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O papa Francisco celebrou na manhã deste sábado (1º), na Basílica de São Pedro, uma missa dedicada a Maria e afirmou que "ferir uma mulher" é cometer um "ultraje" contra Deus.

Após ter desistido de presidir a celebração das Vésperas na última sexta-feira (31), havia a expectativa se o pontífice comandaria a primeira missa do ano, mas Jorge Bergoglio se apresentou normalmente para o compromisso deste sábado.

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"Enquanto as mães doam a vida e as mulheres protegem o mundo, precisamos fazer de tudo para promover as mães e tutelar as mulheres. Quanta violência existe contra as mulheres! Chega! Ferir uma mulher é ultrajar Deus, que pegou a humanidade de uma mulher, não de um anjo, não diretamente, mas sim de uma mulher", disse.

Em seguida, Francisco afirmou que as "mães sabem superar obstáculos e conflitos e infundir paz". "Precisamos de pessoas capazes de tecer fios de comunhão que combatam os muitos arames farpados das divisões", acrescentou.

O Papa também lembrou que o mundo ainda vive tempos "incertos e difíceis" por causa da pandemia e "da crise ecológica, das injustiças e dos desequilíbrios econômicos planetários". "O novo ano começa com Deus que, nos braços da mãe, nos encoraja com ternura", declarou.

Da Ansa

Em entrevista especial divulgada nesta sexta-feira (24), o papa Francisco relembrou sua infância durante o período do Natal e fez um apelo para que todos os pobres e crianças doentes que passarão a festividade no hospital sejam lembrados.

"Pense nos pobres e nos menos importantes e em todos os esquecidos. E às crianças enfermas que passarão o Natal no hospital, com palavras de admiração a quem trabalha na pediatria", pediu o Pontífice na reportagem divulgada pelos jornais italianos "La Repubblica" e "La Stampa".

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Francisco, que visitou a ala pediátrica do Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, em julho passado, afirmou que ainda hoje pensa em todas as crianças forçadas a passar as festas de fim de ano hospitalizadas.

"Não há palavras, só podemos nos apegar à fé, a Deus, e perguntar-lhe: Por quê?", enfatizou, lembrando "a sorte" dos pais que têm filhos fora da hospital. "Que os abracem com força e lhes dediquem mais tempo".

Durante a entrevista, o argentino falou sobre o significado do Natal, dos pobres, dos marginalizados, dos explorados e de como viveu as férias e comemorações natalinas em Buenos Aires, nos anos 1940.

"Às vezes íamos a uma tia à noite, porque em Buenos Aires e em nossa família não havia o costume naquela época de celebrar a véspera de Natal como hoje. Comemorávamos na manhã do dia 25, sempre com os avós", contou Jorge Bergoglio, recordando que sua avó fazia "cappelletti à mão" para celebrar a data junto com a família toda, incluindo tios e primos.

Atualmente, o Santo Padre costuma se preparar bem para o Natal, porque, para ele, "sempre é uma surpresa". Neste ano, em especial, o religioso agradeceu o trabalho dos profissionais de saúde, em especial os que atuam na ala pediátrica.

"Gostaria de dizer algumas palavras de admiração pelo trabalho que os profissionais de saúde de todos os hospitais e enfermarias pediátricas realizam para aliviar o sofrimento daqueles pequenos", disse ele, acrescentando que "muitas vezes não nos damos conta da grandeza do trabalho diário destes médicos, enfermeiras e agentes de saúde, pelo que devemos todos estar gratos a cada um deles".

Além disso, Jorge Bergoglio contou sobre a paixão de seu pai por livros e recomendou a "leitura" para as crianças, principalmente em um momento em que o mundo é dominado pela tecnologia.

"Eu não recomendaria textos específicos. Cada um deve ter seus próprios interesses. Mais do que um livro eu recomendaria a leitura. Porque existe o perigo da televisão te encher de mensagens que depois não ficam, ler é outra coisa, é um diálogo com o próprio livro, é um momento de intimidade que nem a TV nem o tablet podem dar", enfatizou.

Na entrevista, o Papa também disse sentir saudades da juventude, de momentos "bonitos, específicos e especiais", incluindo seu aniversário de 16 anos, quando na Argentina usava-se shorts com meias até os joelhos, e, ao completar a idade, o estilo mudava para calças masculinas.

"Vovó veio na minha casa, ela me chama de lado, e me dá um dinheiro de presente de aniversário. Então ela olha para a calça comprida e começa a chorar, emocionada", contou.

