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O ex-gerente-geral de Implementação de Empreendimentos da Refinaria Abreu e Lima (Renest), Glauco Colepicolo Legati, será ouvido na próxima quarta-feira (26) pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as irregularidades na Petrobras. Colepicolo integrava até a última semana o grupo de gestores da Renest, localizada em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), mas foi afastado após investigações conduzidas pela própria estatal sobre o envolvimento de funcionários em irregularidades nos projetos das áreas de Engenharia e Abastecimento.

Em nota publicada no último dia 19, a Petrobras informou que promove mudanças no quadro gerencial como resultado das comissões internas de apuração que apontaram o não cumprimento de procedimentos normativos internos. Também de acordo com a nota, não houve demissões porque não há, por enquanto, evidências de “dolo, má-fé ou recebimento de benefícios por parte desses empregados”. A Petrobras não divulgou o nome dos servidores.

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A CPMI investiga denúncias de superfaturamento nas obras de Abreu e Lima. Ao depor à CPI da Petrobras no Senado, em 16 de julho, o ex-gerente negou a existência de erro de projeto ou superfaturamento na obra. Um dos motivos do afastamento da equipe de chefia da estatal foi por ele ter feito parte da equipe de trabalho do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mediador do esquema de propina realizado entre a empresa e o doleiro Alberto Youssef.

De acordo com ele, a unidade tinha na época 88,5% de execução física e a operação seria iniciada no fim deste ano, com capacidade para processar mais de 200 mil barris diários. Investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a refinaria teve, em 2005, o seu custo estimado pela Petrobras em US$ 2,5 bilhões. Mas, segundo a própria estatal, até sua conclusão deve sair por quase US$ 20 bilhões.

Além de Glauco, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, também será ouvida pelo colegiado. Ela deverá tratar da segurança nas plataformas de petróleo. Magda também já depôs à CPI da Petrobras no Senado e disse que o índice de acidentes graves em plataformas de petróleo no Brasil está abaixo da média mundial. Para ela, o que existe em termos de gestão de segurança no Brasil é o que há de mais moderno no mundo.

O gerente-geral de Implementação de Empreendimentos para a Refinaria Abreu e Lima (Renest), Glauco Colepicolo Legatti, foi afastado do cargo, nessa quarta-feira (18), pela Comissão Interna da Petrobras criada para investigar os casos de corrupção na estatal. Colepicolo fazia parte da equipe de trabalho do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mediador do esquema de propina realizado entre a empresa e o doleiro Alberto Youssef. 

O gerente de engenharia da Renest é suspeito ter contribuído de alguma forma com o esquema de corrupção montado dentro da Petrobras e investigado pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato, da qual o superfaturamento para a construção da Refinaria em Ipojuca é um dos principais alvos. Além dele outros quatro nomes perderam a denominação de chefia e podem chegar a ser demitidos por justa causa, caso as suspeitas sejam confirmadas. 

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Também foram afastados a chefe de escritório da Petrobras em Singapura, Venina Velosa da Fonseca; o gerente-geral de Gestão de Tecnologia do Cenpes, Francisco Paes; o gerente-geral de Compras para Empreendimentos da área de Abastecimento, Heyder de Moura Carvalho, e o executivo da Logum, empresa de logística de etanol, Roberto Gonçalves. Formalmente, a Petrobras não confirma nomes, apenas o afastamento de gerentes. A expectativa é de que outras exonerações de gerências aconteçam nos próximos dias. 

Os cinco funcionários trabalharam na equipe de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, preso pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato. Costa já confessou ter recebido propina de fornecedores da petroleira para fechar contratos, mas, em notal, a empresa diz que, no casos desses ex-gerentes, "não há evidência até o momento de dolo, má-fé ou recebimento de benefícios". 

Trabalhadores da empresa Alumi Engenharia, antiga Alusa Engenharia, estão realizando um protesto na Refinaria Abreu e Lima, em Suape, na manhã desta quinta-feira (6). A PE-60 chegou a ser bloqueada no início da manifestação, mas o grupo já liberou a via.

