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WASHINGTON (EUA) - Em missão oficial na cidade de Washington, nos Estados Unidos, onde assina, na próxima segunda-feira (15), a operação de crédito no valor de de R$ 2 bilhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o prefeito João Campos se reuniu, nesta sexta-feira (12), com representantes de dois importantes organismos federais norte-americanos que atuam no combate e prevenção, além de resposta a desastres naturais.

O objetivo das agendas foi entender como funcionam as estratégias e metodologias utilizadas pelo governo dos EUA para a prevenção e resposta a desastres, bem como estreitar laços com os dois organismos federais para estabelecer possíveis cooperações com foco na resposta de emergências estratégicas e na mitigação dos impactos de desastres naturais na capital pernambucana. 

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“A gente iniciou as tratativas para firmar uma cooperação entre a cidade do Recife e a maior agência do mundo de informações, de dados, sobre atmosfera e oceanos. Aqui são mais de 12 mil funcionários presentes em todo o território americano com capacidade de análise de processamento de dados que são muito importantes para cidades, principalmente para áreas de enchentes, elevação do nível do mar, capacidade de previsão climático com muita precisão. E tudo isso possibilita respostas cada vez mais rápidas”, explicou o prefeito João Campos. “No Recife, a gente está fazendo uma série de investimentos em infraestrutura e também na Central de Operações (COP) da cidade. Essa parceria vai ter um valor muito importante para a gente poder ganhar tecnologia, ganhar novos protocolos, que ajudem cada vez mais na resiliência do Recife , acrescentou. 

Na embaixada do Brasil na caputal americana, o prefeito se reuniu com o vice-diretor da Divisão de Sistema Integrado de Alerta e Alerta Público da Agência Federal de Gestão de Emergências dos Estados Unidos (FEMA), Wade Witmer, e a representante de Relações Internacionais do órgão, Samantha Dowdell. Em pauta, os sistemas de alerta precoce para desastres da Agência, além das tecnologias utilizadas para monitoramento e gerenciamento de ações de emergência no país.

Um dos principais sistemas de alerta e aviso da FEMA é o Sistema Integrado de Alerta Público (IPAWS), uma plataforma integrada que permite criar e enviar alertas e avisos de emergência para várias redes de comunicação. Essas mensagens podem ser enviadas por rádio, televisão, telefones celulares e outros dispositivos, garantindo que as informações cheguem a um público amplo e diversificado no menor tempo possível.

Logo em seguida, João Campos visitou a sede da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), onde foi recebido pelo Subdiretor do Centro de Governança Climática e Oceanográfica,  Rost Parsons; pelo Diretor da Divisão de Inovação e Parceria de Serviços, David Valee; e pela Representante de Relações Internacionais da instituição, Samantha Dowdell. Na sede da NOAA, o gestor do Recife conheceu o Programa de Resiliência Costeira com Modelos Digitais de Elevação do órgão norte-americano e os serviços de previsão de enchentes nos Estados Unidos.

A Prefeitura do Recife já vem  realizando o maior volume de obras de infraestrutura em áreas de morro da  história da cidade. Nos últimos dois anos, já foram construídas e entregues 65 obras de grande porte de encostas e outras 44 estão em andamento neste momento. Além disso, 1.500 obras de pequeno e médio porte foram executadas nos morros, beneficiando 4 mil famílias. A Prefeitura também tem usado a tecnologia como aliada nas ações de prevenção de desastres. Por meio de mensagens SMS e pelo aplicativo Whatsapp, avisos são enviados para as famílias cadastradas, alertando sobre a possibilidade de chuvas fortes e saída para locais seguros.

Além disso, em fevereiro deste ano, a gestão municipal recebeu a equipe holandesa do DRR Team, a partir de cooperação direta com o Governo da Holanda, país que tem vasta e reconhecida experiência  no gerenciamento da água e dos efeitos das mudanças climáticas. A partir de estudos preliminares sobre o aumento do nível do mar e o seu impacto no sistema de drenagem do Recife, essa parceria com o país europeu vai permitir ações efetivas para a preparação da cidade para lidar com as mudanças climáticas e os seus efeitos.

FEMA - Vinculada ao Departamento de Segurança Interna, a Agência Federal de Gestão de Emergências dos Estados Unidos é responsável pela inteligência, prevenção e coordenação de resposta a desastres naturais e emergências de grandes proporções agindo continuamente de forma preventiva e de forma responsiva quando os governos (locais ou federal) emitem uma “Declaração de Desastre”, o que é equivalente à declaração de estado de calamidade pública no Brasil.

