Tópicos | Aniversário do Recife

“Recife tem encantos mil.", já cantava o rei Reginaldo Rossi em uma de suas canções. Um desses tantos encantos é a musicalidade, que vai dos ritmos mais tradicionais como o frevo e o maracatu, passando pelo pop, rock, samba e, claro, o brega, entre tantos outros. Não à toa, a capital pernambucana foi intitulada Cidade Criativa na Música, pela Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco), em 2021. 

Já em julho do mesmo ano, a Mauricéia instituiu o brega como Patrimônio Imaterial Cultural. Nada mais justo em um lugar que respira essa cultura, um verdadeiro movimento, que além de divertir os recifenses, gera empregos, renda, representatividade e pertencimento. Neste domingo (12), dia em que o Recife celebra seus 486, nada melhor do que celebrar o aniversariante com uma playlist de alguns de seus melhores bregas, aqueles que quando tocam todo mundo já sabe de onde vem. Dá o play e comemore! 

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Reginaldo Rossi - Garçom

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Michelle Melo - Topo do Prazer

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Conde - Ninguém é perfeito e a vida é assim

MC Tróia - Pode balançar

Nega do Babado - Milkshake

Priscila Sena - Cachorro combina com Cadela

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Raphaela Santos - A Favorita - Só dá tu

MC Tocha e Sheldon - Brega Louco

Banda Kitara - Dizem que sou Louca

Banda Vício Louco - Obsessão

De alma cosmopolita e ritmo acelerado, tal qual metrópole encantadoramente caótica que é, Recife completa 485 anos neste sábado (12) - mesmo dia em que sua irmã mais velha, Olinda, faz aniversário. Além de ser a capital do estado de Pernambuco, polo médico, tecnológico e gastronômico do Nordeste, o Recife é, também, um berço de história e cultura que encanta e inspira não só os consumidores, mas, e sobretudo, os fazedores de arte.

Principalmente quando o assunto é da música. A capital pernambucana é praticamente uma cidade que canta e em cada canto de sua região metropolitana é possível encontrar os mais diversos gêneros musicais; seja nas caixinhas de som espalhadas pelas residências, na correnteza das águas dos rios Capibaribe e Beberibe e, sobretudo, no ruge-ruge dos moradores e visitantes que transitam pelo louco comércio do centro da cidade. 

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Não à tôa, o Recife foi solo fértil para a criação de importantes movimentos musicais que conquistaram espaço em todo o Brasil e até mesmo fora dele, como o Manguebeat de Chico Science - que transformou a cidade na Manguetown - e o bregafunk, que amplificou a voz e os talentos das periferias recifenses, antes reconhecidas somente pela violência urbana. Tanta efervescência rendeu à capital pernambucana, em 2021, um lugar na Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), como cidade da música. O grupo de cooperação internacional conta com 49 cidades de todo o mundo divididas em sete categorias culturais. Além do Recife, apenas uma outra, Salvador (BA), representa a música.

O bregafunk e o passinho são expressões tipicamente recifenses. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagensArquivo

Foi nesse ambiente repleto de diferentes ritmos e expressões culturais que  a  pernambucana Uana Mahin se descobriu artista. Recifense, ela transitou por diferentes partes da região metropolitana da cidade, durante a infância e a adolescência, até chegar em sua atual morada: o bairro de Casa Amarela, na Zona Norte. Antes disso, uma longa temporada como moradora da Várzea - lugar tão mergulhado em atividades musicais que, inclusive, detém seus próprios festivais, como o Festival de Inverno da Várzea (FIV) -, acabou contribuindo para sua incursão no mundo das artes e da cultura popular. 

Uana começou a carreira artística em 2011 como atriz, percussionista e backing vocal. Já cantou com grandes nomes da cultura pernambucana, como Maciel Salú e Adiel Luna, e integrou o Afoxé Oyá Tokolê Owó, do Ilê Asè Agajú Okoloyá, o Terreiro de Mãe Amara. Além disso, fez parte do grupo Sagaranna, com o qual viajou  em turnês pela Europa. Desde 2016, a cantora decidiu apostar numa carreira solo.

Uana se inspira no som que vem das ruas do Recife para produzir a sua própria música. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Em entrevista ao LeiaJá, a artista assume que a cidade do Recife tem influência direta em sua escolha de trabalhar com arte. Sobretudo neste momento em que transiciona da cultura tradicional para outro segmento popular: o bregafunk. O bairro de Casa Amarela, onde mora atualmente, tem total participação nesse novo momento de sua carreira. "Essa minha pesquisa surgiu muito quando eu vim morar aqui. Eu moro no centro comercial do bairro e fico tentando entender todos os movimentos: da galera que dança aqui no posto; aprendi a cantar os bregas, aprendi a dançar - eu já tinha uma relação muito forte com a dança, mas comecei a entender o brega de outra maneira e morando aqui nao tem como, você pode até não gostar, mas a gente ouve o tempo todo. Minha relação com a música mudou muito e sinto que isso tem  a ver com essas regiões da cidade”.

As regiões dos quais Uana fala, os altos e morros localizados na periferia do Grande Recife, de fato são um celeiro dos movimentos brega e bregafunk. De lá, saem alguns dos maiores artistas desses dois segmentos, não só cantores e bandas como também os grupos de dança do famoso 'passinho'. Todo esse universo tem inspirado a artista a compor, produzir e a entender não só essa música que vem de fora mas, também, aquela que vem sendo produzida por ela. ”O brega é uma coisa muito potente, cheia de possibilidde: o brega romantico, o brega safado… Recife é uma cidade que atravessa completamente os artistas, nunca lutei contra isso, sempre quis aproveitar de fato o que a  cidade oferece, entender o que os produtores de Casa Amarela fazem”. Em tempo, o brega foi intitulado Patrimônio  Cultural Imaterial da Cidade do Recife em 2021.

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Transitando por esse meio, a cantora vem conseguindo agregar um novo público sem perder aquele que já a acompanhava. Segundo ela, essa integração vem fluindo de forma natural e só enriquece tanto o seu fazer artístico quanto os próprios segmentos dos quais se vale. “Principalmente desse lugar da cultura popular, que tem muitos intelectuais interessados, achei que teria uma resistência dessas pessoas entenderem essa minha migração para uma coisa mais pop e também de assumir o brega. Um dos últimos shows que vi no Coquetel Molotov foi do MC Tróia, e o festival tem esse público alternativo e não tem um distanciamento grande, às vezes é um distanciamento de classe social, mas eu pessoa preta, nascida na periferia, crescida na classe média que tive acesso a escolas de classe média,  eu vejo que é uma fronteira muito menor do que a gente imagina. Quando a gente vai a festas de classe média, a gente vê as pessoas dançando bregafunk. O brega é muito potente, mesmo com tudo indo contra ele , você vê que as pessoas do brega são organizadas, existe uma indústria e ele se popularizou de maneira que a gente não sente mais essa fronteira”.

