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Troy Kotsur fez história neste domingo ao se tornar o primeiro ator surdo a ganhar um Oscar, conquistando os membros da Academia como pai de uma família unida no drama independente "No Ritmo do Coração".

Kotsur, 53, construiu uma carreira que se estende por décadas e inclui papéis de protagonista na Broadway, bem como participações no cinema ao lado de nomes como Jim Carrey.

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Mas foi seu trabalho em No Ritmo do Coração juntamente com Marlee Matlin - única atriz surda a ganhar um Oscar - que o catapultou para esse marco histórico em Hollywood.

"Só queria dizer que isso é dedicado à comunidade surda e à comunidade de deficientes. Este é o nosso momento", expressou o ator com sinais, traduzido por um intérprete.

"É incrível estar aqui. Não consigo acreditar que estou aqui", declarou, em um discurso emocionado. Ele disputou a estatueta de ator coadjuvante com Jesse Plemons e Kodi Smit-McPhee (ambos por "Ataque dos Cães"), Ciarán Hinds ("Belfast") e J.K. Simmons ("Apresentando os Ricardos").

Surdo de nascimento, o ator dá vida no filme a Frank Rossi, homem cuja família, dedicada ao negócio da pesca, passa por dificuldades devido à burocracia e às mudanças climáticas. A família enfrenta o desafio adicional de três de seus membros serem surdos em uma comunidade da classe trabalhadora, onde as autoridades não estão dispostas a abrir exceções devido à sua falta de audição.

Para se comunicarem com esse mundo, os Rossi contam com a filha "Ruby" (papel da jovem estreante Emilia Jones), a única que pode ouvir, mas que tenta conciliar sua função familiar com suas próprias ambições de fazer carreira como cantora.

- Fenômeno instantâneo -

O filme se tornou um fenômeno instantâneo após o festival de cinema independente de Sundance de 2021, onde estreou e abriu uma guerra de apostas que a plataforma Apple TV+ venceu com um valor recorde de US$ 25 milhões.

O serviço de streaming lançou o filme em todo o mundo no verão boreal, e Kotsur, figura recorrente no Teatro de Surdos do Oeste, em Los Angeles, e conhecido na TV por suas participações em "The Mandalorian" e "CSI: NY", passou a receber aplausos intermináveis.

O caminho de Kotsur para o Oscar começou no mês passado, quando o Sindicato de Atores dos Estados Unidos o premiou como melhor ator coadjuvante. Antes de o filme ganhar naquela noite o prêmio máximo do sindicato para o melhor elenco, Kotsur agradeceu à Apple por acreditar "nos atores surdos e por escolher de forma autêntica atores que são surdos".

Casado com uma atriz e pai de uma filha, Kotsur subiu mais um degrau ao receber um Oscar de uma indústria que demorou a ouvir a comunidade surda.

O Instituto Nacional de Educação e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta quarta-feira (2), que o participante do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que solicitou atendimento especializado para cegueira, surdocegueira, baixa visão ou visão monocular e teve sua solicitação aprovada poderá utilizar uma série de recursos de acessibilidade durante a aplicação das provas.

De acordo com o edital do Enem, quem se enquadrar nessas condições poderá ser acompanhado por cão-guia e utilizar material próprio: máquina de escrever em braile, lâmina overlay, reglete, punção, sorobã ou cubaritmo, caneta de ponta grossa, tiposcópio, assinador, óculos especiais, lupa, telelupa, luminária, tábuas de apoio, multiplano e plano inclinado. Os recursos serão vistoriados pelo aplicador, exceto o cão-guia.

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Confira outros recursos e auxílios compatíveis:

- Baixa visão: tempo adicional, auxílio para leitura ou leitor de tela ou prova ampliada ou superampliada, auxílio para transcrição e sala de fácil acesso. 

- Cegueira: tempo adicional, prova em braile, auxílio para leitura ou leitor de tela e sala de fácil acesso.

 - Surdocegueira: tempo adicional, guia-intérprete, auxílio para transcrição, sala de fácil acesso, prova em braile ou prova ampliada ou superampliada ou leitor de tela.

- Visão monocular: tempo adicional, auxílio para leitura ou leitor de tela ou prova ampliada ou superampliada, auxílio para transcrição e sala de fácil acesso.

"Uma novidade é que o participante que solicitou atendimento para essas condições, na inscrição, poderá contar com um programa que possibilita a leitura de textos na tela do computador durante a prova, além de indicar o uso do implante coclear, no caso de surdocegueira. Haverá três guias-intérpretes para atendimento ao participante surdocego e uma banca especial para correção de suas provas”, publicou Inep.

