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Procuradores da República criticaram o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, nesta segunda-feira (16), após a publicação de entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em que o ministro diz, em tom de crítica, que a Operação Lava Jato "fechou empresas", em função do que chama de falta de clareza da legislação sobre acordos de colaboração premiada para pessoas jurídicas.

Integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Roberson Pozzobon saiu em defesa das investigações. "A Lava Jato não 'destruiu' empresa nenhuma. Descobriu graves ilícitos praticados por empresas e as responsabilizou, nos termos da lei. A outra opção seria não investigar ou não responsabilizar. Isso a Lava Jato não fez", afirmou.

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Ele também rebateu o comentário de Toffoli de que o Ministério Publico deveria ser mais transparente citando o inquérito aberto pelo presidente do Supremo para apurar ameaças, ofensas e supostas fake news disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares nas redes sociais. O ministro Alexandre de Moraes foi designado como relator do caso por Toffoli, sem realização de sorteio.

"Interessante comentário de quem determinou a instauração de inquérito no STF de ofício, designou relator "ad hoc" (para esta específica função) e impediu por meses o MP de conhecer a apuração", afirmou Pozzobon em publicação no Twitter.

Para o procurador da República em Minas Gerais Wesley Miranda Alves, Toffoli faz uma "manobra diversionista" em sua avaliação da Lava Jato. "(Ele) direciona as críticas feitas à sua atuação e à de outros ministros do STF à própria magistratura. Não, o STF de hoje não representa a magistratura nacional. O atual e crescente combate à corrupção não se deve ao STF. Ocorre apesar do STF."

O secretário de Diretos Humanos da Procuradoria-Geral da República (PGR) Ailton Benedito, procurador da República de Goiás, vai na mesma linha. "Quem destruiu empresas foram os corruptos que as utilizaram como instrumento para tomar o Brasil de assalto".

Na entrevista ao jornal, Toffoli defendia mudanças nos acordos de colaboração para pessoas jurídicas. Ele afirmou que a Lava Jato foi importante e que, em sua avaliação, colocou o Brasil numa outra dimensão do ponto de vista do combate à corrupção, mas fez ponderações.

"Mas destruiu empresas. Isso jamais aconteceria nos Estados Unidos. Jamais aconteceu na Alemanha. Nos Estados Unidos tem empresário com prisão perpétua, porque lá é possível, mas a empresa dele sobreviveu. A nossa legislação funcionou bem para a colaboração premiada da pessoa física. Mas a da pessoa jurídica não ficou clara", disse o presidente do Supremo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (27) a morte do líder do grupo Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Bagdadi, durante uma operação militar americana no noroeste da Síria. Veja as principais reações internacionais:

RÚSSIA

Igor Konachenkov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia: "Desde a derrota final do Estado Islâmico pelo Exército do governo sírio com o apoio das forças aéreas russas no início de 2018, uma enésima 'morte' de Abu Bakr al-Baghdadi não tem significado operacional para a situação na Síria, nem para as ações dos terroristas restantes em Idlib".

"O ministério da Defesa russo não dispõe de informações confiáveis sobre as ações do Exército americano na zona de segurança de Idlib (...) sobre uma 'nova morte'", acrescentou.

GRÃ-BRETANHA

Boris Johnson, primeiro-ministro britânico: "A morte de Bagdadi é um momento importante em nossa luta contra o terrorismo, mas a batalha contra o flagelo do Daesh (sigla árabe para o EI) ainda não acabou" (Twitter)

ISRAEL

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel: "Quero parabenizar o presidente Trump por essa conquista impressionante que levou à morte do líder do EI, al Bagdadi. É um passo importante, mas a batalha continua" (declaração de uma base militar)

FRANÇA

A ministra francesa das Forças Armadas, Florence Parly, "parabenizou nossos aliados americanos por esta operação", que levou à morte do chefe do grupo Estado Islâmico (EI) Abu Bakr al-Baghdadi, garantindo "continuar a luta implacavelmente" contra sua organização.

"Aposentadoria antecipada para um terrorista, mas não para sua organização", disse ela no Twitter.

CURDOS

Mazlum Abdi, comandante das Forças Democráticas Sírias (FDS), parcerias de Washington na luta contra o EI na Síria: "As células adormecidas vingarão Bagdadi. Então devemos esperar de tudo, incluindo ataques às prisões" controladas pelas forças curdas nas quais milhares de jihadistas são mantidos, alertou.

TURQUIA:

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan: saudou a "morte do líder do Daesh, que marca um ponto de virada em nossa luta conjunta contra o terrorismo" (Twitter)

Tontura, náuseas, dor de cabeça e reações alérgicas estão entre os sintomas relatados por parte dos voluntários de mutirões para remover óleo de praias pernambucanas. A situação é apontada até por quem usou máscaras, galochas e luvas. E, apesar da recomendação das autoridades de usar equipamento de proteção, é comum ver muitos com os corpos expostos. Unidades médicas já têm criado postos de atendimento nas praias e orientado os profissionais de saúde sobre como lidar com esses casos.

