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Os ministros de finanças dos países dos Brics - formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul - aprovaram nesta terça-feira um acordo de contingenciamento de reserva comum (CRA, na sigla em inglês) no valor de US$ 100 bilhões. O acordo prevê a criação de um fundo de reservas destinado a socorrer os países do grupo em caso de crise de liquidez.

"O acordo já foi firmado pelos ministros, agora vai para avaliação dos presidentes, amanhã (quarta-feira)", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista à imprensa após reunião no evento dos Brics, em Durban, na África do Sul. "O acordo de reservas nada mais é do que um grande acordo de swap entre os países", acrescentou.

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O Brasil também assinou nesta terça-feira um acordo para troca de moedas (swap) com a China no valor de US$ 30 bilhões. Segundo o ministro, o acordo implica um relacionamento mais estreito com o país asiático. "O acordo inclui a área comercial, financeira e até aduaneira", disse.

"Hoje, a China é nosso maior parceiro comercial e podemos ampliar para outras áreas. Estamos abertos para que os chineses participem de investimento em infraestrutura, energia e óleo e gás."

Tanto Mantega quanto o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, negaram que a assinatura do acordo seja por causa da crise na zona do euro. "Acordos de swap são bastante comuns hoje entre os bancos centrais", disse Tombini. "Não está ligado à crise europeia". "Não foi pela crise, pois ela estava pior no ano passado do que agora", completou Mantega.

O valor acordado, US$ 30 bilhões, é suficiente para cobrir entre oito e dez meses de exportação e importação. O acordo não afeta as reservas internacionais brasileiras, pois representa apenas a troca de moedas.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira, no intervalo da reunião dos ministros de Finanças e presidentes de banco central dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Durban, na África do Sul, que a proposta brasileira é que o banco de desenvolvimento do grupo seja constituído em 2014. "Fizemos proposta para que o banco dos Brics seja constituído em 2014", afirmou.

Mantega disse que os detalhes ainda estão sendo discutidos, mas já existe consenso quanto à necessidade de investimento em infraestrutura para estimular o crescimento desses países. Segundo ele, o mundo ainda tenta superar os efeitos da crise de 2008 e um consenso da reunião é que um estímulo necessário é investimento em infraestrutura. O ministro da Fazenda disse ainda que os países têm de ampliar o mercado consumidor, mas que esse não é o caso do Brasil.

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Nenhum dos cinco países se mostrou contrário à criação do banco, mas o capital inicial ainda não foi decidido. A governança da nova instituição caberá aos cinco países, mas novos integrantes poderão ser aceitos.

Em relação à crise que afeta o Chipre, o ministro descartou impacto direto no Brasil. "A crise no Chipre não deve ter impacto direto para o Brasil", afirmou. Mantega disse ainda que os problemas no Chipre mostram que os europeus ainda não conseguiram solucionar todos os problemas do continente. "A solução adotada mostra preocupação, mas sem impacto para o Brasil", afirmou.

Crescimento mais vigoroso

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, confirmou que a discussão para a criação do banco de desenvolvimento do grupo "avançou bastante". "Faltam detalhes para reunião de amanhã (quarta-feira) dos chefes de Estado", disse.

Pimentel disse também que o Brasil juntamente com os outros países do grupo serão responsáveis pelo crescimento econômico mundial. "O Brasil vai crescer significativamente mais este ano", disse.

"O Brasil juntamente com os Brics puxam a economia mundial. Precisamos investir mutuamente e atrair mais capital dos países do Brics."

Cinco anos após sua criação, o grupo formado pelas mais importantes economias emergentes do planeta não obteve consenso sobre a criação de seu banco de desenvolvimento, por isso a primeira ação prática do Brics continuará apenas no papel. Em sua quinta reunião de cúpula na terça-feira (26), os presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul também não devem fechar acordo sobre um fundo com dinheiro das reservas internacionais para casos de emergência.

A ideia de um banco dos cinco países para financiar projetos de desenvolvimento e infraestrutura foi lançada na cúpula do Brics do ano passado. Desde então, os ministros da Fazenda do grupo vêm estudando como montar a estrutura. Na reta final, porém, as negociações empacaram por divergências sobre a governança da instituição. Ironicamente, estes mesmos países pedem maior influência nas decisões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

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Por falta de acordo, a solução será manter o assunto em pauta, anunciando formalmente a decisão de construir o banco de desenvolvimento pouco a pouco, com aporte inicial de US$ 10 bilhões para cada integrante do grupo. A instituição deve começar a operar somente em 2016, no melhor cenário traçado por fontes do governo brasileiro.

