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Com uma CPI composta apenas por parlamentares da base governista, o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli prestou esclarecimentos também sobre o investimento da estatal em refinarias no Brasil, inclusive a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Antes ele defendeu a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e enfatizou que a decisão da compra foi colegiada.

Segundo ele, a mudança de estratégia da estatal de manter o parque de refino no exterior e investir em refinarias no Brasil levou em consideração o comércio. “O mercado brasileiro de derivados de gasolina, de 1998 a 2008, portanto, durante dez anos, cresceu 3%. Não é 3% ao ano, mas 3% em dez anos. De 2009 a 2013, cresceu 65%. Essa é a diferença do mercado brasileiro”, explicou.  “O mercado brasileiro de derivados está explodindo, porque a frota de carros está crescendo, porque as pessoas estão andando de avião, porque há mais consumo de combustível para as classes que emergiram, do ponto de vista de renda. Essa é a realidade do Brasil. Nós estamos com um mercado de derivados explodindo”, salientou.

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De acordo com o executivo, a partir de 2007, a Petrobras passou a investir na construção da Refinaria Premium I, no Maranhão; Refinaria Premium II, no Ceará; Refinaria Clara Camarão, no Rio Grande do Norte; Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; e Comperj, no Rio de Janeiro. “Então, nós definimos, em 2006 e 2007, fazer refinarias no Brasil, porque estávamos antecipando o fenômeno do crescimento do mercado brasileiro”, frisou.

Ele disse ainda que a concentração no Nordeste se deve à localização e ao mercado. "Sabíamos que tínhamos que pensar no Nordeste, que tem 19% do mercado brasileiro. Além disso, a parte Norte da região Centro-Oeste poderia ser atendida".

Sobre o custo da Refinaria Abreu e Lima ele explicou que a variação se deve também ao câmbio, além dos investimentos na infraestrutura do Porto de Suape. "Na medida em que você vai avançando no conhecimento do projeto, vai detalhando a refinaria, as tubovias, o solo para fazer a terraplanagem, as condições dos chamados extramuros - que são as estradas -, da rede elétrica, do porto. Você vai incluindo um conjunto de outros investimentos que são necessários para viabilizar a refinaria ali onde foi escolhido, por razões de expansão do mercado".

Segundo ele, as obras do entorno geraram um custo de U$256 milhões a Petrobras. "A Petrobras vai ser ressarcida em parte disso com a redução da tarifa do uso Porto no futuro", informou.

Gabrielli também explicou que houve mudanças no escopo do projeto, inicialmente previsto para o refino do petróleo pesado brasileiro. "Num segundo momento, ela passou a ser uma refinaria que teria duas correntes de produção, que na linguagem do setor de refino é dois trens de produção. Um trem para processar petróleo pesado e outro trem para processar petróleo venezuelano", explicou ele. Atualmente, a refinaria tem duas cadeias de produção, mas as duas refinam o petróleo brasileiro. Para ele, com cinco refinarias em construção, houve aquecimento do mercado e o consequente aumento nos preços com os fornecedores.

O juiz Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, determinou, nesta segunda-feira (19) que a investigação sobre os supostos desvios de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, seja encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e outros acusados no processo estão sendo investigados por lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público (MP), a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões e alcançou gastos de R$ 20 bilhões.

A decisão do magistrado foi tomada seguindo despacho do ministro Teori Zavascki, que determinou a suspensão de oito ações penais oriundas das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A íntegra dos processos da Operação da Lava Jato deve ser encaminhada ao Supremo para que a Corte decida sobre o desmembramento dos processos.

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Na última semana, Moro enviou ao Supremo parte do processo na qual o deputado federal André Vargas (sem partido) é citado. O ex-petista não é investigado na Operação Lava Jato, no entanto, a suspeita de envolvimento entre Vargas e o doleiro Alberto Youssef foi descoberta durante as investigações. Na decisão, o juiz entendeu que somente o Supremo pode julgar o deputado. Por ser parlamentar, Vargas tem foro privilegiado e não pode ser julgado pela Justiça de primeira instância.

A segunda ação penal, na qual Costa é acusado de obstruir as investigações, também será encaminhada ao ministro Teori Zavascki. No processo, também são réus as duas filhas dele, Arianna e Shanni Costa, e os dois genros.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os desvios na construção da refinaria ocorreram por meio de contratos superfaturados feitos com empresas que prestaram serviços à Petrobras entre 2009 e 2014. Segundo o MP, a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões, mas custou mais de R$ 20 bilhões. De acordo com a investigação, os desvios tiveram a participação de Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento, e de Youssef, dono de empresas de fachada, segundo o órgão.