"Estava puxando o óleo para a areia e me senti mal. Quando puxei, o cheiro estava atípico, como de óleo muito concentrado", conta a dona de casa Marília Clementino, de 31 anos. A moradora de Jaboatão dos Guararapes viajou cerca de uma hora ontem até Paulista (PE), para ajudar na limpeza da Praia do Janga. No grupo, duas pessoas se sentiram mal no mesmo dia. Marília relata tontura e dor de cabeça, e atribui a reação ao uso inadequado da máscara.

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Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, são investigadas 19 intoxicações com suspeita de relação com o óleo. Segundo a pasta, houve casos ligados ao contato com o poluente e também pelo uso indevido de solventes para remoção.

"A gente tem visto pessoas procurarem unidades de saúde, mas eles informam que retiraram o óleo com benzina, gasolina, querosene", disse ontem o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Segundo ele, não há ainda preocupação à saúde e o governo faz estudos sobre o impacto na cadeia alimentar. "Até o momento, a gente não tem nenhum alerta."

O jornal O Estado de S. Paulo acompanhou mutirões em praias pernambucanas nos últimos três dias. Entre voluntários e agentes públicos, todos ficavam com alguma parte do corpo exposta, nem que fosse pelo comprimento da roupa. Vários entravam na água ou no meio de pedras sujas de óleo.

Pescador há mais de 25 anos, Adalberto Barbosa, o Formigão, mora e trabalha em São José da Coroa Grande (PE). Desde os primeiros sinais de óleo, se juntou ao trabalho de limpeza. "Começamos cedinho e vamos até a noite. É nosso ganha-pão. Se não puder pescar, minha família passa necessidade." Na segunda, vieram os sintomas. "Tive muita dor de cabeça e vomitei. Senti o corpo mole, como se estivesse com uma gripe daquelas. Mas só parei um dia. Fui medicado, me sinto melhor e continuo trabalhando."

Dos 19 pacientes reportados, 17 foram em São José - os outros dois foram em Ipojuca. Marcello Neves, diretor clínico do Hospital Municipal Osmário Omena de Oliveira, diz que foram registrados dois tipos de reação ao óleo. Dos atendimentos, 70% foram de problemas de pele. "As pessoas tiveram dermatite de contato, apresentando coceiras e feridas na pele, além de dor de cabeça. Houve ainda pacientes que tiveram reações por inalar os gases que saem do óleo. Nesses casos, a maioria apresentou dor de cabeça, enjoos, vômito e tontura."

Para especialistas, só deve haver problemas mais graves após exposição muito prolongada. Outra preocupação dos médicos é de que as substâncias tóxicas se espalhem pelo ambiente, como nos lençóis freáticos, o que também traria riscos.

Bahia

Voluntários e representantes de colônias de pescadores baianos também relatam problemas. A bióloga e professora de surfe Carla Circenis, de 49 anos, ficou com os olhos inflamados e caroços na pele. "Mesmo tendo conhecimento de bióloga e até prevendo consequências, entrei na água. No outro dia, amanheci muito mal", conta ela, de Salvador. A Secretaria de Saúde da Bahia informou não ter registros de contaminação. O governo também vai avaliar se frutos do mar estão próprios para consumo.

Cuidados

Sintomas: Voluntários que atuaram na retirada do óleo no Nordeste relatam vômito, náusea e ardência nos olhos. Os problemas são causados tanto pelo contato com a substância quanto pelo uso de solventes para limpeza da pele.

Na hora da limpeza: Pessoas que atuam na retirada do óleo devem evitar o contato com a substância por meio de máscara descartável, luvas de borracha e botas. As roupas, de preferência impermeáveis, devem cobrir pernas e braços.

Produtos nocivos: Em caso de contato, não devem ser usados solventes, como querosene, gasolina, álcool, acetona, para retirar o óleo da pele. Esses produtos podem ser absorvidos e causar lesões. Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, o indicado é que sejam usados óleo de cozinha ou produtos contendo glicerina ou lanolina.

Quem não deve ir: Crianças, gestantes e doentes crônicos não devem atuar nos mutirões de limpeza.

(Colaboraram Renata Okumura, Mateus Vargas e Vinícius Brito, Felipe Goldenberg, Milena Teixeira, especial para o Estado)

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Parlamentares "lavajatistas" criticaram na quinta-feira, 26, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) após o julgamento no qual a Corte formou maioria a favor de uma tese capaz de derrubar condenações da Lava Jato. Aliados do ex-juiz e hoje ministro da Justiça, Sergio Moro, viram com preocupação a decisão do Tribunal. Nos bastidores, interlocutores de Moro disseram que, se o alcance da decisão não se restringir a casos bem definidos, a operação está em risco.