A FEMA conta com a atuação diária de mais de 20 mil funcionários em seus 10 principais escritórios que cobrem todo o território dos EUA. As três áreas prioritárias de atuação do organismo são a Assistência a Desastres; Fundo de Pesquisa em Inovação; e Inteligência contra Enchentes e Áreas de Risco. 

NOAA - A  Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA é uma agência federal científica que se concentra no monitoramento e compreensão das condições dos oceanos e da atmosfera. A agência realiza pesquisas, monitora o clima e o tempo, alerta sobre tempestades severas, protege habitats marinhos e realiza gerenciamento de pesca, fornecendo dados e informações para a segurança e a qualidade das cidades e estados no país.

*Da assessoria 

Pesquisadores de universidades e centros de estudos brasileiros desenvolveram uma metodologia de mapeamento de riscos de desastres naturais com a participação de moradores, principalmente estudantes, para prevenir os efeitos de inundações, alagamentos, deslizamentos e chuvas intensas.

O estudo, publicado na revista Disaster Prevention and Management, foi conduzido por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e da Universidade do Vale do Paraíba (Univap).

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Para elaborar a metodologia de mapeamento, os pesquisadores contaram com a participação de 22 alunos matriculados entre 2019 e 2021 na escola estadual Monsenhor Ignácio Gioia, no município de São Luiz do Paraitinga (SP). A cidade foi parcialmente destruída por uma enchente em 2010, quando o nível do Rio Paraitinga subiu e deixou a maioria da população desalojada.

O estudo utilizou dados de risco, disponíveis na internet, do Serviço Geológico do Brasil - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), uma empresa pública, vinculada ao Ministério de Minas e Energia - e imagens obtidas com drones. Com essas informações, em conjunto com os alunos moradores da cidade, elaboraram um mapa de risco e rotas de fuga.

“Os alunos identificaram no mapa e foram também elaborando rotas de fuga para que as pessoas, dentro dessas áreas inundáveis, quais seriam os lugares seguros que elas poderiam se abrigar temporariamente diante de inundações de cinco metros, de dez metros, e assim por diante. É um exercício de planejamento, um plano de contingência feito em conjunto com as pessoas que moram na região”, destacou o sociólogo Victor Marchezini, pesquisador do Cemaden e orientador do trabalho.

“Se não há esse tipo de envolvimento com as pessoas do local, as respostas aos desastres acabam sendo improvisadas, as pessoas não estão preparadas. Usamos São Luiz do Paraitinga como um laboratório vivo, pensando em ações de prevenção”, disse o pesquisador.

Durante a pesquisa, os alunos sugeriram, como forma de melhorar a prevenção dos desastres, a realização de um planejamento territorial para evitar construções em áreas de risco, e a criação de um aplicativo para comunicar rapidamente ações de resposta direcionada aos moradores.

“É sempre importante que a gente tenha esses planos, faça os treinamentos em conjunto com os moradores. Mas além disso, a gente tem que se preparar para aquilo que é impensável, é justamente quando o evento extremo foge daquilo que a gente estava acostumado”, ressaltou Marchezini. 

A pesquisa, que tem como primeiro autor o pesquisador Miguel Angel Trejo-Rangel, do Inpe, foi apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O Governo Federal disponibilizou R$ 450 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) apoiar estados e municípios no enfrentamento aos desastres naturais que vêm ocorrendo pelo País. O crédito extraordinário foi autorizado na noite dessa segunda-feira (22) por meio de Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro. Os recursos serão destinados a localidades que estão enfrentando desastres, a exemplo dos estados do Acre e de Minas Gerais.

O repasse poderá ser utilizado para ações de socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais, que são coordenadas pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do MDR. "Como ainda não tínhamos aprovado o Orçamento, estávamos carentes de recursos para o estado do Acre nessa questão de calamidade pública. Então conversamos com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, com a Receita e com a própria Economia (para liberar os recursos)”, explicou o presidente da República.

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Para solicitar os recursos federais para ações de Defesa Civil, estados e municípios devem, primeiro, decretar situação de emergência ou estado de calamidade pública e, em seguida, solicitar o reconhecimento federal ao MDR. Para a aprovação, é necessário que o pedido atenda aos critérios da Instrução Normativa n. 36/2020. O reconhecimento federal também permite que o Governo Federal antecipe pagamentos de aposentadorias e benefícios assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família.

Após a publicação do reconhecimento por meio de portaria no Diário Oficial da União (DOU), o estado ou município deve elaborar um plano de trabalho e encaminhá-lo ao MDR, via S2ID. Com base nessas informações, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as demandas e o volume de recursos necessários para as ações. Com a aprovação, nova portaria é publicada no DOU com a especificação do valor ou apoio a ser liberado.