Na defesa prévia apresentada à Justiça, os advogados do ex-diretor informaram que os pagamentos recebidos das empresas do doleiro, identificados como repasses ou comissões, foram decorrentes de serviços de consultoria prestados. No entanto, de acordo com o juiz, a Polícia Federal e o Ministério Público não encontraram provas de que os serviços foram prestados.

Com informações da Agência Brasil

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou a Polícia Federal o acesso aos autos da Operação Lava Jato, iniciada no último mês, para investigar as denúncias de superfaturamento nas obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Suape, de responsabilidade da Petrobras. O ofício com o pedido, de acordo com a colunista Vera Magalhães, foi encaminhado há nove dias pela procuradora Silvia Lopes. 

As denúncias apontam suspeitas de fraudes em licitações e execução de contratos no local. No documento o MPPE afirma que vai apurar “possíveis atos de improbidade administrativa” praticados por agentes públicos na contratação da obra. Além do MPPE, a Procuradoria da República em Pernambuco também abriu procedimentos para averiguar o caso. 

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Entenda o caso

A refinaria Abreu e Lima, no projeto inicial, custaria pouco mais de US$ 2 bilhões, no entanto a obra teve o orçamento ampliado em sete vezes, entre 2005 e 2014, e ao ser concluída deverá ficar em cerca de US$ 18 bilhões. Na proposta original, fechada pelo ex-presidente Lula e pelo presidente da Venezuela, já falecido, Hugo Chávez. A refinaria seria uma parceria: a PDVSA, estatal da Venezuela, que arcaria com 40% do investimento e a Petrobras com 60%. Porém o governo venezuelano não cumpriu o acordo.

 

Como já era esperado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) apresentou parecer favorável à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ampla para investigar tanto as denúncias de irregularidades na Petrobras, quanto o escândalo do metrô de São Paulo e do Distrito Federal e de obras no Porto de Suape e na Refinaria Abreu e Lima. O relatório ainda será votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que realiza nesta terça-feira (8) sessão extraordinária para analisar o caso.

O parecer de Jucá é favorável à manobra do governo. A oposição tenta garantir no Supremo Tribunal Federal a investigação específica sobre a Petrobras, que enfrenta denúncias de superfaturamento na compra de plataformas e refinarias. Líderes partidários chegaram a acusar DEM, PSDB, PDT e PSB de agirem por motivações eleitorais, já que os aliados de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) insistem na instalação do colegiado. Foi da base aliada a posposta de ampliar o escopo da CPI e incluir as demais denúncias.

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A chamada CPI do Fim do Mundo, se aprovada na CCJ, terá que passar também em plenário, provavelmente nesta quarta-feira (9). Para Jucá, a proposta é coerente e não traz "prejuízo para a minoria, porque o objeto deles será investigado de qualquer forma". Ele disse que irá consultar o STF sobre o assunto, assim como fez a oposição nesta manhã ao protocolar um mandado de segurança para obrigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RN), de instalar o colegiado.

Para o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), um dos principais articuladores para a criação da CPI mista, o colegiado amplo é uma tentativa de "desviar o foco". "O governo quer tumultuar o processo com essa inclusão de temas que não têm relação com a Petrobras. É uma tentativa de abafar a crise", sustentou.

Documentos inéditos da Petrobras aos quais o Estado teve acesso mostram que a empresa brasileira abriu mão de penalidades que exigiriam da Venezuela o pagamento de uma dívida feita pelo Brasil para o projeto e o começo das obras na refinaria Abreu Lima, em Pernambuco. O acordo "de camaradas", segundo fontes da estatal, feito entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez deixou o Brasil com a missão de garantir, sozinho, investimentos de quase US$ 20 bilhões.

O acordo previa que a Petrobras teria 60% da Abreu e Lima e a Petróleos de Venezuela SA (PDVSA), 40%. Os aportes de recursos seriam feitos aos poucos e, caso a Venezuela não pagasse a sua parte, a Petrobras poderia fazer o investimento e cobrar a dívida com juros, ou receber em ações da empresa venezuelana, a preços de mercado. Essas penalidades, no entanto, só valeriam depois de assinado o contrato definitivo, de acionistas. Elas não chegaram a entrar em vigor, já que o contrato não foi assinado.