As reivindicações da categoria são o pagamento de R$ 350 referente à cesta básica, que devia ter sido depositado no último sábado (1º); e o salário, cujo dia de pagamento é hoje. A empresa teria informado em reunião realizada na quarta-feira (5) que não cumpriria a data de pagamento porque a Petrobrás não repassou o dinheiro (R$ 1,8 bilhão) que serviria para o pagamento dos funcionários, diz o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav). Além disso, os trabalhadores também pedem a saída do gerente de Recursos Humanos da empresa que, segundo o Sintepav, age com destrato e assédio moral. 

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Entre os manifestantes estão profissionais que foram demitidos há cerca de dois meses. Até o momento, eles não receberam as verbas indenizatórias. As demissões teriam ocorrido em virtude da diminuição da demanda.

A categoria ficará paralisada por tempo indeterminado. A Alumi Engenharia possui seis mil trabalhadores em Pernambuco. Na refinaria Abreu e Lima, a empresa atua na área de óleo e gás. 

Principal alvo de investigações da Operação Lava Jato, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, terá o início da produção novamente adiado, após dois anos de atraso, mais de 150 aditivos contratuais e um orçamento cinco vezes maior que o planejado pela Petrobras. O entrave, agora, é a licença de operação dada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).

A Petrobras previa para esta terça-feira (4), o início do processamento de óleo diesel, com o objetivo de aliviar o custo das importações do combustível. Mas a empresa ainda não entregou à agência reguladora toda documentação necessária para que a autarquia avalie e autorize a produção. Segundo a ANP, não há prazo definido para a liberação da licença.

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A estatal informou que a refinaria está na "fase final de pré-operação", tendo recebido licença ambiental de operação no dia 30 de outubro. No comunicado, a estatal avalia que espera receber a liberação ainda na primeira quinzena de novembro.

Inicialmente orçada em US$ 2,3 bilhões, a obra já custou mais de US$ 18 bilhões. Até a operação plena, em 2015, ainda deverá consumir mais R$ 1,65 bilhão, segundo balanço do Ministério do Planejamento sobre as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou, até abril, desvios de R$ 367 milhões no projeto. Só em aditivos contratuais foram solicitados, pelas empresas contratadas, cerca de R$ 1 bilhão.

O orçamento ligado à diretoria de Abastecimento, foi descrita pelo ex-diretor da área, o delator Paulo Roberto Costa, como uma "conta de padeiro". Para a presidente da companhia, Graça Foster, a refinaria é um caso que deve ser estudado para jamais ser repetido.

Instalada no município de Ipojuca, em Pernambuco, junto ao Complexo de Suape, a refinaria foi anunciada pelo então presidente Lula em 2005. Ela seria construída em parceria com a venezuelana PDVSA, em projeto negociado diretamente com o ex-presidente Hugo Chávez.

Em 2007, a obra foi incluída no plano de investimento da estatal e as obras foram iniciadas dois anos depois. A previsão era inaugurar em 2012, mas a indefinição sobre a parceria com a companhia venezuelana e falhas no projeto original levaram a constantes atrasos. Somente em outubro de 2013 a PDVSA oficializou que não participaria do projeto.

A última previsão de inauguração aconteceu em agosto, quando o atual diretor de Abastecimento, José Carlos Consenza, anunciou a data desta terça-feira. Ainda assim, o início seria parcial e a plena capacidade da refinaria só seria alcançada em 2015.

Agora, a previsão é que mesmo após o início da operação, com a circulação de gás pela estrutura, o processo de refino ainda passaria por outras etapas antes de ser encaminhado ao mercado, o que só aconteceria em janeiro. Procurada, a Petrobras descreveu a situação atual da refinaria. " As caldeiras a óleo combustível foram acesas e o vapor gerado está sendo utilizado para a limpeza das tubovias e linhas de vapor das unidades de processo do primeiro trem de refino (conjunto de unidades)", informou.

Os autos do processo que investigam o superfaturamento nas obras da Refinaria Abreu e Lima estão sendo analisados pelo Ministério Público Federal de Pernambuco (MPF-PE).  De acordo com o Superintendente da Polícia Federal (PF) no estado, Marcello Diniz Cordeiro, o órgão é quem vai averiguar se o caso permanece sendo investigado pela PF pernambucana ou não. 

