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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira, 26, que negociará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma pauta para fortalecer as relações entre Brasil e Argentina. Ele deu as declarações durante encontro com o presidente da Argentina, Alberto Fernández. A conversa foi transmitida nos canais do Senado.

"A Argentina é um grande parceiro comercial, e a Argentina tem no Brasil um grande parceiro comercial. Seria muito egoísta e pouco inteligente que o Brasil fechasse os olhos para os problemas da Argentina", disse Pacheco.

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"Pedirei ao presidente Lula uma audiência específica para identificarmos como o Congresso Nacional brasileiro pode colaborar com as ações de fortalecimento das relações entre Brasil e Argentina", declarou o presidente do Senado.

"Há uma relação de amizade, de apreço, de consideração, mas há uma relação de interesse bilateral. E é evidente que o Brasil tem que contribuir para a solução da Argentina", disse o senador. "É inevitável a busca de auxílio à Argentina no momento de crise", declarou ele.

"Recentemente um grupo de industriais brasileiros solicitaram a nós que pudéssemos criar políticas de incentivos para exportações para a Argentina. Isso é fundamental para a indústria brasileira", afirmou Pacheco.

A conversa entre Pacheco e Fernández foi parte da visita de Estado feita pelo argentino. Também participaram os senadores Weverton Rocha (PDT-MA), Fabiano Contarato (PT-ES), Jaques Wagner (PT-BA) e Ivete da Silveira (MDB-SC).

A Argentina passa por uma profunda crise econômica e terá eleições no segundo semestre. Fernández não tentará reeleição.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou nesta segunda-feira, 26, que seu encontro com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda representa "mais um passo" na integração com o Brasil.

Fernández faz nesta segunda uma visita de Estado ao País e almoçou no Palácio do Itamaraty com Lula e ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Alexandre e Padilha (Relações Institucionais).

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O vice-presidente Geraldo Alckmin também participou, assim como os líderes do governo no Congresso, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Em uma rápida declaração à imprensa ao deixar o Itamaraty, Fernández afirmou que ele e Lula falaram dos temas que preocupam as duas partes.

"Vou embora com a felicidade de ver meu amigo de sempre", disse o argentino, que veio ao Brasil reforçar seu pedido de socorro para vencer uma crise econômica. Lula não fez declarações após o almoço.

Agora, Fernández segue para reuniões com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, chegou no início da tarde desta segunda-feira (26) ao Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O líder argentino faz nesta segunda uma visita de Estado ao Brasil, o que inclui protocolos diplomáticos e encontros com os chefes dos três Poderes. É a terceira vinda de Fernández ao País e o quarto encontro com o petista desde o começo do ano.

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Após a reunião com Lula, Fernández vai ao Itamaraty para almoço oficial. Depois, se encontra com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.

Como mostrou o Broadcast Político mais cedo, Fernández e Lula vão promover nesta segunda o que será chamado de "Relançamento da Aliança Estratégica Brasil-Argentina". Trata-se de um plano amplo para a agenda bilateral, sem tema específico. Ainda assim, a visita integra a nova rodada de pedido de socorro financeiro protagonizada pelo presidente argentino em pleno ano eleitoral.

Fernández quer ajuda de Lula para a rota de escape da crise econômica. A ideia que vinha no bolso do colete caiu por terra: o banco dos Brics, liderado pela ex-presidente Dilma Rousseff, negou-se a oferecer as garantias em empréstimos que seriam feitos pelo Brasil a empresas exportadoras ao país vizinho. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se recusa a oferecer o Tesouro sem garantias externas para a empreitada diante do histórico de calote da Argentina.

Com gol relâmpago de Lionel Messi, a seleção da Argentina derrotou a Austrália por 2 a 0, nesta quinta-feira, em amistoso disputado em Pequim, na China. O confronto foi marcado pelo gol mais rápido da carreira do atacante argentino, a 1 minuto e 19 segundos de partida.

O lance teve início com um erro da defesa australiana, que permitiu rápida troca de passes no ataque argentino, até a bola chegar aos pés de Messi. O craque dominou rapidamente e acertou belo chute de fora da área, a meia altura, no canto direito do goleiro Mathew Ryan.

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Até então, o gol mais rápido de Messi havia acontecido em 2018, em partida do Barcelona contra o Chelsea, pela Liga dos Campeões. O argentino balançara as redes aos 2 minutos e 7 segundos de partida. Pela seleção do seu país, Messi tinha como gol mais rápido aquele que marcou na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, diante da Nigéria, aos 2 minutos e 26 segundos.

Messi também participou da jogada do segundo gol dos argentinos nesta quinta. Ele iniciou o lance, pelo lado esquerdo do ataque, que culminou em cruzamento de De Paul e cabeçada certeira do zagueiro Germán Pezzella. O defensor surgiu no meio da área, sem qualquer marcação, e selou o placar.

O amistoso com a Austrália foi o terceiro jogo da Argentina desde a conquista do tricampeonato mundial na Copa do Mundo do Catar, em dezembro do ano passado. Na primeira Data Fifa do ano, o time comandado pelo técnico Lionel Scaloni venceu Panamá por 2 a 0 e aplicou uma goleada de 7 a 0 sobre Curaçao.

