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A bancada do PSD no Senado decidiu, por unanimidade, apoiar o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na disputa pela presidência da Casa. Pacheco é o candidato escolhido pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para sucedê-lo. A decisão foi tomada em reunião realizada por videoconferência na noite dessa terça-feira (5), e fortalece a candidatura de Pacheco, já que o PSD tem a segunda maior bancada do Senado, com 11 integrantes. A legenda foi a primeira a anunciar formalmente uma aliança com o candidato.

"O PSD entende que o senador Rodrigo Pacheco reúne todas as condições para presidir, contribuir e garantir as tradições políticas, administrativas e legais que regem o funcionamento do Senado Federal", informou a bancada do partido no Senado, por meio de nota.

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O apoio foi negociado na tarde desta terça na residência do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) - a capital mineira é a maior cidade sob comando do partido. Na reunião, Pacheco acenou com a possibilidade de apoiar um nome do PSD para o governo de Minas Gerais em 2022.

Kalil e o senador Carlos Viana (PSD-MG) são apontados como candidatos, mas Pacheco era visto como uma "sombra" para Kalil. Participaram do encontro o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e os senadores Antonio Anastasia (PSD-MG), Carlos Viana (PSD-MG) e Otto Alencar (PSD-BA).

O Estadão/Broadcast apurou que o PSD teria pedido a Pacheco, em troca do apoio à sua candidatura, a presidência das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado - as mais cobiçadas - e a primeira secretaria da Mesa Diretora.

Líder do partido na Casa, o senador Otto Alencar (BA) disse, no entanto, que qualquer negociação sobre cargos em comissões e na Mesa Diretora será realizada apenas depois da eleição. "Não tem como tratar de um assunto como esse antes da conclusão da eleição", disse. "Não vou constranger nenhum candidato que vá à eleição. Não é do meu feitio", concluiu.

Candidato declarado à sucessão da presidência do Senado - e com apoio do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) -, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) procurou nesta terça (5) o ex-ministro e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em busca de votos para a eleição, marcada para fevereiro.

O PSD tem a segunda maior bancada na Casa, com 11 parlamentares, ante cinco do DEM. O encontro entre Pacheco e Kassab, que ocorreu em Belo Horizonte, na casa do prefeito Alexandre Kalil (PSD), é uma ofensiva contra o MDB, dono da maior bancada (13 senadores) e que anunciou, em dezembro, candidatura própria à presidência da Casa.

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Após a reunião, que durou quase quatro horas, Kassab afirmou que a decisão sobre o alinhamento a Pacheco caberá à bancada do partido. "O PSD tem tido postura de não interferir nas decisões das bancadas. Não que possa no futuro haver necessidade, mas até hoje não houve", afirmou.

Também participaram da reunião o líder do PSD na Casa, o senador Otto Alencar (BA), e os outros dois senadores por Minas Gerais, ambos também do PSD, Carlos Viana e Antonio Anastasia. Segundo Otto Alencar, a bancada do partido se reuniria ontem à noite, por videoconferência, para discutir o assunto.

Na segunda, 4, Pacheco havia feito uma visita ao líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ). A conversa ocorreu em Santana do Deserto (MG), na divisa com o Rio, onde Portinho tem uma fazenda. O senador deve discutir a eleição com os outros dois senadores do PL para buscar o apoio da bancada.

Pacheco vinha enfrentando resistências entre as maiores bancadas no Senado. Adversários veem que Alcolumbre pode desistir de Pacheco e apoiar outro nome, até mesmo do MDB, na busca por garantir espaços na Casa, se não conseguir votos suficientes. O atual presidente da Casa, porém, avisou a colegas que esse cenário está fora de cogitação. A intermediação de verbas com o governo federal durante a gestão é vista como um ativo que torna Alcolumbre um forte cabo eleitoral.

Adversários de Alcolumbre avaliam ainda que podem lançar um bloco independente para tentar derrotá-lo na eleição. O 'Muda, Senado' - que reúne 18 senadores e apoiou Alcolumbre em 2019, mas passou a fazer oposição interna a ele - poderá se dissolver e se juntar a outros senadores na disputa. Integrantes do grupo calculam que é possível reunir 22 votos.

Planalto

O movimento é uma reação ao avanço da candidatura de Pacheco e à aproximação do senador com o Palácio do Planalto. Nos bastidores, opositores do atual presidente do Senado avaliam a possibilidade de votar no candidato do MDB, mas a definição ainda depende de quem será o emedebista na disputa.

O MDB tem quatro pré-candidatos. Eduardo Gomes (TO), Fernando Bezerra Coelho (PE), Simone Tebet (MS) e Eduardo Braga (AM). O PSD chegou a cotar o senador Anastasia para o cargo. Os emedebistas fizeram um acordo para lançar um candidato único e escolher o nome que tiver mais votos entre os 81 senadores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato a presidente da Câmara Baleia Rossi (MDB-SP) reafirmou, em sua conta no Twitter, o compromisso com a disponibilização da vacina contra a covid-19 de maneira universal e gratuita pelo SUS. Utilizando a hashtag #VacinaParaTodos, o deputado escreveu que a garantia do imunizante é uma "questão de saúde pública" e que favorece a retomada econômica. "A vacinação gratuita pelo SUS protege a maior parcela da população e impulsiona a retomada da economia", escreveu o emedebista na publicação. A candidatura dele tem o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A imunização universal, como apontada pelo deputado, faz parte de uma carta divulgada por partidos de oposição nesta segunda-feira (4). O texto reafirma diversos compromissos e apoia a candidatura do emebedista. O documento incorpora propostas baseadas na ideia de uma "Câmara independente" e assegura a responsabilidade de "combater, dentro e fora do Parlamento, as políticas antidemocráticas, neoliberais, de desmonte do Estado e da economia brasileira".

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Como principais compromissos, a carta afirma a responsabilidade de defesa da Constituição, proteção da democracia e das instituições, independência do Poder Legislativo, luta pelos direitos do povo brasileiro, a exemplo do acesso universal à vacina, auxílio emergencial e segurança alimentar e, por fim, proteção da soberania nacional.

A carta assume os compromissos de Baleia Rossi para a presidência da Câmara e é assinada por líderes de partidos como PT, PDT, PSB, PCdoB e Rede.