Em coletiva com a imprensa, nesta sexta-feira (31), Diniz esclareceu que o pedido de vista do MPF aconteceu há um mês e o que está sendo averiguado agora é se o processo permanece sob responsabilidade local ou se será encaminhado para o Paraná, onde acontecem as investigações sobre a operação Lava Jato, envolvendo denúncias de um esquema de propina liderado pelo doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. O caso tem ligações com o superfaturamento em Abreu e Lima. 

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“Se o Ministério Público disser que deve ficar conosco, com certeza algumas pessoas já serão indiciadas. Eles (os autos do processo) podem permanecer aqui ou por atração de competência eles podem ser encaminhados para o Paraná”, observou o superintendente. Em 2011, quando instaurado o processo, alguns funcionários da estatal foram ouvidos pela PF de Pernambuco. 

Durante a conversa com a imprensa, Marcello Diniz também afirmou que o andamento do processo tem seguido trâmites legais desde a instauração e rebateu informações divulgadas por um jornal local, nessa quinta (30). Na reportagem, o veículo aponta que as investigações de possíveis irregularidades na Refinaria ficaram paralisadas por mais de três anos e o órgão não teria atendido recomendações do MPF de prosseguir com a apuração do caso, preferindo consultar a competência com a Justiça. 

“Não íamos empregar esforços para algo que não nos competisse. Antes precisávamos saber se era de competência estadual ou federal”, justificou o superintendente. “A Polícia Federal procura fazer a sua investigação o mais rápido possível. Tem algumas informações inverídicas. Não é um caso que se faça da noite para o dia. Nós da ponta só sabemos o que há necessidade de se saber”, acrescentou argumentando. 

Ainda de acordo com o periódico, o delegado responsável pelo caso teria pedido celeridade no repasse das informações periciais evitando uma possível prescrição. A preocupação da época, segundo o delegado Felipe Leal, é rotineira quando um delegado assume um novo caso. “A PF tem preocupação com prescrição em todos os inquéritos. A gente buscou avançar com celeridade as investigações”, frisou. 

Segundo o delegado, até agora ninguém foi indiciado quanto ao crime de superfaturamento. Questionado se pessoas que compõem o Governo de Pernambuco já foram ouvidas, Leal desconversou e disse não poder repassar a informação. 

Após assembleia realizada nesta quinta-feira (2), os 800 trabalhadores da Refinaria do Nordeste Abreu e Lima (Renest), responsável pela instalação de sistemas de tratamento de água decidiram pela continuidade da greve. É o segundo dia de greve dos funcionários que integram o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem de Pernambuco (Sintepav-PE).

Segundo a categoria, foi garantido o aumento de 9% exigido pelos funcionários no próximo dia 7, mas um gerente que estaria cometendo assédio moral não foi afastado do cargo como prometido. Por este motivo, os funcionários ainda permaneceram de braços cruzados. O patronal também não se pronunciou sobre os 30% periculosidade para todos os trabalhadores envolvidos na planta industrial.

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>> Cerca de 800 funcionários de empresa de Suape fazem greve

"Só voltam ao trabalho quando a empresa garantir o pagamento, também, dos 30% e de todos os outros direitos e afastar o gerente. Os trabalhadores estão sofrendo assédio moral”, afirmou o diretor de fiscalização do Sintepav-PE, Leodelson Bastos.

Outras paralisações

Os funcionários da Emypro Brasil, a primeira a paralisar, já e voltaram ao trabalho após acordo entre categoria e patronal. Pelo mesmo motivo, os trabalhadores da Oliveira Construção e Engenharia também voltaram às atividades na semana passada.

Funcionários da empresa Manserv Montagem e Manutenção S. A, pertencente à Refinaria Abreu e Lima paralisaram atividades por tempo indeterminado nesta terça-feira (30). Os trabalhadores pedem a regularização do pagamento do mês de agosto. O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE) informou ainda que o Ministério Público (MPPE) será acionado caso a situação não se regularize.

