Tópicos | SpaceX

A Nasa e a SpaceX adiaram o lançamento de um foguete que levaria quatro astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS) para evitar "um grande sistema de tempestades", informou neste sábado (30) a agência espacial americana.

Os americanos Raja Chari, Tom Marshburn e Kayla Barron, assim como o alemão Matthias Maurer, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), decolariam no domingo (31) a bordo da nave espacial Crew Dragon Endurance, acoplada a um foguete Falcon 9, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

A missão foi adiada para 05h10 GMT (1h10 no horário de Brasília) de quarta-feira (3).

"A Crew-3 (como a missão foi batizada) chegará à estação espacial por volta das 3h00 GMT (0h00 de Brasília) de quinta-feira (4)", anunciou a Nasa em um comunicado.

Os quatro tripulantes farão "um breve revezamento com os astronautas que voaram para a estação como parte da missão SpaceX Crew-2 da agência", acrescentou.

A tripulação da missão "Crew-3" passará seis meses na plataforma orbital, realizando pesquisas em áreas como ciências dos materiais, saúde e botânica, para contribuir com a futura exploração do espaço profundo e beneficiar a vida na Terra.

Os aspectos científicos de maior destaque da missão incluem um experimento para cultivar plantas no espaço, sem terra ou outros meios de crescimento, e outro para construir fibras óticas em ambientes de microgravidade, que, segundo pesquisas anteriores, serão de qualidade superior às fabricadas na Terra.

Os astronautas da Crew-3 também realizarão caminhadas espaciais para completar a atualização dos painéis solares da estação.

Além disso, eles receberão na ISS duas missões turísticas, que incluirão visitantes japoneses a bordo de uma nave russa Soyuz, no fim de 2021, e a tripulação da Space-X Axiom, cujo lançamento está previsto para fevereiro de 2022.

A Crew-3 faz parte do acordo multimilionário entre a Nasa e a SpaceX assinado depois que a agência espacial americana encerrou o programa de ônibus espacial em 2011. Essa parceria visa restaurar a capacidade dos Estados Unidos de conduzir voos espaciais tripulados.

A empresa World View está com a proposta de levar turistas em uma viagem de balão para chegar até a estratosfera do Planeta Terra, há cerca de 30 mil metros de altitude. Vale lembrar que em condições normais, um balão tradicional de turismo alça voo entre 100 e 500 metros, enquanto aqueles que escolhem esportes radicais como paraquedismo, podem chegar até uma altura de 12 mil pés (3,6 mil metros).

Para os turistas que se interessarem na viagem da World View, o passeio está previsto para acontecer em 2024 e será necessário desembolsar US$ 50 mil, cerca de R$ 275 mil. Apesar do balão alcançar a segunda camada da atmosfera, é importante ressaltar que isso não significa que o balão vai até o espaço, mas já dessa altura será possível observar a curvatura da Terra, a muralha da China e as pirâmides de Gizé.

##RECOMENDA##

Na contramão de balões tradicionais que utilizam ar quente, a aeronave da World View vai usar gás hélio para alçar voo.  Vale lembrar que suas dimensões, quando totalmente inflado, equivalem ao tamanho de um estádio de futebol. Já o local que estarão os passageiros, se trata de uma cápsula completamente pressurizada que não terá gravidade zero.

Outras empresas tecnológicas já estão ativas quando se trata de exploração espacial e viagens que vão além das barreiras tradicionais, assim como a Blue Origin, que foi responsável por promover um passeio na espaçonave New Shepard, com Jeff Bezos e chegou até 100 mil metros de altura. Além desse, também houve o voo orbital da SpaceX que levou os passageiros a 575 mil metros.

Por Thaiza Mikaella

 

 

Quatro civis lançados ao espaço pela SpaceX, do empresário Elon Musk, voltaram à Terra neste sábado (18) à noite. O pouso foi realizado na costa leste da Flórida após uma missão de três dias.

Uma cápsula espacial da empresa transportando o quarteto pousou às 20h06 (de Brasília), de acordo com uma transmissão ao vivo da SpaceX. A cápsula carregava o comandante do navio; o empresário bilionário Jared Isaacman; a médica assistente Hayley Arceneaux; o geocientista Sian Proctor; e o engenheiro de dados aeroespaciais Chris Sembroski.

##RECOMENDA##

No Twitter, Musk parabenizou a missão Inspiration4. Foi a primeira vez em que uma tripulação de pessoas que não eram astronautas ligados a governos viajou para orbitar em uma nave espacial da empresa.

As viagens espaciais privadas são uma parte de uma indústria espacial comercial que também inclui startups de lançamento de foguetes e empresas apoiadas por capital de risco focadas em satélites de reabastecimento, bem como empresas aeroespaciais maiores com décadas de experiência na construção de veículos espaciais para clientes de governos. Fonte: Dow Jones Newswires

Os quatro turistas espaciais da SpaceX pousaram no Atlântico, na costa da Flórida, na noite deste sábado, após três dias no espaço, concluindo com sucesso a primeira missão orbital da História sem a presença de um astronauta.

A chegada ocorreu conforme planejado, pouco depois das 23h GMT, segundo um vídeo divulgado pela empresa de Elon Musk. Quatro grandes paraquedas retardaram a descida da cápsula, que será resgatada por embarcações da SpaceX.

##RECOMENDA##

Quatro humanos que nunca estiveram no espaço podem passar três dias sozinhos em órbita, após um treinamento de poucos meses? Este é o desafio proposto pela empresa SpaceX, que programou a decolagem de sua primeira missão de turismo espacial para a noite desta quarta-feira (15).

Com nome de Inspiration4, a missão é a primeira da história a enviar apenas novatos à órbita terrestre, sem astronautas profissionais a bordo.

