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Empresários que participam de evento paralelo da Cúpula dos Brics, em Fortaleza, defendem a criação de um sistema de troca de moedas diretamente pelos cinco países do grupo para facilitar os negócios. Segundo o CEO da Marcopolo e presidente do Conselho Empresarial do Brics para o Brasil, Rubens de la Rosa, essa possibilidade facilitaria o custo de transação. "Se encontrarmos um preço equivalente para um produto, para que trocar (a moeda)?", questionou. "Economizaríamos um passo", acrescentou. Ele também propõe que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desenvolva um mecanismo de garantias para as empresas brasileiras que possa ser válido em outros países.

O Conselho Empresarial do Brics foi criado há um ano e reúne 25 empresários - cinco de cada país do grupo. O Conselho vai entregar amanhã uma declaração aos líderes do Brics com propostas de medidas para acelerar a integração comercial entre os integrantes do bloco. Além de um sistema de troca de moedas e de garantias, o Conselho vai propor a facilitação de vistos para os empresários e a harmonização de normas técnicas. "Coisas simples tornam coisas mais utilizáveis e, portanto, mais comercializáveis", afirmou Rosa. Em entrevista após a abertura do Encontro Empresarial dos Brics, o CEO da Marcopolo defendeu o pragmatismo para que as propostas e as parcerias com os países do grupo possam avançar.

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"Não é tão simples coordenar interesses com a diversidade dos países. A primeira impressão é que será impossível fazer negócios, de que todos vão querer vender e ninguém que comprar. Mas há sim coisas que podem ser feitas em conjunto. O que se identifica é zonas de interesse", afirmou.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, se mostrou confiante em avanços nas parcerias, mas voltou a criticar a burocracia brasileira. "Temos uma burocracia que é desconhecida deles e que cria muito constrangimento. É preciso facilitar a entrada de negócios", afirmou Andrade. Para ele, o Brasil trabalha em condições desiguais de competitividade por causa da infraestrutura mais precária.

Questionado sobre dificuldades de fazer negócios com os chineses, o presidente da CNI disse que houve avanços nas relações com a China. "Eles têm evoluído em questões trabalhistas e ambientais", afirmou.

Os exportadores de carne do Brasil querem aproveitar a reunião dos chefes de Estado da 6ª Cúpula dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Fortaleza (CE), nesta semana, para avançar em algumas questões que dificultam a ampliação das vendas externas de carne suína e de aves do Brasil.

Um dos desafios é tornar ágil a habilitação de sete plantas frigoríficas de aves e uma de carne suína para a China. De acordo com o presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, essas unidades produtivas já foram visitadas por missão em 2012, e agora aguardam autorização para os embarques. Atualmente, 29 plantas de aves e seis de suínas estão habilitadas para embarcar produtos ao mercado chinês. "Também queremos tornar viáveis novas missões para habilitação de outras plantas que já responderam a questionários de autoridades chinesas", observou Turra, por meio de comunicado.

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Com relação à África do Sul, o aumento da tarifação na carne de frango (de 27% para 82%) impactou negativamente nos embarques entre janeiro de maio deste ano (de 16% em volume e 51% em receita). "Com o aumento das tarifas, os embarques para o mercado sul-africano se concentraram em carne mecanicamente separada, que tem menor valor agregado em relação ao frango inteiro e cortes. Queremos a readequação das tarifas aplicadas, permitindo um fluxo comercial maior e mais qualificado entre os dois países", destaca Turra.

Existem, ainda, grandes entraves com relação à Índia e à Rússia. Sobre a Índia, embora aberta para embarques de carne de frango do Brasil, as tarifas de exportação aplicadas pelas autoridades locais - que chegam a 100%, no caso de cortes e processados - atrapalham o comércio.

"Para a Rússia, queremos resolver problemas estruturais nos embarques de carne suína e de frango. A proposta da ABPA é pelo aprimoramento dos sistemas existentes, de tal forma que proporcionem maior autonomia às autoridades brasileiras quanto à indicação de plantas industriais que atendam aos requisitos técnicos da União Aduaneira (bloco do qual a Rússia faz parte)", ressalta.

