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A nova sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), denominada de edifício Governador Miguel Arraes, será inaugurado na tarde desta quinta-feira (29), às 15h. Após 142 anos funcionando no Palácio Joaquim Nabuco, as sessões do Legislativo pernambucano vão passar a ser realizadas em um novo plenário que, conforme aprovado pelos deputados nessa quarta-feira (28), véspera da inauguração, prestará homenagem ao ex-governador Eduardo Campos.

O governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Júlio, ambos do PSB, participam do evento. De acordo com nota divulgada no site da Assembleia, acontece, também nesta quinta-feira, a última reunião plenária no Museu Palácio Joaquim Nabuco. 

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Eduardo Campos, que denomina mais de dez órgãos e obras no estado, faleceu em agosto de 2014, em um acidente de avião enquanto era candidato à presidência pelo PSB. A proposta de homenagear o pessebista foi divulgada no Diário Oficial de Pernambuco, no dia 25 de maio. Somente os deputados Teresa Leitão (PT) e Edilson Silva (PSOL) manifestaram ressalvas à homenagem e registraram voto contrário à proposta.

Senadores da oposição e do governo chegaram a um consenso sobre a tramitação do projeto que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e promova a chamada reforma trabalhista. De acoordo com eles, o texto será votado na última comissão, a de Constituição e Justiça, no dia 28 de junho. E a partir desta data, a proposta ficará pronta para ser apreciada no Plenário da Casa Alta. 

Na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) será lido na próxima terça-feira (13). Nessa data, também devem ser lidos os votos em separado dos demais senadores que apresentarem versões alternativas ao texto do Ferraço. A votação na CAS está marcada para o dia 20 de junho.

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A proposta de reforma trabalhista altera mais de 100 pontos da CLT. O texto estabelece, por exemplo, que os acordos coletivos de trabalho terão força de lei. Com isso, poderão ser negociados temas como parcelamento de férias, cumprimento de jornada e trabalho remoto.

O relatório de Ferraço recomenda o veto a seis pontos da proposta. Entre eles, o trabalho intermitente, a jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso e a possibilidade de atividade insalubre para gestantes mediante atestado médico.

O senador Humberto Costa (PT) tem intensificado, cada dia mais, as críticas ao presidente Michel Temer (PMDB). No plenário, nesta quarta-feira (7), ele declarou que os tucanos servem como “muleta política” para dar sustentação ao peemedebista. “Um presidente ilegítimo que, caindo de podre, se debate para não abandonar o cargo com a finalidade de salvar a sua própria carcaça”, disparou. 

O líder da Oposição no Senado também disse que os tucanos perderam “o senso do ridículo” por continuarem apoiando um governo que o próprio partido acusou de ser criminosa. “É patético, uma vergonha, um escândalo, um escárnio. É um partido perdido, cujas principais lideranças derreteram tragadas pelo ódio que elas mesmas incitaram. E não é uma questão de cabeças pretas ou cabeças brancas como muitos querem fazer parecer sobre as divergências internas da legenda. É uma questão de cabeças ocas, fiadores e responsáveis pela assunção desta camarilha que está aí e por meter o Brasil no caos em que hoje vivemos”, continuou alfinetando. 

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Humberto pediu que o PSDB apoie as eleições diretas porque, apenas assim, o partido “assumiria o compromisso de devolver aos brasileiros o direito ao voto” e Temer não teria mais como “se sustentar”. “Foi uma irracionalidade o que o PSDB faz ao continuar mantendo o apoio a um dos governos mais detestados da história do país, dono de uma pauta destrutiva de direitos, que os tucanos insistem em querer fazer passar aqui em troca de vantagens".

O petista ainda declarou que “um a um, todos os homens do presidente estão indo parar na cadeia". "Não há saída para Michel Temer que não seja abandonar o cargo”, complementa o petista. Ainda de acordo com Humberto, Temer utiliza “os expedientes mais espúrios” para comprar apoio parlamentar com a finalidade de se manter no cargo. 

 

O novo plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) levará o nome do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto de 2014. A nova instalação passará a ser utilizada a partir do mês de agosto, no edifício Miguel Arraes de Alencar, e vai substituir o atual plenário Joaquim Nabuco. 

A proposta de homenagem foi publicada no Diário Oficial de Pernambuco da quinta-feira (25) e deve passar pelas comissões de Constitução, Justiça, Educação e Cultura, antes de seguir para votação na Alepe. Na publicação oficial, uma série de justificativas foram elencadas, dentre elas a trajetória de Campos como governador de Pernambuco. 

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"Em 2006, Eduardo Campos lançou-se candidato ao governo do estado de Pernambuco saindo vitorioso, reelegendo-se em 2010. Ocupou o Governo de Pernambuco durante sete anos (2007–2014). Na primeira gestão, destacam-se a atração de projetos e obras estruturadoras do governo Federal como a ferrovia Transnordestina, a Refinaria de Petróleo Abreu e Lima, a fábrica e hemoderivados Hemobrás e a recuperação da BR-101", conforme informações do texto do Diário Oficial Legislativo. 

Ex-governador é citado em esquemas de corrupção

Apesar da homenagem póstuma ao ex-governador ter se tornado uma constante no estado, tendo seu nome batizado em prédios e centros administrativos, Eduardo Campos tem tido seu nome ligado à esquemas de corrupação no último ano. 

Em 2016, a Polícia Federal investigou um esquema de lavagem de dinheiro, a partir da Operação Turbulência, formado por uma rede de empresas e cerca de 30 pessoas que pode ter atuado no financiamento irregular das campanhas do ex-governador.

Recentemente, Campos também teve seu nome envolvido em outro cenário de corrupção direta. O diretor de Relações Institucionais da Holding J&F, Ricardo Saud, relatou, no anexo 36 de sua delação premiada, a ligação da JBS com o então candidato à Presidência da República pelo PSB, em 2014. Em seu depoimento, ele cita que o grupo empresarial tratou de recursos que seriam direcionados para a campanha do pessebista e demais candidatos socialistas naquele ano, mas após a sua morte teria beneficiado apenas aliados.  

Com a ausência de deputados da oposição, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite dessa quarta-feira (24) seis medidas provisórias (MPs) que trancavam a pauta de votações da Casa. A aprovação das MPs ocorreu sem a presença da oposição que decidiu se retirar do plenário em protesto contra a edição do decreto do presidente Michel Temer que autorizou a presença das Forças Armadas nas ruas do Distrito Federal.

A decisão de abandonar o plenário foi tomada por deputados do PT, PSOL, Rede, PDT, PCdoB e PMB. Após o reinício dos trabalhos, o líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), anunciou que os partidos de oposição decidiram retirar todos seus deputados do Plenário em protesto contra o decreto do presidente Michel Temer que prevê o emprego das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios entre os dias 24 e 31 de maio para “garantir a lei e a ordem".