No Recife, músicos de expressão como Reginaldo Rossi e Chico Science foram eternizados em estátuas. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagensArquivo

Da mesma forma, a cantora revela que foi muito bem acolhida no meio do bregafunk e que além de estar aprendendo muito com seus maiores expoentes, como Shevchenko e Rayssa Dias, por exemplo, sente que os caminhos sempre estiveram abertos para que ela pudesse desenvolver seu trabalho sem o menor problema. “Eu vejo que por eu ter vindo desse lugar (da cultura popular), eu já tinha um trabalho para mostrar. Eu transito mas eu não sou desse lugar, eu não disputo esse espaço.  Eles são macacos velhos da indústria, eles sabem que eu não quero disputar aquele lugar. Para eles, principalmente as mulheres, é muito mais difícil se colocar no mercado, conseguir compor, boa parte das mulheres do brega estão cantando músicas que os homens escreveram e nada contra  a ‘safadeza’, mas que a mulher valide aquilo. Vejo que nesse lugar eu tenho alguma facilidade, mesmo sendo mulher e preta, vejo que tenho um outro respeito".

Para Uana, dificuldade mesmo parece ser, apenas, pensar sobre os limites geográficos. É comum ver artistas locais trocando de CEP para conseguirem viabilizar seus trabalhos. O destino mais procurado costuma ser  a cidade de São Paulo, um dos polos que fazem o país girar.

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A cantora recifense também vislumbra esse futuro, no entanto, assegura que ele está, ainda, um pouco distante. “Tô com esse desejo de me demorar um pouco aqui, até pra conseguir pesquisar e ouvir melhor as coisas, só quem tá aqui consegue ouvir algumas coisas, principalmente nesse lugar do brega. Mas, infelizmente, chega um momento que você não consegue mais circular aqui na cidade. Desde novembro tenho circulado e já toquei em boa parte das casas pequenas daqui, então jaja vai ficar um pouco limitado. Esse ano vou fazer shows importantes mas é difícil negociar um cachê justo, então se você quer crescer infelizmente você precisa ir pra lá. Do meu desejo quero continuar aqui porque eu amo, mas chega um momento que satura, a gente quer voar e não consegue”.

Enquanto esse momento não chega, Uana continua desenvolvendo sua pesquisa e seu trabalho no Recife, a cidade que vem lhe ajudando e inspirando nesse processo criativo. A cantora acaba de lançar um novo single, ‘Sonhei com você’, o primeiro de um EP que chegará em abril, chamado ‘Vidro Fumê’ (ela deu esse ‘spoiler’ especialmente para essa entrevista). Além disso, um álbum também está nos planos para 2022 e, claro, "bastante show”. 

 

A Banda Som da Terra celebra os 110 anos de nascimento de Luiz Gonzaga, neste sábado (12), às 19h30, no Teatro do Parque, área central do Recife. O show também será uma comemoração especial aos 485 anos da capital pernambucana, pois dia 12 de março é o aniversário do Recife. O grupo pernambucano apresenta “A Lua de Gonzaga”, um show dedicado ao Rei do Baião e aos 70 anos da canção “Asa Branca”, símbolo do Nordeste. O grupo promete uma apresentação recheada de sucessos, como “Riacho do Navio”, “Vem Morena”, “Triste Partida”, “O Xote das Meninas” e “Pagode Russo”. A entrada será 2kg de alimentos não-perecíveis que serão doados para o Hospital de Câncer de Pernambuco. 

“Será um show dedicado ao nosso Rei do Baião e a quem gosta de uma boa música e performance intensificada no palco. Iremos também homenagear o nosso querido e amado Recife. A apresentação será um verdadeiro passeio pela cultura nordestina e brasileira. Também será uma forma de ajudar ao próximo através da doação de alimentos”, destaca o músico Rominho, vocalista e líder do grupo.

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Sobre a banda

A Som da Terra foi criada em 1975. Já no primeiro ano de formação, recebeu um incentivo extra ao ser considerada a “Melhor Banda do Ano”, título concedido pela Rede Bandeirantes. No Recife, apresentou-se durante 13 anos no famoso e saudoso bar “No Meio do Mundo”, casa que cativou várias gerações. Iniciou as apresentações musicais da casa de shows “Cavalo Dourado”, no Jockey Club, e, em 1979, introduziu o primeiro trio elétrico pernambucano, com o título: “Tropical Som da Terra”, que grande influência teve na renovação do Carnaval pernambucano.

Ao longo dos seus 46 anos de carreira, o grupo compartilhou suas andanças com grandes nomes da Música Popular Brasileira, a exemplo de Luiz Gonzaga, Guilherme Arantes, Jair Rodrigues, Paulo Diniz, Dominguinhos, Sivuca, Alceu Valença, Roupa Nova, MPB-4, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Lenine, entre outros. Um dos mais tradicionais grupos da música pernambucana, a Som da Terra tem um estilo que pode ser definido como MPB de sotaque regional, com uma gama de composições que compreendem os gêneros da cultura popular.

Na próxima sexta (11), a fotógrafa Gisele Carvallo inaugura a exposição 'O Recife de Van Gogh'. A mostra traz 40 obras que convidam o visitante a um mergulho na capital pernambucana através de sua natureza, poesia e cotidiano das pessoas. O evento marca, também,  a abertura da Galeria 180Arts e o aniversário do Recife, celebrado no dia 12 de março. 

As obras de Gisele têm inspiração no trabalho do pintor holandês Vincent Van Gogh. O objetivo da fotógrafa é mostrar a cidade do Recife a partir de suas cores, de sua gente, da natureza e de seus cenários urbanos. Ao todo são 40 fotografias que se propõem, também, a celebrar o aniversário da capital pernambucana que completa 485 anos no dia 12 de março de 2022. 

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A exposição marca, ainda, a abertura da Galeria 180Arts, localizada na Rua da Guia, nº 207, Bairro do Recife. O local estará aberto para visitação até 20 de abril, sempre das 10h às 19h.Não é necessário agendamento, mas será preciso apresentar o comprovante vacinal contra a Covid-19.