"O Brasil, se depender da maioria do Supremo, vai ser o país da impunidade", disse o senador Major Olímpio (PSL-SP). Favorável à instalação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar atos de ministros da Corte, Olímpio afirmou que o julgamento, até agora, "dá argumentos para a abertura da CPI da Lava Toga". "Lavajatista", o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) questionou: "o crime vai compensar?".

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A deputada Bia Kicis (PSL-DF) classificou o julgamento como uma "vergonha". "Suprema Vergonha esse julgamento do STF. Argumentos injurídicos para soltar bandidos", atacou.

A também deputada Carla Zambelli (PSL-SP) citou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para questionar o STF. "Já se arrependeu de ter indicado o Gilmar Mendes para o STF, caro ex-presidente?", escreveu em resposta a uma postagem do tucano. FHC havia afirmado: "Espero que o STF não se limite a questões formais, mesmo importantes, e ajude o Brasil a continuar combatendo a corrupção e o crime. Respeito à lei, mas também à moral pública é o que o povo espera".

Já para a deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, e o resultado "foi muito importante para corrigir parte dos abusos da Lava Jato".

Força-tarefa

O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima - decano da Lava Jato, que se aposentou em março - criticou o Supremo. "Impossível fazer Justiça quando supostos magistrados tiram da manga do colete nulidades absurdas para beneficiar poderosos", disse Lima no Facebook.

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Fábio George Nóbrega, foi na mesma linha. "Vemos com muita preocupação a formação de maioria que se encaminha para anular um processo sem que tenha havido o descumprimento de qualquer norma legal. É muito importante que a tese, se confirmada, sirva para futuros casos, não prejudicando os processos já julgados."

O ex-presidente Michel Temer disse, em nota, que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, "é mentiroso contumaz e desmemoriado" e revelou-se um homicida-suicida".

"O ex-Procurador Janot, além de mentiroso contumaz e desmemoriado, revela-se um insano homicida-suicida. As ocasiões em que esteve comigo foram para detratar e desmoralizar os possíveis integrantes de lista tríplice para Procurador-Geral da República e para sugerir que nomeasse alguém fora da lista. Não merece consideração", escreveu Temer.

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O antecessor de Raquel Dodge, que deixou a chefia da PGR recentemente, disse ao jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, 26, que no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, chegou a ir armado para uma sessão do STF com a intenção de matar Gilmar a tiros. "Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar", afirmou Janot.

A declaração do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que disse ter ido armado para uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017, com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes, causou reação de deputados e senadores.

Em um evento no Rio nesta sexta-feira, 27, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) desabafou: "Hoje descobrimos que o procurador-geral queria matar ministro do Supremo. Quem vai querer investir num país desse?". O assunto também ocupou, na manhã dessa sexta, a lista dos tópicos mais comentados no Twitter.

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Nas redes, parlamentares falam de Janot e Gilmar Mendes, desde uma manifestação de solidariedade até anotações de que a fala do ex-procurador teria sido 'irresponsável'.

"Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar", afirmou o ex-PGR em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, 26.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) manifestou solidariedade a Janot e afirmou que Gilmar Mendes 'sempre teve pouco escrúpulo'.

Já o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) considerou as declarações do ex-PGR "irresponsáveis" e indicou que a declaração poderia influenciar outras pessoas. A deputada Erika Kokay (PT-DF) anotou: "É o império da barbárie".

 

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) pediu paz: "Quando o ódio dá lugar aos argumentos diante das divergências, chega a hora de repensar se o extremo é mesmo o melhor caminho a ser seguido. Por mais paz e por mais exemplos de engrandecimentos do ser humano."

Ex-secretário-geral do Ministério Público da União na gestão de Rodrigo Janot, o procurador regional da República Blal Dalloul disse ao Estado/Broadcast Político que as declarações do ex-procurador-geral da República representam "uma das páginas tristes para a história do Ministério Público".

Janot disse ao jornal O Estado de S. Paulo que, no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, ingressou armado no Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes. "Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar", afirmou Janot.

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A declaração do ex-chefe chocou não apenas Blal Dalloul, como também outros ex-auxiliares ouvidos pela reportagem, que engrossaram críticas, mas preferiram manter-se no anonimato.

"Estou realmente chocado com essa revelação. Não imaginava que tal situação tivesse acontecido e minha formação não admitiria conhecimento sem veemente discordância", disse Dalloul, que ficou em terceiro lugar na lista tríplice da categoria para a escolha do novo procurador-geral - ignorada pelo presidente Jair Bolsonaro, que indicou Augusto Aras.