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“Estamos inaugurando uma nova fase na história do Brasil. Para reprimir uma manifestação popular com mais de 100 mil pessoas, se coloca o Exército na rua. Isso é um retrocesso com o qual nós não podemos compactuar. Nós da bancada do PT e de oposição vamos nos retirar do Plenário”, disse Zarattini.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) aproveitou, encerrou a sessão do Plenário e iniciou outra sessão extraordinária com sete medidas provisórias na pauta. A decisão foi criticada por alguns deputados. O líder do PPS, Arnaldo Jordy (PA), disse que boa parte dos projetos ainda não eram do conhecimento dos parlamentares. “Manifesto minha discordância com a inclusão de matérias que sequer foram discutidas no colégio de líderes”, disse.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) afirmou que apenas duas MPs estavam previstas na pauta de votação dessa quarta-feira. “Ao saber que poderia passar o rolo compressor, [Maia] colocou sete medidas provisórias. Isso é oportunismo”, afirmou.

Votações rápidas

Sem a obstrução da oposição as votações foram rápidas. Todos os destaques dos deputados de oposição foram rejeitados. A primeira medida aprovada (MP 759/16) impõe regras para regularização de terras da União ocupadas na Amazônia Legal e disciplina novos procedimentos para regularização fundiária urbana e rural até 2,5 mil hectares.

O texto original determinava que a regularização deveria ocorrer em áreas contínuas de até 1,5 mil hectares (um hectare equivale à área aproximada de um campo de futebol). No entanto, o relator na comissão, senador Romero Jucá (PMDB-RR), elevou o limite. Jucá aumentou também o público-alvo da regularização, pois permite que ocupantes anteriores a julho de 2008 participem do processo. Anteriormente, isso estava limitado a ocupantes anteriores a 1º de dezembro de 2004.

Em seguida, os deputados aprovaram a MP 767/17 que trata da concessão do auxílio-doença, da aposentadoria por invalidez e do salário-maternidade no caso de o segurado perder essa condição junto ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS) e retomá-la posteriormente.  A proposta aumenta o período de carência para a concessão de tais benefícios. O texto também cria um bônus para os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com o objetivo de diminuir o número de auxílios concedidos há mais de dois anos sem a revisão legal prevista para esse prazo.

Policiais militares

Foram aprovadas a MP 760/16, que muda as regras de acesso de praças ao posto de oficial nos quadros dos policiais militares e dos bombeiros militares do Distrito Federal; e a 761/16, que altera o Programa Seguro-Emprego (PSE), prorrogando para 31 de dezembro de 2018 o prazo de adesão ao programa. A medida permite aos patrões reduzir em até 30% os salários e a jornada de trabalho. O prazo anterior se esgotaria em 31 de dezembro deste ano.

Outra medida aprovada (MP 762/16) prorroga isenção de tributo sobre transporte fluvial de mercadorias. A MP prorroga a isenção do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), beneficiando mercadorias cuja origem ou cujo destino final seja portos localizados nas regiões Norte ou Nordeste do país.

O plenário aprovou ainda a MP 764/16, que autoriza desconto na compra de bens e serviços com pagamento à vista, proibindo contratos de prestadoras de serviço de excluírem essa possibilidade conforme a forma de pagamento (dinheiro, cartão de crédito, cheque). Pela proposta, o lojista deverá informar, em local e formato visíveis ao consumidor, eventuais descontos oferecidos em razão do prazo ou do instrumento de pagamento utilizado. Todas as MPs foram aprovadas em votação simbólica e seguem para apreciação do Senado.

Votação continua

Maia ainda tenta votar mais três medidas provisórias, mas enfrenta resistência por falta de acordo com os deputados da base aliada. Os deputados tentam costurar um acordo para votar a MP 766/17 que permite o abatimento de dívidas com a Receita Federal ou com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional de créditos tributários (recursos a receber) e prejuízos fiscais de anos anteriores.

A medida cria o novo programa de renegociação de dívidas com a União. Para as grandes empresas, que declaram pelo lucro real, uma das formas de adesão possibilita o pagamento de 20% da dívida à vista e uso de créditos tributários ou prejuízos fiscais para quitar o restante.

A base governista tenta encontrar uma solução, dentro das regras do Regimento Interno, para construir um texto alternativo à MP, uma vez que a redação negociada e apresentada perante a Mesa propunha uma mistura de trechos do projeto de lei de conversão do deputado Newton Cardoso Jr (PMDB-MG) com o texto original da MP, o que o Regimento não permite. É necessário usar apenas emendas e o projeto de lei de conversão aprovado na comissão mista que analisou a MP.

Outro ponto que enfrenta divergência entre os deputados é a MP 768/17 que criou dois ministérios: a Secretaria-Geral da Presidência da República e o Ministério dos Direitos Humanos, além de alterar o Ministério da Justiça e Cidadania para Ministério da Justiça e Segurança Pública. Não há acordo quanto à estrutura da Secretaria de Pesca, se ficaria no Ministério da Agricultura ou no Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Também há impasse quanto a votação da MP 765/16, que reajusta a remuneração de servidores de ex-territórios e de servidores públicos federais, como auditor-fiscal, analista tributário e auditores-fiscais do trabalho, todas carreiras da Receita Federal, que passa a ganhar um bônus pelo cumprimento de metas relacionadas à arrecadação, inclusive de multas. Deputados contrários ao pagamento desses bônus não concordam com a votação da MP.

O Senado pode votar nesta semana, em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição que propõe o fim do foro especial por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado. A pauta do plenário está trancada por três medidas provisórias, mas as PECs não se sujeitam ao trancamento.

Atualmente, mais de 54 mil pessoas são beneficiadas por alguma forma de foro privilegiado.

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A PEC 10/2013 é de autoria do senador Alvaro Dias (PV-PR) e é relatada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O texto estabelece o fim do foro privilegiado em caso de crimes comuns. Dessa forma, todas as autoridades e agentes públicos hoje beneficiados por ele responderão a processos iniciados nas primeiras instâncias da Justiça comum. As exceções são os chefes dos três poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário).

As autoridades manterão o foro por prerrogativa de função nos crimes de responsabilidade, aqueles cometidos em decorrência do exercício do cargo público, como os contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; a segurança interna do país; a probidade na administração; a lei orçamentária; e o cumprimento das leis e das decisões judiciais, entre outros.

No primeiro turno de votação, a PEC recebeu 75 votos favoráveis. Para ser aprovada em segundo turno, a matéria precisa de 49 votos. Se isso acontecer, a matéria seguirá para a Câmara dos Deputados.

