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A pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foi fechada na tarde deste domingo, 9, após o pneu de um avião de pequeno porte estourar durante o pouso. Cinco pessoas estavam a bordo, mas não ficaram feridas, segundo informações da Infraero.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o avião parado rente ao barranco, no fim da pista.

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Com a pista fechada, voos foram cancelados e o aeroporto ficou com o saguão lotado de passageiros.

Em nota, a Infraero informa que, após uma "aeronave de pequeno porte pousar no Aeroporto de Congonhas, estourou o pneu do trem de pouso traseiro, causando saída de pista e parando na taxiway, às 13h32 deste domingo, 9/10". "Todas as equipes técnicas foram acionadas e as providências necessárias tomadas de imediato para a retirada da aeronave o mais rápido possível."

De acordo com a Infraero, a pista principal foi interditada. Já a auxiliar está liberada para aviação executiva.

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Um avião da Gol fez um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte durante a manhã desta quinta-feira, 15. A companhia explicou que o motivo do desvio na rota do voo G31694, que partiu às 10h38 de Guarulhos com destino a Salvador, foi por "problemas técnicos".

"A tripulação conduziu os procedimentos conforme preconizado", disse a Gol em nota, frisando que "todos os procedimentos foram realizados com foco na segurança". O desvio foi comunicado ao aeroporto por volta das 12h10 e, dez minutos depois, o avião pousou.

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Segundo a BH Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, a pista de pouso e decolagem passou por vistoria e foi liberada às 12h24. Os 169 passageiros que estavam a bordo da aeronave conseguiram fazer o desembarque com segurança e serão realocados em outro voo para Salvador às 16h20.

"Todos os procedimentos de segurança foram adotados no aeroporto para contribuir no atendimento ao chamado", declarou a BH Airport. A Gol ainda informou que os passageiros "estão recebendo todas as facilidades" enquanto aguardam a próxima aeronave na capital mineira.

Um piloto ameaçou derrubar um avião de pequeno porte em uma unidade da rede de supermercados Walmart em Tupelo, no estado americano do Mississippi, neste sábado (3).

A loja e um negócio vizinho chegaram a ser evacuados, mas, após horas sobrevoando o município, o homem pousou a aeronave em segurança e acabou preso pela polícia. De acordo com o governador Tate Reeves, ninguém se feriu no episódio.

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Segundo a imprensa local, o indivíduo havia roubado o avião, um bimotor Beechcraft King Air C90, mas suas motivações ainda são desconhecidas.

Da Ansa

A delegação do Brusque levou um susto no domingo à noite no Rio de Janeiro. O avião que conduzia os jogadores para a partida contra o Tombense, pela Série B do Campeonato Brasileiro, não conseguiu pousar no aeroporto Santos Dumont, devido ao mau tempo, e por duas vezes arremeteu.

Ventava muito e a aeronave estava sem estabilidade para tentar o pouso, quando o piloto optou por sobrevoar a cidade na esperança de uma melhora climática. A segunda tentativa aconteceu 30 minutos depois, em condições muito mais desfavoráveis.

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O avião já estava bem perto da cabeceira da pista, mas balançava muito, trepidava e levou os passageiros ao desespero. Houve gritos e choros, principalmente de crianças, e alguns passageiros vomitaram.

A torre de controle foi acionada e com atraso de 50 minutos o avião foi autorizado a descer no aeroporto do Galeão, também no Rio.

Após estes momentos de aflição, a delegação do Brusque seguiu viagem de ônibus com destino à cidade mineira de Muriaé (MG), que fica quase na divisa entre os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. A distância entre as duas cidades é de quase 300 quilômetros, com duração de quatro horas pela Rodovia Santos Dumont.

Na terça-feira à noite, o Brusque enfrentará o Tombense no estádio Soares Azevedo, pela 27.ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.

Rafa Kalimann apareceu abalada nas redes sociais após esquecer uma bolsa de luxo no avião. O imprevisto fez com que a apresentadora se atrasasse e perdesse a conexão no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.

Nos Stories, ela escreveu: "Esqueci a bolsa dentro do bolsão do voo e isso me fez perder a conexão. [...] A saga começou quando eu fui tomar vacina, me atrasei. Peguei trânsito, afinal de contas está chovendo muito no Rio de Janeiro. E tinha que ir para o aeroporto. Troquei de roupa rapidão e fui. Apesar do atraso, consegui comprar o presente do Gabriel. Até que eu esqueci essa abençoada bolsa dentro do voo da minha conexão. Desembarquei e ela não estava comigo. Chorei largado".

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Um pouco depois, Rafa contou que recebeu ajuda, mas que passou por mais um perrengue até conseguir se instalar na cidade.

"Essa mocinha super ajudou a conseguir um voo e um hotel fora da cidade. Fui até lá e estava lotado. Fui para outro hotel e também estava. Chorei mais uma vez porque estava cansada e com fome. Até que me indicaram um hotel cápsula dentro do aeroporto Viracopos. Super gostoso. Salvou! Limpinho, cheiroso... Comprei um temaki de copo e consegui dar uma relaxadinha. Um pouco, afinal eram duas da manhã. Até que eu acordo com febre e bastante animada. Embarco para Uberlândia. Finalmente esse momento chegou. Estava com o presente do Gabriel nas mãos. Decolando às 8 da manhã e chegando aqui", disse.

Os Estados Unidos pediram, nesta terça-feira (2), à Argentina o confisco do Boeing 747 retido em seu território porque "foram violadas as leis" quando a aeronave foi vendida pela companhia iraniana Mahan Air, que é alvo de sanções, para a Venezuela.

O avião-cargueiro Boeing 747 da companhia venezuelana Emstrasur está parado no aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, desde que chegou no dia 8 de junho, procedente do México, com um carregamento de autopeças, após uma tentativa frustrada de pousar no Uruguai. A tripulação é integrada por cinco iranianos e 14 venezuelanos.

Em 19 de julho, um tribunal do Distrito de Columbia (DC), nos Estados Unidos, emitiu uma ordem de apreensão do avião por considerar que "foram violadas as leis de controle de exportação" americanas, alegando que houve uma "transferência não autorizada" da Mahan Air para a Emtrasur.