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Os documentos obtidos pelo Estado mostram que a sociedade entre a Petrobras e PDVSA para construção da refinaria nunca foi assinada. Existe hoje apenas um "contrato de associação", um documento provisório, que apenas prevê, no caso de formalização futura da sociedade, sanções pelo "calote" venezuelano.

Desde 2005, quando esse termo de compromisso foi assinado pelos dois governos, até o ano passado, a Petrobras tentou receber o dinheiro devido pela PDVSA - sem sucesso. Em outubro do ano passado, quando o investimento na refinaria já chegava aos U$ 18 bilhões, a estatal brasileira desistiu.

Os venezuelanos não negam a dívida. No item 7 do "contrato de associação" a PDVSA admite sua condição de devedora (ver ao lado). Antes desse documento, ao tratar do fechamento da operação, uma das condições era o depósito, pelas duas empresas, dos recursos equivalentes à sua participação acionária em uma conta no Banco do Brasil - o que a o governo da Venezuela nunca fez.

Em outro documento obtido pelo Estado, a Petrobras afirma que estariam previstas penalidades para o "descumprimento de dispositivos contratuais". Como nos outros casos, essa previsão não levou a nada, porque as penalidades só seriam válidas quando a estatal venezuelana se tornasse sócia da Abreu e Lima - e isso não ocorreu.

Chávez e Lula

A ideia de construir a refinaria partiu de Hugo Chávez, em 2005. A Venezuela precisava de infraestrutura para refinar seu petróleo e distribuí-lo na América do Sul, mas não tinha recursos para bancar tudo sozinha. Lula decidiu bancar a ideia. Mas Caracas nunca apresentou nem os recursos nem as garantias para obter um empréstimo e quitar a dívida com a Petrobrás.

Em dezembro de 2011, em sua primeira visita oficial a Caracas, a presidente Dilma Rousseff tratou o assunto diretamente com Chávez, que prometeu, mais uma vez, uma solução. Nessa visita, o presidente da PDVSA, Rafael Ramírez, chegou a anunciar que "havia cumprido seus compromissos" com a empresa e entregue uma "mala de dinheiro em espécie" e negociado uma linha de crédito do Banco de Desenvolvimento da China. Esses recursos nunca se materializaram.

O projeto inicial, que era de US$ 2,5 bilhões, já chegava, em outubro do ano passado, aos US$ 18 bilhões, quando a Petrobras apresentou ao seu Conselho de Administração a proposta de assumir integralmente a refinaria. A estimativa é que o custo total fique em torno de US$ 20 bilhões.

Para justificar os novos valores, a empresa cita ajustes cambiais e de contratos, gastos com adequação ambiental e o fato de ter ampliado a capacidade de produção de 200 mil para 230 mil barris por dia. Os novos itens e a ampliação da produção explicariam o custo oito vezes maior que o inicial. Procurada pelo jornal O Estado de S. Paulo, para falar sobre o "calote" da Venezuela, a Petrobras informou que nada comentará. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta sexta-feira (21), mais uma reunião foi realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para definir o futuro dos trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima no Complexo de Suape. Aproximadamente 42 mil profissionais serão dispensados após a conclusão das obras. Na reunião desta sexta, representantes de diversos municípios, como Recife, Ribeirão e Sirinhaém, estiveram presentes na sede do MPT para debater a implantação de políticas públicas voltadas à recolocação dos profissionais no mercado de trabalho.

O encontro foi uma continuação da última reunião, realizada no mês de janeiro deste ano, quando foram entregues notificações recomendatórias a empresas e municípios envolvidos na questão. Nesta sexta, procuradora Débora Tito, responsável pelos processos, cobrou das lideranças municipais a elaboração de planos locais para a recolocação da mão de obra dispensada, até 2015, além da coleta de dados dos postos de trabalhos nos respectivos municípios disponíveis a receber os trabalhadores desmobilizados. 

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As cidades terão um prazo de 45 dias para apresentação dos projetos. A procuradora se baseou em planejamento apresentado pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, uma das cidades que já têm planos para os futuros desempregados. Porém, na próxima reunião, agendada para o dia 31 de março, os representantes já devem apresentar algum progresso.

No encontro do final do mês, todos os municípios e empresas relacionadas à problemática estão convocados a participar. Os empregadores entregarão relatórios de todos os trabalhadores empregados ou recém-demitidos (desempregados), em que devem constar os dados pessoais, escolaridade, cargo que ocupa ou ocupava e faixa salarial de cada um. 

