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Durante a semana passada, profissionais de educação e entidades da sociedade civil que atuam no setor em todo o país promoveram atos, marchas, paralisações, seminários, além de audiências com parlamentares e governo. Hoje (28), no Dia da Educação, as atividades terminam, mas o debate da valorização do setor continua.

Os eixos das reivindicações são três: o piso, a remuneração e carreira dos docentes, a formação inicial e continuada dos profissionais em educação e boas condições de trabalho. Sobre o último tema, na cartilha distribuída pela Campanha Nacional pelo Direto a Educação – articulação de mais de 200 movimentos e organizações da sociedade civil –, das escolas públicas que responderam o Censo Escolar 2011 (99,8% das instituições), 46,8% têm sala dos professores, 27,4% biblioteca e 14,8%, salas para leitura. Além disso, 14,3% não oferecem água filtrada e 17,5% não têm sanitário dentro do prédio da escola.

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Segundo levantamento feito pela entidade, o salário dos professores é 38% menor do que o dos demais profissionais com nível superior completo ou incompleto. Entre 47 profissões, a de professor de ensino fundamental das séries iniciais figura na 31ª posição, com média salarial de R$ 1.454, menos do que ganhavam, em média, os corretores de imóveis (R$ 2.291), caixas de bancos (R$ 1.709) e cabos e soldados da polícia militar (R$ 1.744).

O salário é protegido pela Lei do Piso Nacional dos Professores da Rede Pública. Pela norma vigente, o piso salarial nacional do magistério da educação básica é R$ 1.567 e deve ser pago em forma de vencimento. No entanto, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), apenas o Distrito Federal e quatro estados (Acre, Ceará, Pernambuco e Tocantins) cumprem integralmente a lei.

O cumprimento da lei, entre outros pedidos, levou 22 estados a aderirem a paralisação proposta pela CNTE. Do dia 23 ao dia 25 de abril, professores da rede pública estadual e municipal de ensino em todo o país cruzaram os braços por melhores condições de trabalho. Dois estados: São Paulo e Maranhão continuam em greve.

Toda a movimentação teve resultado, um deles, a instalação de uma Comissão Mista de Fiscalização e Acompanhamento de Políticas Públicas, que terá a educação como primeiro item da pauta. Assumiram o compromisso os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Renan Calheiros declarou também que vai cuidar pessoalmente do calendário de discussão e votação do Plano Nacional de Educação (PNE), que está no Senado.

"Os professores e os demais profissionais de educação são elementos fundamentais para o cumprimento do direito constitucional da educação de qualidade no país. Com a desvalorização que vem se efetivando, a desvalorização social e salarial, aqueles que se formam em pedagogia terminam não querendo seguir a carreira de docente", diz a coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Iracema Nascimento.

Já o presidente da CNTE, Roberto Leão diz que a carreira de docente não é atrativa à juventude. “Os professores trabalham muito e não têm uma jornada respeitada para poder viver com razoável dignidade". Em nota divulgada à imprensa, a CNTE informa que mais greves vão ocorrer em todo o país em função do descumprimento da Lei do Piso.

Instrumento musical criado por Carlinhos Brown para ser a sucessora da sul-africana vuvuzela, que foi sensação na Copa de 2010, a caxirola "estreou" neste domingo, durante o clássico entre Bahia e Vitória - vencido por este último por 2 a 1 -, na Arena Fonte Nova, em Salvador. E o artefato, um dos símbolos do Mundial de 2014 que acontecerá no Brasil, acabou sendo utilizado para atos de vandalismo.

Distribuídos na entrada do estádio aos cerca de 30 mil torcedores que assistiram ao jogo, os instrumentos, uma espécie de chocalho para colocar na palma da mão, viraram arma de protesto dos torcedores do Bahia pouco antes do intervalo, quando o time perdia por 2 a 0. Revoltados, eles atiraram as caxirolas no gramado - por vezes perto de jogadores que não estavam agradando.

