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No segundo depoimento à CPI da Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reconheceu não haver evidência científica de que a hidroxicloroquina e a ivermectina funcionem para tratar a Covid-19. A declaração foi dada logo na fala inicial do ministro aos senadores, antes do interrogatório do relator, Renan Calheiros (MBD-AL). Na primeira oitiva, Queiroga irritou os integrantes da CPI ao não dizer o que pensava sobre o uso desses medicamentos em pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Apesar da declaração, Queiroga citou médicos que estão na "linha de frente" e "relatam casos de sucesso com esses tratamentos". O presidente Jair Bolsonaro é entusiasta do uso de medicamentos que não são recomendados para pacientes com Covid-19.

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Segundo Queiroga, a discussão sobre o tratamento precoce contra Covid-19 tem gerado "forte divisão na classe médica". "De um lado, aqueles, como eu, que sou mais vinculado a sociedades científicas. Do outro lado, médicos assistenciais que estão na linha de frente e relatam casos de sucesso com esses tratamentos. Eles discutem de maneira calorosa, e cabe a mim harmonizar esse contexto para termos condição mais pacífica na classe médica", afirmou Queiroga.

O ministro disse também que essa discussão calorosa em nada contribui para pôr fim à pandemia do novo coronavírus. "O que vai pôr fim é ampliar a campanha de vacinação. Meu foco é exclusivo, ampliar a campanha de vacinação", declarou Queiroga.

O ministro da Saúde ainda afirmou que o debate sobre o tratamento da covid está em instância técnica, com a elaboração de um protocolo pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). "Dei solução que existe na legislação, é da Conitec a prerrogativa de elaborar protocolos clínicos", disse ele. "Consulta pública pode trazer consenso sobre tratamento hospitalar. Tratamento não é matéria legislativa, entendo que cabe à Conitec", afirmou.

Em fala inicial à CPI da Covid, nesta terça-feira (8), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que, passados cerca de 60 dias de sua posse como titular da pasta, ele já pode "mostrar alguns resultados" diante da comissão. "No primeiro momento que estive aqui (na CPI), tinha mais a dizer sobre projetos e compromissos", afirmou Queiroga, se referindo ao primeiro depoimento à comissão. "Reafirmo meu compromisso de trabalhar pela saúde pública do Brasil", disse.

O ministro ressaltou a busca por um programa de vacinação contra a Covid-19 robusto no Brasil, com tentativa de antecipação de entrega de doses. "Acredito fortemente que o caráter pandêmico dessa doença só será cessado com eficiente campanha de vacinação. É por isso que trabalho todos os dias no Ministério da Saúde para prover mais doses de vacinas, para acelerar nossa campanha", afirmou o ministro, pontuando que, da população vacinável, 30% tomou a primeira dose, e 14,3% receberam as duas doses. "Teremos, na nossa população vacinável, todos vacinados até o fim do ano", repetiu Queiroga.

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Outra questão muito cobrada do ministro no primeiro depoimento, uma campanha publicitária para incentivar a vacinação e a adoção de medidas não farmacológicas, como distanciamento social e uso de máscara, também foi mencionada por Queiroga aos senadores.

O ministro ainda disse que o cenário sanitário "não é tranquilo". "Mas houve queda paulatina no número de óbitos. Aumento de casos pode levar a aumento de óbitos, estamos vigilantes", afirmou Queiroga.

O líder do DEM no Senado, o senador governista Marcos Rogério, avaliou o desempenho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que, em sua visão, segue "sem rumo, investigando fatos alheios ao objeto de investigação". Para ele, o colegiado se distancia do objetivo inicial de apurar as ações no enfrentamento à Covid-19.

Foi iniciado por volta das 10h, desta terça-feira (8), o depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que fala pela segunda vez à CPI. Na segunda-feira (7), em entrevista ao Estadão/Broadcast, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que Queiroga terá de se explicar sobre a falta de autonomia na pasta e sobre a falta de respostas em torno da prescrição da cloroquina. Estão no radar ainda questionamentos sobre a realização da Copa América no País.

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"Uma CPI que foi criada para apurar as ações no enfrentamento à Covid e o uso dos recursos federais por Estados caminha agora para investigar até a Copa América", declarou Rogério no Twitter.

A realização do evento esportivo tem sido amplamente criticada por membros da CPI, devido ao cenário de recrudescimento da pandemia no País. Antes do depoimento, Queiroga afirmou em entrevista à GloboNews que a decisão de sediar a Copa América "não é do ministro da Saúde".

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou que tem a confiança do presidente Jair Bolsonaro para a condução do combate à pandemia da Covid-19 no Brasil. Adiantando resposta aos questionamentos referentes à falta de autonomia no Ministério da Saúde que devem ser feitos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta terça-feira (8), Queiroga afirmou que o País vive sob o modelo presidencialista e, portanto, "o presidente é o chefe da nação".