Pesou também a resistência da Rússia, que teria menor interesse em obter empréstimos do futuro banco, por ter melhor infraestrutura do que Brasil, Índia e África do Sul. Também não há consenso sobre as modalidades de financiamento da futura instituição.

Ajuste

O Brics foi criado como grupo político, para unificar o discurso destes emergentes em meio à crise financeira mundial. Não há intenção declarada de uma integração maior dos países e a assinatura de um acordo de livre comércio, por exemplo, está fora de questão. No entanto, é possível apostar em aumento das trocas comerciais, devido aos ajustes estruturais que cada economia precisa fazer.

Ao chegar a Durban, no início desta noite, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, resumiu a expectativa brasileira sobre esse potencial de trocas ressaltando o baixo crescimento dos países desenvolvidos. "Vamos dar continuidade ao estreitamento dos nossos laços econômicos porque hoje os países avançados não estão crescendo, estão crescendo pouco", disse. "Então os Brics dependem mais de si mesmos. Somos os países que vamos continuar crescendo, temos um dinamismo maior, temos de aproveitar melhor os nossos mercados e o nosso comércio."

Brasil e Rússia, que reclamam nos bastidores por exportar produtos básicos como petróleo, gás, minério de ferro e cereais, podem ganhar com a intenção chinesa de estimular o consumo interno e com a necessidade da Índia de abrir sua economia. De olho no potencial, será criado o Conselho Empresarial do Brics, com cinco representantes de cada país.

O conselho terá encontros semestrais. O objetivo é listar as dificuldades que travam o comércio intra-Brics, as possibilidades de negócio e formas de estimular o investimento entre os países. Na esteira do boom de commodities pré-crise, a corrente de comércio entre os cinco emergentes do grupo cresceu de US$ 27 bilhões, em 2002, para US$ 282 bilhões no ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff começa a semana com uma agenda cheia. Ela estará em Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, e depois irá ao Rio de Janeiro. De lá, Dilma embarca para Durban, na África do Sul. 

Inicialmente, Dilma teria compromissos oficiais nesta manhã e tarde, em Pernambuco. Mas, na última sexta, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto anunciou a mudança de planos. Às 10h, está marcada uma visita ao Sistema Adutor Pajeú, em Serra Talhada, onde às 10h30 haverá a entrega do trecho Floresta-Serra, que representa um investimento de R$ 198 milhões e irá beneficiar 90 famílias do município.  

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Quando terminada, a adutora irá atender cerca de 400 mil pessoas de 21 cidades de Pernambuco e oito da Paraíba. O custo total será de R$ 547 milhões. Os 598 km de extensão permitirão a captura da água do Rio São Francisco. 

Durante a cerimônia serão entregues 22 máquinas retroescavadeiras, que deverão ser usadas para a recuperação de estradas nos municípios e ampliação dos acessos ao meio rural, e ônibus escolares. Também está prevista a assinatura da ordem de serviço da Barragem Ingazeira e anunciada uma nova obra, o Ramal Entremontes. Estarão presentes o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. 

A agenda que cumpria na Região Metropolitana do Recife foi cancelada, devido a ida de Dilma ao Rio de Janeiro, para participar da missa em intenção das vítimas dos deslizamentos de terra em Petrópolis. O convite foi feito pelo governador Sérgio Cabral. Após a cerimônia, haverá uma reunião na prefeitura da cidade. 

Às 23h, a presidente embarcará para a África do Sul, onde Dilma participará nesta terça  (26) e quarta (27) da 5ª Cúpula do Brics, com os líderes políticos da Rússia, Índia, China e África do Sul. O objetivo do encontro é manter o esforço conjunto para ampliar as parcerias econômicas e comerciais. Um dos focos da reunião será a criação de uma nova instituição bancária, como alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Brasil desponta como o país no qual o clima econômico é mais favorável entre os emergentes que compõem o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), aponta a Sondagem Econômica da América Latina, realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o instituto alemão Info. O Indicador de Clima Econômico (ICE) do Brasil, no trimestre de agosto a outubro deste ano, avançou 6,1%, ante índice de 5,2% registrado no trimestre imediatamente anterior. Já o resultado da Rússia foi de 4,3%; o da Índia, de 5,4%; e o da China, de 4,7%.

