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Em visita oficial até quarta-feira (15) na Eslováquia, o papa Francisco fez um apelo, nesta segunda (13) por uma "fraternidade" que atravesse fronteiras na Europa, no momento em que o Velho Continente busca reativar sua economia após a pandemia da Covid-19.

"Fraternidade é do que precisamos para promover uma integração cada vez mais necessária", disse o papa argentino ao falar perante as autoridades políticas e civis da Eslováquia, aonde chegou no domingo após uma escala na Hungria.

"Esta (fraternidade) é urgente agora, num momento em que, depois de meses muito duros de pandemia, se apresenta, junto com muitas dificuldades, uma esperada reativação econômica, favorecida pelos planos de recuperação da União Europeia", afirmou.

No início do ano, a Eslováquia registrou uma das mais altas taxas mundiais, por habitante, de contágio e de mortalidade por covid-19. Desde a propagação do coronavírus, este pequeno território de 5,4 milhões de habitantes acumula mais de 12.000 mortes.

Francisco se referiu à história da Eslováquia como uma "mensagem de paz", destacando o nascimento "sem conflitos" de dois países independentes há 28 anos: a República Tcheca e a Eslováquia.

"Que este país (...) reafirme sua mensagem de integração e de paz, e que a Europa se distinga por uma solidariedade que, atravessando as fronteiras, possa levá-la de volta ao centro da história", pediu.

Em novembro de 2020, o sumo pontífice publicou uma encíclica intitulada "Fratelli tutti" (Todos Irmãos). Nela, clama por um mundo mais solidário com os mais fracos para romper o "dogma neoliberal".

Nesta segunda-feira, Francisco reiterou que, em um mundo totalmente interconectado, "ninguém pode se isolar, seja como indivíduo, ou como nação", o que é, no seu entender, a grande lição da pandemia da covid-19.

A persistência da Covid-19 e uma operação no início de julho não devem impedir o papa de iniciar, no domingo (12), sua 34ª viagem internacional à Eslováquia, após uma breve parada em Budapeste, onde se encontrará com o populista Viktor Orban.

Durante quatro dias, o papa argentino, de 84 anos, terá uma agenda carregada no coração da Europa, dissipando as preocupações geradas por sua operação de cólon no início de julho.

A forma física do papa - que, aos risos, descartou os rumores de uma renúncia - será acompanhada de perto durante esta viagem. Como de costume, seu médico pessoal estará a bordo.

Francisco pousará primeiro em Budapeste, para uma visita de sete horas. Neste intervalo, presidirá a missa de encerramento do Congresso Eucarístico Internacional. Não será uma visita de Estado, mas uma participação em um evento espiritual, que inclui um encontro com o presidente Janos Ader e com o primeiro-ministro Viktor Orban.

Questionado sobre o que gostaria de dizer a Viktor Orban, o papa surpreendeu quando declarou recentemente na rádio espanhola Cope: "Não sei se vou me reunir com ele".

Uma forma diplomática de não falar de um adversário aos seus apelos para acolher cada vez mais migrantes na Europa? "Acho que quis minimizar a importância de seu encontro com Orban", comentou um observador que conhece bem o pontífice. O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, confirmou o encontro.

Jorge Bergoglio e Viktor Orban nunca se encontraram sozinhos, mas se cumprimentaram duas vezes no Vaticano.

A primeira vez foi em 2016, depois de uma audiência com uma organização internacional de juristas católicos. A segunda se deu em março de 2017, quando o papa cumprimentou os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) que vieram comemorar o 60º aniversário do Tratado de Roma.

Antes dessa saudação, qualificada como "muito cordial" por fontes húngaras, o papa havia advertido, em um discurso, que a Europa "corre o risco de morrer", se não recuperar seus ideais originais, especialmente a "solidariedade", "o antídoto mais eficaz aos populismos".

Caminhando no sentido oposto, Viktor Orban defende a rejeição dos migrantes muçulmanos em território europeu para não "destruir a herança cristã".

"Viktor Orban é um húngaro que fala claramente", cujas palavras são, em geral, consideradas negativas, pondera seu embaixador Eduard Habsburg, que prefere destacar temas comuns com o papa. Entre eles, estão "liberdade religiosa, ou cristãos perseguidos".

De origem calvinista, Orban voltou ao poder em 2010 com a ambição de promover os valores cristãos apagados por décadas de comunismo. Há dez anos, o país tinha apenas 39% de católicos, e 11%, de protestantes, com apenas 15% dos crentes que frequentam serviços religiosos.

A viagem do papa acontece sete meses após sua histórica visita ao Iraque, então um país confinado, em meio a uma epidemia. Os fiéis se reuniram em igrejas lotadas e em um grande estádio.

A Eslováquia, que o papa visitará por três dias depois de Budapeste, é um dos países com a população menos vacinada da Europa. Apenas metade dos adultos está 100% imunizada contra a covid-19. Na UE, a média é de mais de 70%.

