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Através de uma articulação da vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, a capital pernambucana está construindo o Convênio de Irmanamento com a cidade de Luján, na Argentina. O fomento dessa cooperação mútua será eficaz em áreas como Turismo, Cultura, Comércio e Desenvolvimento Social. O prefeito de Luján, Leonardo Boto, e o Cônsul Geral da Argentina no Nordeste, Alejandro Funes, participaram da reunião online realizada na manhã desta quarta-feira (29) para avançar nas tratativas que irão definir os termos do convênio.

Coordenadora das Relações Internacionais da PCR, Isabella demonstrou todo interesse em selar a parceria com a cidade argentina. "É uma grande honra para nós recifenses a possibilidade de construir essa irmandade entre as duas cidades. Será uma maneira de impulsionar nossos laços históricos, religiosos, fraternos e culturais", afirma.

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"Temos todo o interesse em concluir esse processo de irmanamento. Essa troca de experiências entre Recife e Luján será fundamental para o progresso das duas cidades", continua Isabella.

Encontro com cônsules no Recife 

Considerado o primeiro hub consular do Nordeste e o segundo do Brasil, o Recife possui mais de 40 consulados estabelecidos na cidade. Com o objetivo de estreitar os laços com os cônsules visando oportunidades de parcerias e de novos projetos, Isabella de Roldão participou de mais um encontro realizado também no dia de hoje (29). Estiveram presentes Alejandro Funes, Cônsul Geral da Argentina no Nordeste; Johannes Bloos, Cônsul Geral da Alemanha; Jeffrey Lodemeyer, representando os Estados Unidos; Masami Ohno, Cônsul-Geral Adjunto do Japão; Dennis Christian, representante da Unicef; e Rosa Sánchez-Cascado Nogales, diretora do Instituto Cervantes.

Reunião com WRI 

Também nesta quarta-feira (29), Isabella de Roldão participou de uma reunião com representantes do World Research Institute (WRI Brasil), instituição global que atua no desenvolvimento de estudos e implementação de soluções sustentáveis e focadas na pauta da mudança climática.

Na ocasião, foi apresentado o projeto Alianças para Transformação Urbana, que é financiado pelo fundo internacional climático ligado ao Ministério do Meio Ambiente da Alemanha. Do Brasil, as cidades do Recife, mais especificamente a Comunidade do Pilar, e Teresina (PI) estão recebendo ações do projeto, que visa gerar transformação urbana de forma sustentável e inclusiva.

*Da assessoria 

No segundo amistoso desde o tricampeonato mundial, a Argentina não tomou conhecimento de Curaçao, pequena seleção caribenha: goleada de 7 a 0, em noite histórica de Lionel Messi, que ultrapassou a marca de 100 gols pela seleção. Apesar da derrota, a partida também foi especial para o goleiro de Curaçao, jogador que mais sofreu com os ataques argentino e com as investidas de Messi.

Ao final do jogo, Eloy Room, goleiro do Columbus Crew, equipe da MLS, conversou com o capitão e camisa 10 da Argentina e recebeu um presente especial: o uniforme que o craque usou no jogo - e com o qual atingiu a marca de 102 gols pela seleção. Messi marcou três vezes.

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"Sim, tenho algo especial na minha mala", brincou o goleiro, em entrevista à Tyc Sports ao final do jogo. "A camisa de Messi. Isso é incrível. Um sonho que se torna realidade. Todo mundo é fã de Messi, e eu joguei contra ele. Foi uma partida dura, sofri alguns gols, mas também peguei alguns bons chutes."

Ao todo, Room, apesar de sofrer sete gols, defendeu dez finalizações da Argentina. "Depois da partida, ele (Messi) me disse isso também, que eu havia feito boas defesas, e isso significa muito para mim", pontuou o goleiro de 34 anos. "Não vou tirá-la nunca mais. Nem para dormir. É minha."

A procura por ingressos para o amistoso, realizado em Santiago del Estero, capital da província homônima no norte argentino, foi gigantesca. Jornais do país informaram que 2 milhões de pessoas tentaram comprar os bilhetes.

A goleada serviu para colocar o nome de Messi mais uma vez na história do futebol. O camisa 10 chegou aos 102 gols pela seleção, após 174 jogos. O primeiro gol do craque foi em 2006, diante da Croácia, em um amistoso também. Messi se torna o primeiro atleta sul-americano a marcar 100 gols por sua seleção. Outro fato importante: o astro soma 57 hat-trick (três gols em um mesmo jogo) na carreira, com 803 gols no total. Ele tem 35 anos.

Mauricio Macri, ex-presidente da Argentina, anunciou neste domingo que não concorrerá à corrida presidencial por seu país nas próximas eleições, marcadas para 22 de outubro. "Temos que alargar o espaço político da mudança que iniciamos. E temos que inspirar outras pessoas com nossas ações", disse Macri em vídeo publicado nas redes sociais. Ele presidiu a Argentina entre 2015 e 2019.

Desta forma, o ex-presidente deixa o caminho livre para os demais candidatos da coalizão 'Juntos pela Mudança', tendo em vista as PASO (Eleições Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), marcadas para 13 de agosto.

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Até o momento, o chefe do governo de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, a presidente do PRO, Patricia Bullrich, e o chefe do Partido Radical e governador da província Jujuy, Gerardo Morales, além do também radical Facundo Manés, anunciaram a intenção de candidatar-se à presidência da Argentina.

Bullrich descreveu a decisão de Macri como "histórica". "Mesmo podendo se tornar presidente novamente, ele priorizou os interesses de nosso país antes dos seus, como poucos líderes fizeram na história argentina", disse pelo Twitter.