O jogo desta quinta foi uma reedição do confronto entre argentinos e australianos disputado nas oitavas de final do Mundial do Catar. Na ocasião, o time sul-americano venceu por 2 a 1, com gols de Messi e Julián Álvarez.

Messi e companhia voltam a campo na segunda-feira, às 9h30 (horário de Brasília), para enfrentar a Indonésia no estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta.

Mais cedo, em outro amistoso desta quinta, o Japão goleou El Salvador por 6 a 0, no estádio Toyota, em Aichi. Taniguchi, Ueda (pênalti), Kubo, Doan, Nakamura e Furuhashi marcaram os gols da partida. Mitoma, do Brighton, da Inglaterra, foi o responsável por duas assistências.

Mais uma vez, Messi deixou em dúvida sua participação na próxima Copa do Mundo, de 2026. O argentino, que vai completar 36 anos este mês, declarou que ao jornal chinês Titan Sports que gostaria de estar na próxima Copa para assistir e não para jogar.

"Não creio que eu participe da próxima Copa", ele disse. "Não sei o que vai acontecer no futuro, mas não mudei de opinião sobre isso." Na Copa do Catar, Messi foi eleito o melhor jogador e a Argentina conseguiu o tricampeonato.

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"Depois de conquistar a Copa que me faltava, estou satisfeito e agradecido pela carreira que tive e isso é o mais importante para mim. Creio que joguei minha última Copa", acrescentou.

A Copa de 2026 será realizada nos Estados Unidos, México e Canadá.

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Alberto Fernández, vão se reunir pela quinta vez neste ano. Os governos dos dois países trabalham na organização de uma visita de Estado de Fernández a Brasília, no dia 26 de junho.

Essa será a quarta viagem do presidente argentino à capital brasileira, num intervalo de seis meses. Envolto em uma crise econômica e de popularidade, o presidente argentino desistiu de concorrer à reeleição, mas discute com Lula formas de apoio para reação do governante de esquerda.

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A visita de Estado ocorrerá dois dias depois do prazo para confirmação dos candidatos presidente que disputarão o comando da Casa Rosada. O atual embaixador argentino em Brasília, Daniel Scioli, é pré-candidato. Lula já manifestou preocupação com o favoritismo do deputado de extrema-direita Javier Milei.

O governo brasileiro já pediu aos ministérios com temas relacionados à agenda bilateral para prepararem relatórios da evolução dos trabalhos. Lula e Fernández devem revisar os 84 pontos da declaração conjunta do primeiro encontro entre eles, em janeiro, em Buenos Aires. Uma das possibilidades é que haja encontro entre ministros dos dois países. A comitiva e o programa oficial ainda estão em elaboração.

Dois temas agregados mais recentemente foram o apoio do Brasil com financiamento de empresas nacionais que são exportadoras de bens e serviços para a Argentina, além do ingresso do país como integrante do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco dos BRICS. A instituição está em expansão.

O banco sediado em Xangai, na China, e presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff, foi fundado pelos cinco membros originais do grupo - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Entre os temas discutidos, o financiamento pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao gasoduto de vaca-muerta e o uso de uma moeda comum para transições comerciais na região, que pode ajudar a dependência do dólar, um dos problemas atuais da Argentina.

A ideia é que Fernández visite autoridades da cúpula dos três poderes em Brasília, entre eles o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber.

Encontros entre Lula e Alberto Fernández, desde a posse do petista

- 1º e 2 de Janeiro: viagem de Fernández para posse presidencial de Lula em Brasília e encontro bilateral no Palácio do Itamaraty

- 23 e 24 de Janeiro: viagem de Lula para a Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos) e reunião bilateral em Buenos Aires

- 2 de Maio: visita de Alberto Fernández para reunião no Palácio da Alvorada

- 30 de Maio: viagem de Fernández para reunião dos presidentes de países sul-americanos e encontro bilateral no Palácio do Itamaraty

- 26 de Junho: futura visita de Estado do presidente argentino a Brasília

O ex-jogador argentino Diego Maradona foi homenageado em uma basílica de Nápoles, na Itália, com uma pintura onde é retratado como um santo.

A obra "Diego!", realizada por Elvis Spadoni, chegou nesta quarta-feira (31) ao claustro da basílica de Santa Maria della Sanità, localizada em um dos bairros mais populares da capital da região da Campânia.

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A pintura chama atenção por mostrar Maradona literalmente como um "santo", pois o ídolo napolitano é retratado em pose extática e iluminado por uma luz que parece ser divina. A obra ainda mostra o ex-craque sendo ovacionado por fãs.

"Maradona sempre foi considerado um 'Deus' para os napolitanos, é incrível que a tela tenha encontrado um lugar no claustro de uma monumental basílica.

Escolhi dar ao meu trabalho a aparência de uma obra do século 17 para unir o sagrado e o profano", disse Spadoni, especialista em arte sacra, ao jornal Gazzetta del Mezzogiorno.

A tela tem como base uma famosa foto de Maradona tirada durante a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, quando o ídolo celebrou um gol da seleção da Argentina.

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A obra permanecerá exposta por um mês na basílica napolitana, antes de ser transferida para um centro esportivo e cultural da cidade.