O Instituto também reforçou que quem necessitar de atendimento devido a acidentes ou imprevistos, após o período de inscrição, deverá solicitá-lo via Central de Atendimento, por meio do 0800 616161, em até dez dias antes da aplicação do exame.

Além disso, para o Enem 2020, o Inep recebeu quase 55 mil solicitações de atendimento especializado para as provas impressas. Desse total, 47.847 participantes tiveram o pedido aprovado. Os atendimentos especializados são garantidos pela Política de Acessibilidade e Inclusão do instituto. A cada ano, o Inep implanta melhorias de acessibilidade e inclusão em seus exames e avaliações.

 O Enem será realizado nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa) e nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 (versão digital). Não há atendimento especializado na aplicação do Enem Digital. Mais informações sobre o Exame podem ser obtidas através do edital.

O ensino de Libras (Língua Brasileira de Sinais) é o tema do podcast Na Pauta. A professora, tradutora e intéprete Natália Barbosa conversa com Brenna Pardal sobre a comunicação em Libras e a importância de iniciativas inclusivas. A produção é de Jesiel Farias.

Segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem quase 10 milhões de pessoas surdas. Isso equivale a 5% da população. A Libras foi oficialmente reconhecida como uma língua brasileira em 2002, na Lei nº 10.436, de 24 de abril. Clique no ícone abaixo e ouça o podcast.

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O coral de Libras (Língua Brasileira de Sinais) Mãos que Falam ao Coração, da Escola Adventista de São Brás, fez uma apresentação no shopping Boulevard, em Belém, pela passagem do Dia Nacional dos Surdos, em 26 de setembro. Alunos com idade entre 10 e 14 anos, do sexto ao nono ano, estão envolvidos no projeto. 

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Os jovens são voluntários nas aulas de Libras, por não ser esta uma disciplina obrigatória. “O nosso objetivo hoje aqui é podermos estar falando, tocando os corações de todos, inclusive os que não conseguem ouvir”, disse a coordenadora da escola, Patrícia Braga.

Não só em shoppings ocorrem as apresentações, mas também em projetos, em casas de apoio, hospitais, orfanatos. A regente do coral, Amanda Brito, diz que os alunos estavam muito animados antes da apresentação. “Eles já chegaram e vieram me falar: ‘Tia, está dando um frio na barriga'. E já passou o frio na barriga pra mim. Eles estão muito ansiosos. Mas vai dar tudo certo. Porque ensinamos bastante.”

O coral da escola é formado por ouvintes que buscam levar músicas e incluir quem não se sente incluído. Na instituição tem um funcionário que é surdo. “Quando ele chegou à escola, os meninos viram que ele ficava de canto, isolado, e nós mesmos, funcionários, víamos isso. Com a Libras, eles já conseguiram se comunicar e é muito legal ver essa interação”, completou a regente Amanda.

Natasha Sâmea disse que é muito importante esse evento de inclusão social. “A gente se depara muito com pessoas surdas que às vezes ficam de fora dos eventos. O que a escola proporciona é muito importante para incluir todo mundo num só ambiente”, disse.

A integrante do coral Beatriz Lara, do nono ano, muito emocionada, contou como foi participar da programação. “A gente realmente deu tudo. Nos ensaios, colocamos nossa emoção. Porque é uma responsabilidade estarmos aqui apresentando”, completou.

Segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem quase 10 milhões de pessoas surdas. Isso equivale a 5% da população. 

A Libras foi oficialmente reconhecida como uma língua brasileira em 2002, na Lei nº 10.436, de 24 de abril. Empresas como Magazine Luiza, Natura e Claro estão dando exemplo de acessibilidade e inclusão. Contratam e facilitam a vida de pessoas surdas dentro do ambiente de trabalho para integração desses funcionários.

Da Redação do LeiaJá Pará (com reportagem de Erika Castro).

 

A encenação da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém, localizada no Agreste de Pernambuco, terá serviços que promovem a inclusão social de pessoas com deficiência. Pelo sétimo ano consecutivo, o Governo do Estado vai disponibilizar, nos dias 15 e 17 de abril, o serviço de interpretação de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para pessoas com deficiência auditiva, através do Projeto "Paixão Para Todos".