Ao lado da governista "Frente de Todos", há vários candidatos possíveis, incluindo o próprio presidente Alberto Fernández. O embaixador no Brasil, Daniel Scioli, o líder Juan Grabois, que poderia dividir uma passagem com o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, e o ex-diretor do Banco Nación, Claudio Lozano, também deixaram escapar sua intenção de fazê-lo.

Além disso, no meio político fala-se do ministro da Economia, Sergio Maza, e do ministro do Interior, Eduardo de Pedro, como possíveis concorrentes da Casa Rosada.

Vários deles estariam dispostos a sair da luta caso a vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner, que há alguns meses garantiu que não competiria por estar "proscrita" (em referência a seus processos judiciais), finalmente decide se apresentar para o kirchnerismo.

No dia 14 de junho termina a data para o registro das alianças eleitorais. E dez dias depois é o prazo para apresentar as listas de candidatos que disputarão as urnas em outubro. Fonte: Associated Press

Diante de 84 mil pessoas, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, nesta quinta-feita (23) à noite, a seleção argentina se apresentou pela primeira vez após a conquista da Copa do Mundo do Catar. O técnico Lionel Scaloni escalou o time campeão, com Dibu Martínez; Tagliafico, Otamendi, Romero, Molina; Mac Allister, Enzo Fernández, De Paul; Messi, Julián Álvarez e Di María. Mas o que se viu em campo foi um time sem muita inspiração, que concentrou a responsabilidade em Messi e só foi conseguir o placar de 2 a 0 no fim do segundo tempo frente ao fraquíssimo adversário.

Antes do jogo, uma festa impressionante da torcida argentina na hora do Hino Nacional emocionou todo o elenco argentino. Foi possível ver Messi, Martínez, Di Maria e Scaloni com lágrimas nos olhos, tomados pela emoção, ainda festejando a conquista do terceiro título mundial, depois de 36 anos.

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O primeiro tempo foi todo dominado pelos campeões mundiais. Os panamenhos adotaram um postura defensiva, posicionados em um espaço de 30 metros. Um alinha de cinco atletas na linha da grande área, outra e quatro na intermediária e um jogador ainda antes do meio de campo.

Com o campo ofensivo bastante congestionado, a Argentina apostou nas jogadas laterais, principalmente pelo lado direito com Molina. Sem sucesso e com Messi muito marcado, a alternativa foi tentar os chutes de longa distância.

Aos 15 minutos, o lance de maior apreensão, quando Galván cometeu falta violenta sobre Messi. O camisa 10, com o joelho direito sangrando, bateu a falta na intermediária e acertou a trave.

Di Maria e Enzo Rodríguez também arriscaram de longe, mas não tiveram sucesso. Em uma dessas jogadas, o goleiro José Guerra fez bela defesa.

Messi, aparentemente ansioso por fazer o gol 800 da carreira, perdeu duas grandes oportunidades para marcar, ao demorar para finalizar, propiciando a chegada da marcação.

Os dez primeiros minutos da etapa final foram de duelo de Messi com José Guerra. O craque finalizou três vezes, duas em faltas e uma no escanteio, e em todas as vezes o goleiro impediu o gol argentino.

A pressão e a apreensão foi ficando cada vez maior com o passar do tempo. Aos 27 minutos, Messi, desta vez, de cabeça, errou o alvo. Aos 32 minutos não teve jeito. Messi cobrou falta mais uma vez na trave, no rebote Paredes furou, mas Almada converteu: 1 a 0,

De tanto tentar e com o pé na forma, Messi fez o seu aos 43 minutos, em cobrança espetacular de falta. Foi o gol 800 na carreira do astro e o 99º com a camisa da seleção. Festa completa, apesar da apresentação sem brilho.

O brasileiro Fernando Sabag Montiel, acusado de tentar matar a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, no dia 1º de setembro do ano passado, afirmou que agiu sozinho e não se arrepende. Essas foram as primeiras declarações à imprensa desde que Montiel foi detido.

"Eu agi sozinho, estão inventando uma história, mas agi sozinho", afirmou o acusado ao programa "Minuto Uno", da emissora argentina C5N.

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O brasileiro afasta a possibilidade de que sua noiva, Brenda Uliarte, tenha participado da tentativa de homicídio. Ela também está presa. "Eu fiz isso por causa própria, entendem? Eu tenho as provas aqui. Brenda não teve nada a ver com isso", diz o brasileiro, de acordo com vídeos da entrevista divulgados pela emissora.

A tentativa de homicídio ocorreu em frente à casa de Cristina. Montiel ficou no meio de uma multidão de partidários da vice-presidente, que a aguardavam para demonstrar apoio dias depois de a Procuradoria pedir sua condenação em um caso de corrupção.

Montiel se aproximou da vice-presidente, que cumprimentava admiradores, apontou uma arma contra o rosto dela e apertou o gatilho, mas o projétil não saiu. Toda a cena foi registrada pelas câmeras de cinegrafistas que acompanhavam Cristina.

Vice-presidente da Argentina publicou vídeo nas redes sociais implicando o deputado oposicionista Gerardo Milman e duas assessoras ao atentado; adversário político fala em 'operação suja' do kirchnerismo

"A arma estava carregada, apertei o gatilho e o tiro não saiu. Haviam cinco balas na arma", disse o brasileiro. "Imagina o nervosismo de estar em um lugar, de puxar a trava, puxei para trás e quando apertei o gatilho o tiro não saiu porque no meio de tanto tumulto, tanta gente, eu estava nervoso", acrescentou.

