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O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil Felipe Santa Cruz criticou nesta quarta-feira, 27, a proposta do presidente Jair Bolsonaro de estabelecer a comemoração do golpe de 31 de março de 1964. Em manifestação pública, Santa Cruz afirma que "comemorar a instalação de uma ditadura que fechou instituições democráticas e censurou a imprensa é querer dirigir olhando para o retrovisor, mirando uma estrada tenebrosa".

Santa Cruz aponta que o País vive "um cenário de crise econômica, com quase 13 milhões de desempregados". Ele sugere "olhar para a frente e tratar do que importa: o futuro do povo brasileiro".

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"Não podemos dividir ainda mais uma nação já fraturada", afirma o presidente da OAB. "A quem pode interessar celebrar um regime que mutilou pessoas, desapareceu com seus inimigos, separou famílias, torturou tantos brasileiros e brasileiras, inclusive mulheres grávidas? Não podemos permitir que os ódios do passado envenenem o presente, destruindo o futuro", concluiu.

Uma das responsáveis pelo pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a advogada e deputada estadual Janaina Paschoal (PSL, partido de Jair Bolsonaro) criticou nesta quarta-feira (27) o pedido do presidente para que seja comemorado o aniversário do golpe de 1964.

“Ele não consegue sair de 64 e as coisas não caminham bem”, escreveu Paschoal, lembrando o período de ditadura militar que decorreu durante 21 anos logo após o golpe. “Não é possível que o presidente não perceba que não dá para governar com a cabeça em 64!”, complementou. Apesar de não ser politicamente oposta a Bolsonaro, a queixa de Janaina foi parecida com a de várias outras lideranças da esquerda.

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Janaína ainda carrega em seu currículo o cargo de deputada mais votada da história do Brasil. Provavelmente, o número de votos que recebeu foi graças à visibilidade nacional que ela teve durante o afastamento de Dilma em 2016.

De acordo com a visão da advogada, Bolsonaro, assim, estaria repetindo ações da ex-presidente petista. “Dilma ficou parada em 64 e deu no que deu! Agora, ao que parece, Bolsonaro também não consegue sair de 64 e as coisas não caminham bem. Percebam que eu nem estou entrando no mérito das convicções de cada qual”, analisou.

“A meu ver, ambos têm uma visão distorcida, mas isso não importa!”, exclamou a deputada. Janaína finalizou afirmando que “é preciso dar um passo adiante! Se o governo e seus apoiadores não saírem de 64, não pararem de se pautar pelo que fez, falou e fala o pessoal do PT, o país estará fadado ao fracasso! Todos perderemos!”.

O escritor Olavo de Carvalho voltou-se contra os militares em tuítes publicados na tarde desta terça-feira, 26, dia em que o Twitter brasileiro é palco de mais uma disputa de hashtags entre opositores e apoiadores do golpe de 1964.

"Em 1964 os militares expulsaram os comunistas do poder e depois passaram vinte anos chamando-os de volta. Eles vieram e dominaram tudo por quase quatro décadas, achincalhando e humilhando os militares. Você ainda confia em militar para lidar com esses assuntos?", escreveu Olavo de Carvalho. O escritor, que já demonstrou influência no governo, foi recentemente chamado de "desequilibrado" pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, que é general da reserva.

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Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o general atribuiu ao suposto desequilíbrio de Olavo de Carvalho a postura pública do escritor, manifestada em "colocações na mídia, com linguajar chulo, com palavrões", segundo ele. Santos Cruz respondeu a agressões anteriores de Olavo ao núcleo militar do governo, grupo que teria, segundo o escritor, uma "mentalidade golpista". Olavo já havia dito também que o vice-presidente, Hamilton Mourão, também general da reserva, seria "idiota" e "estúpido".

Na segunda-feira, 25, Olavo havia tuitado, em tom de ironia, que estava "muito ocupado" e que daria depois "a resposta carinhosa" merecida por Santos Cruz. Hoje, escreveu que "militares brasileiros de alta patente são mentalmente escravos da mídia que os achincalha" e se defendeu das críticas recebidas dizendo que "nenhum general disse uma palavra contra os inimigos de Bolsonaro, só contra os amigos dele", explicando então que se referia aos filhos do presidente e a si próprio.

