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O presidente Lula (PT) esteve presente, nesta quinta-feira (18), na cerimônia de retomada de investimentos para as obras de ampliação da Refinaria Abreu e Lima, no Porto de Suape, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O evento contou com a presença de ministros, deputados e outras autoridades.

A chegada do presidente foi acompanhada dos ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, da senadora Teresa Leitão (PT-PE), dos deputados federais Maria Arraes (Cidadania-PE) e Pedro Campos (PSB-PE), da governadora Raquel Lyra (PSDB), e dos prefeitos do Recife, João Campos (PSB), e de Ipojuca, Célia Sales (PP).

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Os investimentos fazem parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e incluem a ampliação do Trem 1, com previsão de conclusão até o primeiro trimestre de 2025, e a construção do Trem 2, com expectativa de entrega total até 2028. Com a duplicação da refinaria, é calculada a produção de 13 milhões de litros de diesel S10, com baixo teor de enxofre.

Obras paradas há quase dez anos

A construção da Refinaria Abreu e Lima teve início há dez anos, no governo Eduardo Campos (PSB), mas foi paralisada pouco tempo depois, após denúncias de esquemas de corrupção na Petrobras, no chamado escândalo do Petrolão. Em seu discurso, o presidente Lula fez questão de mencionar o período, afirmando que “o que não se pode destruir é a soberania de um país como o Brasil, e a sua empresa mais importante, que é a Petrobras”.

Lula ainda reafirmou alguns pontos considerdos fundamentais para os visíveis atrasos no desenvolvimento da empresa no país. "A história ainda vai ser contada porque você sabe que muitas vezes a história leva anos, décadas e até séculos para ser contada. Mas eu vou dizer uma coisa, como presidente da República desse país: tudo o que aconteceu foi uma macomunação entre alguns juízes desse país, alguns procuradores desse país, subordinados ao departamento de Justiça dos Estados Unidos que queria e nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras", argumentou.

As obras de ampliação da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), têm por expectativa a geração de cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos, além de um aumento de capacidade de produção de 13 milhões de litros de Diesel S10, de baixo teor de enxofre.  

Não foram revelados os valores de investimentos específicos, devido às licitações das obras, que ainda estão em estado de negociação.  

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Os anúncios foram feitos durante uma coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira (17), em Boa Viagem, na zona Sul do Recife. Estiveram presentes na coletiva o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, o secretário adjunto da Secretaria de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Rogério Veiga, a gerente executiva de Projetos de Desenvolvimento da Produção da Petrobrás, Mariana Cavassin, e o gerente geral da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), Márcio Maia. 

O projeto de ampliação da RNEST faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e conta com duas etapas principais: a construção do Trem 2, com previsão de início para o segundo semestre de 2024 e de término para 2028, e que já está em fase de contratação; e a ampliação do Trem 1, cujas obras estão previstas para iniciar ainda este ano, e com expectativa de conclusão para o primeiro trimestre de 2025. 

O projeto de estruturação da RNEST ainda prevê a construção da primeira unidade SNOX do refino brasileiro, que será responsável por transformar óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto para comercialização. As obras desta parte já estão em andamento e a unidade começa a operar em 2024. 

Melhorias 

A reforma do Trem 1, chamado de Revamp, deverá proporcionar um aumento de carga, melhor escoamento de produtos leves e maior capacidade de processamento de petróleo do pré-sal. 

Já a construção do Trem 2 propõe um aumento da capacidade para processar 260 mil barris de petróleo por dia, sendo um crescimento previsto de aproximadamente 10% em todo o complexo de Suape, segundo estimativa de Márcio Maia. “O plano de desenvolvimento da produção tem diversos investimentos em várias refinarias para o aumento da produção de diesel. Posso assegurar que o aumento é um aumento relevante, eu poderia estimar algo da ordem de 10%, mas não preciso, dado que esse investimento de desenvolvimento da carteira, não só de diesel, mas também dos demais derivados, não é um movimento que está sendo realizado apenas na RNEST, mas também em todas as outras refinarias da Petrobras”, afirmou. 

A cerimônia de assinatura da retomada das obras acontece nesta quinta-feira (18), com a presença do presidente Lula (PT), do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, além de representantes da Casa Civil, do Ministério de Minas e Energia (MME) e outras autoridades. Na ocasião também será lançado o Programa Autonomia e Renda, da Petrobras

 

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) organiza um ato durante a visita do presidente Lula (PT) à Refinaria Abreu e Lima, nesta quinta (18), em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

A categoria convoca para a mobilização e informou que vai disponibilizar três ônibus para transportar os trabalhadores até a refinaria. A saída foi programada às 12h30, nos seguintes pontos de encontro: Estação Recife, Centro de manutenção de Cavaleiro e na Sede da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

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Os metroviários vão cobrar a retirada da CBTU e da Trensurb do Programa Nacional de Desestatização (PND). O ato também marca a cobrança por mais investimentos no metrô do Recife. 

 

O presidente Lula (PT) fará uma visita a Pernambuco nos dias de 18 e 19 de janeiro, para participar da cerimônia que marca a retomada de investimentos na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A chegada do chefe do Executivo marca sua primeira agenda de visitas ao Nordeste em 2024, tendo também Bahia e Ceará no roteiro. 