O líder da Igreja Católica enfatizou ainda que sente falta de seus três irmãos que já morreram e lembra de todos com serenidade, porque os imagina em paz. Agora, ele tem apenas uma irmã viva, Maria Elena.

Por fim, Francisco foi questionado como vê o futuro da humanidade, tendo em vista que o mundo tenta lentamente sair da pandemia de Covid-19, enquanto conflitos e divisões ainda persistem em diversos lugares.

"O futuro do mundo florescerá se for construído e, quando necessário, reconstruído juntos. Só a fraternidade universal verdadeira e concreta nos salvará e nos permitirá viver todos melhor", ressaltou.

Para Bergoglio, "isto significa, porém, que a comunidade internacional, a Igreja, a partir do Papa, as instituições, os responsáveis políticos e sociais e também todos os cidadãos, especialmente nos países mais ricos, não podem e não devem esquecer as regiões e os povos mais frágeis e indefesos, vítimas da indiferença e do egoísmo".

"Que este Natal transmita mais generosidade e solidariedade à Terra. Mas verdadeiro, prático e constante, não apenas com palavras. Espero que o Natal aqueça o coração de quem sofre, e abra e fortaleça o nosso para que ardam de desejo de ajudar mais quem precisa", apelou.

Cirurgia

Neste ano, em julho passado, Francisco foi submetido a uma cirurgia no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, por causa de uma estenose diverticular do cólon, estreitamento causado pelo surgimento de pequenas bolsas chamadas divertículos nessa parte do intestino grosso.

"Graças a Deus estou bem. Estou mancando um pouco porque a cicatriz da operação está sarando, não sou mais criança, mas estou bem. Depois da cirurgia de julho já fiz duas viagens apostólicas internacionais: em Budapeste e na Eslováquia em setembro, e em Chipre e na Grécia em dezembro, voltando ao campo de refugiados de Lesbos, onde tocamos uma praga de humanidade; e depois, fui para Assis. E farei outras viagens, se o Senhor quiser, em 2022", finalizou.

Da Ansa

Em seus tradicionais votos natalinos, o papa Francisco pediu à Cúria Romana, nesta quinta-feira (23), que dê provas de "humildade" e "sobriedade" e fuja da "mundanalidade" e do "orgulho".

Em quase nove anos de pontificado, o papa fez desse encontro anual, com frequência, uma antologia de severas reprimendas.

Em 2014, ele enumerou 15 "doenças" que assolam a Cúria, que vão do "Alzheimer espiritual" à "fossilização mental". Na edição deste ano, porém, Francisco usou um tom mais moderado do que seus críticos esperavam.

O Natal "é o momento em que cada um de nós deve ter a coragem (...) de se libertar das suas roupas e de sua posição, do reconhecimento social, de seu pedaço de glória do mundo e de assumir sua própria humildade", declarou Jorge Bergoglio aos cardeais e bispos reunidos na Sala de Bênçãos do Vaticano.

Em um discurso de 30 minutos, o papa, de 85 anos, lembrou que a Cúria (governo central da Igreja) "não é apenas um instrumento logístico e burocrático", mas "o primeiro órgão chamado a dar testemunho".

"A organização que devemos instalar não tem modelo de empresa, mas um modelo evangélico", acrescentou.

"Nós, membros da Cúria, devemos ser os primeiros a nos comprometermos com uma conversão à sobriedade", insistiu, após lançar um apelo para "se viver com transparência, sem favoritismos e sem clientelismo".

"Todos nós somos leprosos em busca de uma cura", disse Francisco.

"O orgulhoso, doente em seu pequeno mundo, não tem mais passado nem futuro, não tem raízes nem frutos. Vive com o gosto amargo da tristeza estéril", declarou ele, referindo-se às críticas ao modo de vida de alguns membros do clero.

A violência conjugal é um ato "quase satânico", afirmou o papa Francisco em uma entrevista à televisão italiana, durante a qual destacou a "dignidade" das vítimas, um número que aumentou durante a pandemia.

"Tantas mulheres que foram abusadas e agredidas dentro de seu lar, inclusive por seus maridos", declarou o pontífice em um programa especial exibido no domingo à noite pelo canal TG5, que convidou quatro pessoas com uma vida difícil para o encontro.

"Para mim, este é um problema quase satânico, porque é aproveitar-se da fragilidade de alguém que não pode se defender", declarou o papa durante a exibição de "Francisco e os invisíveis".

No programa, o pontífice conversou com uma mãe que teve que abandonar sua casa com os filhos para escapar da violência.

"Vejo muita dignidade em você, porque se você tivesse perdido sua dignidade não estaria aqui", acrescentou o papa.