Até agora, cerca de 80.000 pessoas se inscreveram para ver o papa, incluindo 7.000 não vacinados, disse à AFP o porta-voz da conferência episcopal eslovaca, Martin Kramara.

O embaixador eslovaco junto à Santa Sé, Marek Lisansky, admite que a taxa de vacinação "não é a ideal" neste pequeno Estado de 5,4 milhões de habitantes, embora a visita do papa constitua "um momento único para o país".

"O papa vem neste período de pandemia para nos oferecer sua solidariedade", comentou o diplomata, elogiando seu país, onde convivem 13 reconhecidas minorias nacionais.

"Nestes tempos turbulentos, quando os afegãos procuram refúgio, rezo pelos mais vulneráveis entre eles. Oro para que muitos países os recebam e protejam aqueles que buscam uma nova vida", pediu o Papa Francisco neste domingo, 05, durante sua bênção semanal na Praça de São Pedro.

Milhares de afegãos evacuados pelos Estados Unidos estão esperando nos chamados centros de trânsito em países como Catar, Alemanha e Itália. Centenas de outras pessoas estão tentando sair por meio de travessias de terra com países vizinhos, como o Paquistão.

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"Eu também rezo pelos deslocados internos para que tenham ajuda e proteção necessária. Que os jovens do Afeganistão recebam uma educação, que é um bem essencial para o desenvolvimento humano", disse Francisco. A última vez que os militantes islâmicos estiveram no poder no país, as mulheres não podiam trabalhar e as meninas não podiam ir à escola.

O aeroporto de Cabul retomou os voos domésticos no sábado, 04, paralisado desde a vitória do Taleban em 15 de agosto, e que operava apenas com voos de evacuação até segunda-feira, 30, data em que as últimas tropas americanas deixaram o país.

O Papa também ofereceu suas orações e condolências pelas vítimas do furacão Ida, que matou dezenas de pessoas nos Estados Unidos. "Garanto minhas orações pelo povo norte americano, que foi atingido nos últimos dias por um forte furacão", disse.

Mais de 44 pessoas morreram nos estados do nordeste dos EUA e pelo menos 12 na Louisiana, onde a tempestade atingiu o continente há uma semana. O presidente dos EUA, Joe Biden, visitará Nova Jersey e Nova York, devastadas pela tempestade, na terça-feira, 07, dias depois de viajar para Louisiana.

(Com agências internacionais)

O papa Francisco, que se submeteu a uma cirurgia de cólon há dois meses, garantiu que não "passou por sua cabeça" renunciar, negando assim rumores a este respeito em uma entrevista na qual também anunciou uma viagem à Grécia, Chipre e Malta.

"Nem passou pela minha cabeça", declarou o papa em uma longa entrevista transmitida nesta quarta-feira (1º) pela rádio espanhola Cope.

"Não sei de onde tiraram na semana passada que eu iria apresentar minha demissão!", exclamou.

"Sempre que um papa fica doente, há uma brisa ou um furacão de conclave", acrescentou ele, rindo, ao explicar que mantém distância dos boatos e que só lê um jornal italiano e nunca assiste televisão.

Ao ser questionado sobre como ele estava, o papa respondeu com um sorriso que "ainda está vivo" e prestou uma homenagem especial a um enfermeiro italiano "com muita experiência".

"Ele salvou a minha vida! Me disse: 'Você tem que ser operado'. Havia outras opiniões", como o uso de antibióticos, contou o pontífice argentino, acrescentando que o enfermeiro lhe deu explicações claras sobre a sua saúde.

Francisco lembrou ainda que uma enfermeira já havia salvado sua vida uma vez em 1957 na Argentina ao dobrar a quantidade de antibióticos que seu próprio chefe havia prescrito para tratar uma infecção pulmonar grave.

O papa argentino, de 84 anos, foi submetido a uma cirurgia em 4 de julho para remover uma parte de seu cólon, em uma intervenção que estava programada e realizada sob anestesia geral.

Além disso, Francisco sofre de ciática crônica que o faz mancar e que lhe causa fortes dores, motivo pelo qual teve de renunciar em várias ocasiões a cerimônias oficiais.

- Viagem à Grécia, Chipre e Malta -

Ainda na entrevista, o papa anunciou que visitará em breve Grécia, Chipre e Malta.

"Agora está no programa a Eslováquia. Depois Chipre, Grécia e Malta", afirmou o pontífice, que reiterou a decisão de priorizar "os países menores" da Europa, adotada desde o início de seu papado em 2013.

Ao ser questionado sobre uma possível visita à Espanha em 2022 para o Ano Jubilar de Santiago de Compostela, Francisco não descartou a possibilidade, mas tomou a precaução de explicar que isto não garante uma visita de Estado.

O papa viajou, por exemplo, a Estrasburgo para pronunciar um discurso no Parlamento Europeu, sem fazer uma visita oficial à França.