Calamidade pública no Acre

Também nesta segunda-feira (22), o MDR reconheceu o estado de calamidade pública em 10 municípios do Acre atingidos por inundações: Rio Branco, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Feijó, Tarauacá, Jordão, Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. A medida foi tomada por procedimento sumário, que ocorre em casos de desastres de grandes proporções e com base apenas no requerimento e no decreto de emergência ou de calamidade do estado ou município. O objetivo é acelerar as ações federais de resposta a desastres públicos, notórios e de alta intensidade.

Com a medida, o governo estadual já pode solicitar recursos federais para ações de socorro e assistência à população e para o restabelecimento de serviços essenciais em áreas afetadas.

A Defesa Civil Nacional está apoiando o estado do Acre desde o início da última semana, com a coordenação do monitoramento realizado pelas agências federais responsáveis. Desde a última quinta-feira (18), o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas, está no estado para apoiar os municípios nas ações de resposta e atendimento à população afetada, que já chega a cerca de 130 mil pessoas.

A previsão climática para os próximos dias é de mais chuvas intensas na região. Os dados foram coletados pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). O volume de chuvas previsto em todo o Acre é alto – mais de 80 milímetros, com possibilidade de algumas localidades registrarem até 150 milímetros de precipitações acumuladas.

*Da Ascom do Ministério do Desenvolvimento Regional

As perdas econômicas causadas por desastres naturais e acidentes provocados pelo ser humano aumentaram 25% em 2020 até alcançar os 187 bilhões de dólares (153 bilhões de euros), segundo uma primeira estimativa da resseguradora suíça Swiss Re publicada nesta terça-feira (15).

A parte das despesas suportadas pelas seguradoras foi de 83 bilhões de dólares, o que representa um aumento de 32% em comparação com o ano anterior, tornando-se o quinto ano mais caro para o setor desde a década de 1970, segundo informou em um comunicado o grupo que atua como segurador das seguradoras.

A fatura para as seguradoras por catástrofes naturais aumentou 40% em um ano até alcançar os 76 bilhões de dólares, devido principalmente às denominadas catástrofes "secundárias", e não catástrofes muito grandes de escala excepcional, disse a Swiss Re.

Sua frequência deve aumentar com a mudança climática, afirmou o grupo suíço, destacando que essas catástrofes secundárias na classificação utilizada pelas seguradoras representam por si só 70% dos custos que precisam cobrir.

As perdas econômicas aumentaram devido às tempestades, inundações e tempestades de granizo, assim como pelos incêndios.

A temporada de furacões no Atlântico Norte também foi muito ativa este ano. As perdas cobertas pelas seguradoras aumentaram para 20 bilhões de dólares.

No entanto, a conta é consideravelmente menor que em 2005 e 2017, já que os furacões afetaram áreas menos densamente povoadas.

Em 2005, o furacão Katrina, que inundou Nova Orleans, custou para as seguradoras 87 bilhões de dólares.

Em 2017, a conta foi ainda maior com os furacões Harvey, Irma e María, de até 97 bilhões de dólares.

Aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o projeto de lei (nº 5.022/19) que dá prioridade a famílias vítimas de desastres naturais no programa Cartão Reforma segue análise do Plenário do Senado. A proposta, de autoria do deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE), foi relatada pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) na reunião da comissão desta terça-feira (18).

Danilo Cabral apresentou o projeto em 2017, após as tragédias causadas pela chuva em Alagoas e Pernambuco, e foi aprovado em agosto do ano passado na Câmara dos Deputados. “Nossa proposta está ainda mais atual. Acabamos de ver o que aconteceu em Minas Gerais e no Espírito Santo, em janeiro, e em São Paulo na semana passada. Precisamos garantir o direito das pessoas que foram vítimas de desastres naturais de reconstruírem suas vidas”, explica o parlamentar.

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O projeto de lei altera o artigo 8º da lei à lei 13.439, para especificar os grupos familiares com prioridade de atendimento no âmbito do Programa, especificamente quem atenda aos requisitos citados. Em sua justificativa, Danilo Cabral disse que cabe ao poder público o recebimento dos recursos, não havendo previsão legal de repasse diretamente para os cidadãos vítimas ao perderem suas moradias em razão de desastre natural.

O Cartão Reforma oferece subsídio para que famílias de baixa renda comprem materiais de construção destinados para reforma, ampliação, promoção de acessibilidade ou à conclusão de imóveis. “Trata-se de distribuição eficiente dos recursos para que se possa implementar ação tão relevante para a sociedade”, afirmou o relator Veneziano Vital do Rêgo.