O número de casos de violência em casa aumentou com a crise de saúde e os confinamentos. Desde janeiro, 112 mulheres foram assassinadas na Itália, segundo o ministério do Interior, e na metade dos casos o responsável foi o marido, o companheiro ou um ex-companheiro.

O papa, que completou 85 anos na sexta-feira, criticou em várias ocasiões as violências contra as mulheres, que em 2020 classificou de uma "profanação".

O papa Francisco conclui nesta segunda-feira (6) a visita à Grécia, marcada por seus apelos para um melhor tratamento aos migrantes na Europa e por seu encontro com refugiados na ilha de Lesbos.

Nesta segunda-feira, após uma reunião com jovens em uma escola católica, o pontífice deixará Atenas e retornará a Roma.

Desde sua chegada no sábado à Grécia, Francisco se reuniu com o líder da Igreja ortodoxa grega e visitou o acampamento de Mavrovouni, na ilha de Lesbos, onde chamou o tratamento reservado aos migrantes de "naufrágio da civilização".

Após sua visita às instalações, o papa celebrou uma missa para 2.000 fiéis na capital grega, onde fez um apelo por respeito aos "pequenos e humildes".

Em 2016, Francisco visitou o acampamento de Moria, em Lesbos, quando a ilha era a principal porta de entrada para migrantes que pretendiam chegar ao continente europeu.

Durante sua visita a Mavrovouni, que foi mais curta que a passagem por Moria, o pontífice foi recebido por vários migrantes no acampamento, que abriga quase 2.200 solicitantes de asilo.

As pessoas se reuniram depois em uma tenda para entoar canções e salmos para Francisco, que não escondeu a emoção.

"Estou tentando ajudá-los", disse o papa a um grupo com a ajuda de um intérprete.

O acampamento de Mavrovouni foi criado rapidamente, após o incêndio que destruiu o de Moria, que era o maior da Europa.

O papa Francisco chegou na manhã desta sexta-feira (3) ao estádio municipal de Nicósia, onde deve celebrar uma missa para 7.000 pessoas na presença do presidente cipriota Nicos Anastasiades, anunciaram os organizadores.

Nas arquibancadas do estádio, milhares de fiéis exibiam bandeiras libanesas, argentinas e filipinas, enquanto um coral de 130 pessoas de várias nacionalidades ensaiava cantos em árabe e grego em um altar, ao lado de dois telões gigantes.

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O coral tem membros da comunidade católica cipriota, que tem 25.000 integrantes, em sua maioria imigrantes asiáticos e refugiados africanos.

No segundo dia de sua visita, o papa Francisco deve reiterar o apelo à "fraternidade" e ao "diálogo".

Na quinta-feira, o papa Francisco fez em Chipre um pedido de "unidade", em plena crise migratória na Europa e em uma ilha dividida, durante a primeira etapa de uma viagem de cinco dias que também o levará à Grécia.

Esta é a segunda visita de um papa a Chipre, uma ilha habitada majoritariamente por cristão ortodoxos, após a viagem de Bento XVI em 2010.

O papa Francisco se reuniu neste sábado (13) com correspondentes no Vaticano e disse que a Igreja Católica não é de esquerda nem de direita.

Já chamado de "comunista" por extremistas de direita em função do teor social de seus discursos, o pontífice afirmou que a Santa Sé não é uma "organização política" nem uma "grande multinacional com gestores que estudam como vender melhor seu produto".

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"A Igreja não é uma organização política que tem em seu interior direita e esquerda, como acontece nos parlamentos", afirmou Francisco para os correspondentes no Vaticano.

Segundo o Papa, a Igreja Católica "perde vigor" quando se comporta como um parlamento ou uma multinacional. "A Igreja, composta por homens e mulheres pecadores como todos, nasceu e existe para refletir a luz de outro, a luz de Jesus, assim como a Lua faz com o Sol", acrescentou.

Durante o encontro, Jorge Bergoglio também disse que a missão da imprensa é "explicar o mundo e torná-lo menos obscuro", mas cobrou que os jornalistas não cedam à "tirania de estar sempre online" e saiam às ruas para "gastar as solas dos sapatos".

"Há três verbos que podem caracterizar o bom jornalismo: escutar, aprofundar, contar. Escutar caminha lado a lado com o enxergar, com estar. Certas nuances, sensações e descrições só podem ser transmitidas se o jornalista as escutou e viu pessoalmente. Eu sei o quanto é difícil, no seu trabalho, subtrair-se à tirania do estar sempre online, nas redes sociais, na web. O bom jornalismo do escutar e do ver precisa de tempo, nem tudo pode ser contado por e-mails, pelo telefone ou em uma tela", disse.