Este é o segundo agendamento de visita à RNEST feito no terceiro mandato de Lula. Na primeira ocasião, ele viria em 15 de setembro de 2023, mas teve de cancelar o compromisso, quando foi cumprir agenda em Cuba e nos Estados Unidos. Os investimentos na refinaria são oriundos dos recursos repassados ao estado por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 

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Na quinta-feira (18), sairá de Paulo Afonso, na Bahia, onde participará da inauguração da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Antes de Paulo Afonso, ele participa, na capital baiana, da assinatura de acordo de parceria para a implantação do Centro Tecnológico Aeroespacial da Bahia (Senai-Cimatec). 

Já no dia seguinte, Lula cumpre agenda no município de Abreu e Lima, também na RMR, para a Cerimônia de Troca do Comando Militar do Nordeste (CMNE). De lá, o presidente segue para o lançamento da Pedra Fundamental do campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em Fortaleza, no Ceará. 

Confira a agenda completa do presidente Lula no Nordeste: 

18 de Janeiro 
Salvador (BA) 
Assinatura de acordo de parceria para implantação do Centro Tecnológico Aeroespacial da Bahia (Senai-Cimatec); 

Paulo Afonso (BA) 
Inauguração da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf); 

Ipojuca (PE) 
Visita à Refinaria Abreu e Lima - Rnest; 

19 de janeiro 
Abreu e Lima (PE) 
Cerimônia de Troca do Comando Militar do Nordeste (CMNE) 

Fortaleza (CE) 
Lançamento da Pedra Fundamental do campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) 

 

Refinaria Abreu e Lima recebe incentivo da Sudene  A unidade da Petrobras em Pernambuco registrou investimentos de R$ 646,7 milhões  Recife (PE) - A Sudene aprovou o pleito de incentivo fiscal da Petrobras para a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), localizada no Complexo de Suape. O investimento reportado pela empresa foi de R$ 646,7 milhões, com a garantia de 2.305 empregos diretos e indiretos.

De acordo com o superintendente Danilo Cabral, a concessão do benefício representa a importância da unidade para a economia regional.  “A planta Petrobras posiciona o Nordeste de maneira estratégica no mercado nacional de derivados de petróleo”, afirmou Danilo Cabral. Ele destacou que, enquanto não completarmos a transição energética, o petróleo e seus derivados mantêm a importância estratégica para a economia.

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“O Nordeste, vale ressaltar, é o principal produtor de energia renovável do Brasil, com os principais parques de produção de energias eólica e solar instalados na nossa região”, disse.  Danilo Cabral lembrou que a Petrobras já anunciou a retomada das obras do Trem 2 da Rnest, interrompidas em 2015. O Conselho de Administração da empresa tomou a decisão “após uma reavaliação criteriosa do Projeto Rnest, que teve sua atratividade econômica confirmada à luz das premissas do Plano Estratégico 2023-2027”, informou a companhia. A obra faz parte do Novo PAC e deve receber um investimento de R$ 6 bilhões, com capacidade de estimular 40 mil empregos. O início das operações do Trem 2 da RNEST é previsto para 2027. 

No fim de novembro, a Petrobras aprovou seu plano estratégico para o período 2024-2028. com a previsão de US$ 102 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos. O valor é 31% maior que o do plano estratégico anterior. Além de retomar investimentos em ativos, como as obras da Refinaria Abreu e Lima, a empresa destina uma atenção especial a projetos de energia sustentável e de baixo carbono neste plano estratégico.

A Refinaria Abreu e Lima entrou em operação em 2015, com a unidade de coque (importante insumo utilizado pelas indústrias de siderurgia, metalurgia e cimenteira como combustível) e também de outros derivados mais leves de petróleo. A capacidade atual de processamento é de 100 mil barris de petróleo por dia. O petróleo chega cru à Rnest por meio da dutovia a partir do Porto de Suape e é movimentado entre as unidades por meio de extensa rede de tubovias. Entre janeiro a maio deste ano, a região Sudeste foi a principal fonte de petróleo (80%) para a refinaria. O Nordeste contribuiu com 20%.

*Da assessoria 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre agenda em Pernambuco na próxima sexta-feira (15). O anúncio do compromisso do chefe do Executivo nacional no Estado foi feito pelo senador Humberto Costa (PT) em publicação no X, antigo Twitter. 

Segundo o parlamentar, Lula vai anunciar a retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima (Renest), localizada em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

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"Mais de R$ 6 bi em investimentos, mais de 40 mil empregos diretos e indiretos gerados. O Brasil voltou!", informou Humberto Costa. 

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A retomada das obras da Renest está prevista como uma das ações no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado no Recife na última segunda-feira (11), pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Estão previstos investimentos na ordem de R$ 51,1 bilhões no Estado em obras inacabadas e novos empreendimentos

Investimentos na Refinaria 

A Petrobras colocou a Refinaria Abreu e Lima em seu novo plano estratégico, que vai de 2023 a 2027, dirigindo mais de R$ 92 milhões de investimentos para ampliar e modernizar o Trem 1, que opera desde 2014, e aumentar a sua capacidade de processamento de 115 mil para 130 mil barris de petróleo por dia. O trem é como se chama o conjunto de unidades industriais de refino.