"Eu mesmo posso ser demitido pelo presidente a qualquer momento. Essa é a regra do jogo do presidencialismo", declarou o ministro em entrevista à GloboNews. No entanto, Queiroga pontuou que, "se eu sentisse que não tenho condições de fazer o trabalho que me propus ao presidente, eu pediria para sair do Ministério sem nenhum problema".

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"Não é competência do ministro da Saúde julgar o presidente, nem de nenhum ministro, tenho que fazer o que tenho que fazer aqui, que é vacinar a população", reforçou Queiroga. Apesar do cargo no governo, Queiroga reforça que é médico, e não político. "O que tenho que fazer é cuidar dos meus pacientes".

Copa América

O ministro voltou a comentar sobre a Copa América no Brasil. A realização do torneio no País tem sido amplamente criticada por membros da CPI, devido ao cenário de recrudescimento da pandemia. Queiroga afirmou mais uma vez que a decisão de realizar o evento "não é do ministro da Saúde". "A Copa do Mundo que houve aqui foi o ministro da saúde que decidiu? Não".

Segundo Queiroga, Bolsonaro pediu que o ministério analisasse os protocolos para a realização da Copa. "É um ambiente seguro, é mais seguro do que a gente vive na sociedade porque os jogadores são testados com frequência", declarou. A expectativa do evento, para o ministro, é que seja realizado com "segurança".

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, na manhã desta terça-feira (8), que seu papel é "conciliar" todas as divergências na questão sanitária da Covid-19 para poder focar naquilo que é essencial: vacinar os brasileiros até o fim do ano. Queiroga disse ainda que não efetivou a nomeação da infectologista Luana Araújo para a recém-criada secretaria de combate à Covid porque o nome dela não traria "a conciliação entre os médicos" que ele pretende promover. Luana foi anunciada para o cargo, trabalhou por dez dias no ministério, mas sua nomeação não se confirmou.

"Vou à CPI demonstrar o que tenho feito aqui no Ministério da Saúde nesses mais de 60 dias que assumi o cargo, eu tenho a consciência tranquila que tenho trabalhado pelo povo brasileiro para vencer a pandemia da Covid-19. O meu papel é de conciliar todos esses ambientes de divergências que há no contexto sanitário para que nós nos foquemos no que é essencial. E o que é essencial? Vacinar a população brasileira. Todas essas outras questões laterais, elas não têm importância. Eu só tenho um objetivo: vacinar os brasileiros até o final do ano. Eu acredito que só assim daremos fim à pandemia", disse Queiroga em entrevista à GloboNews na saída do ministério a caminho do Senado.

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Sobre a não confirmação da médica Luana na sua equipe, Queiroga agora trouxe para si a responsabilidade pela desistência da nomeação. Antes, eles havia dito que faltou convergência política em torno de sua indicação, sugerindo que o Palácio do Planalto havia barrado o nome de Luana, defensora da ampla vacinação e contrária ao chamado tratamento precoce contra a Covid-19, com o uso de medicamentos como a cloroquina, como é preconizado pelo presidente da República.

No depoimento prestado à CPI, Luana Araújo afirmou que "qualquer pessoa", independente de cargo ou posição social, que defende métodos sem comprovação científica para o tratamento de doenças, tem "responsabilidade sobre o que acontece depois". A médica também reforçou que a autonomia médica, apesar de fazer parte da prática, "não é licença para experimentação".

"A doutora Luana não foi nomeada. Isso é uma incumbência, uma atribuição do ministro da Saúde, que tem a discricionariedade técnica para escolher a sua equipe. A despeito dela ser uma pessoa muito qualificada, de ter contribuído aqui conosco, ajudando, por exemplo, no protocolo da testagem, nós entendemos que neste momento o nome dela não seria o melhor nome para promover a conciliação entre os médicos que eu quero promover", disse o ministro.

Questionado sobre a declaração anterior de que a falta de convergência política teria impedido a nomeação de Luana, Queiroga disse se referir à política médica e não necessariamente à política partidária. "Nós precisamos arbitrar esse processo com pessoas que tenham uma certa isenção em relação aos temas que são ali discutidos. É obvio que vivemos no presidencialismo, que o presidente é o chefe do Estado e o chefe da Nação, mas eu tenho a confiança do presidente da República para conduzir essa situação sanitária complexa", reforçou.

Além da polêmica entorno de Luana Araújo e de sua autonomia na pasta da Saúde, Queiroga também deve responder aos senadores sobre a realização da Copa América no País, sobre o ritmo de vacinação e, de novo, sobre a postura do presidente Bolsonaro na pandemia.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira que a vacinação contra a covid-19 das comitivas que disputarão a Copa América no Brasil não será obrigatória. A competição começa no próximo domingo. "Exigir-se a vacinação ou vacinar os atletas neste momento não traria imunidade até o início da competição", afirmou Queiroga, durante entrevista coletiva.

O ministro citou outros exemplos de competições que têm acontecido sem a exigência de vacinação, como o Campeonato Brasileiro. Segundo Queiroga, outros eventos internacionais que, em contrapartida, exigiram a imunização dos participantes, como é o caso dos Jogos Olímpicos, não podem ser usados para comparação, uma vez que reúnem número maior de participantes, de todo o mundo, em uma única vila de atletas.