O Papa também agradeceu aos jornalistas por "darem voz às vítimas de abusos", uma das maiores chagas da Igreja Católica, e pediu que a imprensa "se deixe atingir e ferir pelas histórias, para poder narrá-las com humildade aos leitores".

"Precisamos muito hoje de jornalistas e comunicadores apaixonados pela realidade, capazes de encontrar os tesouros frequentemente escondidos nas dobras de nossa sociedade e de contá-los, permitindo a nós aprender, ampliar nossa mente, ver aspectos que antes não conhecíamos", salientou.

Da Ansa

"É hora de agir, e agir juntos" contra as mudanças climáticas, a pandemia e a pobreza, exortou o papa Francisco em um texto divulgado neste domingo (31) pelo jornal italiano Il Corriere della Sera.

O texto faz parte do prefácio de um livro que será lançado em 12 de novembro com as reflexões e informes sobre a recepção da encíclica "Laudato si" de Francisco dedicada à defesa do meio ambiente.

É também uma mensagem aos líderes do G20 reunidos em Roma neste domingo, véspera da importante conferência sobre as mudanças climáticas em Glasgow (Reino Unido), que começa oficialmente na segunda-feira.

"Há uma crise ecológica, representada pelo 'grito da terra', e uma crise social, representada pelo 'grito dos pobres', que se tornaram mortais por uma crise sanitária: a pandemia de covid-19", adverte o papa Francisco.

"No entanto, não esqueçamos que as crises também são janelas de oportunidades: são ocasiões para reconhecer e aprender com os erros do passado", escreve.

"É hora de pensar grande, de repensar nossas prioridades (...) e de reprogramar nosso futuro. É hora de agir, de agir juntos, é hora", conclui o líder dos 1,3 bilhão de católicos.

O livro, que será eletrônico e publicado por ocasião da COP26, poderá ser baixado gratuitamente a partir do dia 12 de novembro no site do "Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral" do Vaticano, promotor da publicação.

Em mensagem divulgada nesta sexta-feira (29) antes da cúpula sobre mudança climática COP26, o papa Francisco afirmou que os líderes mundiais devem responder de maneira urgente à "crise ecológica" do planeta.

"Os tomadores de decisões políticas que vão se reunir na COP26, em Glasgow, são chamados com urgência para fornecer respostas eficazes à crise ecológica atual", disse o papa em uma mensagem transmitida pela rádio BBC e traduzida do italiano.

O pontífice disse que isso "dará esperanças concretas às gerações futuras" e enfatizou que todas as pessoas podem participar "da mudança da nossa resposta coletiva à ameaça sem precedentes da mudança climática e da degradação da nossa casa comum".

No início deste mês, Francisco se somou a quase 40 líderes religiosos em um apelo aos chefes de Estado e de Governo que participarão da COP26 para pedir uma "ação urgente, radical e responsável" para reduzir drasticamente os gases do efeito estufa.

O papa, de 84 anos, não participará das reuniões cruciais destinadas a combater a emergência climática. Em seu lugar, o Vaticano enviará uma delegação chefiada por seu secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin.

O pontífice argentino reúne-se, no entanto, com vários líderes mundiais, por ocasião da cúpula do G20 em Roma, pouco antes da COP26.

Nesta sexta, o sumo pontífice terá audiências com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, um católico praticante, e com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in. No dia seguinte, encontra-se pela primeira vez com o presidente indiano, Narendra Modi.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a Roma na madrugada desta sexta-feira (29) para seu primeiro encontro com o papa Francisco em seu cargo atual, na véspera de uma cúpula do G20 na capital italiana.

Antes de partir, Biden apresentou em Washington um plano "histórico" de bilhões de dólares em gastos com infraestrutura, transição energética e benefícios sociais.

O presidente americano esperava chegar a Roma com a votação final do Congresso, mas terá de esperar, em meio às dissidências de seu próprio Partido Democrata.

Em Roma, Biden iniciará sua agenda com um encontro com o papa, com quem compartilha posições sobre meio ambiente, pobreza e pandemia, e com quem se reuniu três vezes como vice-presidente do governo Barack Obama.

A reunião será na biblioteca particular do Palácio Apostólico, ao meio-dia local (7h no horário de Brasília), na véspera da cúpula de dois dias em Roma com os chefes de Estado e de Governo das 20 maiores economias do mundo, o G20.

Na sequência, Biden embarca rumo a Glasgow, no Reino Unido, onde participa da importante COP26, a cúpula sobre o clima promovida pela ONU.