A companhia iraniana é vinculada ao Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica-Força Quds (EGRI-FQ), considerada uma organização terrorista por Washington e alvo de sanções, enquanto a Emtrasur é uma filial do grupo venezuelano Conviasa, que também está na lista de sanções do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

"O Departamento de Justiça não vai tolerar transações que violem nossas sanções e leis de exportação", afirmou o secretário de Justiça auxiliar Matthew G. Olsen, citado em um comunicado da pasta.

Washington quer impedir que "as entidades sancionadas obtenham acesso a bens fabricados nos Estados Unidos ou se beneficiem de sua transferência ilegal", acrescentou o procurador federal Matthew M. Graves na mesma nota.

Em 2008, o Departamento de Comércio americano emitiu uma ordem que proíbe a Mahan Air de participar em transações com produtos exportados dos Estados Unidos.

"Como se alega na ordem de apreensão, por volta de outubro de 2021, a Mahan Air violou a Ordem de Negação Temporária e as leis de controle de exportações dos Estados Unidos ao transferir a custódia e o controle da aeronave Boeing para a Emtrasur, sem a autorização do governo dos Estados Unidos", afirmou o Departamento de Justiça em comunicado.

As leis de controle de exportações voltaram a ser violadas entre fevereiro e maio de 2022, "quando a Emtrasur reexportou a aeronave" entre Caracas, Teerã e Moscou (Rússia), acrescenta a nota.

O comunicado assegura que o capitão do avião "foi identificado como um ex-comandante do EGRI".

O pedido americano a Buenos Aires acontece um dia depois que a Justiça argentina considerou que existem elementos para seguir investigando sete tripulantes do avião, quatro iranianos e três venezuelanos. Os outros 12 tripulantes tiveram permissão para sair do país.

A Argentina considera sensível a presença de viajantes iranianos por conta de alertas vermelhos de captura vigentes contra lideranças do país asiático pelo atentado contra a associação judaica AMIA em 1994, que deixou 85 mortos e cerca de 300 feridos.

Há dez dias, o Irã pediu à Argentina a suspensão "imediata" da proibição de deixar o território para os tripulantes iranianos.

Antes de voar para a Argentina, o avião esteve em maio no Paraguai, de onde partiu para a ilha de Aruba, no Caribe, com um carregamento de cigarros.

Eram aproximadamente 18h48 do dia 17 de julho de 2007 quando o Airbus A320 da TAM [hoje Latam], que vinha do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, tentou pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A pista estava molhada e, por causa de uma reforma recente, ainda estava sem grooving, que são as ranhuras que facilitam a frenagem do avião. A manobra para o pouso não foi bem sucedida: o Airbus acabou atravessando a pista e batendo em um prédio de cargas da própria companhia, que ficava em frente ao aeroporto paulistano. Com o choque, o avião acabou explodindo e pegando fogo. Aquele acidente, que hoje (17) completa 15 anos, provocou a morte de 199 pessoas, 12 delas em solo.

Passados 15 anos, ninguém foi responsabilizado ou cumpriu pena pelo acidente. Em 2015, a Justiça Federal acabou absolvendo a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, o então vice-presidente de operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de Segurança de Voo da empresa na época, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, que haviam sido denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por “atentado contra a segurança de transporte aéreo”, na modalidade culposa. Para a Justiça, os réus não agiram com dolo (intenção).

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Há anos, a falta de punições pelo acidente se tornou uma marca profunda para as famílias das vítimas. Isso é o que contou o jornalista Roberto Corrêa Gomes, 66 anos, que perdeu o irmão Mário Corrêa Gomes no acidente. “Os punidos maiores foram as vítimas que morreram e os condenados foram seus familiares, que ficaram sem seus entes queridos e não viram justiça”, falou ele, em entrevista à Agência Brasil.

Seu irmão Mário tinha 49 anos na época e era um empresário gaúcho do ramo publicitário, divorciado e sem filhos. “Ele era um jovem empresário gaúcho, muito bem-sucedido, muito premiado no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Ele só tinha cursado o ginásio [atualmente o fundamental]. Mas ele era brilhante, muito inteligente. Ele tinha ideias revolucionárias”, contou Roberto. “Éramos uma família de sete irmãos. Nossa mãe tinha falecido um ano antes, em 2006”.

No dia do acidente, Gomes estava em sua residência, em Porto Alegre, trabalhando. E a primeira informação que recebeu sobre a queda do avião chegou pela TV, em casa. “Naquele dia estavam acontecendo os Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro. E eu estava no meu escritório e ouvi uma chamada, na TV Bandeirantes, de que iriam entregar medalhas para alguns atletas brasileiros. E eu pensei ‘vou ver nossa gurizada ganhar medalhas’. Parei a matéria que estava escrevendo e fui para o quarto ao lado, que é a minha sala de televisão. Só que quando eu entrei no quarto, trocou a imagem. Saiu a imagem dos jogos e entrou a imagem daquele avião, contra o prédio. E entrou a voz do apresentador dizendo que um avião de carga, proveniente de Porto Alegre, havia se chocado contra o prédio da TAM Express. E um minuto depois ele corrigiu: ‘Não, não. A informação que está chegando é que é um avião de passageiros e não sabemos o número de vítimas’”.

“Era de tardezinha e eu sabia que o Mário naquele dia ia para São Paulo. Aí eu liguei para o meu irmão caçula e perguntei: ‘O Mário foi para São Paulo?’. E ele respondeu: ‘Foi, Beto. Estou indo para o aeroporto’. E eu disse: ‘Passa aqui e me pega’. A gente gelou. Deu um frio na espinha, uma sensação terrível. No trajeto para o aeroporto [de Porto Alegre], eu fui tentando ligar [para o Mário], mas só dava caixa postal. E aquilo era uma aflição. E quando chegamos no aeroporto, começou o pesadelo”, narrou.

A confirmação pela TAM de que o irmão estava naquele voo só chegou a eles de madrugada. “Só às 2h da manhã do dia 18 que foi divulgada a lista. Até então, nossa esperança era que ele tivesse embarcado em outra aeronave, descido em Guarulhos, ficado sem bateria ou que tivesse descido em Viracopos, estivesse ainda sobrevoando… A gente se apega a tudo. Mas infelizmente ele estava no voo”.