"A China teve uma desaceleração do crescimento. Como as perguntas são muito voltadas para o crescimento, o indicador acaba captando este cenário. No Brasil, as projeções eram muito piores do que as realidades demonstraram, o que favoreceu o indicador", destacou Lia Valls, coordenadora de estudos do setor externo do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.

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Diante de resultados econômicos na América Latina mais favoráveis do que o que o mercado esperava, o ICE da região no trimestre veio mais positivo que no restante do mundo, em fase de recessão. Principalmente em razão das expectativas de aumento do consumo nos próximos seis meses na América Latina, uma percepção contrária à verificada nos países europeus e nos Estados Unidos, onde a demanda insuficiente é considerada o maior entrave ao desenvolvimento econômico.

No Brasil, assim como na média da América Latina, o principal problema apontado pelos entrevistados é a falta de competitividade internacional e de mão de obra qualificada. "A preocupação com a competitividade é mais recente, a partir de 2008. Está ligado a câmbio. Antes, o foco era a inflação", destacou Lia.

Representantes dos países que integram o Brics (Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul) estão reunidos na cidade do México, definindo questões centrais para a criação do banco dos Brics e de um fundo de reserva para países em dificuldades. A reunião é paralela à reunião dos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G-20, que acontece neste fim de semana na capital mexicana.

O governo brasileiro é um dos defensores de que a implementação do fundo seja acelerada. Segundo uma fonte do governo, as discussões deste sábado serão apresentadas aos presidentes do Brics, em reunião marcada para março do ano que vem. A proposta dos Brics, já lançada durante a reunião de cúpula do G-20 de junho passado, é a implementação de um fundo de reservas que possa ser usado pelos países em dificuldades e que seja complementar ao de organismos multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Já a proposta do banco dos Brics tem como objetivo financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento em seus países.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que os países que formam o Grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão sendo afetados pela desaceleração da economia mundial, cujo centro ocorre nos países avançados. "Isto reduziu o ritmo de crescimento de todos. Houve uma redução muito forte das trocas comerciais. Em 2012, está havendo um dos menores crescimentos do comércio internacional, que vai avançar menos de 3%", destacou.

De acordo com Mantega, os Brics vão buscar um entrosamento maior porque vão registrar expansão maior do que as que serão registradas pelas economias desenvolvidas nos próximos anos. "Embora alguns Brics, que estavam crescendo com taxas muito elevadas, terão que se contentar com taxas um pouco menores, como a China e a Índia", apontou.

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No caso do Brasil, o ministro ressaltou que o nível de atividade está em aceleração e voltando a níveis mais favoráveis. "O Brasil teve uma desaceleração da sua economia no primeiro semestre deste ano. Estamos acelerando o crescimento no segundo semestre e voltando aos patamares de crescimento acima de 4%", afirmou.

Mantega apontou que, por causa da redução do ritmo de atividade dos países desenvolvidos e do comércio mundial, os Brics precisarão "estimular o mercado interno", a fim de depender menos da Europa e dos EUA. "Temos que estabelecer sinergia no nível financeiro. E estamos avançando um programa de pool financeiro entre nós, no sentido de criarmos um fundo que poderá colocar recursos nos países que necessitarem", destacou.

"Estamos falando de um mecanismo que os asiáticos chamam acordo de Chiang Mai; é um acordo financeiro, no qual os países grandes da região colocam recursos virtuais. Eles só serão usados se houver necessidade e será uma espécie de retaguarda financeira para os países", disse Mantega.

"Estamos avançando na constituição desse mecanismo. Todos os países estão de acordo e estamos olhando os detalhes. E o melhor momento é agora, pois os Brics não estão precisando dessa sustentação. É bom lembrar que os Brics têm as maiores reservas internacionais."

De acordo com o ministro, não há uma data prevista para a entrada em vigor desse fundo, que poderá ganhar o formato de um tratado e precisará ser aprovado pelos Congressos dos países membros do Brics. "E nas próximas reuniões estaremos avançando sobre o tema", disse.

"Estamos avançando também com o banco de desenvolvimento chamado Sul-Sul. Esse seria o banco dos Brics. Uma comissão está trabalhando com isso. Esse banco será importante para financiar investimentos, como infraestrutura entre os países", continuou. Segundo Mantega, os países combinaram fazer mais uma reunião no México em novembro.