##RECOMENDA##

A decolagem está prevista para acontecer a partir das 20H02 locais (21H02 de Brasília), com uma janela de lançamento de cinco horas e, no momento, a previsão da meteorologia é favorável.

O foguete Falcon 9, que transporta a cápsula Dragon no topo, será lançado da lendária plataforma 39A do Centro Kennedy da Nasa na Flórida, a partir da qual decolou a missão Apolo 11 com destino à Lua.

Os quatro americanos a bordo viajarão para mais longe que a Estação Espacial Internacional (ISS), a uma órbita a 575 km da Terra. A cada dia o grupo completará 15 voltas ao redor do planeta.

Ao final da viagem, "aproximadamente três dias após a decolagem", eles iniciarão uma descida vertiginosa para pouso na costa da Flórida, com paraquedas atuando como freio.

A missão foi fretada pelo bilionário Jared Isaacman, 38 anos, diretor de uma empresa de serviços financeiros e piloto experiente.

O preço pago à SpaceX não foi revelado, mas as especulações mencionam dezenas de milhões de dólares. Ele será o comandante a bordo e ofereceu as outras três vagas a desconhecidos.

Hayley Arceneaux, sobrevivente de câncer quando era criança, é uma médica assistente de 29 anos. Ela será a mulher americana mais jovem a entrar em órbita e a primeira pessoa com uma prótese (de fêmur) a viajar ao espaço.

Chris Sembroski, de 42 anos, é um ex-oficial da Força Aérea americana que atualmente trabalha na indústria da aviação.

A quarta integrante é Sian Proctor, uma professora de Geologia de 51 anos que chegou perto de ser selecionada em 2009 para a função de astronauta da Nasa. Ela será a quarta mulher afro-americana a viajar ao espaço.

- Testes físicos -

O objetivo é representar um ponto de inflexão na democratização do espaço e demonstra que o cosmos também é acessível para pessoas que não foram selecionadas e treinadas durante anos, como os astronautas.

Para a SpaceX, este é o primeiro passo para uma humanidade multiplanetária, a visão definitiva do fundador da empresa, Elon Musk.

"Nós percebemos a sorte que temos e estamos tentando ser muito reflexivos sobre como vamos abordar isto, com a esperança de estabelecer o parâmetro que as futuras missões terão", disse Jared Isaacman em entrevista coletiva na terça-feira. "Isso está apenas começando".

A bordo serão analisados os dados biológicos (ritmo cardíaco, sono, por exemplo), assim como suas capacidades cognitivas.

Também serão submetidos a testes antes e depois da viagem para medir o efeito da falta de gravidade em seus corpos.

O treinamento do grupo durou apenas seis meses. O voo deveria ser totalmente automático, mas a tripulação foi preparada pela SpaceX para assumir o controle em caso de emergência.

Os tripulantes também foram submetidos a exames físicos. Juntos caminharam pela neve a uma altitude de mais de 3.000 metros no noroeste dos Estados Unidos.

Também experimentaram a força G à qual serão expostos com o auxílio de uma centrífuga (um braço longo e que gira rapidamente) e voos de jato.

A missão arrecadará fundos para o Hospital Infantil St Jude (Memphis, Tennessee), onde Hayley Arceneaux trabalha atualmente, depois de receber tratamento no local durante a infância.

A nave transportará diversos objetos (um ukulele, 30 kg de lúpulo para fazer cerveja com sabor espacial na Terra, obras de arte de NFT certificadas digitalmente, etc.), que depois serão leiloados.

Esta missão encerra um verão (hemisfério norte, inverno no Brasil) marcado por voos de bilionários ao espaço. O primeiro foi Richard Branson, em 11 de julho, que decolou a bordo da nave da Virgin Galactic, e poucos dias depois Jeff Bezos, fundador da Amazon, com sua empresa Blue Origin.

Mas esses voos ofereceram apenas alguns minutos de falta de gravidade.

Esta é a quarta vez que a empresa de Elon Musk, que se tornou uma gigante da indústria em poucos anos, envia seres humanos ao espaço, depois de lançamentos com 10 astronautas à ISS em nome da Nasa.

A SpaceX prevê outros voos de turismo espacial, incluindo um a partir de janeiro de 2022 que deve transportar três empresários à ISS.

A SpaceX vai enviar quatro pessoas ao espaço na quarta-feira (15) em uma missão de três dias, a primeira que orbitará a Terra com astronautas não profissionais a bordo.

Com isso, a empresa de Elon Musk entra na corrida do turismo espacial.

A missão "Inspiration4" encerrará um verão (hemisfério norte, inverno no Brasil), no qual os bilionários Richard Branson e Jeff Bezos cruzaram a fronteira espacial com as naves Virgin Galactic e Blue Origin, respectivamente, com poucos dias de intervalo em julho.

O voo da SpaceX foi fretado pelo bilionário americano Jared Isaacman, de 38 anos, fundador e diretor-executivo da empresa de processamento de pagamentos Shift4 Payment. Ele também é um piloto experiente.

O preço que Isaacman pagou à SpaceX não foi revelado, mas está na ordem de dezenas de milhões de dólares.

A missão em si tem um alcance muito mais ambicioso que os poucos minutos de falta de gravidade pagos pelos clientes da Virgin Galactic e da Blue Origin.

A cápsula Crew Dragon da SpaceX voará além da órbita da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

"O risco não é zero", disse Isaacman em um episódio de um documentário da Netflix sobre a missão.

"Você está viajando em um foguete a 17.500 milhas (28.000 quilômetros) por hora ao redor da Terra. Neste tipo de ambiente há riscos", explicou.

A SpaceX já transportou pelo menos dez astronautas para a ISS em nome da Nasa, mas esta será a primeira vez que viajarão astronautas não profissionais.