Candidato do presidente Jair Bolsonaro na disputa pelo comando da Câmara, o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) foi cobrado pela Receita Federal em R$ 1,9 milhão por ter deixado de pagar impostos sobre recursos obtidos no tempo de parlamentar na Assembleia Legislativa de Alagoas. A autuação do Fisco ocorreu em 2009, período em que, segundo o Ministério Público, Lira chefiou um esquema de "rachadinha" no Legislativo estadual. O Conselho Administrativo de Recursos (Carf) confirmou a multa cinco anos depois.

Nas declarações entre 2004 e 2007, Lira omitiu rendimentos por meio do recebimento de depósitos bancários de origem não identificada, não pagou imposto sobre verbas de gabinete que, na visão da Receita, tinham natureza remuneratória e recebeu recursos acima do que a lei e as normas da Assembleia permitiam à época. A Receita avaliou que o deputado teve um "acréscimo patrimonial" e teria de recolher Imposto de Renda sobre esse montante.

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O esquema da "rachadinha", no qual um político fica com parte do salário dos funcionários de seu gabinete, propiciou a Lira um rendimento mensal de R$ 500 mil, quando era deputado em Alagoas, segundo denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República. Autuado pelo Fisco, Lira recorreu ao Carf, mas teve o recurso negado por unanimidade. Decidiu, então, aderir ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT), em 2017, reconhecendo o imposto devido. Atualmente, ele faz o pagamento parcelado.

A assessoria do deputado confirmou a adesão ao programa para regularizar sua situação na Receita. "O contribuinte Arthur César Pereira de Lira aderiu ao PERT e está rigorosamente em dia com o pagamento das respectivas prestações", disse a assessoria. A Receita, por sua vez, informou que, por força do sigilo fiscal estabelecido pelo Código Tributário Nacional (CTN), não comenta a situação de contribuintes específicos.

O PERT foi criado por Medida Provisória, em 2017, no governo do ex-presidente Michel Temer, para ajudar as empresas em um momento de crise econômica e alavancar a arrecadação federal, que vinha em queda. Ficou ainda mais "generoso" após tramitar no Congresso, que aumentou descontos e flexibilizou condições de pagamento, contando ali com a ajuda do próprio Lira.

Na sessão de votação da MP, em 3 outubro de 2017, quando já havia aderido ao parcelamento, o deputado apresentou emenda para dar 100% de descontos em encargos legais devidos, como honorários advocatícios. O abatimento não existia no texto original.

A bancada do PSOL chegou a encaminhar, no mesmo dia, uma proposta para que deputados e senadores não pudessem renegociar os próprios débitos. Lira votou contra. "Nós entendemos que a medida não tem, absolutamente, critério constitucional", afirmou o deputado naquela sessão. "(Todos) podem e devem aderir ao REFIS se por acaso tiverem necessidade."

Confissão

A adesão ao PERT configura confissão irrevogável por parte do contribuinte de que o imposto é devido. Pelo programa, dependendo da modalidade de pagamento escolhida, o desconto chegava a 90% nos juros devidos, a 70% das multas e a 100% dos encargos legais. O pagamento poderia ser parcelado em até 175 vezes.

Na investigação que levou à autuação do deputado, a Receita alegou que Lira aumentou seu patrimônio ao utilizar verbas de gabinete para quitar dívidas pessoais. "Constatou-se que parte dos recursos recebidos a título de verba de gabinete foi utilizada para quitação de empréstimos pessoais", destacou o Fisco. "Tal aplicação dos recursos é contrária às destinações previstas na Resolução n° 392/95 e configura acréscimo patrimonial."

A Receita apontou que Lira não conseguiu comprovar a origem de recursos referentes à sua movimentação bancária e à destinação dos recursos recebidos como verba de gabinete. O procedimento tramitou de maneira independente das investigações nas esferas cível e criminal que o deputado enfrenta.

Frentes de apuração

- Esfera cível: em 2016, Arthur Lira foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa, numa ação decorrente da Operação Taturana. A investigação apurava desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa de Alagoas. Quatro anos antes, ele havia sido condenado em primeira instância a devolver R$ 182 mil e pagar uma multa de mesmo valor. Por ser condenado em segunda instância, Lira não poderia ter concorrido à eleição de 2018, mas uma liminar do então vice-presidente do TJ-AL, Celyrio Adamastor, suspendeu a sentença.

- Esfera criminal: a PGR denunciou Lira, em 2018, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, também no âmbito da Operação Taturana. A ação, que estava no STF foi enviada para a Justiça estadual. Em 3 de dezembro, o juiz Carlos Henrique Pita Duarte, da 3.ª Vara Criminal de Maceió, invalidou as provas e absolveu Lira sumariamente.

- Receita Federal: o Fisco cobrou de Lira R$ 1,9 milhão de impostos que deixaram de ser pagos no período em que foi investigado esquema na Assembleia. Ele fez acordo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A bancada do PT decidiu apoiar a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara. A adesão à campanha do deputado foi aprovada por 27 votos, contra 23, em reunião virtual de mais de duas horas, realizada na tarde desta segunda-feira, 4.

A eleição que renovará a cúpula do Congresso será no dia 1º de fevereiro e Baleia tem como principal adversário o líder do Progressistas, Arthur Lira (AL).

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Líder do Centrão, Lira conta com o aval do Palácio do Planalto.

No dia 18 de dezembro, o PT já havia assinado um documento em apoio ao bloco dos partidos aliados a Rodrigo Maia (DEM-RJ), do qual Baleia faz parte. Mesmo assim, a bancada continuava dividida em lançar um candidato próprio, dentro do grupo, ou endossar a candidatura de Baleia, que é presidente do MDB.

Líderes do PT estão reunidos na tarde desta segunda com colegas da oposição, do PSB, PDT, PCdoB e Rede. Os partidos pretendem divulgar o apoio à candidatura de Baleia, conjuntamente.

Juntas, as cinco legendas somam 119 deputados, considerando as bancadas atuais com as últimas mudanças, em razão das eleições municipais.

O PSOL, com 10 parlamentares, deve ficar de fora do anúncio desta segunda.

A bancada está dividida e tem reunião agendada para o dia 15.

Os partidos de oposição pediram ao candidato à presidência da Câmara, Baleia Rossi (MDB-SP), um compromisso para que ele atue para manter a independência do Legislativo diante dos demais poderes.