Por causa da tensão geopolítica entre China e Japão, provocada por uma disputa territorial relacionada a ilhas nas vizinhanças dos dois países, muitas autoridades de Pequim não viajaram para Tóquio a fim de participar da reunião do FMI. "A China estava representada. Havia um vice-presidente do Banco do Povo da China que tinha autoridade para representar. A discussão avançou bastante", relatou Mantega.

Com a agenda doméstica vazia, o dólar oscilou ao sabor do noticiário internacional, onde os vaivéns foram acentuados nesta sexta-feira. Ao final do pregão, a moeda norte-americana apresentou alta de 0,26% no mercado à vista de balcão, a R$ 1,952. Na BM&F, o pronto ficou em R$ 1,951, com valorização também de 0,26%.

O dia amanheceu tenso com os sinais de enfraquecimento econômico dos parceiros brasileiros no grupo Brics, China e Índia. A segunda maior economia do planeta informou que a produção industrial em abril cresceu apenas 9,3%, ante projeções de 12,2%. Na índia, a indústria retrocedeu 3,5% em março deste ano na comparação com o mesmo mês de 2011. O resultado ficou bem abaixo do aumento de 1,5% projetado por economistas.

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Ambos os dados aumentaram as preocupações sobre uma desaceleração mais acentuada do que previsto nessas economias, principalmente na China. E isso coloca dúvidas o papel de ajuda dos emergentes para a recuperação global.

Além disso, a informação do JPMorgan de que deverá ter uma perda de até US$ 2 bilhões com transações com veículos sintéticos de crédito no segundo trimestre reacendeu as preocupações com o setor bancário nos EUA. E o dólar chegou a registrar alta forte logo cedo, de 0,92% na máxima do dia, a R$ 1,965.

Mas houve alívio, que chegou também pelo noticiário norte-americano. Ainda pela manhã, o dado forte de confiança do consumidor dos Estados Unidos mobilizou todos os mercados mundiais, que mostraram melhora. O indicador, medido pela Reuters/Universidade de Michigan subiu para 77,8 na leitura preliminar de maio - maior patamar em mais de quatro anos e acima das previsões de 76. Foi o suficiente para que as bolsas norte-americanas migrassem do terreno negativo para experimentar leve alta, carregando outros ativos globais. Aqui, o dólar à vista de balcão entrou a tarde na mínima do dia, em queda de 0,36%, a R$ 1,940.

A segunda metade do pregão, no entanto, voltou a ser assombrada pelos velhos problemas europeus. Desde cedo, a confiança sentida na quinta-feira em relação a um entendimento político na Grécia mostrava sinais de esmorecimento, o que acabou se consolidando à tarde. E a cautela voltou a prevalecer, com os investidores preferindo esperar as novidades do final de semana zerados.

Nesta sexta-feira, o mercado recebeu mais uma novidade com potencial para mexer fortemente com os negócios: a Fitch anunciou o rebaixamento do rating do JPMorgan. Caminhando para o fechamento, o dólar junho pulou para a máxima, a R$ 1,977 (+0,76%), às 17h45. Antes disso, esse vencimento valia R$ 1,9705, com aumento de 0,43%.

O futuro da inovação e do empreendedorismo será a base das discussões do evento Innovation Summit 2012 que tem como foco os países do BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O evento que acontecerá no próximo dia 10 de maio, acontecerá no Rio de Janeiro e o presidente do Conselho Administrativo do Porto Digital e cientista-chefe do C.E.S.A.R, Silvio Meira será o representante do centro.

O cientista-chefe em parceria com José Cordeiro, presidente do projeto Millenium, da Venezuela,  ministrará o debate intitulado “A revolução vai mudar o mundo”, onde a pauta principal será o futuro da inovação tecnológica no Brasil.

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Os países que compõem o Brics ainda não têm uma posição conjunta sobre os candidatos ao cargo de presidente do Banco Mundial (Bird), informou nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele falou com jornalistas após se reunir com o candidato dos Estados Unidos para titular do órgão multilateral Jim Yong Kim, na sede do ministério em Brasília.

"Estamos trabalhando para que tenhamos um candidato", afirmou Mantega, acrescentando que o critério de escolha dos Brics será por mérito, e não pela nacionalidade do proponente. Segundo ele, o Brasil ainda não se definiu, pois precisará trabalhar em uma posição comum com o bloco que representa Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

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Mantega defendeu a continuidade das reformas no Banco Mundial e avaliou que as mudanças que foram feitas até agora no organismo foram "tímidas" e não deram representatividade aos países emergentes.