A decolagem está programada para quarta-feira, a partir das 20h (21h de Brasília). A aeronave será lançada da plataforma 39A do Kennedy Center da Nasa, na Flórida, de onde partiram as missões Apolo rumo à Lua.

- "Vamos à Lua?" -

ALém de Isaacman, que é o comandante da missão, três figuras não famosas foram escolhidas para a viagem em um processo que foi anunciado pela primeira vez em fevereiro, durante o Super Bowl.

Cada membro da tripulação foi selecionado para representar um pilar da missão.

A mais jovem, Hayley Arceneaux, de 29 anos, é uma sobrevivente de câncer ósseo na infância, que representa a "esperança". Ela será a primeira pessoa com uma prótese a viajar ao espaço.

"Nós vamos à Lua?", perguntou ela, ao receber a oferta de um lugar na missão.

"Aparentemente, as pessoas não vão lá há décadas. Aprendi isso", declarou, sorridente, no documentário.

Ela foi escolhida, porque trabalha como médica assistente em Memphis, no Hospital St. Jude, beneficiário dos fundos de ajuda da Inspiration4.

A vaga da "generosidade" foi atribuída a Chris Sembroski, de 42 anos, ex-veterano da Força Aérea dos Estados Unidos que trabalha na indústria da aviação.

A última cadeira da missão representa a "prosperidade" e foi oferecida a Sian Proctor, uma professora de Ciências de 51 anos que, em 2009, perdeu por pouco a oportunidade de ser astronauta da Nasa.

Ela será apenas a quarta mulher afro-americana a viajar ao espaço.

- Meses de treinamento -

O treinamento da tripulação durou vários meses e incluiu a experiência de força G em uma centrífuga - um braço gigante que gira em grande velocidade.

Também fizeram voos parabólicos para experimentar a falta de gravidade por alguns segundos e completaram uma caminhada na neve em grande altitude no Monte Rainier, na região noroeste dos Estados Unidos.

Eles passaram um tempo na base da SpaceX, embora o voo em si vá ser totalmente autônomo.

Durante os três dias em órbita, eles terão sono, frequência cardíaca, sangue e habilidades cognitivas examinados.

Os tripulantes passarão por testes antes e depois da missão para um estudo do impacto da viagem em seus corpos.

A ideia é acumular dados para futuras missões com passageiros privados.

O objetivo declarado da missão é tornar o espaço acessível para mais pessoas, embora as viagens espaciais permaneçam parcialmente abertas para poucos privilegiados.

"Em toda história da humanidade, menos de 600 seres humanos chegaram ao espaço", disse Isaacman.

"Estamos orgulhosos de que nosso voo ajude a influenciar todos aqueles que viajarão depois de nós", concluiu.

A Nasa anunciou nesta sexta-feira (23) a seleção da SpaceX para lançar uma viagem planejada à lua gelada de Júpiter, Europa, uma grande vitória para a empresa do magnata Elon Musk, que vislumbra cada vez mais a exploração do sistema solar.

A missão Europa Clipper será lançada em outubro de 2024 em um foguete Falcon Heavy, a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, com um contrato total de 178 milhões de dólares.

A missão deveria decolar em um foguete da própria Nasa, o Space Launch System (SLS), que foi afetado por atrasos e custos excessivos. Ele foi chamado por críticos de "programa de empregos" para o estado do Alabama, onde ocorre grande parte do trabalho de desenvolvimento.

Enquanto o SLS ainda não está operacional, o Falcon Heavy já foi implantado tanto em missões comerciais quanto governamentais desde seu voo inaugural em 2018, quando levou ao espaço um carro Tesla Roadster, da companhia de Musk.

O Falcon produz mais de cinco milhões de libras de empuxo (22 milhões de Newtons) na decolagem, o equivalente a aproximadamente 18 aviões Boeing 747.

O orbitador Europa clipper passará cerca de 40 a 50 vezes bem próximo à Europa para determinar se a lua gelada pode abrigar condições adequadas para a vida.

Ele carregará câmeras e espectrômetros para produzir imagens de alta resolução e mapas composicionais da superfície e da atmosfera, assim como um radar para penetrar na camada de gelo em busca de água líquida.

Ao aparecer como convidado no programa americano "Saturday Night Live" (SNL), Elon Musk - presidente da Tesla e da SpaceX - disse que tem síndrome de Asperger e voltou a falar sobre a criptomoeda dogecoin.

Em seu monólogo de abertura do programa, o bilionário se gabou de ser a primeira pessoa com essa síndrome a ser convidada para o SNL. "Ou pelo menos a primeira a admitir", afirmou.

##RECOMENDA##

"Sei que disse ou postei coisas estranhas, mas é assim que meu cérebro funciona. Para qualquer pessoa que ofendi, só quero dizer: reinventei os carros elétricos e estou enviando pessoas a Marte em um foguete", declarou. "Vocês acharam que eu seria um cara normal e relaxado?"

Musk recebeu muitas críticas por alguns de seus comentários como sua zombaria pública à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) e por insultar um mergulhador que resgatou um grupo de crianças presas em uma caverna na Tailândia.

Mas no SNL, Musk fez piadas sobre si mesmo: seus tuítes, o nome incomum de seu filho... E, claro, como um grande promotor das criptomoedas, elogiou a dogecoin.

Pressionado a dizer exatamente o que era essa criptomoeda, o bilionário a descreveu como "um veículo imparável que vai dominar o mundo". Para depois acrescentar que realmente é ruído.

Assim, pela segunda vez na semana, Musk fez variar o preço da moeda, que caiu até 49 centavos de dólar durante a transmissão do programa, quando pouco antes estava a 74 centavos, de acordo com a CoinDesk.

Durante o show, os atores do SNL se perguntaram por que o bilionário iria querer se juntar a eles no set.

E num segmento momento, sobre o foguete chinês reentrando na atmosfera da Terra ao mesmo tempo em que o programa ia ao ar, concluíram que o empresário espacial "precisava de um álibi".