Mário tinha embarcado de Porto Alegre para São Paulo para assinar o contrato de locação de uma casa e também para assinar um contrato com um cliente. A intenção do empresário, naquele momento, era se mudar para São Paulo, onde estavam a maioria de seus clientes. Talvez, por isso, alguns dias antes da viagem, ele reuniu os irmãos em sua casa, sem aparentemente um motivo especial. “No domingo anterior ao acidente, ele fez um churrasco e reuniu os irmãos. Eu até tinha achado estranho ele fazer esse churrasco. Ele reuniu os irmãos na casa dele, fez um churrasco e, sei lá, parece que ele estava se despedindo”, disse.

Associação

Logo após o acidente, as famílias das vítimas decidiram criar uma associação. Ela ajudaria não só as famílias a enfrentar e dividir as dores daquele período de luto como também a pressionar as autoridades sobre as investigações daquela tragédia.

A Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam) foi criada em outubro daquele mesmo ano. O jornalista se tornou uma espécie de assessor de imprensa voluntário, ajudando a aproximar os jornalistas dos parentes das vítimas. “Eu pensei: vamos precisar da imprensa porque essa história aí vai longe. O maior acidente da aviação brasileira não termina em um mês. Nós precisamos da imprensa, senão seremos sofridos e também invisíveis”, refletiu na época. Foi assim que ele passou a exercer essa função de forma voluntária para a associação, que se tornou para ele uma nova família.

“Viramos uma grande família. Sou de uma família de sete homens e, agora, somos seis. Essa família está incompleta, mas eu acabei ganhando irmãs, sobrinhas e outros irmãos. Viramos uma grande família. Quem participou da associação, se fortaleceu. Mas aquele familiar que se recolheu em casa e não participou de nada, ficou com aquela dor só vendo as coisas pela televisão - aquele sofreu muito mais”, disse ele.

Nestes anos todos, os membros da associação continuaram tendo que lidar com novas perdas. No final do ano passado, por exemplo, um dos seus membros mais ativos faleceu: o vice-presidente da Afavitam, Archelau de Arruda Xavier, que havia perdido a filha Paula Masseran de Arruda Xavier no acidente aéreo. Archelau deu entrevista à reportagem da Agência Brasil em 2017, reclamando já naquele ano da falta de punições. “A gente vai morrer com essa tristeza. Onde mais dói é ver a minha mulher sentindo falta, os irmãos sentindo falta dela. A segunda coisa que dói muito é ver que a justiça não aconteceu”, lamentou à época.

“Tem famílias que superaram, conseguem hoje pensar melhor. Eu ainda me emociono quando vejo matérias [sobre o acidente]. Mas tem gente que está doente. Tem gente que nunca se recuperou. Há uma mãe, inclusive, que já deu entrevista no passado e agora está proibida por médicos de fazer isso, tal o dano que ela tem até agora com a perda da filha”, contou Gomes.

Causas do acidente

O acidente foi investigado por três órgãos. Um deles, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, concluiu que uma série de fatores contribuíram para a tragédia. O relatório do Cenipa constatou, entre vários pontos, que os pilotos movimentaram, sem perceber, um dos manetes [que determinam a aceleração ou reduzem a potência do motor] para a posição idle (ponto morto) e deixaram o outro em posição climb (subir). O sistema de computadores da aeronave entendeu, equivocadamente, que os pilotos queriam arremeter (subir).

O documento também relata que não havia um aviso sonoro para advertir os pilotos sobre a falha no posicionamento dos manetes e que o treinamento da tripulação era falho: a formação teórica dos pilotos, pelo que se apurou na época, usava apenas cursos interativos em computador. Outro problema apontado é que o copiloto, embora tivesse grande experiência, tinha poucas horas de voo em aviões do modelo A320, e que não foi normatizada, na época, a proibição em Congonhas de pousos com o reverso (freio aerodinâmico) inoperante [ponto morto], o que impediria o pouso do avião nessas condições em situação de pista molhada.

O Cenipa, no entanto, não é um órgão de punição, mas de prevenção. Ele não aponta culpados, mas as causas do acidente. O relatório sobre o acidente, portanto, dá informações e 83 recomendações para que tragédias como essa não se repitam.

Esse relatório feito pela Aeronáutica contribuiu para outras duas investigações, feitas pela Polícia Civil e pela Polícia Federal, que levaram, no entanto, a conclusões bem diferentes sobre os culpados.

Indiciamentos

A Polícia Civil decidiu indiciar dez pessoas pelo acidente, entre elas funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da companhia aérea TAM. Após o indiciamento policial, o processo foi levado ao Ministério Público Estadual, que incluiu mais um nome e denunciou 11 pessoas pela tragédia.

No entanto, essa denúncia da promotoria não foi levada à Justiça estadual. O processo acabou sendo remetido ao Ministério Público Federal (MPF) porque, no entendimento do promotor, o caso se tratava de crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, de competência federal. Com isso, a Polícia Federal começou a investigar o caso e, ao final desse processo, decidiu indiciar apenas os dois pilotos, Kleyber Lima e Henrique Stefanini Di Sacco, pela tragédia. “Foi uma conclusão covarde, conveniente: os mortos são os culpados. Os familiares nunca aceitaram essa versão de que os pilotos eram os culpados. No máximo, que eles foram induzidos ao erro”, defende Gomes.

O inquérito da Polícia Federal se transformou em denúncia e, nesse documento, que foi aceito pela Justiça, o procurador Rodrigo de Grandis decidiu, ao contrário do indiciamento feito pela Polícia Federal, denunciar três pessoas pelo acidente: Denise Abreu, Alberto Fajerman e Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, que acabaram sendo absolvidos pela Justiça. “E aí a Justiça, na primeira instância, absolveu eles. Houve recurso para a instância superior, que manteve a decisão do juiz de primeira instância, absolvendo os réus. Ou seja, os condenados acabaram sendo as vítimas e seus familiares”, falou o jornalista.

Em 2017, o Ministério Público Federal informou que não iria recorrer da decisão que absolvia os réus.

