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Uma ativista indiana que luta pelos direitos humanos encerrou nesta terça-feira (9) a greve de fome que realizava há 16 anos, prometendo que irá prosseguir com sua luta como candidata nas eleições de seu estado natal.

Irom Sharmila, conhecida como "a Dama de Ferro de Manipur" por sua inquebrantável vontade de denunciar os abusos das forças de segurança que lutam contra a insurgência em Manipur, nordeste da Índia, foi libertada sob fiança depois de prometer em um tribunal que terminaria com seu jejum.

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A mulher de 44 anos estava presa por tentativa de suicídio e confinada a um hospital, onde recebia alimentação de maneira forçada através de uma sonda. Ao sair do tribunal, disse aos jornalistas que seu método de protesto não havia obtido resultados.

"Estive em jejum durante 16 anos achando que podia mudar o sistema, mas agora me dou conta de que não deu nenhum resultado. Por isso, decidi terminar meu jejum e lutar pela causa com a qual me comprometi", afirmou em um discurso pronunciado em sua língua natal, o metei.

Sharmila começou sua greve de fome em novembro de 2000, depois de ver como o exército matou dez pessoas em um ponto de ônibus perto de sua casa em Manipur. Ela resolveu protestar contra a lei de poderes especiais das Forças Armadas, adotada em 1990, e que permite que os militares disparem ou detenham suspeitos sem ordem judicial.

O estado de Manipur abriga vinte grupos separatistas, que pedem a independência ou autonomia.

Associações internacionais de defesa dos direitos humanos, como a Anistia Internacional (AI), condenaram esta lei e afirmaram que serviu de pretexto para realizar execuções extrajudiciais.

O ativista da Anistia Internacional V.P. Abhirr afirmou que os protestos da "Dama de Ferro de Manipur" são "um testamento de sua paixão pelos direitos humanos e de sua convicção de que uma lei draconiana como a dos militares locais não tem lugar em nenhuma sociedade".

A empresa francesa de cosméticos Lancôme era alvo de pedidos de boicote em Hong Kong por ter cancelado o show de uma cantora de Hong Kong criticada em Pequim por seu compromisso político.

Figura do movimento pró-democracia do outono de 2014, Denise Ho deveria cantar em um evento promocional em 19 de junho em Hong Kong.

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A famosa marca do grupo L'Oréal publicou dois comunicados no domingo, o primeiro informando que a cantora não era uma de suas porta-vozes, e o segundo, horas depois, para anunciar o cancelamento do show "por razões de segurança", sem fornecer mais detalhes.

Em uma cidade conhecida por sua segurança, muitos internautas interpretaram a decisão como reação a uma publicação, no sábado, do jornal estatal chinês em inglês Global Times.

Este órgão dependente do Partido Comunista chinês acusou nas redes sociais a Lancôme de cooperar com "um veneno honconguês" e com "um veneno tibetano", em referência ao apoio da cantora ao Dalai Lama.

Mais de 24.000 pessoas reagiram com irritação na manhã desta terça-feira no Facebook ao controverso comunicado da Lancôme anunciando o cancelamento do show.

Alguns comentários anunciavam um boicote.

"É brincadeira? Estão dizendo que Hong Kong não é um lugar seguro? Se for assim, aconselho fortemente a Lancôme a parar suas atividades em Hong Kong", reagiu Winnie Leung, uma internauta.

"Este incidente é um bom exemplo de 'desastre de relações públicas'".

"Castigada por tomar a palavra"

O projeto de show havia sido criticado anteriormente na China, onde alguns internautas acusaram a marca francesa de utilizar os lucros gerados na China continental para promover as causas independentistas de Hong Kong e Tibete.

Em virtude do acordo chinês-britânico que articulou a retrocessão de 1997, Hong Kong goza de liberdades desconhecidas em outras partes da China continental, em virtude do princípio "Um país, dois sistemas".

Diversos incidentes, e sobretudo o desaparecimento de livreiros críticos a Pequim, reforçaram na ex-colônia o sentimento de que estas liberdades estão diminuindo e de que Pequim aumenta seu controle.