Além disso, mais 1 bilhão e 600 milhões de dólares devem aplicados na retomada do Trem 2, paralisado há oito anos, mas que já tem 30 empresas interessadas em participar das obras, que devem estar concluídas até novembro de 2026 para que ele opere já em 2027, com cinco unidades principais, além de outras auxiliares e de utilidades.

Somente esta ação adicionará cerca de 13 milhões de litros de diesel S10 por dia à capacidade de produção nacional. Quando concluída, a refinaria processará 260 mil barris de petróleo diariamente, algo estratégico para Pernambuco e para o Brasil. 

Na planta da Unidade de Abatimentos de Emissões Atmosféricas, que responde por reduzir os óxidos de enxofre e de nitrogênio liberados no meio ambiente, e também fica no Trem 1, a Petrobras vai investir mais R$ 506 milhões com a finalidade de reduzir ainda mais as emissões de gases, uma obra que mobiliza mais de mil e 100 trabalhadores e deve estar concluída até dezembro do ano que vem, quando ela deve começar a operar. Ao todo, os investimentos previstos para a retomada da Nova Refinaria Abreu e Lima são superiores a R$ 6 bilhões, gerando emprego, renda e desenvolvimento para Pernambuco, com previsão de criação de 40 mil novos postos de trabalho.

*Com informações da assessoria de imprensa

Uma ação civil pública por improbidade administrativa foi ajuizada contra os partidos PSB e MDB pela força-tarefa da Operação Lava Jato, no Paraná, e a Petrobras. A ação atinge também o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), o deputado Eduardo da Fonte (PP), o ex-senador e ex-deputado federal Sérgio Guerra (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB) - os dois últimos já falecidos.

A ação pede o pagamento de mais de R$ 3 bilhões, perda dos cargos, suspensão de direitos políticos e perda dos direitos de contagem e fruição da aposentadoria pelo Regime Especial.

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Segundo afirma o Ministério Público Federal, a ação cita o funcionamento de dois esquemas de desvios de verbas da Petrobras. Um envolvendo contratos vinculados à diretoria de abastecimento, principalmente firmados com a construtora Queiroz Galvão - individualmente ou por intermédio de consórcios, a segunda refere-se ao pagamento de propina envolvendo a CPI da Petrobras, em 2009.

Segundo a Lava Jato, a corrupção executada em prejuízo à Petrobras aconteceu, ao menos, no período de 2004 a 2014. Os investigadores apontam que um cartel de empreiteiras fraudavam procedimentos licitatórios da estatal em grandes obras, inflando, indevidamente, os lucros obtidos.

Construtora Queiroz Galvão e Vital Engenharia Ambiental estão arroladas na ação civil pública, além de cinco executivos e funcionários da Queiroz Galvão e o diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto.

Conforme consta na ação e publicado pelo Estadão, os interesses do PSB tinham como atores o senador Fernando Bezerra e o já falecido ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Os dois políticos pernambucanos, segundo a ação civil pública, foram responsáveis por favorecer interesses das empresas cartelizadas, na Refinaria Abreu e Lima.

É nessa refinaria que pesa as investigações contra Eduardo Campos e Fernando Bezerra Coelho. O MPF afirma que, ao menos, R$ 40 milhões em propinas foram originados das contratações provenientes da Queiroz Galvão, OAS e Camargo Correa, pagos a título de suborno.

O MPF e a Petrobras pedem que PSB, Eduardo Campos e Fernando Bezerra sejam condenados ao ressarcimento ao erário no valor que chega a quase R$ 259 milhões, equivalente à propina paga e às irregularidades presentes em contratos da Refinaria Abreu e Lima.

Solicitam também o pagamento de multa civil (com exceção de Eduardo Campos por ser falecido) de três vezes o valor da propina e duas vezes o valor das irregularidades contratuais; e aos pagamento de danos morais coletivos e individuais em montante não inferior aos quase R$ 259 milhões cada um.

A Sérgio Guerra e Eduardo da Fonte pede-se que seja ressarcido ao erário o valor superior de R$ 107 milhões, equivalente à propina paga e às irregularidades presentes em contratos referentes ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ); ao pagamento de multa (com exceção de Sérgio Guerra por ser falecido) de três vezes o valor da propina e duas vezes o valor das irregularidades contratuais e ao pagamento de danos morais coletivos e individuais em montante não inferior aos mais de R$ 107 milhões cada um.

Segundo investigação, Sergio Guerra e Eduardo da Fonte atuaram para que a CPI da Petrobras em 2009 não tornasse público e acabasse o esquema de pagamento de propinas arrecadadas de contratos entre a estatal e as empresas privadas. Segundo a operação, para isso, os políticos solicitaram e receberam R$ 10 milhões das empreiteiras Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e IESA.