Com informações da assessoria

O governador de Pernambuco e possível presidenciável, Eduardo Campos (PSB), criticou nesta terça-feira (17) o baixo crescimento econômico de Pernambuco e da região Nordeste. Segundo Campos, "apesar da transformação que o Brasil viveu, ainda somos 13,5% das riquezas" nacionais e as possibilidades de desenvolvimento para os nordestinos seguem sem grandes mudanças.

"Para nós parece que a porta, que nos leva ao caminho do trabalho e da cidadania, está sempre com uma banda fechada. A gente tem que ser sempre mais capaz do que os outros, temos que trabalhar mais do que os outros, temos que ter mais fé do que os outros. A gente tem que perseverar mais do que outros para atravessar o nosso caminho da sobrevivência e da melhoria de vida", disparou o governador.

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O presidenciável frisou ainda a participação do povo pernambucano na concretização do projeto entregue na cerimônia - a plataforma P-62 do Atlântico Sul - e pontuou que Pernambuco soube bem aproveitar os bons ventos.

"Tenho consciência presidenta (Dilma Rousseff), que este agradecimento as parcerias que fizemos devem ser estendidas a todo o povo pernambucano que ajudou esses projetos a se tornarem realidade. E (agradecer) a nossa equipe, porque como dizia o poeta, e bem, não há vento bom para que não sabe onde quer ir, para aproveitar as chances e as oportunidades que são únicas no cotidiano da gente nordestina", analisou Campos.

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A estadia da presidente Dilma Rousseff (PT) em Pernambuco não iria ser finalizada com um ponto sem nó. Com um discurso voltado a responder algumas críticas direcionadas a ela anteriormente por socialistas e aliados do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a petista não perdeu tempo ao mencionar, já no fim da sua fala, a importância do Programa Mais Médicos, que segundo os petistas será o carro chefe da campanha eleitoral em 2014

Já que Eduardo em seus pronunciamentos, durante os eventos governamentais tem feito uso da retórica para elencar as principais obras locais e assegurar mais desenvolvimento para a região, Dilma também não perderia a oportunidade e, principalmente, estando na terra do seu provável rival no próximo pleito. Para a presidente, o Mais Médicos é um programa de se orgulhar e vai reduzir as queixas dos brasileiros com relação ao atendimento na área, tão questionado no país.

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“Quero dizer para vocês que tenho muito orgulho de um programa que se chama Mais Médicos. O objetivo dele é levar para aqueles lugares onde não tem médico, médico para tender as pessoas. Este programa Mais Médico aqui em Pernambuco está sendo muito bem encaminhado. Foram pedidos 532 médicos por 185 municípios, já chegaram 433. Nós atendemos 81% dos pedidos e até março, no mais tardar abril, nós estaremos atendendo a diferença”, assegurou a presidente.

De acordo com Dilma, quando o atendimento do programa no estado chegar a 100% mais de 1,8 milhão de pessoas serão atendidas. “Por que o Mais Médico é importante? Para você ter uma ideia, com esses médicos nós vamos aumentar o atendimento aqui em Pernambuco e chegaremos a dar uma cobertura para um 1,8 milhão de pessoas que não tinham atendimentos médico. As pessoas no Brasil se queixam muito que os médicos não tem contato com eles, não apalpa, não tira a pressão, não escuta o coração. Tenho certeza que ele (o Mais Médicos) vai melhorar e muito a vida das pessoas”, concluiu a chefe do Executivo Nacional.

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O governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), não deixou dúvidas de que sairá como candidato à presidência da República em 2014. Mesmo com a ruptura entre socialistas e petistas na esfera federal, Campos e a presidente Dilma Rousseff (PT) apareceram em público pela primeira após o rompimento, mantendo as aparências durante os eventos no em Ipojuca, nesta terça-feira (17).

Não era novidade a presença do governador no evento com a petista. Desde que foi divulgado por meio do senador Armando Monteiro (PTB) a terceira visita de Dilma ao Estado, o socialista prometeu comparecer e disse em tom de brincadeira nos bastidores não “ser mal educado” em não participar da agenda.

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Como esta foi à primeira vez em que dois políticos estiveram juntos desde o rompimento do PSB com o PT em agosto, os olhos dos membros políticos aliados ao PT e ao PSB não observaram apenas a cerimônia em si. As poucas conversas dos dois, a troca de sorrisos discretos e claro: o discurso foi motivo de atenção de todos.