Por sua vez, a própria Denis Ho criticou a decisão da Lancôme.

"Não é justo que me castiguem por tomar a palavra, por enfrentar, por ter buscado estes direitos que consideramos direitos humanos essenciais", denunciou no Facebook Denise Ho, que em maio publicou uma foto com o Dalai Lama.

"Quando uma marca mundial como a Lancôme se ajoelha ante um poder hegemônico e intimidante, devemos enfrentar o problema de frente, porque isso significa que os valores universais foram gravemente desvirtuados", acrescentou a cantora.

O Queer Palm de Cannes de 2016 foi para o documentário do francês Sébastien Lifshitz, "Les Vies de Thérèse", sobre Thérèse Clerc, uma conhecida figura do feminismo na França, falecia em fevereiro passado, aos 88 anos. Todos os anos, a categoria escolhe o melhor filme de temática gay, lésbica, ou transexual.

Militante em todas as frentes - do aborto à igualdade de direitos entre homens e mulheres, passando pelas lutas homossexuais -, Thérèse Clerc pediu a Lifshitz que filmasse seus últimos dias de vida "para mostrar, sem tabus, a degradação física da morte". Oriunda da burguesia católica, casada aos 20 anos e divorciada em 1968, porque estava "entediada", Thérèse escolheu a homossexualidade, aos 40 anos, como "gesto militante".

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Na categoria curta-metragem, o Queer Palm 2016 recompensou "Gabber lover", da francesa Anna Cazenave-Cambet, "um filme sobre 'sair do armário', no qual se aprende a assumir seus próprios desejos", destacou o júri, em um comunicado. O júri do Queer Palm 2016 foi presidido pelos cineastas franceses Olivier Ducastel e Jacques Martineau. No ano passado, o vencedor foi "Carol", do americano Todd Haynes.

O veterano ativista de direitos humanos chinês e ex-preso político Harry Wu, que denunciou os brutais campos de trabalhos forçados, morreu aos 79 anos, informou sua fundação.

Wu morreu na manhã de terça-feira (26) enquanto estava de férias com amigos em Honduras, disse a Laogai Research Foundation em um comunicado. Ele fundou esta organização em 1992 para analisar e sensibilizar sobre os "laogai", os centros de detenção com trabalhos forçados da China, criados pelo líder revolucionário Mao Tsé-Tung.

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Enquanto estudava na universidade na China, Wu foi condenado a 19 anos de prisão depois de falar contra a União Soviética, que na época era uma aliada da China. Foi libertado em 1979 e em 1985 se estabeleceu nos Estados Unidos, onde trabalhou para sensibilizar sobre os laogai, inclusive antes do Congresso.

Wu foi preso novamente na China em 1995 sob acusações de espionagem em represália por seu trabalho em direitos humanos. Foi condenado a 15 anos de prisão, antes de ser deportado aos Estados Unidos.

Autor de diversos livros, Wu também fundou o Museu Laogai em Washington. Ele deixou um filho, Harrison, e sua esposa, Ching Lee, de acordo com a fundação.

A líder indígena de Honduras, Berta Cáceres, que ganhou o prêmio ambiental Goldman por seu papel na luta contra um projeto para a construção de uma represa, morreu após ter sido baleada por homens armados que invadiram sua casa, de acordo com autoridades.

Cáceres, que tinha 40 anos, havia dito que estava recebendo ameaças de morte da polícia, soldados e proprietários de terras por causa do seu trabalho como ativista.

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Tomas Membreno, um membro do seu grupo, o Concelho Indígena das Organizações Populares, disse que pelo menos dois agressores invadiram a casa da ativista em La Esperanza, nesta quinta-feira, e atiraram conta Cáceres até a morte.

O assassinato parece ter sido planejado: um ativista mexicano que estava na casa foi apenas levemente ferido no ataque, mas o corpo de Cáceres tinha quatro ferimentos causados por balas. A polícia disse que deteve um suspeito, mas não identificou a pessoa. Fonte: Associated Press.