Um pouso "suave" e uma "experiência única", um pouco diferente das aterrissagens a bordo das naves russas Soyuz: os astronautas que retornaram da Estação Espacial Internacional (ISS) em uma cápsula da empresa SpaceX descreveram nesta quinta-feira (6) como foi a volta à Terra após mais de 160 dias no espaço.

"Em certo momento, eu dizia para mim mesmo: 'Respira, inspira'. Porque me sentia muito pesado", contou o americano Victor Glover, um dos quatro astronautas da tripulação, batizada de Crew-1. "Mais ou menos como aqueles personagens de desenhos animados quando enfrentam a força-G", descreveu o integrante da primeira missão regular a ser enviada e trazida de volta da ISS pela empresa do multimilionário Elon Musk.

Os astronautas viajaram na cápsula Crew Dragon, que tocou o mar do estado americano da Flórida na madrugada do último domingo (2). "Esperava algo tão dinâmico e desafiador, que, quando finalmente aconteceu, foi um pouco menos do que eu imaginava", disse Glover em entrevista coletiva. O peso da aceleração se concentrou "no peito, o que dificultava a respiração. Mas o lançamento e a chegada são experiências únicas."

"O impacto foi mínimo, e logo após o pouso sentimos as ondas. Foi uma sensação ótima", descreveu o japonês Soichi Noguchi. A americana Shannon Walker, por sua vez, explicou que "pousar na água era interessante, porque nenhum de nós sabia o que esperar. Para mim, foi um pouco mais suave do que pousar em terra firme."

A Nasa assinou contratos com a SpaceX para voltar a enviar astronautas ao espaço a partir do território americano, algo que não era possível desde 2011, após o fim do programa de ônibus espaciais. Os astronautas eram obrigados a viajar nas naves russas Soyuz, que pousam em terra firme.

Em um futuro próximo, civis poderão embarcar na Crew Dragon para missões de turismo espacial. Os astronautas foram questionados se cidadãos comuns conseguiriam suportar a entrada na atmosfera nesse veículo. "Acredito que poderão lidar com isso tão bem quanto nós", avaliou o americano Mike Hopkins.

A cápsula Crew Dragon da empresa SpaceX, que transportava quatro astronautas de volta à Terra, amerissou na madrugada de domingo nas costas da Flórida, após uma missão de 160 dias no espaço.

A cápsula amerissou às 2H56 (3H56 de Brasília) no Golfo do México, na costa de Panama City, sudeste dos Estados Unidos, depois de um voo de seis horas e meia a partir da Estação Espacial Internacional (ISS).

As equipes do navio "Go Navigator" recuperaram a cápsula a içaram quase meia hora depois, na primeira amerissagem noturna da Nasa desde a da tripulação do Apollo 8 no Oceano Pacífico em 27 de dezembro de 1968.

O comandante Michael Hopkins foi o primeiro a sair, seguido pouco depois por seu compatriota americano Victor Glover. Eles retornaram à Terra com a americana Shannon Walker e o japonês Soichi Noguchi.

"Em nome da Crew-1 e de nossas famílias, queremos apenas dizer obrigado... É incrível o que pode ser realizado quando as pessoas se unem. Vocês estão mudando o mundo. Parabéns. É ótimo estar de volta", afirmou Hopkins em um tuíte da Nasa.

Os quatro astronautas se tornaram em novembro os primeiros de uma missão "operacional" que foram transportados até a ISS pela empresa espacial de Elon Musk, que se tornou um parceiro crucial da Nasa.

Outros dois americanos viajaram e retornaram a bordo da Dragon em 2020, durante uma missão de teste de dois meses na estação. Foi o primeiro voo rumo à ISS com lançamento a partir dos Estados Unidos desde o fim do programa dos ônibus espaciais em 2011, e o primeiro de uma empresa privada com astronautas a bordo.

Desta vez, trata-se da primeira missão regular transportada de volta à Terra pela SpaceX.

Para a amerissagem final, os astronautas estavam a bordo da mesma nave espacial Dragon, chamada "Resilience", que os levou à órbita, e que a SpaceX planeja reutilizar para outras missões, após os trabalhos para recondicionar o equipamento.

A Dragon também transporta "congeladores científicos com mostras de pesquisas feitas em gravidade zero", informou a Nasa.

O retorno da tripulação Crew-1 aconteceu após a chegada a bordo da ISS, na semana passada, da segunda missão regular, a Crew-2, transportada pela empresa americana.

"O tempo passou voando"

Na terça-feira, Shannon Walker entregou o comando da ISS a um astronauta da Crew-2 em uma cerimônia simbólica.

A Crew-1 permaneceu 168 dias no espaço. "O tempo passou voando, de verdade", comentou Victor Glover.

"Todos estamos muito felizes com a missão, mas acredito que todos estão emocionados por voltar para casa", afirmou Hopkins.

A saída da equipe da ISS estava prevista para quarta-feira passada e depois para sexta-feira, mas o retorno foi adiado nas duas ocasiões por más condições meteorológicas previstas na zona de amerissagem.

Nasa e SpaceX, em cooperação com a Guarda Costeira, estabeleceram uma zona de segurança de 10 milhas náuticas ao redor do local previsto para a amerissagem.

Durante o retorno dos dois astronautas da missão de teste em agosto de 2020, as embarcações se aproximaram muito do local da chegada da cápsula e tiveram que ser retiradas.

Além dos quatro astronautas da Crew-2, também permanecem na ISS outro astronauta americano e dois russos, que chegaram à estação em um foguete Soyuz.

A Nasa selecionou a SpaceX para levar os primeiros astronautas americanos à Lua desde 1972, anunciou nesta sexta-feira (16) a agência espacial americana, o que representa uma grande vitória para a empresa de Elon Musk.