*Da assessoria

 

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) liberou o cadastro de números de celulares para testes em uma nova ferramenta que alerta os moradores dos estados de Santa Catarina e Paraná sobre a possibilidade de ocorrências de desastres naturais. Na prática, o serviço envia um SMS automático para moradores em áreas de risco em caso de temporais, inundações e deslizamentos de terra, entre outros.

O sistema será administrado pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) em conjunto com a Defesa Civil dos municípios. A própria Defesa Civil Nacional está enviando, gradativamente, mensagens para os moradores que informam sobre a prestação do serviço e como fazer para se cadastrar. Ao enviar o CEP da localidade através de mensagem de texto, o solicitante é informado se sua região dispõe do serviço.

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Esse tipo de serviço foi usado pela primeira vez no Japão em 2007. Após a iniciativa bem sucedida, outros países passaram a adotar o sistema e, atualmente, são mais de 20 ao redor do globo que contam com esse tipo de facilidade. A partir de 16 de novembro, a cidade de São Paulo também passará pela fase de testes do serviço, que deve ser implantado em todo o país até março do ano que vem.

A prefeitura de Guarulhos, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, vai realizar neste sábado (16), às 9h, uma palestra sobre desastres ambientais com o professor da Fundação Getúlio Vargas e da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Claudio Toscano, no Centro Educacional Ambiental (CEA) City Las Vegas.

Livre para todos os públicos, o evento pretende relatar as consequências do comportamento humano diante ao meio ambiente e a resposta que a natureza emite.

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Segundo Toscano, a palestra também abordará nos aspectos dos últimos desastres naturais, como o furacão Irma que atingiu os Estados Unidos nos últimos dias.

O CEA fica na rua Reginaldo Cesar de Oliveira, 356. 

O agricultor Antônio Carlos Cassol, que tem uma fazenda em Giruá (oeste do RS), sentiu no seu cultivo de soja e trigo a instabilidade do clima do Estado – campeão em prejuízo pelos desastres naturais no País. Lá as perdas contabilizaram R$ 24,3 bilhões, a maior parte na agricultura – R$ 17,2 bilhões.

Ele conta que em seus 52 anos de vida nunca viu uma seca como aquela, apesar de estar acostumado com estiagens. Em 2012, foram 42 dois dias sem chuva no verão. "Mas nada como em 2004. E depois em 2005. Não deu tempo de se recuperar. As perdas foram próximas a 100%. Nem previsão de chuvas existia."

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Segundo Fernando Aquino, da UFRGS, no Estado é também onde mais ocorrem tempestades severas e duradouras. Em resumo, é onde mais cresce a variabilidade climática no País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Prejuízos causados por desastres naturais no Brasil custaram pelo menos R$ 182,8 bilhões – uma média de R$ 800 milhões por mês –, entre 1995 e 2014. Os números fazem parte do mais completo mapeamento da quantidade de eventos meteorológicos, como secas, estiagens, inundações e enxurradas, que atingiram o País em 20 anos e o impacto financeiro que tiveram.

Estão incluídas na análise tragédias como as enchentes e deslizamentos de terra que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro em 2011, deixando 918 mortos, além das inundações no Vale do Itajaí (SC), em novembro de 2008; em São Luiz do Paraitinga (SP), em janeiro de 2010; e a seca que atinge do Nordeste brasileiro desde 2013.

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Os autores do trabalho, realizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped) da Universidade Federal de Santa Catarina, com apoio do Banco Mundial, afirmam, no entanto, que os resultados são reconhecidamente subestimados. Isso ocorre porque os dados disponíveis sobre os eventos climáticos e os possíveis danos materiais são limitados.

Para este estudo, os pesquisadores levaram em consideração as informações reportadas pelas Defesas Civis aos Estados e à União, que em geral só são feitas nos casos mais graves, em que o município não consegue lidar com o desastre e precisa de ajuda financeira. E consideraram somente impactos diretos.

"É só a ponta do iceberg e ainda assim estamos falando de uma média de R$ 800 milhões por mês. Que é, para se ter uma ideia, mais ou menos o gasto que se tem com caminhão-pipa por ano no Nordeste", afirma Frederico Ferreira Pedroso, especialista do programa de Gestão de Riscos de Desastres do Banco Mundial.

Mais frequentes e graves

Segundo o estudo do Ceped, o problema vem se intensificando. Do total de 22.810 registros do Sistema Integrado de Informações de Desastres da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil analisados, 76% ocorreram na segunda década de estudo, que também concentrou 82% do valor dos prejuízos.

Os autores ponderam que houve uma melhoria na notificação dos desastres, mas defendem que isso explica apenas em parte o aumento dos registros. A conclusão é de que a frequência dos eventos e as perdas também estão aumentando.