"O evento é mais um das páginas tristes para a história do Ministério Público e sua revelação nada traz de positivo. É preciso perdoar e amar muito mais. Inclusive por e pela instituição tão maior do que qualquer das suas pessoas", completou Blal.

Outros auxiliares de Janot na época em que chefiou a PGR manifestaram "perplexidade" pela revelação feita. A reação entre as pessoas que compuseram a equipe do ex-procurador-geral e até de quem permaneceu como amigo após a gestão é péssima. O fato está sendo tratado como indigno e inaceitável.

Um desses integrantes disse à reportagem que já havia escutado um comentário de Janot de que tinha apenas pensado em matar Gilmar Mendes, mas entendeu que era uma bravata - e nunca que se chegou perto à consumação.

Para esse membro do MPF, o fato de a declaração ter vindo no contexto de venda de livro é ainda pior, mais vergonhoso. Até o motivo, crítica à filha, foi citado como ridículo.

Um outro ex-auxiliar de Janot, que pediu para não ser identificado nesta reportagem, disse estar preocupado com os reflexos das declarações do ex-procurador-geral da República sobre a "institucionalidade" do MP.

Para esse ex-auxiliar de Janot, o ex-PGR agiu "de forma incompatível com o estágio civilizacional" e o "desequilíbrio demonstrado tem sido repudiado em todos os ambientes internos".

O presidente Jair Bolsonaro demonstrou incômodo com as críticas que recebeu pelo seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, na última terça-feira, 24, em Nova York, nos Estados Unidos. Ele afirmou ter assistido a sua fala novamente e que não considerou suas posições agressivas. "Queriam alguém lá que fosse para falar abobrinha, enxugar gelo e passar o pano?", questionou. Para ele, alguns setores da mídia "foram para o esculacho".

"Não fui ofensivo com ninguém. Assisti ao que eu falei, seria muito mais cômodo eu fazer um discurso para ser aplaudido, mas não teria coragem de olhar para a cara de vocês aqui", disse, se dirigindo a apoiadores que o aguardavam na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quinta-feira, 26.

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"Foi um discurso patriótico, diferente de outros presidentes que me antecederam, que iam lá para ser aplaudidos e nada além disso", afirmou Bolsonaro.

Congresso

O presidente admitiu que o governo tem enfrentado algumas derrotas no Congresso Nacional, mas disse considerar isso "normal na democracia", pois "não (se) pode impor sua vontade em tudo".

"Muitas pautas que nos interessam estão avançando no Parlamento e outras não, o que é normal da democracia. Não posso impor a minha vontade em tudo, até porque se um dia alguém com sentimento de ditador chegar no meu lugar vai querer impor sua vontade também. O parlamento tem um freio necessário, às vezes a gente não concorda, mas tem que respeitar", disse Bolsonaro.

O mandatário ressaltou, ainda, que os Poderes são independentes, mas que mantém diálogo com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. "Cada chefe é responsável por conduzir o seu Poder, e eu converso com todos. Estou tranquilo com a minha consciência que estou buscando fazer o melhor para o meu País", finalizou.

Primeiro vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e herdeiro da família real brasileira, o deputado Luiz Philipe de Orleans e Bragança (PSL-SP) classificou como "histórico" o discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia da ONU nesta terça-feira, 24.

"Foi um discurso histórico que teve como base Deus, Pátria e família. Isso é novidade para a ONU, que luta contra esse conceitos. Foi um discurso que defendeu o combate pela soberania".

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Ainda segundo o deputado, que na pré-campanha presidencial chegou a ser anunciado como vice de Bolsonaro, o discurso não foi agressivo. "O discurso foi uma ruptura com o que escutamos no contexto da ONU. Foi uma fala objetiva e direta".

Para Orelans e Bragança, existe no Brasil uma "mentalidade socialista hegemônica" nas escolas, clubes e universidades. "A elite brasileira se tornou progressista e socialista".

Sobre a parte da Amazônia no discurso, o deputado sustentou que as queimadas existem, mas estão nos padrões de anos anteriores. "Isso não é um fato relevante. Houve incêndios criminosos. Fica a dúvida: foi motivação política ou fazendeiros locais? Não há crise ambiental no Brasil".

O discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira, 24, em Nova York, teve um tom "retrógrado" e "conservador", na opinião do doutor em Relações Internacionais Lucas Leite, professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e das Faculdades Integradas Rio Branco.

Para ele, o discurso foi feito em improviso, "um compilado de teoria da conspiração e memes, não tinha um pensamento, não fica claro o pensamento do Brasil em política externa".

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Apesar de o discurso ecoar entre as principais nações, o que Bolsonaro diz é direcionado, principalmente, para "um público mais seleto dele", diz Leite. "É uma desconstrução do papel que o Brasil sempre teve em multipluralismo, um país que sempre foi tolerante, bem visto; nunca foi um país pária, pelo contrário, pleiteava em pleitos importantes como política ambiental, combate à fome. Agora, a imagem do País fica bem ruim", completa.