Defesa

O PSB emitiu uma nota afirmando que recebeu com supresa a ação pública ajuizada pelos procuradores da Lava Jato. No texto, eles também observam que "as campanhas do PSB sempre foram financiadas de acordo com as normas legais".

O partido também defendeu Eduardo Campos. "Quanto à citação, na mesma ação, do ex-governador e ex-presidente do partido Eduardo Campos, embora este não esteja mais entre nós para se defender, temos confiança plena de que nada haverá de ser comprovado que macule o nome e a honra de um homem público com tantos e tão relevantes serviços prestados a Pernambuco e ao Brasil", diz a nota, assinada pelo presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.

O MDB, por sua vez, considerou, em nota que era "preocupante essa investida do Ministério Público contra um partido com mais de 50 anos de história e pilar da democracia brasileira".

"Responsabilizar instituições com base em depoimentos enviesados é um risco enorme para nossa estabilidade, ainda mais com uma peça que mais parece um panfleto político eleitoral", observou no texto. "A verdade é que todos os recursos recebidos como doação pelo MDB foram contabilizados e todas as nossas contas foram aprovadas", completou a nota.

Eduardo da Fonte também negou as acusações. "Esses fatos apontados já foram analisados e rejeitados pela segunda turma do STF, após a apresentação de documentos que desmentem as delações", observou.

Enquanto o senador Fernando Bezerra lembrou que “o Supremo Tribunal Federal (STF) - instância máxima do Judiciário brasileiro - rejeitou recentemente (no último dia 11 e em setembro) o prosseguimento de investigações contra ele. Nas duas situações, o STF concluiu que as narrativas de supostos delatores não encontram qualquer ressonância com elementos de prova, posicionado-se contrário ao andamento dos inquéritos. Como reforça a defesa de Fernando Bezerra - representada pelo advogado André Callegari - ‘não há suporte mínimo de autoria e materialidade contra o senador e a consequência natural era a rejeição das denúncias pela Suprema Corte do país’".

Nesta terça-feira (4), um incêndio atingiu uma torre da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca, Região Metropolitana do Recife (RMR). Por conta do ocorrido, a Petrobras paralisou a unidade atingida.

Não houve feridos e o incêndio foi debelado pela equipe de contingência da refinaria. A estatal informou que a torre faz parte da unidade de Coqueamento Retardado (U-21), que produz um tipo de combustível chamado coque.

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Ainda conforme a Petrobras, o fogo não causou impacto no abastecimento. “A Petrobras conta com estoque e produção para garantir a oferta de combustíveis aos seus clientes”, diz nota da empresa.

Uma comissão de investigação foi acionada para avaliar as causas do acidente. A equipe também avaliará o prazo para retorno da unidade.

De acordo com informações da Petrobras, a RNEST tem capacidade de processamento de 230 mil barris de petróleo por dia. A produção é focada em diesel (70%). Ao todo, são produzidos no local Diesel S-10, nafta, óleo combustível, coque, GLP (Gás liquefeito de petróleo).

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O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (24) suspender o processo contra a construtora Camargo Corrêa por fraudes em licitações para obras da Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, localizada em Pernambuco.

Como a empresa firmou acordo de leniência com o Ministério Público Federal e com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o relator do processo, ministro Benjamin Zymler, argumentou que ela não deveria sofrer as punições previstas na legislação, como a proibição de firmar contratos públicos com a administração federal.

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Durante a análise do processo, o ministro explicou que uma decisão do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba, impede que as provas fornecidas pelas pessoas e empresas em acordo de colaboração sejam usadas pelos órgãos de controle, como o TCU, para puni-las.

Segundo o acórdão, a suspensão da punição está condicionada ao cumprimento, pela Camargo Corrêa, das obrigações previstas nos acordos de leniência.

A Refinaria Abreu e Lima foi classificada pelo TCU como uma obra com índice de irregularidade grave, mas com recomendação de retenção parcial de valores. A medida permite a continuidade da obra, desde que sejam inseridas garantias para prevenir possível dano ao erário.

Auditoria do tribunal constatou superfaturamento nas obras de terraplanagem e serviços de drenagem, arruamento e pavimentação. O TCU constatou a aplicação de preços excessivos frente aos praticados pelo mercado. Os contratos avaliados somam mais de R$ 530 milhões.

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu aplicar multa de quase R$ 60 mil ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Renato Duque, por irregularidades cometidas em contratos assinados entre a estatal e a Refinaria Abreu e Lima. Na sessão dessa quarta (18), os seis ministros da corte aplicaram a penalidade a Duque, após atestarem que ele e outros ex-funcionários da empresa atuaram na formação de cartel com empreiteiras mediante o recebimento de propinas.

A construção da refinaria de petróleo, conhecida também como Refinaria do Nordeste (Rnest), teve superfaturamentos que causaram prejuízos à Petrobras da ordem de R$ 2,7 bilhões, segundo o relator do caso no TCU, ministro Benjamin Zymler. No acórdão, Duque foi responsabilizado por supostamente participar de fraudes em licitações conduzidas pela Petrobras para a implantação da Rnest em Ipojuca (CE).