Homenagens

Neste domingo, diversas famílias voltarão para os aeroportos de Porto Alegre e de São Paulo para prestar mais uma homenagem aos mortos. Em Porto Alegre, às 14h, familiares, amigos, representantes religiosos e autoridades se reúnem no Largo da Vida, uma rotatória próxima ao Aeroporto Internacional Salgado Filho. Nesse mesmo dia, às 18h, uma missa será celebrada em memória das vítimas na Catedral Metropolitana de Porto Alegre.

Já em São Paulo, as famílias se reunirão de manhã, a partir das 9h, no Memorial 17 de Julho, local onde o acidente ocorreu. O Memorial será decorado com pássaros confeccionados e que serão colocados embaixo do nome de cada vítima. Ao longo do dia, familiares irão ao local para levar flores e dedicar suas orações e pensamentos aos seus entes queridos.

Posicionamento da Latam

Em contato com a Agência Brasil, a Latam Airlines declarou que “se solidariza com todos aqueles que foram afetados por este acidente há 15 anos.” E disse que: “Embora consciente de que nada poderá compensar as perdas, a companhia se empenhou, desde o primeiro momento, em apoiar os familiares de todas as maneiras e concluir o mais rápido possível o procedimento de indenização.” Segundo a empresa, a maioria dos familiares das vítimas foram indenizados. Uma família ainda segue com ação em andamento. A Latam informou ainda que não divulga valores das indenizações por questões de segurança e de privacidade dos próprios familiares.

A companhia disse também que, na época do acidente, apoiou as famílias com hospedagem, transporte, alimentação, ligações, assistência religiosa e psicológica, concessão de planos de saúde, contratação de empresa para a organização dos funerais, reembolso de despesas, entre outros. Segundo eles, “Em muitos itens as ações da empresa foram além dos padrões de assistências internacionais, como por exemplo o apoio psicológico estendido por 2 anos”.

Perguntada sobre mudanças nos procedimentos para evitar novas tragédias, a empresa disse que, antes de cada pouso, os pilotos obrigatoriamente devem consultar o Manual de Rotas e Aeroportos (MRA) da companhia para verificar as restrições específicas de cada aeroporto, aumentando a margem de segurança da operação. Além disso, caso ocorra a falha do reversor durante o voo, por regra, o piloto obrigatoriamente deve alternar para algum aeroporto onde não haja a restrição de pouso com esta falha.

A empresa também citou a adoção do Electronic Flight Bag (EFB), ferramenta que substituiu os manuais de consulta dos pilotos na cabine. Segundo a companhia, o EFB é basicamente um tablet que permite cálculos muito mais precisos utilizando aplicativos do próprio fabricante da aeronave, permitindo aos pilotos calcular em tempo real, de dentro do cockpit, a performance da aeronave mediante as constantes variações das condições do ambiente e da aeronave como: pista seca ou molhada, peso da aeronave, direção e intensidade de vento, temperatura, altitude da pista entre outros. 

A companhia ressaltou que uma Instrução de Aviação Civil emitida pela ANAC em 2008 proibiu a operação de pouso e decolagem nas pistas do Aeroporto de Congonhas em caso de inoperância dos sistemas que comprometam a performance de frenagem da aeronave, tais como qualquer superfície de comando, freio e reverso. “Isso é válido para todas as empresas que operam naquele aeroporto”, disse em nota.

Segundo eles “Hoje a aviação mundial possui regras e protocolos globais rígidos de segurança e prevenção, o que fez com a média anual de acidentes aérea caísse mais de 60% desde então. Internamente, revisamos nossos procedimentos com o objetivo de atuarmos de uma maneira ainda mais planejada e coordenada.”, concluiu.

Todos os oito tripulantes de um avião de carga que caiu no sábado à noite perto da cidade grega de Kavala morreram no acidente - anunciou o ministro sérvio da Defesa, Nebojsa Stefanovic, neste domingo (17).

O avião, um Antonov An-12, transportava em torno de 11 toneladas de armas para Bangladesh quando caiu na noite de sábado, informou Stefanovic.

"Infelizmente, segundo a informação que recebemos, os oito membros da tripulação morreram no acidente", disse Stefanovic em entrevista coletiva.

Em entrevista à rede alemã Deutsche Welle, o CEO da Meridian, Denys Bohdanovytch, disse que toda equipe era ucraniana.

O avião decolou do aeroporto de Nis, no sul da Sérvia, no sábado (16), por volta das 20h40 locais (15h40 em Brasília). A bordo, levava armas da companhia sérvia Valir, segundo o ministro Stefanovic.

O piloto solicitou permissão para fazer um pouso de emergência no aeroporto grego de Kavala, mas não conseguiu aterrissar a tempo.

Os serviços de resgate gregos usavam um drone neste domingo para sobrevoar os destroços do avião, devido ao perigo da carga.

O cônsul ucraniano, Vadim Sabluk, dirigiu-se para o local do acidente.

A agência de notícias grega disse que se forneceu às autoridades as identidades dos oito tripulantes e confirmou que o avião seguia para Bangladesh.

O ministro sérvio da Defesa disse que se tratava de uma transação acordada com o Ministério da Defesa de Bangladesh, "respeitando-se as regras internacionais".

"Alguns meios de comunicação disseram que o avião levava, supostamente, armas para a Ucrânia, o que é completamente falso", declarou.

- Gases tóxicos -

Uma unidade especial deve varrer a área, informou o Ministério da Defesa Civil em um comunicado divulgado neste domingo.

"Membros do corpo de bombeiros com equipamentos especiais e instrumentos de medição se aproximaram do ponto de impacto da aeronave e examinaram de perto a fuselagem e outras partes espalhadas", disse hoje à imprensa Marios Apostolidis, da brigada de incêndio grega.

Testemunhas relataram ter visto o avião em chamas e ouvir explosões. O morador Giorgos Archontopoulos comentou, em entrevista à televisão pública ERT, que percebeu que algo estava errado quando ouviu o barulho que a aeronave estava fazendo.

"Às 22h45 (hora local), fiquei surpreso com o barulho do motor", afirmou. "Saí e vi o motor pegando fogo", completou.