O líder comunitário Antônio Isídio Pereira da Silva, encontrado morto no Maranhão no dia 24, teve seu pedido de proteção recusado há um ano pela Secretaria de Direitos Humanos. Documentos obtidos pelo jornal O Estado de S.Paulo revelam que sua inclusão no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, mantido pelo governo federal, foi rejeitado sob a alegação de que as ameaças sofridas diziam respeito a uma "disputa familiar".

Entidades estrangeiras como a Anistia Internacional e a ONG suíça Cooperaxion haviam feito o pedido de proteção ao líder comunitário, conhecido como Leis, mas, em carta de 20 de novembro de 2014 para a Comissão Pastoral da Terra do Maranhão, o governo explicou que estava arquivando o caso.

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Na quinta-feira da semana passada, Silva foi encontrado morto no povoado de Vergel, na cidade de Codó, no Maranhão - local de um intenso conflito por terras. Segundo as ONGs, ele combatia a extração ilegal de madeiras na região e vinha sendo ameaçado havia meses. Segundo o boletim de ocorrência, seu corpo foi encontrado já em estado avançado de decomposição e com marcas roxas no pescoço. As organizações cobram a investigação do crime.

"O assassinato de Antônio Isídio é revoltante. Foi uma tragédia anunciada. Nos últimos três anos denunciamos diversas vezes as ameaças sofridas por ele e a violência decorrente de conflitos agrários. E as autoridades - em todos os níveis - não tomaram nenhuma medida para garantir a segurança dessas pessoas. O preço da inação do Estado, como em tantos outros casos, foi a morte anunciada de Antônio Isídio", afirmou Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil.

Líderes religiosos locais apontaram que ele havia sido alvo de ameaças nas últimas semanas e que havia procurado a paróquia de Codó para alertar sobre a situação. O centro da disputa é uma área de 2 mil hectares que foi alvo de grilagem e passou a ser vendida de forma ilegal. A região passou a ser controlada por posseiros, madeireiros e pistoleiros.

Em 2013, a Anistia Internacional lançou um apelo público, alertando para o risco que Leis corria. Mas, na carta no fim de 2014, o governo explica que arquivava o caso "considerando a não identificação do nexo de causalidade entre a atuação na promoção e defesa de direitos humanos e as ameaças relatadas".

As autoridades receberam um e-mail do promotor Haroldo Paiva de Brito, que teria ido até Vergel "investigar a situação de ameaça". Segundo a carta, ele "não percebeu animosidade latente entre os envolvidos" e chegou a ofertar "ao requerente o Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita)".

Saída

Segundo o advogado Diogo Cabral, da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, o Provita foi acionado em setembro de 2015 pela Comissão Pastoral da Terra e fez uma entrevista com Leis, mas o líder não aceitou ingressar no programa pois teria de sair da região.

"Vários fatos, que são públicos, aconteceram na localidade, desde incêndio de capelas, destruição de roças e matança de animais de criação. O clima sempre foi de intensa tensão e impunidade", disse Cabral. Para ele, o exame não foi completo. "O promotor esteve no local por um dia."

O padre alemão Josef Wasensteiner, desde 1991 na região, foi um dos últimos a estar com Leis, no dia 19. "Ele veio me ver num sábado e me disse que, na segunda-feira, iria denunciar numa delegacia uma exploração ilegal de madeira", contou ao Estado. No dia seguinte, ele desapareceu. "Não dá para entender como é que ele não foi protegido pelas autoridades", disse.

Familiar

A Secretaria de Direitos Humanos negou qualquer tipo de omissão no atendimento ao líder e declarou em nota que "as ameaças que ele sofria diziam respeito a uma disputa familiar e não a um litígio provocado por uma liderança comunitária que ele pudesse exercer em prol da coletividade".