O contrato de 2,9 bilhões de dólares inclui o protótipo da nave espacial Starship, que está sendo testado nas instalações da SpaceX no sul do Texas.

"Hoje estou muito emocionada, e todos estamos muito emocionados, de anunciar que elegemos a SpaceX para continuar com o desenvolvimento do nosso sistema de pouso humano integrado", disse Lisa Watson-Morgan, gerente deste programa na Nasa.

A SpaceX vence assim a Blue Origin, de Jeff Bezos, e a empreiteira de defesa Dynetics e se torna o único fornecedor do sistema. É um marco surpreendente nas práticas da Nasa, que normalmente escolhe várias empresas, a fim de se prevenir caso ocorra alguma falha.

Analistas da indústria disseram que a decisão ressalta que a companhia, fundada por Musk em 2002 com o objetivo de colonizar Marte, é o parceiro de maior confiança da Nasa no setor privado.

No ano passado, a SpaceX se tornou a primeira empresa privada a enviar com sucesso uma tripulação à Estação Espacial Internacional, restabelecendo a capacidade norte-americana de realizar o feito pela primeira vez desde o fim do programa de ônibus espaciais.

Para sua proposta de pouso na Lua, a SpaceX apresentou sua nave espacial reutilizável Starship, projetada para transportar grandes tripulações e cargas para viagens espaciais ao espaço profundo, e fazer um pouso vertical tanto na Terra quanto em outros corpos celestes.

Protótipos da nave estão sendo testados nas instalações da empresa, embora todas as quatro versões que tentaram até agora voos de teste tenham explodido.

- Programa Artemis -

Como parte do programa Artemis para voltar a levar humanos à Lua, a Nasa quer usar seu Sistema de Lançamento Espacial para transportar quatro astronautas a bordo de uma cápsula da tripulação Orion, que então se acoplará a uma estação espacial lunar chamada Gateway.

A Starship estará esperando para receber dois membros da tripulação para a etapa final da viagem à superfície da Lua.

A ideia é que o Gateway seja uma estação intermediária, mas para a missão inicial, a Orion poderia se acoplar diretamente à Starship, explicou Watson-Morgan.

Os astronautas passariam então uma semana na Lua antes de embarcar na nave da SpaceX para voltar à órbita lunar e, em seguida, embarcar na Orion de volta à Terra.

Por outro lado, a empresa de Musk tem planos de combinar a espaçonave Starship com seu próprio foguete de carga super pesada, para fazer uma nave combinada que teria 120 metros de altura e seria o veículo de lançamento mais potente já implementado.

A humanidade pôs os pés na Lua pela última vez em 1972, durante o programa Apollo. A Nasa quer retornar e estabelecer uma presença sustentável, com uma estação espacial lunar, para testar novas tecnologias que abram o caminho para uma missão tripulada a Marte.

Em 2019, o então vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence desafiou a Nasa a colocar a primeira mulher e o próximo homem na Lua até 2024, mas esse prazo provavelmente será relaxado sob a presidência de Joe Biden.

Outra mudança do governo atual é sua meta declarada de levar a primeira pessoa não-branca à Lua no âmbito do programa Artemis.

Depois de três tentativas sem sucesso, o novo protótipo do foguete Starship da SpaceX voltou a cair nesta terça-feira (30) durante seu quarto voo de teste, confirmou no Twitter o fundador da empresa, Elon Musk.

"Algo importante aconteceu" no momento da descida, escreveu.

"Vamos saber o que aconteceu assim que pudermos examinar os fragmentos no final do dia", acrescentou Musk, que brincou: "ao menos a cratera está no lugar correto!".

O foguete SN11 foi lançado das instalações da empresa no sul do Texar por volta das 13H00 GMT (10H00 de Brasília) e iniciou a subida de 10 quilômetros, com algumas falhas de vídeo.

Estava descendo à superfície quando o sinal de vídeo foi perdido novamente.

"Perdemos o relógio em T mais cinco minutos, 49 segundos", afirmou o locutor da SpaceX John Insprucker, em referência ao tempo transcorrido desde a decolagem.

"Parece que tivemos outro teste emocionante do Starship Number 11", completou, de maneira seca.

O SN11 é o 11º protótipo da Starship, que a SpaceX espera que um dia seja capaz de voar em missões tripuladas à Lua, Marte e além.

Foi o quarto a fazer um voo de teste com a tentativa de retorno ao solo para um pouso vertical suave.

O SN8 e o SN9, que foram lançados em dezembro e fevereiro respectivamente, caíran durante o pouso e explodiram, enquanto o SN10 conseguiu pousar com sucesso, mas explodiu alguns minutos depois do teste de 3 de março.

Apesar dos fracassos, os analistas consideram que a SpaceX está compilando dados muito valiosos que poderão ajudar a acelerar o desenvolvimento de seu programa espacial.

Com o tempo, a SpaceX planeja combinar a nave Starship com um foguete Super Heavy, criando um sistema totalmente reutilizável.

Esta versão final terá 120 metros de altura e poderá transportar 100 toneladas métricas na órbita da Terra - o veículo de lançamento mais potente já desenvolvido.

Elon Musk, fundador e CEO da SpaceX, disse nessa terça-feira (23), em sua conta no Twitter, que a empresa irá pousar naves em Marte “bem antes” de 2030. O post foi em resposta a um artigo da Ars Technica que dizia que a Europa começaria a se concentrar em sistemas competitivos em 2030 e que as empresas europeias estavam atrás da SpaceX.

"A SpaceX pousará Naves Estelares em Marte bem antes de 2030. O limite realmente difícil é tornar a Base Alfa de Marte autossustentável", postou Elon Musk.

##RECOMENDA##

[@#podcast#@]

O plano de Elon Musk é construir pelo menos 1 mil foguetes e lançar três deles por dia para enviar um milhão de pessoas à Marte.