Da Ansa

Anastasia Domini e sua esposa Anna Domini andavam de mãos dadas em um recente dia ensolarado na capital da Argentina, enquanto seus quatro filhos agitados brincavam por perto.

É uma cena comum em um país onde o casamento entre pessoas do mesmo gênero foi legalizado há mais de uma década. O casal, porém, que se casou logo depois de chegar a Buenos Aires no começo do ano passado, ainda se lembra do medo que sentiu quando decidiram pela primeira vez dar as mãos em público depois de sair da Rússia, que proibiu expressamente os casamentos homoafetivos em 2020.

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"Foi muito assustador", disse Anastasia Domini, mas "olhávamos ao redor e realmente ninguém estava olhando".

Para as Domini, que alteraram seus sobrenomes para poder se passar por irmãs na Rússia de forma mais convincente, o passeio foi um bom exemplo do quanto suas vidas se alteraram desde a mudança, unindo-se a um número cada vez maior de russos LGBTQ+ que decidiram deixar sua terra natal e se estabelecer na Argentina para fugir da discriminação e da guerra contra a Ucrânia.

Ao longo da última década, tornou-se cada vez mais difícil viver abertamente como membro da comunidade LGBTQIA+ na Rússia.

Em dezembro de 2022, o presidente russo Vladimir Putin sancionou uma lei que ampliou substancialmente as restrições sobre atividades vistas como promoção de direitos LGBTQ+ no país, com base em uma lei que já estava em vigor desde 2013, apontada por pesquisadores independentes como causa de um aumento na violência contra as minorias sexuais e de gênero.

Mais recentemente, o Kremlin chegou a enquadrar a invasão à Ucrânia em fevereiro de 2022 em parte como uma tentativa de defender valores conservadores contra a promoção de direitos de pessoas gays e trans pelos países ocidentais.

A Federação Argentina LGBT recebeu cerca de 130 consultas, ao longo do último ano e meio, de russos interessados em buscar refúgio na Argentina, mais do que qualquer outra nacionalidade.

"O conflito entre Rússia e Ucrânia acelerou a decisão de muitas pessoas que já estavam em situação de vulnerabilidade", diz Maribe Sgariglia, que coordena o departamento de relações internacionais da organização.

Integrantes da comunidade LGBTQIA+ não são os únicos russos chegando à Argentina. Em janeiro, 4.523 russos entraram no país, mais de quatro vezes os 1.037 que chegaram no mesmo mês do ano passado, segundo dados do governo. Em 2022, aproximadamente 22.000 russos entraram na Argentina, inclusive um grande número de mulheres grávidas que chegaram ao país para dar à luz, em parte na tentativa de obter um passaporte que abra mais portas.

A Argentina, porém, não era a primeira escolha de alguns dos russos que chegaram ao país.

Mark Boyarsky, um homem trans de 38 anos que deixou Moscou com a esposa e dois filhos, de 5 e 8 anos, logo depois da invasão da Ucrânia pela Rússia no ano passado, mudou-se primeiro para o Nepal, na tentativa de obter um visto britânico. Depois de vários meses infrutíferos, decidiram se mudar para a Argentina em setembro.

"Tenho uma sensação de muita segurança aqui", diz Boyarsky, observando que ainda não contou aos filhos que é trans porque "parecia muito perigoso para eles" saber isso no país de origem, considerando-se a crença geral de que "não existem gays na Rússia".

O casamento igualitário se tornou lei na Argentina em 2010; dois anos depois, o Congresso aprovou uma pioneira Lei da Identidade de Gênero, que codificou os direitos dos indivíduos transgênero, inclusive a possibilidade de alteração de nome sem necessidade de avaliação médica.

Boyarsky trabalha como fotógrafo autônomo e frequentemente tira fotos de casamentos homoafetivos envolvendo imigrantes russos. Ao menos 34 casais de russos do mesmo gênero se casaram na Argentina em 2022, e 31 este ano até agora, segundo a Federação Argentina LGBT.

Recentemente, Boyarsky fotografou o casamento de Nadezhda Skvortosova, de 22 anos, e Tatiana Skvortosova, de 29, que se casaram menos de um mês depois de se mudarem para Buenos Aires. O casal também mudara os sobrenomes na Rússia para poderem se passar por irmãs.

"É um momento muito importante para nós. Estamos esperando há muito tempo para sermos oficialmente uma família", disse Nadezhda Skvortosova após se casar em um cartório de Buenos Aires.

Muitos dos russos que chegam à Argentina sabiam pouco sobre o país antes da mudança.

"Tango, Che Guevara, e que era uma colônia espanhola", brinca Nikolai Shushpan, um homem gay de 26 anos que se mudou para a capital argentina em outubro, quando começou a ter medo de ser convocado para a guerra.

Shushpan atualmente divide um apartamento no centro de Buenos Aires com Dimitry Yarin, outro russo que ele conheceu em um aplicativo de relacionamento.

Yarin, de 21 anos, conta que há muito tempo tinha planos de se mudar para um país mais tolerante, mas "a guerra acelerou essa decisão".

Por causa da discriminação que enfrentam no país natal, muitos dos russos que chegam à Argentina solicitam o status de refugiados, um processo que pode levar até três anos.