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A notícia chegou ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que participa do 12º Fórum de Comandatuba, um dos principais encontros empresariais do Brasil, no resort Transamérica Ilha de Comandatuba, em Una, no litoral sul da Bahia. Ao ser informado sobre o ocorrido com o instrumento, que recebeu as chancelas do ministério e da Fifa para ser produto oficial da Copa, ele ficou sem reação.

Depois de alguns segundos pensativo, Aldo Rebelo limitou-se a dizer: "Não é boa notícia". Na sequência, ele tentou minimizar o fato. "Não necessariamente vai acontecer algo semelhante se o Brasil estiver perdendo uma partida na Copa", afirmou o ministro.

Sindicatos da Grécia planejam realizar um protesto neste domingo, antes da votação de um projeto no Parlamento que deve gerar milhares de demissões no setor público, para reduzir o déficit orçamentário e atender às exigências dos credores internacionais do país mediterrâneo.

A legislação, que prevê a demissão de 15 mil servidores públicos até 2014 - sendo 4 mil este ano - começou a ser discutida nesta manhã e deve ser votada por volta da meia-noite (no horário local, 18h de Brasília). A coalizão de governo tem 167 das 300 cadeiras do Parlamento, o que indica que o projeto deve ser aprovado sem dificuldades.

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A confederação de servidores Adeby convocou a manifestação em frente ao Parlamento para protestar contra "esses políticos que estão desmantelando o serviço público e destruindo o Estado de bem-estar social". O sindicato do setor privado GSEE diz que o projeto só vai piorar o desemprego no país, que já está no nível elevadíssimo de 27%.

Reduzir o tamanho do setor público é uma condição exigida pela chamada troica de credores internacionais - formada por Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) - para a liberação da próxima parcela do pacote de resgate, de 8,8 bilhões de euros.

A nova lei vai acelerar os processos de demissões e também aumenta a carga horário dos professores, além de abrir diversas profissões para competição e reduzir um polêmico imposto sobre propriedade em 15%. As informações são da Dow Jones.

Cerca de 500 pessoas participavam de manifestação na Avenida Paulista no início da tarde deste sábado, 27, a favor da redução da maioridade penal, segundo estimativa da Polícia Militar. O protesto foi organizado pela ONG "Justiça é o que se busca" e por moradores do Belém, bairro da zona leste em que o estudante Victor Hugo Deppman, de 19 anos, foi assassinado na porta do prédio onde morava, no dia 9 de abril.

Os participantes da passeata vestiam camiseta branca e carregam faixas pedindo penas mais duras e a revisão do Código Penal Brasileiro. O grupo se reuniu no vão livre do Masp e tinha como objetivo seguir até a Praça Charles Miller, no Pacaembu, na zona oeste. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a manifestação ocupava três faixas da Avenida Paulista, sentido Consolação, por volta das 14h45. 

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Em assembleias promovidas em vários estados, funcionários do Banco do Brasil (BB) decidiram paralisar as atividades por 24 horas na próxima terça-feira (30). A mobilização será realizada em protesto contra os ataques aos direitos conquistados na última década, retirados com a implantação do plano de funções comissionadas.

De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, a medida tomada pelo BB elimina efeitos das conquistas de 36% de aumento real no piso e 16% de aumento real nas gratificações de funções e verbas internas. O plano reduz ainda as gratificações de funções em até 80% e elimina a percepção da conquista da carreira de mérito.

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Ainda conforme a CUT, o presidente e os vice-presidentes do banco teriam mandado publicar um boletim orientando os funcionários a rejeitar a paralisação. As assembleias nos estados estão sendo realizadas desde o início da semana e devem seguir até a próxima segunda-feira (29), um dia antes da mobilização.

Com informações da assessoria

O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais de Pernambuco (Sintufepe) enviou ao Portal LeiaJá, na tarde desta quinta-feira (25), denúncias de violência e de perseguição, por meio de espionagem, “supostamente autorizadas pela administração da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)”. De acordo com o Sintufepe, os fatos foram constatados, na última terça-feira (23), durante o protesto da comunidade universitária contrária à contratação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para gerenciar o Hospital das Clínicas do Recife.