Após o anúncio que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou ao Ministério da Defesa que faça as comemorações pelos 55 anos do golpe que deu início a uma ditadura militar no Brasil, em 1964, o assunto deu o que falar entre apoiadores e contrários ao governo.

Durante esta terça-feira (26), a hashtag #64NãoFoiGolpe esteve entre os assuntos mais comentados durante todo o dia.  O golpe militar que depôs o então presidente João Goulart aconteceu em 31 de março daquele ano.

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Por isso, Bolsonaro sugeriu comemorações para lembrar a data no próximo domingo (31). A data marca o início de 21 anos em que o Brasil viveu em ditadura. Neste período, não houve eleição direta para presidente, o Congresso Nacional chegou a ser fechado e houve censura à imprensa.

“1964 foi a salvação do Brasil de virar uma ditadura comunista como Cuba”, escreveu uma seguidora do atual presidente. “O regime militar teve tantos processos levaram o Brasil as 10 maiores economias do mundo, nunca colocaram bomba em metro as pessoas de bem viveram normalmente, eu sei meu pai viveu esta época em SP e nunca teve problemas pq ele trabalhava e não assaltava bancos”, opinou outro internauta.

Já os contrários ao posicionamento de Bolsonaro levaram a hashtag #DitaduraNuncaMais também ao topo de assuntos mais comentados no Twitter. Lá, as mensagens são de repugnação aos acontecimentos oriundos do Governo Federal.

“Eu profetizo: chegará o dia em que Bolsonaro será preso, julgado e condenado, entre outras coisas, por negar a Ditadura e seus horrores”, afirmou um usuário da rede. Outro internauta afirmou que é contra a ditadura “por Fernando Santa Cruz, por Soledad, por Marighella, por Carlos Lamarca, por todas as pessoas torturadas, mortas e desaparecidas; por suas famílias, por nós, por amor”.

O advogado Carlos Alexandre Klomfahs requereu à Justiça, em ação popular, que a Presidência da República se abstenha de comemorar o dia 31 de março de 1964. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo no domingo, 24, o presidente Jair Bolsonaro orientou os quartéis a celebrarem a "data histórica", quando um golpe militar derrubou o governo João Goulart e iniciou um regime ditatorial que durou 21 anos.

Na ação, o advogado afirma que a orientação de Bolsonaro "não é o interesse público e sim o jogo da classe dominante". "Muda-se o governo prossegue o drama. Há reiterado problema incontornável quanto à violação à moralidade administrativa", afirmou Carlos Klomfahs.

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"Pede-se liminarmente que a Presidência da República se abstenha de determinar os efeitos do ato impugnado (comemorar o dia 31 de março no âmbito das Forças Armadas) por violar o princípio constitucional da moralidade e no mérito a procedência dos pedidos da inicial para confirmar a liminar concedida determinando que se abstenha o Poder Executivo de comemorar o 31 de março sob pena de multa diária de R$ 50 mil a ser revertida ao fundo de direitos difusos."

O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, informou nesta segunda-feira, 25, que a inclusão da data na ordem do dia das Forças Armadas, para comemoração dos 55 anos do golpe de 1964, já foi aprovada por Bolsonaro. A participação do presidente nesses eventos, porém, ainda não está confirmada.

"O presidente não considera 31 de março de 1964 um golpe militar", disse o porta-voz. Segundo Rêgo Barros, na avaliação de Bolsonaro, sociedade civil e militares, "percebendo o perigo" que o País vivenciava naquele momento, se uniram para "recuperar e recolocar o nosso País no rumo".

"Salvo melhor juízo, se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém", disse o porta-voz.

Questionado sobre como serão as comemorações, Rêgo Barros disse que ficará a cargo de cada comando. "Aquilo que os comandantes acharem, dentro das suas respectivas guarnições e dentro do contexto, que devam ser feitas", disse. Não há previsão de que haja qualquer evento no Palácio do Planalto.