As autoridades aumentaram o controle sobre migrantes russos depois da recente prisão de dois supostos espiões russos com passaportes argentinos na Eslovênia, no final do ano passado.

Por enquanto, Shushpan está gostando de viver abertamente como homem gay pela primeira vez. Em seu país, sempre havia tensão e a sensação "de que algo poderia acontecer".

"O único país onde não senti isso é aqui. Você não precisa ficar preocupado o tempo todo. A única coisa com que você precisa se preocupar são os preços", diz Shushpan, referindo-se à taxa de inflação na Argentina, de cerca de 110%, uma das maiores do mundo.

Depois de pouco mais de um ano na Argentina, as Domini compartilham dessa sensação de alívio.

Na cidade de Petrozavodsk, no noroeste da Rússia, Anastasia, de 34 anos, e Anna, de 44, não contavam a quase ninguém sobre seu relacionamento e seus dois pares de gêmeos, de 3 e 6 anos de idade. Havia um medo constante de que as autoridades levassem seus filhos e os colocassem em um orfanato, diz Anastasia Domini.

Elas agora vivem sem precisar se preocupar que alguém possa tomar seus filhos ou colocá-las na prisão.

"Estamos totalmente acostumadas à nossa situação de mulheres casadas que são mães de muitos filhos, e a podermos ser livres aqui", diz.

O Paris Saint-Germain venceu mais uma no Campeonato Francês e confirmou seu favoritismo ao título da competição, como apontavam os sites de apostas que oferecem Código promocional Betano no início da temporada. A equipe da capital venceu o Ajaccio por 5 a 0, no sábado. Faltando três rodadas para o fim do torneio, a equipe tem 6 pontos de vantagem para o Lens.

Mas o grande destaque do dia não foi a goleada do PSG ou os dois gols marcados por Mbappé durante o confronto. O destaque da noite foi a volta de Lionel Messi ao time titular. E as vaias que o meia argentino de 36 sofreu ao longo do duelo, algo inimaginável para o jogador escolhido como sete vezes o melhor do mundo e que liderou a Argentina na Copa do Mundo do ano passado.

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As vaias contra o atleta se fizeram presente em vários momentos do confronto. Assim que o nome de Messi foi anunciado nos alto-falantes do Parque dos Príncipes, parte do estádio vaiou o nome do jogador. A cada momento que ele encostava na bola ao longo do confronto, o barulho em parte do estádio voltava a ecoar.

Messi não aparentou nervosismo ou desconforto com a situação. A crise, motivada por uma viagem sem autorização do clube rumo à Arábia Saudita, foi mais um episódio na complicada relação entre o argentino e a diretoria do clube francês. O jogador, que tem contrato com o time até julho, dificilmente permanecerá em Paris.

No início do ano, o PSG iniciou conversas para renovar com Messi, mas a situação não avançou. Um dos pontos é que Messi recebe parte de seu salário em criptomoeda - uma novidade do futebol na época. Outro ponto é que o clube precisa reduzir sua folha salarial em 30%. Ou seja: deixar Messi sair pode significar a mudança financeira que o time precisa nesse momento.

Há alguns meses, o jornal L'Equipe noticiou que o PSG havia tentado reduzir o salário de Messi, sem sucesso, e que o staff do jogador não estava interessado em um novo vínculo sem que antes houvesse clareza nos projetos do clube para os próximos anos.

Ao mesmo tempo em que não pretende ficar no PSG, Messi também não tem muitas opções no mercado. Poucos clubes têm capacidade de bancar seu salário atual, que chega a 35 milhões de euros por ano. As três principais opções são Al Hilal, da Arábia Saudita, Inter de Miami, dos EUA, e Barcelona, onde ele fez história ao longo de quase duas décadas.

Lendo nas entrelinhas, mais um ano ou mais na Europa ainda parece ser a solução mais preferível para Messi em termos de futuro. No entanto, a especulação sobre sua ida para o Al Hilal ganhou mais força após a visita à Arábia Saudita em meio à temporada.

A expectativa em torno do seu futuro é grande. Seu ex-companheiro de seleção argentina e também de Barcelona, Javier Mascherano afirmou recentemente que desejava ver o amigo de volta ao clube espanhol na próxima temporada.

Atualmente, Mascherano é treinador da seleção sub-20 da Argentina. "Gostaria que Messi voltasse ao Barcelona e terminasse sua carreira lá. Não sei quais são as condições, mas gostaria de vê-lo jogar no Camp Nou novamente na próxima temporada", afirmou ele ao canal argentino TyC.

Além disso, o jogador de 38 anos falou sobre a situação atual do atleta e sua vitória na Copa do Mundo do Catar. "Messi é um jogador diferente. A experiência fez dele um jogador completo. Não é jovem, mas ainda é tão decisivo quanto antes."

"Tudo o que aconteceu com ele desde a Copa até agora deve ter mudado sua opinião sobre o futuro. É uma pena, porque assistir Messi jogar é incrível", concluiu Mascherano.

O Ministério da Economia da Argentina anunciou no domingo (14) um conjunto de medidas para conter a inflação no país, reativar os negócios e frear a dolarização das transações locais. Entre as decisões estão a subida das taxas de juros, a maior liberdade para o Banco Central controlar a moeda estrangeira, e a aceleração de acordos com o Fundo Monetário internacional (FMI).