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No documento, Zymler cita como condutas irregulares de Duque e outros envolvidos nos esquemas de corrupção a utilização do cargo para direcionar as contratações para as empresas cartelizadas, a antecipação do cronograma do início das operações da Rnest e a alterarão de percentuais de fórmula de reajuste de preços por sugestão das empresas. 

De acordo com a conclusão do colegiado, o ex-diretor terá que pagar R$ 59,9 mil ao Tesouro Nacional pelo prazo de 15 dias, a contar do dia em que ele for notificado. O TCU determina também cobrança judicial no caso de inadimplência e o inabilita para exercer funções de confiança na Administração Pública pelos próximos oito anos.

Alerta

Os ministros lembram que o TCU já havia alertado em 2010, quando se iniciaram as obras, para indícios de que havia sobrepreço no empreendimento e recomendou a paralisação das atividades.

“Não bastasse os apontamentos de irregularidades em auditorias realizadas pelo TCU, a denominada 'Operação Lava Jato', desde 2014, vem desvelando de forma cada vez mais contundente o ambiente de formação de cartel e de corrupção entre as empreiteiras para proveito ilícito nos investimentos da Petrobras, bem como direcionamento e fraude às licitações na estatal”, diz o acórdão.

Em audiência no TCU e em outros momentos, Renato Duque apresentou sua defesa. Ele afirma que as sentenças penais citadas no acórdão que condenaram ele e outros funcionários da Petrobras não mencionam o crime de formação de cartel. Segundo ele, o tribunal deveria ter levado em conta os documentos que confirmariam depoimentos dos investigados da Lava Jato que fizeram delação premiada.

Petroleiros da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) realizam um ato nesta quarta-feira (30) em frente à guarita da refinaria, na Avenida Portuária, no Porto de Suape, em Ipojuca. A paralisação, que começou nesta quarta, segue até a sexta-feira (1º). A mobilização é nacional.

Os petroleiros exigem a saída imediata do atual presidente da Petrobrás, Pedro Parente. A categoria pede, também, a redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, através de mudanças imediatas na política de reajuste de derivados da Petrobrás, com retomada da produção das refinarias a plena carga e o fim das importações de derivados.

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Os petroleiros também são contra as privatizações e o desmonte do Sistema Petrobrás. Eles pedem, ainda, a manutenção dos empregos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Petróleo de Pernambuco (Sindipetro-PE), a greve de 72 horas não traz riscos de desabastecimento ao país. 

A Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Sindicato dos Químicos de Pernambuco, Central Sindical e Popular (CSP/CONLUTAS) e outros movimentos também estão participando da manifestação. O tráfego de veículos no Porto de Suape não está sendo afetado.

A polícia prendeu uma quadrilha envolvida com o roubo de 2,5 toneladas de cobre pertencentes a várias empresas do Complexo Industrial Portuário de Suape, no Grande Recife. O furto aconteceu na madrugada da segunda-feira (7). A polícia prendeu os suspeitos enquanto eles vendiam o material em um ferro velho no bairro de Pontezinha, no Cabo de Santo Agostinho. 

As mais de duas toneladas do material foram encontradas em um estabelecimento conhecido como "ferro velho da irmã". A dona do local e a filha dela, que tinha a função de gerente do espaço, também foram autuadas.

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A polícia chegou até os suspeitos após uma investigação que começou no início deste ano. "Esses furtos acontecem desde o início do ano e a gente tem o conhecimento de que ano passado também aconteceram alguns", revelou o delegado seccional do Cabo de Santo Agostinho, Diogo Faria. 

Os cinco homens foram presos saindo de um ferro velho. Durante a abordagem, assumiram aos policias que estavam vendendo o cobre no local. Segundo a polícia, o material era vendido aos poucos até os ferros velhos. "A gente acredita que essa prisão é uma parte da célula dessa associação criminosa. Existem outras pessoas que também realizam furtos e a venda desses fios de cobre", afirmou Faria.

De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha era organizada e tinha a divisão de tarefas bem definidas. "Uma parte realizava o furto, uma outra parte realizava a venda para os ferros velhos e uma outra parte encaminhava para o destinador final", explicou o delegado.

A Polícia Civil informou, ainda, que há a possibilidade de funcionários do complexo terem facilitado a entrada do bando. "Existe uma investigação especial presidida por um delegado de polícia e realmente pode haver algum funcionário envolvido nessa prática do crime", detalhou o delegado.

Tiago Carlos Almeida Oliveira, de 23 anos, Marinaldo Francisco da Silva, 35, Wedson Caetano da Silva, 35, Wellington Francisco da Silva, 42, e Elinaldo Ferreira do Nascimento, 38, foram autuados pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa. Eles foram encaminhados para audiência de custódia. Já a dona do ferro velho e a filha dela vão responder por receptação qualificada e associação criminosa.

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) questionou, através de nota encaminhada pela sua defesa, o envio do inquérito contra ele, no âmbito da Lava Jato, para a 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), capitaneada pelo juiz Sérgio Moro. O encaminhamento foi feito nessa segunda-feira (8) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, após as mudanças na abrangência do foro privilegiado para deputados e senadores. 

