O que já havia sido noticiado ao longo dos últimos dias, durante a rebelião no Complexo Prisional do Curado, foi concretizado. O sistema penitenciário de Pernambuco está em estado de emergência. A declaração foi pelo Governo do Estado e será publicada no Diário Oficial da sexta-feira (30).
Na ocasião, o governador Paulo Câmara também decretou a intervenção do Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga. A unidade, orçada em R$ 350 milhões, está sendo construída desde junho de 2010. Atualmente a obra está parada.
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Uma força tarefa foi determinada para tentar solucionar os problemas. Estarão envolvidas as secretarias de Justiça e Direitos Humanos, Casa Civil, Fazenda, Planejamento e Gestão, Desenvolvimento Social, Controladoria Geral, Administração, Gabinete de Projetos Estratégicos e Procuradoria Geral do Estado.
As equipes deverão apresentar ao Governo, a cada 30 dias, um relatório com as atividades desenvolvidas no mês. O estado de emergência tem prazo de 180 dias, período em que atuará a Força Tarefa.
Confira o que caberá à Força Tarefa:
1. A alocação de recursos orçamentários para o custeio das ações emergenciais;
2. A contratação emergencial de elaboração de projetos e de execução e supervisão de reformas, adequações e ampliação das unidades prisionais existentes, visando, como prioridade máxima, a criação de novas vagas, bem como a aquisição de equipamentos necessários ao seu funcionamento.
3. Tratativas com o Governo Federal para a viabilização de financiamento de obras e serviços de reforma e ampliação de estabelecimentos prisionais;
4. Tratativas visando à formalização de convênios com o Poder Judiciário, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil, Ministério Público e Tribunal de Contas, objetivando estabelecer parcerias.
5. Contratação de serviço de apoio técnico-administrativo para consecução dos objetivos deste decreto.
Com relação à intervenção da obra de Itaquitinga, o governo nomeia um interventor e autoriza:
1. Ocupar provisoriamente o bem imóvel vinculado ao objeto do contrato;
2. Preservar a segurança da obra, guardar e proteger a edificação e as instalações existentes;
3. Minimizar os prejuízos decorrentes da paralisação das obras;
4. Realizar os levantamentos, avaliações e perícias para a apuração dos prejuízos e adequação dos projetos de engenharia para a contratação das obras necessárias à conclusão da construção do Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga;
5. Determinar a abertura de processo administrativo para apuração das faltas contratuais da Concessionária e para eventual decretação da caducidade da concessão.