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A pandemia do novo coronavírus avança sem trégua nas Américas. Nos Estados Unidos, levou à proibição de venda de bebidas alcoólicas em bares do Texas e da Flórida, enquanto na Argentina fez as autoridades endurecerem o confinamento na capital, o epicentro da doença no país.

"Enfrentamos sérios problemas em algumas regiões", disse Anthony Fauci, assessor médico da Casa Branca durante coletiva de imprensa, na qual pediu aos americanos que se portem com responsabilidade.

"Se vocês se infectarem, vão contagiar mais alguém e essa pessoa vai infectar mais outra", declarou Fauci.

Nos Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia, com quase 125.000 mortos, os contágios aumentaram em 30 dos 50 estados, especialmente em Califórnia, Arizona, Texas e Flórida.

A proporção do avanço levou as autoridades a tomar novas medidas após dois meses de um confinamento considerado muito permissivo.

O Texas, um dos primeiros estados a reabrir a economia, suspendeu o desconfinamento iniciado este mês e ordenou fechar os bares.

Na Flórida, famosa por sua intensa vida noturna, foi proibida a venda de álcool nos bares. As infecções aumentaram no estado do sudeste até superar os 100.000 casos e afetam também os jovens. A média de idade dos infectados agora é de 33 anos enquanto há dois meses era de 65.

Os balanços se agravam também na América Latina, onde foram registrados mais de 107.000 falecidos e 2,3 milhões de casos, e o pico da pandemia não chega.

No Brasil, o segundo país do mundo mais afetado pela pandemia depois dos Estados Unidos, o novo coronavírus causou quase 56.000 mortes e 1,27 milhão de contágios, segundo dados oficiais.

O avanço da epidemia levou o governo argentino a endurecer as medidas de quarentena impostas em Buenos Aires e sua periferia entre 1 e 17 de julho.

"Vamos voltar a fechar a Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA) para que a circulação diminua drasticamente, para reduzir os contágios e a demanda por leitos" nos hospitais, disse o presidente Alberto Fernández.

O país se aproxima dos 1.200 mortos pelo vírus e soma 55.330 casos.

O Peru, por sua vez, superou nesta sexta os 270.000 casos de COVID-19, segundo o Ministério da Saúde. O país de 33 milhões de habitantes é o segundo com mais casos na América Latina, depois do Brasil, e teve mais de 8.000 óbitos na pandemia.

No México, os mortos passam de 25.000, e o ministro da Fazenda, Arturo Herrera, testou positivo para o coronavírus três dias após ter se reunido com o presidente Andrés Manuel López Obrador.

- Europa teme segunda onda -

Poucos são os países livres desta pandemia. A Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) previu que os surtos de COVID-19 serão recorrentes no continente americano nos próximos dois anos e que será preciso se preparar para "uma nova forma de vida".

O novo coronavírus matou 492.000 pessoas no mundo desde que emergiu em dezembro, na China, e o número de contágios em todo o planeta passa de 9,7 milhões, segundo contagem da AFP com base em dados oficiais, mas as cifras reais poderiam ser muito maiores.

Na Europa, praias e terraços estão cheios após meses de confinamento; os aeroportos começam a receber aviões e as crianças voltaram à escola em alguns países.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu para um aumento nos contágios no velho continente, onde a COVID-19 matou 195.000 pessoas e onde pode haver uma segunda onda.

Nesta sexta, a Ucrânia registrou mais de 1.100 casos, um recorde diário, que obrigou o governo a preparar novos hospitais para uma emergência sanitária.

Na Espanha, ao menos 250 casos apareceram no nordeste do país em uma empresa frutícola que fechou as portas, o que levou a uma volta das restrições.

Na Itália, onde 35.000 pessoas morreram pelo novo coronavírus, foi detectado um novo foco de 40 contágios no sul e as autoridades temem que haja uma segunda onda devido à falta de cuidado de muitos cidadãos.

- Um cego que não quer tocar -

Em todo o mundo, os efeitos da pandemia são múltiplos e inesperados.

A pandemia obrigou o adiamento para 2021 das edições deste ano das etapas finais da Copa Davis e da Fed Cup previstas para novembro.