"Fui a Estrasburgo, mas não fui à França. A Estrasburgo eu fui pela UE. E, se vou a Santiago, vou a Santiago, mas não para a Espanha, que fique claro", declarou à rádio do episcopado espanhol.

Francisco, simpatizante das "periferias" e das comunidades católicas pequenas mas fervorosas, recordou que sua primeira viagem na Europa foi para a Albânia.

"Primeiro a Albânia e depois todos os países pequenos. Eu quis fazer esta opção: primeiro para os países menores", comentou.

O papa já havia anunciado a viagem à Eslováquia, que visitará de 12 a 15 de setembro, após uma escala de algumas horas em Budapeste, durante a qual presidirá a missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional.

A breve escala na Hungria não é uma visita de Estado, mas está prevista uma reunião com o presidente Janos Ader e com o primeiro-ministro Viktor Orban.

O papa Francisco recebeu nesta quinta-feira (26) uma delegação do Movimento Laudato Sì, incluindo dois indígenas brasileiros, na Sala Paulo VI, no Vaticano.

Entre os sete integrantes que foram à audiência, estavam duas lideranças indígenas do Pará, o cacique Dada Borari e Poraborari, informou a agência católica Vatican News.

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O grupo se chamava, até o dia 29 de julho deste ano, de Movimento Católico Mundial pelo Clima, mas optou pela mudança na nomenclatura também para incluir a constante inspiração que a encíclica feita por Francisco em 2015 possui.

Fundado em 2015 por 17 organizações católicas e 12 expoentes de instituições universitárias e da sociedade civil em todos os continentes, o Movimento quer sensibilizar os cristãos sobre os desafios postos pela encíclica sobre o cuidado com a "casa comum", ou seja, o planeta Terra.

Uma das líderes do grupo, Lorna Gold, afirmou à Vatican News, que é preciso "agir rápido e de maneira eficaz" e que a visita ocorreu por conta da próxima COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas que ocorre no mês de novembro.

Da Ansa

O papa Francisco condenou "a hipocrisia" e as "meias-verdades" que dividem a Igreja e pediu a religiosos e católicos que se encham de "coragem" e tirem a "máscara" da falsidade.

Em sua audiência geral de quarta-feira (25) na sala Paulo VI do Vaticano, o sumo pontífice advertiu que a hipocrisia "põe a unidade da Igreja em perigo".

Francisco pediu que "não se tenha medo da verdade e nem se escondam atrás de uma máscara", porque isso "não nos permite sermos nós mesmos".

"A hipocrisia é particularmente detestável na Igreja e, infelizmente, existe. Há tantos cristãos e ministros hipócritas", admitiu.

A hipocrisia é "o medo de dizer a verdade abertamente, é fingir, ou aparentar algo para ficar bem aos olhos dos demais", acrescentou, em sua saudação em espanhol.

"As meias-verdades são uma ficção", frisou.

As palavras do papa coincidem com uma tentativa, por parte de setores ultraconservadores, de gerar polêmica sobre uma possível renúncia do papa Francisco, após sua operação no cólon em julho passado.

Em matéria publicada na segunda-feira (23) no jornal de extrema direita Libero Quotidiano, sem qualquer fonte e assinada por Antonio Socci, um dos maiores críticos de Francisco, afirma-se que o pontífice estaria pronto para renunciar, devido a seus problemas de saúde.

Desde que foi eleito para o trono de Pedro em março de 2013, Francisco teve de enfrentar uma dura dissidência interna que resiste a toda e qualquer mudança. Nos últimos anos, o papa argentino aguenta ondas de críticas, feitas até por setores da Cúria Romana e alimentadas por alguns veículos de comunicação.

Nos últimos meses, devido ao crescente ceticismo sobre a vacina contra o coronavírus, o papa também entrou em confronto com grupos de religiosos conservadores, contrários à imunização. Pediu-lhes que superem suas reservas e ajudem a estimular a vacinação generalizada contra a covid-19.

O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (18) que tomar a vacina contra a Covid-19 é um "ato de amor", ao liderar uma campanha que pretende aumentar a confiança nos fármacos.

"Graças a Deus e ao trabalho de muitos, hoje temos vacinas que nos protegem da Covid-19", afirmou o pontífice em uma mensagem para a iniciativa americana "It's Up to You" (Depende de Você).

"Elas nos dão a esperança de acabar com a pandemia, mas apenas se estiverem disponíveis para todos e se trabalharmos juntos", afirmou Francisco em um vídeo direcionado a comunidades afetadas pelo vírus na América do Norte, Central e Sul.

Cardeais e arcebispos de Brasil, El Salvador, Honduras, México e Peru também participaram no vídeo com mensagens a favor da vacinação.

"E ajudar para garantir que a maioria das pessoas seja vacinada é um ato de amor. Amor por si mesmo, amor pela família e amigos, amor por todas as pessoas", disse o pontífice de 84 anos.