Perguntado se tinha algum arrependimento, Sabag Montiel respondeu categoricamente que "não".

Os acusados

Agustina Díaz, amiga de Uliarte, e Nicolás Carrizo, chegaram a ser presos por terem sido identificadas comunicações sobre o crime com os acusados. Agustina foi solta e Carrizo, líder do grupo chamado "banda de los copitos" - vendedores ambulantes de cana de açúcar - continua preso.

A Justiça recuperou mensagens de texto trocadas por Brenda e Augustina, em que elas discutem o atentado contra a política argentina. Por meses, Brenda contou a Augustina sobre seus planos de matar Cristina, chegando a dizer que havia contratado "um cara" para fazer o serviço, segundo trechos das mensagens reproduzidos pelo jornal La Nación.

"Mandei matar a vice Cristina (Kirchner). Não aconteceu porque ela se meteu para dentro (de casa). (...) Enviei um cara para matar Cristi", escreveu Brenda em uma das mensagens enviadas para Augustina em 27 de agosto, data em que manifestantes criaram um tumulto em frente à residência da vice-presidente.

A última troca de mensagens resgatada pela Justiça e publicada pelo La Nación é do dia seguinte ao atentado, 02 de setembro. Desta vez, quem inicia o contato é Augustina Díaz, que parece saber que a tentativa de homicídio aconteceria no anterior.

"Che, mas o que aconteceu que o tiro falhou? Não praticou antes ou falhou na adrenalina do momento? Onde você está? Não seria conveniente que voltasse a sua casa?", escreveu Augustina, ao passo que Brenda respondeu estar na casa de um amigo.

A Justiça considerou que o ataque foi planejado pelo brasileiro, mas a causa do crime ainda está sob investigação. Cristina pede que seja investigado o autor intelectual do crime porque acredita que o brasileiro tenha recebido ordens e tenha sido apenas o autor do crime.

O promotor do caso, Carlos Rívolo, solicitou novas perícias para o telefone celular do acusado já que, supostamente, seu conteúdo foi apagado equivocadamente nas primeiras verificações policiais.

Durante a entrevista, o brasileiro afirmou que, depois do ataque, "foram plantadas" balas na casa dele, assim como drogas. "Estão dando uma imagem inflada do que sou, porque não sou tudo o que dizem", afirmou. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Além de encerrar jejum de 36 anos sem títulos mundiais, a conquista da Argentina na Copa do Mundo de 2022 garantiu ao elenco e comissão técnica um presente especial: 35 celulares banhados a ouro avaliados em mais de R$ 1 milhão e enviados por uma fabricante irlandesa de artigos de luxo, a iDesignGold, a Messi e seus companheiros.

Todos os aparelhos são do modelo iPhone 14 e são personalizados especialmente a cada um dos atletas que fizeram parte do elenco campeão no Catar após bater a França na final. Cada um conta com o nome e número da camisa do jogador, o símbolo da Associação de Futebol Argentino (AFA) e a inscrição "Campeões da Copa do Mundo 2022", em inglês.

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Avaliados em 210 mil euros (cerca de R$ 1,167 milhão), os celulares foram um presente de Benjamin Lyons, CEO da iDesignGold, aos campeões mundiais. Após o título, Messi, um antigo cliente da loja, contatou o empresário para presentear seus companheiros de seleção. "Ele (Messi) disse que queria um presente especial para comemorar a incrível vitória, mas não queria o presente usual de relógios. Então, sugeri isso (os celulares) a ele e ele adorou a ideia", contou Lyons ao Marca.

Os 35 aparelhos foram entregues pessoalmente pelo CEO a Messi nesta semana, após a conquista de seu sétimo prêmio de melhor do mundo no The Best, da Fifa. Como publicidade para a fabricante, o craque argentino não teve de arcar com o custo de produção e personalização dos iPhones. "Foi uma honra presentear Messi com 35 iPhones 14 de ouro para seus companheiros de equipe como presente pela vitória na final da Copa."

A Argentina conquistou seu tricampeonato mundial em 2022, após derrotar a França na decisão da Copa, nos pênaltis. Messi foi o grande nome da seleção, com sete gols e eleito o melhor jogador da competição pela segunda vez - em 2014, foi o destaque da Argentina vice-campeã diante da Alemanha.

A Argentina conquistou seu tricampeonato mundial em 2022, após derrotar a França na decisão da Copa, nos pênaltis. Messi foi o grande nome da seleção, com sete gols e eleito o melhor jogador da competição pela segunda vez - em 2014, foi o destaque da Argentina vice-campeã diante da Alemanha.

O goleiro argentino Emiliano Martínez irá doar o par de luvas usado por ele na Copa do Mundo do Catar para ajudar no combate ao câncer infantil. A ação acontece em apoio a uma campanha que pretende arrecadar fundos para o serviço de Oncologia do Hospital Pediátrico Garrahan de Buenos Aires.

Em um vídeo publicado nas redes sociais da Fundação Pediátrica Argentina, o goleiro campeão do mundo assina as luvas e diz que espera fazer uma visita ao hospital. “Aqui vou assinar minhas luvas que usei na Copa do Mundo para o pessoal da Oncologia do Hospital Garrahan. Espero um dia visitá-los”, disse.

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Atualmente no Aston Villa, "Dibu", como é comumente conhecido, está concorrendo ao prêmio "The Best" de melhor goleiro do mundo. Junto a ele estão os goleiros Courtois, de Bélgica e Real Madrid, e Bono, de Marrocos e Sevilla.

Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile oficializaram nesta terça-feira a candidatura conjunta para sediar a Copa do Mundo de 2030, em evento realizado em Buenos Aires. O encontro contou com a presença e o apoio do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.

O lema da candidatura é "2030 Juntos" e tem como mote o centenário do primeiro Mundial da história, disputado na América do Sul, no Uruguai. "Sonhamos em voltar a ser sede da Copa no centenário. Todos os sul-americanos tem muita paixão, vivemos o futebol desta maneira", declarou o presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapia.

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Ele afirmou que os quatro países estão em condições de receber o grande evento do futebol em 2030, quando a Copa já terá aumentado de tamanho, de 32 para 48 seleções - a estreia da versão estendida do Mundial acontecerá em 2026, com uma sede tripla, formada por Estados Unidos, México e Canadá.

"Sabemos que este é um compromisso muito grande e que devemos mostrar ao mundo que Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile estão à altura para serem sede do Mundial", reforçou o anfitrião Tapia, que indicou que deve ser a liderança do grupo dos quatro países nesta candidatura.

Durante o evento, o dirigente da AFA fez e recebeu elogios do presidente da Conmebol, principalmente por ter reerguido a seleção argentina, campeã da Copa do Mundo do Catar, em dezembro.

"Quero agradecer ao presidente Alejandro Domínguez. Diante de uma pandemia, ele tomou decisões importantes. Por isso, eu reconheço seu trabalho e agradeço por sua valentia e por ter acompanhado nossa seleção", declarou Tapia.

O presidente da Conmebol retribuiu os elogios. "Não há organização que funcione sem uma liderança. E a partir de Claudio Tapia, toda a delegação argentina conquistou algo que não estava conquistando. Que o resto do mundo se sinta argentino", disse Domínguez, que disse indicar o dirigente argentino a um prêmio do Conselho da Conmebol.

GRUPO AMPLIADO?

Ausente no evento, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, sugeriu a inclusão de mais um país no grupo que tenta sediar a Copa de 2030. Na sua opinião, a Bolívia também poderia receber partidas do torneio, se a candidatura vencer a disputa.

"Nossa seleção trouxe a Copa do Mundo para o nosso continente e seria uma enorme alegria se, 100 anos depois, o Mundial voltasse para onde tudo começou: a América do Sul. Esta candidatura é de todo o continente. Por isso, eu gostaria de propor que nosso país vizinho, a Bolívia, seja parte deste sonho", declarou o presidente, pelas redes sociais.

Até o momento, o grupo sul-americano tem apenas um rival para tentar sediar a Copa. Trata-se da candidatura conjunta de Espanha, Portugal e Ucrânia, este acrescentado recentemente no grupo. Novos candidatos ainda poderão aparecer nos próximos meses. A escolha acontecerá somente em 2024, no 74º Congresso da Fifa, em data ainda não definida.

A Advocacia Geral da União (AGU), que irá abrigar uma procuradoria especial destinada a combater notícias falsas nas redes sociais, silenciou sobre a recente manifestação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de chamar de "golpe" o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O Estadão pede uma manifestação desde quarta-feira (25), sobre se esse seria um caso classificado como fake news pelo governo petista, mas não houve resposta.

A página oficial do Palácio do Planalto tratou como "golpe" o impeachment de Dilma Rousseff (PT), que seguiu os trâmites constitucionais, em publicação no dia 18. O PSDB foi à Justiça para questionar o governo. "Afirmar que o impeachment de Dilma se constituiu em 'golpe' é ato desprovido de verdade. Golpe, no sentido político, é aquele em que os representantes eleitos são destituídos de seu cargo fora das regras previstas na Constituição", destacou o partido.

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Dias depois, o próprio Lula chamou o ex-presidente Michel Temer de "golpista" em discurso durante visita oficial ao Uruguai. Temer, que assumiu o mandato após o impeachment de Dilma, ironizou e disse que sua chegada ao poder foi um "golpe de sorte".

A nova gestão da AGU, agora sob a alçada do ministro-chefe Jorge Messias, foi procurada pelo Estadão na última quarta-feira pedindo uma manifestação da Pasta. Não houve resposta e o pedido foi reiterado. Ontem, o ministro Messias pediu que fosse procurada sua assessoria.

Em nota, limitou-se a afirmar que a Procuradoria de Defesa da Democracia ainda não está ativa. "(A procuradoria) encontra-se, nesse momento, em fase de montagem do grupo de trabalho que discutirá sua regulamentação", disse. O órgão será responsável por futuras ações contra quem divulgar informações falsas nas redes sociais que estimulem o rompimento da ordem democrática.

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) enviou, nesta quinta, 26, uma representação ao ministro Jorge Messias pedindo abertura de um procedimento judicial contra o presidente Lula por causa das declarações de que houve um golpe de Estado em 2016. "O presidente da República está deliberadamente propagando desinformações a respeito de um fato histórico", alegou o deputado.

Na última quinta-feira, o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou edição de Medida Provisória para determinar às redes sociais que retirem do ar postagens que atentem contra a democracia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) protocolou, nessa quinta-feira (26), uma representação na Advocacia-Geral da União (AGU) sob a alegação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dissemina "desinformação" ao afirmar repetidamente que Dilma Rousseff sofreu "golpe de Estado". A petista foi alvo, em 2016, de impeachment.

No documento, Kim pede que a declaração de Lula seja analisada pela recém-criada Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia, que, de acordo com o governo, elaborará ações contra desinformação. Como mostrou o Estadão, especialistas veem riscos na atuação do órgão e alertam que não há no ordenamento jurídico o conceito de desinformação.