Em reunião na tarde desta segunda (28), os líderes da oposição pediram a Baleia o compromisso de que ele, caso ganhe a eleição marcada para 1º de fevereiro, garanta a atuação da oposição na Câmara. Um dos exemplos é colocar em votação projetos de decreto legislativo - capazes de derrubar decretos presidenciais -, além de promover a abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e colocar em votação pedidos como convocação de ministros. Os termos do compromisso foram antecipados pelo Broadcast Político.

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Segundo a oposição, Baleia se comprometeu com os termos da carta proposta. "Tal aceite não significa que estejam esgotados os procedimentos internos em todos os partidos de oposição, a exemplo do PT, que ainda deliberará sobre sua posição quanto à referida candidatura", dizem os partidos em nota.

CONFIRA A CARTA NA ÍNTEGRA:

Por uma Câmara independente e livre

Como já afirmado no manifesto que apresentamos (doc anexo), a eleição para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ocorre em meio a uma profunda crise social, econômica, política e de saúde pública no Brasil, agravada por um governo federal insensível ao sofrimento do povo, irresponsável diante da pandemia e chefiado por um presidente da República que ao longo de sua trajetória sempre se colocou contra a democracia.

Nós, dos partidos de oposição, temos a responsabilidade de combater, dentro e fora do Parlamento, as políticas antidemocráticas, neoliberais, de desmonte do Estado e da economia brasileira, e de lutar para que nosso povo possa ter resguardados seus direitos à vida, à saúde, ao emprego e renda, à alimentação acessível, à educação, entre outros direitos essenciais.

Foi essa responsabilidade que nos uniu aos demais partidos do bloco que integramos para oferecer ao país e ao nosso povo saídas para os problemas que afligiram nosso povo nos dois últimos anos e, em especial, durante a pandemia, tal qual a aprovação da PEC do Orçamento de Guerrra, que efetivamos juntos.

Além de derrotar Bolsonaro e sua pretensão de controlar o Congresso, queremos construir para a futura Mesa Diretora da Câmara dos Deputados uma plataforma de compromissos que objetive:

1)Defender a Constituição, que juramos obedecer e fazer obedecer no dia de nossa posse como parlamentares. Isso significa não apenas evitar sua deformação por propostas de emendas patrocinadas pelo governo, mas também garantir que seu texto e seus princípios sejam respeitados pelo Poder Executivo em cada um de seus atos, evitando que a alma viva de nossa República se torne letra morta.

2)Proteger a democracia e nossas instituições contra ataques autoritários de quem quer que seja, inclusive do presidente da República, seja por meio do repúdio a atos e manifestações que façam apologia da ditadura, da tortura e do arbítrio; seja pela manutenção da transparência, da participação e do controle social garantidos pela Constituição, e que o atual governo tenta, a todo instante, sabotar. Fundamental, por óbvio, não pautar projetos de cunho antidemocrático.

3)Garantir a independência do Poder Legislativo, o mais representativo dos poderes, fazendo-se respeitar suas atribuições, competências e prerrogativas. Isso significa:

3.1apreciar projetos de decreto legislativo que visem a impedir que o Poder Executivo exorbite ou desvie de seu poder regulamentar para driblar, esvaziar ou burlar leis;

3.2convocar ministros e outras autoridades para que venham prestar contas por atos seus ou de seus subordinados;

3.3instalar Comissões Parlamentares de Inquérito, quando seus requisitos constitucionais tiverem sido observados, para que a Câmara possa cumprir a contento sua função de fiscalização e controle;

3.4respeitar minuciosamente o devido processo legislativo constitucional e regimental e as minorias parlamentares, assegurando que a oposição possa exercer seu dever de contrapor-se ao governo tal qual garantem a Constituição e o Regimento;

3.5 garantir a proporcionalidade na distribuição de relatoria das matérias que tramitam na Casa;

3.6 não abrir mão dos instrumentos constitucionais para assegurar o respeito à Constituição, às leis, às instituições e à democracia.

4)Lutar pelos direitos do povo brasileiro, pautando projetos que garantam efetivamente o direito à vida e à saúde, por meio do adequado enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, garantindo-se o acesso à vacina a todos, o direito à subsistência, ao emprego e a uma renda mínima, pondo em prática medidas emergenciais que garantam o sustento de nossa população, sua segurança alimentar, bem como outras medidas que permitam fazer nossa economia voltar a crescer, gerando oportunidades de trabalho para todos e todas.

5)Assegurar a soberania nacional, proteger o patrimônio público e nossas riquezas naturais.

Tal compromisso demonstra que nossa prioridade é a defesa de nosso povo, de nossa democracia e de nossa Constituição, contra as práticas autoritárias e desestruturantes da República brasileira empreendidas pelo governo Bolsonaro, superando nossas divergências partidárias e ideológicas.

PT / PSB / PDT / PCdoB

Contato: camila.turtelli@estadao.com

As deputadas federais Carla Zambelli (PSL-SP) e Alê Silva (PSL-MG) usaram as redes sociais neste domingo (27) para declararam apoio ao candidato à presidência da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). "Declaro publicamente meu apoio ao @ArthurLira_ para presidente da câmara", disse Carla Zambelli, aliada ao presidente Jair Bolsonaro, no Twitter.

"E me pergunto como alguém pôde imaginar eu aliada a @RodrigoMaia, @ptbrasil, @PCdoB_Oficial, @psol50 .... ou seja: A ESCÓRIA DO BRASIL, q luto desde 2011 p/ colocar a maioria deles na cadeia (sic)", complementou a deputada.

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A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) respondeu à colega de partido com um questionamento: "Não haveria uma terceira via, Deputada? O que o Deputado Lira tem de tão diferente desse pessoal que você tão bem combateu?", perguntou. Janaína ainda concordou com seguidores que apontaram a ministra da agricultura, Tereza Cristina como uma opção viável.

A parlamentar de Minas Gerais Alê Silva escreveu que tem pontos em comum com o candidato Lira. "Em reunião com o Dep. @ArthurLira_ percebi que ele converge em muitos pontos que eu e o Presidente defendemos. Por isso o meu voto é dele. Por outro horizonte, jamais votaria em candidato do grupo do @RodrigoMaia, nem que viesse pintado de ouro.", afirmou.

Eleito presidente do MDB no ano passado, o deputado Baleia Rossi estreou na política aos 20 anos quando se elegeu vereador de Ribeirão Preto (SP), em 1992. Na campanha para o Legislativo municipal, o jovem teve o apoio do então deputado Ulysses Guimarães, símbolo do MDB, que presidiu a Assembleia Constituinte.