A Covid-19 provocou mais de 4,37 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, na China em dezembro de 2019, de acordo com dados compilados pela AFP.

Apesar das grandes campanhas de vacinação, a desconfiança a respeito dos governos ou laboratórios farmacêuticos e as teorias da conspiração alimentam a transmissão do vírus.

Nos Estados Unidos, país com mais mortes por Covid-19, a maioria das mortes recentes e casos graves de coronavírus aconteceu entre pessoas que não foram vacinadas.

Funcionários dos correios em Milão interceptaram um envelope endereçado ao papa contendo três balas, informou a polícia paramilitar italiana nesta segunda-feira, 9.

O envelope suspeito foi interceptado durante a noite em uma instalação de triagem de correspondência em um subúrbio de Milão, de acordo com o comando provincial dos carabinieri na cidade. A carta veio da França.

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O envelope, escrito à mão, estava endereçado para "O Papa, Cidade do Vaticano, Praça de São Pedro, Roma" e continha três balas, presumivelmente de uma pistola, e uma mensagem referindo-se a operações financeiras no Vaticano.

Uma investigação está em andamento. O Vaticano não comentou o caso até o momento. (FONTE: ASSOCIATED PRESS)

O papa Francisco deixou o Hospital Gemelli, em Roma, nesta quarta-feira (14), após a operação de cólon, à qual foi submetido em 4 de julho - acompanhou um fotógrafo da AFP.

O pontífice argentino, de 84 anos, foi operado para retirar uma parte do cólon, em uma intervenção cirúrgica feita com anestesia geral.

Francisco deixo o hospital em um veículo preto, de janelas escurecidas (foto), como constataram os fotógrafos de plantão na entrada do estabelecimento.

Ao longo de seus 11 dias internado, o papa acompanhou o noticiário internacional, enviou mensagens de pêsames pelo assassinato do presidente do Haiti e defendeu o direito de uma saúde gratuita para todos.

Também celebrou o tradicional Ângelus dominical da varanda do hospital, visitou pacientes com câncer no 10º andar, o mesmo onde ficou instalado, e celebrou várias missas na capela com a equipe médica e demais funcionários que o atenderam durante a internação.

O sumo pontífice deve descansar durante todo mês de julho no Vaticano. Nenhuma audiência geral ou reunião oficial foi marcada para este período.

De acordo com sua agenda, ele celebrará o Ângelus de domingo do Palácio Apostólico da Praça de São Pedro.

O papa Francisco continua se reabilitando após uma cirurgia no cólon e vai voltar para o Vaticano "o quanto antes".

É o que diz o novo boletim médico divulgado nesta terça-feira (13) pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, nove dias após a operação.

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Inicialmente, o Vaticano havia dito que o pontífice ficaria internado uma semana, mas até agora não há uma previsão concreta para a alta.

"O Santo Padre continua com o tratamento previsto e com a reabilitação, o que o permitirá voltar ao Vaticano o quanto antes", declarou Bruni.

De acordo com o porta-voz, Francisco também se encontrou com "muitos enfermos" nos últimos dias e dedicou uma mensagem aos que "não podem voltar para casa".

"Que possam viver esse tempo como uma oportunidade, ainda que vivida com dor, para abrir-se com ternura ao irmão ou à irmã enferma na cama ao lado, com quem compartilha a mesma fragilidade humana", acrescentou.

Jorge Bergoglio se recupera de uma cirurgia para corrigir uma estenose diverticular do cólon, estreitamento causado pelo surgimento de pequenas bolsas chamadas divertículos nessa parte do intestino grosso.

No último domingo (11), o Papa celebrou o Angelus da sacada de seu apartamento privativo no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, em seu primeiro encontro com os fiéis após a internação.

Da Ansa

Operado do cólon há nove dias, o papa Francisco permanecerá internado por "mais alguns dias" no Hospital Gemelli, de Roma - informou o Vaticano nesta segunda-feira (12).

"Para otimizar a terapia médica e de reabilitação, o Santo Padre permanecerá hospitalizado por mais alguns dias", disse seu porta-voz, Matteo Bruni, sem mais detalhes até o momento.

No domingo (11), Francisco, de 84 anos, apareceu na varanda do 10º andar do hospital para rezar o Ângelus com a voz um pouco rouca, mas dizendo-se feliz por cumprir este tradicional rito.

Realizada em 4 de julho e sob anestesia geral, a cirurgia consistiu em uma "colectomia esquerda" para remover um pedaço do cólon. A operação foi decidida, porque o sumo pontífice sofria de estenose diverticular sintomática do cólon.

O porta-voz do papa destacou que Francisco, um apaixonado por futebol desde a juventude, "compartilha a alegria das seleções de Argentina e Itália com as pessoas próximas a ele".

A Argentina voltou a ganhar a Copa América após um intervalo de 28 anos, após derrotar o Brasil, sábado (10), no Rio de Janeiro, por 1 a 0.