"Nós não temos acordo de livre-comércio com a União Europeia e ele não deve sair no contexto atual. Não vão aceitar a entrada [na OCDE] de um país como o nosso, que se contrapõe. Os países europeus são opositores à retórica do presidente", afirma o professor.

O líder da Oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), fez duras críticas ao discurso de Jair Bolsonaro feito na manhã desta terça-feira, 24, em Nova York (EUA). Para Molon, o presidente "apequenou" o Brasil. "Ele deixou transparecer como conduz o País ao isolamento com sua cegueira ideológica", avaliou.

Em uma fala de aproximadamente meia hora, o presidente da República fez sua estreia na Assembleia Geral da ONU dizendo que há falácias sobre a Amazônia, citando a Venezuela, atacando o que ele chama de ambientalismo "radical", indigenismo "ultrapassado" e socialismo.

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"O presidente mentiu descaradamente sobre a situação da Amazônia, atacou países parceiros e posou de republicano e duro contra a corrupção, quando persegue minorias, é conivente com desvios e interfere em instituições pra dificultar o combate à corrupção", completou Molon.

A Nestlé está reavaliando as práticas de seus fornecedores de carne e cacau no Brasil em meio a preocupações com as queimadas na Amazônia e a possível ligação dos incêndios com a atividade agropecuária da região.

"Estamos usando uma combinação de ferramentas, incluindo mapeamento da cadeia de suprimentos, certificação, monitoramento por satélite e verificação em terra", disse um porta-voz da Nestlé.

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A empresa informou nesta quarta-feira, 27, que "tomará ações corretivas quando necessário", se os fornecedores estiverem violando seus padrões.

A multinacional suíça de alimentos adquire óleo de palma, soja, carne e cacau do Brasil. Em 2010, a companhia se comprometeu a não adquirir produtos que gerassem desmatamento. (Fonte: Dow Jones Newswires)

Pelo menos 18 marcas de roupas e calçados internacionais, como Timberland, Kipling, Vans e The North Face, solicitaram a suspensão de compras de couro do Brasil por causa das queimadas na Amazônia. A informação foi passada nesta terça-feira, 27, pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), associação que representa as empresas produtoras de couro, em carta enviada ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

"Recentemente, recebemos com muita preocupação o comunicado de suspensão de compras de couros a partir do Brasil de alguns dos principais importadores mundiais. Este cancelamento foi justificado em função de notícias relacionando queimadas na região amazônica ao agronegócio do País. Para uma nação que exporta mais de 80% de sua produção de couros, chegando a gerar US$ 2 bilhões em vendas ao mercado externo em um único ano, trata-se de uma informação devastadora", escreve José Fernando Bello, presidente executivo do CICB.

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"Entendemos com muita clareza o panorama que se dispõe nesta situação, com uma interpretação errônea do comércio e da política internacionais acerca do que realmente ocorre no Brasil e o trabalho do governo e da iniciativa privada com as melhores práticas em manejo, gestão e sustentabilidade. Porém, é inegável a demanda de contenção de danos à imagem do País no mercado externo sobre as questões amazônicas", continua a entidade, que na sequência, lista alguns exemplos de empresas que fizeram esse pedido.

Na carta, foram citadas: Timberland, Dickies, Kipling, Vans, Kodiak, Terra, Walls, Workrite, Eagle Creek, Eastpack, JanSport, The North Face, Napapijri, Bulwark, Altra, Icebreaker, Smartwoll e Horace Small.

Bello afirma ainda que a entidade está tentando reverter o quadro, mas pede "ao ministério uma atenção especial sobre a realidade que já nos é posta, com a criação de barreiras comerciais por importantes marcas ao produto nacional".

Alta nas queimadas

A Amazônia, do início do ano até esta terça-feira já sofreu 43.421 focos de incêndio. Somente neste mês foram 27.497 - número mais alto que a média para o mês inteiro registrada nos últimos 21 anos, que foi de 25.853 focos, segundo dados do Programa Queimadas, do Inpe. Para o bioma, este é o maior número de focos de incêndio para o mês desde 2010, quando houve 45.018. Mas aquele ocorreu um ano de seca histórica na região.

Agosto em geral tem mais fogo, já que é o início da temporada seca na Amazônia. Apesar disso, este ano está um pouco mais úmido que nos anteriores. Tanto a Nasa quanto o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), mostraram que os incêndios deste ano estão relacionados com a alta do desmatamento na região. Alertas feitos pelo Deter, do Inpe, indicam para uma alta de quase 50% no desmatamento entre agosto do ano passado e julho deste ano, na comparação com os 12 meses anteriores.