O registro do encontro, que ocorreu meses antes de Ulysses morrer em uma queda de helicóptero em outubro daquele ano, em Angra dos Reis, é a foto de perfil do WhatsApp de Baleia. O apoio de Ulysses no início da vida política se deu graças ao pai, o ex-deputado Wagner Rossi, filiado ao MDB desde 1981. Anos depois, Rossi se tornaria ministro da Agricultura dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, entre 2010 e 2011. Pressionado, não durou muito: pediu demissão diante de denúncias de irregularidades na pasta.

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Batizado Luís Felipe Tenuto Rossi, Baleia recorreu ao apelido dado pelos irmãos para concorrer à vaga de vereador, em uma ironia por ele ser, à época, muito magro. Em princípio, não gostava, mas foi convencido pelo avô a adotar a alcunha. Em 1995, ele lançou o "Programa do Baleia", transmitido por emissoras locais para todas as cidades do interior de São Paulo.

Na televisão, Baleia apresentava quadros como o que proporcionava uma transformação visual e outro em que levava flores e lia cartas enviadas pelo público a outra pessoa. O programa durou até 2006.

Em 2014, foi eleito deputado federal e dois anos depois virou líder do MDB na Câmara, quando se aproximou de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anuncia nesta quarta-feira (23), o apoio à candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) para sua sucessão, em fevereiro de 2021. A escolha foi marcada por disputas internas e até mesmo por dissidências no grupo de Maia, que demorou para definir o candidato.

Maia conseguiu formar um bloco com 11 partidos, que também reúne siglas de esquerda, com o mote da união contra Bolsonaro e seu candidato, o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), apesar das divergências nos rumos da economia. Estão no grupo partidos com ideologias opostas, como PT e PSL - que lançou Bolsonaro, em 2018 - DEM, MDB, PSDB, Cidadania, PV, PSB, PDT, PC do B e Rede.

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O presidente da Câmara tem procurado associar o bloco à defesa da independência da Casa em contraposição ao que chama de "agenda retrógrada" de Bolsonaro.

"Enquanto alguns buscam corroer e lutam para fechar nossas instituições, nós aqui lutamos para valorizá-las. Enquanto uns cultivam o sonho torpe do autoritarismo, nós fazemos a vigília da liberdade. Enquanto uns se encontram nas trevas, nós celebramos a luz", dizia trecho do manifesto de lançamento do bloco, no último dia 18. "Essa não é a eleição entre o candidato A ou candidato B. É a eleição entre ser livre e subserviente".

O PT havia ameaçado vetar Baleia Rossi, presidente do MDB, mas voltou atrás. Dirigentes e parlamentares petistas lembravam da proximidade de Rossi com o ex-presidente Michel Temer e alguns avaliaram até mesmo que ele havia ajudado a "articular" o impeachment de Dilma Rousseff.

Adversários de Maia observaram que tanto o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB) quanto Baleia votam da mesma forma na maioria das pautas na Câmara. De acordo com dados da Inteligov, plataforma de monitoramento legislativo, o alinhamento entre os dois foi de 90% em 558 votações nas quais os dois estiveram, desde 2015.

O movimento por uma "solução casada", na Câmara e no Senado, para partidos que tentam se apresentar como contraponto ao presidente Jair Bolsonaro também pesou para a opção por Rossi, que preside o MDB.

Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) barrou a possibilidade de reeleição de Maia e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no último dia 6, a cúpula do DEM intensificou as negociações. A ideia é formar uma aliança que mantenha a legenda no comando de uma Casa e lhe dê protagonismo na montagem de uma frente de centro-direita, na eleição presidencial de 2022.

No Senado, o candidato apoiado por Alcolumbre é Rodrigo Pacheco (MG), líder do DEM. Com a estratégia de avalizar Rossi na Câmara, o DEM espera que o MDB respalde a campanha de Pacheco no Senado. O problema é que a bancada do MDB - a maior do Senado, com 13 integrantes - decidiu apresentar chapa própria e tem quatro pré-candidatos à cadeira de Alcolumbre. Os candidatos Fernando Bezerra Coelho, líder do governo no Senado, Eduardo Gomes, líder do governo no Congresso, e Eduardo Braga, líder do MDB, são nomes bem vistos por Bolsonaro. Já a senadora Simone Tebet corre por fora.

Na Câmara, o embate ficou ainda mais acirrado porque Bolsonaro decidiu patrocinar a campanha do deputado Arthur Lira.

Para se contrapor a Lira, Maia queria rachar o Progressistas e indicar o deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), mas sofreu resistências internas. Integrantes da bancada do MDB disseram que, se o candidato não fosse Rossi, despejariam votos em Lira.

Anunciado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como seu candidato para liderar a Casa a partir de 2021, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) disse, na tarde desta quarta-feira (23), que vai trabalhar com "humildade" para ser eleito para o posto disputado com Arthur Lira (Progressistas-AL), o nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. A eleição que vai renovar o comando da Câmara e do Senado, marcada para 1º de fevereiro.

"A caminhada é difícil, mas tenho certeza de vitória", disse Baleia, após participar de um encontro com Rodrigo Maia e o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB), que também era cotado para ser o nome de Maia na disputa. Baleia se referiu ao deputado como um dos líderes mais respeitados e com experiência. Com o nome confirmado, ele disse que a "frente ampla" que conseguiu reunir com partidos "dá condições de disputar com perspectiva de vitória". Ele afirmou que muitos não acreditavam na formação do grupo.

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"Com humildade vamos conversar com cada um dos parlamentares para reafirmar o compromisso que assumimos. Não sou mais candidato apenas do meu partido", declarou, acrescentando que, independentemente das diferenças entre as legendas, "o que nos une é a defesa intransigente da nossa democracia. Vamos fazer diálogo com partidos e mostrar o que defendemos. Uma Câmara livre e independente é o melhor para o futuro do País".

Ao defender a escolha de Baleia Rossi, Rodrigo Maia disse que o deputado vai dialogar com todos partidos, "especialmente com quem tem divergência", para unificar cada vez mais o bloco e buscar a vitória para a presidência da Câmara. "Temos um novo ciclo, um novo líder poderá liderar a Câmara", disse Maia.

As declarações são um aceno para o PT, principalmente, porque o partido tinha preferência por Aguinaldo Ribeiro e ainda não tomou uma decisão sobre seu apoio. Uma reunião sobre o tema está prevista para amanhã.