Segundo o ministro, até o fim da semana que vem, o Brasil deverá apresentar sua posição em relação ao tema. Mantega disse que gostaria de conversar com os outros dois candidatos - a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala e o colombiano Jose Antonio Ocampo -, mas ressaltou que o tempo é escasso. Ele citou ainda que os três interessados no cargo serão sabatinados pela diretoria do Banco Mundial na próxima segunda-feira

Avaliação do currículo

Para Mantega, o candidato americano possui ótimas referências para ocupar o cargo. "Tivemos uma reunião com o candidato, que está concorrendo pelos EUA. Ele é médico, reitor de uma excelente universidade e tem vivência com as questões dos países pobres, emergentes, com menor desenvolvimento", declarou.

Ele destacou que Jim, sul-coreano e naturalizado norte-americano, viveu 15 anos no Peru e não resta dúvida de que possui um currículo excepcional. Apesar disso, Mantega enfatizou estar comprometido com a escolha por mérito e não por questões geográficas para o apoio à candidatura ao cargo.

De acordo com o ministro, o candidato se comprometeu com a continuação das reformas do organismo multilateral. A expectativa é que as mudanças signifiquem uma quantidade maior de cotas para os países emergentes.

Brasília - Em Nova Delhi, na Índia, a presidenta Dilma Rousseff convidou hoje (29) os presidentes dos países que compõem o Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – para que participem da Conferência Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro. Entusiasmada, ela disse que a Rio+20 será uma “oportunidade única” para debater crescimento econômico com desenvolvimento sustentável.

“[Durante a Rio+20], haverá uma visão inclusiva e completa que exige um desenvolvimento de todos os países”, disse Dilma, lembrando que o desenvolvimento sustentável é a base para o crescimento econômico que incluem o combate à pobreza e a melhoria da qualidade de vida no mundo. Ela destaca que serão firmados compromissos econômicos, sociais e ambientais nas discussões.

Nos debates da Rio+20, a presidenta deverá enfatizar como alternativa mundial, o desenvolvimento da economia verde por meio de incentivos à melhoria da qualidade de vida das populações, erradicando a pobreza e estimulando a sustentabilidade. Ela defende que as alternativas sejam associadas aos programas de transferência de renda, como os adotados no Brasil, e aos números positivos da economia nacional.

No discurso hoje, a presidenta lembrou que as reuniões das autoridades ocorrerão de 20 a 23 de junho, no Rio. Porém, a conferência começará no dia 13, quando estarão presentes os especialistas e técnicos. O convite de Dilma foi dirigido aos presidentes Dmitri Medvedev (Rússia), Hu Jintao (China) e Jacob Zuma (África do Sul), além do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, no encerramento da 4ª Cúpula do Brics, em Nova Delhi.

A expectativa dos organizadores da Rio+20 é que pelo menos 100 presidentes da República e primeiros-ministros participem da conferência, além de 50 mil credenciados. A Rio+20 ocorre duas décadas depois de outra conferência que marcou época, a Rio 92.

Na Rio+20, deve ser definido um modelo internacional para os próximos 20 anos com base na preservação do meio ambiente, mas com o foco na melhoria da qualidade de vida a partir da erradicação da pobreza, por meio de programas sociais, a economia verde e o desenvolvimento sustentável para uma governança mundial.

A conferência conta com o apoio e o comando da Organização das Nações Unidas (ONU) tanto é que o secretário-geral do evento é o diplomata chinês Sha Zukang. Porém, a presidenta da conferência é Dilma Rousseff.

A agressiva flexibilização da política monetária, feita por parte de bancos centrais ocidentais para retomar o crescimento em suas economias, está prejudicando as nações emergentes - que estão enfrentando uma onda de fluxos de capital desestabilizadores. A afirmação consta em declaração preparada pelas cinco nações que compõe o Brics.

O excesso de liquidez resultante de ações dos BCs "atingiu as economias emergentes, promovendo uma excessiva volatilidade nos fluxos de capital e nos preços de commodities", afirma o documento, o qual a Dow Jones Newswires teve acesso nesta Quinta-feira. O texto também diz que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que formam o Brics, querem medidas para evitar a escalada da crise de petróleo do Irã e buscam uma solução diplomática para o problema.