Já a Itália conquistou a Europa no domingo (11), no Estádio de Wembley, em Londres, em uma emocionante final, vencida na disputa de pênaltis contra a Inglaterra.

Ainda de acordo com o porta-voz, o papa também quis lembrar "o significado do esporte e de seus valores, e a capacidade esportiva de aceitar qualquer resultado, inclusive a derrota".

"Somente assim, perante as dificuldades da vida, podemos nos envolver sempre, lutando sem se entregar, com esperança e confiança", afirmou ele, segundo a nota do Vaticano.

Também no domingo, o pontífice visitou pacientes internados em seu andar e celebrou uma missa na capela com o pessoal médico e de enfermagem que cuidam dele, relatou Bruni.

As condições de saúde do papa Francisco evoluem normalmente após a operação de cólon a que foi submetido há sete dias e "os exames de sangue são satisfatórios", segundo o boletim médico divulgado neste sábado (10) pelo Vaticano.

"O dia do papa Francisco foi tranquilo, com o quadro clínico esperado. Os exames de sangue são satisfatórios e ele continua com os tratamentos prescritos", informou o porta-voz do papa, Matteo Bruni.

O pontífice argentino, de 84 anos, "está retomando gradualmente o trabalho e continua a caminhar no corredor" do quarto localizado no décimo andar do hospital universitário Gemelli, em Roma, disse a mesma fonte.

Na sexta-feira à tarde, ele celebrou a missa na capela particular e, à noite, jantou com a equipe de enfermeiras e auxiliares que o tratam desde sua internação no domingo passado.

Francisco aproveitou para dirigir "um pensamento especial a todos aqueles que, com cuidado e compaixão, escolhem a face do sofrimento, envolvendo-se numa relação pessoal com os doentes, sobretudo os mais frágeis e vulneráveis".

Amanhã, o papa rezará o Ângelus dominical de seu quarto do hospital

Esta não é a primeira vez que um pontífice celebra a oração dominical daquele hospital romano, onde João Paulo II foi hospitalizado várias vezes por problemas de saúde.

Francisco está no mesmo quarto no 10º andar do Hospital Gemelli que foi usado pelo papa João Paulo II após o atentado sofrido em 1981 e sua operação para um tumor no cólon em 1992.

Francisco terá de permanecer hospitalizado "cerca de uma semana", "exceto para complicações", segundo anunciou o Vaticano na segunda-feira passada.

O papa Francisco rezará o Ângelus dominical de seu quarto do hospital em Roma, onde se encontra internado - informou o Vaticano nesta sexta-feira (9).

O sumo pontífice, de 84 anos, recupera-se de uma cirurgia do cólon realizada no último domingo (4).

Ele está sem febre, caminha pelo corredor do hospital e retomou seu trabalho, alternando-o com momentos de leitura, relatou o porta-voz do papa, Matteo Bruni.

"No próximo domingo (11), o Angelus está programado para ser rezado do 10º andar do Hospital Universitário A. Gemelli", declarou Bruni.

Esta não é a primeira vez que um pontífice celebra a oração dominical daquele hospital romano, onde João Paulo II foi hospitalizado várias vezes por problemas de saúde.

Francisco está no mesmo quarto no 10º andar do Hospital Gemelli que foi usado pelo papa João Paulo II após o atentado sofrido em 1981 e sua operação para um tumor no cólon em 1992.

O hospital, que o pontífice polonês chamava com humor de Vaticano III por causa das muitas vezes que foi hospitalizado, tem uma pequena capela no décimo andar.

No domingo, 26 de julho de 1992, João Paulo II rezou o Ângelus de seu quarto e, ao final da oração dominical, inclinou-se para fora da janela para saudar os muitos fiéis que haviam se reunido em frente ao hospital.

Não foi especificado se Francisco também cumprimentará os fiéis da janela.

Segundo o site oficial do Vaticano, João Paulo II voltou a celebrar a oração dominical daquele hospital em 1996 e em 2005, um mês antes de morrer, quando conseguiu olhar, apesar da doença de Parkinson, pelas janelas de seu quarto.

O papa Francisco, que passou por uma cirurgia de cólon no domingo (4), "manifestou um episódio febril" na noite de quarta-feira (7), enquanto seus exames de rotina e análise clínica foram bons, confirmando sua recuperação - informou o Vaticano, nesta quinta-feira (8), em seu boletim diário.

Na quarta-feira (7), o "papa Francisco teve um dia tranquilo, alimentando-se e locomovendo-se de forma autônoma", relatou o Vaticano sobre o quarto dia de internação do sumo pontífice no Hospital Gemelli, em Roma.

"À noite, manifestou um episódio febril. Esta manhã (quinta-feira), foi submetido a exames de rotina, microbiológicos e a uma tomografia computadorizada de tórax e abdômen, com resultado negativo", acrescenta o boletim.