Outras iniciativas devem ser anunciadas ao longo da semana.

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O Ministério da Economia informou que o Banco Central aumentará "a intervenção no mercado de câmbio e administrará o ritmo do rastreamento" da desvalorização progressiva do peso argentino.

A pasta também anunciou a aceleração dos acordos com o FMI, os swaps da China (o ministro da Economia, Sergio Massa, viajará a Pequim no dia 29 de maio) e a tratativa de garantias com o bloco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para importações e câmbio com o Brasil.

Haverá incentivos para sustentar o nível de consumo interno através da promoção do consumo de produtos de origem nacional, como a diminuição das taxas de juro dos cartões de crédito ou o aumento das restituições a setores considerados vulneráveis.

Também haverá medidas para sustentar o nível de atividade econômica do país, como desoneração fiscal para pequenas e médias empresas, eliminação de tarifas e geração de regulamentos de dumping e proteção para melhorar a competitividade, além de reduzir os preços das importações de determinados produtos.

A aprovação para importação de bens de capital será acelerada e uma nova Unidade de Análise de Operações Comerciais será criada para coordenar com outras agências nacionais e responder de forma mais rápida a aumentos e variações de preços, agilizar o comércio exterior, entre outras medidas. Fonte: AP

Uma usuária do Twitter, identificada como Dana Reyna, relatou em seu perfil uma conversa de um grupo de amigas em um ônibus na Argentina. Na publicação, Dana alerta uma mulher chamada Agostina para uma suposta traição do namorado, Nacho, e que as amigas sabiam do caso. 

“Se seu nome é Agostina e você tem um namorado chamado Nacho, ele te traiu com a Luana, e suas amigas Camila, Antonella e Sofía sabem de tudo e também sabem que Antonella gosta de Nacho. Seus amigos falam muito alto para viajar com gente ralé como eu”, escreveu no Twitter. 

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Publicação de Dana Reyna. Foto: Reprodução/Twitter

A postagem de Dana viralizou no Twitter e recebeu mais de 90 mil curtidas e 5 mil pessoas repostaram. Com a repercussão e a busca pela 'vítima', o caso chegou até Agostina que respondeu a publicação de Dana alegando que Camila era sua melhor amiga e Sofia namora um amigo de Nacho.

"Então, gente, não procurem mais, sou eu. A Camila é minha melhor amiga. Ultimamente começamos a sair com elas [as outra meninas] porque Sofia é namorada do Faco [amigo do meu namorado]. Cami é gente boa com as meninas e eu sempre senti algo estranho, claro, não estavam se importando e todo mundo sabia disso, menos eu", respondeu Agostina que compartilhou prints da conversa com o, agora, ex-namorado. 

Publicação Agostina. Foto: Reprodução/Twitter

Ao ver a resposta de Agostina, Dana Reyna consolou e ressaltou que Nacho a não merecia. “Rainha: ele te perdeu, não merecia mais de você, e mesmo que pareça feio, fico feliz que o tweet tenha chegado para que você não seja mais enganada. Qualquer coisa que precisar, fale comigo”, disse.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu ajuda à secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, no socorro à Argentina. Em reunião bilateral em Niigata, no Japão, na véspera do G-7 Financeiro, Haddad disse à contraparte americana que se trata de uma questão humanitária. Ele ainda destacou que a união entre Brasil e Estados Unidos nesse tema seria um facilitador para as negociações.

"Estamos muito preocupados com o que está acontecendo com a nossa vizinha Argentina. E uma das coisas que me traz ao G-7, por recomendação do presidente Lula, é sensibilizar o G-7 e o G-20 para as condições específicas da Argentina nesse momento. Nós trazemos essa preocupação por uma questão humanitária bastante evidente", declarou o ministro da Fazenda a Yellen, na parte da reunião que pôde ser acompanhada pela imprensa.

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Haddad relatou à secretária do Tesouro americano a falta de divisas na Argentina "por razões históricas que vinham se acumulando" e as secas recentes, que afetaram as exportações. Também destacou que é ano eleitoral no país vizinho. "Estamos preocupados com o destino político na Argentina", afirmou o ministro a Yellen, ao citar a postura violenta de grupos de extrema-direita na América do Sul.

Após o encontro, que durou das 15h47 às 16h23, pelo horário do Japão, Haddad afirmou a jornalistas que Yellen "se surpreendeu" com o tema abordado na bilateral, a Argentina, e se comprometeu a analisar as considerações.

A intercessão brasileira em nome da economia argentina acontece semanas após o presidente da Argentina, Alberto Fernández, visitar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada. Na ocasião, o petista se comprometeu a trabalhar para convencer o Fundo Monetário Internacional (FMI) a "tirar a faca do pescoço" da Argentina. "A solução para Argentina passa pelo FMI", destacou Haddad.

Para além da identificação ideológica, o governo brasileiro quer ajudar a Argentina no campo da economia em ano eleitoral para evitar uma queda nas exportações ao país vizinho que leve ao enfraquecimento da atividade nacional. Os dois países estudam formas de financiar as exportações à Argentina, mas esbarram na garantia à política creditícia.