Na África do Sul, um pai de família cego garante que não se atreve mais a mendigar pelas ruas porque seus "olhos são suas mãos" e é perigoso tocar tudo.

Na Austrália, o medo de um novo surto provocou pânico e as pessoas correram aos supermercados, onde o papel higiênico teve que ser racionado. Na Bolívia, investiga-se um possível caso de corrupção na compra de respiradores da China.

burs-bl/es/gma/lda/mvv

Diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne afirmou, nesta quarta-feira (24), que a Covid-19 "continua a circular bastante" em quase todos os países da região. Durante entrevista coletiva, ela destacou que quase a metade dos casos totais da doença no mundo estão em países das Américas.

Etienne lembrou que apenas os Estados Unidos e o Brasil no mundo superaram a marca de 1 milhão de casos da doença, além de citar que na América Latina os casos já superaram 2 milhões.

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Em sua declaração inicial na coletiva, a diretora da Opas admitiu que "não é fácil" a manutenção das medidas para conter o vírus, por questões sociais e econômicas. Etienne insistiu, porém, que a expectativa é de que ocorram mais surtos futuros da doença, por isso é necessário se ajustar à situação.

Etienne pediu ainda que os líderes da região superem divergências políticas e geográficas, para enfrentar a crise. Segundo ela, essas lideranças terão de tomar decisões com base em questões de saúde, sociais e econômicas. "É preciso haver estratégia orientada e sustentada contra a Covid-19", afirmou.

'Países que demoraram a adotar medidas registraram mais casos'

Diretor assistente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa afirmou que os países que demoraram mais a adotar medidas de restrição à circulação de pessoas registraram mais casos da Covid-19.

"As medidas de restrição de circulação devem ser adotadas no início da transmissão, exatamente para que tenham efeito e para que a transmissão não tenha tanta velocidade e produza muitos casos graves", afirmou a autoridade de saúde, durante entrevista coletiva.

"O que é necessário agora, onde a transmissão segue crescendo, é analisar as causas pelas quais as medidas de isolamento social não têm sido efetivas e o que se pode fazer para adotar medidas mais efetivas", defendeu Barbosa, ao falar sobre a disseminação na doença nas Américas.

Diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou, nesta quarta-feira (24), que a entidade espera atingir a marca de 10 milhões de casos da Covid-19 reportados "em algum momento da próxima semana". "Esta é uma lembrança sóbria de que mesmo que continuemos com pesquisa e desenvolvimento de vacinas e terapias, temos uma responsabilidade urgente de fazer todo o possível com os instrumentos que temos agora para suprimir a transmissão e salvar vidas", afirmou ele.

Ghebreyesus informou que a OMS já recebeu notificação de mais de 9,1 milhões de casos da Covid-19 pelo mundo, com mais de 470 mil mortes. "No último mês, quase 4 milhões de casos foram reportados", apontou. Segundo ele, a taxa atual de casos novos da doença é de cerca de 1 milhão por ano. Em suas declarações iniciais, ele falou sobre o trabalho da OMS e de parceiros para ampliar a oferta de oxigênio para pacientes nos diferentes países que precisem dele para enfrentar a doença.

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O diretor-geral da OMS ainda comentou a decisão da Arábia Saudita de realizar neste ano a peregrinação do feriado muçulmano do Hajj de modo limitado. Segundo Ghebreyesus, a decisão foi baseada na avaliação de risco e na análise de diferentes cenários, seguindo diretrizes da própria OMS, para proteger os fiéis e minimizar o risco de transmissão. "A OMS apoia essa decisão", disse ele.

Epidemia é intensa nas Américas

Diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan afirmou que o quadro da epidemia da Covid-19 "ainda é intenso" nas Américas, sendo "particularmente intenso" nas Américas Central e do Sul.

Em vários países continua a haver uma tendência "constante e preocupante" de aumento nos casos, que chegaram a altas semanais de 25% a 50% em algumas das nações, comentou Ryan, durante entrevista coletiva da entidade.

"Em muitos países da América Central e do Sul há uma transmissão sustentada e continuada" da doença, disse Ryan. Segundo ele, a situação em geral na região é de uma epidemia ainda se desenvolvendo, sem ter atingido seu pico. Nesse contexto, o diretor executivo da OMS enfatizou a necessidade de que os governos tragam "mensagens claras" sobre o combate à doença e também que as comunidades se envolvam nessa tarefa.

Diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus voltou a citar nesta quarta-feira, 17, as Américas como um dos epicentros da pandemia da covid-19 no mundo. "Houve mais de 435 mil mortes nas Américas, na África e no Sul da Ásia; os casos ainda estão aumentando rápido", disse ele, durante entrevista coletiva da entidade.

Ghebreyesus lembrou que o mundo já registrou mais de 8 milhões de casos da doença. "Nos primeiros dois meses, 85 mil casos foram reportados. Mas nos últimos dois meses foram reportados mais de 6 milhões de casos", comparou. "O vírus acelera e se move rápido", disse. Nesse contexto, ele voltou a enfatizar a necessidade de se fazer testes, a fim de se saber onde a doença se encontra.

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Diretor executivo da entidade, Michael Ryan lembrou que, na ausência de um panorama claro sobre a disseminação da doença, "a resposta precisa ser mais dura e menos precisa". Para Ryan, é preciso ter uma visão "mais sofisticada do que fazer ou não lockdown", com o uso de todas as ferramentas disponíveis - como testes, rastreamento de contatos dos casos positivos, isolamento e tratamento dos casos confirmados e dos suspeitos e medidas de distância física.

Ghebreyesus notou que a covid-19 "surpreendeu muitos países, inclusive desenvolvidos". Como já fez em coletivas anteriores, o diretor-geral da OMS voltou a insistir que é preciso "união nacional e solidariedade global" para enfrentar a pandemia.

A região das Américas superou nas últimas horas a Europa em número de casos de covid-19, segundo um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS). O continente americano tem 1,74 milhão de casos, enquanto o Velho Continente tem 1,73 milhão.

A Europa foi, desde meados de fevereiro, o epicentro da epidemia, nas palavras do próprio diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, mas o maior número de casos diários nas últimas semanas está sendo observado agora em países como Estados Unidos, Brasil e Canadá.

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Apesar do maior número de infecções, as mortes no continente americano, que na segunda-feira (11) ultrapassaram a barreira dos 100 mil, são inferiores às quase 160 mil da Europa.

De acordo com os dados mais atualizados das autoridades sanitárias nacionais, os Estados Unidos somam 1,3 milhão de contágios, enquanto o Brasil tem 169 mil casos, sendo o oitavo do mundo em números de pessoas infectadas. O Canadá é o 13º país mais afetado com quase 70 mil casos.

Os EUA confirmaram mais de 80 mil mortes, enquanto o Brasil teve pouco mais de 11 mil e o Canadá, quase 5 mil. Apesar dos números elevados, vários países do continente americano já estão elaborando planos de relaxamento das quarentenas impostas.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) estima que a covid-19 vai afetar as economias da região com a pior contração que a região sofreu desde 1930. Para 2020, a entidade prevê uma contração média da economia regional de 5,3%. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o diretor do Programa Mundial de Alimentos (WFP), afirmou que o Brasil tem caminhado para voltar ao "Mapa da Fome" com os impactos da pandemia.

Caribe vê 'cenário cinzento'

Com economias frágeis e dependentes do turismo, a pandemia fez o Banco de Desenvolvimento do Caribe prever uma contração de até 50% do PIB da região. Aeroportos sem voos, hotéis fechados e cruzeiros ancorados são parte do panorama hoje. Em Santa Lúcia, ilha com 178 mil habitantes nas Antilhas, 13 mil pessoas já perderam o trabalho. Em Porto Rico, território americano que já vinha sofrendo com as consequências do furacão Maria, de 2017, 93 dos 160 hotéis fecharam as portas, ameaçando cerca de 20 mil empregos.

O turismo, um dos setores mais afetados pelo surto, representa de 30% a 50% do PIB de países como Bahamas, Barbados e Jamaica, de acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em alguns países, o setor responde por mais de 80% das receitas diretas e indiretas, como em Aruba.

Segundo a Organização de Turismo do Caribe, o setor emprega 2,5 milhões de pessoas na região, composta por pequenos Estados insulares já fortemente endividados e com economias pouco diversificadas. (Com agências internacionais).

Diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou nesta quarta-feira, 6, que já foram reportados mais de 3,5 milhões de casos de coronavírus à entidade, com quase 250 mil mortes reportadas. No início de uma entrevista coletiva da entidade, Ghebreyesus notou que em parte da Europa os casos têm diminuído, mas em outros ainda crescem, inclusive nas Américas.

"Embora o número de casos da covid-19 reportados pela Europa Ocidental esteja declinando, mais casos têm sido reportados a cada dia no Leste Europeu, na África, no Sudeste Asiático, no leste do Mediterrâneo e nas Américas", afirmou Ghebreyesus.

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Em suas declarações iniciais, o diretor-geral da OMS informou que a entidade, aliada a outras, como o Unicef, publicam hoje diretrizes para os países sobre como manter a saúde comunitária, mesmo em um contexto de combate à pandemia. Ele também alertou para o risco de que uma crise como atual acentue desigualdades. "Precisamos lidar com isso agora e no mais longo prazo, ao priorizar aqueles em mais risco", defendeu, dizendo que "isso não apenas é o certo a se fazer, é o mais esperto".

Além disso, Ghebreyesus voltou a insistir na importância de que os países continuem a rastrear os casos de novo coronavírus, a isolar, testar e tratar os doentes confirmados.

Os jovens nas Américas morrem principalmente devido a causas evitáveis: homicídios, acidentes de trânsito e suicídios, alertou, nesta terça-feira, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), ao publicar seu relatório mais recente sobre o assunto.

Mais da metade das 150.000 mortes anuais de jovens nas Américas são evitáveis, destaca a OPAS, o escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao atribuir 24% das mortes a homicídios, 20% a acidentes de tráfego e 7% a lesões auto-infligidas.

O estudo, que abrange 48 países e territórios, indicou que a mortalidade juvenil diminuiu ligeiramente entre 2000 e 2015 nas Américas, onde 237 milhões de pessoas com entre 10 e 24 anos representam um quarto da população total.

"Apesar do progresso realizado em toda a região para garantir maior acesso aos serviços de saúde, muitas da intervenções para prevenir a morte de jovens estão fora do setor da saúde", disse Carissa Etienne, diretora da OPAS, citada em um comunicado.

Entre 2004 e 2014, 72 milhões de pessoas saíram da pobreza nas Américas e programas de saúde para adolescentes foram estabelecidos na maioria dos países.

Mas entre 25 e 30 milhões de pessoas estão em risco de cair na pobreza, muitos dos quais são jovens, incluindo entre os grupos mais vulneráveis de indígenas, afrodescendentes, LGBTs e migrantes.

Sonja Caffe, assessora da OPAS, disse à AFP que a maioria das mortes de jovens na região acontecem entre os 15 e 24 anos e afeta mais homens do que mulheres.

Nove em cada dez jovens assassinados são homens; enquanto quatro dos cinco homens morrem em acidentes de trânsito. Três em cada quatro jovens que cometem suicídio são homens, embora as mulheres tentem mais do que os homens.

"É importante reconhecer que as maiores taxas de mortalidade entre os homens jovens são, em parte devido à pressão que enfrentam para cumprir as normas de gênero, o que pode contribuir para comportamentos prejudiciais como agressão e tomada de riscos", aponta Caffe, citada em comunicado.

Os países mais afetados 

A OPAS informou que os países com maior aumento nas taxas de homicídio masculino foram Belize, Honduras, México, Peru e República Dominicana. E destacou "o aumento considerável" nas taxas de homicídio entre mulheres em vários países, como Bahamas, Belize, Cuba, México, Paraguai e Peru.

Os maiores aumentos nas taxas de mortalidade devido a acidentes rodoviários foram registrados na Argentina, Aruba, Dominica, Guatemala, Honduras, Nicarágua, República Dominicana e Uruguai.

"O suicídio também foi preocupante, em ambos os sexos, com maiores aumentos na Argentina, Cuba, Honduras, Peru, Porto Rico e República Dominicana", segundo o relatório.

As armas de fogo são responsáveis por entre 60% a 70% dos homicídios nas Américas. O relatório ressalta, ainda, que as mortes de adolescentes e jovens "não ocorrem ao acaso", mas são determinadas pelo contexto, por exemplo, em termos de educação e status socioeconômico.