Além da Manserv, a Emypro Brasil, da Oliveira Construção e Engenharia também está sem funcionar em virtude da greve dos funcionários. "As empresas não oferecem cesta básica aos trabalhadores e, além disso, não temos folha de pagamento e não respeitam a isonomia salarial", informou Leodelson Bastos, diretor de fiscalização do Sintepav-PE.

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Ainda segundo Bastos, os trabalhadores recebem apenas metade das horas trabalhadas. "São 440 horas anuais de Participação nos Lucros e Resultado, mas só pagam 220 horas", afirmou. Não há previsão de retorno para as fábricas sem acordo com o patronal.

Pela terceira vez em menos de um mês, profissionais da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) cruzaram os braços em forma de protesto. A paralisação é realizada por funcionários da empresa Manserv Montagem e Manutenção S. A.

Entre as reivindicações da categoria está a regularização do pagamento dos direitos alcançados no mês de agosto, conquistados durante a convenção coletiva. Ao todo, 28 trabalhadores ficarão de braços cruzados por tempo indeterminado.

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“As empresas menores é que estão descumprindo o acordo da convenção. Mas não podemos deixar isso acontecer. São trabalhadores”, ressalta Leodelson Bastos, diretor de fiscalização do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE).

De acordo com Bastos, a empresa Manserv Montagem e Manutenção S. A. não oferece cesta básica aos trabalhadores, não repassa a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), folga de pagamento, folga de campo e não respeita a isonomia salarial. “São 440 horas anuais de PLR, mas, no entanto, só pagam 220 horas”, continua Bastos.

Com informações da assessoria

Depois de deflagrarem greve por tempo indeterminado, na manhã desta quarta-feira (24), os funcionários da Refinaria Abreu e Lima seguem para a Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região onde realizam manifestação. Os profissionais da empresa Oliveira Construção e Engenharia reivindicam a regularização do pagamento dos direitos alcançados no mês de agosto, acordados durante a convenção coletiva. 

Ao todo, são 54 trabalhadores de braços cruzados. “Estamos levando a questão ao Ministério Público, para que eles fiquem cientes do que está acontecendo”, ressalta Leodelson Bastos, diretor de fiscalização do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE ).

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Segundo Bastos, a empresa Oliveira Construção e Engenharia não oferece alimentação aos trabalhadores, nem hora extra, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e folga de pagamento. Eles também não puderam constituir a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa).

Com informações da assessoria

Mais de 50 funcionários da Refinaria Abreu e Lima decretam greve por tempo indeterminado, na manhã desta quarta-feira (24). São profissionais da empresa Oliveira Construção e Engenharia, cujas reivindicações são a regularização do pagamento dos direitos alcançados no mês de agosto, acordados durante a convenção coletiva. 

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), a queixa dos profissionais já foi levada ao Ministério Público do Estado. Os funcionários contestam o não oferecimento de alimentação aos trabalhadores, além da ausência do pagamento de horas extras e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

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“Estamos regredindo. A empresa quer tratar o trabalhador como um boia-fria da década de 1980, depois de tantos direitos conquistados”, afirmou o diretor de fiscalização do Sintepav-PE, Leodelson Bastos. As denúncias ainda tratam sobre a impossibilidade de os funcionários constituírem a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e o não pagamento de adicional noturno aos trabalhadores que passam das 22h em serviço. 

Chegou ao Porto de Suape o primeiro navio petroleiro com destino à Refinaria Abreu e Lima (RNEST). De acordo com a gestão do complexo, a embarcou grega Elka Aristotle atracou na últia sexta-feira (5), cumprindo uma etapa estratégica para a fase de pré-operação da Refinaria. O navio trouxe de Guamaré, no Rio Grande do Norte, cerca de 350 mil barris de petróleo, com o intuito de testar os sistemas de escoamento e estocagem do empreendimento. 

O início da operação está programado para novembro de 2014. Até a conclusão do período de testes, a Refinaria deve receber mais de um milhão de barris de óleo cru. A carga inicial está sendo utilizada para preencher os dutos de petróleo que ligam o Porto de Suape à RNEST e também aqueles que transportam o petróleo para tanques de armazenamento. 