A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) avançaram no ranking dos chamados BRICS. Entre as instituições de ensino do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, as duas ascenderam um lugar cada na lista.

A USP, que esteve no 8.º lugar em 2013, foi para a 7.ª posição. A Unicamp saiu da 10.ª posição do ano anterior e agora atinge a 9.ª. O estudo é elaborado pela consultoria britânica Quacquarelli Symonds, especializada em ensino superior.

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O mesmo grupo havia anunciado, no mês de maio, que a USP tinha perdido a primeira posição no ranking de instituições latino-americanas, liderança assumida pela Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC). A universidade figurava no primeiro lugar desde 2011, quando o ranking foi criado.

A Universidade Tsinghua, na China, está em primeiro lugar no ranking. Outras quatro instituições chinesas figuram nas 10 posições iniciais: Universidade de Ciência e Tecnologia da China, Fudan, Nanjing e Shanghai Jiao Tong. Rússia (3.ª) e África do Sul (10.ª) dividem as posições remanescentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As universidades chinesas lideram a lista de estabelecimentos de ensino superior dos cinco grandes países em desenvolvimento que integram os BRICS, apesar de problemas como a falta de liberdade acadêmica. Seis instituições chinesas estão entre as 10 melhores do grupo - formado por Chima, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul -, aponta o estudo realizado pela agência britânica QS.

A lista é liderada pelas universidades de Tsinghua e de Pequim, ambas na capital chinesa, seguidas pela Universidade de Lomonosov, em Moscou, e outros três estabelecimentos chineses: Universidade de Ciências e Tecnologia, Universidade Fudan e Universidade de Nankin. O Brasil tem duas universidades entre as dez primeiras: Universidade de São Paulo e Universidade Estadual de Campinas.

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Segundo a QS, a China é o "país com maior possibilidade entre os BRICS de conseguir o objetivo de ter universidades de categoria mundial". O gasto com ensino superior triplicou em dez anos na China, revela a QS em seu relatório, que destaca a espetacular produção de pesquisa acadêmica no país.

O Brasil foi considerado o país mais avançado do ponto de vista social entre os Brics (grupo composto também por Rússia, Índia, China e África do Sul), segundo o Índice de Progresso Social (IPS), elaborado pela Social Progress Imperative, a partir de métricas desenvolvidas por uma equipe liderada pela Harvard Business School. O levantamento classifica 132 países por seu desempenho social e ambiental.

O Brasil ocupa a 46ª posição no ranking geral, à frente de Rússia (80ª), Índia (102ª), China (90ª) e África do Sul (69ª). Com exceção do Brasil, todos os outros emergentes apresentaram um baixo desempenho em progresso social, o que, segundo o estudo, sugere que o rápido crescimento econômico ainda não está se convertendo em melhoria de vida para os cidadãos desses países.

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"Até hoje, sempre se supôs que há uma relação direta entre crescimento econômico e bem-estar. No entanto, o IPS mostra que nem todo crescimento econômico é igual", afirma o professor Michael Porter, da Harvard Business School. "Embora um alto PIB per capita seja relacionado a progresso social, essa conexão está longe de ser automática", disse.

Nas três grandes categorias que compõem o estudo, o Brasil ocupa a 36ª posição em "Oportunidade", a 38ª em "Fundamentos de bem-estar" e, mais atrás, a 74ª em "Necessidades humanas básicas". Nesta última categoria, o País ficou em posições baixas em cinco itens: segurança pessoal (122ª), terror político (107ª), quantidade de crimes violentos (103ª), mortes no trânsito (104ª) e taxa de homicídio (109ª).

No ranking geral, os três primeiros lugares da lista são ocupados, respectivamente, por Nova Zelândia, Suíça e Islândia. Do lado oposto estão Burundi (130ª), República Centro Africana (131ª) e Chade (132ª).