As autoridades pediram que as pessoas que vivem em um raio de dois quilômetros do local do acidente fiquem em casa e usem máscaras.

Dois bombeiros foram hospitalizados na manhã deste domingo com dificuldades respiratórias, devido a gases tóxicos.

A agência de notícias grega disse que haverá uma investigação sobre as causas do acidente.

Em 2019, os brasileiros fizeram 20,9 milhões de viagens; em 2020, 13,6 milhões, e em 2021, 12,3 milhões. O número de viagens caiu 41% entre 2019 e 2021. Em 2020, 98% das viagens foram nacionais e, no ano passado, esse percentual foi de 99,3%. O índice de viagens internacionais caiu de 3,8% em 2019 para 0,7% em 2021.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Turismo 2020-2021, divulgada hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, a proporção de domicílios em que algum morador viajou caiu de 21,8% em 2019, para 13,9% em 2020, e para 12,7% em 2021.

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Na análise do IBGE, apesar de o turismo ter sido fortemente afetado pela pandemia de covid-19 com a necessidade de isolamento social e pelo fechamento de vários estabelecimentos turísticos, o motivo de não ter dinheiro para viajar permaneceu sendo o principal para a queda das viagens.

A analista da pesquisa, Flávia Vinhaes, também destaca que a crise sanitária, com as medidas de afastamento social, a impossibilidade de pegar voos, o medo de contrair a doença ou mesmo por ter sido infectado pelo novo coronavírus, foi importante fator para a diminuição das viagens nacionais e internacionais nos dois últimos anos.

A PNAD levantou, pela primeira vez, os gastos com turismo. Em 2021, as despesas totais em viagens nacionais com pernoite somaram R$ 9,8 bilhões, contra R$ 11 bilhões em 2020. Em 2021, os maiores gastos foram em viagens para São Paulo (R$ 1,8 bilhão), Bahia (R$1,1 bilhão) e Rio de Janeiro (R$1 bilhão).

Uma em cada cinco viagens (ou 20,6% delas) foi para o estado de São Paulo, o destino mais procurado. Minas Gerais (11,4%) e Bahia (9,5%) vieram em seguida.

Em cerca de um terço (33,1%) dos domicílios com renda per capita de quatro ou mais salários mínimos, algum morador viajou em 2021. Por outro lado, em apenas 7,7% dos domicílios com renda per capita abaixo de meio salário mínimo, algum morador viajou no ano passado.

Nos domicílios com renda per capita abaixo de meio salário mínimo, 35,1% das viagens pessoais foram para tratamento de saúde e apenas 14,3% para lazer. Já nos domicílios com renda per capita de quatro ou mais salários mínimos, 57,5% das viagens foram para lazer e apenas 4,4% para tratamento de saúde.

Entre os motivos de lazer, em 2020, 55,6% das viagens foram em busca de turismo de sol e praia. Em 2021, esse percentual foi de 48,7%. Viagens de natureza, ecoturismo ou aventura responderam por 20,5% em 2020 e 25,6% em 2021.

Cerca de 57,2% das viagens de 2021 foram em carro particular ou de empresas, 12,5% em ônibus de linha e 10,2% de avião. Do total de viagens em 2021, cerca de 14,6% foram profissionais e 85,4%, pessoais.

Como principal local de hospedagem, a casa de amigos ou parentes superou as demais modalidades, representando, em 2021, 42,9% entre as alternativas. Em segundo lugar, ficou a opção hotel, resort ou flat, com 14,7%, diz o IBGE.

A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, nesse domingo (3), em Mato Grosso do Sul, um avião de pequeno porte que entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização. Na operação, foram usadas duas aeronaves de defesa aérea Super Tucano (A-29). Os pilotos da FAB fizeram contato, mas não obtiveram resposta.

A partir de então, a avião foi considerado suspeito, sendo ordenadas a mudança de rota e o pouso obrigatório em aeródromo específico. Como o piloto ignorou ordem dada, foi realizado um tiro de aviso. Ainda sem retorno, a aeronave foi considera hostil, sendo feitos os procedimentos de tiro de detenção.

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Pouso forçado

Após o tiro de detenção, o avião, que entrou no espaço aéreo do Brasil pela fronteira de Mato Grosso do Sul, fez um pouso forçado no estado de São Paulo, entre as cidades de Jales e Pontalinda.

Acionada, a Polícia Federal foi até ao local indicado pelos pilotos da FAB, mas só encontrou o avião abandonado, e, em seu interior, foram vistos cerca de 500 quilos de pasta base de cocaína. O piloto e mais um homem fugiram do local, antes da chegada dos policiais federais.

“De acordo com o Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), os radares identificaram a aeronave entrando no espaço aéreo brasileiro. O avião, sem contato com o controle, descumpriu todas as medidas de policiamento realizadas, mostrando-se hostil. A ação faz parte da Operação Ostium, visando coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal”, informou a FAB.

Investigadores estão a caminho de Miami nesta quarta-feira (22) depois que um avião pegou fogo no dia anterior ao chegar no aeroporto da cidade dos Estados Unidos devido a um problema com um trem de pouso, disseram as autoridades.

Três pessoas foram hospitalizadas após o acidente do Red Air Flight 203 na tarde de terça-feira, de acordo com os bombeiros de Miami-Dade, mas nenhuma morte ou ferimentos graves foram relatados entre as mais de 120 pessoas a bordo.

Um vídeo mostra pessoas sendo retiradas do avião, um McDonnell Douglas MD-82, tombado na pista com o nariz dobrado enquanto uma espessa fumaça preta sai da fuselagem.

"O Red Air #203 de Santo Domingo teve seu trem de pouso afundado no nariz do avião, o que parece ter causado um incêndio", disse um comunicado na conta do Aeroporto Internacional de Miami no Twitter.

O National Transportation Safety Board (NTSB), a agência do governo dos EUA encarregada de investigar acidentes de aviação civil, tuitou que sua equipe chegará a Miami nesta quarta-feira.

Segundo a Red Air, havia 130 passageiros e 10 tripulantes a bordo.

Um porta-voz do aeroporto de Miami, no entanto, disse à AFP nesta quarta-feira que "126 pessoas estavam a bordo", acrescentando que não tinha "o número de membros da tripulação".