Outras matérias

As três medidas provisórias que tracam a pauta tramitam como projetos de lei de conversão e precisam ser votadas até o dia 29 de maio para não perderem a validade.

A MP 756/2016 altera os limites do Parque Nacional do Rio Novo e da Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará. Já a MP 757/2016 cria duas taxas na Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). A MP 758/2016, por sua vez, altera os limites do Parque Nacional do Jamanxim e da Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós para adequá-los à passagem da estrada de ferro EF-170.

Também está na pauta o PLS 55/2017 Complementar, que estabelece a criação de comitês de transição de governo nas administrações públicas de todos os níveis (federal, estadual e municipal) a cada troca de chefe do Poder Executivo.

Ainda podem ser votadas a PEC 64/2016, que torna o estupro um crime imprescritível; a PEC 77/2015, que cria um regime simplificado de prestação de contas para os pequenos municípios; a PEC 103/2015, que permite ao Congresso entrar em recesso no meio do ano mesmo sem aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); e a PEC 2/2017, que impede a extinção dos tribunais de contas, tornando-os órgãos permanentes e essenciais ao controle externo da administração pública.

Com informações da Agência Senado.

O Senado pode votar nesta semana em segundo turno a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim do foro especial por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado. A matéria passará pela última sessão de discussão na terça-feira (16) e o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), garantiu que colocará a matéria em pauta se houver um número expressivo de senadores em Plenário. Atualmente, mais de 54 mil pessoas são beneficiadas por alguma forma de foro privilegiado.

A PEC 10/2013 é de autoria do senador Alvaro Dias (PV-PR) e é relatada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O texto estabelece o fim do foro privilegiado em caso de crimes comuns. Dessa forma, todas as autoridades e agentes públicos hoje beneficiados por ele responderão a processos iniciados nas primeiras instâncias da Justiça comum. As exceções são os chefes dos três poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário).

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As autoridades manterão o foro por prerrogativa de função nos crimes de responsabilidade, aqueles cometidos em decorrência do exercício do cargo público, como os contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; a segurança interna do país; a probidade na administração; a lei orçamentária; e o cumprimento das leis e das decisões judiciais, entre outros.

No primeiro turno de votação, a PEC recebeu 75 votos favoráveis. Para ser aprovada em segundo turno, a matéria precisa de 49 votos. Se isso acontecer, a matéria seguirá para a Câmara dos Deputados.

Outras matérias

O Plenário do Senado também pode votar nesta semana o projeto que estabelece a criação de comitês de transição de governo nas administrações públicas de todos os níveis (federal, estadual e municipal) a cada troca de chefe do Poder Executivo. O PLS 55/2017 acrescenta essa previsão à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Outras quatro PECs também podem avançar na Casa. Uma delas é a PEC 64/2016, que torna o estupro um crime imprescritível. Ela foi aprovada em primeiro turno na última terça-feira (9) e agora inicia o segundo turno da sua tramitação. Serão três sessões de discussão antes da votação final.

Duas outras PECs já podem ser votadas em primeiro turno: a 77/2015, que cria um regime simplificado de prestação de contas para os pequenos municípios, e a 103/2015, que permite ao Congresso entrar em recesso no meio do ano mesmo sem aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Por fim, o Plenário deve finalizar o primeiro turno de discussões da PEC 2/2017, de autoria do senador Eunício Oliveira, que impede a extinção dos tribunais de contas, tornando-os órgãos permanentes e essenciais ao controle externo da administração pública. A PEC está na quarta sessão de discussão. Após a quinta, poderá passar pela primeira votação.

Com informações da Agência Senado.

A Câmara dos Deputados fará um esforço nesta semana com o objetivo de votar, pelo menos, a grande maioria das dez medidas provisórias (MPs)que estão trancando a pauta de votações do plenário. A intenção do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), é começar as votações das MPs nesta segunda-feira (15). Para isso, ele convocou os deputados para sessão extraordinária de votações no final da tarde desta segunda.

O primeiro item da pauta de votações da semana é a MP 759/16, que dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana, a liquidação de créditos concedidos aos assentados da reforma agrária e a regularização fundiária no âmbito da Amazônia Legal de áreas de até 2,5 mil hectares.

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A MP também institui mecanismos para aprimorar a eficiência dos procedimentos de alienação de imóveis da União. Votando essa MP, outras medidas provisórias poderão entrar na pauta de votações da noite desta segunda-feira.

Além das dez MPs, que estão trancando a pauta de votações, Rodrigo Maia anunciou que pretende colocar na pauta de votações de terça-feira (16) o projeto de lei complementar do Senado, que estabelece transição para as isenções fiscais concedidas pelos estados no âmbito da chamada guerra fiscal, com prazos que variam de 1 a 15 anos de vigência para as atuais isenções e incentivos.

Na pauta das sessões extraordinárias da Câmara consta também a discussão e votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 70/11, que muda as regras de tramitação das medidas provisórias no Congresso Nacional. A PEC propõe o fim das comissões mistas formadas por deputados e senadores para a análise inicial da MPs e estabelece prazos mais rígidos para a tramitação das propostas.

Dentre outras medidas provisórias estão as MPs 756 e 758, que mudam limites de unidades de conservação de terras no Pará, como o Parque Nacional do Rio Novo, a Floresta Nacional do Jamanxim e o Parque Nacional do Jamanxim, além de procurar equacionar problemas de ocupação irregular na região. No caso do parecer apresentado à MP 756, a Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo é dividida em duas unidades com finalidades diversas: um parque nacional e uma área de proteção ambiental.

Duas taxas

Já para resolver questões de custeio das atividades da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), foi editada e depende agora de votação da Câmara, a MP 757/16 que cria duas taxas, que vão substituir a Taxa de Serviços Administrativos cobrada na Zona Franca,  considerada ilegal pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio de 2016.

O relatório apresentado à MP e aprovado pela comissão mista prevê a cobrança da Taxa de Serviço (TS) de pessoas físicas e jurídicas que solicitarem serviços como cadastramento (R$ 140,37) e a Taxa de Controle de Incentivos Fiscais (TCIF) a ser paga por pessoas jurídicas que pedirem o licenciamento de importação ou o registro de ingresso de mercadorias procedentes do exterior no território nacional.

Outra MP (764/16), que está trancando a pauta de votações e pode ser votada nesta semana, permite o desconto na compra de bens e serviços se o pagamento for feito em dinheiro. A MP regra torna legal a negociação de descontos para pagamento em dinheiro em vez de outros meios, que implicam pagamento de taxas pelos lojistas.

A Câmara Dos deputados aprovou nessa quarta-feira (10) em 1º turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 304/17 que considera as vaquejadas como praticas não cruéis. A proposta altera a Constituição para estabelecer que não são consideradas cruéis as atividades desportivas que utilizem animais, desde que sejam registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro e garantam o bem-estar dos bichos. O texto foi aprovado por 366 votos a favor, 50 contra e seis abstenções.