“A diretoria do Sintufepe encaminhou ofício ao reitor da UFPE, em que denuncia e solicita um posicionamento do professor Anísio brasileiro, acerca da violência sofrida pelos manifestantes contrários à adesão da universidade à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), além de um esquema de arapongagem (espionagem), supostamente atribuídos à administração da instituição”, informa o Sindicato.

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Outra acusação do Sintufepe é que a administração da universidade colocou os trabalhadores uns contra os outros, quando solicitou a segurança patrimonial para “reprimir com violência o movimento”. De acordo com o Sindicato, um membro da segurança patrimonial estava à paisana e foi flagrado registrando imagens com uma câmera fotográfica e gravando a manifestação. Segundo o Sintufepe, ao ser descoberto, o rapaz afirmou que estava a serviço do sistema de inteligência institucional.

De acordo com a assessoria de comunicação da UFPE, o reitor Anísio Brasileiro já informou aos integrantes do Sindicato que vai apurar se houve algum excesso violento. Segundo a assessoria, até agora, essas denúncias não foram confirmadas.

Os protestos contra a proposta de Emenda à Constituição nº 37/2011 (PEC-37) que retira do Ministério Público o poder de investigação criminal na apuração das infrações penais, se expandiram também pela internet. Nessa quarta-feira (24), foi realizado no gramado no Congresso Nacional mais uma ação em discordância com a emenda que reuniu cerca de mil pessoas e nas redes sociais as pessoas também se mostram desfavoráveis.

A aprovação da PEC 37 limita a atuação do Ministério Público e coloca as polícias civil e federal como as únicas responsáveis pelas investigações criminais. A emenda já foi aprovada pelos deputados da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal e deverá ser aprovada pela Câmara Federal e pelo Senado para ser válida oficialmente.

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Promotores, procuradores, policiais federais e senadores participaram do ato nessa quarta-feira, e entregaram um abaixo-assinado ao presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pedindo que a PEC não seja votada no plenário. O documento contou com mais de 195 mil assinaturas. A mobilização também ganhou espaço na internet e as publicações estão atingindo milhares de acesso. Com o hastag #NAOAPEC37 já foram registradas mais de 17mil mensagens e os compartilhamentos no facebook passaram de 800 em um período de apenas três horas, segundo assessoria de imprensa do Sindicato dos Policiais Federais de Pernambuco.

A votação da PEC em plenário está prevista para junho. A proposta precisa ser votada em dois turnos diferentes na Câmara Federal com um mínimo de 308 votos favoráveis. Depois dessa fase, a proposta é enviada para o Senado, seguindo o mesmo rito de apreciação, e respeitando o quórum de 3/5, que corresponde ao voto favorável de 49 senadores.

Durante a manifestação, representantes do Ministério Público entregaram aos parlamentares caixas com assinaturas contra a PEC37 recolhidas em todos os estados. Na internet, o Abaixo-Assinado continua no endereço: www.change.org/PEC37

 

Nesta quinta-feira (25), os médicos de todo o País se reúnem para protestar no Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde pelo terceiro ano consecutivo. A mobilização é para reivindicar contra abusos praticados pelos responsáveis pelos planos de saúde na relação médico/paciente.

Em alguns locais, alguns médicos resolveram suspender consultas e outros procedimentos eletivos por até 24h. Em Pernambuco, a mobilização não teve parada nos atendimentos. A categoria se reuniu às 9h na Ilha do Leite, área central do Recife, local onde existem vários polos médicos privados.

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Na pauta de reivindicação, estão a assistência dada pelos planos aos os quase 50 milhões de usuários dos planos de saúde.  A proposta será Com o atendimento das propostas já encaminhadas às empresas e órgãos responsáveis pelo setor, os profissionais da Medicina acreditam ser possível melhorar as condições de trabalho e de atendimento aos pacientes.

Vários representantes das Comissões Estaduais de Honorários Médicos (CEHM) reivindicam urgência no pagamento honorários médicos dignos e com reajustes determinados em contratos, além de acabar com sua interferência no trabalho médico. A Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) participam da mobilização.