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Quando pronta, a Refinaria terá capacidade de processar 230 mil barris de petróleo por dia, produzindo diesel, gasolina, gás liquefeito de petróleo (GLP), óleo combustível e coque. Localizada numa área de 630 hectares, a Refinaria Abreu e Lima já recebeu aproximadamente R$ 20 bilhões em investimento. A operação começará em duas fases, com a segunda prevista para maio de 2015. 

Cerca de 70 funcionários da Refinaria Abreu e Lima, em Suape, decidiram paralisar as atividades na manhã desta quarta-feira (3). Os manifestantes protestam contra o descumprimento do acordo coletivo, conseguido em agosto, além de outros direitos trabalhistas.

O grupo trabalha para a Empyro Brasil, empresa que presta serviço à Petrobras e que é responsável pela instalação da tubulação que conduzirá o petróleo. “Eles (os funcionários) também estão recebendo a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de forma indevida. O plano de saúde não atende às necessidades dos funcionários, que ainda estão com jornada excessiva de trabalho, de domingo a domingo, sem folga”, comenta o diretor de fiscalização Leodelson Bastos, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE).

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Os funcionários ainda denunciam o descumprimento da “folga de campo”, benefício que dá direito ao funcionário vindo de outro estado de se afastar do trabalho por até cindo dias úteis (dependendo da distância), a cada três meses, para visitar a família. O Sintepav-PE informou que está no local para realizar a negociação, mas os profissionais continuam sem trabalhar. 

Acordo coletivo – O dissídio ocorreu no mês de agosto, após trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape paralisarem as atividades por quatro dias, reivindicando melhorias e cumprimento de direitos trabalhistas. Os funcionários aprovaram a proposta de 9% de reajuste salarial, além do aumento da cesta básica para R$ 350 e o adicional de 30% de periculosidade para quem trabalha na planta industrial. Os quatro dias de greve foram abonados. 

Com informações da assessoria

Sem acordo, os profissionais da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape continuam com a greve deflagrada na última sexta-feira (8). Nesta segunda (11), mais uma assembleia foi realizada com os trabalhadores para apresentar a nova proposta patronal: aumento salarial de 8,5% e um acréscimo de R$ 10 no valor da cesta básica. A categoria não se mostrou satisfeita e decidiu por permanecer com a paralisação. 

“Os trabalhadores votaram pela permanência da greve. Na proposta, as empresas não acenaram nada em relação ao adicional de periculosidade. Continuamos com a greve e, nesta terça (12), faremos nova assembleia, às 7h”, afirmou Leodelson Bastos, diretor de fiscalização do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no estado de Pernambuco (Sintepav-PE). 

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Na pauta dos profissionais, a exigência é de reajuste de 13% nos salários, o aumento de R$ 310 para R$ 408 no valor da cesta básica, além de um adicional de periculosidade de 30% para todos os funcionários. Segundo a categoria, em todas as outras refinarias de outros estados há o direito ao adicional de periculosidade, menos em Pernambuco. 

Em greve desde a última quinta-feira (7), os trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica realizam uma nova assembleia nesta segunda-feira (11). A reunião, que deve ocorrer novamente na portaria 2 do Complexo de Suape, pretende definir o rumo da paralisação.

Os funcionários esperam um posicionamento da classe patronal a respeito das reivindicações da categoria. Entre os pleitos, está um reajuste salarial de 13%, aumento de R$ 310 para R$ 408 no valor da cesta básica, adicional de periculosidade de 30% a todos os funcionários e ainda a inclusão de auxílio-cultura mensal de R$ 50.

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“Isso já era um direito previsto, que não está sendo cumprido. Em todas as outras refinarias os trabalhadores têm esse direito garantido. Menos aqui, em Pernambuco”, lembra Leodelson Bastos, diretor de fiscalização do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral de Pernambuco (Sintepav/PE).

Ao todo, aproximadamente 30 mil profissionais estão de braços cruzados para pressionar o atendimento às pautas de reivindicações.