Deputados defensores dos direitos dos animais criticaram a PEC que, no entendimento deles, permite a prática de maus tratos. Em outubro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional uma lei do estado do Ceará que regulamenta a prática das vaquejadas porque submeteria os animais à crueldade.

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“O STF entendeu que deve prevalecer o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, porque se trata de um direito que cuida de algo que diz respeito ao indivíduo, à sociedade e às futuras gerações, e, por essa razão, declarou inconstitucional a vaquejada pelo sofrimento que provoca nos animais”, disse o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ).

A proposta, de origem do Senado, foi defendida principalmente por deputados das regiões Nordeste e Centro-Oeste. O deputado Domingos Neto (PSD-CE) rebateu as críticas e disse que o texto da PEC vem justamente regulamentar a prática. “Uma vaquejada com rabo artificial, com proteção para o cavalo, com uma nova cama de areia, garantindo proteção ao animal”, disse.

“Essa PEC é para resguardar a história do país, a bravura do vaqueiro e do homem nordestino. E também para reavivar uma força econômica muito importante para o povo brasileiro”, acrescentou o deputado Danilo Forte (PSB-CE).

O deputado João Marcelo Souza (PMDB-MA) disse que os que se colocam contra o texto adotam uma atitude hipócrita. “São deputados do Sul, do Sudeste, que nada entendem de vaquejada. Isso se chama hipocrisia. Vocês não conhecem a cultura do Nordeste. Nunca se quis fazer mal a animal nenhum”, disse.

O deputado Ricardo Izar (PP-SP) rebateu Marcelo Souza e afirmou que  uma “manifestação tão agressiva assim só poderia se esperar de alguém que defende os maus tratos contra animais”. Izar é um dos principais defensores dos direitos dos animais na Casa e chegou a presidir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar casos de maus tratos.

O texto da PEC agora terá que passar por nova votação no Plenário da Câmara, em segundo turno. O prazo regimental determina intervalo mínimo de cinco sessões entre uma e outra votação. Caso não haja alterações no texto, ele será promulgado. Do contrário, terá que retornar ao Senado para nova votação.

O deputado federal Capitão Augusto (PR) utilizou o plenário da Câmara, nesta quinta-feira (4), para declarar o seu apoio ao parlamentar Jair Bolsonaro (PSC). “Acredito que eu seja o primeiro deputado federal a estar vindo aqui para estar declarando o meu total apoio a sua candidatura”, disse. 

Ele destacou que Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais de qualquer instituto. “O Jair sem apoio nenhum da mídia e de diretórios políticos já consta como segundo lugar. Primeiramente, [gostaria de] dar os parabéns pela sua luta solitária e estar figurando em segundo lugar em todas as pesquisas eleitorais”. 

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Capitão Augusto também disse que “não é à toa” a posição que Jair Bolsonaro alcançou. Segundo o parlamentar, Bolsonaro possui os valores que os eleitores estão querendo de um político. “Patriotismo, civismo, moralidade, ética, honestidade, vontade de servir e coragem para mudar as coisas. Por isso que, mesmo sem apoio nenhum, já está em segundo lugar com grandes chances de estar obviamente subindo aquela rampa do Palácio do Planalto com o nosso apoio”, acredita. 

Ele terminou falando sobre a criação do Partido Militar Brasileiro. “Também gostaria como fundador e idealizador do Partido Militar Brasileiro, que hoje está presente em 1.200 diretórios municipais e nos 27 diretórios estaduais , já estar declarando o total apoio do partido para a sua candidatura. Fica aqui o nosso indicado pelo partido, que ainda não está concluído, mas já dispõe de mais diretórios que muitos partidos constituídos. Já fizemos uma reunião interna declarando total apoio e, inclusive, colocando a sua disposição”, finalizou. 

 

 

Com a aprovação do texto da reforma da Previdência na comissão especial, o deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) acredita que apenas a “força da sociedade” vai garantir a derrota da proposta no Plenário da Casa. Isto porque, segundo ele, a expectativa é de que o governo do presidente Michel Temer (PMDB) inicie uma série de articulações para convencer os deputados ainda indecisos a apoiar a aprovação da proposta de emenda constitucional.

“O governo ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar o projeto. É preciso dar um ‘calor' nos deputados favoráveis à proposta e nos indecisos. Só com a força da sociedade vamos derrotar a retirada dos direitos dos trabalhadores”, destacou o parlamentar. “O governo irá tentar convencer os deputados a aprovarem o texto, por isso, precisamos nos manter mobilizados”, acrescentou. 

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O texto principal da reforma foi aprovado por 23 votos a 14, no entanto, os destaques ainda aguardam a análise do colegiado. De acordo com Cabral, concluída a apreciação, a expectativa é de que a PEC 287/2016 seja votada no Plenário em até duas semanas. 

Fazendo uma avaliação do projeto, Danilo Cabral reforçou ser “contra qualquer medida que fira as conquistas da classe trabalhadora”. Para o pessebista, o governo Temer errou na forma e no mérito do projeto. “Defendeu um déficit que não existe, podou o diálogo na Câmara e com a sociedade e jogou as contas nas costas dos trabalhadores”, criticou. Ele acrescentou que falta ao texto, por exemplo, a discussão sobre a cobrança de dívidas e de medidas mais rígidas para inibir os devedores. 

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O Congresso Nacional irá se reunir nesta terça-feira (2) para votar nove vetos presidenciais a leis aprovadas no Legislativo, que estão bloqueando a pauta de votações. A sessão foi convocada para as 18h30.

Um dos vetos a ser analisado foi feito à Lei  que altera a estrutura da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Michel Temer vetou trechos sobre a obrigatoriedade de sabatina no Senado para aprovação do diretor-presidente, a permissão ao Comitê Editorial e de Programação decidir sobre planos editoriais propostos pela diretoria-executiva para os veículos da EBC, alterações na linha editorial da programação veiculada pela EBC e a convocação de audiências e consultas públicas sobre conteúdos produzidos.

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A Lei 13.425/2017, que estabelece normas sobre segurança, prevenção e proteção contra incêndios em estabelecimentos de reunião de público também foi sancionada com uma série de vetos. O texto estabelece normas mais rígidas a serem seguidas por proprietários de estabelecimentos, autoridades públicas e profissionais, visando evitar tragédias como a da boate Kiss, em Santa Maria (RS), que vitimou dezenas de pessoas.

A polêmica lei da terceirização também recebeu vetos presidenciais. Os temas centrais foram mantidos,  como a possibilidade de as empresas terceirizarem sua atividade principal, sem restrições, inclusive na administração pública. Mas o Planalto vetou, por exemplo,  a extensão do prazo de 270 dias dos contratos temporários ou de experiência.