Maia conseguiu formar um bloco com 11 partidos, que também reúne siglas de esquerda, com o mote da união contra Bolsonaro e seu candidato, Arthur Lira. Estão no grupo partidos com ideologias opostas, como PT e PSL, além de DEM, MDB, PSDB, Cidadania, PV, PSB, PDT, PC do B e Rede.

O presidente da Câmara agradeceu a Aguinaldo Ribeiro, que abriu mão da pré-candidatura. Maia, que chamou de Aguinaldo de "meu grande amigo na Câmara", disse que seu gesto "tira peso que tinha para decidir entre dois amigos".

"Abri mão da pré-candidatura para que o Brasil dê um passo à frente. Dei um passo atrás para consolidar candidatura de Baleia Rossi", disse Ribeiro. "Agradeço à esquerda e apoio do PT para construir unidade com um espírito de unidade e fortalecimento. Não é disputa entre pessoas, é a busca do bem para o País. Agradeço aos líderes do PSL por terem me abraçado", disse Aguinaldo ao desejar boa sorte e confirmar apoio a candidatura de Baleia.

Baleia, Maia e Aguinaldo encerraram o pronunciamento sem responder perguntas da imprensa.

Um grupo de 30 deputados lançou um manifesto cobrando compromisso com reformas e privatizações para apoiar um candidato à presidência da Câmara. O documento foi lido nessa terça-feira  (22), pelo líder do Novo na Casa, Paulo Ganime (RJ). A "bancada liberal" não indicou apoio a nenhum nome específico.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deve anunciar, nesta quarta-feira (23), quem será seu candidato. O apoio é disputado por Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB), hoje o nome mais cotado, e Baleia Rossi (MDB-SP). Chefe do "Centrão", o líder do Progressistas, Arthur Lira (AL), lançou a candidatura com apoio do Palácio do Planalto.

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Além de deputados do partido Novo, assinam o manifesto integrantes da ala bolsonarista do PSL, como Bia Kicis (DF) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP), e membros de outros partidos que apoiam a pauta liberal no Congresso, entre eles Felipe Rigoni (PSB-ES), Kim Kataguiri (DEM-SP) e Pedro Cunha Lima (PSDB-PB).

O manifesto define projetos prioritários para o próximo ano: reforma tributária, reforma administrativa, pacto federativo, privatização da Eletrobras, "demais privatizações que forem enviadas pelo governo", prisão após condenação em segunda instância, fim do foro privilegiado, reforma política e fim dos supersalários. Após a publicação, outros deputados sinalizaram apoio ao documento.

O grupo também defende uma revisão no regimento interno da Câmara para diminuir as possibilidades de obstrução na pauta e uma reunião semanal de líderes para definir a agenda. O manifesto pede, ainda, uma reforma administrativa interna para diminuir gastos.

A bancada do PT apoia o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB) para ser o candidato do bloco parlamentar à sucessão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A posição do partido será tomada em reunião marcada para hoje e pode mudar o quadro até então desenhado, tornando-se decisiva para a escolha de Maia, já que a bancada é a maior do bloco, com 54 deputados.

A definição do candidato que vai concorrer à eleição para o comando da Câmara com o apoio de Maia, em fevereiro de 2021, se arrasta há quase 20 dias e não são poucos os que reclamam da demora para o anúncio do nome que vai enfrentar Arthur Lira (Progressistas-AL), líder do Centrão. Lira tem o aval do presidente Jair Bolsonaro.

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Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) barrou a possibilidade de reeleição de Maia e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no último dia 6, há um sobe e desce de cotados e favoritos para a disputa que vai renovar a cúpula do Congresso. Além de Aguinaldo, que foi ministro do governo Dilma Rousseff e votou pelo impeachment em 2016, o deputado Baleia Rossi (SP), presidente do MDB, também está no páreo.

O anúncio do candidato deve ser feito hoje. Na segunda-feira, o PT, PDT, PSB e PC do B - todos integrantes do bloco de Maia - lançaram um manifesto no qual afirmam ser preciso derrotar Bolsonaro, chamado de "presidente criminoso".

"Queremos derrotar Bolsonaro e sua pretensão de controlar o Congresso, um presidente criminoso, cujo afastamento é imperioso para que o Brasil possa recuperar-se da devastação em curso, e também queremos, neste momento, expressar nossa posição e defesa de temas relevantes que merecem a atenção e responsabilidade do Congresso Nacional", diz o texto.

O documento defende posição contrária à privatização de estatais e à autonomia do Banco Central. Maia observou, porém, não haver acordo em torno da agenda econômica dentro do bloco, que também é composto por DEM, MDB, PSDB, Cidadania, PSL, Rede e PV.

"O perfil do candidato vencedor é ser (homem de) diálogo, que não afaste os parlamentares do gabinete ou da residência do presidente da Câmara e que mantenha independência como ponto principal de uma gestão para os próximos dois anos", disse Maia. No último dia 18, ao anunciar a formação do bloco com 11 partidos, ele leu um documento, assinado por representantes de todas as legendas, contendo fortes críticas ao governo.

"Esta não é uma eleição entre o candidato A ou o candidato B. Esta é a eleição entre ser livre ou subserviente. Ser fiel à democracia ou ser aliado do autoritarismo. Ser parceiro da ciência ou ser conivente com o negacionismo. Ser fiel aos fatos ou ser devoto das fake news", sustentava um dos trechos.

Se o escolhido for Aguinaldo, o racha no Progressistas ficará escancarado, vez que Lira é o candidato do partido. Para ser eleito, o candidato precisa do apoio de 257 dos 513 deputados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Partidos de oposição que apoiam o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lançaram um manifesto marcando posição sobre pautas da Casa. O documento assinado por PCdoB, PDT, PSB e PT fala em derrotar Jair Bolsonaro, chamado de "um presidente criminoso".

Entre os compromissos citados pelos partidos, estão o posicionamento contra a autonomia do Banco Central e a privatização de estatais, entre elas a Eletrobras. Maia, porém, afirma que não há um acordo em torno da agenda econômica dentro do bloco que o apoia.

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As legendas de oposição em torno de Maia defendem ainda a retomada de uma proposta que prorrogue o auxílio emergencial e a tributação de lucros e dividendos, entre outros pontos.

"Queremos derrotar Bolsonaro e sua pretensão de controlar o Congresso, um presidente criminoso, cujo afastamento é imperioso para que o Brasil possa recuperar-se da devastação em curso, e também queremos, neste momento, expressar nossa posição e defesa de temas relevantes que merecem a atenção e responsabilidade do Congresso Nacional", diz o manifesto.