Com informações da assessoria

Centenas de milhares de trabalhadores do setor de vestuário saíram das fábricas de Bangladesh nesta quinta-feira, em protesto contra as mortes de mais de 200 pessoas após o desabamento de parte de um prédio, na quarta-feira.

A tristeza se transformou em raiva quando os trabalhadores, alguns carregando pedaços de pau, bloquearam importantes vias em pelo menos três áreas industriais nas proximidades da capital Daca, o que forçou os proprietários das fábricas a declarar o dia como feriado.

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"Há centenas de milhares deles", disse Abdul Baten, chefe de polícia do distrito de Gazipur, onde estão instaladas centenas de grandes fábricas de roupas. "Eles ocuparam as vias por algum tempo e depois se dispersaram."

O inspetor de polícia Kamrul Islam disse que os trabalhadores atacaram várias fábricas cujos proprietários haviam se recusado a dar o dia de folga aos empregados. "Muitos queriam doar sangue para seus colegas", acrescentou.

Cerca de 1.500 trabalhadores marcharam até a sede da principal associação de empresas manufatureiras em Daca, exigindo que os proprietários das fábricas, onde houve o desabamento, sejam punidos. Alguns deles quebraram janelas e veículos antes de serem dispersados pela polícia, informou Wahidul Islam, vice-comissário da polícia de Daca.

Como havia profundas rachaduras nas paredes, a polícia havia ordenado o esvaziamento do prédio no dia anterior à tragédia, mas os proprietários das fábricas desrespeitaram a ordem e mantiveram mais de 2 mil pessoas trabalhando no local. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

CEARÁ - Na manhã desta quarta-feira (24), motoristas e cobradores de ônibus que trabalham em linhas que passam pelos terminais dos bairros Messejana e Papicu fecharam os terminais das localidades em protesto contra a insegurança em transportes públicos.

Um motorista de ônibus foi atingido por um tiro, na noite desta terça-feira (23), durante um assalto à linha Caça & Pesca – Centro. O motorista está internado em estado grave no hospital Instituto Dr. José Frota (IJF). A situação revoltou a categoria que passa pela área fazendo com que eles protestem por mais segurança para os trabalhadores e usuários do transporte.

Os terminais de ônibus de Messejana e Papicu ficaram fechados e veículos tiveram os pneus esvaziados. Os usuários que chegam ao local estão sendo convidados a participarem da manifestação juntamente com os trabalhadores.

Servidores do Hospital das Clínicas (HC) realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (23), na sede da reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), localizado na Cidade Universitária, na Zona Oeste do Recife. O objetivo dos enfermeiros e técnicos de saúde é chamar a atenção do reitor contra a privatização do HC.

De acordo com o coordenador de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Universitários de Pernambuco (Sintufepe), Guilherme Neto, a reivindicação principal é contra a contratação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para assumir a direção do HC.

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“Contamos com apoio dos alunos e professores para protestar. Pode haver até a paralisação de toda a UFPE e não só dos servidores do HC, caso não haja o acordo. Ainda faltam três reuniões do Conselho para decidir tudo, mas todos os servidores estão preparados”, afirmou Neto.

Em meio ao protesto, uma reunião do Conselho Universitário foi realizada para apreciar o novo modelo de gestão, que seria implantado com a EBSERH. Segundo o reitor Anísio Brasileiro, o diálogo entre os ele e os servidores é necessário para não haver a greve. O reitor ainda relatou que a EBSERH é um modelo implantado em 30 hospitais do Brasil e que a expectativa é melhorar a unidade de saúde, já que com a atual gestão o modelo não está funcionando.

Com informações de Álvaro Duarte

Os servidores do Hospital das Clínicas (HC), localizado na Cidade Universitária, na Zona Oeste do Recife, decidiram na tarde desta segunda-feira (22), durante assembleia, que vão realizar uma manifestação na sede da reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) nesta terça-feira (23).