Segundo a nota do porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, no Hospital Gemelli, o papa "quis manifestar sua paterna proximidade às crianças internadas no departamento de Oncologia Pediátrica e Neurocirurgia Infantil, enviando a elas sua afetuosa saudação".

"Neste momento, dirige seu pensamento a todos os que sofrem, exprimindo sua proximidade aos enfermos, especialmente aos mais necessitados", acrescenta o comunicado divulgado em várias línguas.

O papa deverá permanecer no hospital "por cerca de uma semana", "salvo complicações", conforme anúncio feito pelo Vaticano na segunda-feira (5).

O pontífice argentino acompanha o noticiário do seu quarto e enviou um telegrama para expressar sua "tristeza" e condenar "toda forma de violência como meio de resolver crises e conflitos", após o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise.

Na mensagem, ele enviou "suas condolências ao povo haitiano" e também à esposa do presidente, Martine Moise, gravemente ferida e transferida de avião para Miami.

O papa Francisco está se recuperando "de forma satisfatória" da operação de cólon a que foi submetido no domingo (4) e ficou emocionado com as inúmeras mensagens de afeto recebidas - informou o Vaticano nesta quarta-feira (7).

De acordo com o boletim diário divulgado pelo porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, "a convalescença de Sua Santidade, o papa Francisco, prossegue de forma regular e satisfatória. O Santo Padre continua a se alimentar regularmente, tendo sido suspensa a terapia de infusão".

"Estou emocionado com as muitas mensagens e o carinho que recebi nestes dias. Agradeço a todos por sua proximidade e suas orações", tuitou o papa, em sua primeira declaração desde a intervenção.

O boletim médico, divulgado em várias línguas, também informa que o "exame histológico definitivo" confirmou que o papa sofre de "estenose diverticular grave com sinais de diverticulite esclerosante", que segundo os especialistas é uma doença crônica.

Bruni também destacou que "o papa Francisco está comovido com as muitas mensagens e carinho recebidos nestes dias e expressa sua gratidão pela proximidade e as orações".

O papa foi submetido no domingo (4) a uma colectomia esquerda que já estava programada para curar uma estenose diverticular sintomática do cólon.

A cirurgia de Francisco foi decidida com o objetivo de reduzir os problemas causados pelos divertículos, que são pequenas hérnias formadas na parede do cólon. Este problema aumenta, com frequência, com a idade.

Francisco está internado em um quarto no 10º andar do hospital, o mesmo usado pelo falecido João Paulo II em diferentes ocasiões. Duas delas foram especialmente delicadas: após sofrer uma tentativa de assassinato, em 1981, e quando teve um tumor no cólon, em 1992.

Após a notícia da operação, centenas de mensagens foram publicadas nas redes sociais: de arcebispos da América Latina ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, passando pelo grande imã da Universidade Al-Azhar, o xeque Ahmed el Tayyeb.

De acordo com o jornal Il Corriere della Sera, o papa quis se submeter a esta operação no início do verão (hemisfério norte, inverno no Brasil), época em que tinha menos compromissos. Assim, poderá se recuperar com tranquilidade.

O pontífice suspendeu as audiências gerais das quartas-feiras durante o mês de julho e não tem encontros programados em sua agenda oficial até o próximo domingo, quando deverá aparecer na varanda do palácio pontifício para a oração do Ângelus.

Se ainda estiver hospitalizado nesse dia, poderia pronunciar a oração da janela do hospital, como já fez João Paulo II.

Nascido em 17 de dezembro de 1936 na Argentina, o papa Francisco teve o lobo superior do pulmão direito removido aos 21 anos, devido a uma pleurisia. Ele sofre de problemas nos quadris e ciática.

Depois de uma cirurgia no cólon, à qual foi submetido no domingo (4), o papa Francisco tomou café da manhã, leu os jornais e começou a caminhar aos poucos nesta terça (5) - informou o Vaticano.

Francisco, de 84 anos, "descansou bem durante a noite e, esta manhã, tomou seu café da manhã, leu alguns jornais e se levantou para caminhar", relata o comunicado, acrescentando que os resultados dos exames feitos no sumo pontífice "são bons".

O papa passou por uma "colectomia esquerda" (remoção de uma parte do cólon), detalhou o Vaticano na segunda-feira (5), explicando que a cirurgia já estava programada para curar uma estenose diverticular sintomática do cólon.

"Ele permanecerá internado (no Hospital Gemelli, em Roma) por uma semana, a menos que haja complicações", disseram as mesmas fontes.

De acordo com a imprensa italiana, os cirurgiões que operaram o papa no domingo fizeram uma laparoscopia. Este procedimento permite trabalhar na região do abdômen, graças a uma pequena incisão.

A presença de uma cicatriz de uma operação anterior na mesma área obrigou os médicos, porém, a mudarem de técnica. Com isso, recorreu-se a uma operação cirúrgica tradicional, mais invasiva e com um período mais longo de recuperação.