"A primeira década teve menos eventos e, proporcionalmente, foram menos danosos que na segunda", afirma Rafael Schadeck, pesquisador do Ceped e organizador do levantamento. Se na primeira década o valor por evento, em média, foi de R$ 5,84 milhões, na segunda, foi de R$ 8,71 milhões.

Para os autores, um motivo é o crescimento desordenado das cidades e o que eles chamam de "aumento da exposição" aos riscos. "As cidades estão crescendo para onde não deveriam. A gente vai se colocando em uma situação cada vez mais complicada. O planejamento urbano tem de levar isso em conta para permitir uma efetiva prevenção", diz Pedroso.

Para completar o quadro, os eventos extremos – como tempestades intensas e concentradas e secas severas e duradouras – estão mais frequentes. É uma tendência em todo o mundo e está cada vez mais relacionada com o aquecimento global e as mudanças climáticas.

A tendência para o futuro, explica o climatologista Francisco Aquino, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Estado que liderou os prejuízos no País –, é de piora.

"Considerando as emissões atuais de gases de efeito estufa, a próxima década deverá ser ainda mais intensa em desastres naturais". Para o Ceped, "é de vital importância a inserção, de forma ativa e articulada, da gestão de riscos e de desastres na agenda dos governos e da sociedade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Escritório da ONU para Redução do Risco de Desastres pediu apoio urgente de US$ 2,7 bilhões para o plano de recuperação do Haiti, em três anos. O valor equivale à perda que o país sofreu depois da passagem do furacão Matthew, há seis meses, e representa 32% do Produto Interno Bruto  haitiano. O pedido foi feito na véspera da 5ª Plataforma Regional para Redução do Risco de Desastres nas Américas, que começa amanhã (7) em Montreal, no Canadá.

Segundo o representante especial das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres, Robert Glasser, o que ocorreu no Haiti revelou "dados perturbadores" sobre os países menos desenvolvidos, que “não têm capacidade para responder adequadamente aos efeitos da mudança climática e ao aumento da intensidade e da frequência dos desastres relacionados ao clima".

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Glasser disse que "apesar dos sistemas do governo para a proteção de civis terem evitado muitos óbitos, é inaceitável que mais de 600 pessoas tenham morrido por causa de um furacão previsto com antecedência".

Desastres arrasadores

A magnitude das perdas é suficiente para "arrasar qualquer economia". Além disso, o desastre aconteceu depois de dois anos de seca no país que afetou a segurança alimentar de um milhão de pessoas e do terremoto de 2011, que custou 120% do PIB.

Calcula-se que o Haiti tenha perdido, em média, 2% do seu PIB todos os anos, entre 1975 e 2012, devido a desastres relacionados ao clima.

O representante especial da ONU disse que, em 2012, mais de 58% dos 10,7 milhões de haitianos viviam com menos de dois dólares e 40 centavos por dia e um quarto da população vivia na extrema pobreza, com menos de um dólar e 23 centavos diários.

Da ONU News

Um terremoto de magnitude 7,0 atingiu a costa do Pacífico de El Salvador. O epicentro foi registrado a 10,3 quilômetros de profundidade e um alerta de tsunami foi emitido. A defesa civil do país disse que não há relatos imediatos de danos devido ao terremoto, que atingiu o país às 16h43 (de Brasília).

O Serviço Geológico dos EUA afirmou que o epicentro estava a cerca de 153 quilômetros do porto de El Triunfo, em El Salvador. O terremoto ocorreu pouco depois de o furacão Otto atingir o sudeste da Nicarágua pelo Mar do Caribe. Fonte: Associated Press.

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A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) apresentou hoje (11), em Quito, um videogame para dispositivos móveis, que busca conscientizar crianças para eventuais desastres naturais, como o devastador terremoto que abalou a costa equatoriana em abril passado.

"O propósito é contribuir para que crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos estejam mais bem preparadas para enfrentar, antes e depois, os desastres naturais, especialmente terremotos e tsunamis", explicou a diretora do escritório da Unesco em Quito, Saadia Sánchez.

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Batizado como "Tanah: contra terremotos e tsunamis", o game pode ser baixado, gratuitamente, em celulares e tablets. Ele é protagonizado por uma menina que terá de ir superando adversidades para salvar sua família e seu povo dos desastres naturais.

O aplicativo se concentra nas etapas de "preparação, resposta e recuperação" diante de desastres naturais para que os usuários aprendam, por exemplo, a preparar planos de evacuação, a detectar alertas de tsunamis, ou a ter kits de primeiros socorros prontos.

A ideia do game surgiu há anos no escritório regional de Bangcoc, depois do terremoto seguido de tsunami de 2004 no oceano Índico, o qual deixou mais de 225.000 vítimas. Sua criação também é consequência dos fortes sismos registrados no Chile, em 2010 e em 2015, assim como no Nepal, em 2015.