Também está na pauta o Projeto de Resolução do Congresso Nacional 1/2017, que trata da criação, no âmbito do Congresso Nacional, da Comissão Mista Permanente destinada a consolidar a legislação federal e regulamentar dispositivos da Constituição.

Com informações das agências Câmara e Senado.

 

Após acordo entre as principais lideranças da base aliada e da oposição, o plenário do Senado aprovou por unanimidade nessa quarta-feira (26) o primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece o fim do foro privilegiado para todas as autoridades, com exceção dos chefes dos Três Poderes.

A proposta contou com 75 votos a favor e nenhum contra. Por se tratar de uma PEC, o projeto ainda terá que ser votado em segundo turno antes de ser encaminhado para a Câmara dos Deputados. Para que ocorra a votação final será necessária a realização de três sessões. Nesse meio tempo há a possibilidade de serem apresentadas novas emendas, que podem alterar o conteúdo do texto.

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As negociações para votar a PEC na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) e no mesmo dia no plenário foram feitas durante a madrugada desta quarta-feira, na residência oficial do Senado, e contaram com a participação de representantes dos principais partidos da Casa. Na ocasião, também foi acertada a votação do projeto de abuso de autoridade aprovada durante a sessão desta quarta e encaminhada para a Câmara.

A PEC exclui a previsão constitucional de foro por prerrogativa de função nos tribunais superiores e na Justiça Federal, para julgamento de crime comum praticado por autoridade. O texto aprovado no plenário é o mesmo que foi discutido no início da tarde na CCJ.

Na ocasião, o relator do projeto, Randolfe Rodrigues (Rede-AC), acatou uma emenda do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que estabelece que os presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) continuam sendo julgados pela Suprema Corte mesmo em caso de infrações penais comuns.

Em casos de crime de responsabilidade, ministros de Estado, comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, membros dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União e chefes de missão diplomática de caráter permanente também continuam com foro privilegiado.

"O foro por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado no Brasil, que contempla quase 37 mil autoridades, da forma como está, estabelece dois tipos de cidadãos em nosso País. Um cidadão de uma casta privilegiada, que tem uma espécie de tribunal especial, e outros, que são julgados por qualquer juiz ou tribunal", ressaltou Randolfe no plenário.

Ao defender a aprovação da PEC ele também elencou algumas "travas" que foram colocadas no relatório para que as novas regras não sejam desconfiguradas. "Na PEC não será possível qualquer esperteza para alguma Assembleia Legislativa tentar alguma salvaguarda aos governadores", disse o senador.

Após o encerramento das discussões, realizadas a toque de caixa, os líderes convocaram suas bancadas para a aprovação do texto.

"Quando Montesquieu pensou o sistema de pesos e contrapesos foi porque ele se convenceu de que o homem tende a abusar da autoridade. Por isso, é muito importante a presença de todos aqui, no plenário. O PMDB recomenda o voto 'sim'", afirmou o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL).

Após declarar o resultado, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-AL), considerou como histórica a sessão que aprovou o primeiro turno da PEC do fim do foro e a atualização das regras de abuso de autoridade.

"Eu acho que o dia de hoje seguramente marcará a história do Senado Federal e do Brasil. Acabamos com o foro dito privilegiado não para os 600 parlamentares e ministros, mas para todas as 35 mil pessoas que detêm direito a essa prerrogativa de função. Do vereador ao membro do Conselho Nacional de Justiça", afirmou Eunício. "Ao mesmo tempo regulamos o combate de abuso de autoridades. Uma excrescência que afeta o cidadão diariamente, a chamada carteirada na fila de cinema; a prisão injusta, dos maus tratos nas prisões; nas delegacias", emendou.

O Plenário da Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira (26) o projeto de lei que trata da reforma trabalhsita (PL 6787/16). O relatório foi aprovado nessa terça (25) na comissão especial que debateu o tema por 27 votos a 10 e nenhuma abstenção, com ressalvas aos destaques incluídos no relatório durante a discussão.

Depois de apresentar o relatório com nova redação, o relator Rogério Marinho (PSDB-RN) acatou algumas alterações sugeridas por parlamentares, entre as quais a proibição de que o pagamento de benefícios, diárias ou prêmios possam alterar a remuneração principal do empregado e a inclusão de emenda que prevê sanções a patrões que cometerem assédio moral ou sexual.

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Marinho disse que, após a votação, vai se reunir com integrantes da bancada feminina para definir acordo sobre mais alterações em torno de alguns pontos, em especial o que trata do trabalho de grávidas e lactantes em ambientes insalubres.

O texto consolidado com todas as mudanças incorporadas ainda não foi divulgado. A oposição ainda tentará votar os destaques em separado antes do início da Ordem do Dia no plenário. O relator disse que poderá fazer mudanças até o momento da votação em plenário, prevista para começar no período da tarde.

Veja a seguir os principais pontos do parecer de Marinho:

Negociado sobre o legislado

Considerada a “espinha dorsal” da reforma trabalhista, esse ponto permite que as negociações entre patrão e empregado, os acordos coletivos tenham mais valor do que o previsto na legislação. O texto enviado pelo governo previa que o negociado sobre o legislado poderia ser aplicado em 13 situações, entre as quais plano de cargos e salários e parcelamento de férias anuais em até três vezes. O substitutivo de Marinho aumentou essa possibilidade para quase 40 itens.

O parecer mantém o prazo de validade de dois anos para os acordos coletivos e as convenções coletivas de trabalho, vedando expressamente a ultratividade (aplicação após o término de sua vigência).

Foi alterada a concessão das férias dos trabalhadores. A medida enviada pelo governo prevê que as férias possam ser divididas em até três períodos. No parecer, o relator propõe que não é permitido que um dos períodos seja inferior a 14 dias corridos e que os períodos restantes não sejam inferiores a cinco dias corridos cada um.

Além disso, para que não haja prejuízos aos empregados, vedou-se o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.

Para Marinho, ao se abrir espaço para que as partes negociem diretamente condições de trabalho mais adequadas, sem revogar as garantias estabelecidas em lei, o projeto possibilita maior autonomia às entidades sindicais, ao mesmo tempo em que busca conferir maior segurança jurídica às decisões que vierem a ser negociadas.

Por outro lado, a lista de pontos previstos em lei que não poderão ser alterados por acordo coletivo chegou a 29. O projeto original proibia mudanças apenas em normas de segurança e medicina do trabalho. O novo texto, prevê, entre outros, a liberdade sindical e o direito de greve; FGTS; salário mínimo; décimo terceiro salário; hora-extra, seguro-desemprego, salário família; licenças-maternidade e paternidade; aposentadoria; férias; aviso prévio de 30 dias; e repouso semanal remunerado.