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"Não será uma imposição a questão da vacina. Os que estiverem vacinados melhor, mas não se fará um esforço maior para se vacinar estes atletas agora, até porque a vacina poderia causar algum tipo de reação e isso poderia comprometer o ritmo competitivo dos jogadores", disse o ministro da Saúde.

Segundo informou o coordenador operacional da competição, André Pedrinelli, os jogadores e comissão técnica de todos os países participantes farão um teste diagnóstico para a covid-19 a cada 48h.

Para o ministro da Saúde, sobre os encontros de torcidas vistos durante o Campeonato Brasileiro, as aglomerações acontecem independente da realização de partidas de futebol. Queiroga reforçou que "não há motivo sanitário para vedar a realização da Copa América no Brasil". "Pode torcer na sua casa. Se vai fazer festa em casa, a consciência é de cada um. Nós não recomendamos isso. Não é essa Copa América que vai fazer isso aumentar ou diminuir. Não é, nós sabemos", afirmou.

"Acho que (a Copa América) ser aqui no Brasil - sem fazer considerações aos sistemas sanitários dos outros países - oferece garantia aos nossos atletas de que teremos uma segurança sanitária adequada", afirmou. A realização do evento esportivo em território brasileiros acontece após a recusa de Colômbia e Argentina em sediá-lo.

Segundo informou o coordenador operacional da competição, André Pedrinelli, os jogadores e comissão técnica de todos os países participantes farão um teste diagnóstico para a covid-19 a cada 48h.Segundo informou o coordenador operacional da competição, André Pedrinelli, os jogadores e comissão técnica de todos os países participantes farão um teste diagnóstico para a covid-19 a cada 48h.Segundo informou o coordenador operacional da competição, André Pedrinelli, os jogadores e comissão técnica de todos os países participantes farão um teste diagnóstico para a covid-19 a cada 48h.

Segundo informou o coordenador operacional da competição, André Pedrinelli, os jogadores e comissão técnica de todos os países participantes farão um teste diagnóstico para a covid-19 a cada 48h.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta sexta-feira (4), que fechou hoje um acordo com a farmacêutica Janssen, da Johnson & Johnson, para o recebimento de três milhões de doses da vacina anticovid-19 a serem aplicadas em junho.

Ao responder a um questionamento oficial formulado pelo Congresso em 3 de maio, o Ministério da Saúde citou um processo de compra de 38 milhões de doses da vacina da Janssen.

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Em entrevista ao programa CB.Poder, do jornal Correio Braziliense e da TV Brasília (RedeTV!), Queiroga disse que o Brasil quer antecipar a chegada de imunizantes contratados. Ele afirmou também que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) estuda estratégias para, se for o caso, oferecer mais doses para regiões com frio intenso, onde há uma tendência maior de circulação do novo coronavírus, aos Estados de fronteira e aos locais onde o momento epidemiológico é mais complexo com ameaça de colapso do sistema de saúde.

A data do novo depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à CPI da Covid provocou um novo bate-boca na comissão, entre o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), e o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO). Ao ouvir de Aziz que o novo interrogatório do Queiroga será na próxima terça-feira (8), Marcos Rogério questionou a escolha do presidente da CPI e pediu ele "deixasse o ministro trabalhar".

"Sabe o que ele estava fazendo ontem? Anunciando a Copa América ao lado do presidente Bolsonaro", rebateu Aziz. "E peça a ele para não mentir dessa vez", continuou o senador.

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"Vossa excelência não tem autoridade para dizer que ele estava mentindo", afirmou então Marcos Rogério, que ouviu de Aziz uma reclamação. "O senhor não respeita ninguém, rapaz", disse o presidente da CPI. "Continuamos com a impressão de que não há ministro da Saúde", interveio o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL).

Marcos Rogério contestou a escolha de Queiroga depor antes do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (02). Aziz então destacou que, a pedido do colega, adiantou o testemunho do governador para a próxima semana, no dia 10. Antes, Lima iria falar à CPI no dia 29 de junho.

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), divulgou nas redes sociais um novo calendário das oitivas do colegiado. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi convocado a prestar novo depoimento na próxima terça-feira (8). O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antonio Élcio Franco, será ouvido no dia seguinte.

Queiroga deu seu primeiro depoimento à CPI da Covid em 6 de maio, quando se esquivou de declarar abertamente sua posição sobre o uso da cloroquina em pacientes com Covid-19. A postura do ministro irritou membros da comissão parlamentar de inquérito, que passaram a articular a reconvocação, agora confirmada por Omar Aziz.

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O calendário atualizado ainda traz as datas das oitivas de Marcos Eraldo Arnoud Marques, conhecido como Markinhos Show, que foi assessor especial do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello, marcada para dia 10, e do secretário de Saúde do Amazonas, um dos Estados mais afetados pela pandemia no País, Marcellus Campêlo, em 15 de junho. O ex-governador do Rio de janeiro Wilson Witzel, eleito na esteira do bolsonarismo em 2018 mas hoje um desafeto político do Palácio do Planalto, será ouvido no dia 16.