"Essas informações foram repassadas pelo próprio Antônio Isídio à Equipe Técnica Federal do Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos, em 4 de março de 2013. Na ocasião, ele chegou a relatar que os parentes que o ameaçavam haviam queimado seu plantio em três momentos distintos", afirmou a Secretaria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Chico Mendes, ativista político e ambiental brasileiro, recebe uma homenagem do Google nesta terça-feira (15), quando completaria 71 anos de idade. Ele aparece na página inicial do buscador em um desenho, extraindo látex de uma árvore. Aos nove anos, o garoto Francisco Alves Mendes Filho, natural de Xapuri, no Acre, entrou para a profissão de seringueiro. Indignado com as condições de vida dos trabalhadores e dos moradores da região amazônica, tornou-se um líder do movimento de resistência pacífica.

Ele organizou os trabalhadores para protegerem o ambiente, suas casas e famílias contra a violência e a destruição dos fazendeiros, ganhando apoio internacional. O ativista também lutou pela construção de escolas nos seringais. Ele acreditava que só o estudo era fundamental para conscientizar as pessoas sobre seus direitos. Chico só aprendeu a ler com 20 anos.

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Em 1977, o líder seringueiro elegeu-se vereador pelo MDB em Xapuri. No ano seguinte, passou a receber ameaças dos fazendeiros locais, descontentes com sua atuação sindical. Em julho de 1987, Chico recebeu o Prêmio Global 500, concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU) às personalidades que mais se destacaram na defesa do meio ambiente. Na noite de 22 de dezembro de 1988, sete dias após ter completado 44 anos, foi assassinado na porta de casa. O crime foi presenciado por sua esposa e os seus dois filhos.

Com informações da Agência Brasil

Um tribunal de apelação austríaco considerou nesta quarta-feira (21) admissível a título pessoal uma queixa do ativista austríaco Max Shrems contra o Facebook, abrindo caminho para um primeiro processo civil sobre utilização de dados pessoais.

O tribunal de Viena contradisse assim a sentença de outra corte de primeira instância, que não admitiu o processo e declarou-se sem competência sobre o tema. Schrems é o fundador da ONG Europa versus Facebook.

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Uma graduada integrante de um grupo defensor dos direitos dos afro-americanos, Rachel Dolezal pediu demissão de seu posto, em meio à polêmica sobre a identidade racial dela. Os próprios pais da ativista afirmaram que ela se retratou falsamente como negra, embora fosse na verdade branca.

A National Association for the Advancement of Colored People (NAACP) anunciou nesta segunda-feira que Dolezal estava deixando o posto de chefe de uma de suas sucursais locais no Estado de Washington. O grupo afirmou que a atenção em relação à figura dela estava desviando a entidade de seus objetivos.

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"O diálogo inesperadamente mudou internacionalmente para minha identidade pessoal no contexto da definição de raça e etnia", diz o comunicado atribuído a Dolezal.

Enquanto isso, a cidade de Spokane está investigando se ela mentiu sobre sua etnia, ao entregar um documento a um órgão de monitoramento da polícia municipal. Em seu documento, ela disse que suas etnias incluíam negro, branco e nativa americana.

A mãe da ativista, Ruthanne Dolezal, disse que a origem da família é checa, sueca e alemã, com um traço de herança nativa americana. A controvérsia surgiu na semana passada, após os pais da ativista divulgarem fotos dela quando garota, com uma pele bastante clara e cabelo muito loiro.

Integrante da sucursal da NAACP onde Dolezal era presidente, Kitara Johnson saudou a demissão dela, que havia sido eleita para o posto havia seis meses. "Isso é a melhor coisa que pode acontecer agora", disse ela hoje à Associated Press. Johnson disse esperar que Dolezal permaneça como membro da organização.

Dolezal, hoje com 37 anos, frequentou a Universidade Howard, historicamente associada aos negros nos Estados Unidos. Atualmente, ela leciona Estudos Africanos em uma universidade local e é casada com um homem negro. Fonte: Associated Press.

Uma ativista de direitos humanos paquistanesa foi morta a tiros por pistoleiros desconhecidos em Karachi nesta sexta-feira, enquanto ela voltava para casa depois de sediar um seminário sobre as violações dos direitos humanos na província de Baluchistão - informou a polícia.

Sabeen Mehmood, que dirige 'The Second Floor', um café que organiza debates e eventos de arte, tinha acabado de deixar o local com a mãe, quando seu carro foi alvejado por homens armados num bairro de classe alta de Karachi.