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Autoridades e ministros destas cinco nações estão participando da 4ª cúpula dos Brics, em Nova Délhi. O encontro tem como objetivo aprofundar os laços e a cooperação entre os países membros para promover o crescimento do grupo, no momento em que a economia global continua marcada por incertezas. As informações são da Dow Jones.

A presidente Dilma Rousseff já está em Nova Délhi, onde permanece até o próximo sábado, para uma visita oficial ao País e participar da 4ª reunião dos Brics, grupo de países emergentes integrado por Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul. Dilma desembarcou na base aérea de Palam, por volta das 13h, oito horas e meia a mais que no Brasil.

Dilma, com aparência bastante cansada, chegou acompanhada da filha, Paula, e de seis ministros que integram a comitiva. Na entrada do hotel, a presidente Dilma recebeu um Bindi, que é um apetrecho utilizado no centro da testa, próximo às sobrancelhas, representando o sexto sentido, terceiro olho ou olho da sabedoria.

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A presidente evitou dar declarações à imprensa. No caminho, a comitiva presidencial fez uma parada técnica em Granada, na Espanha, onde deu uma volta na cidade e jantou.

Não há programação para hoje. A agenda oficial da presidente Dilma começa amanhã às 14h30, hora local, com a cerimônia de entrega do título de doutora honoris causa da Universidade de Nova Délhi. À noite, a presidente participa de jantar oferecido a todos os presidentes dos países integrantes dos Brics, encontro que oficialmente será aberto na quinta-feira.

Na tarde de amanhã, a presidente poderá se reunir com o presidente da África, do Jacob Zuma.

A embaixadora Edileusa Fontenele Reis disse que o comunicado conjunto a ser assinado pelos cinco países deverá se concentrar principalmente em questões econômicas, principalmente tendo em vista a crise financeira mundial, além da implementação das reformas das instituições financeiras internacionais como FMI e Banco Mundial. O documento terá também uma parte política, já que há uma crise no Oriente Médio e Norte da África, que inspiram cuidados, no caso da Síria e no contexto da crise não se pode deixar de considerar a questão Israel e Palestina.

Questionada se a violência na Síria, especificamente, será citada no documento, a embaixadora Edileusa disse que "a condenação à violência será um denominador comum de todos os países que querem um fim da violência e a busca de uma solução diplomática e pacífica", ressaltando que os países não querem intervenção.

Segundo a embaixadora, a crise entre a China e o Tibete, que levou ontem um tibetano a atear fogo ao próprio corpo, em protesto contra a repressão praticada pelo presidente chinês Hu Jintao, não deverá ser tratada no documento dos países do Brics. "Não creio que entrará porque estamos mais preocupados com crises que eclodiram e que estão em um momento de grandes episódios de violência", comentou ela. "Não se pretende abordar especificamente sobre a questão do Tibete", comentou.

Ao lembrar a importância dos Brics, Edileusa citou que os cinco países emergentes em 2012 serão responsáveis por 56% do crescimento mundial. O G-7, grupo que reúne os sete países mais ricos do mundo, será responsável pelo crescimento de apenas 9,5%, menos que o que ocorrerá na América Latina. "A redução do crescimento da economia global é um assunto que preocupa a todos. Preocupa aos BRics, aos outros países em desenvolvimento e aos próprios países desenvolvidos", acentuou.

Outra proposta a ser discutida na reunião é a criação de um banco de desenvolvimento comum aos cinco países emergentes. "Deve ser anunciada não ainda a criação do banco, mas a constituição de um grupo de trabalho para estudar as modalidades de constituição do banco", afirmou ela, lembrando que o banco é muito importante porque cria uma "fonte alternativa de financiamento sobretudo para países em desenvolvimento".

Integram a comitiva os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel; da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp; da Educação, Aloisio Mercadante; da Comunicação Social, Helena Chagas; do Turismo, Gastão Vieira; o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o secretario executivo da Fazenda, Nelson Barbosa.

Também fazem parte da comitiva os governadores de Sergipe, Marcelo Déda; e da Paraíba, Ricardo Coutinho.

A presidenta Dilma Rousseff viaja hoje (25) às 23h para Nova Delhi, na Índia, onde participa da quarta reunião do bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics). Em discussão as questões relativas aos temas econômicos e financeiros, além de políticas de segurança e paz, assim como o esforço conjunto para o desenvolvimento sustentável, como proposta para redução da pobreza. No dia 31, ela deve estar de volta ao Brasil.