De acordo com um comunicado da Casa Branca, o chefe da Igreja Católica e o presidente americano "discutirão como trabalhar juntos em iniciativas baseadas no respeito da dignidade humana fundamental, incluindo a eliminação da pandemia da covid-19, a luta contra o clima e compaixão pelos pobres".

Será um encontro "caloroso", antecipou sua porta-voz, Jen Psaki, na quarta-feira.

Ela lembrou que o presidente, um católico fervoroso, "encontrou força em sua fé", diante das tragédias de sua vida: a morte acidental de sua primeira esposa e filha e, em seguida, a morte de seu filho Beau de câncer.

Biden, que viaja acompanhado de sua segunda mulher, Jill, quase nunca perde a missa dominical, e suas posições sobre alguns assuntos se aproximam mais das do papa argentino do que as de seu antecessor Donald Trump.

Apesar de Biden ser o segundo presidente católico dos Estados Unidos, depois de John F. Kennedy (1961-1963), a profundamente dividida Igreja Católica americana começou uma ofensiva para privar da comunhão os líderes políticos que apoiam o aborto, entre eles o próprio Biden.

Depois do encontro com o papa, Joe Biden se reúne com o chefe do governo italiano, Mario Draghi, anfitrião da cúpula do G20 e ex-presidente do Banco Central Europeu, que desperta muita curiosidade nos Estados Unidos por seus projetos de reforma.

Para Biden, que perdeu popularidade desde sua eleição, o G20, assim como a grande cúpula da COP26 em Glasgow, na Escócia, são oportunidades para relançar sua imagem e enterrar definitivamente a era Trump.

Também nesta sexta-feira, ele se reunirá em particular, em Roma, com o presidente francês, Emmanuel Macron, na tentativa de virar a página da grave crise relacionada com os contratos de submarinos ocorrida em meados de setembro e selar a reconciliação.

Esse assunto e a retirada caótica do Afeganistão pesam na aura de Biden, que repete que "a América está de volta" à cena internacional.

O papa Francisco confirmou que viajará em dezembro para a Grécia e Chipre, além de sua viagem na Oceania em 2022, e pediu para combater as "assimetrias" para poder sair da pandemia, em uma entrevista à agência argentina de notícias Télam.

"No primeiro fim de semana de dezembro vou para a Grécia e Chipre", anunciou Francisco, que espera que a viagem inclua uma visita à ilha grega de Lesbos, símbolo dos refugiados.

Durante a entrevista com o correspondente da Télam, Hernán Reyes, à qual a AFP teve acesso nesta sexta-feira (22), o papa argentino, que completará 85 anos em dezembro, revelou que em 2022 planeja viajar também para África e Europa, além de realizar a primeira visita como pontífice na Oceania.

"No momento, tenho na cabeça duas viagens que ainda não fiz, para o Congo e a Hungria", acrescentou.

O papa viajante, que em 2020 teve que suspender as visitas devido à pandemia de coronavírus, não falou com seu compatriota sobre eventuais viagens à América Latina, particularmente à sua natal Argentina, país que não está na sua lista.

Durante a entrevista, realizada na Casa Santa Marta - a residência dos padres dentro do Vaticano, onde ele mora - o pontífice falou também da cúpula dos líderes das maiores economias do mundo, o G20, que será celebrada no final de outubro em Roma.

"A cúpula do G20 em Roma deve considerar seriamente a relação entre os países subdesenvolvidos e os desenvolvidos", pediu o pontífice.

"Isso é fundamental. O final da pandemia tem que ser de forma criativa. Ninguém sai igual de uma crise, você sai melhor ou pior. E esse final da pandemia tem que ser para o melhor. Caso contrário, vamos regredir", alertou.

"Não é possível sair desta crise em que estamos sem evoluir para as periferias", acrescentou.

"A pandemia é um desafio para a mudança, é uma crise que nos leva a mudar. Se não, saímos pior, mesmo que não percebamos", lamentou.

"A abertura do pós-pandemia deve acontecer principalmente evidenciando as assimetrias no acesso à saúde" e os países devem considerar "o que fazer com essas assimetrias", destacou.

A propósito da mudança climática, tema atual devido à cúpula crucial sobre o clima COP26 que acontecerá em Glasgow, Escócia, de 1 a 12 de novembro, o papa reiterou seu lema: que "passem das palavras para a prática".

"É hora de começarmos a fazer coisas e que os resultados sejam vistos", disse.

Porque "a fraternidade universal não é um tango, é uma realidade", resumiu com sua linguagem habitual.