O empresário Carlos Wizard, suspeito de integrar um "gabinete paralelo" de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro em assuntos relacionados à covid-19, foi convocado a depor em 17 de junho. O representante da White Martins, empresa que atua no fornecimento de oxigênio a unidades hospitalares, Paulo Baraúna será inquirido no dia seguinte.

Fora da cena política, a CPI receberá três especialistas em covid-19 no dia 11 de junho. São eles: o médico sanitarista Cláudio Maierovitch, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz); as pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Nathália Pasternak e Deisy Ventura; além da diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, previu, nesta segunda-feira (31), que até o fim do ano a totalidade da população brasileira estará imunizada contra a Covid-19. Ele fez a estimativa durante o Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF), um evento internacional sobre atração de investimentos estrangeiros para o Brasil, organizado por Apex-Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e governo federal.

Esta é a primeira vez que o evento é realizado de forma virtual por causa da pandemia de coronavírus. "Tenho certeza de que até fim do ano conseguiremos imunizar população", disse o ministro. "Teremos todos os cidadãos imunizados em nosso país até o fim do ano", reforçou em outro trecho de sua fala.

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No início de sua apresentação, Queiroga enfatizou que o presidente Jair Bolsonaro tem indicado desde que assumiu a pasta que seu governo tenha ações simultâneas nas áreas da Saúde e da Economia. Ele está no mesmo painel que o ministro da Economia, Paulo Guedes. Queiroga aproveitou o momento para passar uma mensagem de solidariedade às vítimas da Covid-19 e ressaltar o "empenho e dedicação dos profissionais de saúde".

O ministro afirmou que tem buscado expandir ações de enfrentamento da Covid-19 no Ministério da Saúde com três focos: acelerar campanha de vacinação, garantir a assistência à saúde aos que foram afetados pela doença e reforçar medidas sanitárias. Ele apresentou ainda dados sobre número de vacinados e entrega de imunizantes e disse que, apenas este ano, já foram investidos R$ 3,4 bilhões na área em novos leitos, inclusive com e sem suporte ventilatório invasivo.

Crescimento da economia

Marcelo Queiroga também disse que a expansão contínua da vacinação contribui para melhora da previsão de crescimento da economia. "Cada 10% da população vacinada aumenta em 0,13 ponto porcentual as projeções de crescimento da economia", afirmou, durante o fórum.

Queiroga disse ainda que o governo está lançando um programa de testagem para ampliar sistematicamente os exames de covid no País, principalmente em áreas chave como escolas. "As medidas de controle de circulação do vírus visam garantir sociedade e economia funcionando de forma segura. Teremos todos os cidadãos imunizados em nosso país até o fim do ano", completou.

No evento com investidores, o ministro procurou "vender" o setor de saúde brasileiro como uma "ótima oportunidade de negócios". "Nesse momento de crise, a soma de recursos públicos e privados é fundamental. Propomos uma política transversal entre setor público e privado de saúde", afirmou.

De acordo com Queiroga, a intenção é ampliar, com a parceria do setor privado, o acesso da população brasileira a produtos e tecnologias de saúde e diminuir vulnerabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS).

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está visitando o Estado de Pernambuco, que registra aumento nos casos de Covid-19 e pressão no sistema público de saúde. Em sua conta oficial do Twitter, Queiroga relatou que visitou ontem à noite a produção de oxigênio da fabricante White Martins no Estado. "Conhecemos a produção de oxigênio da White Martins, próximo à Recife-PE, e passamos por algumas unidades de saúde de municípios do Agreste Pernambucano", escreveu Queiroga.

No Estado, o ministro visitou os hospitais Dr. Paulo da Veiga Pessoa em Gravatá e o hospital de campanha de Bezerros, de acordo com fotos publicadas nas redes sociais das prefeituras. "Vamos atender aos pernambucanos neste momento difícil. Há um problema com oxigênio. O ministério da Saúde vai entregar 148 concentradores de oxigênio (para pacientes hospitalizados com covid-19) e estamos trabalhando na logística de cilindros", disse Queiroga em vídeo antes de embarcar para Pernambuco.

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O ministro do Turismo, Gilson Machado, acompanha Queiroga. A previsão é que neste domingo Queiroga visite os municípios de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Garanhuns.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comentou nesta quinta-feira a exoneração do agora ex-superintendente estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro George Divério, publicada no Diário Oficial da União. O ministro disse que não lhe competia fazer nenhum "juízo de valor" sobre a culpabilidade do superintendente, mas que o ministério tomou "a decisão que devia tomar".

Queiroga, que participa de audiência pública em comissões da Câmara, afirmou que o próximo passo será nomear uma outra pessoa "que tenha a capacidade de gerir a Superintendência do Rio de Janeiro".