Audacioso, porém sem perder a classe ou o respeito, Campos fez questão de frisar que “esta pode ser a última vez que a recebe (Dilma) como governador”, rasgando aos quatro cantos a sua escolha de concorrer à eleição em 2014. Ele também declarou respeito a petista e fez questão de usar sempre o pronome de tratamento “vossa excelência”, ao se referir da futura rival.

Em meio ao tom de despedida, afagos e até elogios a Dilma e ao ex-presidente Lula, o governador não deixou passar alguns alvos de críticas por sua parte, como o crescimento econômico no Estado. “Apesar da transformação que o Brasil viveu, ainda somos 13,5% das riquezas (...). Para nós parece que a porta, que nos leva ao caminho do trabalho e da cidadania, está sempre com uma banda fechada”, disparou.

De forma mais harmônica, Dilma não levantou brigas com o socialista e também deixou prevalecer o tom “amigável”. Ela agradeceu a forma como foi recepcionada novamente no Estado, mas não deixou barato as críticas feitas por Campos sobre a desigualdade econômica.

“Eu quero dizer para vocês que nós temos tomado decisões fundamentais em favor do desenvolvimento de Pernambuco e do Nordeste, como afirmava o nosso mestre, o brasileiro chamado Celso Furtado. Nenhum de nós pode aceitar que a desigualdade e o atraso sejam considerados fenômenos naturais como a chuva. Desigualdade e atraso dependem da nossa determinação e de mudar a realidade (...). Prova disso para o Estado, Nordeste e o todo o Brasil é o extraordinário dinamismo deste Complexo Portuário de Suape”, comparou.

Ao término dos discursos de ambos os políticos, desejaram felicitações natalinas e de ano novo aos trabalhadores e as autoridades presentes, mas saíram pela terceira vez em 2013, sem falar com a imprensa. Campos e Dilma acenaram para os jornalistas e forçando uma união intacta, apesar da ruptura política, entraram no mesmo carro aos risos e foram embora.

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Confira um trecho do discurso da presidente Dilma Rousseff:

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Confira Imagens do evento:

 

 

 

Relembrando as primeiras conversas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a presidente Dilma Rousseff (PT) frisou, nesta terça-feira (17), durante cerimônia de conclusão da Plataforma P-62, que o segmento da Indústria Naval é ressurgiu das cinzas. Ela também pontuou todo o início de sua fala na relevância dos trabalhadores e trabalhadoras.

Não quebrado o protocolo como na visita a Refinaria Abreu e Lima, Dilma foi a última a discursar no evento, logo após a fala do governador Eduardo Campos (PSB). A petista se alegrou com a entrega do equipamento e avaliou como uma vitória. "Reconhecer aqui que hoje nós estamos vivendo mais uma vitória. Uma vitória sobre aqueles que não acreditaram que os trabalhadores podiam e iam construir plataforma e fazer refinaria”, expôs.

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A possível concorrente de Campos em 2014 não se esqueceu de agradecer a recepção do socialista e comentou também a relação entre os dois. “Quero agradecer a recepção fraterna (do governador Eduardo Campos) e o nível que sempre pautaram a nova convivência”, disse.

A presidente lembrou-se das primeiras conversas com Lula e a confiança que ele depositou nela. ‘Logo no início do governo do presidente Lula, nós tivemosdesde a campanha eleitoral, quando ele vinha dizendo que era possível no Brasil, criar plataformas, e foi dado a mim, e a Maria das Graças, a missão de produzir aqui no Brasil os equipamentos que a Petrobras precisam par produzir petróleo aqui no Brasil”, contou, chamando aqueles que não acreditavam na construção de navios de “azarados”. “Essas pessoas que gostam de ser negativas, que diziam não, não vai sair passaram o tempo todo azarando, dizendo que a gente não ia fazer os navio, mas a gente só consegue realizar das coisas de uma forma: quando há vontade politica e trabalhadores”, opinou.

Ainda sobre os pensamentos pessimistas, a petista disse que “nós decidimos que as críticas os descréditos não poderiam nos amedrontar, colocar a gente na defensiva. Nós íamos partir para a ofensiva, através da garantia de demanda que os projetos da Petrobras representam para o país, porque a Petrobrás é uma das maiores empresas o mundo”, completou.