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"Quando o presidente da República passa a dizer, publicamente, que o impeachment - procedimento constitucionalmente previsto e parte indissociável do sistema de freios e contrapesos - é um 'golpe', a população fica desorientada a respeito do funcionamento das instituições democráticas e do arcabouço constitucional", diz texto. Procurada, a AGU não comentou a postagem.

Ao mesmo tempo que em que reiterou sua disposição em aprofundar a integração com países da América Latina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa de um diálogo extrarregional com China, União Europeia, ASIAN e União Africana. As declarações foram nesta terça-feira (24), feitas em discurso na VII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que acontece em Buenos Aires. O encontro marca o retorno do Brasil ao fórum de 33 países, o que, para o presidente, traz uma sensação de "reencontro consigo mesmo".

Em uma decisão de ajuste de rota na política externa, Lula determinou em 5 de janeiro o retorno do Brasil à Celac, três anos após o País deixar o órgão por determinação do ex-presidente Jair Bolsonaro. No discurso feito aos líderes presentes, o petista chamou a decisão de inexplicável.

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"É com muita alegria e satisfação muito especiais que o Brasil está de volta à região e pronto para trabalhar lado a lado com todos vocês, com um sentido muito forte de solidariedade e proximidade", disse Lula na Celac. "Esse espírito - de solidariedade, diálogo e cooperação - em uma região do tamanho e da importância da América Latina e do Caribe não poderia ser mais atual e necessário", acrescentou.

O aprofundamento da integração regional, destacou Lula, não impede diálogos com outros blocos econômicos. "Julgamos essenciais o desenvolvimento e o aprofundamento dos diálogos com sócios extra regionais, como a União Europeia, a China, a Índia, a ASIAN e, muito especialmente, a União Africana", afirmou o presidente, no momento em que tenta barrar um acordo comercial unilateral entre Uruguai e China. "Estaremos associados aos nossos vizinhos bilateralmente, no Mercosul Unasul e Celac", seguiu.

Em defesa de um desenvolvimento sustentável que combata as desigualdades sociais, Lula afirmou que o mundo de hoje demonstra o valor da integração. "Nada deve nos separar, já que tudo nos aproxima", salientou Lula. "Contamos com capacidades para participar, de forma vantajosa, da transição energética global", disse, sobre o Brasil. "É crítico que valorizemos a nossa Organização do Tratado de Cooperação Amazônica".

Fernández

Mais cedo, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que "há poucos dias, a loucura invadiu as ruas de Brasília, pouco após a posse de Lula". Ele mencionou os distúrbios do dia 8 de janeiro na capital brasileira ao comentar sobre riscos à democracia na região e a necessidade de defendê-la, durante discurso na abertura da Celac, em Buenos Aires.

Fernández mencionou também, por exemplo, distúrbios políticos dos últimos anos na Bolívia. O presidente argentino começou seus discurso com pedido de "um enorme aplauso para celebrar o retorno do Brasil à Celac" e comentou a "alegria de ter o presidente" brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, entre os presentes.

Presidente de turno da Celac, Fernández defendeu seu papel à frente da instituição. Ele destacou que assumiu um compromisso de incorporar também as necessidades do Caribe na Celac, e disse que em várias ocasiões em cúpulas globais destacou os impactos das mudanças climáticas sobre essa região. Fernández ainda lembrou que Argentina e México criaram juntos um fundo de assistência ao Caribe, para mitigar os problemas gerados pelas mudanças climáticas.

Em outro momento, Fernández qualificou como "imperdoável" o "bloqueio de mais de seis décadas" vivido por Cuba. E também mencionou o bloqueio contra a Venezuela, acrescentando que "é preciso se posicionar contra isso".

Fernández ainda disse que foi possível "avançar na relação bilateral" com o Brasil, durante a visita de Lula, e defendeu a importância de se avançar do mesmo modo em todo o continente. Ao final de sua fala, o presidente argentino declarou aberta "a Cúpula das Américas", uma gafe logo corrigida. A Cúpula das Américas foi criada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e inclui a presença dos EUA.

Em discurso na VII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu aos líderes internacionais do fórum que "perfilaram ao lado do Brasil e das instituições brasileiras" após os atos golpistas de 8 de janeiro. Para o presidente, a região dos 33 países integrantes da Celac é contra o terrorismo.

"Quero aqui aproveitar para agradecer a todos e a cada um de vocês que se perfilaram ao lado do Brasil e das instituições brasileiras, ao longo destes últimos dias, em repúdio aos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília. É importante ressaltar que somos uma região pacífica, que repudia o extremismo, o terrorismo e a violência política", declarou Lula nesta terça-feira (24).

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Em defesa de uma postura globalista, o presidente brasileiro afirmou que não quer importar para a região "rivalidades e problemas particulares" dos países e reconheceu um quadro mundial de ameaças à democracia.

"O mundo vive um momento de múltiplas crises: pandemia, mudança do clima, desastres naturais, tensões geopolíticas, pressões sobre a segurança alimentar e energética, ameaças à democracia representativa como forma de organização política e social. Tudo isso em um quadro inaceitável de aumento das desigualdades, da pobreza e da fome", afirmou Lula na Celac.

Ao longo do discurso, o presidente ressaltou que o apoio dos países do fórum à vontade do Brasil de sediar a COP-30, em 2025, é "indispensável".

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cancelou sua ida à Argentina para participar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), sob alegação de que haveria um plano de agressão contra sua delegação. Segundo analistas, o temor de ser preso pode ter influenciado sua decisão.