Vans do programa PE Conduz, além da audiodescrição para pessoas com deficiência visual na quarta-feira (17) também serão ofertadas pelo Governo de Pernambuco. Ao todo, seis intérpretes de Libras, divididos entre os dois dias, vão acompanhar as pessoas surdas durante a apresentação. Em cada cena, o grupo será posicionado em um espaço reservado.

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Cinco vans do programa PE Conduz, sendo três partindo do Recife e duas de Caruaru, irão garantir o transporte de cerca de 10 usuários nesta segunda-feira (15).  Na quarta (17), de acordo com o governo, o foco será para o processo de audiodescrição que vai atender 20 pessoas com deficiência visual, através de aparelhos de tradução simultânea, que possibilita informações sobre figurino, cenário e orientações durante todo o espetáculo.

De acordo com a Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência (Sead), são esperadas mais de 100 pessoas com deficiência durante os dois dias de oferta dos serviços.

Para o superintendente da SEAD, Edimilson Silva, proporcionar condições de acesso ao grupo em espaços como este ajuda a romper preconceitos. “É importante que as pessoas com deficiência possam e consigam ocupar esses espaços para quebrar estigmas de que só podem ficar em casa, que não são capazes de estar em ambientes como este. As pessoas com deficiência podem participar sim de eventos desse porte, basta apenas garantir condições necessárias”, pontua.

Os interessados pela oferta dos serviços de inclusão social podem solicitar na portaria do Teatro.

No Dia Nacional do Surdo, a comunidade estudantil com deficiência auditiva ganha uma excelente notícia. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou que, de agora em diante, disponibilizará a videoprova em Libras do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em seu portal, como já faz com a prova regular. A iniciativa permitirá que surdos e deficientes auditivos estudem pelos exames anteriores no mesmo formato em que ele é aplicado.

No momento, os vídeos com os enunciados e opções de respostas da videoprova de 2017 podem ser acessados pela playlist Enem em Libras do perfil do Inep no Youtube. Com o fornecimento do material no próprio portal do Inep, dotado de uma interface similar à da utilizada na videoprova do ano passado, será possível assistir o vídeo das questões e conferir o gabarito, caso seja da vontade do usuário. O novo recurso passará a ser oferecido ainda em setembro. 

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A inclusão tem sido uma das maiores bandeiras do ENEM. Em 2017, o Inep passou a oferecer a videoprova em Libras e escolheu o tema “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil” como mote da redação do ENEM. 

Com o objetivo de oferecer interação maior com o próximo e ampliando sua acessiblidade, a Cinemateca Pernambucana adaptou seu espaço físico para receber pessoas cegas, de baixa visão, surdas e ensurdecidas. O local se situa na Fundação Joaquim Nabuco, localizado em Casa Forte. 

A partir de terça-feira (25), a área contará com piso podotátil e visitas guidas com audidescrição e Libras, levando pessos com deficiências sensoriais à desfrutar de todo o conteúdo do acervo. Na inauguração, ocorrerá uma programação especial.

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A partir das 14h30 ocorrerá uma visita guiada com audiodescrição e Libras pelo espaço, e às 15h30, a Sessão Alumiar exibe com AD, Libras e LSE, o belíssimo longa brasileiro Colegas, de Marcelo Galvão. O filme narra uma jornada cheia de aventuras de três jovens portadores de síndrome de Down, que partem em busca dos seus sonhos.

"Agora é a vez de levarmos essa acessibilidade para nosso espaço físico, difundindo o cinema pernambucano para um maior numero de pessoas e promovendo uma expansão na inclusão cultural no estado”, destaca a coordenadora do Cinema da Fundação, Ana Farache. Ela ressalta que a Cinemateca já conta com filmes pernambucanos com três modalidades de acessibilidade comunicacional - Audiodescrição (AD), Língua Brasileira de Sinais (Libras) para pessoas surdas; e Legenda para surdos e ensurdecidos (LSE) - no seu acervo online.

 

Serviço
Cinemateca Pernambucana Acessível
Terça - feira (25), às 14h30
Fundação Joaquim Nabuco (1º Edifício Gil Maranhão, na Avenida Dezessete de Agosto, 2187, Casa Forte)
Gratuito

 

*Por Jhorge Nascimento

Após ser rejeitado por cinco donos, um cachorro surdo aprendeu a língua de sinais e agora entende chamados como "venha aqui" e "fique parado". O cão chamado de Ivor é da raça Staffordshire e tem 10 meses de vida. Por não ouvir, não conseguia ser adestrado pelos seus donos, o que fez com que Ivor fosse para um abrigo, que o ajudou ensinando um pouco da língua dos sinais.