Os servidores paralisaram suas atividades na última quarta-feira (17) por 24h, e ameaçaram decretar greve nesta segunda (22). O motivo é a contratação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para assumir a direção do HC.

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Segundo o coordenador de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Universitários de Pernambuco (Sintufepe), Guilherme Neto, uma nova data foi marcada para decidir se vai haver paralisação por parte da categoria. “Na próxima quinta-feira (25) vamos nos reunir novamente. Até lá, as atividades permanecem normalmente no hospital”, afirma.

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Professores da rede estadual ocupam a Avenida Paulista na tarde desta sexta-feira, 19. Os docentes, ligados à Apeoesp, sindicato da categoria, aprovaram uma greve. O movimento havia fechado as duas pistas na altura do Masp, mas às 16h45 a Polícia Militar conseguiu desbloquear a pista no sentido Paraíso. A pista no sentido Consolação continuava ocupada.

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Com um carro de som, os manifestantes vão sair em passeata em direção à Praça da República, onde fica a Secretaria Estadual de Educação. O movimento estima que há 20 mil professores na passeata, mas a Polícia Militar ainda não confirma. Além de fechar as duas pistas da avenida, os manifestantes lotam o vão do Masp.

Entre as reivindicações dos professores, estão reajuste salarial, mudanças no sistema de contratação de uma categoria de professores temporários (chamado de categoria 'O'), e respeito ao cumprimento de no mínimo 33% da jornada de trabalho para atividades de formação e preparação de aulas, que consta na Lei do Piso. Governo entende que já respeita a jornada e ressalta que o salário de São Paulo é superior ao que determina a lei.

Nesta semana, o Estado anunciou ampliação do reajuste deste ano, de 6% para 8,1%. A ampliação da Política Salarial implementada em 2011 vai levar ao aumento escalonado até 2014 de 42,2% para 45,1%. Os sindicatos reclamam que a política levou em conta porcentuais de bonificação que já eram pagos pelo governo, além de ignorar a inflação do período.

Em pé de guerra com os políticos, índios xavantes conseguiram que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, participasse da dança do doente. A performance de Cardozo, que fazia gestos com as mãos no estilo discoteca, aconteceu no final da manhã desta sexta-feira, após uma cerimônia do Dia do Índio, no prédio do Ministério da Justiça, em que lideranças reclamaram da inércia do governo na defesa das aldeias e acusaram a Polícia Federal de matar e desrespeitar índios.

Assessores do governo divulgaram que o ritual era a "dança dos guerreiros". O líder Arimatéia Xavante deu uma versão diferente: "Essa é a dança da cura. Quando tem uma pessoa doente na aldeia, a gente bota ela pra dançar. É a dança do doente mesmo". Em entrevista, o ministro foi questionado se passava por algum problema de saúde ou se o governo estava doente. Cardozo respondeu que tinha recebido a informação que o sentido da dança era outro. "Estamos tratando de todos os males que afligem os povos indígenas. Pelo menos foi esse o sentido da dança que os índios disseram para mim", afirmou.

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As ministras Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Maria do Rosário (Direitos Humanos) evitaram passar pela "dancinha". Antes, porém, elas não escaparam de ouvir uma série de críticas e cobranças. O cacique Raoni Metuktire, liderança dos txucarramães, reclamou da Polícia Federal e da Força Nacional. "Ministro (Cardozo), tem que falar com a Polícia Federal e com a Força Nacional para não matarem meu pessoal. Isso eu não gosto", disse Raoni. "Vocês têm que falar para respeitarem nossos parentes."

Raoni referia-se ao assassinato do índio Adenilson Kirixi Munduruku durante a Operação Eldorado, da Polícia Federal, na aldeia Teles Pires, na divisa do Estados do Pará e de Mato Grosso. A operação foi deflagrada para combater um garimpo ilegal. Os ministros Maria do Rosário e José Eduardo Cardozo responderam que não compactuam com ações de violência contra aldeias. O ministro da Justiça afirmou, sem uma referência direta ao caso de Adenilson, que índios estão sendo usados por organizações criminosas que agem na área da mineração.