Mais cedo, ao falar sobre o posicionamento da oposição, Maia afirmou que não há um acordo em torno da agenda econômica. "A nossa pauta é a defesa da independência da Câmara, trabalhar para que a liberdade de imprensa esteja mantida, liberdades individuais, que o debate do direito das minorias esteja garantido. Essa é a pauta que nos une. O que nos divide é a pauta econômica. Se fôssemos tratar dessa pauta, não teríamos convergência."

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), só está à espera do PT para anunciar o candidato que vai apoiar à sua sucessão, em fevereiro de 2021. O nome favorito para concorrer ao comando da Câmara com aval do bloco parlamentar liderado por Maia é o do deputado Baleia Rossi (SP), presidente do MDB.

Maia disse que divulgará até amanhã o escolhido para enfrentar Arthur Lira (Progressitas-AL), líder do Centrão que conta com o respaldo do Palácio do Planalto na disputa. A demora ocorre por causa da bancada do PT, que está dividida e se reúne hoje para tentar chegar a um acordo, mas também em razão de um impasse nas fileiras do MDB.

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Na semana passada, senadores do MDB procuraram Baleia Rossi para dizer que a sigla terá um candidato à cadeira do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Argumentaram que, diante dessa decisão, ele não deveria concorrer à Câmara para não atrapalhar as articulações no Salão Azul. A avaliação foi a de que seria muito difícil o Congresso eleger integrantes do mesmo partido, como ocorre hoje com o DEM, para dirigir as duas Casas.

Em almoço com líderes do bloco, ontem, Maia afirmou que a eleição no Senado não pode interferir na disputa da Câmara. Na prática, porém, em casos assim as negociações políticas costumam demandar mais atenção. O outro nome que conta com a simpatia do presidente da Câmara é o do deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB), líder da Maioria. O partido de Aguinaldo, no entanto, dá sustentação a Lira.

"Estamos dialogando para sair com um nome e com o bloco de fato unido", afirmou Maia. O grupo reúne 11 partidos, que somam 281 parlamentares. O PSOL pode aderir ao bloco. Para ser eleito presidente da Câmara o candidato precisa ter o apoio de 257 dos 513 deputados. O voto, porém, é secreto e muitas bancadas estão rachadas. "É preciso agora ver o que nos une, e não o que nos divide. Nosso objetivo é derrotar o candidato do governo", disse o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

A bancada do PT é a maior do bloco, com 54 integrantes. Embora a sigla esteja no grupo de Maia, o apoio de petistas ainda é disputado individualmente por Lira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que deve anunciar seu candidato à sucessão na Casa até quarta-feira (23). Nos bastidores, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) é apontado como favorito. Maia também avaliava lançar Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) na disputa. O partido de Aguinaldo, porém, lançou Arthur Lira (PP-AL), em oposição ao grupo de Maia.

"Espero que até quarta-feira, no máximo, tenhamos um encaminhamento dado, ouvindo a todos", disse Maia em entrevista coletiva na Câmara após um almoço com aliados. O presidente da Casa formou um bloco com 11 partidos, incluindo o PT e outras legendas de oposição. "Estamos dialogando para o mais rápido possível sair com um nome e o bloco de fato unido."

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O presidente Jair Bolsonaro fez um aceno ao MDB na disputa pelo Senado durante cerimônia de posse do novo ministro do Turismo, Gilson Machado, e manifestou mais uma vez a expectativa de avançar com projetos de seu interesse após a troca do comando do Legislativo, em fevereiro.

Presentes na cerimônia, os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) foram chamados pelo chefe do Planalto de "os três mosqueteiros". Braga, Gomes e Bezerra, além da senadora Simone Tebet (MDB-MS), disputam a indicação do MDB para a sucessão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

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Bolsonaro afirmou que não vai interferir na disputa do Congresso, apesar de fazer movimentos na Câmara para favorecer o deputado Arthur Lira (PP-AL) e derrotar o grupo de Rodrigo Maia (DEM-RJ). No Senado, além de conversar com o MDB, o presidente é próximo de Davi Alcolumbre, que tenta apoio para Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Na cerimônia, Bolsonaro defendeu mudanças na lei para facilitar a exploração turística de áreas ambientais. Anteriormente, ele havia afirmado que pretende levar ao Congresso a votação do excludente de ilicitude para policiais em serviço, uma medida rejeitada pelos parlamentares no ano passado. Bolsonaro disse ter certeza que o "trio maravilhoso", os três senadores do MDB, vão encaminhar bem a pauta após a sucessão.

"Não vou interferir em lugar nenhum, não vou. Eu não interfiro nos meus ministros, quem dirá num outro Poder. Mas vou torcer para que o melhor aconteça, o melhor na Câmara e no Senado, e as propostas do governo, uma vez analisadas no Parlamento, tenham seu curso, sejam colocadas em votação e a maioria decida o que é melhor", disse o presidente. "Todos nós temos a ganhar com isso."

A bancada do PT decidiu na noite desta quarta-feira, 16, que não vai apoiar o bloco liderado por Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente Jair Bolsonaro, na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. O partido, que tem a maior bancada da Casa, vai intensificar conversas com as demais siglas de oposição para lançar um nome na disputa. O movimento enfraquece a articulação liderada pelo atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de apresentar ainda neste ano um candidato de consenso contra o bloco de Lira. Com 133 parlamentares, a oposição tem sido considerada fiel da balança da eleição marcada para 1º de fevereiro de 2021.

Segundo fontes do partido, a decisão não fecha a porta para uma composição futura com o bloco liderado por Maia, mas pode atrasar essa definição. O atual presidente da Câmara enfrenta dificuldades para emplacar Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) pelo fato de o parlamentar não ter nem sequer o apoio de seu partido, fechado com Lira. Também não obteve aval dos aliados ainda para lançar Baleia Rossi (MDB-SP).

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"O PT não comporá bloco para a mesa da Câmara com candidatura apoiada por Bolsonaro. Junto com a oposição construirá alternativa de bloco em defesa da democracia e uma candidatura que represente e debata um programa e uma agenda para derrotar Bolsonaro e tirar o país da crise", publicou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann em suas redes sociais.

Gleisi defendeu que o partido definisse ainda ontem a adesão ou não ao bloco de Maia, mas a bancada se dividiu. Houve impasse na votação quanto ao prazo com 18 dos deputados participantes da reunião votando a favor e outros 18 contra a proposta da presidente do partido.