Musk também disse que a Europa estava "mirando muito baixo" com seus esforços de lançamento, dizendo que "apenas foguetes totalmente e rapidamente reutilizáveis serão competitivos".

Em fevereiro, a SpaceX fez um teste, lançando seu foguete protótipo “Starship”, que acabou explodindo no meio do lançamento de alta altitude.

Mas isso não impediu a empresa de levantar cerca de $ 850 milhões de dólares e continuar seus planos. Um primeiro voo orbital do foguete está previsto para o fim deste ano.

Após mais de 20 anos de presença humana contínua a bordo, a Estação Espacial Internacional opera em sua capacidade total, com alguns bons anos pela frente, graças em particular à retomada dos voos dos Estados Unidos. Mas a questão de seu futuro está-se tornando cada vez mais importante.

A ISS (na sigla em inglês) "se tornou o espaçoporto que queríamos", declarou no início do mês Kathy Lueders, chefe dos programas tripulados da NASA.

Após o fim dos ônibus espaciais em 2011, os foguetes russos Soyuz continuaram sendo os únicos "táxis" para chegar lá. Desde o ano passado, porém, graças à empresa SpaceX, os voos a partir dos Estados Unidos foram retomados.

"Nosso recente acordo com a indústria privada nos permite trazer mais pessoas para a Estação Espacial Internacional", comemorou o diretor do programa da estação para a NASA, Joel Montalbano.

Como a cápsula da SpaceX, Dragon, pode levar quatro astronautas (em comparação com três da Soyuz), o tamanho padrão da tripulação passou de seis para sete.

Na ISS, foi, então, preciso acrescentar uma cama, que está sendo instalada.

A segunda missão regular a voar com a Dragon, a Crew-2, decolará em 22 de abril da Flórida, com o francês Thomas Pesquet a bordo.

Eles coabitarão por alguns dias com os quatro astronautas da Crew-1, que retornarão depois de seis meses no espaço.

Durante este período de troca, a Estação Espacial acomodará nada menos que 11 pessoas.

"Estaremos um pouco com num acampamento", brincou Shane Kimbrough, da Crew-2. "Vamos precisar encontrar um lugar pra dormir, numa parede, ou no teto".

"Estamos entrando na era de ouro do uso da ISS", disse o diretor de exploração humana e robótica da Agência Espacial Europeia (ESA), David Parker.

O projeto remonta a 1984, quando Ronald Reagan pediu à NASA para desenvolver "uma estação espacial permanentemente tripulada". Os primeiros segmentos foram enviados ao espaço em 1998. A primeira equipe passou vários meses lá em 2000. E a montagem deste imenso quebra-cabeça de 108 metros de comprimento foi concluída em 2011.

"Durante a primeira metade da vida da estação espacial, a maior parte das atenções estava voltada para sua construção", disse à AFP Robert Pearlman, historiador do espaço e coautor de um livro sobre o assunto.

Hoje, os astronautas ainda precisam realizar operações de manutenção, mas "a maior parte do tempo é gasta em centenas de experimentos científicos".

Mais de 3.000 experimentos realizados neste laboratório sem gravidade, que gira em órbita 400 km acima da Terra, a 28.000 km/h.

"Há tantas coisas lá em cima", conta Thomas Pesquet. "Se pudéssemos apenas apertar um botão para trazê-los instantaneamente a vocês, isso seria brilhante", completa.

O futuro da ISS está oficialmente assegurado até 2024 pelos governos dos Estados Unidos, Rússia, Europa, Japão e Canadá.

E, "do ponto de vista técnico, validamos que a ISS poderá voar até 2028", disse a NASA à AFP. "Além disso, nossa análise não identificou problemas que impediriam uma expansão além de 2028", acrescentou a agência americana.

O estudo para o período 2028-2032 deve ser lançado "ainda este ano", segundo Joel Montalbano.

Mas o uso da Estação vai evoluir. A NASA, que busca se desvincular financeiramente para se concentrar na exploração distante (Lua e Marte), anunciou em 2019 que receberia turistas na ISS, mediante remuneração.

Eles irão para lá com a SpaceX, ou Boeing - cujo desenvolvimento de seu próprio "táxi", a cápsula Starliner, está atrasado.

"Minha esperança é que voemos a primeira missão privada em 2022", disse Joel Montalbano à AFP.

Se a ISS voará por mais alguns anos, os substitutos já estão se acotovelando.

A empresa Axiom Space quer construir "a primeira estação espacial internacional comercial", inicialmente ligada à ISS.

A China também planeja iniciar este ano a montagem de uma grande estação espacial, a Tiangong, e concluí-la até 2022.

E a Rússia acaba de anunciar um projeto para uma estação lunar, "em sua superfície, ou em órbita", em colaboração com Pequim, após ter evitado o projeto americano de uma miniestação lunar Gateway, que servirá de palco para os futuros americanos indo para a Lua.

Um verdadeiro símbolo: as décadas de parceria russo-americana no espaço podem chegar ao fim, quando a ISS for enviada à Terra para se chocar com o oceano.

Um protótipo do futuro foguete gigante Starship, da empresa SpaceX, conseguiu pousar na quarta-feira (3) no Texas, depois que seus dois antecessores não conseguira a proeza, mas explodiu minutos depois de tocar o solo.

"A nave espacial SN10 aterrissou inteira!", celebrou o fundador da SpaceX, Elon Musk, em uma mensagem no Twitter.

"A equipe da SpaceX está fazendo um grande trabalho! Um dia, a verdadeira medida de êxito será que os voos da Starship serão algo comum", completou o empresário.

Uma aterrissagem magnífica", comentou a SpaceX no vídeo que transmitiu o voo de testes ao vivo.