O governo da Argentina informou em comunicado que o presidente Alberto Fernández conversou nesta quinta-feira, 27, por telefone, com seu colega do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após o líder brasileiro ter relatado o diálogo, Buenos Aires diz que os líderes conversaram "sobre os avanços dos acordos comerciais firmados com o Brasil".

Segundo a administração argentina, Lula e Fernández falaram por 45 minutos ao telefone.

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Eles trataram de avanços na implementação de acordos de cooperação firmados nos últimos meses, e também sobre o papel da Unasul, "organismo regional ao qual os dois países anunciaram formalmente seu retorno nas últimas semanas", além de destacar a importância de aprofundar "os vínculos de fraternidade e o comércio bilateral".

A seleção brasileira masculina de futebol se sagrou campeã do Sul-Americano Sub-17, na noite deste domingo. Após vencer a Argentina, o time comandado pelo técnico Phelipe Leal contou com um tropeço do anfitrião Equador para sacramentar a conquista, na capital equatoriana.

Para levantar o troféu, o Brasil precisava fazer a sua parte - vencer a Argentina - e torcer para que o Equador não vencesse a Venezuela, horas depois. E foi exatamente o que aconteceu. No estádio Olímpico Atahualpa, os garotos do Brasil bateram os arquirrivais por 3 a 2. Na sequência, equatorianos e venezuelanos empataram por 1 a 1.

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A seleção terminou o hexagonal final com 13 pontos, dois acima do Equador. Os dois primeiros colocados terminaram o torneio de forma invicta. O Brasil ficou à frente porque obteve quatro vitórias, contra três dos anfitriões. A seleção soma agora 13 títulos do Sul-Americano Sub-17.

Neste domingo, o time nacional foi escalado com Phillipe Gabriel; Vitor Gabriel, Vitor Reis, Da Mata e Souza; Lucas Camilo, Luiz Gustavo e Dudu; Lorran, Riquelme e Rayan. No decorrer do jogo, entraram Chermont, Dalla Corte, Bernardo Valim, Ricardo e Matheus Reis.

Claramente superior no primeiro tempo, o Brasil abriu 2 a 0 nos primeiros 45 minutos, com gols de Riquelme e Dudu. No entanto, caiu de rendimento na etapa final e permitiu o empate dos argentinos. A seleção, então, chegou ao terceiro gol, com Da Mata, aos 15 minutos. Nos instantes finais, Rayan acertou o travessão e quase anotou o quarto gol brasileiro.

A equipe argentina acabou o jogo com 10 jogadores em campo. Isso porque, nos acréscimos, Villalba atingiu um soco em Bernardo Valim e foi expulso de campo.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou nesta sexta-feira, 21,, em vídeo publicado no Twitter, que não concorrerá à reeleição. O governo liderado por ele enfrenta quadro difícil na economia, com inflação ao consumidor que superou 100% ao ano, com crescimento fraco, aumento na pobreza e uma longa renegociação da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Além disso, o presidente sofre com divergências dentro de seu grupo político, notadamente com sua vice, a ex-presidente Cristina Kirchner.

No vídeo, Fernández diz que seu governo enfrenta um quadro difícil, inclusive uma dura seca que afeta o setor agropecuário, crucial para a economia do país. O presidente defende as atitudes de seu governo e diz que "concentrará seu compromisso em resolver os problemas" da população local, e menciona a importância de enfrentar os efeitos da seca e da guerra na Ucrânia.

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Alberto Fernández ainda ressalta que não pretende colocar seus interesses pessoais acima do "movimento", referindo-se ao peronismo. Ele também exalta a sua crença na democracia e defende que as prévias eleitorais (conhecidas como Paso no país) são o veículo ideal para a escolha dos próximos candidatos. Também diz que é preciso evitar que "a direita traga de volta seu pesadelo e sua obscuridade".

Fernández afirma ainda no vídeo que enfrentou nos últimos anos "manobras" para desprestigiar seu governo, mas que escolheu não responder a elas. Apesar disso, diz que seu grupo político está "unido" e que não tem inimigos entre os aliados. "Não tenho na Frente de Todos um só adversário", garante.

Como já era esperado, o Conselho da Fifa confirmou nesta segunda-feira que a Argentina substituirá a Indonésia como país-sede da Copa do Mundo sub-20 de 2023. Inglaterra e Estados Unidos eram outras opções após a entidade tirar a competição do país asiático por falta de relações diplomáticas - não queria hospedar a seleção de Israel.

Depois de fracassar no Campeonato Sul-Americano, não indo nem para o hexagonal final e, portanto, sem vaga, a Argentina rapidamente se prontificou a organizar a competição com o anúncio da retirada da Indonésia, no fim de março. Sob o prestígio de ter conquistado a Copa do Mundo do Catar, acabou levando a melhor no Conselho da Fifa.

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A Copa do Mundo acontece entre 20 de maio e 11 de junho, com seis grupos de quatro seleções. Maior vencedora da competição com seis títulos, a Argentina será a quinta representante do continente garantida, como sede. Brasil, Uruguai, Colômbia e Equador já estavam garantidos pelo Sul-Americano. O sorteio das chaves ocorre na sexta-feira.