Serviço

‘O Recife de Van Gogh’

Abertura: 11 de março, a partir das 19h

Visitação: 12 de março a 20 de abril, das 10h às 19h

Galeria 180Arts, Rua da Guia, 207, Bairro do Recife

Gratuito

Em 2021, o aniversário do Recife e de Olinda será diferente. Com altos números de mortes e infectados pelo novo coronavírus, não será possível fazer festa, cortar bolo, ou celebrar naquele ponto preferido de cada uma das cidades. Mas, nem por isso, a data passará em branco. O LeiaJá preparou uma playlist especial de aniversário, para festejar em casa, garantindo a própria segurança e, consequentemente, a dos demais moradores das cidades-irmãs. 

Parabéns, Recife, pelos 484 anos!

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Parabéns, Olinda, pelos 486 anos!

Dá o play e comemore!

LeiaJá também

--> Uma 'loa' especial para o aniversário do Recife e Olinda

Minha Cidade - Menina dos Olhos do Mar - Lenine

Uma verdadeira declaração de amor à capital pernambucana - que é banhada pelas águas dos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió e do oceano Atlântico -, cantada pelo 'Galego' Lenine.

Recife Minha Cidade - Reginaldo Rossi 

Aqui, várias belezas do Recife e parte de sua história são cantadas pelo eterno Rei do Brega - falecido em 2013 -, Reginaldo Rossi; que levou o nome e a cultura de sua cidade para os quatro cantos do Brasil com o seu trabalho. 

Visse - Gustavo Pontual

Quem é do Recife tem um vocabulário todo particular. ‘Visse’ é uma das expressões mais usadas por essas bandas e o rapper Gustavo Pontual traz um pouco desse 'pernambuquês',  e do orgulho do sotaque, nessa faixa. 

Cerca de Prédio - Karina Buhr

Recife é uma das maiores metrópoles do Nordeste. O crescimento da cidade é visível em seus altos prédios que ‘disputam’ espaço com o casario antigo, em algumas regiões, e com a paisagem natural, em outras. O tema é mote para essa música de Karina Buhr. 

Reciferia - Acria

As diferentes tradições e culturas do Recife se fundem nessa faixa d’Acria. A música também tem um videoclipe com imagens de diversos pontos da cidade. 

Alto do Bonsucesso - Marcelo Cavalcante

Um pedacinho um pouco menos festejado de Olinda, o bairro do Bonsucesso, é protagonista nesse frevinho maroto do pernambucano Marcelo Cavalcante

Olinda - Alessandra Leão

O samba também tem vez na terra do frevo. A canção de Alessandra Leão celebra Olinda desde o título até o último refrão. 

Pra Brincar o Carnaval - Juba

Olinda e Carnaval são praticamente sinônimos. A festa que tem a cara da cidade é o tema desta canção.

Vem pra Olinda - Aurinha do Coco

O coco é uma das tradições mais fortes da cidade de Olinda. Uma de suas maiores mestras, Aurinha do Coco, não poderia ficar de fora dessa playlist. 

Conta que eu vou cantar- Combo X

Nascida em Peixinhos, bairro da periferia olindense, a Combo X também traz a cidade em sua obra. Nessa faixa, é o povo de Olinda quem recebe a homenagem. 

Recife e Olinda são duas cidades vizinhas e irmãs que de tão próximas até fazem aniversário no mesmo dia. Nesta sexta (12), as duas completam idade nova - a primeira, 484 anos, e a segunda, 486. Em um ano em que seus moradores não poderão fazer festa, nem tampouco acompanhar o tradicional corte dos bolos em virtude da grave crise sanitária imposta pela pandemia do novo coronavírus, o jeito será celebrar a data em casa mesmo.

Para homenagear as aniversariantes, o LeiaJá convidou o músico pernambucano Manuca Bandini para cantar-lhes uma loa especial que passeia por alguns dos ‘cantos’ mais bonitos e emblemáticos de ambas. Os desejos são de dias mais tranquilos e felizes em mais um ano de história de cada uma. Parabéns, Recife! Parabéns Olinda!

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Recife, a capital de Pernambuco, comemora mais um aniversário nesta quinta (12). Aos 483 anos, a cidade encanta moradores e turistas com suas belezas naturais e arquitetônicas, além de uma pluralidade cultural pouco encontrada em outros lugares do mundo. Como toda metrópole, que cresceu desordenadamente e luta para conviver bem com os avanços da tecnologia e do progresso, ao passo que mantém sua essência, o Recife é um celeiro de maravilhas e desconfortos que tornam a relação dos seus para consigo muito dúbia. Mas, apesar de tudo, a cidade consegue subverter seus problemas e sempre apresenta motivos para continuar sendo amada. Concorda? 

Praia 

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Com cerca de oito quilômetros de extensão, Boa Viagem é uma das mais belas praias urbanas do Brasil. Cartão Postal recifense, a praia oferece boa estrutura para os turistas e  mar de águas quentinhas. Os pontos negativos são a sombra da ‘cerca de prédios’ promovida pelos espigões e arranha-céus da orla e, claro, os tubarões. Mas, nada que faça banhistas e visitantes desistirem do destino. 

Beleza arquitetônica

Além das belezas naturais, da praia e seus altos coqueiros, Recife também tem uma arquitetura de fazer cair o queixo. Os antigos casarões do centro, sobretudo o histórico e as pontes são um espetáculo à parte, com seus estilos clássicos e colorido único. Boa parte desse acervo anda um tanto mal cuidado, é verdade, mas ainda assim, a beleza da cidade a torna quase única no mapa do Brasil.

Diversidade Cultural

Como boa capital pernambucana que é, Recife guarda em si as mais diferentes manifestações culturais. A cidade tem maracatu de baque virado, maracatu de baque solto, caboclinho, tribo de índio, escola de samba, boi, frevo, afoxé, rock, pop, danças dos mais variados estilos e, claro, brega, bregafunk, passinho. O problema aqui e ter tempo e disposição para aproveitar tudo, mas com boa vontade já dá para aproveitar bastante. 

Movimento próprio

Sendo o Recife um verdadeiro celeiro cultural nada mais justo do que a cidade ser dona e proprietária de um movimento cultural próprio. O brega é uma manifestação sócio-cultural, genuinamente recifense, que transcende os limites da música e, hoje, é reconhecido como movimento, com diferentes vertentes e estilos. O único problema que, infelizmente, ainda advém disso, é o preconceito por se tratar de uma manifestação nascida e criada na periferia. Mas, a dedicação e amor daqueles que curtem e fazem o brega tem lutado arduamente contra isso. 