Por isso, o PT decidiu vetar o apoio a Lira e deixar para os próximos dias a definição sobre o apoio ao grupo de Maia. Existem três possibilidades: o PT, junto com os demais partidos de oposição, lançar um candidato de esquerda para a presidência da Câmara; o partido aderir ao bloco de Maia ou os partidos de oposição apresentarem um terceiro nome ao grupo do atual presidente da Câmara.

Os presidentes dos partidos de oposição devem se reunir nesta sexta-feira, 18, para encaminhar o assunto. Alguns deles, como PDT e PCdoB, já sinalizaram apoio ao bloco de Maia. PSB, Rede e PV também fazem parte da articulação. O PSOL, que tende a lançar candidato próprio para marcar posição, vai decidir sobre o assunto na semana que vem.

Diálogo

A conversa com os demais partidos de oposição está sendo conduzida pelos presidentes das legendas. Caso não consiga viabilizar a unidade da esquerda, setores do PT defendem que estes partidos apresentem, em bloco, um nome para o grupo de Maia. Siglas como PDT e PC do B já têm acenado em direção a Maia.

O objetivo é apresentar uma pauta mínima que garanta compromissos com o respeito ao critério da proporcionalidade na escolha dos cargos na mesa diretora e nas comissões, impeça retrocessos nas áreas dos direitos civis e políticos, barre a privatização de estatais como Petrobras, Eletrobras e Correios e a ainda a autonomia do Banco Central.

"Decisão da bancada do PT: o PT não comporá bloco com candidato apoiado por Bolsonaro. Buscará apresentar uma candidatura em diálogo com os demais partidos de oposição. Apresentará uma pauta que tire o país do retrocesso que Bolsonaro está nos levando", escreveu o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Com a decisão desta quarta, o PT tenta impedir o crescimento da ala que defendia apoio à candidatura de Arthur Lira. O partido conta com 54 deputados - um a mais que o PSL. Ao menos um dos partidos da oposição, no entanto, o PSOL, também fala em lançar candidatura própria.

O presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), anunciou, nessa quarta-feira (16), o apoio da bancada do partido à candidatura de Arthur Lira (Progressistas-AL), líder do Centrão e favorito do Palácio do Planalto para comandar a Casa nos próximos dois anos. A decisão representa um revés para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que nos próximos dias lançará um candidato para enfrentar o nome chancelado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Pereira é vice-presidente da Câmara e estava no grupo de Maia. Queria entrar na disputa, mas percebeu que o colega não cogitava a sua candidatura, demonstrando predileção por Baleia Rossi (MDB-SP) e Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB). Com o racha, o Republicanos - que tem 31 deputados - resolveu engrossar a campanha de Lira.

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"A bancada decidiu porque verificou um veto velado do Maia à minha pessoa", disse Pereira ao Estadão/Broadcast. Ao deixar o grupo, na semana passada, Pereira sinalizou que poderia lançar uma candidatura independente, como uma terceira via na disputa pelo comando da Câmara. "Não aceito entrar em jogo jogado", disse ele, na ocasião.

O Planalto, porém, fez de tudo para Pereira respaldar Lira. O Estadão/Broadcast apurou que, caso o líder do Centrão não pudesse ser candidato, o presidente Jair Bolsonaro apoiaria o presidente do Republicanos na disputa. Na avaliação do Planalto, Pereira sempre foi um aliado fiel, tanto que acolheu no partido os senadores Flávio Bolsonaro (RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (RJ).

Lira afirma ter cerca de 170 votos, de nove partidos diferentes: Progressistas, PL, PSD, Solidariedade, Avante, PSC, PTB, Pros e Patriota. Com a adesão do Republicanos, o grupo pode agora chegar a 200 parlamentares. Para ser eleito, são necessários 257. O bloco montado por Maia, por sua vez, reúne seis partidos (PSL, DEM, MDB, PSDB, Cidadania e PV) e 157 deputados. O grupo ainda negocia o apoio de legendas da esquerda, que somam cerca de 130 parlamentares.

Maia disse ontem que o Planalto tem estimulado uma candidatura própria da esquerda, nas últimas horas, com o intuito de enfraquecer uma frente mais ampla, liderada por ele. "Quem estimula hoje uma candidatura de esquerda é o governo", observou. Para ele, o Planalto está "oferecendo emendas e cargos" com o objeto de atrair votos para Lira.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), enfrenta resistências internas para emplacar seu sucessor no comando do Legislativo. O parlamentar tenta atrair apoio para a candidatura do líder do DEM, Rodrigo Pacheco (MG), mas o nome é questionado dentro das maiores bancadas. A disputa está marcada para fevereiro. O projeto original de Alcolumbre era ser candidato à reeleição, possibilidade barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em um movimento para fazer frente ao candidato de Alcolumbre, o MDB, maior bancada do Senado, decidiu lançar um candidato único à sucessão. Dentro do partido, os senadores Eduardo Braga (AM), Eduardo Gomes (TO), Fernando Bezerra Coelho (PE) e Simone Tebet (MS) estão no páreo. Com quatro pré-candidatos, a legenda divulgou uma nota após reunião em Brasília afirmando que caminhará em "unidade" para voltar ao comando do Senado em 2021. O MDB tem 13 integrantes e buscará aliança com outros partidos. Um dos focos é o Podemos, que tem 10 senadores e faz oposição interna ao atual ocupante da cadeira.

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Aos 44 anos, formado em Direito, Rodrigo Pacheco está na primeira legislatura no Senado - antes, foi deputado federal. Para alguns senadores, Pacheco é considerado imaturo para o cargo e há desconfiança de que ele usaria o posto para se alçar à disputa pelo governo de Minas Gerais em 2022. Por outro lado, aliados o apontam como alguém que consegue manter a ponte construída por Alcolumbre com o Palácio do Planalto e facilitar a demanda de colegas com o governo.

Senadores mais antigos na Casa querem o resgate de algumas tradições - entre elas a proporcionalidade na distribuição das comissões e da Mesa Diretora do Senado. Por essa regra, que vigorou por anos, os partidos com bancadas maiores têm direito a mais cargos. Alcolumbre, por sua vez, tem oferecido cargos em troca de apoio a Pacheco, sem observar essa prática.