Os pesquisadores constataram que a taxa de mortalidade entre jovens de 15 a 24 anos devido a acidentes de transporte terrestre em Belize permaneceu estável entre 2010 e 2015 nos distritos cujo índice de riqueza foi mais alto, enquanto aumentou "significativamente" entre os mais pobres.

E no Chile, entre 2008 e 2014, as regiões com maior renda mostraram uma tendência de queda nas taxas de suicídio, enquanto o oposto ocorreu nas regiões mais pobres.

O estudo também aponta que comportamentos suicidas (ideias de suicídio, planejamento e tentativa real de suicídio) são "indicadores importantes" do estado de saúde mental da população jovem.

Nesse sentido, a porcentagem de estudantes com entre 13 e 15 anos que consideraram seriamente o suicídio variou entre 14,8% na América Central e 20,7% no Caribe de língua inglesa, enquanto a porcentagem de estudantes que tentaram se matar variou entre 13,2% na América Central e 18,0% no Caribe.

Relações parentais "fortes" aparecem como um "fator de proteção" contra o comportamento suicida em ambos os sexos, segundo o relatório.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) afirmou que um terço da população enfrenta dificuldades para acessar serviços básicos de saúde nas Américas do Sul e Central. A notícia foi divulgada hoje (5), em Washington (Estados Unidos), através de coletiva de imprensa.

A diretora da Opas, Carissa Etienne, pediu uma ação coletiva para garantir que todas as pessoas da região tenham acesso aos serviços. “Saúde é um direito e ter que pagar por esses cuidados é a principal barreira para muitas famílias, contribuindo também para a pobreza”, disse.

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Etienne destacou que não é suficiente ter hospitais e postos de saúde sem uma combinação de recursos humanos, infraestrutura, equipamentos, remédios e tecnologias para diminuir tempos de espera e garantir cuidados de saúde de qualidade.

Usuários de várias partes do mundo, especialmente na Europa e nas Américas, relataram falhas ao acessar o aplicativo WhatsApp nesta sexta-feira (3). Nas redes sociais, a hashtag #whatsappdown já é o assunto mais comentado do mundo no Twitter.

De acordo com o site de monitoramento "Down Detector", os usuários europeus são os que mais sofrem com o problema, com mais de mil relatos de problemas.

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O jornal "The Independent" afirma que o caso aparenta ser uma "falha no servidor", que impede o envio e o recebimento das mensagens.

Tanto a versão para celular como a web estão com falhas nesta manhã e a rede ainda não se pronunciou sobre os problemas. 

Da Ansa

O Campeonato das Américas de Judô para cegos vai começar neste sábado (26), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Os atletas brasileiros irão competir com judocas da Argentina, do Canadá, da Colômbia, dos Estados Unidos e de Porto Rico.

A competição é considerada a primeira etapa de seleção para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. “Será a primeira competição que valerá pontos para o ranking mundial e isso é importante para nós garantirmos as vagas para Tóquio 2020”, disse o técnico da equipe brasileira, Jaime Bragança.

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O evento contará com a participação de 43 judocas, sendo 21 da delegação brasileira. Entre os que estarão na competição, os medalhistas de prata dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 Antônio Tenório, Alana Maldonado, Lucia Teixeira e Wilians Araújo são presença garantida. 

Além deles, outros judocas que também já marcaram história na modalidade com conquistas em Paralimpíadas também iniciam a trajetória neste novo ciclo. “Essa competição será muito importante para avaliar nossos atletas, principalmente o comportamento dos novos. E também servir para observar os nossos adversários”, analisou o técnico.

O evento servirá também de preparação para a Copa do Mundo, que será disputada no Uzbequistão, de 8 a 10 de outubro. A comissão técnica levará em conta o desempenho dos atletas para definir a próxima convocação.

Novos atletas

O Brasil contará também com revelações que se destacaram nos últimos eventos. A caçula é Rebeca Silva, de 16 anos, campeã nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens deste ano. Além da paulistana, Luan Pimentel, 19, campeão do GP Internacional Infraero e com duas medalhas de Jogos Universitários, e Luiza Oliano, 20, quinto lugar no Mundial de 2014, são algumas das apostas.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) declarou nesta terça-feira a região das Américas zona livre de sarampo, a primeira em todo o mundo, ao fim de uma batalha que se estendeu por 22 anos.