Na manhã desta terça-feira (26), usuários do Twitter levantaram a hashtag #DitaduraNuncaMais após o presidente Jair Bolsonaro determinar que o Ministério da Defesa faça as comemorações devidas ao aniversário de 31 de março de 1964, data em que foi instaurado o golpe militar no Brasil. Na mesma rede social, a cantora Maria Rita repudiou a decisão de Bolsonaro.

"Não tá suave. Querer comemorar um período sombrio, de medo, dúvidas, insegurança constante, desaparecimentos, dor — pra quê? Pra quem? É uma afronta. E a assinatura no atestado de profunda ignorância", comentou a artista.

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Internautas concordaram com Maria Rita e opinaram sobre o assunto. "Vejo jovens que não viveram a ditadura com discurso a favor desse escroto! Precisamos lembrar o povo o que foi esse período e gritar para esses jovens o que foi a ditadura!", escreveu uma pessoa.

"É uma mistura de desonestidade com ignorância por parte dessas pessoas", comentou outra. Na década de 1970, Elis Regina, cantora e mãe de Maria Rita, lançou a música "O Bêbado e a Equilibrista", sendo essa considerada o hino da anistia no período final da ditadura militar iniciada no golpe de 1964.

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O presidente Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que faça as "comemorações devidas" do aniversário do 31 de março de 1964, quando um golpe militar derrubou o então presidente João Goulart e iniciou um período ditatorial que durou 21 anos. Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira, 25, a orientação foi repassada a quartéis pelo País.

Segundo o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, a inclusão da data na ordem do dia das Forças Armadas, para comemoração dos 55 anos do golpe de 1964, já foi aprovada por Bolsonaro. A participação do presidente nesses eventos, porém, não está confirmada.

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"O presidente não considera 31 de março de 1964 um golpe militar", disse o porta-voz. Segundo Rêgo Barros, na avaliação de Bolsonaro, sociedade civil e militares, "percebendo o perigo" que o País vivenciava naquele momento, se uniram para "recuperar e recolocar o nosso país no rumo". "Salvo melhor juízo, se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém", afirmou o porta-voz.

Questionado sobre como serão as "comemorações", Rêgo Barros disse que ficará a cargo de cada comando. "Aquilo que os comandantes acharem, dentro das suas respectivas guarnições e dentro do contexto, que devam ser feitas." Não há previsão de que haja qualquer evento no Palácio do Planalto.

Cautela

Generais da reserva que integram o primeiro escalão do Executivo chegaram a pedir cautela no tom para evitar ruídos desnecessários diante do clima político acirrado e do risco de polêmica em meio aos debates da reforma da Previdência no Congresso. Segundo a Comissão Nacional da Verdade, o regime militar instaurado com o golpe de 1964 resultou em 434 mortos e desaparecidos.

Em um governo que reúne o maior número de militares na Esplanada dos Ministérios desde o período da ditadura (1964-1985), a comemoração da data deixou de ser uma agenda "proibida". A efeméride volta ao calendário de comemorações das Forças Armadas após oito anos.

Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff, ex-militante torturada no regime ditatorial, orientou aos comandantes da Aeronáutica, do Exército e da Marinha a suspensão de qualquer atividade para lembrar a data nas unidades militares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro orientou os quartéis a comemorarem a "data histórica" do aniversário do dia 31 de março de 1964, quando um golpe militar derrubou o governo João Goulart e iniciou um regime ditatorial que durou 21 anos. Generais da reserva que integram o primeiro escalão do Executivo, porém, pedem cautela no tom para evitar ruídos desnecessários diante do clima político acirrado e dos riscos de polêmicas em meio aos debates da reforma da Previdência.

Em um governo que reúne o maior número de militares na Esplanada dos Ministérios desde o período da ditadura (1964-1985) - o que já gerou insatisfação de parlamentares -, a comemoração da data deixou de ser uma agenda "proibida". Ainda que sem um decreto ou portaria para formalizá-la, a efeméride volta ao calendário de comemorações das Forças Armadas após oito anos.