Sua nova dona se chama Ellie; tanto ela, quanto o cachorro são da Inglaterra. A mulher havia visto o anúncio da ONG Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA) e, em entrevista à BBC, disse que foi amor à primeira vista. Além da linguagem de sinais, Ivor também está aprendendo a deitar de barriga para cima, já entende até quando tem alguém na porta de casa, segundo revela Ellie.

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Quando leu o tema da Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no domingo, Bernardo Manfredi, de 20 anos, imaginou que a única dificuldade seria escrever apenas 30 linhas. Diagnosticado com surdez severa, sempre estudou em escolas regulares, sofreu bullying e teve até matrícula rejeitada, mas também ganhou bolsa de estudos pelo bom desempenho. Apesar da proximidade com o tema, o candidato, que também sofre com disgrafia profunda (dificuldade na escrita) e transtorno psicomotor em mãos e braços, só recebeu o auxílio de um transcritor nos 30 minutos finais da prova.

A Redação deste ano teve como tema os desafios para a formação de surdos no Brasil. A proposta, que segue a tendência da prova de fazer discussões sociais, surpreendeu os participantes e foi considerada desafiadora por especialistas. Foi a terceira vez que Manfredi prestou o Enem. No ano passado, ele foi um dos 77 candidatos que tirou nota máxima (mil) na Redação.

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Este ano, como nos outros, solicitou na inscrição o apoio de um intérprete de leitura labial e um transcritor para preencher o cartão de resposta e escrever a redação. Logo que chegou à sala de prova, foi informado de que não teria o transcritor. "Disseram que eu não havia solicitado esse apoio, mas depois avisaram que o Ministério da Educação autorizou que chamassem alguém para me ajudar. O problema é que demorou muito."

Enquanto o profissional não chegava, Manfredi resolveu as questões, preencheu o cartão de respostas e fez o rascunho da redação. "É claro que eu fiquei angustiado, temia que o transcritor não aparecesse. Então, sim, fui prejudicado porque poderia ter feito uma prova e uma redação melhores com mais calma." Com pouco tempo para transcrever a redação para a folha de respostas, Manfredi disse que teve de cortar muito do que havia no rascunho. "Fiquei bem chateado, mas o importante é que passei a mensagem principal. Pela primeira vez senti que realmente existimos e podemos fazer diferença."

Desafio

Com a pontuação no exame anterior, foi aprovado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e conseguiu bolsa de estudos integral na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio para Filosofia.

Ele optou por fazer a graduação na PUC, mas precisou trancar por não conseguir assistência necessária para acompanhar as aulas. A universidade ofereceu um intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais), que o estudante não utiliza. "A instituição se esforçou para ajudá-lo, mas acho que falta informação para saber qual tipo de apoio oferecer em cada caso. O problema é que, sem a assistência adequada, ele foi se sentindo incapaz, chateado por não acompanhar as aulas", contou a mãe do jovem, Carmem Terezinha Pereira, de 62 anos.

No segundo semestre deste ano, Manfredi foi aprovado em História na UFRJ. Com sete disciplinas, cada uma de quatro horas semanais, ele também não teve o apoio de um intérprete. "Quando ele estava no colégio, em uma sala com no máximo 30 alunos, o professor falava olhando para ele, repetia quando necessário. Em uma sala de universidade, isso não acontece", disse Carmem.

Com dificuldades enfrentadas nas duas instituições, Manfredi decidiu que faria o Enem pela última vez na esperança de encontrar uma universidade que oferecesse melhor apoio a alunos com deficiência auditiva. "A falta de recursos me impediu de estudar. Não tive condições de seguir o curso que queria. Ainda assim, não desisto."

Procurada, a PUC-Rio disse ter o Núcleo de Apoio e Inclusão da Pessoa com Deficiência, que dá aos alunos suporte para acompanhar as rotinas acadêmicas. A UFRJ não comentou. O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do ministério responsável pela prova, disse não ter tido resposta do consórcio que fornece os profissionais de apoio.

Dados

Para especialistas, o desafio da inclusão de deficientes é grande em todos os níveis educacionais, mas ainda maior no ensino superior. "Falta informação sobre o assunto, a profissão do intérprete é pouco valorizada e difundida. Algumas instituições têm dificuldade de encontrar esse profissional e há até aquelas que dizem para o deficiente pagar pelo intérprete. A acessibilidade é um direito", disse Carla Regina Tesser, pedagoga do Instituto Singularidades.