Com uma rara alergia à água, uma jovem, de 21 anos, de Hastings, na Inglaterra, luta para realizar as atividades diárias. Ela sofre severas reações na pele em qualquer contato com o líquido, porém, os órgãos não são afetados. Mesmo acompanhada há quatro anos por especialistas, as causas ainda não foram identificadas.

Apenas uma gota d'água faz com que a pele de Niah Selway queime de modo intenso durante horas. Até as próprias lágrimas, suor e a urina pode desencadear reações. "Não importa onde a água me toca, a dor se espalhará para as minhas costas e tronco, às vezes para todo o meu corpo", revelou ao Mirror.

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A 'Garota alérgica à água' - Girl who's allergic to water - como é conhecida no Youtube, explica que chora durante o banho ou ao lavar o cabelo. Além de não poder praticar exercícios físicos, exceto ioga e caminhada, também existe a preocupação com a chuva e a reação do seu corpo em dias ensolarados, quando não pode sair da frente do ventilador. "Meu dia é trabalhado em volta da minha dor. Estou na minha pequena bolha tentando lidar com a dor e faço o que posso. O pensamento da chuva também é aterrorizante, então nunca saio se houver a chance de chover".

Ela se apoia no acolhimento dos pais, do namorado e dos 130 mil seguidores para superar a patologia incurável. "Minha família tem sido incrível, mesmo em pequenas coisas, como lavar a louça. Eles simplesmente tiram todas as responsabilidades relacionadas à água e adaptaram suas vidas ao redor das minhas”, finalizou.

 

O Facebook resolveu testar um novo design para os emojis de reação às publicações. Apesar de não ser uma mudança definitiva, na versão para web já é possível conferir a novidade. Essa repaginada também deverá acontecer na versão do Messenger, que permite que as mesmas “reações” feitas nas publicações, sejam feitas no chat.

Quem mostrou a mudança foi a engenheira Jane Manchun Wong, que trabalha na empresa de Mark Zuckerberg, na última segunda-feira (29). Apesar de ainda não estar disponível para todos os usuários as atualizações já começam a aparecer.

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As redes sociais reagiram à adesão ao Twitter do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Após anunciar seus primeiros tuítes, nesta quinta-feira, 4, o outrora poderoso juiz da Lava Jato virou alvo de manifestações de apoio e de hostilidades, inspiração para memes de apoiadores, adversários e críticos. Viveu o céu e o inferno das redes sociais.

O número de seguidores de Moro explodiu. Às 10h18 desta sexta-feira, 5, ele já arrastava 425 mil adesões. Moro diz que se inscreveu na rede social "pois é um instrumento poderoso de comunicação". "A ideia é divulgar os projetos e as propostas do Ministério da Justiça e Segurança Pública", afirmou.

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"Nem sempre poderei estar por aqui, pois o trabalho é intenso, mas quando possível darei informações sobre as ações do Ministério. Quero explicar aqui o projeto de lei anticrime, além das medidas executivas em andamento do Ministério", relatou.

Em reação a cada uma de suas publicações, memes, sátiras, e duros questionamentos foram direcionados ao chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública.

Muitas são as provocações. "Oi ministro, bem-vindo! Eu tenho uma pergunta: 64 foi ditadura ou não? Vi um vídeo seu antigo que dizia que sim, aí dessa semana dizia que não era bem isso", questionou a nadadora Joanna Maranhão, referindo-se às polêmicas do Planalto em torno do golpe militar, que vão de mudanças em livros didáticos para as escolas brasileiras e ordens para que a data seja comemorada.

"Oi sumido! Seja bem-vindo ao Twitter, @SF_Moro. Será que agora o ministro da Justiça vai se pronunciar sobre o caso Queiroz?", reagiu o portal de notícias The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald. Opositores também se manifestaram, como os petistas Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta. Gleisi escreveu que o ministro aderiu ao Twitter "para ficar mais próximo do estilo Bolsonaro de governar".

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Às 16h52 desta quinta, Moro postou uma foto sua exibindo um calendário da Caixa para afastar dúvidas de que ele, de fato, aderiu às redes - o que ele se recusou a fazer enquanto magistrado federal. "Provando que esse Twitter é meu mesmo. O que é um pouco inusitado", ele escreveu. Nem o calendário escapou dos memes.

Um internauta fez uma montagem na foto. Aproveitando o nome do banco, escreveu o texto "eu perdoo CAIXA 2". A ação do ministro não era necessária, uma vez que a própria rede atesta a autenticidade do perfil.

Declarações de apoio também se multiplicam. "Eu apoio a lei anticrime" e "Herói de uma nação, pra frente Brasil!!!" foram exemplos de postagens. "Grande, Moro!", exclamou o jornalista Milton Neves.

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O governo italiano se pronunciou nesta terça-feira (12) oficialmente a favor das eleições "o mais rápido possível" na Venezuela, mas não reconheceu o opositor Juan Guaidó como presidente interino, em uma moção que gerou reações divergentes.