Dilma viaja acompanhada por uma comitiva de cerca de 60 empresários brasileiros. Nas reuniões em Nova Delhi estarão presentes também os presidentes Dmitri Medvedev (Rússia), Hu Jintao (China) e Jacob Zuma (África do Sul), e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh. O Brics se reúne no momento em que ainda há incertezas devido à crise econômica internacional que ainda causa impactos na Europa e nos Estados Unidos.

Na reunião do dia 29, o primeiro-ministro da Índia se prepara para apresentar a proposta de criação de um banco de desenvolvimento do bloco. Os indianos defendem que a nova instituição bancária seja uma espécie de alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Porém, o processo para criação e consolidação da instituição deve ser longo e demorado, por isso os líderes políticos deverão assinar apenas uma declaração sinalizando a disposição em criar um grupo técnico para dar início aos trabalhos de instauração do banco.

Os esforços, segundo os negociadores brasileiros, são mostrar para a comunidade internacional que o bloco pode ser referência no cenário econômico e político (internacional). Todos os líderes dos países querem ampliar as relações comerciais internas e externas incentivando a expansão dos mercados exportadores e importadores.

Para o Brasil, é fundamental indicar que o mercado exportador brasileiro não se limita aos produtos agrícolas. Na comitiva presidencial, há empresários dos mais diversos setores, incluindo tecnologia de ponta. Todos participarão do Fórum Empresarial que reúne representantes dos países que integram o bloco.     

A intenção é que os presidentes e o primeiro-ministro da Índia assinem uma declaração que fixa a determinação do Brics de ampliar os acordos bilaterais, por intermédio de suas instituições bancárias de desenvolvimento econômico, utilizando moedas locais. No caso do Brasil, o acordo será firmado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Também deve ser aprovado um texto em defesa da paz e da segurança no Oriente Médio e no Norte da África. Os destaques deverão ser a Síria, em decorrência do agravamento da situação de violência no país, e o acirramento das tensões no Afeganistão, depois do massacre de civis por um sargento norte-americano.

Os ministros das relações exteriores da Índia e da China tiveram nesta quinta-feira uma reunião na capital indiana e decidiram estabelecer um "diálogo de cooperação marítima" para delimitar as esferas de influência dos dois países nos oceanos Índico e Pacífico. A China pressiona pela soberania de grande parte do Mar do Sul da China, enquanto a Índia prospecta petróleo no litoral do Vietnã. Recentemente, Índia e Vietnã assinaram um acordo para prospectar e explorar petróleo e outros recursos naturais no litoral vietnamita, o que foi visto com suspeita pelo governo chinês. A chancelaria da Índia não deu maiores informações sobre se foram discutidas reivindicações territoriais dos dois países.

A economia vietnamita, que cresce rapidamente, e suas reservas naturais como o petróleo e gás natural, são uma atração para a Índia, que como a China busca reservas de energia para alimentar a sua forte expansão econômica. Nesta quinta-feira, o ministro de Relações Exteriores da Índia, S.M. Krishna, recebeu em Nova Délhi o chanceler da China, Yang Jiechi. Enquanto os dois conversavam, exilados tibetanos protestavam nas ruas, em frente ao ministério. A polícia deteve pelo menos doze manifestantes.

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A reunião serviu para reduzir as tensões entre a Índia e China. Os dois gigantes asiáticos nunca tiveram relações fáceis e uma disputa de fronteiras levou a uma guerra breve, embora sangrenta, em 1962 no Himalaia. A China reivindica o Estado de Arunachal Pradesh, no nordeste da Índia e majoritariamente habitado por tibetanos e birmaneses, como seu território. Já o chanceler indiano Krishna disse recentemente que a Índia "não tolerará a interferência externa da China em assuntos territoriais indianos".

Outro ponto de irritação para a China é a presença do dalai-lama, líder espiritual tibetano, na Índia. O dalai-lama vive na Índia desde 1959 e é na Índia que funciona o governo tibetano no exílio.

Os chanceleres da Índia e da China também discutiram a preparação para a cúpula de líderes das cinco economias emergentes do mundo, os Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que se reunirão em Nova Délhi em 28 e 29 de março.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Brasília – Vice-ministros das Relações Exteriores dos países que constituem o grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) divulgaram hoje (24) um comunicado sobre a sequência de levantes no Oriente Médio e no Norte da África conhecida como Primavera Árabe, no qual reconhecem a legitimidade das aspirações dos povos que vivem na região por direitos políticos e sociais melhores.