O Aeroporto Internacional de Guarulhos recebeu, no último fim de semana, um voo da aeronave Airbus A340-600, considerado um dos aviões mais compridos do mundo, com cerca de 75 metros de comprimento.

O momento é considerado raro porque, durante a pandemia de covid-19, o Airbus A340-600 foi tirado de circulação por algumas companhias aéreas, como a Lufthansa e a Ibéria.

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Segundo o aeroporto, a aeronave que pousou no País no fim de semana é operada pela empresa Air Atlanta Icelandic, da Islândia. Foi um voo de carga, sem passageiros.

Uma forte tempestade que fez o dia escurecer mais cedo, a noite sem lua e um horizonte que sumiu da vista do piloto Chester Hugh Skidmore provocaram um acidente que entrou para a história da Segunda Guerra Mundial em 13 de junho de 1942. Sete dos 10 passageiros a bordo do Avião Modelo Catalina 7252 do Esquadrão de Patrulha PV-083 da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) morreram quando o hidroavião se chocou contra as águas do Oceano Atlântico que banham o litoral do Rio Grande do Norte nas proximidades de uma área conhecida como Pedra Gorda, entre as praias de Barra de Maxaranguape e Caraúbas.

A aeronave estava distante aproximadamente 40 quilômetros do destino, o antigo Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, na Grande Natal. Esse sítio aeroviário serviu como umas das mais importantes bases militares norte-americanas fora do território estadunidenses durante o conflito bélico mundial.

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Após anos de pesquisas, cruzamento de informações e uma pitada de sorte, os destroços do avião foram encontrados no dia 6 de junho, às vésperas do aniversário de 80 anos do acidente, a menos de um quilômetro da costa de Barra de Maxaranguape e a uma profundidade de 10 metros.

O que restou do avião, um bimotor utilizado como avião de patrulha que carregava bombas e outros armamentos utilizados pelas tropas americanas à época, foi encontrado durante um mergulho de treinamento pelo mergulhador profissional e instrutor Paul Bouffis, com mais de 30 anos de experiência.

Ele mergulhava ao lado de alguns alunos quando se deparou com a estrutura que lembra treliças de ferro utilizadas na construção civil, que na verdade eram as estruturas das asas do bimotor.

No momento, ele não conseguiu identificar, de imediato, que se tratava do Catalina do Esquadrão PV-083, uma aeronave alta e comprida, que fazia o transporte de armamentos e insumos dos Estados Unidos para as bases militares americanas no Brasil, África e Europa. Junto com o amigo historiador Fred Nicolau, ele procurava outro avião, um modelo B-25, utilizado como bombardeiro pelos americanos e que também caiu no litoral brasileiro nos anos 1950.

"Os pescadores da região, os pescadores artesanais, jamais nos informaram a localização dos destroços. Eles sabiam, mas não nos informavam. Nós cruzamos muitas informações, a partir de relatos em fóruns na internet que eu comecei a participar em 2003, conversas com combatentes da Segunda Guerra Mundial e leitura de relatórios de acidentes aéreos norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial que eu comprei na internet", relata Fred Nicolau.

A paixão pela aviação e os assuntos ligados ao conflito da década de 1940 surgiu como um hobby na infância e foi amadurecendo ao longo da vida adulta. Hoje, Fred é curador do Centro Cultural Trampolim da Vitória, instalado no antigo Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, na região metropolitana de Natal. Fred afirma que, pelo menos, 10 aeronaves militares americanas caíram no litoral brasileiro ao longo da Segunda Guerra Mundial.

O levantamento tem como base Relatórios Confidenciais da época que detalhavam as ocorrências às autoridades americanas e que hoje fazem parte de um acervo disponibilizado pelo governo dos Estados Unidos. No documento que relata o caso envolvendo o Catalina do Esquadrão PV-083, os mortos são identificados pela letra A.Os três militares sobreviventes são identificados pelas letras B e C, conforme o nível de ferimentos identificados.

Conforme relatos, eles ficaram à deriva por 18 horas até serem resgatados por pescadores da vila de Barra de Maxaranguape e, posteriormente, pelas tropas militares.

Comandados pelo presidente Franklin Delano Roosevelt, que chegou a visitar Natal e Parnamirim ao lado do presidente brasileiro Getúlio Vargas durante a Segunda Guerra Mundial, os americanos montaram bases militares em cidades consideradas estratégicas no Brasil. Belém, capital do Pará, era a porta de entrada das tropas oriundas dos Estados Unidos, Caribe, Guiana Francesa.

Em Natal, os combatentes abasteciam as aeronaves modelos A-20, B-17, B-24, B-25, B-26, B-29, C-47 e C-54 de armamentos e suprimentos encaminhados para tropas localizadas em países da África e Europa.

Os americanos criaram uma cidade militar conhecida como 'Parnamirim Field' no entorno da área do antigo Aeroporto Internacional Augusto Severo, considerado um dos melhores do mundo à época para pousos e decolagens de aviões de combate. Conforme o pesquisador Fred Nicolau, as aeronaves identificadas pela letra A eram as de ataque; as que tinham a letra B, eram os bombardeiros e as com a letra C, as de transporte de cargas.

"Todas elas subiam e desciam no Augusto Severo, cuja movimentação de tropas ocorria sem parar, 24 horas por dia. Em Natal, no estuário do Rio Potengi, na região conhecida como Rampa, subiam e desciam as Catalinas, por exemplo", explica o pesquisador.

Para Fred Nicolau e Paul Bouffis, a descoberta dos destroços fecha um importante ciclo, mas também levanta uma discussão em torno da preservação do patrimônio histórico no Brasil.

"Os pescadores identificaram os destroços antes dos pesquisadores e iniciaram um processo de desmonte. Eles queriam as peças mais pesadas para vender como sucata. O Catalina se tornou uma jazida. Encontramos somente pedaços. Ao longo dos anos, as pessoas foram "minerando" o que sobrou do avião após o acidente. Nós não temos interesse em içar os destroços. Nosso interesse era na localização, em saber onde ele tinha caído, contar a história, registrar. O mais interessante de tudo é que foi um pescador bêbado, após uma longa conversa, que me confirmou o local quase exato da queda", afirma Fred Nicolau.

