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O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo continua aumentando e chegou a 772, segundo balanço divulgado na segunda-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 124 municípios de todos os nove Estados do Nordeste, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.

O balanço também indica que 21 localidades ainda estão com manchas de óleo, outras 455 têm fragmentos da substância e 296 são consideradas "limpas". Os pontos com mais de 10% de contaminação estão exclusivamente em Alagoas (5), na Bahia (12), no Piauí (1) e no Sergipe (3).

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Dentre os locais ainda com óleo, 34 ficam na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, com cerca de 120 quilômetros de praias e mangues em Pernambuco e Alagoas.

Por Unidade Federativa, as localidades ainda oleadas se distribuem da seguinte forma: Bahia (213), Sergipe (65), Alagoas (49), Pernambuco (21), Rio Grande do Norte (15), Espírito Santo (85), Ceará (7), Maranhão (9), Paraíba (1) e Piauí (11).

Segundo o Ibama, o conceito de "localidade" utilizado no mapeamento "se restringe a uma área de um quilômetro ao longo da costa", isto é, uma praia com 10 quilômetros de extensão possui 10 localidades.

"Desde o início da primeira ocorrência de óleo, 772 localidades foram atingidas, em algum momento. Há 16 dias não são encontradas manchas de óleo no mar e, na última semana, 99% das ocorrências correspondem a vestígios de óleo nas praias atingidas", diz nota divulgada pela Marinha.

Em relação à fauna, ao menos 143 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente a tartarugas marinhas (98) e aves (31). Nas redes sociais, a Fundação Mamíferos Aquáticos chegou a compartilhar imagens da recuperação de uma ave oleada encontrada em Maragogi (AL).

Pesquisadores apontam que o petróleo também foi encontrado no organismo de animais diversas, como mariscos e peixes. Eles também ressaltam que o impacto ambiental do óleo pode persistir por décadas.

A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em 30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material foi encontrado no segundo Estado, Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. Em 1º de outubro, a Bahia foi o nono e último Estado do Nordeste a receber óleo, com a primeira mancha identificada na Mata de São João. Por fim, fragmentos são encontrados no Espírito Santo, desde 7 de novembro, e no Rio de Janeiro, desde 22 de novembro.

Ao todo, foram retiradas mais de 4,5 mil toneladas de petróleo e itens contaminadas com o óleo, tais como baldes e equipamentos de proteção.

As praias do Sudeste brasileiro estavam, nesta segunda-feira (25), livres das manchas de óleo que se espalham pelo litoral brasileiro desde agosto, segundo balanço divulgado no início da noite pela força-tarefa de órgãos federais que monitora a situação.

Atualmente, oito localidades em quatro Estados permanecem com vestígios de óleo, com ações de limpeza em andamento: Araioses, no Maranhão; Barreiros, em Pernambuco; Japaratinga, Barra de São Miguel, Feliz Deserto, Maragogi e Roteiro, em Alagoas; e Cairu, na Bahia.

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Já tiveram registro de óleo e estavam limpas as praias dos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Sergipe.

Desde o início das ocorrências, em 30 de agosto, na Paraíba, 772 localidades foram atingidas no Nordeste e no Sudeste. Segundo a nota da força-tarefa, há 16 dias não são encontradas manchas de óleo no mar e, na última semana, 99% das ocorrências correspondem a vestígios de óleo nas praias atingidas.

Um estudo feito pelo Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) apontou redução de quase 66% no número de invertebrados bentônicos vivos (como corais, moluscos, crustáceos, polvos e lagostas) em quatro praias do litoral do Bahia, após o derramamento de óleo na costa, neste segundo semestre. Os corais foram as espécies mais afetadas até agora.

Os dados do trabalho foram apresentados ontem. Os pesquisadores compararam as informações de abril e de outubro de quatro praias (Forte, Itacimirim, Guarajuba e Abaí), em uma área de 140 metros quadrados. A quantidade média de indivíduos caiu de 446 para 151. Ainda conforme a pesquisa, houve queda no número de espécies - de 88 para 47.

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Branqueamento

As espécies mais afetadas foram os corais, que branquearam mais do que o normal. Desde 1995, quando o instituto da UFBA começou a acompanhar os recifes nas quatro praias, a taxa anual de branqueamento ficava entre 5% e 6%. Agora, o porcentual aumentou para 51,92%.

A cor dos corais é um fator para atestar a saúde dos invertebrados. O branqueamento pode levar à morte ou enfraquecer a estrutura reprodutiva das espécies.

O fenômeno pode aumentar, em condições naturais, se houver crescimento na temperatura da água ou aumento na incidência de radiação solar sobre os corais. Como não foi detectada nenhuma mudança considerável nesses fatores, a presença do óleo foi apontada como explicação para o fenômeno.

A possível perda de biodiversidade terá impacto na cadeia alimentar, segundo Francisco Kelmo, coordenador do estudo. "Esses números indicam que houve perda de patrimônio natural, redução no número de animais, na diversidade e aumento das doenças/mortalidade nos corais. Assim, compromete a cadeia alimentar, causa desequilíbrio", aponta o estudo.

Um dos ingredientes para a situação é o fato de que o óleo chegou às praias no início de outubro, justamente no período reprodutivo dos animais. Entre os tipos perdidos estão crustáceos e moluscos - polvos e lagostas estão no grupo e são os mais pescados e consumidos na região, segundo o professor.

Para Kelmo, o ecossistema deve levar de 10 a 20 anos para conseguir se recuperar naturalmente, caso não haja novos desastres. "Esse fantasma do óleo vai nos assustar por muito tempo", disse.

Consumo

Indagado sobre o perigo de consumo de animais pescados, o professor lembrou que análises recentes feitas pelo governo federal não apontaram riscos de contaminação por ingestão. Mas ponderou que o óleo consumido pelas espécies tem substâncias cancerígenas.

Kelmo foi autor de um estudo que mostrou vestígios de óleo nos aparelhos digestivo e respiratório de 50 animais. Procurado para comentar a pesquisa, o Ministério do Meio Ambiente informou que não poderia se posicionar ontem.

O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo continua aumentando e chegou a 764, segundo balanço divulgado no domingo (24) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 124 municípios de todos os nove Estados do Nordeste, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde o dia 30 de agosto.

O balanço também indica que 21 localidades ainda estão com manchas de óleo, outras 459 têm fragmentos da substância e 284 são consideradas "limpas". Os pontos com mais de 10% de contaminação estão exclusivamente em Alagoas (4), na Bahia (13), em Pernambuco (1) e no Sergipe (3).

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Dentre os locais ainda com óleo, 34 ficam na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, com cerca de 120 quilômetros de praias e mangues em Pernambuco e Alagoas.

Por Unidade Federativa, as localidades ainda oleadas se distribuem da seguinte forma: Bahia (215), Sergipe (68), Alagoas (46), Pernambuco (20), Rio Grande do Norte (14), Espírito Santo (89), Ceará (7), Maranhão (8), Paraíba (1), Piauí (11) e Rio de Janeiro (1).

Segundo o Ibama, o conceito de "localidade" utilizado no mapeamento "se restringe a uma área de um quilômetro ao longo da costa", isto é, uma praia com 10 quilômetros de extensão possui 10 localidades.

O derramamento de óleo que atingiu o litoral do Nordeste e do Espírito Santo chegou ao Rio de Janeiro. O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), informou por nota, neste sábado (23), que sexta-feira (22) pequenos fragmentos do material - cerca de 300 gramas - foram detectados e removidos na Praia de Grussaí, em São João da Barra, no litoral norte fluminense.

"O material foi analisado pelo Instituto de Estudo do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) e constatado como compatível com o óleo encontrado no litoral da região Nordeste e Espírito Santo", afirmou o grupo no texto.

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"Um grupamento de militares da MB já se encontra no local efetuando monitoramento e limpeza. Servidores do Ibama se juntarão a essa equipe no dia de hoje sábado, 23."

O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo no País continua aumentando e chegou a 695, segundo balanço divulgado na quarta-feira, 20, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 117 municípios de todos os nove Estados do Nordeste e do Espírito Santo foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde o dia 30 de agosto.

O balanço também indica que 23 localidades ainda estão com manchas de óleo, outras 402 têm fragmentos da substância e 270 são consideradas "limpas". Os pontos com mais de 10% de contaminação estão exclusivamente em Alagoas (2), na Bahia (15), no Rio Grande do Norte (1), em Pernambuco (2) e no Sergipe (3).

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Dentre os locais ainda com óleo, 40 ficam na Área de Proteção Ambienta Costa dos Corais, maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, com cerca de 120 quilômetros de praias e mangues em Pernambuco e Alagoas.

Em relação à fauna, ao menos 141 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente a tartarugas marinhas (96) e aves (31). Nas redes sociais, a Fundação Mamíferos Aquáticos chegou a compartilhar imagens da recuperação de uma ave oleada encontrada em Maragogi (AL).

Na Praia do Janga, em Paulista (PE), a reportagem chegou a encontrar algumas dezenas de peixes mortos junto a uma grande mancha em outubro. Além disso, o material já foi encontrado em regiões de corais.

Pesquisadores apontam que o petróleo também foi encontrado no organismo de animais diversos, como mariscos e peixes. Eles também ressaltam que o impacto ambiental do óleo pode persistir por décadas.

A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em 30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material foi encontrado no segundo Estado, Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. Em 1º de outubro, a Bahia foi o nono e último Estado do Nordeste a receber óleo, com a primeira mancha identificada na Mata de São João. Por fim, fragmentos são encontrados no Espírito Santo desde 7 de novembro.

Mesmo com a redução no surgimento de manchas, 17 praias do Nordeste estavam interditadas para banho, nessa terla-feira (20), por causa da presença de óleo. Outras 49 praias eram consideradas impróprias, mas por outras formas de poluição.

Além dos nove Estados da região, o Espírito Santo teve praias atingidas pelo óleo, mas ainda sem interdições. De olho na chegada dos turistas para festas de fim de ano e carnaval, os governos mantêm equipes de prontidão para limpar as praias.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Petrobras identificou que a sua reputação foi prejudica pela vazamento de petróleo em praias do Nordeste e do Espírito Santo. Pesquisa demonstra uma queda dos indicadores que avaliam a imagem da empresa a partir do período em que o acidente ambiental ganhou visibilidade. A análise interna da estatal é que uma parte expressiva da população relaciona o óleo à Petrobras, que tradicionalmente tem o nome associado a eventos que envolvem petróleo.

"O derramamento de óleo impactou a imagem da Petrobras, apesar de não termos responsabilidade nenhuma. Pelo contrário, saímos limpando o que não sujamos", afirmou o diretor de Governança e Conformidade da empresa, Marcelo Zenkner, em palestra na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

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Também presente ao evento, o diretor de Relação Institucional da Petrobras, Roberto Ardenghy, lamentou o prejuízo na imagem num momento em que a população retoma a credibilidade na empresa, abalada pela Operação Lava Jato. "Mas nas próximas semanas isso vai ser revertido", disse ele, acrescentando que a identificação do responsável pelo vazamento deve contribuir para melhorar os indicadores de reputação.

A Marinha distribuiu nota descartando a possibilidade levantada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que informou neste domingo (17) ter identificado um navio cargueiro que teria partido da Ásia em direção à África como o responsável pelo derramamento de óleo no litoral brasileiro. O cargueiro não está na lista das cinco embarcações apontadas pela Marinha como as principais suspeitas pelo derramamento.

A negativa foi dada com base em estudos realizados pelo Centro de Hidrografia da Marinha e pela geointeligência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com a nota a Marinha, a hipótese apresentada pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), sobre um eventual derramamento de óleo ocorrido por um navio a 26 km da costa da Paraíba, em 19 de julho, "não geraria o espalhamento de manchas que foi observado em nosso litoral, principalmente no sul do Estado da Bahia e norte do Estado do Espírito Santo".

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Segundo a Marinha, se a embarcação fosse a apontada pela universidade, o óleo apareceria no litoral bem antes de 30 de agosto, data do primeiro registro. A hipótese levantada pelo Lapis foi apresentada pelo coordenador do laboratório, Humberto Barbosa.

"O Ibama, por meio de geointeligência, considerou que não existem elementos científicos para afirmar que a feição linear escura encontrada nas imagens de radar apresentadas pelo Lapis trata-se de vazamento de óleo, sendo provável que seja fenômeno natural formado pelo rastro de um navio", prossegue a nota.

A Marinha também informou que não só ela, mas os demais colaboradores, nacionais e estrangeiros, "permanecerão conduzindo a investigação até que todas as questões envolvidas sejam elucidadas". Ressaltou ainda que "o ineditismo dessa ocorrência exigiu o estabelecimento de protocolo próprio de investigação, demandando a integração e coordenação de diferentes organizações e setores da sociedade, além de ampla troca de informações com organismos internacionais".

A Marinha esclarece que o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), "estabeleceu uma coordenação científica com apoio de mais de 100 pesquisadores e cientistas de Universidades e Institutos de Pesquisa" para investigar o ocorrido e que "o estudos e metas contemplam ações de curto, médio e longo prazo".

Em outro comunicado, a Marinha, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Ibama informam que nesta segunda-feira, 18, o navio-patrulha Guanabara encontra-se na região do Delta do Parnaíba-PI, com agentes do ICMBio e Secretaria de Meio Ambiente do Piauí embarcados, de modo a reforçar as ações de busca e recolhimento de resíduos oleosos no mar.

Diz também que na costa do Piauí militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica e todos os equipamentos disponíveis pelas forças estão sendo empregados em ações de limpeza e coleta de vestígios de óleo, assim como os agentes de órgãos estaduais e municipais. Além disso, equipes do Ibama e ICMBio "realizam ações de acompanhamento e avaliação dos possíveis danos causados na região".

O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo chegou a 643, segundo balanço divulgado no domingo, 17, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 116 municípios de todos os nove Estados do Nordeste e do Espírito Santo foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.

O balanço também indica que 18 localidades ainda estão com manchas de óleo, outras 363 têm fragmentos da substância e 262 são consideradas "limpas". Os pontos com mais de 10% de contaminação estão exclusivamente em Alagoas (3), na Bahia (10), no Rio Grande do Norte (2) e no Sergipe (3). Dentre os locais em que o óleo foi avistado em monitoramento do Ibama nas últimas 48 horas, estão a Praia de Três Coqueiros, na Bahia, e os manguezais da Ilha do Caju, no Maranhão.

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A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) informou neste domingo, 17, ter identificado um navio que seria responsável pelo vazamento de óleo no litoral do Nordeste. O nome da embarcação e a sua bandeira não foram divulgados, mas não se trata de nenhuma das cinco apontadas pela Marinha como as principais suspeitas pelo derramamento. O cargueiro teria partido da Ásia em direção à África.

O coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Ufal, Humberto Barbosa, afirmou que os dados coletados serão encaminhados ao Senado Federal no próximo dia 21, quando haverá uma audiência pública da comissão externa que acompanha as investigações.

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Na última sexta-feira, 15, o Lapis conseguiu identificar uma nova imagem do satélite Sentinel-1A, do dia 19 de julho deste ano, que revela uma mancha de óleo com cerca de 25 quilômetros de extensão por 400 metros a 26 quilômetros do litoral da Paraíba.

O Lapis já havia identificado, a partir de imagens de três satélites (Sentinel 1-A, Aqua-Modis e NOAA-20) feitas em 24 de julho, uma grande mancha de óleo a 40 quilômetros do litoral do Rio Grande do Norte.

"Já havíamos definido um padrão, um protocolo, em função da imagem do dia 24 de julho", explicou Humberto Barbosa. "Foi assim que encontramos uma nova mancha no litoral da Paraíba, no dia 19 de julho, que nos levou a definir uma primeira embarcação suspeita."

A partir dessas imagens, o laboratório rastreou todos os navios-tanques que transportavam óleo cru nessas datas e passaram pela costa do Nordeste. No total, os pesquisadores constataram que 111 navios navegaram por lá com esse tipo específico de carga.

De todas as embarcações analisadas, concluiu-se que apenas uma delas apresentava indícios de ter sofrido algum incidente durante o trajeto que justificasse um grande vazamento de óleo como o que atingiu o país.

Segundo as informações levantadas pelo Lapis, o navio costuma fazer o trajeto de um país asiático até a Venezuela, passando pela África do Sul. Normalmente, a embarcação navega com o transponder ligado, indicando sua localização ao longo de todo o percurso. No entanto, entre o dia primeiro de julho e o dia 13 de agosto, a embarcação navegou com o transponder desligado, violando o direito marítimo internacional.

O acompanhamento via satélite mostra que o navio partiu de um país asiático em primeiro de julho. Quando passou pelo Oceano Atlântico, a embarcação seguiu um trajeto incomum e fez uma manobra que indicaria uma mudança de trajetória, justamente na altura do litoral do Nordeste.

"O percurso mostra uma alteração na direção do navio, indicando um comportamento suspeito ou um grande problema mecânico", afirmou Humberto Barbosa. "Mas é claro que ainda será necessário aprofundar essas investigações."

O navio suspeito possui uma capacidade de carga duas vezes maior do que o Bouboulina - o navio grego apontado pelo governo como o principal suspeito do vazamento --, o que justificaria as seis mil toneladas de óleo já retiradas das praias do Nordeste.

A Marinha já havia descartado a imagem do dia 24 de julho como sendo de algas e não de óleo. Sobre a nova imagem encontrada, não foi divulgado ainda um comunicado.

Há 78 dias, o petróleo cru encontrado na costa brasileira ainda era chamado de "substância escura e oleosa". O que poderia parecer inicialmente um caso isolado se mostrou, contudo, uma das maiores tragédias ambientais do País, atingindo desde então quase 600 localidades do Nordeste e do Espírito Santo.

O óleo chegou a praias, ilhas, manguezais, rios e Áreas de Proteção Permanentes (APPs) em grandes manchas ou fragmentos. Em alguns lugares, foi encontrado mais de uma vez, inclusive em pontos que estavam praticamente limpos, como a Praia de Itapuama, uma das mais afetadas em Pernambuco.

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Os casos mais recentes são de vestígios, menores ou do tamanho da palma da mão, mas também impactantes para as comunidades locais, como a capixaba Praia de Regência, atingida há quatro anos pela lama da barragem de Mariana. O encontro do óleo e da lama também se repetiu em Abrolhos, na Bahia, que reúne a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul.

A retirada começa de forma improvisada, pela população local e até por turistas, e depois conta com diferentes esferas governamentais. Com o avanço do óleo por destinos turísticos do Nordeste, a gestão Jair Bolsonaro foi pressionada a intensificar a resposta. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, negou demora na reação ao desastre e o governo enviou militares às praias para ajudar na limpeza.

Em vários pontos, a maior parte da força-tarefa é de voluntários, muitas vezes sem equipamento adequado para evitar o contato direto com a substância. "Não era para voluntários terem contato com o resíduo nas praias. É só pegar o exemplo de outros países. Mas imagina o pescador, que tem no mar a fonte de renda, vendo que está chegando o piche", afirma Sidney Marcelino Leite, coordenador do movimento Salve Maracaípe.

Com a menor concentração de óleo em alguns Estados e o relato de contaminação ao contato com óleo, ONGs têm visto menos voluntários e até tentam emplacar convocações como "o óleo não acabou" e "cadê vocês?". "O grosso (do óleo) parou de chegar, as pessoas acham que está tudo bem e cai o número de voluntários. Ainda vem bastante gente no fim de semana. Agora, o processo é mais minucioso, como o de tirar das pedras", diz Leite.

Investigação

Até agora, a Polícia Federal não tem uma explicação definitiva sobre a origem e a causa do derramamento. Bolsonaro afirmou que o óleo tem "DNA da Venezuela", mas não há provas de que o país vizinho tenha relação direta com o vazamento, que teria começado em meados de julho até atingir, em agosto, o litoral do País.

Entre as hipóteses estão o derramamento por um navio que teria passado pela área ou, até mesmo, afundado. Segundo a PF, o navio grego Bouboulina é o principal suspeito, mas a empresa proprietária nega e especialistas têm questionado os indícios do governo. Outras questões seguem sem resposta, como o impacto no pescado. Embora o governo federal considere seguro o consumo, a pesquisa usada como base era inicial e teve anúncio contestado até por um dos cientistas responsáveis (por envolver produto da pesca industrial, minoria na região).

A maior parte dos esforços científicos vem de universidades federais, organizadas individualmente ou em rede do Norte ao Sul do Brasil. "O trabalho de pesquisadores e voluntários é desenvolvido em rede com outros Estados. Umas são formais, como as dos institutos, e outras informais", conta Jailson Bittencourt de Andrade, do Centro Interdisciplinar de Energia da Federal da Bahia (UFBA) e vice-presidente regional da Associação Brasileira de Ciências.

As pesquisas buscam soluções para questões emergenciais, mas devem se prolongar. "Os efeitos não vão cessar de imediato. É preciso alguns anos para investigar as consequências no ambiente e nos organismos", diz Emerson Soares, coordenador da força-tarefa da Federal de Alagoas (Ufal), que reúne 22 professores e cerca de 80 alunos de graduação e pós. Pesquisadores estimam que serão precisos de 10 a 20 anos para acabar com os efeitos nocivos do óleo.

Também são desconhecidos os efeitos no turismo. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis potiguar, não houve cancelamentos expressivos de reservas e o impacto deverá ser conhecido no início de dezembro, quando dados da ocupação hoteleira do último trimestre são tabulados.

Destino

No Sudeste, Estados e Prefeituras têm feito treinamentos diante da possível chegada do óleo. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), correntes marinhas podem levar o material até o norte fluminense, mas uma proteção natural dificulta a passagem ao sul de Cabo Frio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A força-tarefa do governo federal que acompanha o caso das manchas de óleo encontradas nas praias do litoral do Nordeste e do Sudeste brasileiro confirmou nesta sexta-feira, 15, o aparecimento de novas manchas de óleo no Piauí. O material foi encontrado em praias de Ilha Grande e Parnaíba. Na quinta-feira, 14, já haviam sido registradas manchas em Luís Correia, onde a praia de Atalaia foi decretada imprópria para banho pela secretaria estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Além desses casos no Piauí, têm vestígios de óleo e estão com ações de limpeza em andamento outros 20 locais: Araioses, no Maranhão; Fortim, no Ceará; Baía Formosa, no Rio Grande do Norte; Paulista e São José da Coroa Grande, em Pernambuco; Coruripe, Barra de São Miguel, Feliz Deserto e Piaçabuçu, em Alagoas; Brejo Grande, em Sergipe; Prado, Canavieiras, Ilhéus, Itacaré, Maraú, Cairu, Belmonte e Entre Rios, na Bahia; Linhares e Serra, no Espírito Santo.

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Segundo nota divulgada nesta sexta-feira pela força-tarefa, já foram recolhidas cerca de 4.500 toneladas de resíduos de óleo.

O óleo que já atingiu 546 localidades brasileiras chegou, na manhã dessa quarta-feira (13), à Reserva Biológica de Comboios, na Praia de Regência, localizada no município de Linhares (ES). Com 784 hectares, a reserva é uma unidade de preservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e é considerada um "santuário" de tartarugas marinhas.

No domingo (10), o petróleo já havia chegado a uma área de desova de tartarugas marinhas no Pontal do Iporanga, no mesmo município. A substância foi encontrada em pelo menos 23 localidades capixabas e há possibilidade de que chegue ao Estado do Rio nos próximos dias.

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Segundo a prefeitura de Linhares, "pequenas porções" de óleo foram encontradas na região de Comboios por voluntários do ICMBio. Uma equipe de oito militares do Exército teria sido deslocada para ajudar na retirada da substância, de acordo com a gestão municipal.

Segundo a secretaria municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Naturais, foi feito um trabalho para identificar e minimizar os possíveis impactos sobre os locais de desova. Equipes de limpeza das praias evitam utilizar maquinário pesado para não provocar o soterramento de ninhos. Ontem, mais uma tartaruga marinha foi achada morta, na Bahia.

Há quatro anos, Linhares já sofria os prejuízos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). Os rejeitos chegaram à foz do Rio Doce, na costa do Espírito Santo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O óleo derramado na costa do Nordeste já alcança sete praias do Espírito Santo e autoridades temem que ele possa chegar ao Rio de Janeiro nos próximos dias. De acordo com Humberto Barbosa, coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas, a direção e intensidade das correntes marítimas e ventos na superfície do mar serão determinantes para a chegada do óleo ao Rio.

O governo do Estado criou um grupo de trabalho especial para a vigilância da costa fluminense. O objetivo é garantir uma pronta resposta em caso de o petróleo chegar no Estado.

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O grupo é coordenado pela secretária estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Ana Lúcia Santoro, e composto por técnicos da secretaria e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

"Na última semana, o Inea realizou a capacitação de 80 pessoas, entre técnicos da Defesa Civil estadual, do Corpo de Bombeiros e do próprio órgão ambiental, além de militares do Exército para atuação em caso de surgimento de óleo na costa", informou o Inea em nota. "O treinamento incluiu atividade prática na praia, onde o grupo simulou atendimento de emergência."

Desde a segunda-feira, 11, o Inea iniciou a capacitação dos 25 municípios costeiros do estado. Inicialmente, o foco será nos municípios do noroeste fluminense e região dos lagos e, na próxima semana, nos municípios da Região Metropolitana e do sul fluminense.

A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia deu prazo de quinze dias para o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, responder, se quiser, à queixa-crime ajuizada pelo Greenpeace por suposto crime de difamação. A organização alega que Salles violou a lei ao acusá-la de depredar patrimônio público e insinuar envolvimento no vazamento de óleo que atingem as praias nordestinas.

Em um dos casos citados no processo, o Estadão Verifica, núcleo de fact-checking do jornal O Estado de S. Paulo, apontou que a declaração de Salles sobre a passagem do navio Esperanza é enganosa. Diferentemente do que disse o ministro, a embarcação só passou pelo Brasil um mês depois do aparecimento das manchas no Nordeste, e não na mesma época.

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O prazo concedido por Cármen Lúcia é praxe e serve para o acusado prestar explicações e/ou esclarecer eventuais ambiguidades ou dubiedades sobre a queixa-crime.

A organização foi ao STF contra manifestações do ministro sobre a ONG e destacou tuítes de Salles contra o protesto realizado pela entidade em frente ao Palácio do Planalto, em outubro. Segundo o Greenpeace, Salles acusou o grupo de depredar o patrimônio público nas redes sociais e em entrevista concedida ao jornal Correio Brasiliense.

"As afirmações do sr. Ministro são claríssimas no sentido de imputar a uma organização notoriamente pacífica o ato de depredar ou destruir o patrimônio público, o que se dirigido a pessoa jurídica caracteriza o delito de difamação", afirma.

No protesto, a ONG levou galhos de árvores e substância lavável para simular a poluição que atinge as praias brasileiras. O Greenpeace alega que o ato foi pacífico e sem impedir a entrada e saída de pessoas do Palácio do Planalto. No protesto, 17 manifestantes foram detidos e levados à delegacia. Eles foram liberados no mesmo dia, sem queixas da polícia.

Em relação ao navio Esperanza, a ONG destaca um tweet publicado por Salles no qual ele trata como ‘coincidências da vida’ o fato do navio da organização estar ‘navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento do óleo venezuelano’.

A informação, no entanto, é enganosa. Segundo cruzamento da rota da embarcação obtida no site Marine Traffic, que monitora navios em todo o mundo via GPS, com as datas registradas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de cada localidade atingida pelo óleo no Norte e Nordeste do País, é possível notar que o navio Esperanza chegou ao Brasil um mês depois das primeiras manchas de óleo atingirem a costa brasileira.

Segundo o Ibama, as primeiras manchas de óleo surgiram no final de agosto e início de setembro. O Esperanza chegou ao Estado do Maranhão apenas no dia 05 de outubro. Além disso, estudo solicitado pela Marinha à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aponta que o vazamento teria ocorrido em junho, entre 600 e 700 quilômetros da costa brasileira, na altura dos Estados de Sergipe e Alagoas. À época, o navio do Greenpeace estava cruzando o Atlântico Norte, nas proximidades do Canal da Mancha, entre a Inglaterra e a França.

Na petição entregue à Cármen Lúcia, a organização trata a insinuação do ministro como ‘falsa e leviana’. "Visa, evidentemente, promover uma verdadeira campanha difamatória de larga escala contra o Greenpeace", afirma. "Apenas a intenção de difamar e conspurcar a honra objetiva do Greenpeace explica a insinuação feita pelo sr. Ministro".

Defesa. Nos autos, a defesa de Ricardo Salles afirma que o ministro ‘rechaça veementemente’ as acusações do Greenpeace e ressalta que ‘ofensa genérica não é hábil a configurar o delito’ de difamação.

"Dentro da narrativa apresentada pelo Querelante (Greenpeace), o que se vê são demonstrações a opinião pessoal do Peticionário", afirma a defesa do ministro. "Nesse ponto, a doutrina esclarece que ‘difamar consiste em atribuir fato ofensivo à reputação do imputado - acontecimento concerto - e não conceito ou opinião, por mais gravosos ou aviltantes que possam ser".

Sobre a fala envolvendo o navio Esperanza, a defesa de Salles destaca que ‘não traz nada de pejorativo’. "Apenas enunciou a coincidência", afirma. Segundo os advogados, a organização não foi capaz de demonstrar ‘prejuízo moral’ causado pelas ‘manifestações de pensamento’ do ministro.

Com a palavra, o ministério do Meio Ambiente

A reportagem entrou em contato com o Ministério do Meio Ambiente e aguarda retorno. Nos autos, a defesa de Ricardo Salles afirma que o ministro ‘rechaça veementemente’ as imputações feitas pelo Greenpeace. O espaço está aberto a manifestações.

O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo chegou a 494, segundo balanço divulgado na segunda-feira (11), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 111 municípios de todos os nove Estados do Nordeste e do Espírito Santo foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.

O balanço do Ibama também indica que apenas 195 das 494 localidades atingidas estão "limpas", isto é, sem vestígios ou manchas. Dentre as que ainda têm óleo, estão a Praia do Japaratinga e o Mangue da Foz do Rio Coruripe, em Alagoas, e a Ilha de Comandatuba e o Porto do Sauípe, na Bahia.

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Por Estado, as 299 localidades ainda oleadas se distribuem da seguinte forma: Bahia (136), Sergipe (47), Alagoas (44), Pernambuco (26), Rio Grande do Norte (17), Espírito Santo (14), Ceará (9), Maranhão (3), Paraíba (1) e Piauí (2). O balanço do Ibama diverge do divulgado pela Marinha na mesma data, o qual aponta que "os Estados de CE, RN, PE, SE, PB, MA, PI, PA e AP estão com as praias limpas".

Em relação à fauna, ao menos 133 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente a tartarugas marinhas (89) e aves (30). Nas redes sociais, a Fundação Mamíferos Aquáticos chegou a compartilhar imagens da recuperação de uma ave oleada encontrada em Maragogi (AL).

Na Praia do Janga, em Paulista (PE), o Estado chegou a encontrar algumas dezenas de peixes mortos junto a uma grande mancha em outubro. Além disso, o material já foi encontrado em regiões de corais.

Pesquisadores apontam que o petróleo também foi encontrado no organismo de animais diversas, como mariscos e peixes. Eles também ressaltam que o impacto ambiental do óleo pode persistir por décadas.

A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em 30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material foi encontrado no segundo Estado, Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. Em 1º de outubro, a Bahia foi o nono e último Estado do Nordeste a receber óleo, com a primeira mancha identificada na Mata de São João. Por fim, fragmentos são encontrados no Espírito Santo desde 7 de novembro.

Ao todo, foram retiradas mais de 4,4 mil toneladas de petróleo e itens contaminadas com o óleo, tais como baldes e equipamentos de proteção.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um inquérito civil para investigar a qualidade dos pescados, frutos do mar, moluscos e outros produtos de origem marinha no estado após o vazamento de óleo que atingiu o litoral. O inquérito, publicado nesta terça-feira (12), é assinado por promotorias de defesa do consumidor da capital.

 Com a abertura do processo, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) será notificada para que realize análises nos produtos de origem marinha possivelmente afetados por hidrocarbonetos, encaminhando os resultados em até dez dias. Análises já realizadas após o derramamento de óleo também deverão ser enviadas.

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 Também serão notificados para que façam o mesmo tipo de análise o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco. 

 O Governo de Pernambuco já enviou para a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) 50 amostras de pescados recolhidos nas áreas atingidas pelo derramamento de petróleo. O Ministério da Agricultura afirmou, na segunda-feira (11), que resultados iniciais mostraram que o pescado está próprio para o consumo humano.

O Ministério Público Federal (MPF) cobra da União a realização de uma reunião extraordinária do Comitê de Suporte do Plano Nacional de Contingência (PNC) que trata da contaminação de praias do Nordeste por manchas de petróleo cru. Nesta segunda-feira, 11, o MPF pediu para que a Justiça Federal em Sergipe determine uma data para realização da reunião até, no máximo, o dia 17 deste mês.

Desde 30 de outubro, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) determinou que órgãos ambientais fossem convidados "de modo a viabilizar a efetiva participação" do colegiado do PNC. Segundo o MPF, o procurador da República Ramiro Rockenbach frisou que "a União fez o convite em 1º de novembro mas até agora nenhuma reunião ou providência foi tomada. Uma semana passou e a situação continua a mesma: os Estados do Nordeste à margem do PNC".

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O pedido do MPF ainda reforça que, dada a urgência, o agendamento da reunião poderá ser feito para o feriado nacional de 15 novembro ou no fim de semana. O pedido cita a carta dos governadores da região que cobra "celeridade no processo de combate e contenção às manchas de óleo por parte do Governo Federal, tendo em vista que o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por óleo ainda não foi colocado, na sua concretude, em prática".

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, alegou que não houve vazamento interno da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (10), duante coletiva de imprensa. O comandante do Ministério da Educação (MEC) caracterizou o assunto como 'um surto'. De acordo com Weintraub, o caso da suposta imagem que circula na internet foi uma falha em uma das ramificações de pessoas envolvidas no processo de aplicação da prova.

"Alguém da ponta tirou uma foto e vazou. E digo mais, não foi só um caso, não. Mas não foi um vazamento, a prova já tinha começado e não interferiu ninguém", disse o Weintraub. De acordo com o ministro, a foto teria sido tirada por um jovem de 18 anos. Abraham Weintrauba se negou a dar mais informações sobre o suposto vazamento da prova. Segundo Weintraub, o MEC já registrou um boletim de ocorrência contra o culpado da situação. 

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O ministro ainda disse que o caso deste domingo não foi premeditado. "Foi causado por uma pessoa que não pensou", disse. Ainda de acordo com Weintraub, durante a aplicação do Enem, alguns boletins de ocorrência contra "pessoas que apresentaram mau comportamento" foram registrados. 

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