“É necessário atentar que os fatos narrados no inquérito não guardam qualquer relação que leve à Justiça Federal do Paraná e os precedentes da 2ª Turma são exatamente contrários à decisão. É importante destacar, ainda, que a denúncia contra o senador não foi sequer recebida, havendo empate entre os ministros, com dois votos contrários. Pela jurisprudência, esta situação pesa a favor do parlamentar”, declara o advogado de defesa do senador, André Luís Callegari, no texto. 

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A Segunda Turma do STF analisaria o recebimento da denúncia ou não nesta terça-feira (8). “A defesa do senador tomará as medidas cabíveis, com a certeza de que prevalecerá a rejeição da denúncia, qualquer que seja o grau de jurisdição competente”, reforça a nota. O documento também lembra que Fernando Bezerra Coelho votou, no Senado, pelo fim do foro por prerrogativa de função.

FBC foi denunciado em 2016, no âmbito da Operação Lava Jato, acusado de receber um total de propina de pelo menos R$ 41,5 milhões das empreiteiras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa, contratadas pela Petrobras para a execução de obras da Refinaria Abreu e Lima (RNEST). Como o fato aconteceu enquanto era secretário do governo Eduardo Campos, em 2010, não faz parte dos novos critérios listados para o foro e, por isso, seguiu para a primeira instância. 

O Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv) prendeu três pessoas, na quinta-feira (15), por furto de cobre na área da Refinaria Abreu e Lima, em Suape, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os criminosos ainda tentaram subornar a equipe, oferecendo R$ 2 mil e uma arma de fogo.

O trio foi identificado como Amaro Barbosa de Souza, Elinaldo Marques Ferreira e Manoel Messias Ferreira da Silva, residentes de Serraria, no Cabo de Santo Agostinho. Eles foram encontrados através de monitoramento do Centro de Controle Operacional (CCO) da Concessionária Rota do Atlântico.

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A abordagem ocorreu no acesso a Porto de Galinhas, em Ipojuca, RMR. "Ofereceram R$ 2 mil e uma arma de fogo. Nossa equipe questionou onde estava a arma e foi conduzida até a casa de um dos envolvidos, onde foi feita a apreensão de uma pistola calibre 32", detalhou o comandante da 3ª Companhia do BRPv, capitão Gileno Coelho.

O caso foi levado para a delegacia de Porto de Galinhas, onde foi feito o flagrante por furto, corrupção e porte ilegal de arma de fogo. A polícia agora investiga a participação de um segundo veículo envolvido na ação, com cinco suspeitos.

Com informações da assessoria

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Aguardando a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, para um ato em defesa da indústria naval e petrolífera nesta sexta-feira (25), os sindicatos do setor expuseram os anseios pela conclusão da Refinaria Abreu e Lima (Renest). O equipamento está operando com 50% da capacidade e, de acordo com o presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP) em Pernambuco, Luiz Lourenzon, não houve avanços desde que o presidente Michel Temer (PMDB) assumiu o comando do país. 

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"A Petrobras está sendo denegrida por este governo. É importante retomar as obras da Abreu e Lima que hoje opera com 50% da capacidade. A vinda de Lula para um ato com a nossa categoria é uma forma de pressionar este governo golpista", frisou Lourenzon. Segundo o dirigente sindicalista, Lula "foi corajoso" e o "único presidente em 30 anos" a investir no setor.

Lourenzon também comentou sobre as vendas dos ativos da Petrobras. "Vejo com tristeza este processo de privatização. A Petrobras agora não é mais nossa. Eles querem entregar nossas reservas para o capital estrangeiro", frisou. Ele reclamou ainda da falta de investimentos do Governo do Estado para o setor. 

Os argumentos do presidente da FUP-PE foram corroborados pelo coordenador do Sindipetro PE/PB, Rogerio de Almeida. Segundo ele, hoje à Renest produz 100 mil barris de petróleo por dia, mas se as obras estivessem concluídas o número seria de 230 a 250 mil. "Vamos entregar um documento pedindo que Lula se comprometa, caso ele volte, a investir no setor e concluir a Refinaria", frisou. 

No Centro de Ipojuca, onde vai acontecer o ato, a movimentação ainda é pequena. O evento estava marcado para iniciar as 10h. Além dos dois sindicatos, também estão presentes membros do Movimento Sem Terra e da Fetape. Além de Lula, também é esperada a presença da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ela tem uma ligação estreita com as atividades da Renest e do Porto de Suape. A petista esteve em Pernambuco por pelo menos três vezes para inaugurar navios construídos no estado. 

Caravana

Lula está em caravana por Pernambuco desde essa quinta-feira (24), quando visitou o Museu Cais do Sertão, participou de um ato com membros do Mais Médicos e jantou com a viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos

Nesta sexta, além do ato em Ipojuca, o ex-presidente também participa de um comício em defesa da democracia e dos direitos dele no Pátio do Carmo, no Centro do Recife, às 16h. Neste sábado (26), o petista conclui a passagem pelo estado com uma visita a comunidade de Brasília Teimosa, na Zona Sul da capital pernambucana.