Filhos apaixonados

Essa lista, por si só, já é uma explicação a esse tópico. Todo recifense é um verdadeiro apaixonado por sua cidade, com direito a pitadas de megalomania, sendo capaz de jurar que o Recife é, sim, o melhor lugar do mundo e que tudo teve início foi aqui (‘alô, Cícero Dias’). A ‘bronca’, como diz o bom recifense, é que tanto amor pode parecer chatice e exagero, mas a real é que o bom recifense é capaz de superar todas as dificuldades e limitações da cidade e amá-la de verdade. Feliz aniversário, Recife! 

Fotos: LeiaJáImagens

Recife completa mais um ano nesta quinta (12), mas a festa começa antes disso e promete ser grande, com comemorações que só se encerram no próximo domingo (15). Os 483 anos da capital pernambucana vão ser celebrados a partir desta quarta (11), em uma festa que contará com atividades de lazer, culturais, entrega de equipamento de saúde, prestação de serviço à população e um bolo de 483 kg. 

Abrindo as festividades, o projeto Recife Mais Cultura leva a Orquestra Viana para a Pracinha de Boa Viagem, nesta quarta (11). Na quinta (12), a população da Várzea recebe um novo equipamento, a Upinha Vila Arraes, que vai funcionar 24 horas com o objetivo de ampliar a cobertura em Saúde da Família do bairro. Além de ganhar uma nova unidade de saúde, a Várzea, este ano, será o polo oficial do 'parabéns' ao aniversariante. É lá que será feita a distribuição do bolo de aniversário.

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Já na sexta (13), a festa continua no Baile Back to the Mangue, que vai celebrar a memória de Chico Science com shows e a formação de um Museu Efêmero, no Pátio de São Pedro. No sábado (14), o projeto Olha! Recife realiza um passeio de catamarã, saindo às 9h do Catamaran Tours. O projeto também acontece no domingo (15), com um passeio a pé pelo Bairro do Recife. 

Também no domingo (15), o espetáculo O Boi Voador entra em cena pelo terceiro ano, no Marco Zero, contando uma das histórias mais pitorescas do Recife: a inauguração da primeira ponte da capital, no período holandês, quando Maurício de Nassau fez um 'boi voar'. A programação completa da comemoração pode ser vista na internet. 

Programação 

Recife Mais Cultura

Data: 11/03 (quarta-feira)

Local: Pracinha de Boa Viagem

Horário: 19h

Inauguração Upinha Vila Arraes e Corte do Bolo Gigante

Data: 12/03 (quinta-feira)

Local: Avenida Afonso Olindense s/n

Horário: 9h

Back to the Mangue

Data: 13/03 (sexta-feira)

Local: Pátio de São Pedro

Horário: a partir das 18h

19h - Renato L

20h - Fred 04

21h - Maciel Salu e Banda, com participação especial de Isaar, Fábio Trummer (Banda Eddie) e Cannibal (Devotos)

23h - Combo X, com participação especial de Maia (Lamento Negro) e Pácua (Via Sat)

Olha! Recife no Rio

Data: 14/03 (sábado)

Roteiro: Recife e suas pontes

Horário: 9h

Saída: Catamaran Tours

Inscrições: www.olharecife.com.br, a partir desta sexta-feira (13)

Olha! Recife a pé

Data: 15/03 (domingo)

Roteiro: Boi Voador

Horário: 14h

Saída: Praça do Arsenal

Inscrições: www.olharecife.com.br, a partir desta sexta-feira (13)

Passeio Ciclístico Encontro Das Cores

Data: 15/03 (domingo)

Horário: 8h30

Local: Avenida Alfredo Lisboa - Ciclofaixa de turismo e lazer

Inscrições: https://minhasinscricoes.com.br/evento/PasseioCiclistico

O Boi Voador

Data: 15/03 (domingo)

Horário: 18h

Local: Praça do Marco Zero

 

Durante oito anos, segundo os moradores, a comunidade do Alto Santa Terezinha e adjacências recebiam atendimento médico numa casa que foi alugada pela Prefeitura do Recife e  transformada para ser a sede do Posto de Saúde da Família (PSF). Visitando a comunidade para comemorar o aniversário de 482 anos da capital pernambucana, enfim, para a alegria dos populares, a Upinha Alto do Pascoal foi inaugurada pelo prefeito Geraldo Julio.

Antes, na casa onde funcionava a PSF, segundo os moradores, faltava tudo. Não tinha copo para beber água, o quadro médico era insuficiente, além de outras coisas que faltavam para a população. Agora, Maria de Lurdes, de 56 anos, se diz esperançosa com a abertura da unidade de saúde. “Eu já não aguentava mais aquela humilhação. Espero que agora isso aqui não seja só boniteza para enganar os pobres”, revela.

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O prefeito Geraldo Julio afirmou que equipamento foi uma conquista para os moradores, mas não quis falar sobre a demora para que a Upinha, prometida há oito anos para os moradores, antes mesmo de sua gestão, fosse entregue.

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De acordo com a gerente da Upinha do Alto do Pascoal, Daniele Tavares, os atendimentos na unidade começarão já a partir desta quarta-feira (13), mas só para aqueles que já tinham agendado. Aos poucos o local deve normalizar o atendimento à população.

Do alto dos seus 482 anos, a cidade do Recife coleciona casos de amor com seus moradores e visitantes. Um deles, filho da terra, o poeta Manuel Bandeira, cantou o lugar como talvez ninguém mais tenha conseguido: "o recife sem história nem literatura; Recife sem mais nada", onde "tudo parecia impregnado de eternidade". Os belos versos ilustram bem quão apaixonados são os recifenses, e a cidade tão cheia de encantos também faz apaixonar quem a visita. Nesta terça (12), dia em que a capital pernambucana completa mais um ano de história, listamos algumas das coisas que a tornam uma das mais apaixonantes do país e, por que não dizer, do mundo (porque recifense é megalomaníaco mesmo). Confira.

Carnaval Multicultural

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Não por acaso, o aniversário do Recife acontece logo após à maior festa realizada na cidade: o Carnaval. E ele não é um simples carnaval, mas sim vários em um só. Na folia recifense você encontra maracatu, escola de samba, troças de frevo, blocos pequenos, bloco que arrasta mais de um milhão de foliões, ursos, bois, afoxés, programação de dia e de noite e até show do Jota Quest e dos Titãs. Tem folia para tudo quanto é gosto e de tudo quanto é jeito. Impossível não amar.

Duas estações climáticas por ano

Quem mora no Recife não tem muita dor de cabeça para organizar o guarda-roupa. A cidade dispõe de apenas duas estações climáticas: verão e chuva. É sempre quente, mas de repente pode cair uma chuvarada, o que classifica a capital como bipolar. Muito fácil de resolver, é só sair com uma regatinha e aquele casaquinho de reserva na bolsa. Pode parecer um pouco irritante logo de cara, mas acaba sendo motivo de diversão e muitas piadas.