Mehmood foi atingida por cinco tiros e morreu no local, segundo a polícia. A mãe dela ficou ferida.

"Uma mulher morreu no tiroteio e outra mulher ficou ferida num tiroteio", disse à AFP Moeez Pirzada, porta-voz da polícia de Sindh.

"Segundo inquérito inicial, o crime parece ser resultado de uma inimizade pessoal", afirmou Pirzada, sem dar mais detalhes.

No começo do dia Mehmood realizou um seminário sobre as violações dos direitos humanos na província do Baluchistão intitulado "Des-silenciando o Baluchistão parte 2", com dois proeminentes ativistas pelos direitos humanos da região, Mama Abdul Qadeer e Farzana Baluch, entre outros participantes.

Qadeer e Baluch iriam participar de outro seminário, chamado "Des-silenciando o Baluchistão", na prestigiosa Universidade de Administração de Lahore (LUMS) cerca de duas semanas atrás, mas a palestra foi cancelada aparentemente a mando do poderoso Inter Services Intelligence (ISI).

Grupos de direitos humanos há muito tempo acusam as forças de segurança paquistanesas e agências de inteligência de abusos graves no Baluchistão, assolado há anos por uma rebelião separatista.

Os serviços de segurança negam as acusações e dizem que estão lutando contra uma grave rebelião na província.

A cantora israelense Noa, conhecida ativista de esquerda, muito comprometida em favor da paz com os palestinos, foi ameaçada e insultada no aeroporto de Tel Aviv, denunciou neste domingo a artista em sua conta no Facebook.

Achinoam Nini, uma cantora israelense de origem iemenita conhecida como Noa, voltou há alguns dias a Israel, após uma turnê pela Itália, e disse que ao chegar ao aeroporto um grupo de pessoas gritou em sua direção "Israelofóbica".

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Segundo Noa, a agressão foi um ato espontâneo, depois que um grupo de pessoas a reconheceu no aeroporto.

"Vamos nos ocupar de você, assim como de Gefen", disseram os agressores, segundo o testemunho da cantora publicado no Facebook.

Na sexta-feira, Yonatan Gefen foi agredido por um desconhecido, que gritou "traidor", depois que o escritor afirmou nas redes sociais que a vitória de Benjamin Netanyanu nas eleições de semana passada era uma catástrofe.

"Bem-vindos ao pesadelo no qual despertamos", afirmou Noa.

Netanyahu, cujo partido terminou em primeiro lugar nas eleições de semana passada, declarou durante a campanha que se permanecesse no cargo de primeiro-ministro seria descartada a possibilidade de criar um Estado palestino. No entanto, após as eleições matizou sua postura.

A ativista ucraniana que roubou a estátua do bebê Jesus do presépio do Vaticano e ficou seminua na Praça São Pedro no dia de Natal foi libertada, segundo a Santa Sé. De acordo com o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, a promotoria da Santa Sé se encontrou com Yana Zhdanova neste sábado (27) e decidiu por sua libertação. Entretanto, ela está proibida de entrar na cidade-Estado novamente.

A ativista do grupo Femen gritou "Deus é mulher" quando abriu a blusa na praça na quinta-feira, cerca de uma hora após o papa Francisco ter saudado e abençoado milhares de fiéis. Um guarda do Vaticano agiu rapidamente e a cobriu com sua capa, levando-a para a prisão. O website do Femen diz que a mulher estava protestando em uma campanha anticlerical "Massacre dos Inocentes", que contesta o "desejo maníaco das religiões de controlar a fertilidade das mulheres". Fonte: Associated Press.

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A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, premiada com o Nobel da Paz, reiterou nesta quinta-feira em Oslo que se vê como primeira-ministra de seu país em 20 anos.

"Eu quero ajudar o meu país, eu quero ver meu país avançar e sou verdadeiramente patriótica. Então eu decidi me dedicar à política e talvez um dia se as pessoas votarem em mim sereia primeira-ministra", disse Malala, de 17 anos.