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As obras de ampliação da Refinaria Abreu e Lima estão prestes a ser concluídas, segundo a Petrobras. O fim das obras do chamado primeiro trem de refino da unidade promete aumentar a produção atual em 15%. O que passará para 115 mil barris produzidos por dia.  

A conclusão das obras foi anunciada nessa terça-feira (9), durante uma reunião no Rio de Janeiro. Na ocasião, também foi discutida a venda da Petroquímica Suape e da Companhia Integrada Textil de Pernambuco (Citepe) para o grupo mexicano Alpek, que agora depende apenas da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). 

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Participaram do encontro o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, o governador Paulo Câmara, o vice-governador e secretário de DesenvolvimentoEconômico, Raul Henry, o secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni, o presidente do Conselho de Administração da Copergás, José Jorge, e o diretor de Planejamento e Gestão do Porto de Suape, Jaime Alheiros.

"É muito importante que a Refinaria tenha sustentabilidade. Apesar de toda a crise pela qual passou o Brasil e, principalmente, a Petrobras, o presidente se mostrou aberto à manutenção dos investimentos que a empresa tem no nosso Estado", avaliouo governador, após a reunião.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), afirmou, nesta segunda-feira (20), que a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), deve ter as obras do segundo trem finalizadas até o fim de 2017. A expectativa foi exposta antes do lançamento do projeto ‘Combustível Brasil’, na Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) durante a manhã. Caso isso aconteça, segundo ele, Pernambuco passará ter a refinaria mais moderna do país. 

“A Petrobras está operando o primeiro trem da refinaria com toda capacidade e a nossa expectativa é de que estejamos, ao fim de 2017, com um desfecho positivo no segundo trem. Aí, passaríamos a ter a refinaria mais moderna no Brasil”, observou. Indagado pela imprensa sobre a discussão do Governo Federal para a aquisição de uma parceria privada visando a retomada das obras da Renest, Fernando disse que “a Petrobras está pensando neste assunto”. “Sobre a estratégia empresarial dela, ela define. Mas logo vamos saber quais os planos da Petrobras para a Renest”, resumiu o ministro.

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A retomada das atividades na Renest, segundo o presidente da Fiepe, Ricardo Essinger, vai representar a “retomada do desenvolvimento em Pernambuco”. “Estamos em uma hora em que o Porto de Suape precisa de investimentos e redirecionamento. A nossa Renest precisa tomar rumos para que aja realmente um lado positivo no desenvolvimento de Pernambuco. A população até hoje vê aquela parada na obra como um freio no desenvolvimento do estado. Onde tivemos uma massa grande de trabalhadores, que seriam reaproveitados, e de repente aconteceu esta parada com mais de 40 mil postos de trabalhos fechados”, ponderou. 

Combustível Brasil

O projeto ‘Combustível Brasil’, lançado pelo ministro nesta segunda, pretende atrair novos atores empresariais para o setor de abastecimento de combustíveis no país. De acordo com Fernando Filho, a Petrobras aposta na região Nordeste como a “nova fronteira” para o refino no Brasil. 

“Nossa iniciativa quer conclamar todas as empresas do setor e ver alternativas para a indústria do refino no Brasil. Tanto na questão do processamento de óleo, como na questão do refino, dos terminais e da infraestrutura portuária”, destacou. “O Nordeste brasileiro que vai ter o papel fundamental no futuro disso quer seja na exportação ou nas novas fronteiras para o refino no Brasil. Hoje somos o quinto país que mais importa derivados do Petróleo”, complementou.

Fernando Filho também enalteceu a reabertura do diálogo com a área e disse que esta é uma das marcas do governo do presidente Michel Temer (PMDB). “Desobstruímos o canal de diálogo entre as empresas do setor e o ministério”, cravou. Segundo ele, a reabertura do diálogo com as empresas não pressupõe a redução da participação da Petrobras nas atividades de refino e logística no país. 

“Quem vai definir se diminui ou não a participação é a própria Petrobras. Agora o Brasil hoje tem uma necessidade de refino de óleo e a Petrobras tem tomado algumas decisões com relação a estses investimentos. O que precisamos discutir é se estamos preparados para isso”, salientou, dizendo que a expectativa é de ampliação do mercado e a retomada de investimentos empresariais da área no Brasil. “Estamos antecipando o movimento com ou sem Petrobras”, acrescentou. 

A Queiroz Galvão ajuizou um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal solicitando que seus bens sejam desbloqueados. Em 21 de setembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou o bloqueio de R$ 960 milhões da empreiteira e da Iesa - as duas são suspeitas de terem se beneficiado de superfaturamento em obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Para a construtora, a decisão do TCU não apresentou "quaisquer indícios ou riscos de dilapidação do patrimônio por parte da impetrante ou qualquer outra ação tendente a inviabilizar eventual ressarcimento ao erário ou a gerar lesão irreparável". "O suposto sobrepreço está em apuração pelo TCU há cerca de seis anos, sem contraditório e ampla defesa até o momento. Oportuno lembrar que a própria Operação Lava Jato se iniciou há mais de dois anos. Então, realmente, não há urgência", afirma a construtora.