Contra os ruralistas

Cardozo disse que não aceitava a "opinião" de alguns de que os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff nunca tiveram compromisso com a causa indígena. Foi uma resposta ao cacique Damião Paridzané, da etnia xavante, que, na solenidade, pediu a manutenção da Fundação Nacional do Índio (Funai) e uma "postura" do governo contra a bancada ruralista no Congresso. "Eu respeito a presidente Dilma, mas ela tem que ter postura contra os ruralistas. Eu não aceito que os ruralistas aprovem o projeto que passa para o Congresso a decisão de demarcar terras indígenas", disse. "Eu não confio no Congresso, pois os deputados não vão na aldeia saber o que está acontecendo."

Durante a solenidade, o ministro disse que o governo defende os índios, não acabará com a Funai e se posicionará contra a Proposta de Emenda Constitucional 215 que transfere do Executivo para o Legislativo a prerrogativa de homologar terras indígenas. Em entrevista, ele admitiu, porém, que o governo estuda "mudanças estruturais" na área. Lideranças indígenas temem que essas mudanças reduzam ainda mais o poder da Funai nas discussões sobre projetos de infraestrutura na Amazônia. Decisões na área seriam tomadas em grupos envolvendo outros setores do governo.

Cerca de 200 indígenas serão recebidos, na manhã desta sexta-feira, 19, pelos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em um ato comemorativo pelo Dia Nacional do Índio. Durante a solenidade, será instituído o Comitê Gestor da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas.

Cerca de 400 índios passaram quase quatro horas, na quinta-feira, 18, acampados e dançando em frente à entrada principal do Palácio do Planalto em protesto contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas no Brasil. O mesmo grupo invadiu, na terça-feira, o plenário da Câmara dos Deputados.

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No protesto no Planalto, eles queriam ser recebidos pela presidente Dilma Rousseff, não aceitando interlocutores do governo para a negociação. No entanto, a presidente estava em Lima, no Peru, para a reunião extraordinária da Unasul.

Depois de prometerem passar a noite acampados, os índios acabaram deixando o local por volta das 21 horas. Eles se deslocaram para um acampamento, fora de Brasília, onde iriam passar a noite, mas prometeram voltar nesta sexta-feira para o encontro no ministério da Justiça e para mais protestos.

Quando voltarem, no entanto, encontrarão um "procedimento padrão" em prática, adotado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O ministro-chefe do GSI, general José Elito, não quis informar no que consiste esse procedimento padrão mas, quando há previsão de manifestações, a segurança do governo coloca grades em torno do Planalto e convoca a Polícia Militar do DF para evitar o avanço para a porta do palácio, além de mobilizar a Polícia do Exército, que estava pronta para entrar em operação na noite de quinta-feira, 18, caso fosse necessário.

Cerca de 400 índios que protestavam contra as mudanças no processo de demarcação de terras cercou o Palácio do Planalto por volta das 17h desta quinta-feira. Os índios dançaram, deram as mãos em volta do Planalto, apresentaram danças de guerra, correram ao redor do palácio, se deitaram no chão e, depois, aos poucos, foram se acomodando ao longo das pilastras e em frente à entrada principal. Grande parte deles com câmeras digitais registravam toda a movimentação e outros relatavam ao celular o que se passava ali. Por volta das 18h30, eles receberam comida e água e em seguida retomaram as danças com seus maracás, anunciando que passarão a noite no Planalto.

Com poucos seguranças na casa, já que a presidente Dilma Rousseff passou a tarde no Palácio da Alvorada e em seguida embarcou para Lima, no Peru, os índios pegaram os servidores desprevenidos e conseguiram não apenas cruzar a rua em frente ao Planalto, mas também atravessar o espelho d'água e se instalaram na entrada principal do Planalto. O grupo deu as mãos e cercou o palácio, chamando pela presidente aos gritos de "Dilma Assassina".