“Os vice-ministros de Relações Exteriores chegaram a um consenso de que os processos de transformação na região criaram a necessidade de buscar formas de lidar com as crises no Oriente Médio e no Norte da África no âmbito do direito internacional apenas por meio de meios pacíficos, sem recorrer ao uso da força, por meio do estabelecimento de um amplo diálogo e com o devido respeito pela independência, integridade e soberania dos países”, ressaltou o comunicado.

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Os Brics enfatizaram ainda a necessidade de “pleno respeito” aos direitos humanos por todas as partes envolvidas – sobretudo por autoridades na proteção de civis desarmados.

 

Rio, 12 - Presidentes de seis bolsas de Brasil, Rússia, Índia e África do Sul, os chamados "Brics", anunciaram hoje uma aliança para cruzar seus sistemas de contratos de valores mobiliários. A previsão é de que o sistema seja iniciado no primeiro semestre de 2012, com a primeira fase incluindo contratos futuros e de opções, com derivativos.

Participam da coletiva Edemir Pinto, presidente da BM&FBovesapa; Ronald Arculli, presidente da Hong Kong Stock Exchanges and Clearing Limited (HKEx); Charles Li, presidente executivo da HKEx; Ruben Aganbegyan, presidente da MICEX (Russia); Russell Loubser, diretor presidente da Johannesburg Stock Exchange (África do Sul); Madhu Kannan, diretor presidente da BSE Ltd (Índia); Ravi Narain, presidente da National Stock Exchange of India.

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Segundo Edemir Pinto, a segunda fase do projeto incluirá o desenvolvimento de produtos que oferecerão acesso às ações de todas as empresas hoje listadas nestas bolsas. Pinto diz que será possível acessar outros mercados, em moeda local. Para ele, a partir deste momento, os Brics passam a ser uma classe de ativos internacional.

A terceira fase incluirá outras alternativas de colaboração entre as bolsas. (Sabrina Valle)

A Totvs, empresa brasileira líder na América Latina em desenvolvimento de softwares aplicativos, quer conquistar os demais países que formam os Brics - Rússia, Índia e China - e mais a Austrália. A entrada em países com alto crescimento faz parte da atual fase de internacionalização da companhia, segundo o presidente Laércio Cosentino.

Atualmente, a companhia está presente em quase todos os países da América Latina, além de Portugal e Angola. De acordo com o executivo da companhia, a conquista da Austrália já começou, em uma parceria com a IBM. "Estamos trabalhando para fortalecer nossa presença na América Latina e começando a olhar a Austrália. Temos contrato com a IBM, para o nosso software. Então estamos começando a olhar o outro lado", contou Cosentino. "A gente vem trabalhando fortemente na localização da Austrália".

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O presidente da Totvs disse que não está nos planos da empresa entrar em países que enfrentam turbulências na economia, o que resulta em um baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), como tem se visto nos Estados Unidos e na Europa. "Se você fala de economias ditas maduras, você tem crescimento de softwares entre 1% e 3%, 4%. Mas se você pega as economias emergentes, tem um crescimento de 10% a 20%, dependendo do país", disse.

Entre os emergentes na mira da Totvs, a Índia não assusta a companhia brasileira, apesar de ter um mercado de Tecnologia da Informação muito desenvolvido. "(A Índia) Tem uma receita invejável para qualquer país, mas não é no fornecimento de software aplicativo, software finalizado. É na alocação de mão-de-obra para desenvolvimento de código, para que outra empresa junte tudo e faça um produto. Então a gente já mapeou vários mercados, e esses grandes fornecedores de 'out searching' não são competidores da Totvs, que está preparada para fornecer uma solução completa", afirmou Cosentino.

A contratação de Alexandre Dinkelmann, ex-diretor executivo da Brookfield Incorporações, faz parte da fase de internacionalização da Totvs. Dinkelmann assume no próximo dia 17 de outubro como vice-presidente executivo de Estratégia e Finanças e diretor de Relações com Investidores. "A gente não quis só trazer um executivo financeiro para a companhia, mas também um executivo que contribuísse com a Totvs nessa nova fase para transformar a empresa em uma referência global. Ele entra também para contribuir com a expansão da própria companhia", informou Cosentino.

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