Quando? "É possível ser primeira-ministra com 35 anos, e não antes, de modo que dentro de muitos anos", disse durante coletiva de imprensa ao lado da chefe do governo norueguês, Erna Solberg.

Malala, que milagrosamente sobreviveu a um ataque do Talibã em 9 de outubro de 2012, é inspirada por Benazir Bhutto, primeira-ministra do Paquistão em duas ocasiões (1988-1990 e 1993-1996) e assassinada em 2007.

"Ela é um exemplo [...] que transmite a mensagem de que as mulheres podem progredir, porque em algumas comunidades, supõem-se que as mulheres não podem progredir e ser primeira-ministra", disse a adolescente, que vive no Reino Unido.

Ícone mundial da luta pela educação das meninas, Malala é alvo de críticas em seu país, onde às vezes é acusada de ser um fantoche do Ocidente que trai os valores muçulmanos.

A polícia de Israel matou um palestino acusado de atirar contra um ativista judeu em Jerusalém, em mais um incidente entre que inflamou os habitantes da cidade e terminou em confronto entre os integrantes das etnias.

Identificado como Moatez Higazi, um militante islâmico recém-libertado da prisão, a vítima visitou um dos lugares sagrados da cidade, conhecido pelos judeus como Monte do Templo e pelos muçulmanos como Nobre Santuário, na noite da quarta-feira. O atirador então se aproximou de Yehuda Glick, falou com ele e depois disparou três tiros e fugiu.

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Segundo o porta-voz da polícia, Mickey Rosenfeld, os agentes localizaram Higazi e o cercaram em uma casa no bairro de Abu Tor. O islâmico teria atirado contra os policiais que, em retaliação, acabaram matando o suspeito. Em protesto, os palestinos da região começaram a atacar os oficiais com pedras e deram início ao confronto. Para controlar a multidão, Rosenfeld diz que foram utilizadas balas de borracha e o acesso ao bairro passou a ser controlado.

Glick é um ativista norte-americano conhecido por ser "linha dura" e defender o acesso dos judeus ao local sagrado em que foi baleado. Ele permanece internado no hospital em estado grave. Em uma entrevista à Associated Press nesta semana, Glick afirmou que o número de ataques de palestinos a judeus na cidade estava aumentando. "As organizações islâmicas mais extremas estão tomando conta e, se não os pararmos o quanto antes, eles irão tomar Jerusalém", disse.

Judeus e palestinos que vivem na cidade estão em clima de tensão desde o fim da guerra na faixa de Gaza. Os representantes de ambas etnias defendem seu acesso ao local sagrado, embora o governo israelense alegue não fazer distinção entre as pessoas que vão ao monte. Nesta quinta-feira, para evitar novos conflitos, a polícia decidiu fechar o local pela primeira vez. Fonte: Associated Press.

A ativista Elisa Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, uma das 23 pessoas acusadas de formação de quadrilha pelo Ministério Público do Rio, incitou manifestantes a incendiar o prédio da Câmara Municipal do Rio, durante um protesto em 2013, e a queimar um ônibus, em outro ato realizado no ano passado. É o que aponta denúncia apresentada à Justiça pelo promotor Luís Otávio Figueira Lopes na sexta-feira. (18)

"Durante a ocupação (do prédio da Câmara, iniciada em agosto de 2013), Elisa Sanzi foi vista comandando manifestantes no sentido de carregarem três galões de gasolina para a Câmara Municipal, passando a incitar os demais manifestantes a incendiar o prédio, objetivo não alcançado em razão da intervenção de outros participantes dos atos", escreve o promotor na denúncia. Ele afirma que essa acusação consta do depoimento de uma testemunha, não identificada.

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Elisa também é apontada como uma das oito "responsáveis pela decisão de incitar os ocupantes do movimento Ocupa Câmara a promoverem a queima de um ônibus, o que foi feito após a realização de uma das reuniões fechadas da frente (Independente Popular)".

Sininho está presa desde 12 de julho. Outros quatro denunciados também estão detidos, enquanto 18 pessoas acusadas por formação de quadrilha estão foragidas. Todas tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio.