"A Fifa tem o prazer de anunciar que a edição deste ano da Copa do Mundo sub-20 será realizada na Argentina. A casa dos campeões mundiais abre suas portas para as superestrelas do futebol mundial de amanhã", afirmou o presidente da entidade, Gianni Infantino. "Gostaria de agradecer à AFA (Associação de Futebol da Argentina) e em particular ao seu presidente, Claudio Tapia, bem como às autoridades governamentais, pelo empenho em acolher este magnífico evento num prazo tão curto."

Infantino ainda ressaltou nomes de craques que surgiram na competição para mostrar sua importância. "A Copa do Mundo sub-20 desempenha um papel fundamental nos esforços da Fifa para promover o futebol juvenil em todo o mundo. Desde 1977, este torneio contou com alguns dos maiores jogadores das últimas décadas, incluindo Diego Armando Maradona, Lionel Messi, Paul Pogba, Erling Haaland e muitos outros. Ter a edição deste ano num país que vive e respira futebol será uma grande inspiração para as estrelas de amanhã."

Quatro trabalhadores argentinos em condição análoga à de escravo foram resgatados na noite deste sábado (1º) em Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha. Segundo a Polícia Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego, que participaram da operação, uma das vítimas é menor de idade.

As pessoas resgatadas trabalhavam no corte de lenha em uma propriedade rural do município. Segundo a Polícia Federal, eles haviam sido abandonados pelos empregadores e estavam sem recurso para alimentação e estadia.

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A Polícia Federal foi acionada após receber denúncia da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, que também participou da operação. Um homem, responsável pelas atividades, foi preso em flagrante por submeter trabalhadores à condição análoga à de escravo, crime previsto no Artigo 149 do Código Penal. Conduzido à Polícia Federal em Caxias do Sul (RS), ele será encaminhado ao Sistema Penitenciário e permanecerá à disposição da Justiça Federal.

Ao chegarem à propriedade rural, os policiais federais, brigadistas militares e auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego encontraram os trabalhadores acampados na mata em condições insalubres e totalmente desassistidos. Os argentinos estavam sem água potável, sem energia elétrica e sem acesso a banheiros.

Uma seca histórica deteriorou a situação econômica da Argentina - que já era difícil -, acelerou a inflação e deve levar o país à recessão neste e no próximo ano. Economistas apontam que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 deverá ficar entre 2,5% e 3%, enquanto a inflação poderá chegar a 110%. Eles também afirmam que o déficit fiscal voltará a crescer, fazendo com que o país quebre o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Estamos prevendo uma queda de 3% no PIB neste ano e, se tudo for bem, uma inflação de 110%", diz o economista Lorenzo Sigaut Gravina, diretor da consultoria Equilibra.

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O Itaú Unibanco também projeta recuo de 3% em 2023 e de 2% em 2024, além de inflação de 100% neste ano. "A seca foi um golpe muito duro. Complicou o plano de Sergio Massa (ministro de Economia). Os desequilíbrios econômicos são muito grandes, e as correções foram pequenas nos últimos meses", diz o economista Juan Barboza, do Itaú.

A seca reduzirá a produção de soja em 45% em relação ao esperado, resultando na pior colheita das últimas 15 safras. A de trigo deverá cair em 50%, na pior safra desde 2010, e a de milho, em 35%, segundo dados da Bolsa de Comércio de Rosário.

O problema se torna ainda mais delicado porque o setor agroindustrial responde por cerca de 65% das exportações da Argentina, que vive uma escassez de dólares. Com a queda da produção agrícola, US$ 20 bilhões (o equivalente a 23% das vendas ao exterior em 2022) deixarão de ingressar no país.

A inflação tem batido recordes mesmo com o governo controlando preços de produtos essenciais. Quase 2 mil produtos estão com o preço congelado, e outros 49,8 mil não podem ter reajuste superior a 3,2% por mês.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O chão estala quando Guillermo Cuitino atravessa as terras secas que deveriam estar verdes e exuberantes nesta época do ano. Ele pega um pé de soja e facilmente pulveriza suas folhas com as mãos. "A seca este ano foi extrema", disse o engenheiro agrônomo esta semana, na fazenda onde trabalha em Urquiza, uma cidade a cerca de 230 quilômetros de Buenos Aires.

Cuitino normalmente tem uma política de não caminhar sobre terra cultivada, mas está tudo tão seco agora que não há absolutamente nada para danificar: nem as ervas daninhas estão crescendo. Essa cena se repete em fazendas por toda a Argentina, onde a colheita deveria estar a todo vapor, mas que foram arruinadas por meses de tempo seco.

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Os agricultores estão lutando para sobreviver, e uma queda brusca na expectativa de receita com exportação de produtos agrícolas será um duro golpe para a instável economia argentina. "Esta seca não tem precedentes", disse o agricultor Martín Sturla, de pé no meio de seus campos empoeirados na vizinha San Antonio de Areco.

"É dantesco. Ninguém nunca viu nada assim."

A situação é especialmente desastrosa porque a Argentina já vinha sofrendo com dois anos de clima excepcionalmente seco. "Os últimos dois anos foram ruins, mas sempre tivemos algumas chuvas que nos permitiram sobreviver", diz Cuitino. Até os especialistas estão tendo dificuldade em se adaptar à crise.