Com informações do Sintepav/PE

A Justiça Federal acolheu pedido da defesa do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa - alvo da Operação Lava Jato -, e mandou intimar o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) para depor no processo sobre lavagem de dinheiro supostamente desviado das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

A decisão é do juiz federal Sérgio Moro. Mas ele advertiu sobre o risco da demora na localização das testemunhas. "Na compreensão, será muito difícil a oitiva de referidas testemunhas em período de campanha eleitoral, concorrendo ambos a cargos eletivos, o primeiro presidencial", assinalou o juiz federal Sérgio Moro.

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O juiz destacou que os esclarecimentos pretendidos pela defesa ("os motivos que implicaram no aumento substancial do valor da obra da Refinaria Abreu e Lima") poderiam ser obtidos de outra forma, "com testemunha de mais fácil inquirição ou com requisição de informações e documentos à Petrobrás".

Segundo o juiz, "o objeto da ação penal é mais específico, não se perquire aqui os motivos do superfaturamento da refinaria Abreu e Lima, mas sim sobre a suposta lavagem de dinheiro no fluxo de numerário da Petrobrás até os depósitos na empresa MO Consultoria, conforme descrição da denúncia".

"De todo modo, a bem da ampla defesa, defiro a prova para a oitiva de tais testemunhas. Alerto, porém, que, cumulando a falta de necessidade da oitiva delas com a provável dificuldade de oitiva, aplicarei estritamente o artigo 222 do Código de Processo Penal, no que se refere aos prazos das precatórias."

Quando Paulo Roberto Costa arrolou Eduardo Campos como testemunha de defesa, a assessoria do candidato presidencial declarou. "Acreditamos que quem está mais capacitado para falar da atuação de Paulo Roberto Costa na Petrobras são as pessoas que o nomearam e o mantiveram no cargo."

Em março passado, Campos disse que conhece o ex-diretor da Petrobras.

O gerente-geral de Implementação de Empreendimentos da Petrobras para a Refinaria Abreu e Lima, Glauco Colepicolo Legati, afirmou nesta quarta-feira (16) que não há erro de projeto na realização da obra em Pernambuco pela estatal. "Não tem erro de projeto, nós não desmanchamos nada para construir de novo nem construímos a mais do que estava previsto", afirmou ele, em depoimento à CPI da Petrobras do Senado.

Glauco Legati considerou a obra a "mais fiscalizada" da estatal e destacou que as fiscalizações do Tribunal de Contas da União (TCU) têm contribuído de forma positiva para o entendimento da complexidade do empreendimento. Ele destacou que os aditivos contratuais estão de acordo com o padrão definido pela companhia. "Todos os aditivos nossos estão aderentes às estimativas da Petrobras", afirmou, ao enfatizar que nada é assinado sem estar de acordo com as previsões da empresa.

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O gerente-geral disse que um dos principais motivos para o atraso na conclusão das obras da refinaria foi a necessidade da Petrobras de fazer novas licitações. Isso ocorreu, segundo ele, porque as empresas não estavam dispostas a receber os valores que a estatal havia fixado. Ele destacou que esses atrasos, que acarretaram novas licitações, levaram a uma economia de custos da ordem de US$ 3 bilhões.

Legati disse que as discussões sobre os custos de Abreu e Lima do TCU tiveram uma melhora de 2008 até hoje em dia. Ele disse que ainda não há uma última palavra do tribunal sobre as suspeitas de superfaturamento na obra. O gerente disse que a empresa não segue a Lei 8.666, a Lei das Licitações, e, sim, o decreto presidencial 2.745. "A grande discussão é uma questão de metodologia", afirmou. "Não chegamos ao final, esses processos estão em discussão, mas avançamos muito", completou.

Ele também negou que a elaboração da obra tenha ocorrido a partir de uma "conta de padeiro", classificação feita pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. "Não posso concordar com esta afirmação, em função do corpo técnico envolvido em cada fase do projeto", afirmou o gerente, em depoimento à CPI da Petrobras do Senado. Preso por envolvimento na Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal, Paulo Roberto Costa criticou a estimativa inicial de Abreu e Lima, orçada em US$ 2,4 bilhões. Atualmente o custo está em US$ 13,4 bilhões e a previsão final é de alcançar US$ 18,5 bilhões.