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Com armas indígenas como bordunas, lanças de madeira, arco e flecha, os indígenas tentaram subir a rampa, mas foram impedidos. Eles acuaram um soldado do Exército que estava com fuzil na mão fazendo a segurança do Planalto.

Pajelança

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito, deixou seu gabinete e desceu para o térreo do Planalto a fim de acompanhar a movimentação dos índios, mas não se encorajou de atravessar a porta de vidro e ir do lado de fora. Dois militares da segurança que foram ao pátio externo do Planalto para tentar buscar lideranças para conversar com o governo encararam com bom humor o fato de os índios pintarem seus rostos com urucum.

Não houve qualquer tipo de acordo entre governo e índios que prometem não deixar o local enquanto não conseguirem marcar data e hora de uma audiência com a presidente Dilma. O coordenador das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Marcos Apurinã, anunciou "pajelança para ver se ela tem coração e revoga a PEC 215, as portarias 313 e 038 e o Projeto de Lei da Mineração". Ele critica o fato de o Congresso querer passar a demarcar as terras indígenas, atribuição do governo federal. "Não aceitamos e não vamos aceitar mais esse genocídio", desabafou.

Comitê

O secretário nacional de Articulação Social, Paulo Maldos, tentou conversar com os líderes propondo que uma reunião das lideranças seja realizada nesta sexta-feira, 19, com os ministros da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, responsável pelas negociações com os movimentos sociais, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que apresentem suas reivindicações, tentem negociar e se agende um encontro com a presidente posteriormente.

O Ministério da Justiça distribuiu nota no início da noite informando que Cardozo, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, vão instituir nesta sexta-feira, dia do Índio, o Comitê Gestor da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas. Anunciaram ainda que receberão cerca de 200 indígenas em ato para o Dia Nacional do Índio.

Um grupo de indígenas que protestava contra a mudança no processo de demarcação de terras cercou nesta quinta-feira o Palácio do Planalto. Com poucos seguranças na casa, já que a presidente Dilma Rousseff estava no Palácio da Alvorada e em seguida embarcou para Lima, no Peru, os índios pegaram os servidores desprevenidos e conseguiram não apenas cruzar a rua em frente ao Planalto, mas também atravessar o espelho d'água.

O grupo, de cerca de 200 indígenas, deu as mãos e cercou o palácio, chamando pela presidente com gritos de "Queremos Dilma" e "Dilma Assassina". Com paus e lanças típicas de madeira, os indígenas tentaram antes subir a rampa, mas foram impedidos. Os índios chegaram a cercar um policial militar que fazia a segurança do Planalto, que precisou ser resgatado por um colega.

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O coordenador das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Marcos Apurinã, disse que "Dilma é assassina porque está provocando o genocídio, violentando a Constituição Federal e matando os nossos filhos ao construir hidrelétricas e usinas pelo País".

"Índio sem terra não tem vida", declarou ele ao anunciar "pajelança para ver se ela tem coração e revoga a PEC 215, as portarias 313 e 038 e o Projeto de Lei da Mineração". "Não aceitamos e não vamos aceitar mais esse genocídio."

Marcus Apurinã avisou que não aceitam mais serem recebidos por ministros e assessores de Dilma "que não fazem nada". "Estamos cansados de ser recebidos por ministros", disse ele depois de dizer que ficou sabendo que ela não está presente no local, porque embarcou para Lima. Segundo ele, ela tem obrigação de recebê-los.

O grupo é o mesmo que, na última terça-feira, 16, invadiu o plenário da Câmara dos Deputados em protesto contra a PEC 215, que transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas no Brasil. Momentos antes, eles fizeram uma manifestação na Praça dos Três Poderes. No final da tarde desta quinta-feira, o grupo se concentrou em frente à porta principal do Planalto.

Um grupo de evangélicos arregimentados por apoiadores do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) realizou nesta quarta-feira um protesto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pedindo que os deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) deixem o colegiado. Em paralelo, deputados ligados aos Direitos Humanos, majoritariamente do PT, anunciaram uma debandada da comissão com uma renúncia coletiva e a retirada de projetos que tramitam pelo colegiado. Feliciano presidiu os trabalhos novamente com portas fechadas ao público.