O último caso de sarampo endêmico na América Latina foi notificado em 2002, embora nos anos seguintes tenham sido verificados casos importados. Trata-se da quinta doença evitável por vacinação a ser eliminada das Américas, sendo que a última foi a rubéola congênita, em 2015.

Representando o Brasil no I Congresso de Comissões de Saúde dos Parlamentos das Américas, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, palestra na tarde desta quinta-feira (4) sobre a "Modernização e descentralização dos sistemas de saúde nos países das Américas". 

O petista, que foi ministro da Saúde durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula (PT), vai falar também sobre a implantação de programas que criou quando ministro, como o Samu, o Farmácia Popular e o Brasil Sorridente. 

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Desde essa quarta-feira (3), quando iniciou o Congresso, representantes de quase todos os países da América travam uma articulação conjunta entre os parlamentos em favor da saúde. "Nós queremos construir uma rede integrada no continente para discutirmos modelos humanizados e o estabelecimento de marcos jurídicos comuns pautados em políticas públicas de qualidade", afirma Humberto.

O principal ponto do evento, levantado como um desafio pelos representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) aos congressistas, é garantir, em todos os países das Américas, cobertura universal à população, uma vez que, em muitos deles, o acesso pleno só é garantido a quem cotiza para a seguridade social.

O Congresso termina nesta sexta-feira (5), quando deve ser assinada a Declaração de Paracas, com os principais compromissos tirados do encontro.

As empresas de telecomunicações estão de olho no crescimento do uso da telefonia e internet móvel durante grandes eventos no País. Esse nicho de mercado tem aumentado a competição e os investimentos das empresas, que enxergam nesses eventos uma vitrine para expor os serviços e reforçar as marcas, num setor entre os campeões de reclamações dos consumidores.

"As empresas estão de olho nesse mercado de grandes eventos e vêm se aperfeiçoando à medida que o Brasil vem atraindo eventos grandes", afirmou João Moura, presidente da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp). "Esse é um negócio a se investir porque é uma âncora de exposição para as empresas. Se alguém falhasse no atendimento do usuários na Copa seria uma tragédia. Mas quem desempenha bem consegue se destacar, melhorar a percepção dos usuários, pois ela está na vitrine", completou.

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De acordo com levantamento realizado pela consultoria 4G Américas, as cinco maiores operadoras do Brasil (Vivo, TIM, Claro, Oi e Nextel) investiram US$ 102 milhões para instalação de 164 quilômetros de fibra ótica e 4.738 antenas para internet sem fio nos 12 estádios utilizados na Copa. Fora dos estádios, os investimentos foram de US$ 1,3 bilhão em infraestrutura móvel que será mantida nas cidades sede, com implementação de 10 mil quilômetros de fibra ótica, 15 mil novas antenas 3G e 4G e 120 mil pontos de sinal sem fio (Wi-Fi).

"Esses eventos exigem um planejamento detalhado. Quando atingimos um resultado positivo na operação, ele gera uma visão de credibilidade junto ao consumidor final", afirmou José Cláudio Gonçalves, diretor de Operação da Oi. A companhia foi a patrocinadora oficial da Copa do Mundo no Brasil, dando suporte aos serviços de banda larga fixa e internet sem fio nos estádios e centros de convenções ligados ao torneio.

Gonçalves ressaltou que a presença na Copa também serviu de estímulo para a Oi acelerar a aquisição de equipamentos e redes, que serão reaproveitados para outras operações. "Boa parte dos equipamentos vai ficar nos mesmos locais (como estádios e centros de eventos), porque são pontos de interesse para os usuários", explicou.

A reutilização dos equipamentos é considerada fundamental pela Oi, que decidiu adotar os eventos de grande porte como uma linha especial de operações, aproximando a empresa do mercado corporativo. Antes da Copa, a operadora já havia prestado serviço às organizações do Pan Americano, do Rock in Rio e da Jornada Mundial da Juventude. Pela frente, o principal projeto será o suporte para a transmissão de dados das urnas durante as eleições de outubro.