O papa Francisco criou a Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA), um organismo permanente e representativo da Igreja Católica, com o objetivo de promover a ação pastoral na Amazônia, informou nesta quarta-feira (20) a Santa Sé.

A criação da conferência eclesial foi um dos pedidos feitos pelos bispos da região, reunidos em 2019 no Vaticano para o primeiro sínodo ou assembleia sobre a Amazônia, região que engloba nove países da América do Sul e tem 7,5 milhões de quilômetros quadrados, cujas florestas tropicais estão sendo devastadas.

O estatuto do novo organismo será apresentado em breve ao pontífice para sua aprovação.

O Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) celebrou a criação do organismo, que reúne todas as entidades dependentes da igreja na bacia do Amazonas e não apenas as dioceses.

"A decisão do Santo Padre nos enche de alegria em um momento em que a Igreja latino-americana e caribenha acentua sua opção pela sinodalidade, na colegialidade, conversão integral, com voz profética, olhar integrador e incidência, articulando e integrando redes, promovendo a descentralização, e acolhendo o magistério do papa Francisco", escreveu o CELAM em uma mensagem.

A defesa da Amazônia, de seu equilíbrio ecológico e principalmente de seus habitantes, é uma das grandes batalhas de Francisco, o primeiro papa latino-americano da história.

Francisco introduziu o "pecado ecológico" assim como o rito amazônico, com estátuas e símbolos das populações daquela região, o que para alguns foi uma heresia.

Um menino de 10 anos de idade furou a barreira de segurança e subiu no palco da audiência geral do papa Francisco nesta quarta-feira (20), no Vaticano.

Chamado Paolo Junior, o garoto se dirigiu diretamente ao líder católico, que o cumprimentou e perguntou se ele queria se sentar a seu lado. O menino aceitou o convite e, ao ocupar a cadeira vizinha ao Papa, bateu palmas e foi aplaudido pelo público.

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Antes de voltar para a plateia, Paolo ainda ganhou um solidéu branco igual ao do pontífice. De acordo com o portal Vatican News, o menino sofre de uma "deficiência cognitiva".

"Quando esse menino teve a liberdade de se aproximar e se movimentar como se estivesse em sua casa, me veio à mente o que Jesus dizia sobre a espontaneidade e a liberdade das crianças . E Jesus diz a vocês: 'Se não fizerem como as crianças, vocês não entrarão no reino dos céus'. Agradeço a esse menino pela lição que ele deu a todos", declarou o Papa antes de iniciar sua catequese.

"Que o senhor o ajude em sua limitação e em seu crescimento. As crianças não têm um tradutor automático do coração para a vida, as crianças vão em frente", acrescentou.

Da Ansa

O papa Francisco nomeou o engenheiro florestal brasileiro Virgilio Maurício Viana como novo membro da Pontifícia Academia das Ciências Sociais.

Nascido em 26 de dezembro de 1960, Viana ocupa o cargo de superintendente-geral da Foundation for Amazon Sustainability (FAS) e é membro da comissão de Covid-19 da publicação científica The Lancet.

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Além disso, já foi presidente da Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia (SBEE) e da Associação Paulista de Engenheiros Florestais (APAEF), além de secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (2002 a 2008).

A Pontifícia Academia das Ciências Sociais foi fundada pelo papa João Paulo II em 1994 para promover estudos em áreas como economia, sociologia, direito e política, sempre em diálogo com a doutrina da Igreja Católica.

Da Ansa

Em um dos pontos de sua mensagem para o encontro mundial dos movimentos populares neste sábado (16), o papa Francisco elogiou os atos antirracistas que surgiram nos Estados Unidos após a morte de George Floyd.

"Sabem o que vem na minha mente agora, com os movimentos populares, quando penso no Bom Samaritano? Os protestos pela morte de George Floyd. Claro que esse tipo de reação contra a injustiça social, racial ou machista pode ser manipulada ou instrumentalizada por maquinações políticas ou coisas do tipo. Mas, o essencial é que ali, naquela manifestação contra aquela morte, havia o 'samaritano coletivo', que não era nada estúpido", disse aos participantes do encontro.

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Para Francisco, as manifestações do Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) não tiveram dúvida em agir "quando viram que a ferida da dignidade humana foi atingida por um abuso de poder".

"Os movimentos sociais são, além de poetas sociais, 'samaritanos coletivos'", acrescentou.

Os atos contra do assassinato de George Floyd pelo policial branco Derek Chauvin, no dia 25 de maio de 2020, se espalharam por todos os Estados Unidos e também para outros continentes.