Os rumores sobre o cancelamento começaram nesta segunda (23) quando a reunião bilateral que teria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi cancelada e retirada da agenda do petista. A mudança de planos havia sido pedida por Caracas, já argumentando problemas de segurança.

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"Nas últimas horas fomos informados de um plano elaborado no cerne da direita neofascista cujo objetivo é realizar uma série de agressões contra nossa delegação liderada pelo presidente da República", afirmou o governo venezuelano, justificando a ausência de Maduro na reunião, que contará com a presença de Lula (Brasil), Luis Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Xiomara Castro (Honduras), Mario Abdo Benítez (Paraguai) e Gustavo Petro (Colômbia).

Ordem de captura

Analistas acreditam que o real motivo para Maduro deixar de viajar seja o medo do cerco legal. Existe uma ordem de prisão internacional contra o chefe de Estado chavista expedida pelos Estados Unidos e, justamente por isso, o presidente só viaja para outro país quando tem a certeza de que não será capturado pelas autoridades locais. Além disso, o Congresso argentino tem maioria opositora e isso pode aumentar o coro pelo pedido de prisão de Maduro.

"Se Maduro não viajar à Argentina é porque não teve garantias de que não seria capturado e enviado aos EUA. É preciso avaliar, também, a rota que o avião fará para chegar em território argentino e se vai atravessar outros países, para se ter a garantia desses países de que o avião pode passar e não será obrigado a aterrissar. É preciso ter tudo isso em conta para viajar", explicou ao Estadão o tenente venezuelano José Antonio Colina, que fugiu da Venezuela em 2004 e vive nos EUA.

Oposição

Na semana passada, quando foi anunciado que Maduro havia sido convidado a participar da cúpula da Celac, representantes da oposição argentina começaram a se manifestar contra a viagem e pediram a detenção do chavista por crimes de lesa-humanidade.

O comunicado do governo venezuelano aponta uma tentativa de prejudicar a imagem da Venezuela. "Pretendem montar um show deplorável, a fim de perturbar os efeitos positivos de um encontro regional tão importante e, assim, contribuir para a campanha de descrédito - e fracassada - que tem sido feita contra nosso país a partir do império americano."

A Argentina tem a presidência temporária da Celac e, por isso, a cúpula ocorrerá nesta terça, 24, em Buenos Aires. Em entrevista coletiva, Lula e o presidente argentino, Alberto Fernández, comentaram a situação da Venezuela e o convite a Maduro. "A cúpula da Celac reúne líderes de América Latina e do Caribe e, portanto, todos os países-membros estão convidados… Não temos nenhum poder de veto, nem queremos ter. A presença de presidentes de Cuba e Venezuela é mais uma inquietação dos meios de comunicação do que dos membros da Celac", afirmou Fernández.

Questionado sobre a situação de Maduro, Lula pediu o respeito à autodeterminação dos povos e disse que os problemas internos venezuelanos devem ser resolvidos com "diálogos, não com ameaças de invasão".

O chanceler venezuelano, Iván Gil, e mais três diplomatas, chegaram ontem a Buenos Aires para representar a Venezuela na cúpula. Para o analista político Erik Del Bufalo, professor da Universidade Simón Bolívar, o cancelamento acaba sendo "positivo para a Celac". "Ninguém quer ser retratado ao lado de Maduro, nem mesmo aqueles que supostamente são seus aliados. Para Venezuela é um desastre e agora precisamos ver os desdobramentos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta terça-feira (24), às 10h, em Buenos Aires, da sessão de abertura da VII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O bloco, fundado no México em 2010, reúne 33 países.

Às 13h30, Lula será recebido pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, num almoço oferecido pelo argentino, no Hotel Sheraton, de acordo com a agenda do petista divulgada nesta noite.

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Às 15h, Lula tem uma audiência com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu, e às 15h30, participa de um encontro com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Em seguida, às 16h, o presidente brasileiro se reúne com a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, e às 16h30, com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

A cúpula da Celac é encerrada às 17h15, cerimônia da qual Lula participa, mas antes, às 17h, será firmada a adoção da Declaração de Buenos Aires, o documento final do encontro.

Nesta segunda-feira (23), Lula e Fernández discutiram, em reunião bilateral, em Buenos Aires, o nome do novo embaixador do Brasil no país vizinho. O diplomata Antônio José Ferreira Simões, que já foi embaixador no Uruguai, é cotado, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

Em meio à visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Argentina, as ministras da Saúde dos dois países, Nísia Trindade (Brasil) e Carla Vizzotti (Argentina), assinaram, nesta segunda-feira (23), em Buenos Aires, declaração conjunta abordando uma série de ações em diferentes áreas. São 19 ações prioritárias previstas, entre as quais, a promoção da igualdade e equidade de gênero e o acesso aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, que aparece no topo do acordo.

O documento também cita a eliminação de barreiras de acesso aos serviços e melhoria dos resultados de saúde das diversas culturas e grupos étnicos regionais, cooperação para o desenvolvimento do complexo econômico-industrial sanitário dos dois países, além do fortalecimento do trabalho conjunto sobre pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas, medicamentos e inovações tecnológicas em saúde, visando contribuir para uma autossuficiência regional em termos sanitários. 

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"Entre as ações prioritárias, estão a garantia de direitos fundamentais e de acesso à saúde, a vigilância epidemiológica para antecipar emergências e o desenvolvimento do complexo econômico-industrial em Saúde, parte da estratégia de integração e autonomia regional do Mercosul", escreveu a ministra Nísia Trindade em suas redes sociais, para mencionar o acordo.