Placa de tubarão

Recife tem uma extensa faixa de praia urbana que não pode ser utilizada para banho por motivos de: tubarão. Sim, a proximidade com a natureza é tamanho (devido ao desequilíbrio ambiental, vale salientar), que as visitas desses animais acontecem vez por outra. Fato é que as placas de sinalização para os banhistas, avisando sobre os bichos, acabaram virando atração turística e mais uma brincadeira entre os recifenses e visitantes. Pode rir e tirar foto à vontade, mas tome muito cuidado com o tubarão.

Galo Gigante

Já falamos de Carnaval, é verdade, mas o Galo Gigante, aquela ave em tamanho grandioso que é levantado no meio de uma das pontes centrais do Recife, a Duarte Coelho, é um dos xodós de todo recifense. Ele fica lá, imponente e poderoso, durante todo o Carnaval, fazendo referência ao maior bloco da cidade, o Galo da Madrugada, e é ponto de farra e muitas fotos para locais e turistas. Todos os anos, a espera pelo Galo quase mata o folião de ansiedade, todo mundo quer saber como vai ser a obra da vez. Isso fez nascer uma nova tradição recifense, há cerca de três anos, os comentários e suposições sobre o Galo têm virado até meme. Fato é que o recifense gosta tanto do 'bicho' que ele deveria ficar montado o ano inteiro bem no meio da cidade.

Shoppings

Se tem uma coisa que recifense gosta mais do que cerveja gelada e caldinho na praia, é shopping. São mais de 10 em toda a Região Metropolitana, todos com as mesmas lojas, mesmas lanchonetes, quase as mesmas atrações e quase sempre do mesmo modo: lotados. Não se sabe se é pelo conforto do ar refrigerado ou pela possibilidade de encontrar tudo em um só lugar sem tem que queimar a cara no sol escaldante do centro, ou melhor, da cidade, mas por essas bandas, o povo gosta é muito de um centro de compras.

Pontes e ruas com nomes poéticos

Ponte Duarte Coelho, Ponte Velha, Ponte Maurício de Nassau; Rua da Saudade, Rua das Ninfas, Rua do Sol, Rua do Progresso, Rua da Aurora. O recife encanta até nos nomes dos logradouros, pontes e bairros (Casa Forte, Boa Vista, Coelhos). Os recifenses amam viver em um lugar com endereços tão poéticos, mas a verdade é que poucos sabem de cor os nomes de todas as pontes e ruas.

'Malassombro'

Uma cidade tão antiga, com quase 500 anos, tinha que ter muitas lendas, causos e histórias mal assombradas. Pois o Recife tem e muitas. As lendas recifenses são tão famosas que já viraram livro, filme e até série de TV. Gilberto Freyre que o diga; o escritor imortalizou muitos desses causos no seu antológico 'Assombrações do Recife Velho'. Os locais adoram revisitar essas histórias e assustar os visitantes.

Brega é a música do recifense

Pernambuco é berço de um dos ritmos musicais mais bonitos já inventados pela humanidade, o frevo. Todo recifense se orgulha disso e, muito embora nem todos saibam dançar, mas, pelo menos, todos adoram um frevinho. Porém, apesar da frevança, do manguebit e de tantos outros ritmos tradicionais, o que impera mesmo no Recife é o brega. Da periferia até as mais altas coberturas da Zona Sul, não há aquele que não conheça um versinho de Reginaldo Rossi, o Rei do Brega, ou um passinho de Kelvis Duran, o príncipe. É a música do recifense e como o próprio Rei cantava: "Recife tem um coração; Tem muito calor, muita emoção".

Fotos: Rafael Bandeira/Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Pixabay

 

A Saraiva vai celebrar os aniversários das cidades de Olinda e do Recife, na próxima terça (12), oferecendo descontos aos seus clientes. A partir deste sábado (9), alguns títulos serão vendidos, pelo e-commerce da rede e nas lojas físicas, com valores promocionais em homenagem às datas.

Para compras pelo e-commerce, os clientes ganharão um cupom de 10% de desconto; para usá-lo será preciso inserir o código Maracatu no campo designado no carrinho de compras. Já os clientes cadastrados no programa de fidelidade da livraria poderão ganhar pontos em dobro nas compras realizadas nas lojas físicas.

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A promoção contempla produtos como livros, games e filmes. Entre os títulos, estão Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freyre; Pó de Lua nas Noites em Claro, de Clarice Freire; Box Manuel Bandeira; e A emparedada da Rua Nova, de Carneiro Vilela, entre outros.

PARA SEGUNDA (12) MANHÃ

Recife é uma cidade de contrastes, que sabe bem o que é viver as maravilhas e dissabores de uma grande metrópole que é. Seus moradores costumam ter relação intensa com a Manguetown, que nesta segunda (12) completa 481 anos. Você tem certeza que é um recifense de verdade? Confira esta lista e, como dizem os recifenses, ‘se garanta’.

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Diz que é do Recife, mas...

… não acredita que o Shopping Recife é o maior da América Latina, que a Caxangá é a maior avenida em linha reta do Brasil e que o mar é uma união dos rios Beberibe e Capibaribe.

Sim. O Recifense que se preza concorda que sua cidade tem as maiores construções, melhores lugares, mais bonitos e mais divertidos, também. Afinal de contas, a megalomania recifense é fator indispensável para ser um verdadeiro local.

… nunca foi assistir a um filme no Cinema São Luiz.

Talvez a mais tradicional sala de cinema da cidade, o São Luiz tem história e o recifense raiz tem suas memórias naquele lugar. Embora ultimamente esteja um pouco difícil frequentar o cinema, sempre fechado por problemas técnicos, o São Luiz nunca perde seu charme e, para melhorar, tem ingressos mais acessíveis do que as salas de projeção dos shoppings.

                                                     

… nunca desviou do florista do Recife Antigo.

“Rosa é amizade, vermelha é amor”. O verdadeiro recifense com certeza já fugiu do vendedor de flores artificiais mais famoso do Recife Antigo. Porém, não com facilidade, pois, com seu bordão inconfundível, o vendedor é insistente e tenta de tudo para garantir uma venda. Reza a lenda que até Fátima Bernardes já teve que driblar a figura.

… nunca passeou na Feirinha do Bom Jesus.

Tradicional passeio de domingo, no precinho que todo recifense gosta, ‘de grátis’. A Feirinha do Bom Jesus oferece todo tipo de artesanato e é uma ótima distração para quem está sem programa no fim de semana. Os turistas costumam adorar também.