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Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff, ex-militante torturada no regime ditatorial, orientou aos comandantes da Aeronáutica, do Exército e da Marinha a suspensão de qualquer atividade para lembrar a data nas unidades militares.

O Planalto pretende unificar as ordens do dia, textos preparados e lidos separadamente pelos comandantes militares. Pelos primeiros esboços que estão sendo feitos pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, o texto único ressaltará as "lições aprendidas" no período, mas sem qualquer autocrítica aos militares. O período ficou marcado pela morte e tortura de dezenas de militantes políticos que se opuseram ao regime.

O texto também deve destacar o papel das Forças Armadas no contexto atual. De volta ao protagonismo no País, militares são os principais pilares de sustentação do governo Bolsonaro. Por isso, generais da reserva disseram à reportagem que no entendimento da cúpula das Forças Armadas e do próprio presidente, a mensagem precisa ser "suave". Eles afirmam que não querem nenhum gesto que gere tumulto porque não é hora de fazer alarde e/ou levantar a poeira. O momento, dizem, é de acalmar e focar em reverter os problemas econômicos, como reduzir o número de desempregados.

Investigações

A suspensão da festa em comemoração a 1964 por Dilma coincidiu com a criação da Comissão Nacional da Verdade. O grupo foi criado pela presidente em meio à pressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), que condenou o Estado brasileiro pelo desaparecimento de guerrilheiros na região do Araguaia, e da Justiça Federal, que cobrava a entrega de restos mortais a familiares de vítimas da ditadura.

Embora não tenha avançado nos esclarecimentos dos episódios mais emblemáticos do período, a comissão desagradou aos militares. Na época, segundo relato de oficiais, ficou estabelecido uma espécie de acordo informal com o Exército - comandado à época pelo general Enzo Peri - de que não haveria "perseguição". Oficiais afirmam que Dilma, na ocasião, chegou a dizer: "Não farei perseguição, mas em compensação não quero exaltação".

Do outro lado, integrantes da comissão chegaram a demonstrar desconforto com a postura do então ministro da Defesa, Celso Amorim, e dos comandantes das Forças Armadas de, segundo eles, não se esforçarem na busca de informações. O relatório final do grupo foi entregue em dezembro de 2014 e considerado um fiasco por pesquisadores e parentes de desaparecidos políticos.

A partir daí, as comemorações nas unidades militares minguaram. A lembrança da passagem do 31 de março ficou limitada às atividades do Clube Militar, com sede no Rio, formado por oficiais da reserva.

Em janeiro de 2016, o então chefe do Comando Militar do Sul, o atual vice-presidente Hamilton Mourão, deixou o posto com um discurso em que citava a derrubada de Goulart. Ele lembrou que assumiu o cargo em 31 de março de 2014. "31 de março, grande data", disse. Ao lado dele estava o substituto, general Edson Pujol, hoje comandante do Exército.

Cabeceira

O próprio Bolsonaro já declarou ter como ídolo um dos símbolos do regime militar, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, morto em 2015. Ustra foi comandante do DOI-Codi do II Exército, em São Paulo, onde teriam morrido 45 prisioneiros.

Durante a campanha, o presidente disse que seu livro de cabeceira é A verdade sufocada, uma versão de Ustra para os assassinatos de opositores do regime. Na época da campanha eleitoral, generais chegaram a sugerir que Bolsonaro não repetisse a afirmação.

Ao votar pelo impeachment de Dilma, Bolsonaro citou Ustra no discurso, causando polêmica. "Perderam em 64, perderam agora em 2016. Pela família, pela inocência das crianças em sala de aula, que o PT nunca teve, contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo Exército de Caxias, pelas Forças Armadas, pelo Brasil acima de tudo e por Deus acima de tudo, o meu voto é sim", declarou na ocasião em plenário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Naotoshi Yamada não assistirá à sua 15ª edição dos Jogos Olímpicos no ano que vem, em seu país, no Japão: este empresário aposentado faleceu um ano antes de Tóquio sediar o evento, em 2020, como já havia feito em 1964 - os primeiros Jogos com a presença desse fã japonês nascido há 92 anos.