Do lado argentino, em nota oficial publicada na página de governo, a ministra Carla Vizzotti destacou a importância do Brasil ter, pela primeira vez na história, uma mulher à frente da pasta da Saúde. "Que possamos articular duas mulheres na gestão, sobretudo considerando o retrocesso que teve o Brasil nos últimos anos em relação aos direitos sexuais e reprodutivos, os direitos das mulheres, das pessoas gestantes e a perspectiva de gênero." 

A declaração conjunta na área de saúde entre Brasil e Argentina aponta ainda prioridade no desenvolvimento de estratégias de vigilância epidemiológica por meio do intercâmbio e da experiência na vigilância de emergências de saúde pública; cooperação dos programas nacionais destinados a prevenir doenças crônicas não transmissíveis, como a diabetes, a hipertensão arterial e o câncer; promoção da alimentação saudável por meio da rotulagem nutricional e de advertências para a promoção de uma alimentação adequada, saudável e sustentável.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua comitiva, formada por seis ministros, chegaram à Argentina na noite de domingo (22), em sua primeira viagem internacional desde que assumiu o terceiro mandato na Presidência da República. Além do encontro bilateral com o presidente Alberto Fernández, Lula participa de encontro com empresários brasileiros e argemtinos.

Nesta terça-feira (24), Lula participa, em Buenos Aires, da 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), grupo de 33 países do hemisfério. No dia seguinte, o presidente brasileiro faz uma visita ao Uruguai, onde se encontrará com o presidente Lacalle Pou. Em seguida, retorna ao Brasil.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou nesta segunda-feira, 23, a empresários em Buenos Aires que não há qualquer projeto de adotar uma moeda única entre Brasil e Argentina, como chegou a circular nas redes sociais. Trata-se, na verdade, de estudar uma moeda comum entre os dois países para transações financeiras e comerciais, visando reduzir a dependência do dólar.

"Recebemos dos nossos presidentes uma incumbência de não adotar uma ideia que era do governo anterior, que não foi levada a cabo, da moeda única. O meu antecessor, Paulo Guedes, defendia muito uma moeda única entre Brasil e Argentina. Não é disso que estamos falando. Isso gerou uma enorme confusão, inclusive na imprensa brasileira e internacional", esclareceu o ministro mais uma vez.

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E acrescentou: "Não se trata da ideia do ministro Paulo Guedes de uma moeda única, se trata de avançarmos nos instrumentos previstos e que não funcionaram a contento, nem pagamento em moeda local e nem os CCRs dão hoje uma garantia de que podemos avançar no comércio da maneira como pretendem os presidentes."

Ao longo da exposição a empresários, Haddad disse ainda que o Brasil está em situação privilegiada para atrair investimentos produtivos, com condições únicas e dentro de uma via sustentável.

"Não há a menor necessidade de derrubar uma única árvore", destacou Haddad.

Após se candidatar por duas vezes à Presidência da República - sem sucesso -, o atual vice-presidente Geraldo Alckmin assumiu o posto neste domingo, 22, de forma interina. O ex-governador paulista permanecerá no cargo enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza a primeira agenda internacional do novo mandato.

O petista começa a sua viagem na Argentina, onde participa de encontros com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e acompanha a reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Lula também deve participar de reuniões bilaterais, como a prevista, nesta terça, com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

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Em uma rede social, Alckmin se pronunciou sobre a posse interina: "Com orgulho e lealdade, assumo o governo, procurando honrar os compromissos de Lula com todos os brasileiros", disse.

A posse interina de Alckmin já era planejada pela dupla desde o período eleitoral, quando diziam planejar uma reaproximação do Brasil com a comunidade internacional. Na Argentina, um assunto em foco dos encontros bilaterais será a possibilidade de criar, com o país, uma moeda comum para transações financeiras e comerciais.

Enquanto isso, no Brasil, Alckmin não tem, até o momento, compromissos como presidente agendados para esta segunda-feira, 23, de acordo com a agenda divulgada pelo Palácio do Planalto.

Lula tem outra viagem internacional marcada para abril em Portugal. A informação foi confirmada pelo presidente português Marcelo Rebelo de Sousa. O presidente ainda deve ter um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ainda sem data confirmada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Argentina, Alberto Fernández, vão fechar na reunião bilateral desta segunda-feira, 23, em Buenos Aires quem será novo embaixador do Brasil no país vizinho, apurou o Broadcast Político. O nome do diplomata Antonio José Ferreira Simões, que já foi embaixador no Uruguai, é cotado para o posto, embora o preferido de Lula ainda seja guardado a sete chaves.

Para definir o embaixador, o presidente ouviu o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Celso Amorim. Os dois acompanham Lula na viagem à Argentina.

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Hoje, Antônio Simões é delegado do Brasil junto ao Mercosul e à Associação Latino-Americana de Integração (Aladi).

A expectativa é que haja o anúncio tão logo o embaixador seja definido, o que pode acontecer nesta tarde. Isso porque o processo de aceite por parte da Argentina é dado como certo, diante da boa relação de Lula com Fernández.

Maduro

Lula tem nesta segunda-feira as suas primeiras agendas públicas no exterior desde que tomou posse. Em Buenos Aires na companhia de ministros como Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda), Lula pretende reaproximar o Brasil das nações vizinhas em meio à motivação de recuperar a imagem do País no exterior ao longo do mandato. Além da prioridade à Argentina, país-sede da reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o petista pretendia se reunir nesta tarde com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro; amanhã, Lula deve se encontrar com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel. O governo Bolsonaro havia cortado relações com Caracas e Havana.

Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, a reunião bilateral Brasil-Venezuela foi cancelada a pedido de Maduro, que não vai mais a Buenos Aires. O governo venezuelano, porém, ainda tenta viabilizar um encontro virtual entre os dois chefes de Estado.

Ao longo dos encontros bilaterais, um assunto em foco: a possibilidade de criar, com a Argentina, uma moeda comum para transações financeiras e comerciais. O primeiro compromisso de Lula em Buenos Aires, perto das 10h30, tem caráter simbólico. Foi a entrega de flores aos pés do monumento de José de San Martín, símbolo da independência da Argentina em relação à Espanha. Em seguida, o petista segue para reunião bilateral com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, na Casa Rosada. Como antecipou a reportagem, para além da moeda comum, estará em pauta a discussão sobre como levar gás de xisto da região de Vaca Muerta para o Brasil.

O único acordo formal já anunciado para a viagem será assinado logo em seguida, e envolve cooperação científica na Antártida. A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, está na comitiva de Lula. No mais, serão firmados apenas compromissos de pretensão de ajuda mútua em outras áreas, seguidos de uma declaração conjunta à imprensa. Na última sexta-feira, o Itamaraty reconheceu que a visita à Argentina tem dimensão "claramente política".

Após almoço com Fernández, a tarde de Lula será reservada a encontros com lideranças de direitos humanos, como o movimento Mães da Plaza de Mayo. Depois, segue para encontro com empresários locais no Museu do Bicentenário. Também à tarde, Lula deve se reunir com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e com a vice-presidente Cristina Kirchner.

À noite, o petista participa de evento cultural no Centro Cultural Kirchner (CCK) batizado de "Concerto da Irmandade Argentino-brasileira", com direito a uma exposição fotográfica sobre povos originários assinada por Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial de Lula e secretário de audiovisual do governo brasileiro.

Para terça-feira, 24, estão previstas a participação na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a realização de bilaterais com outros líderes mundiais, como o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu desculpas ao povo da Argentina do que chamou de "grosserias" do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que ao longo do mandato trocou farpas púbicas com o presidente da nação vizinha, Alberto Fernández. As declarações de Lula foram feitas na Casa Rosada nesta segunda-feira, 23, após a reunião bilateral entre os governos brasileiro e argentino, na primeira viagem presidencial do chefe do Executivo.

"Estou pedindo desculpas ao povo argentino por todas grosserias que o último presidente do Brasil, que eu trato como genocida pela falta de cuidado no trato da pandemia, todas as ofensas que ele fez ao companheiro Alberto Fernández. O país que tem a grandeza do Brasil, um país que tem a extensão territorial que tem o Brasil, o país que é mais economicamente, industrialmente, não tem o direito de ficar procurando inimigo", afirmou Lula, que se disse "de braços abertos" para a "manutenção da relação de amizade que nós temos há tantos anos".

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Reconstrução de relação produtiva

Para Lula, o Brasil vivia de costas para América do Sul e de frente para Europa, o que precisa ser mudado. "Vamos reconstruir a relação produtiva de dois países que nasceram para crescer", disse o presidente brasileiro.

Segundo Lula, a boa relação entre os dois países nunca deveria ter sido truncada. "Hoje não é dia de falar do acordo do protocolo que meus ministros assinaram aqui e do acordo que presidente [Alberto] Fernández e eu assinamos. Certamente vocês terão acesso a todos os documentos que foram assinados", afirmou Lula. "Hoje estou aqui para dizer ao presidente da Argentina, para dizer aos ministros argentinos e à imprensa argentina e à imprensa brasileira que hoje é a retomada de uma relação que nunca deveria ter sido truncada", acrescentou.

Lula agradeceu Fernández por sua "solidariedade" ao visitá-lo quando estava preso em Curitiba e lembrou as boas relações entre os dois países nos primeiros mandatos petistas, citando nominalmente a ex-presidente do país e atual vice-presidente Cristina Kirchner. "Minha relação com [Néstor] Kirchner e a companheira Cristina foi privilegiada", destacou.

De acordo com Lula, os empresários brasileiros já compreenderam a importância da Argentina. "As nossas universidades precisam estar mais próximas, porque uma boa relação não é apenas uma relação comercial, é também relação científica, tecnológica, cultural e sobretudo política", disse o presidente brasileiro.

E seguiu: "Quero dizer para vocês, com muito orgulho, que estou de volta para fazer bons acordos com a Argentina. Para compartilhar da construção daquilo que falta ser construído, para ajudar que Argentina e Brasil possam crescer economicamente. Quero garantir que nosso povo possa comer pelo menos três vezes ao dia. Quero garantir que nosso povo possa estudar, trabalhar e ter acesso à cultura."

Ignorando a forte crise econômica que atravessa a Argentina, o presidente afirmou que o país vizinho terminou 2022 em uma situação privilegiada. "Não apenas na economia, na política, mas no futebol", disse.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou, na manhã desta segunda-feira (23), da entrega de uma oferenda floral aos pés do monumento de José de San Martín, símbolo da independência da Argentina em relação à Espanha, na Plaza San Martín, em Buenos Aires. O chefe do Executivo estava acompanhado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.

Durante o evento, Lula foi acompanhado pela cavalaria presidencial argentina e não fez pronunciamento.

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A próxima agenda de Lula nesta segunda-feira será uma reunião bilateral com o presidente argentino Alberto Fernández, na Casa Rosada.

A ida do presidente à Argentina é a primeira viagem internacional desde que assumiu o governo.

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