Não foi necessário recorrer à colostomia, que consiste em abrir o cólon, artificialmente, para que as fezes sejam evacuadas em uma bolsa. O papa também não teve febre após a intervenção, segundo as mesmas fontes.

Francisco se encontra em um quarto no 10º andar do hospital, o mesmo usado pelo falecido João Paulo II em diferentes ocasiões. Duas delas foram especialmente delicadas: após sofrer uma tentativa de assassinato, em 1981, e quando teve um tumor no cólon, em 1992.

A cirurgia de Francisco foi decidida com o objetivo de reduzir os problemas causados pelos divertículos, que são pequenas hérnias formadas na parede do cólon. Este problema aumenta, com frequência, com a idade.

Após a notícia da operação, centenas de mensagens foram publicadas nas redes sociais: de arcebispos da América Latina ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, passando pelo grande imã da Universidade Al-Azhar, o xeque Ahmed el Tayyeb.

Conforme o jornal Il Corriere della Sera, o papa quis se submeter a esta operação no início do verão (inverno no Brasil), época em que tinha menos compromissos. Assim, poderá se recuperar com tranquilidade.

O pontífice suspendeu as audiências gerais das quartas-feiras durante o mês de julho e não tem encontros programados em sua agenda oficial até o próximo domingo, quando deverá aparecer na varanda do palácio pontifício para a oração do Ângelus.

Nascido em 17 de dezembro de 1936 na Argentina, Jorge Bergoglio teve o lobo superior do pulmão direito removido aos 21 anos, devido a uma pleurisia. Ele sofre de problemas nos quadris e ciática.

Internado pela primeira vez desde o início de seu pontificado, o papa Francisco deve passar ao menos uma semana em um hospital de Roma para se recuperar de uma cirurgia no cólon.

Mas quem assume a gestão dos assuntos correntes do Vaticano durante a ausência do pontífice? Esse papel cabe oficialmente ao camerlengo da Santa Igreja Romana, cargo hoje ocupado pelo cardeal americano de origem irlandesa Kevin Joseph Farrell.

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Aos 73 anos de idade, Farrell é camerlengo desde 14 de fevereiro de 2019, posto acumulado com as funções de prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e de presidente da Comissão de Matérias Reservadas.

O termo camerlengo deriva do latim medieval "camarlingus", por sua vez originado do germânico "kamerling", que significa, em tradução livre, "funcionário da câmara do soberano".

Tradicionalmente, o camerlengo assume a administração dos assuntos correntes do Vaticano em três situações: durante viagens ou internações dos papas ou após a morte de um pontífice, presidindo o período chamado de Sé Vacante.

Ele é ajudado por um vice-camerlengo, cargo ocupado atualmente pelo arcebispo brasileiro Ilson de Jesus Montanari. No entanto, ao contrário da Sé Vacante, onde há uma série de obrigações a cumprir até o conclave, a transferência de poder para o camerlengo durante ausências temporárias dos papas é uma mera formalidade.

No pontificado de João Paulo II, por exemplo, quem se ocupava da maioria dos assuntos correntes do Vaticano durante suas internações era seu secretário particular, cardeal Stanislaw Dziwisz.

Francisco foi submetido a uma cirurgia de três horas no último domingo (4) para corrigir uma estenose diverticular do cólon, estreitamento causado pelo surgimento de pequenas bolsas chamadas divertículos nessa parte do intestino grosso.

Segundo o Vaticano, o Papa está em "boas condições", não necessita de auxílio para respirar e deve ficar internado por "cerca de sete dias".

Da Ansa

O papa Francisco está em "boas condições" após ter sido submetido a uma cirurgia de cerca de três horas para tratar de um estreitamento no cólon e deve ficar internado por uma semana.

"Sua Santidade papa Francisco está em boas condições gerais, está alerta e com respiração espontânea", disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, nesta segunda-feira (5).

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A operação foi realizada no último domingo (4), no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, e já estava programada, de acordo com o Vaticano.

O Papa sofria de estenose diverticular do cólon, um estreitamento causado pelo surgimento de pequenas bolsas chamadas divertículos nessa parte do intestino grosso.

Segundo Bruni, a cirurgia comportou uma hemicolectomia esquerda, ou seja, a remoção de parte do cólon. "Espera-se um período de hospitalização de cerca de sete dias, a menos que haja complicações", acrescentou.

Francisco é acompanhado por dois enfermeiros do Vaticano, e seu apartamento no 10º andar do Policlínico Gemelli conta com uma pequena capela para orações e eventuais celebrações. O quarto é o mesmo onde São João Paulo II foi internado sete vezes durante seu pontificado.

O corredor de acesso ao apartamento é monitorado pela Polícia de Estado da Itália, pela Gendarmaria do Vaticano e por seguranças do hospital.

Francisco esperou o início de julho para fazer a cirurgia, já que este costuma ser o mês de "férias" dos papas, sem audiências gerais às quartas feiras e com menos compromissos. 