Além de protestar contra a morte, os manifestantes queriam pedir mudanças na polícia e alertar para o racismo estrutural que existe na sociedade.

Da Ansa

O papa Francisco voltou a afirmar nesta quinta-feira (14) que o aborto voluntário é "homicídio" e defendeu que profissionais da saúde se recusem a participar desse tipo de procedimento, mesmo onde seja permitido por lei.

"Vocês sempre estão a serviço da vida humana, e isso pode comportar, em certos casos, a objeção de consciência, que não é infidelidade, mas sim fidelidade à sua profissão. E também é uma denúncia das injustiças contra vidas inocentes e indefesas", declarou o líder católico em discurso para farmacêuticos de hospitais italianos.

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"Sobre o aborto, sou muito claro: trata-se de um homicídio, e não é lícito tornar-se cúmplice. Nosso dever é estarmos próximos das mulheres para que não se chegue a pensar na solução abortiva, que, na realidade, não é uma solução", acrescentou.

O aborto é permitido por lei na Itália desde a década de 1970, mas médicos e enfermeiros podem alegar "objeção de consciência" para não participar desse tipo de procedimento.

Um mapeamento realizado recentemente pela Associação Luca Coscioni, uma das principais entidades de defesa dos direitos civis no país, mostra que em pelo menos 15 hospitais italianos todos os ginecologistas são "objetores".

"Hoje está um pouco na moda pensar que seria uma boa ideia remover a objeção de consciência, mas essa é a intimidade ética de cada profissional da saúde e jamais pode ser negociada", declarou o Papa nesta quinta.

Da Ansa

O papa Francisco expressou nesta quarta-feira (6) "vergonha" após a publicação de um relatório detalhado e devastador sobre os abusos sexuais contra crianças na Igreja Católica francesa durante décadas.

"Desejo expressar às vítimas a minha tristeza e minha dor pelos traumas sofridos, e também minha vergonha, nossa vergonha, pela incapacidade da Igreja durante muito tempo para colocá-las no centro de suas preocupações", disse Francisco durante uma audiência geral.

"Rezo e rezamos todos juntos. Tua é glória, Senhor, e nossa a vergonha. É o momento da vergonha", insistiu o pontífice.

Francisco pediu a todos os líderes religiosos que "sigam adiante com os esforços para que tragédias semelhantes não voltem a acontecer".

Também pediu aos católicos franceses a "assumir suas responsabilidades para que a Igreja seja uma casa segura para todos".

Um relatório independente publicado na terça-feira na França afirma que mais de 216.000 menores de idade foram vítimas de abusos sexuais na Igreja Católica do país desde 1950.

Padres e religiosos abusaram de 216.000 menores entre 1950 e 2020, mas o número alcançaria 330.000 se levados em consideração os crimes cometidos por laicos que trabalharam em instituições religiosas, afirmou a Comissão Independente sobre os Abusos Sexuais na Igreja (Ciase) na França.

Na terça-feira, em um comunicado divulgado pelo Vaticano, o papa já havia expressado "imensa dor", assim como "gratidão" às vítimas "por sua coragem para denunciar.

O pontífice argentino transformou a luta contra as agressões sexuais em uma de suas prioridades e publicou um manual em 2020 para a gestão de denúncias na Igreja.

O papa Francisco lamentou nesta segunda-feira (27) a morte do cardeal José Freire Falcão, mais uma das quase 600 mil vítimas da Covid-19 no Brasil.

Em telegrama para a Arquidiocese de Brasília, o líder da Igreja Católica disse ter recebido "com pesar" a notícia do falecimento de dom Falcão, que tinha 95 anos de idade e era arcebispo emérito da capital federal.

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"Confio à misericórdia de Deus o amado cardeal, recordando-me da sua preciosa colaboração nos diferentes organismos da Santa Sé e dos meus encontros com este pastor apaixonado pela evangelização", escreveu Francisco.

Segundo o Papa, dom Falcão era "solícito em colocar os dons recebidos do Senhor ao serviço do povo de Deus e dos seus irmãos bispos".

"Dou graças ao pai do céu pelo seu ministério episcopal, em que ele se prodigalizou com generosidade, conduzindo pelos caminhos do evangelho o povo que lhe fora confiado, com o mesmo zelo com que realizara os seus serviços precedentes", acrescentou Jorge Bergoglio.

De acordo com o Arquidiocese de Brasília, o cardeal morreu na noite de domingo (26), no Hospital Santa Lúcia, após nove dias internado devido à Covid-19. Seu estado havia piorado na madrugada de 24 de setembro, com complicações respiratórias e renais.