"O Equador é um país de riscos. Temos terremotos, podemos ter tsunamis. Também temos vulcões ativos, e isso faz que tenhamos de nos preparar para confrontar esses possíveis riscos", acrescentou Saadia Sánchez, que também representa a Unesco na zona andina.

Em 16 de abril, a costa equatoriana foi abalada por um terremoto de 7,8 graus de magnitude que deixou 673 mortos, 6.274 feridos e, inicialmente, 28.775 pessoas desabrigadas.

Os desastres naturais causaram mais de oito milhões de mortes em todo o mundo desde o início do século XX - cerca de 50.000 por ano - e custaram sete trilhões de dólares, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (18).

As inundações (38,5% dos danos) e as tempestades (20%) representam quase 60% desses custos, de acordo com o estudo, apresentado em Viena durante uma reunião da União Europeia de Geociências. Desde 1900, os terremotos provocaram cerca de 30% das vítimas fatais de catástrofes naturais.

Os sismos causaram 26% das perdas econômicas atribuídas aos desastres naturais, e as erupções vulcânicas, 1%. A esses fenômenos se acrescentam os incêndios florestais, as estiagens, as ondas de calor e outros.

James Daniell, engenheiro do Instituto Tecnológico de Karlsruhe (oeste da Alemanha), registrou 35.000 desastres naturais entre 1900 e 2015, o que representa a maior base de dados que existe hoje sobre esse tema.

"As inundações são as primeiras responsáveis" pelas perdas econômicas e pelo número de mortos (a metade), declarou à AFP este cientista australiano especialista em estudo de riscos. Não obstante, afirma Daniell, desde 1960 as tempestades se tornaram mais destrutivas que as inundações a nível econômico.

Desde o início do século XX, acrescenta o cientista, "o número de falecimentos atribuídos a catástrofes naturais se manteve constante, de maneira surpreendente, con una ligeira queda", ainda que a população mundial tenha aumentado consideravelmente. "Cerca de 50.000 pessoas morrem a cada ano por causa delas", diz.

Entre 1995 e 2014, 15 mil eventos climáticos extremos mataram mais de meio milhão de pessoas e causaram prejuízos financeiros de quase US$ 3 bilhões. Essas são as principais conclusões da nova edição do relatório Global Climate Risk, feito pela organização Germanwatch, e lançado nesta quinta-feira, 3, durante a 21ª Conferência do Clima da ONU, em Paris.

Nesses 20 anos, que compreendem todo o período de negociações climáticas (em 1995 ocorreu a primeira conferência do clima da ONU), eventos como tempestades, inundações, deslizamentos de terra e ondas de calor tiveram impactos mais rigorosos especialmente nos países mais pobres. Num ranking que foi feito dos mais afetados, Honduras, Mianmar e Haiti lideraram.

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"Esses padrões de precipitações extremas são o que as pessoas e os países provavelmente enfrentarão em um clima mais quente", disse Sönke Kreft, principal autor do estudo. "E os impactos são injustos. Nove em cada dez países afetados em 20 anos são nações com renda média baixa."

Quando considerado somente o ano passado, porém, houve uma mudança de foco para a Europa. As nações mais afetadas foram Sérvia, Afeganistão e Bósnia e Herzegovina. O relatório aponta também que alguns países tem sido afetados repetidamente por eventos climáticos extremos. O Paquistão, por exemplo, foi atingido durante cinco anos consecutivos, enquanto as Filipinas estiveram entre os dez países mais impactados sete vezes na última década.

Os autores alertam que para um futuro ainda mais quente, locais que já são afetados por esses eventos podem ficar ainda mais vulneráveis. "Nossos resultados são um lembrete de que a cúpula do clima em Paris precisa alcançar a ambição climática e solidariedade mundial necessárias para salvaguardar a população vulnerável em todo o mundo."

Limite de 1,5°C

O relatório foi divulgado no dia em que o grupo dos países mais vulneráveis fazia pressão para que o acordo de Paris trouxesse um limite de aumento de temperatura mais ousado. Para eles, o planeta não pode aquecer até 2°C, na comparação com os níveis pré-Revolução Industrial. O limite seguro para quem já sob risco de desaparecer, como os países-ilha, são 1,5°C.

O rascunho do texto que está sendo analisado durante a COP-21 considera uma opção de conter o aumento da temperatura a abaixo de 1,5°C, mas reuniões ao longo do dia frearam essa possibilidade. O Fórum dos Países Vulneráveis, que na segunda-feira tinham feito uma solicitação para que contivesse no acordo uma meta de descarbonização da economia até 2050 para ajudar nesse processo, lançaram uma nota criticando fortemente a decisão.