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O governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), declarou nesta terça-feira (17) que ao invés de a inauguração da plataforma P-62 ser um evento que marcasse o duelo entre dois possíveis rivais em 2014 – ele e a presidente Dilma Rousseff (PT) – a cerimônia seria de agradecimento e de divulgação das novas parcerias com o governo do estado.

Eduardo, que iniciou o seu discurso falando que “esta pode ser a última vez que a recebe (Dilma) como governador” e pontuou a possibilidade deles disputarem a próxima eleição em 2014. O governador, até então não tinha exposto tão concretamente a possibilidade de estar de saída da chefia do executivo estadual, mas para deixar claro à presidente que ele não está para brincadeira iniciou o seu discurso já mostrando a que veio.

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Apesar de ter afirmado que ele e Dilma “sabem separar o interesse público, do interesse da política”, Campos voltou a falar do baixo crescimento econômico estadual e da diferença das oportunidades oferecidas, no âmbito nacional, para os pernambucanos. "Para nós quando uma porta se abre, sempre fica meio fechada", disparou o socialista.

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O anfitrião da visita presidencial a Pernambuco nesta terça-feira (17), prefeito de Ipojuca, Carlos Santana (PSDB), foi vaiado por operários do Estaleiro do Atlântico Sul ao ser chamado para abrir as falas das autoridades presentes. Entre os gritos dos funcionários, alguns chamaram o tucano de “espião”.

Na fala do prefeito, Santana deu as boas vindas a presidente Dilma Rousseff (PT) e a outras autoridades e frisou que Ipojuca é “um lugar que acolhe este importante empreendimento que é este Portuário de Suape”, disse.

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Antes de finalizar o breve discurso, o tucano também confirmou que Ipojuca exige mudanças de hábitos e comportamentos e citou os governos federal e estadual. “Parabenizo o governo federal e o governador Eduardo Campos pelos esforços aqui depositados”, pontuou.

Autoridades – A fala de Santana foi à primeira das autoridades presentes. Também fazem parte do local de honra a presidente Dilma Rousseff (PT), o governador Eduardo Campos (PSB) e o vice João Lyra Neto (PSB), o prefeito Geraldo Julio (PSB), os senadores Armando Monteiro (PTB)n e Humberto Costa (PT), além de diversos deputados que formam aliança com o governo federal como João Paulo (PT), Pedro Eugênio (PT), Eduardo da Fonte (PP), Fernando Ferro (PT), Sérgio Leite (PT), entre outros.

Regada a muitos aplausos a presidente Dilma Rousseff (PT) foi recebida, nesta terça feira (17) pelos funcionários da Refinaria Abreu de Lima, em Suape. Após adiar uma visita ao estado no último mês, esta foi a primeira vez que a presidente e o governador Eduardo Campos dividiram o mesmo palanque depois do rompimento nacional do PSB com o PT. Era perceptível a distância entre ela e Eduardo, já que das outras vezes os dois estavam sempre conversando.

Durante quase cinco minutos a petista discursou direcionando suas palavras aos trabalhadores locais, fazendo questão de agradecê-los pelos trabalhos prestados e frisando que a maior riqueza do país são: “os braços, as mãos e a mente do brasileiro”.

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A petista também pontuou, descontraidamente, que o Brasil será do tamanho que a população quiser. “O nosso país é do tamanho que nós quisermos para ele. E vocês fizeram ao construir esta refinaria um país imenso, um país que vai cumprir todo o seu potencial. Nós todos aqui agradecemos a cada um, porque o braço e a mão dos brasileiros é a maior riqueza  que nós temos”, afirmou a petista.  “É verdade que temos o petróleo, mas nada seria do petróleo se não tivéssemos trabalhadores para transformá-lo”, acrescentou.

Exalando a simpatia de candidata a reeleição presidencial, Dilma soltou beijinhos, pousou para fotos e agradeceu os afagos. “Tenham certeza que o meu coração está com vocês”, soltou.

Obras – A Refinaria Abreu e Lima tem atualmente 83,1% das obras concluídas e a previsão para a entrega da primeira etapa é para novembro de 2014. A unidade deverá processar cerca de 230 mil barris diários de petróleo quando a segunda fase, que está prevista para ser entregue em maio de 2015, entrar em operação. “Nós com esta Refinaria estamos dando mais um passo para que o nosso país seja um grande transformador de petróleo. Esta refinaria que vocês construíram é a maior do Brasil, produtora de diesel”, afirmou a petista.