Nascido em 23 de outubro de 1925, em Ereré (CE), dom Falcão foi arcebispo de Teresina (PI) entre 1971 e 1984 e de Brasília entre 1984 e 2004, quando se aposentou. 

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Da Ansa

 O papa Francisco disse em um encontro com jesuítas durante sua recente viagem à Eslováquia que "algumas" pessoas gostariam de vê-lo morto.

Os detalhes da conversa de Jorge Bergoglio com integrantes da Companhia de Jesus, ordem à qual ele mesmo pertence, foram divulgados pela revista jesuíta italiana La Civiltà Cattolica nesta terça-feira (21), cerca de uma semana após o retorno do pontífice.

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"Ainda estou vivo, embora alguns me quisessem morto. Sei que houve até encontros entre prelados, os quais pensavam que o Papa estava em estado mais grave do que divulgavam. Preparavam o conclave. Paciência. Graças a Deus, estou bem", disse Francisco durante uma visita surpresa a jesuítas da cidade eslovaca de Presov, em 14 de setembro.

Naquela ocasião, o Vaticano não divulgou detalhes sobre o compromisso, que não estava na agenda. Durante a conversa, Bergoglio, primeiro papa jesuíta na história, também reconheceu que, "às vezes", perde a paciência com as críticas contra ele dentro da Igreja Católica.

"Eu, pessoalmente, posso merecer ataques e injúrias porque sou um pecador, mas a Igreja não merece isso. Isso é obra do diabo. Tem até alguns clérigos que fazem comentários maldosos sobre mim. Às vezes, eu perco a paciência, especialmente quando emitem juízos sem entrar em um verdadeiro diálogo", declarou.

Francisco é alvo de forte oposição em alas ultraconservadoras do clero, que criticam suas aberturas a homossexuais e divorciados e até mesmo sua preocupação com a crise climática no planeta. Um dos principais expoentes desse grupo, o cardeal americano Raymond Burke, já chegou até a insinuar que o Papa é "herege".

Há pouco mais de dois meses, o pontífice passou por uma cirurgia para remoção de divertículos no cólon e ficou 10 dias internado em um hospital de Roma, mas já retomou suas atividades normalmente.

Da Ansa

O papa Francisco finalizou nesta quarta-feira (15) a visita oficial de quatro dias à Eslováquia, um país de 5,4 milhões de habitantes no centro da Europa, com uma missa no santuário mariano de Sastin para 50.000 fiéis.

Durante a viagem, o papa de 84 anos fez 12 discursos e visitou cinco cidades, com uma escala em Budapeste (Hungria), por ocasião de um congresso religioso, sem esconder o agradecimento por interagir com os padres e os jovens.

Acompanhado por um médico e duas enfermeiras durante a visita, ele apareceu sorridente e em boa forma.

O santuário de Sastin, conhecido como a basílica das Sete Dores da Virgem Maria, cuja história remonta ao século XIV, é um local de peregrinação muito famoso na Eslováquia.

O pontífice se reuniu nesta quarta-feira pela primeira vez com os bispos, com os quais rezou na igreja do santuário, antes de presidir uma missa em um grande campo ao lado do templo. Antes da cerimônia, ele percorreu o trajeto de papamóvel e, depois, encontrou a multidão.

Diante dos fiéis da Eslováquia, país que já teve um regime comunista e que se define como 60% católico mas pouco praticante, o sumo pontífice defendeu "uma fé que não seja abstrata, que aporte solidariedade àqueles que necessitam".

Ele pediu que os fiéis sejam acolhedores diante dos "egoísmos pessoais e coletivo".

João Paulo II visitou a Eslováquia três vezes. Sua última visita, em dezembro de 2003 durante quatro dias, foi particularmente difícil para o papa polonês, muito abalado pelo mal de Parkinson.

Ele concluiu a viagem número 102 de seu pontificado, quando tinha 83 anos, com uma missa solene em Bratislava para 200.000 pessoas.

Muitos cristãos passaram a noite na capital eslovaca. Eles dormiram em barracas e aguardaram o papa Francisco, que muitos temem ter visto pela última vez.

Entre os participantes da missa final do papa Francisco no santuário de Sastin estava o ex-secretário particular e amigo de João Paulo II, o cardeal polonês Stanislaw Dziwisz.

Este último está sendo investigado por uma denúncia na justiça por supostamente ter ocultado casos de abusos sexuais de menores de idade na igreja.

Menos pessoas do que o esperado se aproximaram durante os eventos com o papa Francisco em um país onde o temor de contágio da covid-19 é real, sobretudo porque apenas metade da população foi vacinada.

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