Após o susto, quando confirmou que a estrutura hoje encoberta pela vegetação marinha se tratava de um avião de combate de um dos períodos mais emblemáticos da história mundial, o mergulhador Paul Bouffis comemora a descoberta.

"Eu não sabia a história do Catalina. Eu só pensava que era uma estrutura de construção civil, como uma grua, que tinha sido abandonada no mar. Mas não fazia sentido. Quando o Fred me contou, depois que mostrei as fotos para ele, eu fiquei muito emocionado. É um ciclo que se fecha. As famílias dos sete militares que morreram naquele dia hoje sabem onde eles estão. O mais emocionante é fazer o fechamento da história, o 'closure'. Os familiares hoje sabem onde eles morreram e podem fazer um enterro simbólico, uma homenagem como nós já fizemos. Precisamos transformar aquele ponto em um santuário, em uma 'War Grave' (túmulo de guerra) como forma de homenagem", declara Bouffis.

Na manhã desta quarta-feira (15), a Polícia Federal cumpre 25 mandados judiciais, sendo dois no Recife, contra empresas suspeitas de lavar dinheiro proveniente do tráfico internacional de cocaína. A investigação iniciou após uma apreensão de 650kg da droga no Aeródromo da Coroa do Avião, em Igarassu, na Região Metropolitana de Recife (RMR).

A Operação Corona foi motivada pela prisão em flagrante do piloto, copiloto e outros criminosos quando descarregavam a carga de cocaína de uma aeronave Gran Caravan prefixo PT-MEK, no dia 22 de abril de 2020. O plano do grupo era enviar a droga para Europa escondida em uma exportação de sucata no Porto de Suape.

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Com a continuidade das investigações, a PF descobriu que uma grande estrutura de empresas de fachada espalhada pelo Brasil participava do esquema com a finalidade de movimentar os lucros do tráfico transnacional. Só nos primeiros quatro meses de 2020, ela movimentou mais de R$ 116 milhões, de acordo com as autoridades.

Nesta quarta (15), 80 policiais federais estão mobilizados pelo cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão preventiva expedidos pela Justiça Federal em Pernambuco.

Os crimes investigados são tráfico internacional de drogas, financiamento do narcotráfico, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar, isoladamente, a mais de 20 anos de reclusão.

As ordens judiciais foram distribuídas nas seguintes cidades:

São Paulo

Praia Grande (1 MPP e 2 MBA), Paulínia (1 MPP e 1 MBA), Ribeirão Preto (2 MPP e 4 MBA), Serrana (1 MPP e 2 MBA), Guatapará (1 MPP e 1 MBA), Itaquecetuba (2 MBA) e Poá (1 MBA).

Mato Grosso do Sul

Campo Grande (1 MPP e 1 MBA).

Pernambuco

Recife (1 MPP e 1 MBA).

Amazonas

Manaus (1 MPP), Coari (1 MBA).

Ídolo máximo dos torcedores argentinos, Diego Armando Maradona ganhou mais uma homenagem de seus fãs na última semana. Desta vez, o rosto do jogador foi estampado em um avião, batizado de "Tango D10S", que viajará para a Copa do Mundo do Catar, no fim deste ano. Maradona morreu em novembro de 2020, aos 60 anos.

O jato Bombardier CL-600-2B16 Challenger 601, de matrícula LV-JVB, pintado em azul e branco, também servirá como um museu itinerante de Maradona e deverá viajar o mundo em eventos de divulgação. Dentro da aeronave será possível encontrar chuteiras e camisas que Maradona usou durante a carreira.

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A apresentação da aeronave foi feita na última semana no Aeroporto de Morón, em Buenos Aires, e contou com a presença de ex-companheiros de Maradona na Copa do Mundo de 1986, vencida pela Argentina, como Sergio "Checho" Batista e Ricardo Bochini. Juan Pablo Sorín também marcou presença no evento na capital argentina.

O projeto é encabeçado pelo grupo empresarial Give&Get. A arte presente na fuselagem da aeronave foi feita à mão pelo artista plástico Gastón Kolker, que retratou em um lado da cauda do "Tango D10S" a icônica cena do gol da "mão de Deus", da Copa do Mundo de 1986, contra a Inglaterra, e do outro lado, o rosto do craque. Lançado no último dia 25, a atração foi inaugurada para homenagear um ano e meio da morte do ídolo, que morreu em 25 de novembro de 2020.

As equipes de resgate do Nepal recuperaram nesta segunda-feira (30) 16 corpos de vítimas de um avião de passageiros que caiu no domingo (29) no Himalaia com 22 pessoas a bordo.

Os controladores do tráfego aéreo perderam contato com a aeronave, um Twin Otter da companhia nepalesa Tara Air, pouco depois da decolagem de Pokhara, oeste do Nepal, na manhã de domingo.

O avião seguia para Jomsom, um destino popular de montanhismo.

Helicópteros do exército e de empresas privadas rastrearam a zona montanhosa remota, com o apoio de equipes em terra, mas as buscas foram suspensas no domingo à noite devido às condições meteorológicas.

As buscas foram retomadas nesta segunda-feira e o exército divulgou uma foto de peças do avião, incluindo uma asa com a matrícula 9N-AET, encontradas na montanha.

"Até o momento recuperamos 16 corpos e as equipes estão procurando os seis restantes. As possibilidades de sobrevivência são pequenas, mas nossos esforços para encontrá-los prosseguem", declarou o porta-voz da Autoridade de Aviação Civil, Deo Chandra Lal Karn.

No local do acidente trabalhavam quase 60 pessoas, incluindo militares, policiais, guias de montanha e moradores da região.

As autoridades afirmaram que o avião "sofreu um acidente" a 14.500 pés (4.420 metros) de altura, na zona de Sanosware, na localidade de Thasang, distrito de Mustang.

"Analisando as imagens que recebemos, parece que o avião não pegou fogo. Tudo está espalhado no local. O avião parece ter colidido com uma grande rocha na colina", disse o porta-voz do aeroporto de Pokhara, Dev Raj Subedi.