… nunca brincou no Galo da Madrugada.

Gostando ou não de Carnaval, o verdadeiro recifense tem que ter pelo menos uma passagem pelo maior bloco de Carnaval do mundo, nem que seja para reclamar do calor e da multidão.

                                                      

… não fica bravo quando dizem que recifense fala ‘Récife’.

É motivo de discórdia, sem dúvida, quando alguém de fora afirma que o recifense chama sua cidade de ‘Récife’, com o ‘e’ aberto. O verdadeiro recifense vai jurar ser engano do forasteiro e garantir que, por essas bandas, ninguém fala desse jeito.

… nunca ficou de bobeira com os amigos no Marco Zero.

Boa localização, muito espaço e nada de pagar entrada. O Marco Zero é perfeito para aqueles momentos em que não há o que fazer mas, ainda assim, o recifense quer dar uma saidinha de casa. Dá pra andar de patins, skate, namorar, bater um papo com os amigos, ou o que mais vier a calhar no momento.

… nunca se atrasou por causa do trânsito da Agamenon Magalhães, da Rosa e Silva ou Rui Barbosa.

Todo recifense sabe bem quão caótico o trânsito na cidade pode ser. E aquele recifense raiz certamente já perdeu compromissos ou chegou gravemente atrasado por causa dos engarrafamentos nas maiores de suas avenidas.

… nunca cantou ‘Voltei, Recife’ depois de uma temporada fora da cidade.

Não importa se a viagem durou dois dias ou dois meses, ao retornar, o bom recifense vai dizer que ‘foi a saudade que me trouxe pelo braço’, como nos versos da canção imortalizada na voz de Alceu Valença.

… diz que vai pro ‘centro’ e não para a ‘cidade’.

No Recife, ir até o centro é, na verdade, ir para a ‘cidade’. O recifense que se preza sabe muito bem disso e nunca dá o recado enganado.

                                                                  

… nunca pegou um Bacurau no Cais de Santa Rita.

Nem todas as cidades brasileiras têm ônibus circulando por toda madrugada. O Recife não só tem esse serviço como ele tem um nome próprio, Bacurau. O ponto de partida de todos é o emblemático Cais de Santa Rita, no centro da cidade, que congrega de trabalhadores da noite a pessoas que estão saindo das baladas.

… não tem uma relação bipolar com a cidade.

O recifense verdadeiro não consegue decidir se ama ou odeia a sua cidade. Em um dia, ele pode dizer que mora no melhor lugar do mundo, o mais bonito e que tem as pessoas mais legais. No dia seguinte, certamente estará dizendo que a cidade é um caos, o tempo é doido - no meio do dia mais quente do ano cai uma chuva intensa sem aviso nenhum -, e que as pessoas são muito mal educadas. Uma relação sempre muito intensa.  

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Neste domingo (11), véspera do aniversário de 481 anos do Recife, a Rua do Bom Jesus, uma das mais simbólicas do centro da cidade, receberá um polo cervejeiro especial. No local, serão montados estandes de 13 cervejarias diferentes, todas ligadas à Associação Pernambucana das Cervejas Artesanais (Apecerva).  

O evento ocorrerá das 14h às 22h, e contará ainda com atração musical, o DJ Tampinha. Além do som, os interessados na bebida poderão aproveitá-la também usufruindo das opções de comida que serão levadas à Rua, como as lingüiças artesanais da Wurst Haus e os sanduíches do Burguer de Raíz.

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Entre os rótulos confirmados estão algumas já bem conhecidas pelo público local, como a Babylon German Lager, a Capunga Craft Beer, a DeBron, Duvália e EKÄUT . Além dessas, marcarão presença as cervejarias Estrada, a GrunhsBier, Navegantes, Olinda Cervejaria, a  Patt Lou, a Cervejaria Pernambucana, a  Quatro Cantos e a Seis Punhos.

Serviço

Cervejarias Artesanais de Pernambuco no Aniversário do Recife

Domingo (11) | 14h às 22h

Rua do Bom Jesus, Recife Antigo

Entrada gratuita

A Troça Carnavalesca Mista o Sapo Barbudo desfila nas ruas do bairro do Recife, neste domingo (11), quando acontecem as comemorações antecipadas do aniversário da capital pernambucana e de Olinda, celebrado na segunda-feira (12). A agremiação defende  a democracia e do direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser candidato a presidente este ano.  A concentração para a troça, que sairá acompanhada de orquestra de frevo, está prevista para às 16h, no bar Mamulengo, Praça do Arsenal.

“Vamos participar da festa junto com todos e estamos saindo para defender a democracia e o direito de Lula ser candidato. Esta é uma atividade de quem quer defender a democracia e esperamos repetir o sucesso que o Sapo faz quando sai, porque junta muita gente”, diz a secretária de Cultura do PT Pernambuco, Teresa Huang.

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Segundo Teresa, a atividade é uma iniciativa de secretaria estadual de Cultura do PT  e demais setoriais e secretarias estaduais do partido, entre elas Secretaria de Juventude e Secretaria de Mulheres.Foram convidados para o encontro os blocos Feitiço da Estrela e Bovoá com Elas.

Consideradas cidades irmãs, Recife e Olinda têm a mesma data de aniversário, 12 de março, mas diferentes idades : 481 anos e 483, respectivamente. 

Este sábado (12) será de muita festa no Recife e em Olinda. As cidades irmãs comemoram seus aniversários - de 479 e 481 anos, respectivamente - com bolo, música e muita cultura popular. Confira o que está programado para celebrar as datas.

RECIFE

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Os 479 anos do Recife serão celebrados na Praça do Arsenal, Bairro do Recife. Às 19h, haverá o tradicional corte do bolo que, este ano, terá 400kg. Logo após, uma queima de fogos anuncia o início da festança que terá direito a samba, maracatu e muito frevo. Às 17h30, as Fadas Magrinhas colocam a criançada pra dançar. Depois, às 18h, a centenária Nação do Maracatu Porto Rico - homenageada e campeã do Carnaval 2016 - mostra o peso do seu batuque; as baterias das escolas Gigante do Samba e Galeria do Ritmo - respectivamente, campeã e vice da categoria Samba do Grupo Especial neste ano - tocam muito samba para os presentes. E o frevo toma conta da festança às 20h com o Maestro Duda - celebrando também seus 80 anos de vida - acompanhado de sua orquestra e artistas convidados como Almir Rouche, Josildo Sá, Edilza Aires e Adriana B.