O gerente-geral negou que Paulo Roberto tenha sido responsável pela elevação dos custos da refinaria, suspeita de superfaturamento, segundo investigações do Tribunal de Contas da União (TCU), Polícia Federal e Ministério Público Federal. Paulo Roberto também ocupou o cargo de presidente do Conselho de Administração de Abreu e Lima. "(O ex-diretor) Não é o responsável pelo aumento, (o custo) aumentou em função da evolução do projeto", destacou. Legati disse que a relação que tinha com o ex-diretor Paulo Roberto Costa era "estritamente profissional".

Para Legati, o ponto de partida correto para o custo de Abreu e Lima é o de US$ 13,4 bilhões, momento da fase 3, quando fica pronto o projeto básico do projeto. Segundo ele, o incremento dos custos ocorreu, entre outros fatores, por causa da adequação do escopo do projeto. O gerente-geral destacou que Abreu e Lima vai fazer parte do complexo de todas as refinarias da Petrobras. Ele disse que o empreendimento vai ter a sua viabilidade econômica, embora ele tenha ressaltado não ser a pessoa mais abalizada para falar sobre o tema.

Legati disse ainda que o fato de a estatal venezuelana de petróleo, a PDVSA, não ter participado da refinaria pernambucana não gerou custos adicionais para a obra. "Não houve nenhum impacto na obra. Ela seguiu, independente da participação da Venezuela", afirmou.

A CPI do Senado que investiga irregularidades na Petrobras volta a se reunir na quarta-feira (16), às 10h15, para ouvir o gerente-geral de Implementação de Empreendimentos da companhia, Glauco Colepicolo Legati. Ele deve dar explicações sobre as denúncias de superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima, também conhecida como Refinaria do Nordeste (Rnest). A obra, ainda em andamento, fica em Ipojuca, na Região Metropolitana de Recife (RMR).

Alvo de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), a unidade industrial teve em 2005 o seu custo estimado em  US$ 2,5 bilhões. Mas, segundo a Petrobras, deve ser concluída até o fim de 2014, com três anos de atraso e um investimento total de quase US$ 20 bilhões, conforme a presidente da estatal, Graça Foster.

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Já ouvido pela CPI, um dos acusados pelo superfaturamento na obra, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que a empresa errou ao divulgar dados preliminares relativos ao custo do empreendimento. "Esse dado era preliminar. A Petrobras errou ao informar esse número. Não podia ter sido divulgado", disse aos senadores, referindo-se aos US$ 2,5 bilhões.

Paulo Roberto Costa foi preso em março na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, chegou a ser solto, mas voltou a cumprir prisão preventiva em junho.

*Com informações da Agência Senado

O ex-governador de Pernambuco e candidato a presidente da República, Eduardo Campos (PSB), foi indicado pela defesa do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para ser testemunha de defesa no processo em que o ex-diretror é acusado de participar no superfaturamento na construção da Refinaria Abreu e Lima, localizada no Porto de Suape, em Ipojuca. 

Segundo a coluna Painel, da Folha de São Paulo, para os advogados de Paulo Roberto Costa, Campos pode esclarecer que a construção foi regular e sem desfalques. Ainda de acordo com o jornal, o presidenciável não foi consultado antes da indicação. A defesa diz que estudou apontar Dilma Rousseff como testemunha, mas desistiu.

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Em investigações, a Polícia Federal aponta que foram desviados R$ 400 milhões da obra, considerada superfaturada pelo Tribunal de Contas da União. O ex-diretor da petroleira foi preso no último dia 11, por apresentar possíveis riscos de fuga do país. Ele também é um dos presos na Operação Lava Jato. 

 

 

O ex-diretor da Área de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa negou nesta terça-feira. 10, que tenha ocorrido sobrepreço ou superfaturamento na obra para a construção da refinaria de Abreu e Lima. Em depoimento à CPI da Petrobrás do Senado, contudo, ele reconheceu que a estatal errou ao ter divulgado no início que a obra iria custar apenas US$ 2,5 bilhões. "A Petrobras errou em divulgar esse número, era um número preliminar, não podia ser divulgado", disse, ao ressalvar que não houve "má fé" nessa revelação.