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, nega a avaliação de que os países emergentes dos Brics estão em "crise de meia-idade". Em painel do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, nesta quinta-feira (23), o ministro brasileiro atribuiu a desaceleração dos países à crise nos países desenvolvidos, tradicionais compradores de produtos das nações emergentes. "Não há crise de meia-idade nos Brics, há uma crise mundial que afetou os Brics. Houve redução da demanda internacional, do comércio exterior, o que afetou os Brics", disse Mantega.

Para o ministro, os grandes emergentes continuarão a liderar o crescimento da economia mundial pelos próximos anos. Mantega explica que a recuperação das economias desenvolvidas e as reformas em emergentes garantirão o papel deles no futuro da economia global. "A economia mundial e os países avançados perto da recuperação. Essa recuperação externa ainda é gradual, ainda é lenta. Mas com essa recuperação teremos uma reativação do crescimento do comércio", disse Mantega.

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Na avaliação de Mantega, o comércio global, que crescia a um ritmo anual entre 6% e 7%, deve desacelerar para um ritmo de até 5%. "O comércio global crescia entre 6% e 7% ao ano antes da crise, sem contar os preços das commodities. Daqui para frente, o comércio global vai crescer 4% ou 5%. Não será o mesmo do passado. Mas acho que os BRICS vão continuar liderando a crescimento da economia mundial", disse.

O ano de 2014 sem dúvida será desafiador para o mundo em geral, mas em especial para as economias dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China). De nações altamente promissoras, esses emergentes levantam cada vez mais dúvidas sobre o potencial para surpreender positivamente. Isso se aplica em menor grau talvez para China e em maior escala para Rússia, Índia e Brasil, além da África do Sul, que foi adicionada depois e não conseguiu acrescentar nenhum brilho extra ao grupo.

As surpresas ficam no lado negativo, com deterioração fiscal na maioria, preocupações com inflação em todos (menos na China) e desaceleração do crescimento em geral. O desafio para esses emergentes será encontrar o equilíbrio das políticas econômicas, promover as reformas necessárias e ainda crescer mesmo quando a maior economia do mundo, os EUA, começar a apertar o cinto.

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O diretor de Pesquisas para a América Latina da Nomura Securities em Nova York, Tony Volpon, alerta para a necessidade dos Brics de "ajustes à nova realidade".

Após cinco anos de política monetária extremamente frouxa, o Federal Reserve se prepara para reduzir as compras mensais de US$ 85 bilhões em ativo e depois, com mais certezas sobre a firmeza da economia americana, começar também a subir os juros, que desde de dezembro de 2008 estão na faixa de 0% a 0,25%.

"Em um dos cenários prováveis para este ano, a eventual recuperação dos EUA vai gerar uma puxada de liquidez para fora dos emergentes, pois sempre existe disposição maior de o dinheiro ficar em casa", afirma Volpon. "Na verdade não tem porque o investidor ficar brincando nessas praias exóticas, com pessoas exóticas como Dilma e Mantega para rentabilizar meu capital", ironiza.

Diante de uma reversão nos fluxos internacionais de capital, com retorno de parte desses recursos para as economias maduras, os emergentes que dependem da poupança externa para financiar seus déficits em conta corrente podem se ver em maus lençóis, principalmente em casos em que há uma deterioração dos fundamentos econômicos, como no Brasil.

As projeções de crescimento para esses países em nada lembram o desempenho visto em 2010, por exemplo, quando os Brics se gabavam de terem se saído melhor da crise de 2008. A China, que cresceu 10,4% em 2010, deve ter expansão de 7,3% em 2014, segundo projeções do FMI.

O Brasil deve ter uma das menores taxas de crescimento dos Brics em 2014, de 2,5%. As estimativas para a Rússia estão em expansão de 2%; na Índia, de 5,1% e na África do Sul, de 2,9%.

Ninguém espera que os Brics voltem a ter o crescimento exuberante de 2010 em 2014, mas que tenham um ano melhor que 2013, mesmo diante da normalização da política monetária dos EUA, da mudança da China de um modelo de crescimento mais voltado para o mercado interno e com a realização de eleições em vários países emergentes, como Brasil e Índia.