Com preços de smartphones e tablets cada vez mais acessíveis, a 4G Américas estima que o tráfego de dados de cada usuário deva crescer em média 83% por ano até 2020. Hoje, cada usuário consome em torno de 15 megabytes de dados por dia, em média. Em 2020, esse patamar deverá atingir 1 gigabyte. A questão é que, nos grandes eventos, esse consumo atinge picos tanto pela presença de multidões quanto pelas necessidades especiais de profissionais que atuam nos centros de operações e de imprensa.

O próximo grande evento no Brasil será a Olimpíada no Rio, em 2016. "Os testes já começaram, pois a infraestrutura de telecomunicações tem que estar pronta bem antes do evento. Uma parte será entregue neste ano e outra no fim do ano que vem", contou André Sarcinelli, diretor executivo de Engenharia da Embratel, que dará suporte ao evento em parceria com a Claro, ambas patrocinadoras. Além da Olimpíada, a Embratel já atuou na Fórmula 1 e no Open Rio (tênis). "Não é só um investimento para gerar receita. Tem muito mais o viés da divulgação da marca", ressaltou.

A mortalidade por todos os tipos de câncer está caindo em nove países das Américas, incluindo Brasil, Estados Unidos e Venezuela - informou a Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) nesta terça-feira.

As mortes pela doença se reduziram no Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Estados Unidos, México, Nicarágua, Paraguai e Venezuela - destacou a OPS, em um comunicado sobre o relatório "Câncer nas Américas: perfis de país 2013".

Ainda assim, o câncer se mantém como a segunda causa de morte no continente - atrás das doenças cardiovasculares - com 1,3 milhão de óbitos ao ano, acrescentou a OPS, escritório regional da Organização Mundial de Saúde (OMS), com sede em Washington.

Apresentado esta semana no V Congresso Internacional de Controle de Câncer em Lima, com base em dados fornecidos à OPS por seus países-membros, o relatório descreve um panorama heterogêneo.

Metade das mortes por câncer na região acontece em países da América Latina e do Caribe. Entre esses países, estão as taxas mais altas (Trinidad y Tobago, Cuba e Argentina), mas também as mais baixas (México, Nicarágua e El Salvador).

Em geral, o câncer de próstata é a modalidade que mais mata homens, e o câncer de mama, o que mais atinge as mulheres. Na América Central e na região andina, porém, o câncer de estômago é o que mais afeta ambos os sexos. Já nos EUA e no Canadá, a principal causa de morte por câncer é o de pulmão.

Devido às taxas elevadas de câncer de próstata e de pulmão, a doença costuma matar mais os homens, à exceção de El Salvador e Nicarágua, onde são numerosos os casos de câncer de colo uterino e de estômago nas mulheres - segundo a OPS.

"O alto número de mortes por câncer de mama e colo de útero na América Latina e no Caribe é muito preocupante, sobretudo, porque o câncer cérvico-uterino é amplamente passível de prevenção, e o câncer de mama pode ser detectado no estágio inicial e ser tratado de maneira bem-sucedida”, disse a assessora em Prevenção e Controle de Câncer da OPS/OMS, Silvana Luciani, citada no documento.

O informe da OPS revela ainda deficiências na atenção pública da doença, à exceção de Canadá e EUA. Menos de um terço dos países cumpre os padrões internacionais mínimos de equipamentos de radioterapia e, na grande maioria, o acesso aos medicamentos, revelou o estudo.

A organização da Copa Libertadores de Futebol Feminino, que acontecerá em Foz do Iguaçu (PR), passou do dia 13 para 27 desse mês a abertura oficial da competição. A data foi modificada porque o Uruguai ainda não teve o campeão nacional definido. 

Até o momento, estão classificados o São José (SP), atual campeão da Copa do Brasil, Foz Cataratas (PR), por ser da cidade sede, Colo Colo (Chile), atual campeão da Libertadores, Everton (Chile), Estudiantes de Guárico FC (Venezuela), JC Sport Girls (Peru), Formas Íntimas de Antioquia (Colômbia), Cerro Porteño (Paraguai), Boca Juniors (Argentina), Roca Fuerte (Equador) e Mundo Futuro (Bolívia).

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A final da Copa Libertadores de Futebol Feminino 2013 está marcada para o dia 7 de novembro.

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