Quatro indianos e dois alemães estavam a bordo. Os demais passageiros eram nepaleses, incluindo um engenheiro de computação, a esposa e as duas filhas, que haviam acabado de retornar dos Estados Unidos.

Os quatro indianos, um casal, a filha e o filho, de 15 e 22 anos, estavam de férias, segundo fontes de Nova Délhi.

Pradeep Gauchan, funcionário do governo local, afirmou que o tempo ruim dificulta a operação de resgate.

"Os helicópteros estão aguardando que as nuvens desapareçam", disse.

De acordo com o site da Rede de Segurança Aérea, o avião foi fabricado pela empresa canadense De Havilland e fez seu primeiro voo há mais de 40 anos, em 1979.

A Tara Air é uma filial da Yeti Airlines, uma companhia aérea nacional de propriedade privada que tem voos para destinos remotos do Nepal.

A empresa teve um acidente fatal em 2016, na mesma rota, quando um avião com 23 pessoas a bordo caiu na encosta de uma montanha no distrito de Myagdi.

O setor aéreo do Nepal cresceu nos últimos anos, transportando mercadorias e pessoas entre áreas de difícil acesso, assim como alpinistas estrangeiros.

Mas o país enfrenta grandes problemas de segurança, com pilotos mal treinados e problemas de manutenção de aeronaves. A União Europeia proibiu todas as companhias aéreas nepalesas de acessar seu espaço aéreo por razões de segurança.

Um avião com 22 pessoas a bordo desapareceu neste domingo (29) numa zona montanhosa do Nepal, anunciou a companhia aérea Tara Air, explicando que as condições meteorológicas complicadas dificultam as buscas.

"Um voo doméstico com destino a Jomsom que decolou em Pokhara (centro-oeste) perdeu contato", disse à AFP Sudarshan Bartaula, porta-voz da Tara Air.

Havia 19 passageiros e três tripulantes no avião, acrescentou.

"Estamos tentando localizar a área onde o avião pode ser encontrado", acrescentou Bartaula.

Dois helicópteros foram mobilizados para as operações de busca, que serão difíceis devido à pouca visibilidade, disse Phanindra Mani Pokharel, porta-voz do Ministério do Interior.

"O mau tempo provavelmente atrapalhará a operação de busca. A visibilidade é tão ruim que você não consegue ver nada", disse Pokharel.

Jomsom é um destino popular para trekkers no Himalaia, a cerca de 20 minutos de voo de Pokhara, que fica a 200 quilômetros a oeste de Katmandu.

O transporte aéreo no Nepal cresceu muito nos últimos anos, graças ao grande número de turistas, grande parte deles amantes da montanha, e também ao comércio em lugares remotos que não podem ser acessados de outra forma.

Mas este pobre país do Himalaia tem um histórico de segurança sombrio devido a pilotos mal treinados e problemas de manutenção de aeronaves.

A União Europeia proibiu todas as companhias aéreas nepalesas de acessar seu espaço aéreo por razões de segurança. O país também tem trilhas muito perigosas, localizadas entre montanhas cobertas de neve.

Em março de 2018, um avião da empresa de Bangladesh US-Bangla Airlines caiu perto do aeroporto de Katmandu, matando 51 pessoas. O acidente mais dramático ocorreu em 1992, quando 167 pessoas perderam a vida quando um avião da Pakistan International Airlines caiu perto do aeroporto de Katmandu. Dois meses antes, um avião da Thai Airways havia caído nessa mesma área, matando 113 pessoas.

Um avião de pequeno porte caiu em uma estrada vicinal de Boituva, a cerca de 120 quilômetros da capital no interior de São Paulo, na tarde desta quarta-feira, 11. Segundo o Corpo de Bombeiros do Estado, nove pessoas foram encontradas no local, mas não houve nenhuma morte confirmada até o momento; duas delas estão em estado grave.

A queda da aeronave foi registrada pela corporação às 12h13. Dos nove passageiros, dois estão em estado grave e foram encontrados com parada cardiorrespiratória, quatro seguem em atendimento no local e outros três já foram encaminhados aos postos de saúde da região.

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A informação preliminar é de que o avião colidiu com uma torre de alta tensão e caiu no pasto em volta da estrada. Não houve registro de incêndio no local. Os bombeiros deslocaram cinco viaturas e o helicóptero águia para acompanharem o caso e buscar possíveis vítimas ainda não encontradas.

Um passageiro sem experiência de pilotagem precisou pousar uma aeronave Cessna 208 depois que o piloto ficou sem condições de voo. A aterrissagem ocorreu no aeroporto de Palm Beach, na Flórida.

Um áudio divulgado pelo site Live Air Traffic e obtido pela rede de TV americana CNN registrou o momento em que o passageiro, que não teve sua identidade divulgada, relatou o problema no voo com a torre de controle e comentou que não sabia pilotar o monomotor. "Meu piloto ficou confuso, e eu não tenho ideia de como conduzir o avião”, diz ele.

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Um controlador de tráfego aéreo, então, começa a fornecer instruções de como pousar a aeronave, como manter as asas niveladas e "empurrar os controles para a frente, descendo a uma velocidade bem lenta”. A Administração Federal de Aviação dos EUA, que está investigando o caso, informou que o piloto teve um possível problema médico.

Um avião da Azul que saiu do Aeroporto Internacional do Recife no início da tarde desta sexta-feira (6), com destino a Fernando de Noronha, teve problemas técnicos (falha no trem de pouso) e retornou ao terminal da capital pernambucana após duas horas dando voltas para pousar em segurança.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) informou que foram enviadas preventivamente duas motos e três carros caso houvesse a necessidade do atendimento, que não foi preciso.

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A aeronave bimotor a jato, de modelo Embraer ERJ-190, que teve falha no trem de pouso, fazia o voo AD4090 (Recife-Fernando de Noronha) e, de acordo com a Azul, o desembarque ocorreu normalmente e em segurança.

“A companhia ressalta que o pouso e o desembarque ocorreram normalmente e em segurança. A Azul lamenta eventuais aborrecimentos causados, destaca que presta toda a assistência necessária conforme previsto na resolução 400 da Anac e reforça que ações como essa são necessárias para garantir a segurança de suas operações”, disse a companhia.

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