Diferente dos embates nos corredores da Casa que se repetiram ao longo do dia, o protesto na CCJ foi silencioso. Aproximadamente 20 manifestantes exibiram cartazes com as frases "Fora dep. Genuíno (sic)" e "Fora dep. João Paulo Cunha". No grupo, pastores e fiéis da igreja Assembleia de Deus do Gama, cidade satélite de Brasília. João Paulo Cunha não compareceu à comissão, enquanto Genoino tentou ignorar: "Não respondo a provocação", disse ele a jornalistas.

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Feliciano mais uma vez fechou a reunião ao público. Ele comunicou a decisão à Mesa Diretora da Câmara afirmando ter informações sobre novos protestos contra sua permanência no cargo. Apenas representantes indígenas puderam participar da audiência, que discutiu uma ação da Polícia Federal em área indígena no Pará.

Enquanto o pastor tentava demonstrar normalidade no trabalho, deputados da Frente Parlamentar dos Direitos Humanos decidiram por uma renúncia coletiva. O movimento é comandado pelo PT, que tem quatro titulares entre os 18 da comissão, e teve apoio de Jean Willys (PSOL-RJ), titular, e Luiza Erundina (PSB-SP), suplente. A decisão ainda não foi formalizada. A debandada não inviabiliza os trabalhos, mas explicita que apenas evangélicos continuam no colegiado.

"Não podemos legitimar o que está acontecendo na comissão, onde se quebrou a pluralidade e se instalou uma maioria artificial com um pensamento único", disse o deputado Nilmário Miranda (PT-MG), ex-ministro da área.

Outra ação dos opositores de Feliciano será a retirada de projetos que tramitam na comissão. "Como a comissão se transformou num bunker de um homofóbico, sexista e racista é impossível uma discussão democrática dessas propostas", afirmou Erika Kokay (PT-DF). Entre os projetos que devem ser retirados está um de Jean Willys que busca regulamentar a profissão de prostituta, proposta que teve a relatoria entregue por Feliciano ao deputado Pastor Eurico (PSB-PE). Feliciano minimizou a debandada: "O quórum está feito e temos condições de trabalhar".

Um grupo de evangélicos faz na manhã desta quarta-feira um protesto contra a presença dos deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP), condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O ataque aos condenados já foi usado pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para continuar à frente da Comissão de Direitos Humanos.

O protesto foi silencioso. Cerca de 20 manifestantes seguravam cartazes com as frases "Fora dep. Genuíno (sic)" e "Fora dep. João Paulo Cunha". O grupo era formado por pastores e fiéis da igreja Assembleia de Deus do Gama, cidade satélite de Brasília, e tem frequentado as reuniões da Comissão de Direitos Humanos para dar apoio a Feliciano. João Paulo Cunha ainda não compareceu à comissão, enquanto Genoino tenta ignorar a manifestação. "Não respondo a provocação", disse ele.

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Cerca de mil sem-teto tomaram nesta manhã de quarta-feira (17), o Viaduto do Chá, na região central, onde fica a sede da Prefeitura de São Paulo. Vários grupos do movimento prometem fazer o maior protesto enfrentado até hoje pela gestão de Fernando Haddad (PT). Eles têm a intenção de reunir 10 mil pessoas.

O prédio da Prefeitura foi isolado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), com a colocação de barreiras feitas com cavaletes de aço. Os sem-teto se reuniram na Praça da Sé, no centro, e no Terminal Barra Funda, na zona oeste, antes de seguirem até o Edifício Matarazzo, sede do Executivo Municipal.

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Os líderes do movimento se recusam a negociar com o secretário de Habitação, José Floriano de Azevedo Marques Neto (PP) e com um interlocutor escolhido pela pasta. "Não é de bom tom você escolher o interlocutor. Da mesma forma que a Prefeitura não pode escolher com quem conversa", disse o prefeito.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) aconselhou aos motoristas a evitarem a região.

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