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O coronel Divério foi nomeado para o cargo em junho de 2020 pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Em novembro de 2020, Divério assinou contratos de R$ 29 milhões com duas empresas, sem licitação, para fazer reformas em prédios da pasta no Estado, em plena pandemia. As obras foram consideradas urgentes, por isso a licitação foi dispensada. Depois de assinados, os contratos foram anulados pela Advocacia-Geral da União (AGU), que não constatou razão para a dispensa de licitação.

O Ceará informou na sexta-feira, 21, que monitora um caso suspeito da variante B.1.617 do coronavírus, que surgiu na Índia. Anteontem foi confirmado um caso no Maranhão. Com a preocupação crescendo com mais uma variante no País, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta sexta-feira que todas as medidas sanitárias já foram tomadas para isolar a cepa, mas lembrou que o fenômeno biológico não obedece leis exatas e necessita de todo o cuidado.

Em comunicado oficial publicado em sua página na internet, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que recebeu em 17 de maio notificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre um caso suspeito da variante indiana em Fortaleza. No dia seguinte, já foi realizada visita técnica ao local de isolamento do viajante, que desembarcou de avião vindo da Índia no dia 9. Segundo a Sesa, trata-se de um paciente de 35 anos que fez dois exames RT-PCR nos dias 10 e 11 e ambos deram positivo para a B.1.617. Uma semana depois, repetiu o exame e o resultado foi negativo. O colega de empresa que o acompanhou durante a viagem também fez testes para identificar a infecção nos dias 10 e 12 e os resultados foram negativos.

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A secretaria informou ainda que todos os viajantes que chegam ao Ceará oriundos de países com circulação de variantes devem cumprir quarentena de 14 dias, o que está sendo respeitado pelos viajantes e monitorado pela pasta. A Fiocruz está fazendo o sequenciamento genômico para determinar se o homem foi infectado pela variante indiana. A secretaria acompanha o processo.

Sob controle

O Maranhão, por sua vez, está monitorando cem pessoas que trabalham no hospital onde um paciente infectado está internado, procedente do navio MV Shandong da ZHI. O governo do Estado informou que esses trabalhadores já haviam sido vacinados, mas continuam a ser periodicamente testados.

Em uma coletiva de imprensa concedida na manhã desta sexta-feira, o governador Flávio Dino afirmou que a embarcação está ancorada a 50 quilômetros da costa e ainda não tem permissão para atracar no porto maranhense. Todos os tripulantes estão isolados em cabines individuais.

Além do paciente internado, outras 14 pessoas que estão a bordo do navio foram diagnosticadas com covid-19. A maioria apresenta sintomas leves da doença ou é assintomática e pelo menos seis delas também foram infectadas pela variante indiana. Duas pessoas chegaram a receber atendimento hospitalar, mas apresentaram melhora e retornaram à embarcação.

Governo federal

O ministro Queiroga também disse que mantém conversas com secretários estaduais de Saúde e principalmente com o do Estado do Maranhão, Carlos Lula, e a contaminação atual se trata de caso isolado. "O importante é dizer que a vigilância em saúde no Brasil é muito boa. Esse caso foi detectado prontamente, todas as medidas sanitárias foram tomadas e nós esperamos que não haja uma propagação dessa variante indiana aqui no Brasil", disse o ministro a jornalistas, enquanto visitava uma fábrica de insumos veterinários com potencial para eventualmente produzir vacinas contra a covid-19 no interior de São Paulo. "Mas é um fenômeno biológico, que não é matemático. É preciso que tenhamos os cuidados", alertou.

A variante B.1.617 foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma "preocupação global" porque pode ter capacidade de transmissão maior do que a cepa original do vírus. No entanto, a instituição ressalta que as vacinas protegem contra "todas as variantes". Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro decidiu proibir voos internacionais com origem ou passagem pela Índia. A proibição se soma a restrições da mesma natureza relativas a voos do Reino Unido e da África do Sul, que também apresentam variantes de preocupação do novo coronavírus. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que assinará nesta sexta-feira, 14, o contrato que prevê a aquisição de mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer. Desse montante, 30 milhões chegariam até o fim deste ano, somando-se às 100 milhões já previstas até setembro no âmbito do primeiro contrato. Ou seja, seriam 130 milhões de imunizantes da farmacêutica até acabar 2021.

Sobre a Pfizer, ponto central da CPI da Covid em curso no Senado, o ministro evitou tecer comentários relativos à suposta omissão do governo brasileiro durante a gestão do general Eduardo Pazuello na Saúde. "Não estou aqui para julgar ninguém. Sou ministro da Saúde, não participei dessas negociações", disse.

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"Fui à CPI, prestei os esclarecimentos aos senadores, fiquei lá mais de 10 horas. Nosso dever como brasileiro é ficar à disposição das autoridades para prestar contribuições e fortalecer nossa democracia. Se julgarem conveniente que eu vá novamente, irei como fui da última vez, entrando pela porta da frente."

A reconvocação de Queiroga é cogitada porque, segundo os senadores, ele não foi enfático ao falar sobre a cloroquina, medicamento ineficaz para o combate à covid que foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia.