Da Ansa

O papa Francisco preside nesta quinta-feira (1º) no Vaticano um dia dedicado à paz no Líbano com todos os líderes religiosos cristãos, uma iniciativa sem precedentes diante da grave crise social, econômica e política que assola o país.

É um ato emblemático, de reflexão e oração, para buscar uma solução pacífica para a crise neste país fundamental para a estabilidade do Oriente Médio.

Os 10 líderes religiosos cristãos libaneses debatem o futuro do país, à beira de um colapso social e econômico e sem governo desde agosto de 2020.

A crise no Líbano foi agravada ainda mais pelas explosões, em agosto de 2020, no porto de Beirute que devastaram parte da cidade.

Os participantes instalaram-se nesta quinta-feira na Residência Santa Marta, onde vive o papa, e depois rezaram na Basílica de São Pedro, antes das três sessões de trabalho a portas fechadas coordenadas pelo núncio no Líbano, Joseph Spiteri.

"Eu os convido a se juntar a nós espiritualmente, rezando para que o Líbano se recupere da grave crise que está passando e mostre mais uma vez sua face de paz e esperança", tuitou o papa.

À tarde, depois de uma oração ecumênica "pela paz" com textos em árabe, siríaco, armênio e caldeu, Francisco fará o tão esperado discurso final, na presença dos diplomatas.

O Líbano, que segundo o papa está em "extremo perigo", corre o risco de deixar de existir, então "não pode ser deixado sozinho", defendeu Francisco em setembro em mensagem enviada um mês após as explosões no porto.

"O Líbano representa mais do que um Estado, o Líbano é uma mensagem de liberdade e um exemplo de pluralismo, tanto para o Oriente como para o Ocidente", enfatizou.

Em abril, o papa expressou seu desejo de visitar o Líbano "assim que as condições forem reunidas" durante uma audiência com o primeiro-ministro Saad Hariri.

O Líbano atravessa a pior recessão desde a guerra civil de 1975-1990, com mais da metade da população vivendo abaixo da linha da pobreza.

Não está descartado que o papa visite o país no final de 2021 ou no início de 2022.

"A emigração de jovens e o impacto da atual crise nas escolas, hospitais, famílias e segurança alimentar" vão dominar o encontro no Vaticano, segundo o bispo maronita Samir Mazloum, entrevistado pela AFP.

Hoje, "entre 50 e 60% dos nossos jovens vivem no exterior, a população é formada por idosos e crianças", reconheceu, evocando o desemprego e a queda histórica da moeda libanesa.

Para o bispo, grande parte desta crise se deve "à ausência de um governo capaz de tomar decisões e relançar a economia, ou pelo menos acabar com a hemorragia".

Para o diretor da Obra do Oriente, entidade que coordena os programas de ajuda aos cristãos no Oriente, dom Pascal Gollnisch, o encontro servirá para mobilizar a comunidade internacional.

Entre os dez dignitários convidados ao Vaticano está o patriarca maronita Bechara Boutros Raï, à frente da maior comunidade cristã do Líbano, que não cessa de denunciar a corrupção da classe política.

"O encontro é um passo importante para ajudar o Líbano a continuar a ser a pátria da parceria islâmica-cristã", comentou ao jornal libanês L'Orient-Le Jour.

O papa Francisco recebeu no Vaticano o chileno Juan Carlos Cruz, vítima de abusos por parte de um padre pedófilo e recém-nomeado para uma comissão criada pelo pontífice para combater crimes sexuais contra menores.

A reunião ocorreu no último sábado (19) e foi revelada pelo próprio Cruz em seu perfil no Twitter. "Hoje [sábado] agradeci ao papa Francisco por minha nomeação e reafirmei meu compromisso em seguir ajudando sobreviventes de abuso sexual no mundo", escreveu o chileno, que também publicou fotos que o mostram abraçando e conversando com Jorge Bergoglio.

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Cruz integra desde março passado a Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores, comitê estabelecido por Francisco para discutir medidas de combate à pedofilia na Igreja Católica e que também tem entre seus membros o brasileiro Nelson Giovanelli, fundador da comunidade Fazenda da Esperança, de Guaratinguetá (SP).

O chileno é uma das vítimas do padre pedófilo Fernando Karadima, cujo estado clerical foi revogado em 2018. Os abusos cometidos pelo sacerdote foram acobertados durante décadas, culminando na renúncia coletiva de todo o episcopado do Chile, no mesmo ano.

Francisco já aceitou a demissão de vários prelados, incluindo o ex-bispo de Osorno Juan Barros Madrid, acusado de ocultar denúncias contra Karadima.

Cruz diz que suas acusações foram desacreditas pelo fato de ele ser homossexual. No entanto, o chileno diz ter ouvido do Papa as seguintes palavras em um encontro no Vaticano em 2018: "Juan Carlos, o fato de você ser gay não importa. Deus te fez assim".

A Santa Sé nunca confirmou nem desmentiu a declaração de Cruz.

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Da Ansa

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