Fragilidades

Diante de um cenário global conturbado, alguns grandes emergentes, entre eles, três Brics (Brasil, Índia e África do Sul) ainda precisam lidar com eleições gerais em 2014. "Não prevemos uma ruptura política ou processos de esgarçamento dos mercados, mas isso sempre gera algum tipo de ruído e precisamos ficar atento à evolução das eleições nesses países", diz Marcelo Salomon, codiretor de estratégia para América Latina do Barclays.

Alguns dos Brics ainda correm o risco de terem seus ratings rebaixados em 2014, incluindo Brasil, África do Sul e Índia. Para os dois primeiros, analistas acreditam que o rebaixamento já está dado.

"Não sei se o pessoal da Dilma ou a própria Dilma estão querendo empurrar com a barriga até depois da eleição e aí vêm com um pacotão para agradar o mercado ou se realmente não estão convencidos ainda de que mudou o jogo", disse Tony Volpon, do Nomura.

Com a presidente Dilma buscando a reeleição no próximo ano, analistas não acreditam que o governo promova um aperto fiscal significativo, que poderia pressionar a atividade econômica e elevar o desemprego. "Vamos ter uma deterioração das contas fiscais, com redução do superávit primário e aumento da dívida bruta do setor público em relação ao PIB", diz o presidente do conselho do banco Goldman Sachs no Brasil, Paulo Leme. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Luciana Antonello Xavier e Álvaro Campos)

O 11º Congresso Brasileiro em Inteligência Computacional e o 1º Congresso BRICS (grupo econômico formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) serão realizados do próximo domingo (8) até o dia 11 deste mês. Para marcar o início dos eventos, haverá a pré-conferência da 12ª Escola Brasileira de Inteligência Computacional. As ações ocorrerão no Hotel Armação, em Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco.

Dentro da programação das atividades, serão realizadas 14 palestras internacionais, 20 sessões técnicas, cinco simpósios, duas competições de teses, além de workshop técnico e mesa redonda. Várias temáticas serão discutidas, com destaque para pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico.

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As inscrições para as ações ainda podem ser feitas pela internet. Os valores das taxas de inscrição variam de R$ 140 a R$ 500.



Os países que compõem o grupo conhecido como Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ainda estão trabalhando na criação de um banco de desenvolvimento, para financiar investimentos nesses países. O capital inicial seria de US$ 50 bilhões.

De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a iniciativa leva algum tempo para se concretizar e a cada reunião os países avançam mais um pouco. "Teremos uma reunião na semana que vem", disse.

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O grupo tem um acordo de reservas, da ordem de US$ 100 bilhões, também para constituição, com objetivo de "ajudar nos problemas de fluxos financeiros dos países". Segundo Mantega, o acordo de reservas poderia ficar pronto em março de 2014.

O grupo de países emergentes conhecido como Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, chegou a um acordo para a estrutura de capital de um futuro banco conjunto.

Ficou acertado que a instituição terá um capital total de R$ 50 bilhões, para o qual todos os integrantes do grupo contribuirão igualmente, afirmou nesta quarta-feira uma autoridade sênior indiana ao jornal The Wall Street Journal.

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O acordo provavelmente encerrará disputas anteriores sobre o financiamento e administração do banco. A princípio, a China havia proposto um aporte de capital de US$ 100 bilhões e uma participação maior na instituição.

Outras questões importantes, como propostas para que o grupo ofereça uma participação minoritária no banco a nações desenvolvidas como os EUA, ainda precisam ser melhor discutidas. Segundo o oficial indiano, o Brics está considerando a possibilidade de oferecer uma parcela de 40% a 50% a países de fora do grupo.

A presença de economias desenvolvidas na instituição a ajudaria a garantir ratings maiores e captar fundos mais baratos no mercado. Os ratings dos Brics são variados.

A fonte indiana disse também que a localização do futuro banco conjunto também não foi definida ainda. De acordo com o oficial, as questões pendentes deverão ser discutidas às margens das reuniões anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, marcadas para 11 a 13 de outubro.