No entanto, chamas foram observadas na base da nave, combatidas pela equipe em terra. Poucos minutos depois, uma grande explosão fez com que o foguete subisse novamente e caísse no chão, totalmente destruído.

O aparelho é a opção da SpaceX para viagens a Marte.

O protótipo, identificado como SN10 (Serial Number 10), havia decolado às 20h20 de Brasília (23H20 GMT) de Boca Chica, no Texas, para seu terceiro voo de testes suborbital.

O aparelho decolou impulsionado por três motores e depois virou para voar na posição horizontal.

Chegou a alcançar altitude de 10 km antes de iniciar sua descida na vertical e conseguiu pousar no local indicado sem problemas visíveis.

Outros dois protótipos, o SN8 e o SN9, explodiram durante a aterrissagem em dezembro e no início de fevereiro.

Os testes são realizados em uma região quase deserta arrendada pela SpaceX no extremo sul do Texas, perto do México e às margens do Golfo do México. A área não tem moradores e é suficientemente ampla para não causar danos ou vítimas em caso de explosão.

Musk imagina que algum dia poderá lançar várias naves à conquista de Marte. Porém, em um primeiro momento e se for operacional, a princípio o foguete serviria para voos mais curtos, especialmente para a Lua.

O bilionário japonês Yasaku Maezawa voará em um destes aparelhos, teoricamente em 2023. O preço do voo é confidencial.

Em sua conta no Twitter, Maezawa convidou na quarta-feira oito pessoas "do mundo inteiro" a acompanhá-lo. Os interessados deverão se candidatar até 14 de março e uma semana depois será feita uma primeira seleção.

O futuro foguete, que incluirá uma cápsula tripulada, terá 120 metros de altura e será capaz de transportar uma carga de 100 toneladas.

A SpaceX planeja lançar sua primeira missão de turismo espacial no quarto trimestre de 2021, afirmou a empresa aeroespacial americana do bilionário Elon Musk em um comunicado nesta segunda-feira (1º).

A missão, chamada Inspiration4, será realizada com o foguete reutilizável Falcon 9 da SpaceX, que será lançado a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

A bordo estará Jared Isaacman, fundador e chefe da Shift4 Payments, que vai doar os três assentos ao lado do seu na cápsula Dragon para "indivíduos do público em geral, cuja identidade será anunciada nas próximas semanas", segundo o comunicado.

O site Inspiration4.com foi criado para que as pessoas possam se inscrever e competir por esses lugares. O concurso está aberto a residentes dos Estados Unidos acima dos 18 anos.

Há duas categorias de assentos disponíveis: “generosidade”, que exige uma doação à Fundação São Judas, que atua no combate às doenças infantis; e "prosperidade", que pode ser obtido com o compartilhamento de uma história empreendedora.

Os três vencedores receberão, junto com Jared Isaacman, um "treinamento de astronauta comercial SpaceX".

De acordo com a empresa, a missão durará vários dias e os turistas completarão uma órbita na Terra a cada 90 minutos. No final, a cápsula entrará na atmosfera e pousará nas águas da costa da Flórida.

Em novembro de 2020, quatro astronautas foram colocados em órbita com sucesso na cápsula Crew Dragon da SpaceX, antes de alcançar a Estação Espacial Internacional.

Uma semana antes, a cápsula Dragon havia se tornado a primeira espaçonave certificada pela NASA em 40 anos, após os ônibus espaciais, cujo programa terminou em 2011.

Um protótipo do futuro foguete gigante da SpaceX, que a empresa planeja destinar a missões a Marte, caiu e explodiu durante um lançamento de teste na costa do estado do Texas (sul), nesta quarta-feira (9).

A SpaceX, porém, se mostrou otimista com o teste e uma transmissão ao vivo do lançamento colocou na tela a seguinte mensagem: "TESTE INCRÍVEL. PARABÉNS À EQUIPE!".

“Marte, lá vamos nós!”, comemorou Elon Musk, fundador da SpaceX e da Tesla, em sua conta no Twitter minutos após o teste, explicando que o excesso de velocidade no pouso foi responsável pelo acidente.

Musk citou as partes bem-sucedidas do curto trajeto do foguete, batizado de Starship 8, no teste desta quarta-feira: decolagem, mudança de direção durante o voo e uma trajetória de pouso precisa (antes da explosão final).

“Temos todos os dados de que precisávamos! Parabéns à equipe SpaceX”, ressaltou.

No teste de lançamento desta quarta-feira, a nave decolou e subiu corretamente em uma linha aparentemente reta, antes do desligamento em sequência de dois motores. Após 4 minutos e 45 segundos de voo, um terceiro motor desligou e o foguete iniciou sua descida na posição programada.

Os motores foram reiniciados segundos antes de pousar em um esforço para diminuir a velocidade da nave, mas mesmo assim foi incapaz de evitar que ela batesse com força na Terra.

Protótipos menores já foram lançados várias centenas de metros no ar por menos de um minuto como parte de uma série de testes que visam desenvolver a próxima geração de foguetes da empresa.

Depois de várias tentativas frustradas nesta semana, o voo foi transmitido ao vivo na conta do Twitter do @SpaceX.

O voo foi planejado para testar o enorme corpo metálico do SN8 (Starship número 8) e seus três motores assim como para avaliar sua aerodinâmica na decolagem e durante o retorno à Terra para pouso, que será feito verticalmente, na mesma linha do que é capaz de fazer o foguete Falcon 9, pioneiro da SpaceX.

Três astronautas americanos e um japonês decolaram neste domingo dos Estados Unidos rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês) a bordo de um foguete da empresa SpaceX, novo sistema de transporte espacial da Nasa, após nove anos de dependência da Rússia.

O foguete Falcon 9 decolou sem falhas, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, iluminando a paisagem noturna. A bordo da cápsula acoplada com a parte superior iam os astronautas americanos Michael Michael Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker, e o japonês Soichi Noguchi.