"Depois de 92 anos de uma vida dedicada a aplaudir, o mascote dos Jogos Olímpicos partiu para um repouso eterno em 9 de março de 2019", lê-se em uma página on-line administrada por uma empresa fundada por ele.

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Yamada faleceu vítima de uma crise cardíaca. Ele era identificável no meio do público com seu chapéu e quimono, tornando-se conhecido por telespectadores de todo mundo.

Nascido em 1926, Yamada construiu sua fortuna no setor de cabos de aço e, depois, na hotelaria e imobiliário. Desde Tóquio-64, ele compareceu a todos os Jogos Olímpicos e incluiu em sua lista os de inverno, realizados em Nagano, no Japão, em 1998.

Escolhido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ser ministro da Educação, o filósofo Ricardo Vélez Rodriguez já defendeu que o dia 31 de março de 1964 - que marca o golpe militar no Brasil - é uma “data para lembrar e comemorar”.

Para Rodriguez, a instalação da ditadura brasileira não pode ter a memória desmoralizada. “Nos treze anos de desgoverno lulopetista os militantes e líderes do PT e coligados tentaram, por todos os meios, desmoralizar a memória dos nossos militares e do governo por eles instaurado em 64”, escreveu o futuro ministro, em um blog pessoal, de acordo com a Coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

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“A malfadada ‘Comissão da Verdade’ que, a meu ver, consistiu mais numa encenação para ‘omissão da verdade’, foi a iniciativa mais absurda que os petralhas tentaram impor”, emenda o colombiano no mesmo texto, escrito em 2017. A Comissão da Verdade é o órgão que investigou os crimes cometidos pela repressão imposta na época, como torturas e assassinatos.

Vélez também usou o blog para enaltecer o “patriótico papel” dos militares no período e discretamente pontuar que “houve excessos no que tange à repressão”.

A postura do próximo responsável pelo MEC comunga com a do próprio Bolsonaro, que já chegou a dizer que “o erro da ditadura foi torturar e não matar”.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, relativizou a ditadura militar iniciada em 1964, ao chamá-la de "movimento".

A declaração foi dada durante um seminário em São Paulo sobre os 30 anos da Constituição de 1988, organizado pela Faculdade de Direito da USP.

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"Hoje não me refiro nem mais a golpe nem a revolução. Me refiro a movimento de 1964", declarou o ministro, segundo o jornal "Folha de S. Paulo". Em seguida, Toffoli contou ter sido ensinado a tratar o golpe militar como "movimento" pelo ministro da Justiça Torquato Jardim.

Em sua visão, os militares se desgastaram com a esquerda e a direita ao preferir ficar no poder, em vez de funcionar como "moderadores".

Recentemente, o presidente do STF nomeou como assessor político o general da reserva Fernando Azevedo e Silva, que participou de um grupo para formular propostas para a campanha de Jair Bolsonaro, de acordo com a revista "Época".

Toffoli preside o Supremo desde 13 de setembro e integra a corte desde outubro de 2009, nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva.

Da Ansa

"Isso definitivamente não é bom", afirmou o procurador-geral da República Rodrigo Janot, em reação às declarações do general do Exército Eduardo Villas Bôas, nesta terça-feira, 3. Por meio do Twitter, o comandante militar questionou sobre "quem está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais' e disse que a o Exército "se mantém atento às suas missões institucionais".

"Se for o que parece, outro 1964 será inaceitável. Mas não acredito nisso realmente", criticou Janot.

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Nesta terça, Villas Bôas disse que o Exército "julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia".

O general não citou nomes em sua mensagem, e questionou. "Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?".

Recado

Segundo apurou a colunista Eliane Cantanhede, do jornal O Estado de S. Paulo, a mensagem do comandante do Exército foi um recado aos "interesses" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terá seu habeas corpus preventivo julgado nesta quarta-feira, 4. Generais ouvidos pela jornalista, no entanto, descartam que a mensagem seja uma ameaça.