Serviço

Aniversário de 479 anos do Recife

Sábado (12) | 19h

Praça do Arsenal da Marinha - Bairro do Recife

Gratuito

 

Olinda

Os 481 anos de Olinda também serão comemorados com muita cultura popular em diversos pontos da cidade e em dois dias de festa. No sábado (12), a comemoração inicia às 16h com o festival Abriu pro Coco e A Cocada. Um cortejo com os grupos Maracatu Leão Coroado, Maracatu Várzea do Capibaribe, Batákossô, Senzala Show, Fethxa, Brinquedo da Capoeira, Caboclinho 7 flechas e Afoxé Ylê de Egbá farão um cortejo, seguindo até a Praça Israel Félix, em Amaro Branco. A programação segue no palco, com shows dos Mestres do Coco de Pernambuco e a participação dos Mestres do Coco do Amaro Branco (Dona Glorinha, Mestra Ana Lúcia, Lú do Pneu e Mestre Juarez), seguido pelos grupo A Cocada e Coco Raízes de Arcoverde. Às 17h, o bloco de carnaval Esses Boy Tão Muito Doido se concentram em frente à Escola de Samba preto Velho e descem as ladeiras do Sítio Histórico e, às 18h, o bolo de 481kg será cortado em frente à sede da prefeitura onde estará montado um palco que receberá o Afoxé Ylê de Egbá e a banda Combo X.

Já no domingo (13), o 2º Passeio Ciclístico homenageia a data. A concentração dos ciclistas será às 6h, no Parque do Carmo, com café da manhã e aula de ginástica para aquecer o corpo. A largada será às 7h e o percurso passará pela Avenida beira Mar indo até a ponte do Janga. As inscrições serão feitas através da doação de 2kg de alimentos não perecíveis até esta sexta (11), na sede da Secretaria executiva de Esportes e Juventude, localizada na Vila Olímpica de Rio Doce; na loja PE Retrô do Shopping Tacaruna e na TM Bike (Avenida Presidente Kennedy, 1710).

Serviço

Aniversário de 481 anos de Olinda

Sábado (12) | 16h

Sítio Histórico de Olinda

Gratuito

 

2º Passeio Ciclístico

Domingo (13) | 6h

Parque do Carmo

2kg de alimentos não perecíveis

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Lenine é um dos ícones da música pernambucana e sua ausência foi sentida no Carnaval do Recife. Este deve ter sido um dos motivos que levou os fãs ao delírio quando o cantor subiu ao palco montado na Praça do Arsenal para celebrar o aniversário da cidade, nesta quinta-feira (12). 

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O Carnaval parece ter sido retomado, com o povo se aglomerando para assistira a apresentação do músico. O espaço na frente do palco foi o mais disputado, pois todo mundo queria registrar o show de Lenine. A artesã  Viviane Locatele ficou junto ao gradeado do palco para aproveitar cada segundo da apresentação. Apaixonada pelo músico, ela afirmou que não perde nenhum show. “Eu amo meu Recife e comemorar o seu aniversário com o show deste grande artista é maravilhoso. Lenine é um pernambucano nato, que sabe musicar a poesia como um todo”, exaltou.

O estudante de Odontologia, Carlos Conrado, ficou sabendo da programação do aniversário do Recife no início da tarde. Mas não mediu esforço para participar das comemorações quando descobriu que Lenine iria comandar o show. “Eu vim especialmente para o show de Lenine. Ele é um excelente cantor e  tava nos devendo um show, porque não se apresentou no Carnaval como é de costume”, ressaltou o estudante.

Em cima dos bancos da Praça do Arsenal, algumas pessoas garantiram um espaço para assistir ao show. Foi o que fez Polyana Conde, que veio especialmente para prestigiar o ídolo. “Estamos tendo a oportunidade de aproveitar uma coisa que faltou no carnaval: o show de Lenine. A prefeitura do Recife acertou em trazer o músico para as comemorações do aniversário da cidade”. 

Dentre o repertório apresentado na festa de aniversário do Recife,  Lenine trouxe as músicas Hoje eu Quero Sair Só, Já que sou brasileiro, O último pôr do Sol, além de Alzira e a Torre.

Doze de Março, dia de comemorar o aniversário da capital pernambucana, Recife. A Veneza Brasileira está em festa. Seus 478 anos de história e tradição estão  sendo celebrados com uma programação repleta de atividades culturais. Apresentações de Maracatu, Cavalo Marinho, Orquestras de Frevo e a bateria da escola Gigantes do Samba, fizeram a festa no Palco montado na Praça do Arsenal. 

As festividades começaram por volta das 17h, com muita animação. Os grupos de Cavalos Marinhos, que foram amplamente difundidos pelo Mestre Salustiano, representaram a beleza da cultura pernambucana. “Pra gente é sempre uma honra ser convidado pela prefeitura para prestigiar esse aniversário maravilhoso. O Recife é uma cidade ímpar, onde o turismo e a cultura está crescendo. É uma honra participar da homenagem a esta cidade, que não esquece os artistas da terra”, afirmou Pedrinho Salustiano.

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A festividade virou tradição para algumas pessoas. A taróloga Graça Caminha, de 85 anos, mora há 33 anos em Porto Seguro, na Bahia. Mas a distância e a idade não é empecilho para essa senhora, que faz questão de participar anualmente, da festa em comemoração a sua cidade natal. “Eu não moro mais aqui, mas o aniversário da cidade para mim é de lei. É o momento de me deparar com as minhas raízes e reencontrar a família. Não poderia perder esta festa linda, que vou continuar acompanhando em quanto puder”, ressaltou dona Graça.

O tradicional corte do bolo foi realizado por volta das 18h30 e contou com a participação de representantes do cenário político. O prefeito do Recife, Geraldo Julio,  fez as horas da casa. O primeiro pedaço foi dedicado as mulheres, que teve seu dia celebrado no último domingo (8). “Dedico o primeiro pedaço a todas as mulheres, não só de Recife, Pernambuco, mas do mundo. Elas têm um papel importante na sociedade e vem conquistando cada vez mais espaço na nossa história”, disse.  

O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em agosto do ano passado,  foi lembrado pelo seu amigo e correligionário. Geraldo Julio ressaltou que Eduardo sempre terá seu espaço reservado na história de Pernambuco. “Eduardo sempre estará presente nos nossos pensamento, na nossa vida, na história de Pernambuco e de todo Brasil. Em momentos como esse, que ele sempre esteve conosco, a gente lembra mais. Mas sua imagem e a lembrança sempre se fará presente, independente dele não estar mais entre nós”, concluiu o prefeito.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara,  não poderia deixar de marcar presença  nas comemorações. Pela primeira vez participando das festividades à frente do Executivo estadual, o governador comentou que na posição de gestor, a comemoração passa a ter um novo significado. “A gente passa a ter um olhar diferenciado, com o propósito de trabalhar muito para continuar no caminho certo. Queremos lutar em favor do Recife, em favor de Olinda, em favor de Pernambuco e das pessoas que mais precisam”. Câmara ainda completou citando  a importância das parcerias na sua gestão. “A responsabilidade é muito grande, mas sabemos que com boas parcerias com nossos prefeitos a gente tem condição de caminhar junto e melhorar nosso estado".