Levantamento feito em abril e publicado pelo Estado mostra que a participação de alunos com deficiência cai a cada etapa da educação. Nos anos iniciais do fundamental (1º ao 5º ano), 3% têm alguma deficiência - física e/ou intelectual. Nos finais, 2%. Já no ensino médio, a taxa cai para 0,9%. No ensino superior, que não é obrigatório, há ainda menos alunos com deficiência: só 0,5% do total.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Entre os dias 21 e 30 de abril, junto ao terceiro Encontro Internacional de Audiodescrição, será realizado no Recife a IV Edição do Festival VerOuvindo. O evento tem como objetivo promover maior acessibilidade do público deficiente visual e auditivo ao conteúdo cinematográfico.

Nos dez dias do festival haverá promoção de debates, experimentos e estudos ligados à acessibilidade no audiovisual. A programação inclui a exibição de curtas e longas nacionais e regionais, além de uma Mostra Competitiva de projetos ligados à área, Masterclasses, mesas redondas, oficinas e bate-papo após as sessões. 

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Uma das inovações do festival esse ano será um óculos modificado para auxiliar o público com necessidades especiais, oferecendo audiodescrição e Libras. O novo recurso será utilizado durante a apresentação do filme "Shaolin do Sertão", de Halder Gomes, no domingo (30). Além disso, a acessibilidade comunicacional do evento agora abrange todas as pessoas com deficiência sensorial, a partir da inclusão de legendas para surdos e ensurdecidos. Outra novidade é a adição da categoria para iniciantes na Mostra Competitiva de Curtas com Audiodescrição. 

As inscrições para participar do júri popular da Mostra ainda estão abertas. Ela acontece no dia 27 de abril, a partir das 17h30, no Cinema do Museu, e contará com duas categorias: iniciante geral. O júri popular será composto por cinco pessoas com deficiência visual e quatro sem deficiência. O vencedor escolhido pelo júri levará R$ 500 e o troféu de Melhor Audiodescrição do VerOuvindo 2017. Para mais informações, acesse o site do VerOuvindo.com 

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Serviço

IV Edição do Festival VerOuvindo
Sexta (21) a Domingo (30) | 14h
Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175 - Boa Vista) | Cinema do Museu (Rua Henrique Dias, 609 - Derby) | Paço do Frevo (Rua da Guia, s.n. - Recife)
Gratuito
(81) 1234 5678

O Centro de Apoio aos Surdos (CAS) abriu as inscrições para a nova turma do curso de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais). Oferecido gratuitamente, todo semestre o curso atende cerca de 380 pessoas, divididas em 18 turmas.

As aulas começam dia 5 de agosto em turnos variados que o aluno deve escolher no ato da matrícula. Para se inscrever no curso é preciso comparecer até a próxima sexta (2), portando um comprovante de residência e RG, no prédio da  Escola Estadual Governador Barbosa Lima, no Derby, onde funciona o CAS. O horário de atendimento é das 8h às 12h e das 14h às 18h.

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Ao todo são seis níveis: dois básicos, um intermediário, dois avançados - todos com 3 horas-aula semanais, totalizando 60 horas-aula - e o nível de intérprete, que tem o dobro da carga horária, é restrito a ouvintes e confere certificado. Há também cursos para surdos que querem trabalhar como instrutores de Libras. Nesse caso, a entidade oferece 17 vagas.

Nessa semana, a Comissão de Seguridade Social e Família aprovou uma proposta de lei que torna obrigatória a oferta do ensino de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para os estudantes de todos os níveis e modalidades da educação básica, nas instituições públicas e privadas de ensino.

De acordo com informações da Agência Câmara de Notícias, as escolas deverão reservar, pelo menos, uma vaga para professor surdo, salvo algumas exceções. A agência também informa que o texto aprovado é um substitutivo do deputado Walter Tosta (PSD-MG) ao Projeto de Lei 2040/11, do Senado.

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As condições de oferta de ensino de Libras serão definidas através de regulamento de sistemas de ensino. Esses, segundo a agência, deverão dispor sobre a necessidade de bilíngues, de tradutores e intérpretes e de tecnologia de comunicação em Libras, entre outros.

Caso o projeto se torne lei, as escolas terão o prazo de três anos para se adaptar às exigências. A proposta ainda receberá análise das comissões de Educação e Cultura, de Constituição e Justiça, e de Cidadania, antes de seguir para o Plenário.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

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