Chefe da farmacêutica americana Pfizer no Brasil à época das negociações para compra de vacinas contra a covid-19, Carlos Murillo participou nesta quinta-feira, 13, da CPI da Covid no Senado. Atualmente, ele é gerente-geral da empresa para a América Latina.

Em depoimento, Murillo afirmou que o governo Bolsonaro ignorou por três meses negociações de vacina. Segundo ele, a empresa sugeriu 100 milhões de doses a serem entregues em 2020 e 2021, mas o governo federal só respondeu no dia 9 de novembro.

Ao abordar temas mais políticos, o ministro também negou que haja problemas diplomáticos com a China para o recebimento de ingrediente farmacêutico ativo (IFA). A dificuldade em receber esses insumos faz com que o Butantan e a Fiocruz prevejam atraso na produção das vacinas CoronaVac e Oxford/AstraZeneca, respectivamente.

Ele também jogou para a Fiocruz a responsabilidade de responder sobre a data em que será oficializado o acordo tecnológico que permitirá ao País produzir IFA. Disse apenas que está "na iminência" de ser finalizado. Quando isso for permitido, segundo o ministro, o Brasil poderá produzir 1 milhão de doses diárias de vacina.

Queiroga esteve no Rio para dar início à vacinação de atletas que disputarão as Olimpíadas de Tóquio, no Japão, em agosto deste ano. Participaram do evento, no Centro de Capacitação Física do Exército, os atletas Rosângela Santos, do atletismo; Ana Marcela Cunha, de maratona aquática; Larissa de Oliveira, da natação; Marcus Vinicius D'Almeida, do tiro com arco; Caio Ribeiro, da canoagem paralímpica; e Michel Pessanha, do remo paralímpico.

"Fui bloqueado de competir em alguns países e, com a vacina, sinto que vou conseguir concluir meu ciclo. E sem o medo de chegar perto da Olimpíada e cair doente, interrompendo todo um trabalho de 11 anos no esporte", disse Marcus Vinicius D'Almeida.

A vacinação também começou hoje em outras cidades - São Paulo, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre e Belo Horizonte -, mas o Rio foi a escolhida para ter a presença do ministro e a cobertura da imprensa.

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), comentou, na manhã desta terça-feira, sobre a possibilidade de reconvocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à CPI.

"Em relação à reconvocação dele (Queiroga), são as contradições que o próprio governo tem feito ele passar. E tem acontecido isso, ele defende uma coisa, e parte do governo federal defende outra totalmente o contrário do que ele falou aqui", disse, afirmando ser necessário analisar "no momento oportuno" a reconvocação do ministro. Aziz deu a declaração pouco antes do início do depoimento do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres.

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Novo horário

Para agilizar os trabalhos da CPI da Covid, os senadores que integram a comissão acordaram que, a partir desta quarta-feira (12), as sessões começarão a partir das 9h, para que os integrantes possam votar questões internas. Dessa forma, os depoimentos poderão começar mais pontualmente, às 10h.

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado, Omar Aziz (PSD-AM), classificou neste domingo (9) como uma "grande decepção" a postura do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que depôs à comissão nesta semana e se esquivou de declarar sua posição sobre o uso da cloroquina em pacientes com covid-19. Segundo Aziz, Queiroga "com certeza" será reconvocado para falar mais uma vez à CPI, diante das contradições expostas entre a política do governo Bolsonaro na pandemia e as diretrizes do Ministério da Saúde.

Questionado diversas sobre o uso da cloroquina durante o depoimento na quinta-feira (6), o ministro respondeu que não poderia se pronunciar porque a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) ainda está avaliando e elaborando o protocolo de tratamento da covid-19. Isso irritou os integrantes da CPI, especialmente a cúpula do colegiado. Neste sábado, 8, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que Queiroga investiu numa estratégia de não responder às perguntas dos senadores objetivamente e, portanto, de não "falar a verdade".

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Essa frustração foi endossada pelo presidente da CPI. "Agora, o Queiroga foi uma grande decepção, ele como médico cardiologista. Quando a gente perguntava se ele era a favor da cloroquina - e ele não citava a palavra cloroquina, falava em 'fármacos' -, ele jogava para a Conitec", comentou Aziz em entrevista ao historiador Marco Antonio Villa divulgada neste domingo no Youtube. Para o presidente da CPI, esse pretexto usado por Queiroga foi para "não magoar o chefe" e indica que o ministro é contra o uso da cloroquina em pacientes com covid-19, medicamento que não tem eficácia comprovada contra a doença.

"Então é claro no posicionamento dele que ele é contra, mas não quer magoar o chefe. E com certeza será reconvocado porque as contradições em relação à política do governo é totalmente diferente da política do Ministério da Saúde. Então ele deve ser reconvocado", afirmou Aziz.

Na conversa com o historiador, o presidente da comissão também avaliou o depoimento do ex-ministro da Saúde Nelson Teich como o "melhor" até o momento. Além de Queiroga e Teich, que foi o segundo titular da pasta no governo Bolsonaro, também falou nesta semana à CPI o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. "Teich passou 29 dias na Saúde, pouco ou quase nada poderia ter feito. Mesmo assim, acho que o melhor depoimento que teve foi do Teich, porque claramente ele se posiciona contra medicação antecipada, em relação ao que poderia ou não acontecer sobre essas medicações que estão sendo difundidas por um grupo de pessoas", afirmou o senador.