Em uma intervenção perante o Parlamento, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Enzo Moavero, ilustrou a posição de seu país perante a crise no país sul-americano, um tema que provocou fortes tensões no seio do governo de coalizão entre a ultradireitista Liga e o partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E).

O chanceler reconheceu que a Itália "considera que as eleições presidenciais de maio passado na Venezuela não atribuem legitimidade democrática a quem saiu vencedor, ou seja, Nicolás Maduro" e pediu "eleições presidenciais democráticas o mais rápido possível", mas sem chegar a reconhecer Guaidó como o presidente encarregado para dirigir essa nova fase.

"Não entendemos porque não reconhecem Guaidó. É uma posição incoerente", reagiu Francisco Sucre, presidente da Comissão de Assuntos Exteriores da Assembleia Nacional venezuelana, da delegação enviada a Roma por Guaidó para tentar conseguir o apoio da Itália, entre os países mais importantes que se negaram a reconhecê-lo como presidente interino.

"Agradecemos que pelo menos o chanceler da Itália tenha dito publicamente que Maduro não tem legitimidade", reforçou outro expoente histórico da oposição venezuelana, Antonio Ledezma, ex-prefeito de Caracas, também integrante da delegação opositora.

O chanceler italiano, que na véspera se reuniu com a delegação enviada por Guaidó, assegurou que a Itália se compromete a "tutelar a segurança e os interesses" da comunidade italiana que reside neste país, formada por mais de um milhão e meio de descendentes.

Medo de uma guerra civil

"A situação é complexa e incerta e existem graves riscos. É preciso evitar que se chegue à guerra civil", alertou o chanceler.

A posição "neutra" ou "prudente" da Itália é defendida pelo governista M5E, que reiterou nesta terça-feira que "não vamos coroar ninguém que não tenha passado por eleições livres e democráticas", ao explicar as razões pelas quais se nega a apoiar Guaidó.

A moção aprovada pela Itália inclui de qualquer forma o reconhecimento da Assembleia Nacional como a única instituição legítima deste país sul-americano.

"A Itália sempre teve uma relação muito próxima com a Venezuela. O apoio do Parlamento é fundamental, nos enche de esperança, de força para continuar uma luta que é justa", comentou Sucre, em tom diplomático, durante uma coletiva de imprensa na qual denunciaram a situação econômica que o país atravessa, castigado pela desnutrição, a pobreza, a falta de medicamentos.

"Estamos do lado certo da história na luta para recuperar a democracia, a liberdade e a prosperidade na Venezuela", explicou Sucre.

Em carta dirigida aos italianos e em parte publicada pela imprensa, Guaidó pedia à Itália uma posição clara contra Maduro, o apoio a eleições livres e o desbloqueio de ajuda humanitária, o que foi concedido.

A Itália anunciou que vai doar dois milhões de euros para a ajuda humanitária e convidou as partes a "favorecer o diálogo e a reconciliação" para evitar que "atrasem as eleições".

Para a delegação opositora, Maduro poderia ser candidato em eventuais eleições na Venezuela, embora não descarte que termine com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

"O senhor Maduro é livre para se apresentar nestas eleições, não como presidente em exercício, mas como ex-presidente. Se seu partido o apresentar, certamente aceitaremos", explicou Sucre, durante uma coletiva de imprensa realizada na sede dos correspondentes estrangeiros.

"Não queremos substituir uma intolerância por outra intolerância", reforçou.

"É como dizer que o diabo vai à missa. Porque Maduro foge de eleições livres. Também tudo vai depender se vai acontecer o mesmo que com [o ex-presidente] Lula no Brasil", comentou Ledezma.

Sucre, Ledezma, Rodrigo Diamanti (encarregado na Europa da ajuda humanitária) e o deputado Gabriel Gallo mantiveram reuniões também com representantes do Vaticano e descartaram toda mediação da Santa Sé.

"Que Sua Santidade ore porque a via do diálogo está fechada", resumiu Sucre.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pré-candidato à Presidência da República, foi vaiado por parte do público e aplaudido por outra parcela dos fiéis evangélicos que acompanhavam a Marcha para Jesus, em São Paulo, nesta quinta-feira, 31.

Em um rápido discurso, ao lado do senador Magno Malta (PR-ES) e do apóstolo Estevam Hernandes, líder da igreja Renascer, Bolsonaro afirmou que amava Israel. Durante a Marcha, líderes religiosos defenderam a ideia de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Bandeiras do país, considerado berço do cristianismo, eram levantadas entre o público.

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"Brasil acima de tudo e Deus acima de todos", disse o parlamentar.

Já Magno Malta, cotado para ser vice de Bolsonaro nas eleições presidenciais, fez um discurso contra a descriminalização do aborto.