Fim da contribuição sindical obrigatória

Marinho propõe que a contribuição sindical fique restrita aos trabalhadores e empregadores sindicalizados. O desconto do pagamento da contribuição deve ser feito somente depois de manifestação favorável do trabalhador ou da empresa.

“Criada em uma época em que as garantias constitucionais estavam suspensas, a contribuição sindical tem inspiração claramente fascista, uma vez que tinha como principal objetivo subsidiar financeiramente os sindicatos para que dessem sustentação ao governo”, afirmou Marinho.

O tributo é recolhido anualmente e corresponde a um dia de trabalho, para os empregados, e a um percentual do capital social da empresa, no caso dos empregadores. Segundo o deputado, o país tem 17 mil sindicatos que recolhem R$ 3,6 bilhões em tributos anualmente.

“Não há justificação para se exigir a cobrança de uma contribuição de alguém que não é filiado e que, muitas vezes, discorda frontalmente da atuação de seu sindicato”, destacou o relator. Para Marinho, os sindicatos se fortalecerão com o fim da obrigatoriedade da cobrança de um dia de trabalho por ano, e a mudança vai acabar com instituições sem representatividades, o que chamou de “sindicatos pelegos”.

Trabalho intermitente

A proposta do relator prevê a prestação de serviços de forma descontínua, podendo o funcionário trabalhar em dias e horários alternados. O empregador paga somente pelas horas efetivamente trabalhadas. A modalidade, geralmente praticada por donos de bares, restaurantes, eventos e casas noturnas, permite a contratação de funcionários sem horário fixo de trabalho. Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê apenas a contratação parcial de forma descontínua, com duração que não exceda a 25 horas semanais.

O contrato de trabalho nessa modalidade deve ser firmado por escrito e conter o valor da hora de serviço.

O empregado deverá ser convocado para a prestação do serviço com, pelo menos, três dias de antecedência e responder em um dia útil. Ao final de cada período de prestação de serviço, o trabalhador receberá o pagamento da remuneração, de férias e décimo terceiro proporcionais, além do repouso semanal remunerado e adicionais legais. Segundo a proposta de Marinho, o empregador deverá recolher a contribuição previdenciária e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Trabalho terceirizado

O relatório retira as alterações de regras relativas ao trabalho temporário. A Lei da Terceirização (13.429/17), sancionada em março, já havia mudado as regras do tempo máximo de contratação, de três meses para 180 dias, consecutivos ou não.

Além desse prazo inicial, pode haver uma prorrogação por mais 90 dias, consecutivos ou não, quando permanecerem as mesmas condições.

Com o objetivo de proteger o trabalhador terceirizado, a medida estabelece uma quarentena de 18 meses entre a demissão de um trabalhador e sua recontratação, pela mesma empresa, como terceirizado.

Além disso, garante ao terceirizado que trabalha nas dependências da empresa contratante o mesmo atendimento médico e ambulatorial destinado aos demais empregados. A lei atual permite, mas não obriga a empresa a oferecer o mesmo tratamento.

Pelo novo texto da lei, quando o número de terceirizados for acima de 20% do total de funcionários contratados diretamente, a empresa poderá oferecer serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outro local, mas com o mesmo padrão.

Para evitar futuros questionamentos, o substitutivo define que a terceirização alcança todas as atividades da empresa, inclusive a atividade-fim (aquela para a qual a empresa foi criada). A Lei de Terceirização não deixava clara essa possibilidade. A legislação prevê que a contratação terceirizada ocorra sem restrições, inclusive na administração pública.

Teletrabalho

O relator propõe a regulamentação do teletrabalho. Atualmente, 15 milhões de pessoas desempenham suas funções a distância no país. Nas empresas privadas, 68% dos empregados adotam a modalidade. Os dados fazem parte de um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Pelo substitutivo, o contrato deverá especificar quais atividades o empregado poderá fazer dentro da modalidade de teletrabalho. Patrão e funcionário poderão acertar a mudança de trabalho presencial na empresa para casa.

Em caso de decisão unilateral do empregado pelo fim do teletrabalho, o texto prevê um prazo de transição mínimo de 15 dias. A compra e manutenção de equipamento para o chamado home office devem ser definidas em contrato.

Multas

O relatório de Marinho manteve a redação do projeto original na íntegra sobre a aplicação de multas administrativas na inspeção do trabalho. A existência dessas multas não exime os empregadores de responsabilização penal.

A proposta do governo prevê o reajuste anual dos valores das multas administrativas em moeda corrente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE ou pelo índice de preços que vier a substituí-lo.

Em outro ponto, o parecer trata da multa por funcionário não registrado. Atualmente, é cobrado um salário mínimo (R$ 937). Na proposta do governo, o valor passaria para R$ 6 mil. O relator, no entanto, estipula multa de R$ 3 mil para empresas de grande porte e de R$ 800 para micro e pequenas empresas.

Ativismo judicial

O parecer incorpora normas para diminuir o número de ações na Justiça do Trabalho, o que o relator chama de ativismo judicial. “Temos, hoje, uma coletânea de normas que, em vez de contribuir para a rápida conclusão da demanda, têm sido um fator preponderante para o estrangulamento da Justiça do Trabalho”, disse.

Entre as medidas propostas, está a previsão de que se o empregado assinar a rescisão contratual fica impedido que questioná-la posteriormente na Justiça trabalhista. Outro ponto é a limitação de prazo para o andamento das ações. “Decorridos oito anos de tramitação processual sem que a ação tenha sido levada a termo [julgada], o processo será extinto, com julgamento de mérito, decorrente desse decurso de prazo”.

“Foram incorporadas normas que visam a possibilitar formas não litigiosas de solução dos conflitos, normas que desestimulam a litigância de má-fé, normas que freiam o ativismo judicial e normas que reafirmam o prestígio do princípio constitucional da legalidade, segundo o qual ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”, disse o deputado.

Demissão consensual

O substitutivo de Marinho incluiu a previsão de demissão em comum acordo. A alteração permite que empregador e empregado, em decisão consensual, possam encerrar o contrato de trabalho. Neste caso, o empregador será obrigado a pagar metade do aviso prévio, e no caso de indenização, o valor será calculado sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O trabalhador poderá movimentar 80% do FGTS depositado e não terá direito ao seguro-desemprego.

Atualmente, a CLT prevê demissão nas seguintes situações: solicitada pelo funcionário, por justa causa ou sem justa causa. Apenas no último caso, o trabalhador tem acesso ao FGTS, recebimento de multa de 40% sobre o saldo do fundo e direito ao seguro-desemprego, caso tenha tempo de trabalho suficiente para receber o benefício. Dessa forma, é comum o trabalhador acertar o desligamento em um acordo informal para poder acessar os benefícios concedidos a quem  é demitido sem justa causa.