Nesta segunda (21), advogados devem pedir habeas corpus em favor dos ativistas ao Tribunal de Justiça do Rio.

A atriz americana e ativista de direitos humanos Ruby Dee morreu aos 91 anos, informou a imprensa local nesta quinta-feira (12). Atriz de teatro e cinema, poeta, cenógrafa e produtora e pioneira entre as atrizes negras de Hollywood, Ruby Dee começou sua carreira na década de 1940 e atuou em mais de 70 filmes e 40 peças de teatro.

Ela se destacou em "O sol tornará a brilhar", em 1961, e em "O gângster", em 2007, que lhe valeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante aos 83 anos. Ruby morreu em sua casa na cidade de New Rochelle, no estado de Nova York, na quarta à noite.

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Com seu marido e colaborador Ossie Davis, Ruby Dee também foi uma personalidade importante na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, amiga de Martin Luther King e de Malcolm X.

Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, disse que jamais esquecerá a atuação de Dee em "Faça a coisa certa", de Spike Lee, no seu primeiro encontro com Michelle, hoje sua mulher.

"Com suas atuações, Ruby abriu caminho para gerações de atores e atrizes negros, e inspirou mulheres negras em todo o país".

A renomada escritora, poetisa e ativista dos direitos humanos Maya Angelou morreu, aos 86 anos, informou a imprensa americana. O prefeito Mayor Allen Joines, de Winston-Salem, Carolina do Norte, informou à afiliada local da Fox TV que Angelou foi encontrada morta pela manhã por sua cuidadora.

"Ouça a si mesmo e, neste silêncio, você deverá ouvir a voz de Deus", escreveu ela recentemente em seu Twitter, em 23 de maio.

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A bióloga brasileira Ana Paula Maciel, 31 anos, militante ambientalista que passou dois meses presa e outros 40 dias retida na Rússia, se encontrou na manhã desta segunda-feira, 30, com o governador gaúcho Tarso Genro. Na reunião, no Palácio Piratini, sede do governo, a ativista do Greenpeace agradeceu o apoio por sua libertação - "sem o apoio do governo do RS e da presidenta Dilma Rousseff eu não estaria aqui hoje"- , mas criticou as usinas de carvão no RS.

"O carvão é uma das fontes de energia mais perigosas para o clima, porque emite uma grande quantidade de carbono à atmosfera. Sabemos também que as reservas de carvão do Estado são de má qualidade, o que piora a situação. Já existem alternativas tecnológicas para se gerar energia limpa e renovável. Agora precisamos de vontade política", ressaltou.

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Em resposta, Tarso Genro chamou a atenção para o investimento do governo gaúcho em energia limpa, como a eólica, e em formas mais eficientes ecologicamente de lidar com os combustíveis fósseis.

Ana Paula fez críticas também à exploração do pré-sal. Segundo ela, é grande a possibilidade de uma catástrofe com o vazamento de prtróleo no mar da costa brasileira. "Estamos arriscando um derramamento tão sério e catastrófico quanto o do Golfo do México."

Ana Paula Maciel, a bióloga do Greenpeace que ficou dois meses presa e depois mais 40 dias sob custódia do governo russo, voltou enfim neste sábado, 28, ao Brasil. Ela desembarcou às 7h05, vinda de Frankfurt, em São Paulo.

Ainda atordoada da viagem, que levou 12 horas, Ana Paula posou para os fotógrafos com um urso polar de pelúcia e uma bandeira com a frase "salve o Ártico" estampada. Ela falou com a imprensa, que a aguardava no aeroporto de Guarulhos, e disse que o voo foram as "12 horas para sua liberdade".

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"Foram 12 horas de viagem no avião da minha liberdade. Eu passei tantas vezes 12 horas na solitária que 12 horas no avião foi barbada dessa vez", lembrou a bióloga ao desembarcar. Ela deixou a Rússia cem dias após a realização de um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico que levou à prisão de 28 ativistas e dois jornalistas, em 19 de setembro.