O cantor Caetano Veloso defendeu, em participação no programa “Altas Horas”, que vai ao ar no próximo sábado (19), o governo da presidenta Dilma Rousseff. Para ele, a retirada de Dilma da Presidência seria um golpe de estado.

De acordo com a coluna “Vem Gente“, do iG, Caetano comparou o cenário atual ao que levou a instauração do regime militar, em 1964. “A manifestação não é suficientemente diferente da que levou ao golpe de 64″, disse.

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“Precisamos ter calma para olhar os acontecimentos. Agora não temos uma ditadura, mas o Brasil é muito desigual. E toda manifestação, por tentar sair disso, enfrenta a oposição da elite. Eu desconfio”, completou.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do iG

No dia 1º de abril acontecerá um evento gratuito na Academia Caruaruense de Cultura, Ciências e Letras de Caruaru (Acaccil), em Caruaru, no Agreste pernambucano, para marcar os 50 anos do Golpe Militar de 1964, a partir das 19h. Serão ministradas as palestras “O Golpe Militar e o sufocamento dos Direitos Humanos”, pelo diretor-geral da Faculdade Asces, Paulo Muniz, e “A história passada a limpo”, pelo professor Arnaldo Dantas.

O evento terá a participação de vítimas da ditadura. Entre eles: Romero de Figueiredo, Assis Claudino, Manuel Messias e Reginaldo Melo. Além de uma exposição com 50 fotografias que representam este momento histórico do Brasil. A Acaccil fica na rua XV de Novembro, 215, Centro.

A Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) vai realizar, nesta terça-feira (1º), uma ação para lembrar o Golpe Militar ocorrido no Brasil em 1964. No ato, o presidente da Ordem em Pernambuco, Pedro Henrique Reynaldo Alves, coordenará um júri simulado com a temática “Justiça de Transição X Anistia”. O caso fictício que será julgado é o de um torturador confesso.  A simulação vai acontecer na Faculdade de Direito do Recife, no bairro da Boa Vista, área Central do Recife, a partir das 19h. 

A iniciativa, que abre o “Programa OAB nas Faculdades”, visa ressaltar o estado democrático de direito, onde não cabem atos autoritários extremistas desencadeados em 1964 e também difundir a importância e beleza da advocacia como opção de carreira jurídica aos futuros bacharéis em Direito. Os advogados de acusação serão Henrique Mariano e Bruno Galindo. Já a defesa do réu será feita pelos advogados João Olímpio e Antônio Tide.

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Além do júri simulado a OAB-PE também irá divulgar o manifesto “Para não repetir”, denominação dada pelo Conselho Federal da OAB (CFOAB), às ações que marcam os 50 anos do golpe militar.

A produção artística-cultural no Brasil foi duramente afetada durante o período da ditadura militar, que teve início em 1964 até 85, além do retrocesso político e social característico do período. Essa influência sombria e seus desdobramentos são mote para as discussões da próxima edição do Café em Pasárgada. Com o tema “1964, Golpe na Poesia”, o encontro acontece neste sábado (31), das 9 às 12h, no Espaço Pasárgada (antiga casa do poeta Manuel Bandeira), na Rua da União.

Participam da mesa redonda os jornalistas Marco Polo e Marcelo Mário de Melo (curador do projeto), além do coordenador de literatura da Secretaria de Cultura do Estado, Wellington de Melo. Também estão convidados poetas, artistas, jornalistas e militantes da democracia.

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O evento aproveita a atualidade do tema, devido às polêmicas envolvendo o “aniversário” do Golpe, além das discussões envolvendo a Lei Nacional da Comissão da Verdade. “Restos da ditadura ainda existem no Brasil atual, e uma prova disto é a existência de uma Comissão da Verdade, com a tarefa de abrir os arquivos secretos e esclarecer acerca de crimes de tortura, mortos e desaparecidos políticos", comenta Marcelo Mário Melo.

 SERVIÇO:

Café em Pasárgada - “1964, Golpe na Poesia”
Sábado (31), das 9 às 12h
No Espaço Pasárgada (Rua da União, 263 - Boa Vista)
Informações: (81) 3184-3165 / 8719-5737

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