"Não há nenhuma dúvida para os países vulneráveis que já estão perdendo 2,5% dos seus PIBs e 50 mil vidas por ano com a temperatura menos de 1°C mais quente que isso compromete a nossa sobrevivência. As partes que se interpõem no caminho de recomendar uma boa decisão com base na informação disponível será lembrado pelas crianças de hoje pelo fracasso em Paris", declararam.

A cidade japonesa de Sendai recebe a partir deste sábado uma conferência organizada pelas Nações Unidas para debater ideias sobre como contra-atacar as catástrofes naturais ampliadas pela mudança climática.

A conferência, que segue até quarta-feira, abriu seus trabalhos no dia seguinte em que um ciclone tropical causou muita destruição no Estado insular de Vanuatu, no Pacífico Sul, onde pode ter causado também dezenas de mortes.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que apresentou seus pêsames neste sábado ao presidente de Vanuatu e expressou sua solidariedade para com os habitantes do arquipélago.

"O que vamos discutir aqui hoje é algo muito real para milhões de pessoas no mundo", afirmou Ban em um discurso, no qual destacou que o aumento dos fenômenos atmosféricos extremos, como o aquecimento global, se acelerou nos últimos dez anos.

"A redução de desastres é uma prioridade na defesa contra os efeitos da mudança climática, é um investimento inteligente para os negócios e um sábio investimento para salvar vidas", acrescentou.

Um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Redução de Risco de Desestres (UNISDR) calculou entre 250 e 300 bilhões de dólares anuais as perdas econômicas mundiais causadas pelos desastres.

"Dois terços das catástrofes naturais proveem da mudança climática", enfatizou, por sua parte à AFP, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius.

A França vai receber a próxima Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, em dezembro, em Paris.

"Um êxito em Sendai pode deixar bem as coisas bem assentadas para Paris", afirmou.

A conferência de Sendai é inaugurada três dias depois do quarto aniversário do terremoto de magnitude 9 que abalou o nordeste do Japão, resultando num tsunami que arrasou o litoral e deixou 19.000 mortos, gerando, além disso, uma catástrofe nuclear na la central de Fukushima.

Com centenas de organizações envolvidas, espera-se que cerca de 40.000 pessoas cheguem a Sendai, impulsionando o turismo local.

O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe prometeu, em seu discurso inaugural, 4 bilhões de dólares de ajuda externa nos próximos quatro anos para a prevenção de desastres, que incluirá a construção de infraestruturas e de satélites meteorológicos.

Portaria da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional reconhece a situação de emergia em 15 municípios. Na Bahia, a situação de emergência foi reconhecida para o município de Quixabeira, em razão da seca. Em Minas Gerais, os municípios de Japonvar e Josenópolis, em razão da seca; Pirapora e São João do Pacuí, por causa da estiagem; Sabará, em razão das chuvas intensas; e Varzelândia, em razão da seca.

Em Sergipe, os municípios de Frei Paulo e Poço Verde, por causa da seca na região. No Rio Grande do Sul, foi reconhecida a situação de emergência nos municípios de Capão do Cipó e Júlio de Castilhos, em razão da ocorrência de vendaval; Lagoa dos Três Cantos e Tio Hugo, por causa de enxurradas; Santo Antônio das Missões e Vitória das Missões, por chuvas intensas.

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A Câmara dos Deputados discute o Projeto de Lei 6964/13, que simplifica o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no caso de desastre natural. A proposta foi apresentada pela comissão externa criada pela Casa para acompanhar os desastres ocorridos na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, ainda no ano de 2013.

Pelo texto, o morador poderá sacar o FGTS se o desastre ocorrido na sua região estiver previsto na Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade) para eventos geológicos, meteorológicos ou hidrológicos. A Cobrade tem um rol mais amplo de situações de desastres do que o decreto atual que baseia a liberação do FGTS nessas situações (Decreto 5.113/04). Tragédias decorrentes de erosão, por exemplo, estão incluídas no Cobrade e não no decreto.

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O coordenador da comissão, deputado Sarney Filho (PV), diz que o decreto é um equívoco e gera constrangimentos às famílias que precisam usar o FGTS para se recuperar de desastres, mas não podem. “O conceito de desastre natural deve seguir a Cobrade, de forma a contemplar todos os eventos geológicos, meteorológicos e hidrológicos que implicam risco de acidentes no País”, disse o parlamentar. 

Tramitação

O projeto tramita apensado ao PL 7472/10, que amplia possibilidades de resgate do FGTS, e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para o Plenário.