Na sequência da fala dos dois, o evento teve show da cantora Lauriete, esposa de Magno Malta e ex-deputada federal pelo Espírito Santo.

Nessa sexta-feira (9), Gleici fez o seu tão aguardado retorno para a casa principal do Big Brother Brasil, depois de ficar confinada no primeiro andar desde a eliminação falsa de terça-feira (6), que a deu o poder de ver e ouvir tudo o que estava acontecendo na casa. Por conta de toda expectativa, o programa terminou batendo recorde de audiência desde a estreia da sua décima oitava edição, com média de 32,4 pontos, segundo a prévia do Ibope. E não só na TV o momento fez sucesso. Na internet, sua repercussão fez com que diferentes palavras sobre o BBB 18 ficassem entre os assuntos mais comentados do Twitter.

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Como não podia faltar, a volta da acreana ao confinamento com o restante do grupo rendeu inúmeros memes, sobretudo por conta da reação de surpresa e apreensão dos demais participantes. O que muito se viu também pelas redes sociais foram comparações com a novela das 21h e à sua protagonista, Clara, que ganhou força com a hashtag ‘GleiciDoRetorno’, brincando com a trama que trata da lei do retorno.

O paralelo criado pelo público foi aderido até mesmo pelo próprio programa, seja com Tiago Leifert anunciando “O Outro Lado do Paredão”, seja ao mostrar Gleici descendo as escadas ao som de ‘Blaze of Glory’, música tema da personagem de Bianca Bin, ou com a participante dizendo “Vocês não sabem o prazer que é estar de volta” a todos na sala, outra referência à mocinha vingativa de Walcyr Carrasco.

Confira as melhores reações da internet:

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O presidente Michel Temer pretende lançar medidas de apelo popular, a exemplo da intervenção na segurança pública no Rio. A ideia é passar uma imagem de "governo de resultados", mesmo com ações antigas, e ter um discurso que vá além do que o núcleo político do Palácio do Planalto chama de "economês". Embora negue publicamente, Temer tem demonstrado disposição de se candidatar a um novo mandato.

Com a intervenção no Rio, Temer virou o principal alvo de postulantes à sua cadeira. Dono de impopularidade persistente, ele acirrou a temporada de ataques ao anunciar a inédita medida, além da criação do Ministério da Segurança Pública, também defendida pelo governador Geraldo Alckmin, do PSDB.

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O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi um dos primeiros a reagir. Em vídeo postado nas redes sociais, o pré-candidato chamou de "política" a intervenção e aumentou o tom contra o presidente. Questionado por um interlocutor se Temer estava roubando sua bandeira da segurança pública, respondeu: "Temer já roubou muita coisa aqui, mas o meu discurso ele não vai roubar, não". O vídeo foi gravado pelo site Poder 360.

"É uma intervenção política que ele está fazendo. Ele agora está sentado, lá não sei onde, tranquilo, deitado. Se der certo, eu vou torcer para que dê certo, glória dele. Se der errado, joga a responsabilidade no colo das Forças Armadas." A ordem no Planalto foi não responder aos ataques de Bolsonaro.

Estratégia

Além do aumento, acima da inflação, nos benefícios do Bolsa Família, previsto para ser anunciado até abril, a equipe de Temer apressa a estratégia para mostrar que está enxugando a máquina pública e as estatais, com planos de demissão voluntária, apesar das inúmeras indicações políticas e de gastos com imóveis desocupados.

O governo está fazendo pesquisas semanais para saber quais devem ser as prioridades nos próximos seis meses. Um dos cenários avaliados pelo Ibope mostrou que os entrevistados têm mais preocupação com saúde (41%), combate à corrupção (16%), desemprego (15%), educação (10%) e segurança pública (7%). Questões econômicas aparecem em último lugar. Em algumas sondagens, no entanto, a segurança lidera a lista de apreensões dos eleitores.

Por causa da decisão de convocar as Forças Armadas, a reforma da Previdência foi engavetada no Congresso, pois alterações na Constituição são proibidas enquanto durar a medida. Para a oposição, a iniciativa tomada no Rio teve caráter eleitoreiro.

"O governo mostra que está esperneando, que trocou de agenda saindo da impopularíssima reforma da Previdência com um factoide de grande comoção no Rio de Janeiro", afirmou o ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT ao Planalto, após chamar Temer de "figura enojante".

Sem a Previdência e com uma agenda alternativa de difícil entendimento no Congresso, como a proposta que prevê a autonomia do Banco Central, a candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), também foi esvaziada e vem sendo considerada com os dias contados. Nem mesmo o seu partido, que namora Alckmin, quer que ele deixe o cargo até 7 de abril para disputar a sucessão de Temer. Até agora, a filiação do ministro da Fazenda ao MDB não saiu do papel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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