A insatisfação foi expressa em nota divulgada pelo MDB após a reunião da bancada. "O momento exige bom senso e maturidade política. O respeito ao diálogo e à dimensão das bancadas é particularmente importante para garantir condução equilibrada de uma pauta de reconstrução do País, após esse período tão difícil que o Brasil enfrenta", diz o texto.

Na semana passada, Alcolumbre esteve com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto e sinalizou que caminharia para definir um candidato fora do MDB. O parlamentar conseguiu aceno de Bolsonaro para apoiar o "ungido" e fazer seu próprio sucessor. A escolha alinhada com o governo antes de consultar líderes partidários causou incômodo. Para alguns senadores, Alcolumbre praticamente tirou Pacheco do "bolso" após ser impedido de tentar a reeleição. "O Senado não pode ser um apêndice do Executivo. Não ter proporcionalidade significa transformar o Senado em um balcão de negócios", afirmou Simone Tebet (MDB-MS), que disputa a indicação do MDB à sucessão.

Nos últimos dias, Alcolumbre buscou apoio do PP e do PSD, partidos com senadores mais próximos a ele. As legendas, porém, evitaram declarar voto em Rodrigo Pacheco neste momento. Com as alianças indefinidas, o presidente do Senado vem buscando apoios individuais para a candidatura de Pacheco. Nas sessões do Senado durante esta semana, conforme o Estadão/Broadcast apurou, o parlamentar pediu votos para o candidato do DEM a colegas em meio à reunião de votações.

PSD

A bancada do PSD, com 12 senadores, se reuniu na segunda-feira para discutir a sucessão. Vice-presidente do Senado e aliado de Alcolumbre, Antonio Anastasia (PSD-MG) afirmou na conversa que não é candidato. Colegas do partido, porém, defendem que ele se lance na disputa. Além de Anastasia, Otto Alencar (BA) e Nelsinho Trad (MS) são citados como possíveis concorrentes. A legenda voltará a se reunir na próxima semana para decidir que rumo tomará na eleição. Um consenso entre os integrantes é tomar uma decisão única em comum acordo. Líderes do Senado apontam que duas forças despontam com maior influência para vencer a eleição: Alcolumbre e o MDB.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com os partidos de oposição prestes a embarcar em uma candidatura chancelada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), nome do Palácio do Planalto para a disputa pelo comando da Casa, adotou a estratégia de abordar individualmente parlamentares, na tentativa de garantir os votos da esquerda, destaca o Estadão. A aposta de Lira, agora, é que a votação secreta o ajude a ganhar o apoio de "infieis" dispostos a contrariar a orientação de suas legendas e definir a seu favor a eleição, marcada para 1° fevereiro de 2021.

O PDT confirmou ontem o apoio ao candidato do grupo de Maia e outros partidos de oposição, como o PT, o PCdoB e o PSB, devem aderir à campanha do candidato escolhido por ele. "Hoje, dentro do nosso bloco, existem dois nomes: Baleia Rossi (MDB) e Aguinaldo Ribeiro (Progressistas)", afirmou o presidente da Câmara, indicando que a competição agora está entre os dois deputados, nessa ordem de preferência.

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A eleição de fevereiro também vai renovar o comando do Senado. Uma nova rodada de conversas está marcada para hoje, quando é possível que seja anunciada a ampliação do bloco parlamentar de apoio ao candidato patrocinado por Maia, atualmente formado por DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania e PV. Se conseguir unir os partidos de esquerda, o nome com a bênção do presidente da Câmara somará quase 290 votos - são 513 deputados. O PSOL também vem sendo pressionado para desistir da candidatura própria.

"Nós trabalhamos para formar bloco e não deixar a mão de Bolsonaro se impor na Câmara", disse o presidente do PDT, Carlos Lupi, numa referência à entrada do presidente Jair Bolsonaro no embate do Legislativo. "Bolsonaro quer testa de ferro para cada vez mais manipular direitos civis da sociedade."

A oposição, sozinha, tem aproximadamente 130 deputados e é vista como o "fiel da balança" na eleição para o comando da Câmara. Na tentativa de superar a condição de "candidato de Bolsonaro", Lira abriu negociação com a esquerda há meses, com promessas sob medida para cada sigla e também para parlamentares, incluindo a liberação de emendas, entrega do comando de comissões importantes, revisão da cláusula de barreira e defesa da classe política como contraponto à Operação Lava Jato.

Líder do Centrão, Lira tem o respaldo de nove partidos, que somam 170 deputados, e vai rivalizar com um aliado de Maia. Sua aposta é a de que o trabalho iniciado há dois anos o ajude a conquistar votos individuais.

Com 54 deputados, a bancada mais cobiçada da eleição, a do PT, também está dividida e pode ter defecções. Para ganhar votos petistas, Lira acena com uma pauta anti-Lava Jato, indicando que, se for eleito, dará todo apoio para barrar decisões do Supremo Tribunal Federal de cassação de mandatos. Além disso, promete entregar a presidência de comissões importantes ao partido, mas nega negociações fisiológicas.

"Como candidato, tenho a obrigação de conversar com todos os líderes e partidos. Não há qualquer tratativa em relação a projetos referentes a Ficha limpa ou indicação de cargos", disse.

Na semana passada, Lira teve o apoio explícito dos deputados do PSB Felipe Carreras (SE) e João Campos, prefeito eleito do Recife. Em seguida, porém, a cúpula do partido decidiu vetar o apoio ao candidato do presidente Jair Bolsonaro. "Não é um veto a Lira pessoalmente, mas ao candidato do Palácio do Planalto", disse ao Estadão o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

A decisão da legenda foi tomada em reunião virtual com 80 participantes, dos quais nenhum se mostrou contrário. "Bolsonaro quer um candidato diferente do grupo de Maia, que é totalmente a favor da agenda econômica, porque quer pautas de costumes, armamento, etc", observou Siqueira, dizendo que o PSB vai ingressar num bloco de centro-esquerda.

A orientação, no entanto, não deve ser suficiente para unir os 31 deputados do partido. Uma parte da bancada se tornou cabo eleitoral do líder do Centrão após negociar a liberação de emendas com o Planalto, como revelou o Estadão. Em reunião na semana passada, esse apoio foi explícito.

Felipe Carreras chegou a levar colegas de partido para reuniões no Planalto. "(Que) Fique claro: sou oposição ao governo. Mesmo o voto sendo secreto, tenho candidato a presidente da Câmara: Arthur Lira", escreveu ele em uma rede social. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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