas partes implementem as propostas do enviado internacional Kofi Annan para o fim da violência no conflito sírio.

O comunicado não vinculativo, que não tem força de resolução, foi aprovado pelos 15 integrantes do Conselho e lido no plenário, abordando os seus pontos defendidos por Annan: primeiro, um cessar-fogo unilateral do governo sírio; uma trégua diária de duas horas para retirar feridos das áreas de combate; e a abertura do diálogo político com a oposição para "endereçar as preocupações legítimas do povo sírio". A ONU estima que mais de 8 mil pessoas já foram mortas pela violência na Síria, em pouco mais de um ano de revolta contra o presidente Bashar Assad.

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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, elogiou o comunicado conjunto e alertou Assad a conduzir o plano de paz ou enfrentar "uma crescente pressão". Hillary disse que o CS da ONU, longamente dividido sobre a questão síria, tomou um "passo positivo" após adotar um comunicado que pede à Síria que implemente imediatamente o plano de paz proposto por Annan. O plano de Annan foi aprovado pela Rússia e pela China, que antes haviam barrado duas resoluções do CS condenando o regime sírio.

A Rússia e a China disseram que as duas resoluções barradas eram desequilibradas, uma vez que culpavam apenas o governo sírio pela violência e não faziam nenhuma menção aos opositores. Moscou disse que as resoluções promoviam uma mudança de regime na Síria. A China também elogiou o comunicado e pediu ao governo sírio que cesse a violência "imediatamente". "A coisa mais importante é que aqui não existem ultimatos e não existem ameaças", disse o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, sobre o comunicado em Berlim. O embaixador francês na ONU, Gerard Araud, disse que "não é uma questão de ameaças ou um ultimato. Nós estamos expressando nosso apoio à proposta de Kofi Annan".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O Brasil ocupa a 59.ª posição, de 193 países avaliados, no ranking 2012 da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre governo eletrônico. O País subiu duas posições em relação ao levantamento feito há dois anos, segundo o Programa de Administração Pública da ONU (DPADM, na sigla em inglês).

O ranking leva em consideração a capacidade e a vontade do setor público de adotar tecnologia da informação e da comunicação para melhorar o conhecimento e a disseminação da informação em benefício dos cidadãos. A capacidade é demonstrada pelos esforços financeiros, de infraestrutura e capital humano e também pelo poder regulatório e administrativo do Estado. A vontade, por sua vez, é expressa pelo compromisso do governo de prover informação e conhecimento aos cidadãos.

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Os líderes

A Coreia do Sul lidera o ranking, seguida por Holanda, Reino Unido, Dinamarca, Estados Unidos, França, Suécia, Noruega, Finlândia e Cingapura. Em relação aos países sul-americanos, o Brasil fica atrás de Chile (39.º lugar), Colômbia (43.º), Uruguai (50.º) e Argentina (56.º). A pesquisa sobre governo eletrônico, como lembra a entidade em sua página na internet, engloba o contexto econômico e social dos países. Desde 2003 a ONU considera o padrão geral e o grau de desenvolvimento de cada país.

O relatório do órgão da ONU destaca também que, por mais sofisticadas que sejam as iniciativas do chamado "e-gov", elas provavelmente "não contribuirão para o desenvolvimento se alcançarem apenas alguns poucos privilegiados".

Na conclusão geral do estudo de 2012, os pesquisadores da ONU sustentam que o progresso na prestação de serviços online continua na maioria dos países em todo o mundo, e que muitos têm posto em prática iniciativas de governo eletrônico para ampliar a eficiência do setor público e acelerar os sistemas de governança.

"No clima de recessão do mundo atual, embora seja importante continuar com a prestação de serviços, os governos devem cada vez mais começar a repensar os termos de governo eletrônico - e governança eletrônica - colocando maior ênfase no estabelecimento de vínculos institucionais entre as estruturas de governo em uma tentativa de criar sinergia para o desenvolvimento sustentável." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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