Nesta terça-feira (18), os deputados retomarão as discussões sobre o projeto de lei complementar que trata sobre a recuperação de estados em calamidade fiscal. A matéria esteve na pauta da semana passada, mas não houve consenso nem quórum para a votação.

Ente os parlamentares ainda não há acordo sobre o texto final. O relator, o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) chegou a reformular o seu parecer, incluindo novas emendas, mas mesmo assim a matéria nem chegou a ser votada, porque na sessão havia menos de 300 deputados registrados. Diante do número, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu adiar a deliberação.

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A proposta prevê que os estados que decretem a calamidade fiscal interrompam, por três anos, o pagamento das parcelas da dívida com a União. Por outro lado, os gestores estaduais precisarão elevar as alíquotas de contribuição social de servidores, reduzir os incentivos tributários e realizar privatizações.

Pedro Paulo, no entanto, reformulou o texto para permitir a assinatura de convênios para a prestação de serviços essenciais e para assistência social a pessoas com deficiência, idosos, mulheres e jovens em situação de risco enquanto durar o período da recuperação fiscal. Também foi alterado de 20% para 10% ao ano o percentual de redução das renúncias tributárias instituídas por lei estadual, exigida dos participantes do regime. O relator permitiu ainda a celebração de convênios com organizações sociais (OSCs) que impliquem redução de despesa durante a vigência da recuperação fiscal.

Embora as mudanças tenham agradado parte dos deputados, a oposição reclama que as alterações foram tímidas e critica as contrapartidas exigidas aos estados, como a venda de empresas públicas, o aumento da contribuição previdenciária de servidores (ativos e aposentados) e o congelamento de salários.

O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), chegou a propor uma emenda substitutiva global que permite a renegociação das dívidas de todos os estados e não apenas dos mais endividados – Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais –, como estabelece o substitutivo do relator. O texto também retira a maior parte das contrapartidas impostas pelo governo federal, o que aumentou o apoio de outros partidos.

Com informações da Agência Câmara.

Na próxima terça-feira (18), os deputados federais se debruçarão, novamente, sobre o projeto de lei complementar que trata sobre a recuperação de estados em calamidade fiscal. A matéria esteve na pauta dessa semana, mas não houve consenso nem quórum para a votação.

Ente os parlamentares ainda não há acordo sobre o texto final. O relator, o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) chegou a reformular o seu parecer, incluindo novas emendas, mas mesmo assim a matéria nem chegou a ser votada, porque na sessão havia menos de 300 deputados registrados. Diante do número, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu adiar a deliberação.

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A proposta prevê que os estados que decretem a calamidade fiscal interrompam, por três anos, o pagamento das parcelas da dívida com a União. Por outro lado, os gestores estaduais precisarão elevar as alíquotas de contribuição social de servidores, reduzir os incentivos tributários e realizar privatizações.

Pedro Paulo, no entanto, reformulou o texto para permitir a assinatura de convênios para a prestação de serviços essenciais e para assistência social a pessoas com deficiência, idosos, mulheres e jovens em situação de risco enquanto durar o período da recuperação fiscal. Também foi alterado de 20% para 10% ao ano o percentual de redução das renúncias tributárias instituídas por lei estadual, exigida dos participantes do regime. O relator permitiu ainda a celebração de convênios com organizações sociais (OSCs) que impliquem redução de despesa durante a vigência da recuperação fiscal.

Embora as mudanças tenham agradado parte dos deputados, a oposição reclama que as alterações foram tímidas e critica as contrapartidas exigidas aos estados, como a venda de empresas públicas, o aumento da contribuição previdenciária de servidores (ativos e aposentados) e o congelamento de salários.

O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), chegou a propor uma emenda substitutiva global que permite a renegociação das dívidas de todos os estados e não apenas dos mais endividados – Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais –, como estabelece o substitutivo do relator. O texto também retira a maior parte das contrapartidas impostas pelo governo federal, o que aumentou o apoio de outros partidos.

O texto será discutido em sessão extraordinária, já que a pauta das sessões ordinárias está trancada pela Medida Provisória 752/16, que autoriza a prorrogação e a relicitação de contratos de parceria dos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário.

Com informações da Agência Câmara.

 

Sem quórum para ser votado na semana passada, o projeto de lei complementar que trata  sobre a recuperação de estados em calamidade fiscal volta à pauta do plenário da Câmara nesta segunda-feira (10).

Como a semana de trabalho será curta - devido ao feriado da Páscoa - os deputados terão sessão deliberativa também na segunda, quando geralmente só são realizadas sessões não-deliberativas.

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Na última quarta-feira (5), o relator da matéria, o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), concluiu a apresentação do seu parecer, que prevê, por exemplo, uma carência de três anos no pagamento das parcelas da dívida. Em contrapartida, seria necessário elevar as alíquotas de contribuição social de servidores, reduzir incentivos tributários e realizar privatizações.

O relator fez sugestões de mudanças ao texto original, como a redução de 20% para 10% ao ano o percentual de redução das renúncias tributárias instituídas por lei estadual, além da ampliação da lista de exceções em relação aos gastos com publicidade.

O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tentou votar a matéria na própria quarta, mas após discussões e obstruções, ele recuou, temendo não ter votos suficientes para aprovar a proposta. De fato, ainda não há consenso sobre a matéria.

A Câmara dos Deputados rejeitou, nessa quarta-feira (29), a proposta de emenda à Constituição (PEC) 395/14, que autorizaria universidades públicas e institutos federais a cobrar por cursos de extensão e pós-graduação lato sensu (especializações). No plenário, foram 304 votos favoráveis e 139 contrários, mas eram necessários 308 votos “sim” para aprovar a proposta, que agora será arquivada.

Dos 23 deputados pernambucanos presentes, seis foram contrários à cobrança: Gonzaga Patriota (PSB), Kaio Maniçoba (PMDB), Pastor Eurico (PHS), Ricardo Teobaldo (PTN), Silvio Costa (PTdoB) e Zeca Cavalcanti (PTB).

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Os favoráveis foram Adalberto Cavalcanti (PTB), André de Paula (PSD), Augusto Coutinho (SD), Betinho Gomes (PSDB), Carlos Eduardo Cadoca (PDT), Creuza Pereira (PSB), Daniel Coelho (PSDB), Danilo Cabral (PSB), Eduardo da Fonte (PP), Fernando Monteiro (PP), Guilherme Coelho (PSDB), Jarbas Vasconcelos (PMDB), João Fernando Coutinho (PSB), Jorge Côrte Real (PTB), Marinaldo Rosendo (PSB), Severino Ninho (PSB) e Tadeu Alencar (PSB).