"Não há palavras para descrever o impacto de um ano agrícola marcado por recordes históricos: escassez de chuva no verão pelo terceiro ano consecutivo, ondas de calor que persistem até meados de março, e geadas que chegaram até outubro de 2022 e já em fevereiro de 2023", segundo um relatório recente da Junta Comercial de Rosário, que reduziu drasticamente as estimativas para a colheita deste ano. "As condições das plantações, animais e recursos naturais deterioram a cada semana, e nos deixaram à beira do inverno com uma tempestade de prejuízos."

Em seu último relatório semanal, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a produção de soja deste ano será de aproximadamente 25 milhões de toneladas, uma queda de 44% em relação à média dos últimos cinco ciclos. A produção total de trigo, por sua vez, está prevista para 36 milhões de toneladas, uma queda de 31% em relação ao ano anterior.

Safras foram perdidas

Osvaldo Bo sentiu isso na própria pele em sua fazenda, em Urquiza. "Perdemos 90%", disse Bo, enquanto mostrava uma plantação seca de milho. "Nunca vi uma seca como esta, porque já houve secas em que não havia soja, grão, mas havia trigo e milho. Agora, porém, todas as safras foram perdidas."

Levando em conta as safras de soja, trigo e milho, que compõem 87% da produção de grãos da Argentina, o prejuízo chega a um total aproximado de US$14,4 bilhões (R$75,5 bilhões), segundo a Junta Comercial de Rosário.

Os Consórcios Regionais de Experimentação Agrícola informaram recentemente em um relatório que as condições atuais levarão a quase US$20,5 bilhões (R$107,5 bilhões) de prejuízo nas exportações. Embora muitos tenham se apressado em culpar o aquecimento global pela seca, os especialistas dizem que não é tão simples.

La Niña

"Por enquanto, não temos indícios de que se trata de mudança climática", diz Anna Sörensson, pesquisadora de mudanças climáticas no instituto de pesquisa CONICET, financiado pelo governo. "Pelo contrário, vemos que a precipitação aumentou em razão das mudanças climáticas."

Ela acrescenta que há "grande certeza" de que a atual seca tenha sido gerada pela condição climática conhecida como La Niña, que envolve um resfriamento do Pacífico central, levando a mudanças no clima de todo o mundo. O fenômeno durou muito mais do que o normal desta vez. Mesmo não sendo diretamente responsáveis pela seca, as mudanças climáticas ainda desempenham um papel, segundo a cientista.

"O que acontece em razão das mudanças climáticas é que as ondas de calor se tornam mais frequentes e mais intensas", disse Sörensson.

Segundo ela, isso significa que "o solo seca mais rapidamente".

A Argentina sofreu com o verão mais quente desde 1961, de acordo com o Serviço Meteorológico Nacional. Na capital, os moradores enfrentaram o verão mais quente desde o começo dos registros, em 1906.

Os agricultores estão tentando descobrir como seguir em frente. "Já fiz algumas projeções e não tenho dinheiro para pagar as contas do ano e plantar novamente", diz Jorge Bianciotto, que administra a fazenda onde Cuitino trabalha.

"Perdemos muito capital de giro, então o que estou fazendo agora é procurar financiamento para cobrir o buraco financeiro, solicitando crédito na esperança de que o próximo ano seja melhor", disse Bianciotto.

"A gente sempre acredita que o que está por vir é melhor do que o que já passou." (Com Daniel Politi)

Gonzalo Montiel, lateral-direito do Sevilla e campeão da Copa do Mundo com a seleção argentina no Catar, está sendo acusado de abuso sexual. A denúncia foi feita por uma modelo que não teve o nome revelado e está sendo representada pela advogada Raquel Hermida. A mulher relata ter sido vítima do jogador durante a festa de aniversário dele, no dia 1º de janeiro de 2019. O evento ocorreu na casa de Montiel.

Hermida concedeu uma entrevista, na quarta-feira, à Rádio 10, da Argentina, e forneceu algumas informações sobre o caso. De acordo com ela, a acusação vem sendo tratada pela Justiça como um caso de "abuso sexual com acesso carnal, agravado por um grupo de pessoas". Ela diz que sua cliente foi ameaçada por pessoas próximas ao lateral-direito, inclusive pela mãe dele.

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A advogada contou que a modelo viveu uma relação breve com Montiel e foi convidada para a festa de aniversário no município de La Matanza. Ela não costuma tomar bebidas alcoólicas e disse ter ficado "absolutamente inconsciente" após poucos goles. A advogada também relatou que a vítima "foi jogada à porta da casa de Montiel" e que "não sabe quantas pessoas participaram do abuso", além de "não saber como chegou em casa".

Montiel é formado nas categorias de base do River Plate e jogou profissionalmente pelo clube entre 2016 e 2021, período em que conquistou uma Libertadores e duas Sul-Americanas. Saiu do clube para defender o Sevilla, seu atual clube. Na seleção argentina, é peça importante do grupo comandado por Lionel Scaloni. Costuma revezar posição com Molina e participou das conquistas da Copa América, Finalíssima e Copa do Mundo.

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