Sem planejamento

Para Aziz, no entanto, um ponto em comum nos depoimentos dos três médicos é que nenhum apresentou ter um "planejamento" para enfrentar a pandemia. "Nenhum deles tem planejamento, ainda estão todos batendo cabeça em relação à covid depois de um ano", avaliou o presidente da comissão. Apesar de lembrar que Mandetta levou à CPI a carta em que alertou o presidente sobre a gravidade da pandemia, Aziz disse que o ex-ministro também não conseguiu dizer à comissão qual foi o planejamento tocado por ele enquanto estava titular da Saúde.

"Qual era o planejamento de testagem, de barreira sanitária, de comportamento? Era tudo incipiente, mas não havia ali um planejamento, ele não deixa nada planejado como ministro", criticou o senador.

O presidente da CPI ainda avaliou que não é uma maioria, mas, sim, uma minoria no Brasil que defende o uso de medicações com eficácia não comprovada em pacientes infectados pelo novo coronavírus. "Parece que é uma maioria, e não é uma maioria. Eles têm um poder de mídias sociais muito grande", disse o senador.

O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (3) que o Brasil está "na iminência" de fechar um novo contrato de 100 milhões de doses da vacina contra covid-19 da farmacêutica Pfizer.

De acordo com o ministro, com o novo acordo, "o Brasil terá à disposição de sua sociedade 200 milhões de doses da vacina da Pfizer. Isso equivale a imunizar cerca da metade de sua população ainda neste ano, porque esse segundo contrato prevê para o mês de outubro já 35 milhões de doses", afirmou o ministro, durante evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

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Durante o encontro o ministro voltou a destacar que o Brasil "é o quinto país que mais distribui doses de vacinas", aproveitando para ressaltar o trabalho do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reforçando que a Fiocruz começara a produzir vacinas com IFA totalmente nacional a partir do terceiro trimestre deste ano "o que é uma notícia muito alvissareira" afirmou, destacando o investimento do governo na área.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu nessa sexta-feira (30) para que países com doses extras da vacina contra Covid-19 compartilhem lotes com o Brasil, que ainda registra média diária de 2,5 mil mortes pelo vírus. O apelo foi feito em coletiva de imprensa conduzida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo ele, o acesso ao imunizante deve ser proporcional à gravidade da emergência de saúde em cada nação.

O apelo público em agenda com a OMS contrasta com declarações da gestão Jair Bolsonaro durante a pandemia sobre a entidade. A relação política do governo com a OMS foi conturbada sobretudo nos primeiros meses da crise sanitária. Bolsonaro acusou a entidade de ter atuação "partidária" e ameaçou abandonar o órgão - em postura semelhante à do ex-presidente americano Donald Trump. Em abril de 2020, Bolsonaro também chegou a publicar informações falsas sobre a organização, apagadas no mesmo dia.

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"Apelo para aqueles países com doses extras que compartilhem essas vacinas com o Brasil de modo a conter a fase crítica da pandemia e evitar a proliferação de novas variantes", disse Queiroga ontem. Secretários de Saúde já haviam enviado carta à OMS para pedir essa mesma prioridade em março.

No modelo sugerido pelo ministro, nações com transmissão descontrolada, como o Brasil, deveriam receber mais doses. A medida, porém, poderia prejudicar países que têm adotado ações recomendadas pelos cientistas para frear o vírus, como o isolamento social. Ciro Ugarte, do Departamento de Emergências em Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS para o continente, também defendeu mais vacinas e verba para América Latina e Caribe, para enfrentar possíveis novas ondas.

Queiroga ainda afirmou não haver atrasos na vacinação no Brasil e destacou capacidade para vacinar até 2,4 milhões de pessoas por dia. Esse patamar só não está sendo atingido, segundo ele, por "dificuldades resultantes da escassez de vacina".

Conforme Queiroga, o governo está prestes a assinar novo acordo para adquirir cem milhões de doses da Pfizer - outros cem milhões já foram compradas, e o primeiro lote de 1 milhão chegou esta semana. "Temos doses suficientes para o segundo semestre e é possível se garantir que até o fim do ano de 2021 tenhamos a nossa população inteiramente vacinada."

As parcerias da Fiocruz com a britânica AstraZeneca e do Instituto Butantan com a chinesa Sinovac para produzir vacinas em território nacional foram exaltadas pelo ministro, que agradeceu a Pequim pela "cooperação fundamental". Uma declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, causou embaraço diplomático esta semana. Em reunião do Conselho de Saúde Suplementar, sem saber que era gravado, disse que o "chinês inventou o vírus (da covid) e a vacina dele é menos efetiva que a do americano", em referência ao imunizante da Pfizer. Pelo Twitter, o embaixador da China, Yang Wanming, disse depois que a "Coronavac representa 84% das vacinas aplicadas no Brasil".