Ex-presidente do Conselho de Administração de Abreu e Lima, Costa afirmou que, quando se divulgou a primeira conta, não havia ainda um projeto de Abreu e Lima e muito menos uma licitação. Ele chegou a dizer, em entrevista à Folha de S.Paulo, que a estimativa divulgada seria uma "conta de padeiro". A presidente da estatal, Maria das Graças Foster, já afirmou à mesma CPI que o custo da Abreu e Lima está estimado atualmente em US$ 18,4 bilhões.

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Para Costa, o projeto não causou prejuízo. A exceção, segundo ele, é que houve a necessidade de construir um segundo trem de refino no projeto para a conclusão do processo de refino do óleo oriundo da Venezuela. A inclusão do segundo trem causou impacto orçamentário.

Aditivos e autonomia

Ele afirmou ainda que não tinha autonomia para assinar sozinho os contratos e aditivos contratuais na obra da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo Costa, os aditivos eram aprovados por decisão da Diretoria Executiva da estatal, por decisão colegiada. Em seu depoimento, explicou que contratos com valores superiores a R$ 30 milhões não foram aprovados pela Diretoria de Abastecimento, comandada entre 2004 e 2012 por ele.

Paulo Roberto Costa, que presidiu o Conselho de Administração de Abreu e Lima, afirmou que houve um aumento dos custos da obra por uma "série de coisas". Ele citou as chuvas em Pernambuco, que paralisaram as atividades na obra, mesmo com o repasse de recursos para empresas. "Teve um ano desses que Pernambuco foi uma calamidade pública", afirmou.

O ex-diretor disse que, até o momento, não há nenhum relatório conclusivo do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou superfaturamento de obras na refinaria. Ele fez questão de dizer que há divergências de metodologia das contas feitas pela Petrobras e pelo TCU. Ele mencionou o fato que os serviços de terraplenagem de Abreu e Lima se basearam em custos do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT). "Cabe à Petrobras explicar para o TCU os custos das obras, não sou eu quem vai explicar", comentou.

Costa afirmou que, no dia que saiu da Petrobras, há dois anos, já saiu pela "porta dos fundos". Ele disse que entregou seu crachá de funcionário e recebeu um de aposentado.

A ação de implantação da Refinaria de Abreu e Lima (Rnest), em Suape, não recebeu investimento da Petrobras em 2014. Segundo a ONG Contas Abertas, estão autorizados R$ 4,8 bilhões para aplicações na refinaria, no entanto, até abril não havia sido desembolsado nenhum real. A refinaria está sob investigação em duas comissões no Congresso Nacional e tem previsão de início de produção em novembro de 2014.

No levantamento divulgado pela ONG, em 2013 foram direcionados para a implantação da nova refinaria a um investimento de quase R$ 9 bilhões. A Rnest Abreu e Lima é a primeira planta de refino construída no Brasil, desde 1980, e será destinada a produzir óleo diesel freando assim as importações do produto no Nordeste. 

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O processo de implantação do refino em Suape foi coordenado pelo ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal no início de março e solto em maio. Costa é suspeito de envolvimento com uma quadrilha de lavagem de dinheiro organizada pelo doleiro Alberto Youssef, também detido na Operação Lava Jato da PF. Na operação, a PF estima que foram desviados até R$ 400 milhões na Abreu e Lima, considerada superfaturada pelo Tribunal de Contas da União. O executivo também é investigado pelo Ministério Público Federal do Rio, por irregularidades na compra da refinaria de Pasadena.

Indagada pelo Contas Abertas, a Petrobras afirmou que “não procede a informação de que não está havendo desembolso para implantação da Refinaria Abreu e Lima”. “As obras estão em andamento com avanço físico acompanhando o financeiro e aderência entre o realizado e o previsto”, completa nota de empresa.

Fonte: ONG Contas Abertas

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