Desastres naturais e outras catástrofes causaram prejuízo recorde de US$ 138 bilhões à economia global no ano passado, de acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU). Trata-se do terceiro ano consecutivo com perdas acima de US$ 100 bilhões.

As tragédias e desastres naturais, que incluem ciclones, terremotos, secas e enchentes, somaram 312 eventos no ano passado, que provocaram a morte de 9,3 mil pessoas. A ONU estima que o número de pessoas afetadas por esses desastres chegou a 106 milhões.

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Os prejuízos bilionários, de acordo com o relatório da ONU, é resultado, principalmente, de muitas indústrias e propriedades privadas estarem perto de áreas com furacões, inundações e terremotos. Desde meados dos anos 1990 as perdas econômicas com tragédias e desastres naturais vêm crescendo ano a ano, destaca no material enviado à imprensa a diretora do divisão da ONU responsável por acompanhar essas catástrofes (UNISDR, na sigla em inglês), Elizabeth Longworth.

Estados Unidos, China e Itália estão entre os países com as maiores perdas em 2012. No caso dos EUA, o principal responsável pelos prejuízos foi o furacão Sandy, que passou pela costa Leste do país entre final de outubro e começo de novembro, provocando prejuízos de US$ 50 bilhões. Por continente, a Ásia foi novamente o que registrou mais prejuízos e mais pessoas afetadas por tragédias em 2012. O relatório destaca ainda secas fortes nos EUA, Europa e África como responsáveis por mortes e prejuízos.

As seguradoras privadas propõem ao governo federal a criação de um seguro anticatástrofe no Brasil. "Não é possível o governo arcar sozinho com a responsabilidade de indenizar flagelados da seca ou gente que teve suas propriedades destruídas pelas enchentes e deslizamentos que tivemos nos últimos tempos", disse o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNseg), Jorge Hilário Gouvêa Vieira. Segundo ele, o mercado está à disposição do governo "para mitigar esse custo do Tesouro (Nacional), para ajudar na prevenção do risco e também na cobertura".

Dados da CNseg mostram que cerca de mil pessoas morreram em consequência de deslizamentos e enchentes no País em 2011. As perdas materiais somaram R$ 1,6 bilhão e as perdas seguradas, cerca de R$ 90 milhões. A enchente na região serrana do Rio de Janeiro foi a terceira maior catástrofe natural, em número de mortes, registrada em 2011 no mundo, perdendo apenas para o terremoto seguido de tsunami no Japão, em março, com mais de 20 mil mortos, e para as tempestades tropicais nas Filipinas, no final do ano.

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De acordo com estudo recente do Lloyd's de Londres, o Brasil enfrenta um déficit de seguro anualizado de US$ 12,68 bilhões. Na avaliação da entidade, isso representa riscos para o País, "incluindo um ônus desnecessário cobrado do Estado e um custo mais alto de recuperação após desastres". Para a CNseg, um aumento de 1% no alcance dos seguros em um país pode reduzir a responsabilidade do Estado em até 22%. As informações são da Agência Brasil.

A presidente Dilma Rousseff reiterou, nesta segunda-feira (13), o investimento de mais de R$ 18 bilhões, até 2014, através do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais. O programa, lançado na semana passada, visa ajudar a população a se prevenir contra os efeitos de inundações, deslizamentos de terra e secas prolongadas. Segundo Dilma, o montante será usado para “fazer as obras de prevenção, comprar equipamentos, monitorar as áreas em situação de risco e, junto com os governos estaduais e as prefeituras, fazer os alertas sobre a proximidade de um desastre natural, de uma chuva muito forte, por exemplo, com risco de inundação”.

O trabalho será realizado em todas as regiões do Brasil. Inicialmente, 821 cidades – as mais atingidas por desastres naturais nos últimos 20 anos – serão mapeadas para tentar prever possíveis inundações ou secas. “É como uma radiografia de cada município. A partir dessa radiografia, nós podemos alertar a população sobre o risco de um deslizamento. Assim, essas pessoas podem sair de casa e deixar a área de risco para se proteger”, frisou a presidente.

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Dilma Rousseff também adiantou que mais de R$ 15 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão destinados para obras que evitem tragédias. Serão beneficiados os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Maranhão, Piauí, Amazonas e as regiões metropolitanas de Salvador, Recife, Fortaleza e Vitória. “A tecnologia é importantíssima para acompanhar o clima, para mapear, para monitorar e avaliar as áreas de risco. Por isso nós estamos comprando mais nove radares meteorológicos, 286 estações hidrológicas e 4.100 pluviômetros. Assim, teremos informações precisas, para agir antes que os desastres ocorram”, explicou.

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