A matéria chegou a ser aprovada em primeiro turno em fevereiro de 2016, com 318 votos favoráveis e 129 contrários. A proposta autorizava a cobrança pelos cursos a critério de cada universidade. Pelo texto, programas de residência e formação de profissionais da área de ensino não poderiam ser cobrados.

Algumas universidades públicas já cobram por cursos de especialização, mas a cobrança foi questionada na Justiça com base no princípio constitucional da educação pública gratuita. A PEC tinha o objetivo de encerrar a disputa judicial para autorizar as universidades a cobrar pelos cursos de extensão e especialização.

Com informações da Agência Câmara.

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou hoje (28) em votação simbólica a Medida Provisória (MP) 751/16, que cria o Programa Cartão Reforma, voltado para subsidiar a compra de materiais de construção destinados à reforma, à ampliação, à promoção da acessibilidade ou à conclusão de obras em imóveis de famílias de baixa renda.

A matéria foi encaminhada pelo governo em novembro do ano passado. Os deputados aprovaram o texto da relatora na comissão mista, senadora Ana Amélia (PP-RS), estabelecendo que terão direito ao benefício do cartão as famílias com renda mensal de até R$ 2,8 mil. A proposta do governo previa acesso ao cartão para as famílias com renda mensal de R$ 1,8 mil.

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O texto agora segue para o Senado Federal, que terá até o dia 19 de abril para discutir e votar a matéria. No entanto, se ela for alterada pelos senadores, dependerá ainda de nova votação na Câmara antes de findar esse prazo. Se isso não ocorrer, a medida perderá a eficácia.

Para participar do programa, o candidato a beneficiário deverá ser “proprietário, possuidor ou detentor de imóvel residencial, em áreas regularizadas ou passíveis de regularização, excluindo ocupantes de imóveis cedidos ou alugados”.

Apesar de o texto da medida não fixar um valor para o benefício, a previsão é de que o subsídio destinado para cada família para a compra de materiais de construção seja de R$ 5 mil. Pela proposta, a escolha das famílias beneficiadas ficará a cargo das prefeituras a partir de diretrizes elaboradas pelo Executivo.

Emendas

O programa terá recursos previstos de R$ 1 bilhão e a estimativa do governo é alcançar 100 mil famílias de baixa renda. Os deputados aprovaram uma emenda do PT que aumenta de 10% para 20% os recursos destinados a residências localizadas em área rural. O texto apresentado por Ana Amélia havia incorporado uma emenda prevendo o percentual de 10% para residências da área rural com a justificativa de não se "pode restringir à área urbana uma política pública do alcance social do Cartão Reforma”.

Também foi aprovada uma emenda de redação que altera a previsão dos recursos do Orçamento-Geral da União para o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.

De acordo com o texto, terão prioridade no atendimento os grupos familiares cujo responsável pela subsistência seja a mulher, tenham idosos, pessoas com deficiência e os com menor renda familiar.  O texto aprovado determina ainda que o benefício do Cartão Reforma não poderá ser acumulado com outros subsídios concedidos pelo governo, exceto os concedidos a pessoas físicas há mais de dez anos.

A administração dos recursos do programa ficará a cargo da Caixa Econômica Federal, mas bancos estaduais também poderão operacionalizar o programa. O texto do governo previa apenas a Caixa como administradora, mas a relatora promoveu a modificação para permitir “mais capilaridade” de acesso. "Entendemos que esta medida pode contribuir substancialmente para a democratização do programa, uma vez que, nos estados que dispõem de bancos oficiais, a rede de atendimento tende a ter mais capilaridade que a da Caixa Econômica Federal", justificou a senadora.

Partidos da oposição chegaram a tentar obstruir a votação. O deputado Zé Geraldo (PT-PA) criticou a iniciativa com o argumento de que a medida não ajuda a resolver o déficit habitacional no país. O deputado criticou ainda o corte nos investimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida pelo governo de Michel Temer. “O governo tenta esconder que não foi capaz de contratar 400 mil casas do Minha Casa, Minha Vida”, disse.

A pauta do Plenário do Senado para a próxima semana terá propostas como a PEC da Desburocratização e a reabertura do prazo para a regularização de ativos mantidos ou enviados ilegalmente ao exterior — a chamada repatriação. O projeto que trata da repatriação foi aprovado pela Câmara em fevereiro. 

Agora o Senado analisa as mudanças feitas pelos deputados no texto original (PLS 405/2016). Uma das principais mudanças foi a retirada da proibição expressa de que políticos com mandato possam aderir ao programa.

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De acordo com a nova versão do texto, o prazo para a repatriação passou de 38 para 120 dias, que serão contados a partir da data de regulamentação do tema pela Receita Federal. O patrimônio a ser declarado será aquele em posse do declarante em 30 de junho de 2016. A data prevista no texto que saiu do Senado era dezembro de 2015.

A tributação total também mudou. Enquanto a primeira versão aprovada no Senado previa 17,5% de Imposto de Renda e 17,5% de multa, o novo texto estabelece 15% de imposto e 20,25% de multa. Dos valores arrecadados com a multa, 46% serão repartidos com os estados e os municípios por meio dos fundos de participação (FPE e FPM). O texto antigo previa 49%.

Pauta trancada

A votação do projeto da repatriação está prevista para a quarta-feira (8). Antes, o Senado precisará votar a Medida Provisória 747/2016. O texto sofreu mudanças e tramita na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV 1/2017). Os senadores precisam analisar o texto até o dia 12 de março, quando perde a vigência.

A MP muda regras dos processos de renovação de outorga dos serviços de rádio e televisão. O texto permite a regularização das concessões que estão vencidas e possibilita a essas emissoras regularizarem a situação junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações no prazo de 90 dias contados da data de edição da MP. A regularização, no entanto, só será possível se o Congresso Nacional ainda não tiver deliberado sobre a extinção da outorga.

Desburocratização

Já a Proposta de Emenda à Constituição conhecida como PEC da Desburocratização (PEC 57/2016 ) poderá ser votada pelo Plenário do Senado mesmo antes da votação da MP 747 porque esse tipo de matéria não está sujeito ao trancamento da pauta. A PEC 57/2016 passou pela quinta e última sessão de discussão em primeiro turno no dia 23 de fevereiro .

O texto reduz obrigações fiscais e tributárias para pequenos municípios, incentiva tratamento simplificado para micro e pequenas empresas e prevê a elaboração de um Estatuto do Contribuinte. A proposta também permite a delegação de competência para que o estado em que estiver localizado município nessa condição assuma a cobrança e a fiscalização dos tributos de seu âmbito.

Resultado do trabalho da Comissão de Juristas da Desburocratização, que atuou no Senado em 2016, a proposta define o conceito de pequeno município e assegura a esses entes normas simplificadas para balancetes e prestação de contas.

*Com a Agência Senado

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