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"O que se espera é que o contexto em que os fatos sob apuração no TCU se inserem não sirva de pretexto para a prática de atos estatais que extrapolem os limites da Constituição da República e da legislação infraconstitucional, nem tampouco excepcione a garantia do devido processo legal", diz a defesa.

Outras

No mês passado, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo, concedeu liminar (provisória) à OAS e suspendeu decisão do TCU que determinou a indisponibilidade dos bens da empreiteira no valor de até R$ 2,1 bilhões referentes a contrato relativo à Abreu e Lima. Marco Aurélio já havia tomado decisão semelhante em relação à Odebrecht, que também estava com valores bloqueados. As duas empreiteiras também são investigadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os investimentos da Petrobras em Pernambuco, principalmente a Refinaria Abreu e Lima (Renest) e a PetroquímicaSuape (PQS), foram temas da primeira conversa de trabalho entre o governador Paulo Câmara (PSB) e o novo presidente da empresa, Pedro Parente. “Foi uma conversa inicial, mas o presidente se mostrou muito sensível e receptivo às nossas preocupações, especialmente no que toca a geração de emprego e renda”, declarou Paulo.

Durante a conversa, que aconteceu nessa terça-feira (23) no Rio de Janeiro, Parente ressaltou a importância da Renest, já que é responsável por 30% de todo o diesel produzido no Brasil. De acordo com o presidente da Petrobras, o chamado “segundo trem” da refinaria está sendo analisado no âmbito do planejamento estratégico da empresa para os próximos anos, que será anunciado no mês de setembro.

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Com relação à PetroquímicaSuape, foram confirmadas as negociações com o grupo mexicano Alpek, que tem unidades semelhantes à de Pernambuco. Além de Câmara e de Parente, também participaram da reunião o diretor Financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, o secretário estadual da Fazenda, Marcelo Barros, e o procurador-geral do Estado, César Caúla.

Paulo aproveitou para convidar o presidente da Petrobras para voltar a Suape. Parente ainda não conhece a Refinaria Abreu e Lima.

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nessa sexta-feira (22) a reavaliação do projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, região metropolitana do Rio, e da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca, Pernambuco, no Complexo Industrial Portuário de Suape, a 45 quilômetros de Recife.

De acordo com a empresa, a decisão permitirá a continuidade das atividades de implantação das unidades do Comperj, associadas à Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), que está incluída no Projeto Integrado Rota 3, que conta ainda com o Gasoduto Rota 3, o Tratamento Complementar de Gás no Terminal de Cabiúnas e a faixa de Dutos Norte Rota 3. “Juntos, esses projetos completam a infraestrutura de escoamento e processamento de gás natural do polo pré-sal da Bacia de Santos”, informou Petrobras por meio de nota.

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O Conselho de Administração aprovou também a postergação dos investimentos e preservação dos equipamentos das demais unidades da Refinaria Trem 1 até dezembro de 2020 e orientou que continuem os esforços em busca de parceiros para dar continuidade aos investimentos. Os projetos da Refinaria Trem 2 e da Unidade de Lubrificantes do Comperj foram cancelados.

 

Refinaria

Com relação a Rnest, a decisão permitirá a continuidade das atividades de contratação em andamento para conclusão da unidade de abatimento de emissões (SNOX) e demais obras de complementação do Trem 1, que é um dos dois trens de refino com implantação prevista no projeto.

O Trem 1 já está em operação desde dezembro de 2014, com carga de 100 mil barris por dia (bpd). Com a conclusão da unidade, passará a operar com plena carga. De acordo com a companhia, a SNOX é uma das unidades da refinaria para tratar gases resultantes do processo de produção de combustíveis com baixo teor de poluentes, como o Diesel S-10.

Na nota, a Petrobras acrescentou que a decisão final sobre a melhor estratégia para implantação do Trem 2 ocorrerá no âmbito da aprovação do próximo Plano de Negócios e Gestão (PNG), com base em análise integrada do portfólio de projetos da companhia e conforme as projeções de mercado, além dos seus limites da capacidade de financiamentos.

 

Distribuidora

Durante a reunião, o Conselho de Administração aprovou mudança do modelo de alienação de participação em sua subsidiária Petrobras Distribuidora (BR). Na nota, a companhia informou, que dessa forma, encerra o processo competitivo em andamento e começa uma nova modalidade de venda.

Segundo a Petrobras, no processo atual foram recebidas três propostas. Depois de avaliação, a empresa chegou à conclusão de que não atendiam seus objetivos. Este foi o motivo que levou a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração a partirem para um novo processo competitivo. A ideia é “maximizar o valor do negócio de distribuição de combustíveis, atender os objetivos estratégicos da Petrobras e manter a operação integrada na cadeia do petróleo”.

De acordo com a companhia, o novo processo buscará parceiros com os quais a Petrobras compartilhará o controle da distribuidora, com estrutura societária composta por duas classes de ações: ordinárias e preferenciais. “De forma que a Petrobras fique majoritária no capital total, mas com uma participação de 49% no capital votante”, destacou a nota.

A companhia acrescentou que “será condição para conclusão da transação que questões estratégicas para a Petrobras estejam adequadamente refletidas na estrutura da parceria”.

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