Neste fim de semana vão chegar ainda mais quatro milhões de doses pelo Covax, consórcio internacional liderado pela OMS. O governo, porém, hesitou sobre entrar no consórcio. Em outubro, ainda na gestão do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o País optou por aderir à iniciativa, mas pela cota mínima, que prevê entregar doses para 10% da população brasileira. Havia opção de receber vacinas para até metade do País.

Elo estreito

Apesar das falas de Bolsonaro, o Ministério da Saúde mantém relação estreita com a Opas. A pasta tem diversos acordos com a organização para compra de insumos, além de cooperações no combate à covid.

Queiroga tem feito reuniões semanais com a Opas e já havia conversado com Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS. Um dos temas frequentes nesses encontros é o pedido para que sejam antecipadas ou pelo menos cumpridas as entrega previstas Covax. O Brasil chegou a contar com 10,6 milhões de doses para o semestre por este caminho, mas o cronograma mais recente aponta menos de 6 milhões de unidades previstas até junho.

O apelo de Queiroga pelo envio de vacinas também contrasta com declarações do governo que minimizavam a demora para a compra das doses. Em janeiro, Pazuello disse que iria receber "avalanche" de propostas de vacinas e que o Brasil ultrapassaria a campanha americana já em fevereiro, o que até hoje não ocorreu. Já Bolsonaro passou meses, em 2020, rejeitando propostas de compra da Pfizer e da Coronavac - o Butantan é ligado ao governo de São Paulo, que tem à frente seu adversário político João Doria (PSDB).

A OMS também já criticou a condução da crise sanitária no Brasil. Em março, Adhanom afirmou que o País deve levar a sério a pandemia e citou cenário "muito preocupante".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid definiu um roteiro inicial de depoimentos para convocar, já na semana que vem, os ex-ministros da Saúde do governo do presidente Jair Bolsonaro e o atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga. O ex-secretário de comunicação Fabio Wajngarten está na mira para ser ouvido na semana seguinte.

O cronograma foi discutido em uma reunião na residência do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), na noite dessa quarta-feira (28), com a participação do vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e do relator da investigação, Renan Calheiros (MDB-AL). Os requerimentos serão colocados em votação na sessão desta quinta-feira (29), às 9 horas.

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Os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich devem ser ouvidos na terça-feira (4). Na quarta-feira (5), a CPI quer chamar Eduardo Pazuello, que ficou mais tempo à frente da pasta durante a pandemia de Covid-19 e é um dos principais alvos da investigação. Na quinta-feira (6), os senadores querem coletar o depoimento do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

Os primeiros depoimentos colocam o governo federal no foco central do início das investigações e representam uma derrota para o Palácio do Planalto. Além das convocações, o relator deve apresentar um plano de trabalho para ser aprovado. Nesse documento, Renan delimitará o escopo da CPI e vai sugerir uma série de pedidos de informações para órgãos federais e estaduais para municiar os trabalhos, além de indicar nomes de investigados e testemunhas, como os ex-ministros.

"O que a direção da CPI vai apresentar amanhã é essa sugestão de roteiro. Esperamos que seja acatada não somente pelo G-7, mas pelo G-11", disse Randolfe Rodrigues em entrevista coletiva após a reunião. Ele fez referência aos sete senadores que formam um grupo crítico a Bolsonaro e aos 11 titulares da CPI. "É um encaminhamento razoável para inaugurarmos o início das investigações."

Com a expectativa de ser ouvido na CPI da Covid no Senado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, nesta quarta-feira (28), que, caso seja convocado, discutirá "abertamente" suas ações na pasta e prestará as informações demandadas pelos senadores.

"A minha preocupação imediata é com CTI. A CPI é atribuição do parlamento, se eles me convocarem eu vou lá e vou discutir abertamente o que eu tenho feito no Ministério da Saúde. Vocês todos estão vendo", disse o ministro em pronunciamento no Palácio do Planalto. Segundo ele, sua maior preocupação é com "CTI", em possível referência a sigla para Centro de Terapia Intensiva.

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"Então, vamos contribuir com a sociedade brasileira, vamos prestar as informações que os senhores senadores desejarem e eu acredito que estamos todos juntos no objetivo do enfrentamento à pandemia", acrescentou.

Nesta manhã, Queiroga participou da reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19. Foi o terceiro encontro do grupo desde a sua criação, no fim de março. Pela segunda vez seguida, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não participou do encontro.

No início de seu pronunciamento, Queiroga destacou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não participaria da fala à imprensa porque ainda estava em agenda com o presidente Jair Bolsonaro. Na agenda oficial do chefe do Executivo, não consta, contudo, a previsão de reunião individual com Pacheco.

Em um revés para o governo, a CPI da Covid foi instalada nesta terça-feira com o senador Renan Calheiros (MDB-AL) indicado como relator. O parlamentar cogita ouvir o atual ministro da saúde, bem como os ex-ministros da pasta. A CPI deve votar seu plano de trabalho em reunião marcada para quinta-feira (29).

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