 

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Diferente de como ocorreu na Refinaria Abreu e Lima, a presidente Dilma Rousseff (PT) não esperou discursar para cumprimentar os operários do Complexo Portuário de Suape no Estaleiro do Atlântico Sul, em Ipojuca, nesta terça-feira (17). Também ovacionado por operários do Complexo Portuário de Suape no Estaleiro do Atlântico Sul, que estão vendo a gestora apenas pelo telão por enquanto, a petista visita neste momento a plataforma P-62 que será entregue em cerimônia em instantes.

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A comitiva presidencial continua ao lado de Dilma, assim como seu possível rival nas eleições em 2014, governador Eduardo Campos (PSB). Neste momento, o auditório improvisado onde ocorrerá o evento é só expectativa. Uns gritam “minha presidente” e outros, ansiosos, não largam os celulares com intuito de registrar a chegada de Rousseff. Enquanto isso a candidata a reeleição já começou os afagos, sorrisos, fotos e até beijos na testa dos operários, antecipando de forma notória, sua pré-campanha presencial.

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Em solo pernambucano, a presidente Dilma Rousseff (PT) discursou de forma descontraída e sem protocolos, na chegada a Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, Pernambuco. A presidente está acompanhada da comitiva presidencial, tendo como alguns dos representantes o ministro de Minas e Energia Edison Lobão e a presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, que discursaram animadamente. Também estão juntos com a presidente seus correligionários e líderes políticos pernambucanos que são aliados do governo Federal. Entre os quais: o senador Humberto Costa (PT), o deputado federal João Paulo (PT), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) e Armando Monteiro (PTB).

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"Eu estive aqui, quando isso aqui só tinha terra e mais nada e hoje ver esta obra finalizada. E temos que agradecer a esses homens e mulheres que trabalharam nesta obra", discursou a presidente, que foi aplaudida pelos trabalhadores. Ao comandar a cerimônia, a presidente não passou a palavra ao governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Afagos - Diferente das outras visitas feitas ao Estado em 2013, a presidente desceu do lugar de honraria para cumprimentar os operários e está sendo bem recebida sem protestos ou manifestações. Relembrando ou antecipando a campanha eleitoral, os afagos, sorrisos, sinalizações e até autógrafos também podem ser vistos.

Muitos trabalhadores retribuíram a atenção da líder petista e a ovacionaram durante seu curto discurso e após o término da fala da presidente, os funcionários da Refinaria seguiram a petista pedindo autógrafo. Já o tratamento dos trabalhadores em relação ao governador Eduardo Campos (PSB) não foi tão acalorado.

Após visita à Refinaria, Dilma seguirá para o Complexo Portuário de Suape para participar da cerimônia de conclusão da plataforma P-62, também em Ipojuca.

Com informações de Élida Maria e Giselly Santos

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Representantes dos sindicatos de trabalhadores, autoridades estatais e empresários atuantes nas obras da Refinaria Abreu e Lima foram convocados para a primeira reunião de debate sobre o destino dos mais de 40 mil trabalhadores que serão demitidos de Suape. Ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco, o encontro acontece nesta quarta-feira (11), a partir das 16h, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PE), no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. A maioria dos profissionais desligados é local, moradores dos municípios vizinhos ao Complexo. 

A reunião inicia o Fórum para Recolocação de Mão-de-Obra de Suape e Questões Afins (REMOS), organizado para tratar dos problemas relacionados às dispensas, que já são efetuadas por algumas empresas. O MPT já recebeu diversas denúncias sobre irregularidades quanto aos processos demissionais. Nesta primeira reunião, por determinação do MPT, as empresas devem apresentar o histograma da desmobilização (com as funções dos empregados e a previsão de desligamentos), além de uma gama de documentos sobre a situação dos funcionários.

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Somados aos profissionais presentes na audiência pública realizada no dia 6 de novembro, foram convocados representantes das prefeituras de Recife, Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Escada, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Rio Formoso, Sirinhaém e Ribeirão.  Profissionais do Tribunal Regional do Trabalho (TRT 6ª Região) estarão presentes à reunião, bem como membros da Secretaria de Defesa Social (SDS) e de Desenvolvimento Econômico (SDEC), entre outras. 

Termo

Em reunião no dia 20 de novembro, foi assinado o Termo de Cooperação Térmica, a partir do qual as empresas se comprometem a respeitar o prazo máximo de 21 dias para definição da situação de profissionais em fase de pré-seleção. De acordo com o MPT,  o acordo prevê que o prazo deve  ser contabilizado a partir do dia da emissão da ficha de solicitação de emprego ou de outro documento que comprove o início do processo seletivo.  