Menos de três minutos após a decolagem, a uma altitude de 90 quilômetros, e enquanto o foguete voava a 7000 km/h, o primeiro nível da nave se desprendeu sem para voltar à Terra, uma vez que será usado em uma missão prevista para 2021, que levará quatro astronautas à ISS. O segundo nível seguiu seu curso, segundo a empresa.

A viagem levará 27 horas e meia e a cápsula Dragon deverá acoplar com a ISS por volta das 4h GMT de terça-feira. Dois russos e um americano estão na estação, onde os tripulantes permanecerão por seis meses.

Este voo "operacional" dá continuidade à bem-sucedida missão de demonstração realizada de maio a agosto, na qual dois astronautas americanos foram levados para a ISS e, depois, trazidos com segurança para a Terra pela SpaceX.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, presenciou do centro espacial o lançamento. "Bem-vindos à continuação de uma nova era de exploração espacial tripulada nos Estados Unidos", declarou mais cedo.

A cápsula Dragon da SpaceX é, hoje, o segundo dispositivo capaz de chegar à ISS, ao lado da bastante confiável Soyouz russa. Esta última leva todos os visitantes à estação desde 2011, depois que os Estados Unidos interromperam seus voos tripulados há nove anos.

Um segundo ônibus espacial, fabricado pela Boeing, pode entrar em atividade em um ano.

A Nasa espera, no entanto, continuar cooperando com a Rússia. Para isso, a agência americana propôs facilitar lugares para seus cosmonautas em missões futuras e pretende que os americanos continuem a usar a Soyouz regularmente. As negociações se arrastam, porém.

"Queremos uma troca de lugares", disse o administrador da Nasa, Jim Bridenstine, em entrevista coletiva na sexta-feira.

"As conversas estão em andamento", limitou-se a dizer, como vem fazendo há meses.

A realidade é que os laços entre Washington e Moscou no âmbito espacial - um dos raros setores onde continuavam sendo bons - estão-se enfraquecendo.

Rompendo com mais de 20 anos de cooperação para a ISS, a Rússia não participará da próxima miniestação idealizada pela Nasa em torno da Lua, a Gateway.

O diretor da agência espacial russa (Roskosmos), Dmitri Rogozine, ironizou em 2014 a necessidade de os Estados Unidos usarem um "trampolim" para chegar à ISS.

Elon Musk, o polêmico presidente da SpaceX, não esqueceu a provocação e respondeu em maio: "O trampolim funciona".

Além de se tornar a transportadora preferida da Nasa, a empresa de Musk também é líder no mercado de lançamentos de satélites privados, obrigando a Rússia a rever seu ultrapassado programa espacial.

O lançamento de um foguete da SpaceX para a Estação Espacial Internacional (ISS) com três astronautas da Nasa e um astronauta japonês foi adiado de sábado para domingo devido aos ventos na região, anunciou a agência espacial americana nesta sexta-feira (13).

A decolagem está agendada para as 19h27 locais (21h27 de Brasília) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, disse o administrador da NASA, Jim Bridenstine.

A tripulação de astronautas é formada pelos americanos Michael Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker e pelo japonês Soichi Noguchi. O foguete da SpaceX deverá atracar na ISS na próxima terça-feira, aproximadamente à 01h00 de Brasília.

Trata-se da primeira missão "operacional" de seis meses lançada pela SpaceX, que marca a retomada dos voos tripulados dos Estados Unidos em maio passado, após nove anos de interrupção e dependência da Rússia.

A NASA certificou oficialmente na terça-feira a cápsula Crew Dragon desenvolvida pela SpaceX para o transporte de seus astronautas em voos regulares, considerando-a segura.

A SpaceX, empresa fundada pelo empresário Elon Musk, já havia concluído com sucesso uma missão de demonstração entre maio e agosto, na qual dois astronautas foram transportados para a ISS e depois retornaram à Terra sem incidentes.

A SpaceX realizou nesta terça-feira (4) no Texas um voo de teste de menos de um minuto do protótipo do foguete Starship, com o qual pretende colonizar Marte no futuro.

"Marte está começando a ficar crível", tuitou o fundador da SpaceX, Elon Musk, em uma resposta a uma mensagem de um seguidor.

O protótipo do Starship é, nesta fase de testes, muito rudimentar: um grande cilindro metálico construído no lapso de duas semanas pelas equipes da SpaceX em Boca Chica, na costa do Texas, e menor do que será a futura nave.

Vários protótipos explodiram durante testes realizados em terra, parte de um processo de tentativa e erro.

Segundo imagens transmitidas nesta terça-feira por vários especialistas em temas espaciais, incluindo a @NASASpaceflight, o último protótipo do Starship, o SN5, conseguiu decolar do solo e se manter a uma certa altitude antes de descer, demonstrando um bom controle de trajetória.

"Uma vez que a fumaça se dissipou, ele ficou majestosamente suspenso depois de voar 150 metros! Parabéns, SpaceX", tuitou Thomas Zurbuchen, principal autoridade científica da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA).

Acreditava-se que o protótipo alcançaria uma altitude de 150 metros durante o teste, mas a SpaceX não confirmou os detalhes do ensaio.

Em 2019, um protótipo anterior, o Starhopper, menor, voo 150 metros sobre o nível do mar e voltou à Terra.

A nave Starship imaginada por Elon Musk terá 120 metros de altura e deverá poder possar verticalmente em Marte.

"Iremos à Lua, teremos uma base em Marte, enviaremos pessoas a Marte e criaremos vida multiplanetária", declarou Musk no domingo, após receber os dois astronautas da NASA que voltaram da Estação Espacial Internacional a bordo da cápsula Crew Dragon Endeavour, desenvolvida pela SpaceX.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando