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A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) criticou, em publicação no Twitter, o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que previa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação de vulnerabilidade e para as que estão encarceradas.

"Bolsonaro vetou o projeto de distribuição de absorventes! Com isso, ele mostra seu desprezo pela dignidade das mulheres vulneráveis e pela luta da sociedade contra a pobreza menstrual. Vamos derrubar o veto e mostrar que o Brasil é muito melhor que Bolsonaro!", escreveu. Tabata também apresentou um projeto visando a distribuição e ganhou o apoio de deputadas e senadoras de diferentes partidos.

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Jair Bolsonaro Bolsonaro vetou nesta quinta-feira (7) trechos da nova lei que previa a oferta gratuita de absorventes femininos e outros cuidados básicos de saúde menstrual. A decisão exclui a previsão de que o item seja distribuído sem custos a estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema. Ao justificar o corte da distribuição gratuita, Bolsonaro argumentou que, embora seja "meritória a iniciativa do legislador", a proposta não indicaria uma "fonte de custeio ou medida compensatória".

O deputado federal Carlos Veras (PT-PE), em publicação no Twitter, comentou sobre o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que previa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação de vulnerabilidade e para as que estão encarceradas.

"Desumano! Bolsonaro vetou medida aprovada pelo Congresso que garante a distribuição de graça de absorventes a meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social. Muitas nem vão à escola ou ao trabalho no período menstrual por falta do absorvente. É luta pra derrubar o veto!", escreveu Veras nesta quinta-feira.

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Bolsonaro vetou nesta quinta trechos da nova lei que previa a oferta gratuita de absorventes femininos e outros cuidados básicos de saúde menstrual. A decisão exclui a previsão de que o item seja distribuído sem custos a estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema. Ao justificar o corte da distribuição gratuita, Bolsonaro argumentou que, embora seja "meritória a iniciativa do legislador", a proposta não indicaria uma "fonte de custeio ou medida compensatória".

O Congresso derrubou um veto do presidente Jair Bolsonaro que liberou a possibilidade de despejos pelo não pagamento de aluguel até o fim de 2021, em função da pandemia de covid-19. Com isso, essas medidas estarão proibidas para aluguéis residenciais de até R$ 600 e comerciais de até 1,2 mil mensais.

A proposta também suspende os despejos praticados desde 20 de março de 2020 que ainda não foram concluídos, prevendo a dispensa de pagamento de multa para interrupção do aluguel. Além disso, o projeto aprovado e recuperado agora pelos congressistas interrompe a desocupação coletiva ou remoção forçada em propriedades urbanas e rurais, como em assentamentos.

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A decisão fez parte de um acordo envolvendo o próprio governo, que recuou e concordou com a rejeição do próprio veto em troca da manutenção de outros e da aprovação de projetos orçamentários ampliando a liberação de verbas em 2021. A Câmara havia votado para derrubar o veto mais cedo. No Senado, o veto foi rejeitado por 57 votos a 0.

Sudene

O Senado também chancelou decisão tomada inicialmente na Câmara recuperando um projeto que aumenta a área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O assunto opôs o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), desencadeando uma crítica pública do parlamentar à pasta de Guedes.

A Sudene é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, comandado por Rogério Marinho. Em maio, o Senado desengavetou um projeto de 2017 e aprovou a proposta incluindo 78 municípios de Minas Gerais e quatro municípios do Espírito Santo na área de atuação da autarquia, responsável por tocar projetos de forte apelo eleitoral no Nordeste.

Os empresários Amanda Vettorazzo, de 33 anos, e Yacoff Sarkovas, de 65, participaram das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) na Avenida Paulista em 2015. Há uma semana, os dois estiveram na mesma via para fazer o mesmo pedido agora em relação a Jair Bolsonaro, no ato organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua, os mesmos grupos que estavam na linha de frente há seis anos.

Mas, se antes havia convergência na tática e nas palavras de ordem, hoje eles discordam sobre a estratégia a ser seguida nas ruas: marchar junto com o PT e unificar a oposição em clima de Diretas-Já ou seguir em raia própria e manter distância do adversário de 2015?

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Integrante do grupo de renovação política RenovaBR e filiada ao Patriota, Amanda, que votou em Bolsonaro no segundo turno de 2018, disse que "com certeza" não iria a uma manifestação convocada pelo PT e afirmou que o partido "boicotou" o ato dia 12. "Sou totalmente avessa ao PT e justamente por isso defendo uma frente ampla, para poder continuar discordando de petistas democraticamente. O PT precisa reconhecer os riscos que Bolsonaro oferece às nossas instituições e deixar as eleições para 2022."

A empresária questiona se o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem interesse, de fato, no impeachment de Bolsonaro ou se os atos com a sigla servirão de palanque para projetar a candidatura presidencial do petista. "Se fosse igual a essa última, sem bandeira e com representantes da direita, centro e esquerda, eu iria, mas, se for para ver o Lula fazendo campanha, eu definitivamente não vou", afirmou.

A posição de Amanda é corroborada pelo Vem Pra Rua, que na quinta-feira decidiu não aderir a atos anti-Bolsonaro convocados por nove partidos, entre eles o PT. "Não faz sentido participar. Nosso registro histórico é anti-PT", disse a porta-voz do grupo, Luciana Alberto.

Já Sarkovas, que não é filiado a partido e integra a "iniciativa cívica" Derrubando Muros, grupo que busca uma terceira via para a disputa presidencial de 2022, considera um "equívoco" não haver, neste momento, uma integração entre todas as forças. "Não importa quem convoca, todos têm que ir. O momento é de grandeza e desprendimento. Eu vou em todas."

Esses dois personagens representam uma divisão que foi medida na Paulista no dia 12 por uma pesquisa feita pelo Monitor Político, da USP. O levantamento ouviu 841 dos 6 mil participantes da manifestação (segundo a Polícia Militar). Uma ampla maioria, 85%, se disse favorável à formação de uma frente ampla contra Bolsonaro, e 12% se declararam contrários.

‘Paradoxo’. Mas 38% dos manifestantes disseram que não iriam às ruas com o PT. "Esse é o paradoxo. Se entre os políticos existem dificuldades eleitorais para unir forças, na base existe muita mágoa e ressentimento. Os lavajatistas não perdoam o PT pela corrupção, e os petistas os chamam de golpistas", disse o professor de Gestão Pública da USP Pablo Ortellado, coordenador da pesquisa.

O levantamento também mediu a popularidade dos presidenciáveis na Avenida Paulista: Ciro Gomes (PDT) foi o mais citado, com 16%; Lula veio em seguida com 14%; Sérgio Moro, 11%; João Amoêdo (Novo), 8%; e João Doria (PSDB), 7%.

No carro de som do MBL, os políticos e líderes do ato também se dividiram em relação a uma eventual aliança com o PT. Enquanto Doria, Ciro e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) defenderam a unidade, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi contra, assim como os dirigentes do MBL. O grupo inclusive distribuiu camisetas com o mote "Nem Lula, Nem Bolsonaro", o mesmo que foi adotado pelo Vem Pra Rua antes de um acordo para não usá-lo no dia 12.

Um dado curioso é que, de todo o público ouvido, 37% disseram ser de esquerda ou centro-esquerda e 34% afirmaram ser de direita ou centro-direita. "Acho difícil acontecer essa tal junção entre esquerda e direita. Não vi ninguém da esquerda convidando a direita para a manifestação do próximo dia 2", disse o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP). Ex-bolsonarista, ele rompeu com o presidente e foi à Paulista.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro chamou de "absurdo" a proposta aprovada na Câmara dos Deputados que impõe uma quarentena de cinco anos para juízes e policiais disputarem eleições. Ele prometeu vetar a medida, se aprovada no Congresso.

"Espero que o Senado não aprove. O cara sai da cadeia e já pode ser candidato à Presidência da República, você é militar da ativa e não pode ser candidato a vereador. Não tem cabimento", disse Bolsonaro em transmissão ao vivo nas redes sociais. "Obviamente, se passar no Senado, acho que não passa, a gente veta. E a última palavra volta para o Congresso Nacional, se derruba ou mantém o veto", acrescentou.

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Bolsonaro ainda voltou a reconhecer o processo inflacionário no País. "A gente faz o possível para diminuir, não aumentar", declarou, na Live.

O presidente Jair Bolsonaro vetou a possibilidade de as bancadas estaduais no Congresso indicarem emendas na modalidade "transferência especial" em 2022, período eleitoral. Esses recursos são repassados diretamente para o caixa de Estados e municípios sem fiscalização federal. Pela agilidade, foram apelidados de "PIX orçamentário". Pela ausência de controle, receberam o nome de "cheque em branco". A decisão está no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira. Bolsonaro sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2002 na sexta-feira, mas o texto e os respectivos vetos foram publicados somente hoje.

Ao vetar o dispositivo, o Executivo destacou que as transferências especiais são autorizadas pela Constituição apenas para as emendas individuais, aquelas indicadas por cada deputado e senador no Orçamento. "Ademais, a proposição legislativa contraria o interesse público ao permitir às referidas emendas alocarem os recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de transferência especial ou com finalidade definida", diz a mensagem do Planalto.

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Apesar desse tipo de repasse ser previsto na Constituição só para emendas individuais, o Congresso tentou ampliar o modelo para as emendas de bancada, incluídas pelo conjunto de parlamentares de cada Estado, por meio da LDO sem alterar a Constituição. O impasse foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não decidiu a questão.

Mesmo no caso das emendas individuais, o formato é questionado por técnicos e órgãos de controle. Conforme o Broadcast Político revelou, esse repasse foi usado por dois em cada três congressistas neste ano, inclusive repassando dinheiro para prefeituras comandadas por familiares. O modelo foi copiado em pelo menos dez Estados, que criaram as transferências especiais nas Assembleias Legislativas para repassar recursos indicados por deputados estaduais.

O veto ainda poderá ser derrubado pelo Congresso. Foi o que ocorreu na LDO de 2021. As bancadas, porém, ainda não colocaram nenhum recurso como transferência especial, diante da insegurança jurídica e do impasse no STF. Se a possibilidade for validada para 2022, as bancadas estaduais poderão repassar aproximadamente R$ 7 bilhões para Estados e municípios nesse formato direto no próximo ano. O pagamento ocorre de maneira mais rápida do que outras emendas, que possuem entraves burocráticos e controle federal. Mesmo se a transferência especial for autorizada, o valor não deve chegar a esse patamar. Isso porque o fundo eleitoral, que bancará as campanhas em 2022, sairá justamente da reserva destinada a essas emendas coletivas.

O presidente Jair Bolsonaro recuou e sancionou a previsão de pagamento das emendas do relator-geral e das comissões na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. Com isso, os parlamentares poderão indicar esses recursos no Orçamento do ano que vem, em pleno período eleitoral. A decisão de manter essas emendas está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (23), diferente do que o governo havia anunciado na sexta-feira (20).

As emendas de relator estão no centro do orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão. Essas verbas foram incluídas no Orçamento nos dois últimos anos e aumentaram a quantidade de recursos com a digital dos parlamentares. O governo do presidente Jair Bolsonaro usou a distribuição para negociar apoio político no Congresso, reforçando uma velha prática conhecida como "toma lá, dá cá" na liberação de recursos em troca de votos no Legislativo.

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Dessa forma, o Planalto coloca a digital nesse modelo e abre mão dos próprios argumentos adotados na semana passada para vetar os dispositivos, como a ampliação da segregação de emendas e o grau de "engessamento" da despesa pública.

Na sexta-feira, a Secretaria-Geral da Presidência distribuiu uma nota informando que Bolsonaro sancionou o projeto da LDO de 2022 vetando a previsão de pagamento das emendas de relator-geral e comissões. Nesta segunda-feira, porém, a pasta enviou um novo comunicado retirando essa parte, mas manteve o veto ao aumento do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões. "Informamos que o documento encaminhado anteriormente não foi embasado na versão final do texto publicado hoje no DOU", informou a assessoria da pasta nesta segunda-feira.

Ao sancionar as emendas de relator, o presidente vetou outro dispositivo da LDO que aumentaria o controle do Congresso sobre a liberação desses recursos. O item vetado garantia que a execução respeitasse as indicações de beneficiários e a ordem de prioridades feitas pelo relator-geral. Além disso, dava um prazo de 180 dias para empenho dessas emendas, ou seja, para o Executivo reservar o dinheiro no Orçamento. Com esse veto, Bolsonaro mantém o controle da execução nas mãos dos ministérios, reforçando o poder de barganha.

O modelo de liberação desses recursos é questionado por especialistas e órgãos de controle. A emenda é incluída pelo relator-geral na Lei Orçamentária Anual (LOA), mas a distribuição das verbas é negociada internamente com deputados e senadores. O TCU identificou "perplexidades" no formato. No caso das emendas individuais, aquelas indicadas por cada deputado e senador e impositivas pela Execução, o poder de cada congressista indicar os beneficiários e a ordem de prioridade na execução ficou mantida. Isso garante que o governo libere o recurso para onde o parlamentar indicar. No caso da emenda de relator, como o Estadão revelou, a escolha foi feita por meio de envio de ofícios aos ministérios, sem garantia legal nem transparência adotada nas outras modalidades.

O presidente Jair Bolsonaro decidiu na noite desta sexta-feira, 20, vetar o valor de R$ 5,7 bilhões definido em junho pelo Congresso para o fundo eleitoral. Pressionado por sua base eleitoral, que criticou fortemente nas redes sociais o aumento do fundo, Bolsonaro havia feito várias críticas ao valor aprovado pelo Legislativo.

O presidente também resolveu vetar a possibilidade de emendas de relator para o Orçamento de 2022. Essa modalidade de emendas está no centro do escândalo do orçamento secreto. Revelado em uma série de reportagens pelo Estadão, o caso apontou o uso desse dispositivo pelo Palácio do Planalto para garantir a vitória dos aliados Arthur Lira (Progressistas-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) nas eleições para o comando da Câmara e do Senado, respectivamente.

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A decisão foi comunicada em nota divulgada pela Secretaria Geral da Presidência e será publicada em edição extra do Diário Oficial desta sexta. A ação, que precisa ser confirmada em votação no Congresso, foi tomada por Bolsonaro ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que também trouxe a decisão de vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões.

A LDO foi relatada pelo deputado Juscelino Filho (DEM-MA) e garante a permanência da indicação das verbas pelo relator-geral do Orçamento (RP-9) e pelas comissões do Congresso (RP-8). As emendas de comissões também foram vetadas por Bolsonaro.

As duas modalidades de emendas não permitem identificar os congressistas que as solicitaram. Foram usadas pelo Planalto, em 2020, no valor de R$ 21 bilhões, e continuam sendo utilizadas em 2021, com valores autorizados de R$ 16,5 bilhões, para enviar verbas às bases eleitorais de parlamentares sem os critérios de distribuição e transparência adotados para as demais emendas. O mecanismo foi questionado no Tribunal de Contas da União (TCU), que concluiu que o modelo fere a Constituição.

Ao justificar o veto, o governo disse que o fez "por motivos de política fiscal". A Secretaria-Geral da Presidência afirmou em nota que as modalidades de emendas vetadas "ampliam a segregação" de emendas de livre escolha de responsabilidades de ministérios e "que engessa excessivamente a despesa". "O que pode prejudicar a condução e execução efetiva de políticas públicas sob responsabilidades de cada Pasta", destacou.

Em 2020 os partidos obtiveram R$ 2 bilhões de fundo eleitoral para as disputas municipais. Nas eleições gerais de 2018 o total distribuído foi de R$ 1,8 bilhão. Bolsonaro deve agora encaminhar um novo projeto ao Congresso, alterando o cálculo para a despesa. O valor deve ficar entre R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões, de acordo com o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO). A análise do novo valor ocorrerá em dezembro durante a votação do Orçamento.

A quantia citada por Gomes está abaixo do patamar de R$ 4 bilhões que o Centrão estava disposto a negociar. Apesar do valor sugerido pelo Palácio do Planalto, o governo federal e partidos ainda não chegaram a um acordo sobre o valor do fundo eleitoral de 2022.

Dirigentes de partidos procurados pelo Estadão disseram que ainda não há uma definição sobre o valor e evitaram dizer se a quantidade sugerida pelo governo vai ter apoio. Os chefes das legendas não pretendem dar celeridade às negociações e querem usar todo o prazo até a votação do orçamento para definir o tamanho do fundo.

"A gente vai conversar entre os partidos para verificar qual o valor que vamos propor de acordo. Como foi feito lá atrás (na votação que havia definido os R$ 5,7 bilhões). É um negócio que ainda temos um prazo para fazer e é só conversar", disse o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP).

"Ele (Bolsonaro) vai ter que mandar um valor no orçamento e esse valor vai ser negociado daqui para votação do orçamento, ou seja, daqui para dezembro", completou o deputado.

Relator-geral no Congresso do orçamento de 2022, onde a quantia vai ser definida, o deputado Hugo Leal (PSD-RJ) também afirmou que o valor do fundo ainda não tem um acordo. "Esta discussão é do coletivo de líderes. Vamos aguardar a consolidação da informação e ver as repercussões".

Um dos maiores beneficiados com o aumento do fundo, o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), declarou que o espaço no orçamento para aumentar o dinheiro eleitoral pode ser feito como remanejamentos dentro do orçamento.

"Sem alterar o orçamento público, apenas com um pequeno ajuste em remanejar as emendas de relator. Isso atenderia a milhares de candidatos com valores razoáveis sem qualquer prejuízo de acréscimo orçamentário", afirmou ao fazer críticas ao orçamento secreto, caso revelado pelo Estadão.

Em evento promovido pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo na quarta-feira, 18, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, defendeu a decisão do Congresso de aumentar o fundo para R$ 5,7 bilhões. "Se não (houver aumento do fundo), a sociedade vai olhar e pensar que as reformas políticas são feitas para manter os mesmos políticos", declarou

Kassab também disse que o aumento do fundo eleitoral acontece por conta da proibição de doações eleitorais de empresas privadas. "Empresas não vão doar. Criou-se uma cultura de que a doação era corrupta, e parte dela era. Se não tiver (financiamento) público, haverá caixa 2", disse.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai vetar o fundo eleitoral, o "Fundão", na íntegra caso seja impedido de cortar o que exceder a lei de 2017 de reajuste ao projeto. De acordo com o chefe do Executivo, a ordem dada por ele foi vetar tudo o que extrapolar aquilo previsto em 2017, uma vez que não quer gerar atritos com a Câmara dos Deputados ou o Senado. "Mas vamos supor que não seja possível porque está em um artigo só, então vete tudo", declarou Bolsonaro à Rádio Capital Notícia - Cuiabá/MT, na manhã desta terça-feira (17).

O chefe do Executivo voltou a declarar que "temos que cumprir a lei" e, não pode vetar ou sancionar "qualquer coisa sem responsabilidade". "Se eu sancionar o que não devo ou vetar o que não posso, estou em curso em crime de responsabilidade", afirmou.

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Apesar da justificativa utilizada por Bolsonaro, não há obrigação por parte da Presidência da República de reajuste mínimo do chamado "Fundão" pela inflação. Se o presidente confirmar o veto à regra aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o valor ficará em aberto.

Segundo determina e legislação, o governo e os parlamentares deverão estabelecer o gasto com as campanhas no ano que vem de acordo com o seguinte cálculo: usar o valor dos impostos arrecadados com o fim da propaganda partidária, calculado em R$ 803 milhões no ano que vem, mais um porcentual não definido da reserva destinada às emendas parlamentares de bancada, cuja somatória deve chegar a R$ 8 bilhões no próximo ano.

O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente um projeto de lei (PL 827/2020) que proibia o despejo em imóveis urbanos durante a pandemia de coronavírus. O texto aprovado pelo Senado e pela Câmara pretendia suspender as desocupações determinadas pela Justiça até 31 de dezembro deste ano. O veto foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5).

Para Bolsonaro, o projeto “daria um salvo conduto para os ocupantes irregulares de imóveis públicos” que, segundo o presidente da República, “frequentemente agem em caráter de má fé”. Na mensagem enviada ao Congresso Nacional, Bolsonaro afirma ainda que a medida poderia “consolidar ocupações existentes, assim como ensejar danos patrimoniais insuscetíveis de reparação”. Ele cita como exemplo a construção de muros de contenção, edificações, calçadões ou espigões nas áreas de bens de uso comum ou danos ambientais graves.

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O projeto relatado pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) também dispensava o pagamento de multa para interrupção do aluguel e permitia mudanças contratuais por meio de correspondências eletrônicas ou aplicativos de mensagens. Para Jair Bolsonaro, o PL 827/2020 estava “em descompasso com o direito à propriedade” e conduziria a “quebras de contrato promovidas pelo Estado”.

Ainda segundo o presidente, o projeto “geraria um ciclo vicioso”. “A proposta possibilitaria melhorias para o problema dos posseiros, mas, por outro lado, agravaria a situação dos proprietários e dos locadores. A paralisação de qualquer atividade judicial, extrajudicial ou administrativa tendente a devolver a posse do proprietário que sofreu esbulho ou a garantir o pagamento de aluguel impactaria diretamente na regularização desses imóveis e na renda dessas famílias de modo que geraria um ciclo vicioso, pois mais famílias ficariam sem fonte de renda e necessitariam ocupar terras ou atrasar pagamentos de aluguéis”, escreveu na mensagem.

*Da Agência Senado

O presidente Jair Bolsonaro voltou a sinalizar que poderá vetar mais de R$ 2 bilhões do fundo eleitoral e reforçou que, se pudesse, "vetava todo o Fundão". De acordo com Bolsonaro, ele ainda não sabe o valor exato a ser vetado, mas acredita que o corte ultrapassa R$ 2 bilhões. Bolsonaro manteve o discurso de que tem que aprovar a ferramenta para não incorrer no crime de responsabilidade. A declaração foi dada em entrevista à 89 FM (SP) na manhã desta sexta-feira (30).

O chefe do Executivo também declarou não concordar com o fundo eleitoral. Segundo ele, "ninguém precisa, no meu entender, de recorrer a recursos públicos para fazer campanha". E continuou: "quem tem mandato especial e quem faz uso do Fundão, ele tem oportunidade, ao longo de quatro anos, de trabalhar e consolidar o apoio junto a população, agora, sou obrigado a sancionar aquilo que a lei diz".

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Apesar da justificativa utilizada por Bolsonaro, não há obrigação por parte da Presidência da República de reajuste mínimo do Fundão pela inflação. Se o presidente confirmar o veto à regra aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o valor ficará em aberto. Segundo determina a legislação, o governo e os parlamentares deverão estabelecer o gasto com as campanhas no ano que vem de acordo com o seguinte cálculo: usar o valor dos impostos arrecadados com o fim da propaganda partidária, calculado em R$ 803 milhões no ano que vem, mais um porcentual não definido da reserva destinada às emendas parlamentares de bancada, cuja somatória deve chegar a R$ 8 bilhões no próximo ano.

Conforme informou o Estadão/Broadcast, o valor do Fundão ajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) projetado para 2021 e 2022 seria, portanto, de R$ 2,197 bilhões, bem inferior aos "quase R$ 4 bilhões" estimados pelo presidente. O cálculo, realizado por técnicos do Congresso Nacional, tem como base os R$ 2,035 bilhões a que os partidos tiveram direito no ano passado para as eleições municipais.

Distante do cenário político desde que foi condenado duas vezes no âmbito da Operação Lava Jato em 2016, o ex-presidente da Câmara responsável por instaurar processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), Eduardo Cunha (MDB-RJ), lamentou o veto do presidente Jair Bolsonaro ao PL 6330/19. O Projeto de Lei obrigava planos de saúde a fornecerem medicamentos para tratamento domiciliar de pacientes com câncer.

Após passar por presídios em Curitiba e no Rio de Janeiro, ter o mandato cassado e perder a aposentadoria na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pelos crimes de improbidade administrativa, corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, as publicações recentes de Cunha no Twitter se restringiam a torcer pelo Flamengo e comentários sobre futebol.

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Para a surpresa dos que sentiam falta dos posicionamentos críticos do ex-líder da bancada evangélica, na manhã desta quarta-feira (28), ele se mostrou contra a postura do Governo Federal ao projeto.

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Mesmo inelegível até 2027, Cunha voltou à cena para afirmar que a falta dos remédios para os pacientes oncológicos vai aumentar os custos dos próprios planos de saúde.

"Espero que o Congresso derrube esse veto. As motivações desse veto não são corretas. Os doentes de câncer sem os remédios, certamente vão acabar demandando hospitalização, que aumentará os custos dos próprios planos de saúde", calculou.

Crente em uma autocrítica do Executivo, ele lamentou que a proposta partiu do Senado após ser engavetada na Câmara, mas acredita que o Governo “vai apoiar a derrubada do próprio veto ao acrescentar: “eles foram levados ao erro”.

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que vetará apenas o "excesso" do fundo eleitoral, cerca de R$ 2 bilhões dos R$ 5,7 bilhões aprovados pelo Congresso em dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para justificar o ato, citou novamente projeção incorreta para a inflação e distorceu informações sobre a lei que regulamenta o financiamento de campanhas. Ele disse ser obrigado a conceder um reajuste mínimo de acordo com a correção monetária do período.

"Toda vez que tem eleições, o que a lei manda fazer? Pegar o valor anterior, botar inflação em cima, é o novo Fundão. Então, no caso desse, eu não posso vetar, porque se eu vetar, eu estou deixando de cumprir a lei de 2017. Neste caso, no Fundão, extrapolaram. Então eu posso vetar. Vetar o que? O excesso", disse nesta terça-feira (27) em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

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Apesar da justificativa utilizada pelo presidente, não há obrigação por parte da Presidência da República de reajuste mínimo do chamado Fundão pela inflação. Se Bolsonaro confirmar o veto à regra aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o valor ficará em aberto. Segundo determina e legislação, o governo e os parlamentares deverão estabelecer o gasto com as campanhas no ano que vem de acordo com o seguinte cálculo: usar o valor dos impostos arrecadados com o fim da propaganda partidária, calculado em R$ 803 milhões no ano que vem, mais um porcentual não definido da reserva destinada às emendas parlamentares de bancada, cuja somatória deve chegar a R$ 8 bilhões no próximo ano.

Conforme informou o Broadcast Político, o valor do chamado Fundão ajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) projetado para 2021 e 2022, seria de R$ 2,197 bilhões, bem inferior aos "quase R$ 4 bilhões" estimados pelo presidente. O cálculo, realizado por técnicos do Congresso Nacional, tem como base os R$ 2,035 bilhões a que os partidos tiveram direito no ano passado para as eleições municipais.

O presidente tentou se defender de críticas com relação a seus vetos, já que parlamentares como o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), o desafiaram a vetar o Fundão de forma integral. O chefe do executivo manteve o discurso de que incorreria em crime de responsabilidade, caso retirasse os recursos para financiamento de campanhas da previsão orçamentária de 2022.

Remédios para câncer

Bolsonaro aproveitou para justificar o veto de ontem ao projeto que facilitaria acesso a remédios orais contra o câncer, "um projeto muito bom", em sua própria avaliação, mas, segundo ele, sem um uma fonte de custeio. "Se eu sancionar, estou em curso de crime de responsabilidade. Aí eu veto, apanho porque vetei. Por falta de conhecimento do pessoal." O texto previa redução dos requisitos necessários para que planos de saúde arcassem com os custos dos medicamentos.

Bolsonaro usou o mesmo argumento para justificar seu veto a um projeto que dispunha sobre uma ajuda financeira para fornecer internet de alunos e professores das escolas públicas.

O presidente, insatisfeito com as críticas que tem recebido, disparou: "De vez em quando dá vontade de falar que vocês merecem os presidentes que tiveram anteriormente", mas se atrapalhou na conclusão de seus pensamentos. "Fazer as coisas sem responsabilidade não é fácil", disse.

Voto impresso

Sem perder de vista a disputa eleitoral do ano que vem, Bolsonaro continuou - como tem feito diariamente - a atacar a democracia e a sugerir a seus apoiadores que o pleito será fraudado. Ele agora tenta mudar o nome "voto auditável", que usa para falar do voto impresso, para "voto democrático". Bolsonaro também alertou os apoiadores que quem se eleger no ano que vem poderá fazer duas indicações para o Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023. "Olha o que está em jogo", disse.

"Os que tiraram o Lula da cadeia são os mesmos que vão contar os votos", afirmou, apesar de apenas três dos sete integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pertencerem ao Supremo Tribunal Federal (STF), corte responsável pela decisão que anulou as condenações do ex-presidente pela Justiça de Curitiba e transferiu o processo para Brasília.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a decisão final sobre o reajuste do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões caberá ao Congresso, responsável, segundo ele, por decidir se derrubará o veto do Planalto. "O governo não tem tantos poderes no Brasil. A palavra final dessa proposta caberá ao Parlamento brasileiro, porque o Congresso poderá derrubar esse veto", disse, em entrevista à Rádio Grande FM, de Dourados (MS).

Ele citou artigo 85 da Constituição, que determina quais são os crimes de responsabilidade da Presidência da República, ao repetir que seria obrigado a aprovar o aumento da verba para campanhas eleitorais, caso o montante adicional correspondesse à correção inflacionária. "Grande parte da população não entende a questão de veto, do artigo 85 da Constituição. Esse fundão, como extrapolou o valor do ano anterior mais a correção monetária, eu tenho liberdade para vetar, e assim vou proceder", repetiu

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Ao reafirmar que não sancionará a matéria, incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o presidente eximiu base aliada da responsabilidade pela aprovação do texto e voltou a responsabilizar o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), que presidiu a sessão legislativa durante a qual se votou a LDO. O presidente repetiu também que Ramos teria "atropelado votação de destaque" para que o fundão eleitoral, o que não é verdade.

Ramos colocou em pauta o destaque do Novo para votar o fundão separado do restante da LDO, mas o pedido foi rejeitado, inclusive por parlamentares aliados ao governo.

O presidente Jair Bolsonaro disse que seria forçado a sancionar o fundão, caso o valor previsto para a medida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) fosse "da ordem de R$ 3 bilhões". "O que a lei manda fazer é corrigir o fundão pela inflação nos últimos dois anos. Então, se tivesse chegado um fundão na ordem de R$ 3 bilhões, eu seria obrigado a sancionar. Um deputado ou senador pode votar no que ele quiser", disse em entrevista à rádio Jovem Pan Itapetininga na manhã desta quarta-feira (21).

Bolsonaro prometeu, nessa terça (20), que vetaria o Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso. Nas redes sociais, representantes da base aliada do governo foram criticados por terem votado favoravelmente ao reajuste de R$ 3,7 bilhões da verba à qual partidos teriam acesso para financiar campanhas eleitorais. O presidente os defendeu ao dizer que a LDO era de interesse do Executivo e que o aumento do valor do fundão era "casca de banana" deixada pelo Parlamento. No entanto, governistas não apoiaram a iniciativa do Novo de pedir destaque para que a matéria fosse votada separadamente do restante da previsão orçamentária de 2022.

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Internet nas escolas

Bolsonaro também se queixou das críticas que recebe por ter vetado projeto aprovado pelo Congresso para instalação de internet nas escolas. Segundo ele, não havia previsão de execução orçamentária e, caso sancionada, sua gestão correria risco de ser enquadrada no artigo 85 da Constituição, que trata dos crimes de responsabilidade da Presidência da República.

"Eu vetei. Aí o pessoal fala: que presidente maldoso, ele não quer internet nas escolas. Só que o custo chegava a R$ 4 bilhões e o deputado que é o pai da criança não apresentou a fonte de custeio. Se eu sanciono, eu estou em curso no artigo 85 da Constituição, crime de responsabilidade. Eu tenho um montão de trava do meu lado, não posso fazer o que vem na telha", justificou-se.

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira (20), que ainda não vetou o trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada no Congresso, que prevê aumento do Fundo Eleitoral, de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, porque o projeto ainda não chegou na sua mesa. Ele lembrou ainda que terá 15 dias úteis para tomar a decisão.

"Eu precisava da aprovação da LDO e os parlamentares que votaram favoravelmente foram rotulados como se estivessem votando essa majoração do fundão, o que não é verdade", disse em entrevista à Rádio Itatiaia.

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No entanto, a base aliada do governo não apoiou a iniciativa da bancada do Novo de pedir destaque da votação do chamado "fundão", para que a medida pudesse ser votada separadamente da LDO. Desta forma, seria possível aprovar a previsão de orçamento para 2022 sem que houvesse aumento dos recursos destinados aos partidos para financiamento das campanhas.

Bolsonaro disse ter liberdade de vetar a proposta devido ao que considera "extrapolação" por parte do parlamento no valor estabelecido. No entanto, a medida é do interesse de setores fisiológicos do Congresso, aos quais o governo se aliou desde as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, nas quais o Planalto apoiou candidatos destes setores.

O presidente Jair Bolsonaro pretende vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada com votos da bancada governista. A declaração foi dada à TV Brasil. A emissora adiantou há pouco trechos de uma entrevista exclusiva que irá ao ar às 22h30 de hoje.

Na avaliação de Bolsonaro, a cifra aprovada é astronômica e poderia ser mais bem utilizada em obras de infraestrutura. "É uma cifra enorme, que no meu entender está sendo desperdiçada, caso ela seja sancionada. Posso adiantar para você que não será sancionada", afirmou o chefe do Palácio do Planalto.

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Ontem, ao deixar o hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde ficou internado por quatro dias para tratar uma obstrução parcial do intestino, Bolsonaro afirmou que a elevação do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões - mais do que o triplo destinado às eleições de 2018, quando foi distribuído R$ 1,8 bilhão - foi uma "casca de banana" dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Ele jogou a culpa pelo aval dado ao Parlamento à proposta no vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), que liderava a sessão.

Uma tentativa de barrar o fundão eleitoral que praticamente triplicou os repasses públicos para campanhas políticas teve o apoio de apenas cinco partidos. Cidadania, PSOL, Podemos e PSL foram os únicos a apoiarem uma mobilização feita pelo Novo para rejeitar o fundo de R$ 5,7 bilhões incluído na votação, anteontem, da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) no Congresso. Atualmente, 24 partidos políticos têm representação na Câmara dos Deputados.

O Novo apresentou ao plenário um pedido de alteração do texto-principal, o chamado "destaque", para retirar das regras do Orçamento a previsão de um cálculo para o financiamento de campanha. Com isso, o montante teria de ser definido na Lei Orçamentária Anual (LOA), a ser entregue pelo governo ao Congresso até agosto. Como há necessidade de cortar recursos, isso dificultaria o aumento. O pedido, porém, não conseguiu convencer a maioria das legendas.

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A votação desse destaque apresentado pelo Novo foi simbólica, ou seja, sem a contagem nominal de votos. Dessa forma, não é possível saber exatamente como votou cada parlamentar em relação a esse tema, especificamente. A única votação nominal feita refere-se ao texto geral da LDO, que tratava de toda aplicação do dinheiro público no País, e não apenas de repasses para campanha.

As lideranças do Cidadania, PSOL e Podemos se manifestaram em apoio ao pedido do Novo. Cerca de 15 minutos após o encerramento da votação, o PSL também se manifestou favorável. "Os deputados estão me acionando bastante para deixar registrado somente que o partido é contra o fundo eleitoral nos moldes em que está", disse o deputado general Peternelli (PSL-SP), em nome do seu partido.

Na Câmara, Cidadania (8), PSOL (9), Podemos (10), PSL (53) e Novo (8) somam 88 deputados, mas seriam necessários 257 votos para a aprovação do destaque.

"Nós somos contrários ao uso de dinheiro público para financiamento de campanhas. Na nossa opinião, dinheiro público tem que ser utilizado para a saúde, para a segurança e para a educação. Não faz nenhum sentido, na nossa visão, todos os cidadãos brasileiros pagarem essa conta, todos os cidadãos brasileiros financiarem partidos políticos e financiarem campanhas", disse a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), ao defender o destaque no plenário.

Anteontem, o Congresso decidiu turbinar o financiamento das campanhas eleitorais de 2022, com uma mudança nas regras apresentada de última hora. A alteração na construção do Orçamento do próximo ano reserva R$ 5,7 bilhões para as campanhas do ano que vem. Esse montante (sem descontar a inflação) de dinheiro público representa um aumento de 185% em relação ao valor que os partidos obtiveram em 2020 para as disputas municipais - R$ 2 bilhões. É também mais que o triplo do que foi destinado às eleições de 2018, quando foi distribuído R$ 1,8 bilhão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs prorrogar até 31 de outubro a proibição de cortes de energia por falta de pagamento de famílias de baixa renda. A medida foi aprovada em março e tem vigência até 30 de junho. A diretoria da agência reguladora deverá analisar a sugestão dos técnicos, mas não há previsão de quando o processo será pautado.

A resolução entrou em vigor em meio a um agravamento da pandemia no País. Mesmo com a vacinação contra a Covid-19, a área técnica analisou que não há perspectiva de melhora da situação sanitária no médio prazo, considerando que ainda há um alto índice de contágio. Especialistas já apontam que uma terceira onda da doença pode chegar ao Brasil em junho.

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Pela proposta apresentada em nota técnica em 28 de maio, a medida continuaria valendo nos mesmos termos e para os mesmos grupos de consumidores. O processo será relatado pelo diretor Hélvio Neves Guerra, que poderá alterar as recomendações.

A suspensão vale para cerca de 12 milhões de unidades consumidoras inscritas no programa Tarifa Social, consumidores que precisam de energia para manter equipamentos essenciais à vida em funcionamento e os que não estão recebendo a conta de luz em casa. Também abrange unidades de saúde e hospitais e regiões onde não há instituições financeiras abertas por conta de restrições de isolamento social.