A bordo do navio Artic Sunrise, eles haviam se aproximado de uma plataforma de petróleo empresa Gazprom e tentado colocar uma faixa no local. Na época, o Greenpeace alegou que o protesto foi pacífico e que o navio estava em águas internacionais. Ana Paula garantiu que, apesar do desgaste da prisão, o protesto valeu a pena. "Muitas mais pessoas sabem os problemas que estão acontecendo no Ártico e a gente (do Greenpeace) vai continuar denunciando. Continuar mostrando", afirmou.

Acusações

A promotoria russa acusou os ativistas de pirataria, o que podia gerar até 15 anos de prisão. Depois a acusação foi aliviada para vandalismo, que poderia levar a 7 anos de prisão. Por causa da reação internacional, os "30 do Ártico", como ficaram conhecidos os 28 ativistas e dois jornalistas detidos, começaram a ser libertados em 20 de novembro.

Ana Paula foi a primeira a sair da prisão e obteve o visto para regressar ao Brasil na sexta-feira, 27. "A minha vida mudou, foi uma tremenda injustiça o que aconteceu, uma tentativa frustrada de calar os protestos pacíficos e a liberdade de expressão", declarou no desembarque em São Paulo nesta sexta. "Recebi a anistia por um crime que eu não cometi e espero que o mundo tenha aprendido com isso. A gente não vai parar até eles nos devolverem o nosso navio."

Todos os 26 ativistas não russos estão autorizados a deixar o país, garantiu o Greenpeace. Pelo menos 14 deles, contando com Ana Paula, já foram embora. O restante deve partir até o fim do domingo. Após desembarcar em São Paulo, a ativista brasileira segue para Porto Alegre, onde passará o Réveillon com a família.

A Polícia Civil pediu a prisão temporária do autônomo Luis Henrique Nogueira, de 27 anos, suspeito de ter arremessado do 4º andar a estudante de história Suzane Eulálica de Castro Jardim, de 23 anos, que está internada no Hospital das Clínicas (HC) com dez costelas quebradas. Suzane, aluna da Universidade de São Paulo (USP), caiu da janela de um edifício na Vila Mariana, zona sul da capital paulista, na madrugada de sábado (30), e também quebrou perna e pélvis e teve a clavícula deslocada.

Após recuperar a consciência na noite de sábado, ela disse que discutiu com Nogueira, com quem havia iniciado um relacionamento três semanas antes. Ele teria feito um comentário machista sobre uma mulher, quando estava no apartamento. Suzane, que é ativista feminista, afirmou que o chamou de "machista". Em seguida, Nogueira teria perguntado se ela não gostaria de olhar para a janela e a pegou pelas pernas com os dois braços para jogá-la. "Eu pus a cabeça para fora da janela, mas não acreditei que ele iria me jogar", afirmou.

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"Ele a jogou", concluiu o delegado do 16º Distrito Policial (Vila Clementino), José Nascimento. "Eu queria saber da boca dele por que ele fez isso. Aparentemente, não tem motivo. Foi uma discussão muito breve que não justificaria isso. Pareceu-me um ato de inconsequência, não menos covarde." Nascimento o indiciou por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe (sórdido) e por impossibilidade de defesa da vítima. De acordo com a polícia, um advogado de Nogueira entrou em contato, mas não foi confirmado se ele se apresentaria. Uma perícia foi realizada no local. A laje no primeiro pavimento amorteceu a queda, de cerca de nove metros.

A polícia ainda tenta esclarecer o contexto da briga. No imóvel, na Rua Afonso Celso, havia mais duas pessoas, além do casal. Os quatro passaram a noite bebendo. Segundo a investigação, as duas testemunhas, a mulher e o morador do apartamento não participaram do crime. Nogueira teria feito um comentário sobre essa mulher, que confirmou, de acordo com o delegado, que o suspeito arremessou a vítima. A estudante, mãe um menino de 4 anos, foi ouvida pela polícia no hospital. A versão dada por Nogueira à polícia, registrada inicialmente, foi de queda acidental. Por telefone, ele disse que não sabia de nada sobre o caso.

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