Com informações da assessoria

Chega ao fim protesto de funcionários da Refinaria Abreu e Lima, localizada em Suape, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A manifestação deixou o tráfego lento em ambos os sentidos da PE-060 e da PE-028.

Segundo o assessor do Sindicato dos Trabalhadores na Construção de Estradas, Pavimentação e Terraplenagem em Geral, do Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), Rogério Rocha, os funcionários do Consórcio ETDI protestaram por conta do pagamento atrasado. Eles alegam que alguns profissionais também foram demitidos e não receberam a verba rescisória. A empresa se comprometeu em regularizar a situação até o dia 15 de dezembro.

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Na quinta-feira (28), por volta das 8h, os trabalhadores realizarão um movimento em frente ao Ministério do Trabalho da cidade de Ipojuca para pressionar os patrões. 

Funcionário da Refinaria Abreu e Lima, localizada em Suape, na Região Metropolitana do Recife (RMR), realizam um protesto na manhã desta quarta-feira (27). Segundo informações, ainda não oficiais, o motivo da manifestação seria o atraso dos salários.

De acordo com a Concessionária Rota do Atlântico, empresa responsável pela operação do sistema viário da região, o tráfego é intenso em ambos os sentidos da PE-060 e da PE-028. A VPE-052, entre a Avenida Portuária e a PE-060, dentro de Suape, também está congestionada.

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A greve ainda deixa o trânsito parado na TDR Norte e TDR Sul no sentido Sul. Os ônibus que transportam os funcionários do complexo portuário também estão enfrentando dificuldades para chegar ao destino final.

Segundo o assessor do Sindicato dos Trabalhadores na Construção de Estradas, Pavimentação e Terraplenagem em Geral, do Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), Rogério Rocha, os funcionários do Consórcio ETDI protestam por conta do pagamento atrasado. Eles alegam que alguns profissionais também  foram demitidos e não receberam a verba rescisória.

Conforme Rogério, a Petrobrás resolveu o problema na noite dessa terça-feira (27), mas como os funcionários não estavam cientes e realizaram o protesto. De acordo com ele, representantes da Petrobrás estão conversando com a categoria pra resolver a situação.

Com colaboração de Valéria Oliveira

 

Cerca de 42 mil funcionários serão desligados de Suape, até 2015. O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco realiza, nesta quarta-feira (6), uma audiência pública para tratar da desmobilização de trabalhadores que, possivelmente, será a segunda maior da história do país, atrás apenas da refinaria de Brasília. Dos mais de 40 mil dispensados, por volta de 58% é mão de obra pernambucana. 

A audiência acontecerá na sede do MPT, a partir das 14h, e irá tratar especificamente aos ligados à Refinaria Abreu e Lima. Segundo informações do MPT, os desligamentos estarão no ápice nos anos de 2014 e 2015, por conta do andamento das obras. Os trabalhadores demitidos prestam serviço à Petrobras por intermédio de empresas contratadas. Assuntos como a legislação trabalhista no momento da rescisão dos contratos estarão em pauta, já que denúncias de trabalhadores já teriam sido recebidas pelo MPT. 

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Também será tratado na reunião como vem sendo planejada a desmobilização de um ponto mais amplo, relacionado à situação do entorno da região (como as cidades vizinhas se manterão economicamente, quais as políticas de emprego voltadas para os trabalhadores que atualmente estão lá, entre outros).  A audiência terá a presença de procuradores do Trabalho e auditores fiscais. 

Com informações da assessoria 

Um ex-funcionário da Refinaria Abreu e Lima conseguiu vencer uma causa na justiça contra a empresa. Rogério Francisco da Silva havia sido demitido por causa justa, após participar das paralisações da Refinaria no ano passado.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), a Construtora Norberto Odebrecht, empreiteira responsável pelas obras da empresa, fica obrigada a pagar todas as verbas rescisórias do funcionário (aviso prévio, férias proporcionais, 13º proporcional e multa de 40% sobre o FGTS), num prazo de 48 horas após a citação. 

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No dia 5 de março, o Sintepav-PE conseguiu a reintegração de dois trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima, que haviam sido demitidos por conta das paralisações no canteiro de obras da empresa. Outros 25 casos semelhantes ainda serão apreciados pelo Judiciário.

 

Com informações da assessoria

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