Cadastro

Além da proibição de cortes, a agência também suspendeu as verificações periódicas em relação aos cadastros das famílias inscritas no Tarifa Social, ou seja, nenhum consumidor pode ser retirado do programa enquanto a resolução estiver vigente.

O mecanismo é semelhante ao que foi adotado em 2020, quando a proibição foi mais ampla e valeu para todos os consumidores do País. No ano passado, a agência julgou necessário prorrogar a medida por mais alguns meses, ao avaliar a permanência de impactos de medidas de isolamento social no setor elétrico.

Segundo os técnicos, algumas medidas adotadas no ano passado mitigaram a evolução do índice de inadimplência dos consumidores. Apesar disso, ainda há uma preocupação em relação aos efeitos das suspensões, já que o corte de energia elétrica é a principal ferramenta das distribuidoras para conter a inadimplência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Comando do Exército abriu, nesta segunda-feira (24), apuração disciplinar sobre a participação do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em um ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, realizado domingo, no Rio. Pazuello subiu no palanque sem máscara, como Bolsonaro, durante manifestação que provocou aglomeração em um momento de pandemia de Covid-19 e será alvo de processo interno. Comandante em chefe das Forças Armadas, o presidente proibiu, porém, a divulgação de qualquer nota do Exército sobre o procedimento aberto para investigar a conduta do ex-ministro.

Bolsonaro estava em Quito - onde acompanhou a posse do presidente do Equador, Guillermo Lasso - quando soube pela imprensa que o Ministério da Defesa e o Comando do Exército divulgariam nota para explicar que Pazuello responderia a uma apuração disciplinar. A decisão de abrir o processo foi tomada pelo comandante-geral do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, após ouvir todos os integrante do Alto Comando.

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Contrariado, o presidente telefonou, então, para o ministro da Defesa, general Braga Netto, e deu a ordem de silêncio. O fato causou constrangimento entre os membros do Alto Comando do Exército, que resolveu tomar medidas contra Pazuello, um general da ativa, sem dar nenhuma explicação à opinião pública.

O Estadão apurou que Bolsonaro também ficou irritado com o vice-presidente Hamilton Mourão. Em entrevista, nesta segunda-feira, Mourão criticou Pazuello por ter comparecido à manifestação e lembrou que tanto o Estatuto Militar como o Regulamento Disciplinar do Exército proíbem a participação de oficiais da ativa em atos políticos.

Para o vice-presidente, o ex-ministro da Saúde "entendeu que cometeu um erro" após conversar com seus superiores. "Acho que o episódio será conduzido à luz do regulamento, o qual prevê que se avalie o tipo de transgressão eventualmente cometido e se aplique a punição prevista para o caso", disse Mourão, que nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer já recebeu sanções por ter feito manifestações políticas (mais informações nesta página). "Isso tem sido muito claro em todos os pronunciamentos dos comandantes militares e do próprio ministro da Defesa. Eu sei que o Pazuello já entrou em contato com o comandante informando ali, colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que cometeu um erro."

A situação é delicada porque envolve o próprio Bolsonaro, que passou o microfone para Pazuello falar durante o ato político. Agora, o general está sujeito a punições que vão de advertência verbal a suspensão, podendo até mesmo, em tese, chegar à prisão de 30 dias. Além disso, há forte pressão para que Pazuello - general intendente, que atingiu o máximo posto nessa arma, ou seja, três estrelas - passe para a reserva. Até hoje, no entanto, o general sempre resistiu a essa ideia, mesmo quando, no cargo de ministro, era pressionado a se afastar da ativa.

De qualquer forma, apesar da ordem de Bolsonaro para que o Exército não prolongue o assunto, o processo para investigar a transgressão disciplinar de Pazuello - dando a ele amplo direito de defesa nos próximos três dias úteis, a contar de ontem - já foi aberto pelo Exército.

Na arena política, o episódio desgastou ainda mais a imagem do governo, e a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid quer convocar novamente Pazuello para prestar depoimento.

"A procissão no Rio em louvor ao vírus é declaração de guerra ao SUS", escreveu o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), em postagem nas redes sociais. "Pazuello pisoteia disciplina e hieraquia e ri a céu aberto. A CPI terá muito assunto", afirmou Renan (mais informações na pág. A8). Na semana passada, após o ex-ministro da Saúde depor à CPI, o relator apresentou uma lista do que chamou de "15 mentiras" contadas por ele à comissão parlamentar do Senado.

Desgaste

A atuação de Pazuello divide as Forças Armadas desde sua passagem pelo Ministério da Saúde, considerada desastrosa. Em março, quando ele deixou o cargo, dizendo ter sido vítima de perseguição porque políticos ficaram insatisfeitos com a falta de "pixulé", generais do Planalto o chamaram para uma conversa e houve ali uma discussão.

Os comentários de Pazuello repercutiram tão mal que, em depoimento à CPI, ele negou que "pixulé" significasse propina - disse que eram recursos não aplicados em programas.

Na avaliação do general da reserva Francisco Mamede de Brito Filho, o ato de indisciplina cometido por Pazuello é "grave" e a Força poderá sofrer desgaste ainda maior, dependendo do desdobramento do caso. "A coisa foi escancarada. Vai ser difícil dizer que não houve transgressão. O que vai se discutir é se o comandante (do Exército) foi brando ou pesado. Ninguém sabe qual vai ser o peso da mão do comandante. O que está em jogo, em última análise, é a imagem da instituição e a disciplina, que tem de ser preservada nesse momento que estamos vivendo", afirmou Brito Filho. 

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