O encerramento das homenagens ao aniversário do Recife será comandado pelo cantor Lenine, que sobe ao palco por volta das 20h30.

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Recife completa 478 anos esta quinta-feira (12) e promove uma festa na Praça do Arsenal em comemoração ao aniversário da cidade. A fila para o tradicional corte do bolo começou a se formar cedo. A técnica de informática Libania Sobral foi a primeira a chegar. Ela afirmou que chegou por volta das 5h da manhã para prestigiar a festa. 

“Saí de casa cedo para ter o privilégio de ser a primeira da fila. Amo a minha cidade. Apesar de reconhecer que ainda existem muitos problemas por aqui, ela merece esse sacrifício”, pontuou Libania, ressaltando que a prefeitura precisa investir em educação, segurança e atividades culturais. A gente vive numa cidade tão bonita, tão rica culturalmente, mas não investe o suficiente para divulgar esta arte. Sem contar que a segurança e educação, não só do Recife, mas de todo estado ainda é muito precária”, cravou.

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Há 43 anos, dona Sandra Lemos de Lucena participa do corte de bolo no Recife. Acompanhada de alguns familiares, ela diz não se incomodar com o tempo de espera na fila, pois acredita que participar do corte do bolo é a homenagear a cidade. “Desde que eu tinha sete anos, todos os anos eu participo do dessa homenagem. O bolo é símbolo de esperança, de novo ciclo. Assim eu agradeço a minha cidade por tudo”, comentou.

Este ano, a Prefeitura do Recife montou duas formas de distribuição do bolo. No palco, encontra-se um bolo tradicional, de 30 kg decorado para fazer a magia da festa. Já o publico tiveram acesso as porções individuais, distribuídas em dois pontos de apoio, nos arredores da Praça do Arsenal.  Ao todo, forma disponibilizados cerca de três mil fatias.

Por conta do feriado em comemoração aos 480 anos de Olinda, a Circunscrição Regional de Trânsito (CIRETRAN) e a unidade do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE) da cidade estarão fechadas nesta quinta-feira (12).

Apesar de ser comemorado o aniversário do Recife também nesta mesa data, não é considerado feriado na capital pernambucana. Portanto, o expediente das unidades do DETRAN do município – incluindo a sede, localizada no bairro da Iputinga, Zona Oeste, será normal.

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>> Expresso Cidadão fechado no dia do aniversário de Olinda

Correios – As agências das duas cidades funcionarão normalmente, das 9h às 17h. As unidades localizadas em shoppings seguem os horários dos estabelecimentos, e a agência no aeroporto abre das 9h às 20h.

TRT-PE - Não haverá expediente nesta quinta-feira no Fórum Trabalhista de Olinda. O atendimento será retomado normalmente na sexta-feira (13).

Em virtude do aniversário do Recife, comemorado no último dia 12 de março, a Casa do Carnaval, no Pátio de São Pedro, promove desta terça (25) até a próxima sexta (28) o ciclo de debates Cidade, cultura e cotidiano: o Recife em debate. As atividades incluem palestras, lançamento de livro, exibição de documentários e passeio por locais históricos do Recife e são gratuitas.

O evento terá início com a mesa O Recife em interpretação: sensibilidades para um estudo da história da cidade, às 9h, seguida de palestra do pesquisador Mário Ribeiro sobre as práticas culturais populares no Recife do século XX. À tarde, será exibido o documentário Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife, com uma rodada de debates no final.

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Na quarta (26), haverá mesa para discussão do tema Espaços de sociabilidades no Recife do século XX, com palestras de Carlos André Silva Moura, historiador e autor do livro Fé, Saber e Poder: os intelectuais entre a Restauração Católica e a Política no Recife 1930-1937, e Sandro Silva, historiador e autor da Dissertação de Mestrado Quando ser gay era uma novidade: aspectos da homossexualidade masculina na cidade do Recife na década de 1970.

Ainda no segundo dia de atividades, o jornalista Hugo Bispo lança o livro A província começa a virar metrópole: como o desejo de modernidade alterou os costumes e a estrutura urbana do Recife no início do século XX, que trata das questões comportamentais dos recifenses durante o processo de transformação da cidade, com palestra sobre o tema. Durante a tarde, ocorre a exibição do vídeo Irôco: a árvore sagrada, com debates em seguida.

Na quinta (27), a partir das 9h, os participantes farão um passeio por locais onde o Recife começou a se desenvolver, com base no temas discutidos nos dias anteriores. O percurso inicia no Marco Zero e termina no Pátio do Terço.  Na sexta-feira (28) acontece o encerramento do evento, com as considerações finais, avaliação da atividade, sorteio de livros e entrega dos certificados.

Serviço

Ciclo de debates Cidade, cultura e cotidiano: o Recife em debate

Terça (25) a sexta (28)

Casa do Carnaval (Casa 38 do Pátio de São Pedro)

(81) 3355. 311

Programação

Terça (25)

9h às 12h - Mesa: O Recife em interpretação: sensibilidades para um estudo da história da cidade

Palestrante: Mário Ribeiro (Historiador e pesquisador das práticas culturais populares no Recife do século XX)

Tarde (opcional): Cine CASA. Exibição do documentário “Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife”,  em seguida roda de debate.

Quarta (26)

9h às 12h - Mesa: Espaços de sociabilidades no Recife do século XX

Palestrantes: Carlos André Silva Moura (Historiador e autor do livro Fé, Saber e Poder: os intelectuais entre a Restauração Católica e a Política no Recife 1930-1937) 

Sandro Silva (Historiador e autor da Dissertação de Mestrado Quando ser gay era uma novidade: aspectos da homossexualidade masculina na cidade do Recife na década de 1970)

Hugo Bispo (jornalista e autor do livro “A província começa a virar metrópole”)

Tarde (opcional): Cine CASA. Exibição do vídeo ‘Irôco: a árvore sagrada’. Em seguida, roda de debate.

Quinta (27)

9h às 12h - Passeio pelas artérias das ilhas iniciais do Recife.

Sexta (28)

9h às 12h - Considerações Finais, avaliação da atividade, sorteio de livros, entrega dos certificados

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