A proposta do banco conjunto foi apresentada pela primeira vez durante uma reunião de cúpula dos Brics, em março de 2012. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira, 27, que o grupo de países que formam o acrônimo Brics (Brasil, Rússia, China e África do Sul) "é um contraponto muito importante" à ordem econômica internacional, que é marcada em várias ocasiões pelos pontos de vista das economias avançadas. "Temos de construir a multipolaridade", afirmou. "Os Brics hoje tem um peso real no FMI (Fundo Monetário Internacional)", disse Amorim, acrescentando que não é fácil que o Fundo adote uma determinada posição se esses cinco países estiverem contra ela.

Amorim não concorda com a recente avaliação de Jim O'Neill, criador do então acrônimo Bric, quando era executivo do Goldman Sachs, segundo a qual o único país do grupo que está bem, do ponto de vista econômico, é a China. Segundo o ministro, o Brasil está dando bom encaminhamento ao aprofundamento das relações econômicas entre essas nações. Ele também destacou que o gigante asiático tem boas oportunidades de relacionamento comercial com seus parceiros na medida em que aprofundar o tratamento de temas relevantes, como as questões ambientais.

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Na área da Defesa, o ministro destacou que a integração entre os Brics não é uma tarefa fácil e que é mais viável que ela ocorra no curto prazo através de acordos bilaterais. Embora ele não tenha manifestado o que há por trás da dificuldade sobre esse tema, há questões geopolíticas importantes envolvendo a China e a Índia.

O ministro também fez uma defesa da Unasul e do Mercosul, pois, segundo ele, permitiram que os países da região consolidem o processo de paz, afastando cada vez mais eventuais disputas bélicas e viabilizaram a integração econômica. Amorim também destacou que "não teme" a formação da Aliança do Pacífico, bloco comercial que reúne México, Colômbia, Peru e Chile, pois pode representar boas oportunidades econômicas para o Brasil, dado que o país já tem acesso ao oceano por via rodoviária.

Amorim falou em conferência na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. O ministro se recusou a responder perguntas sobre o deslocamento do senador boliviano Roger Pinto Molina de La Paz à cidade brasileira de Corumbá (MS). Nesta terça-feira, o Ministério da Defesa divulgou uma nota sobre a atuação dos fuzileiros navais na viagem do político.

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - países que integram o Brics - preparam uma ação coordenada em relação à valorização mundial do dólar, informou na noite desta segunda-feira, 24, o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann.

Pela manhã, Dilma conversou por cerca de 30 minutos com o presidente da China, Xi Jinping. Conforme o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, no telefonema, feito às 9h30 do gabinete da presidente no Palácio do Planalto, o tema foi a preocupação com os efeitos da valorização do dólar e a possibilidade de uma ação coordenada de proteção às suas moedas pelos bancos centrais dos países emergentes.

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Dilma deverá falar nesta terça-feira, 25, sobre o mesmo assunto com o presidente da Rússia, Vladimir Putin e procurar depois autoridades da Índia e da África do Sul. Uma decisão sobre dólar deve ser formalizada em julho na Rússia em reunião de ministros do Brics.

A alta do dólar e o impacto desse efeito no aumento da inflação preocupam a presidente Dilma, principalmente em momento político delicado, em que ocorrem no País grandes mobilizações populares. Uma ação conjunta dos países poderia ajudar a minimizar os problemas, na avaliação do Palácio do Planalto.

A presidente Dilma Rousseff limitou-se a dizer nesta quarta-feira, em Durban, na África do Sul, que teve as falas "manipuladas" horas depois de afirmar que não acredita em "políticas de combate à inflação que olhem a redução do crescimento econômico." Ao sair de um encontro bilateral com a comitiva de Moçambique, Dilma foi perguntada se gostaria de fazer algum esclarecimento sobre a questão da inflação. "Não, querido. Eu só repudio a manipulação de fala", disse.

Em seguida, foi novamente questionada sobre qual seria a manipulação. "A notícia que saiu, ela é manipulada. Eu sou uma pessoa que escrevi, até, e vocês anunciaram que a inflação, o combate à inflação, é um valor em si", afirmou. Em seguida, retirou-se em direção ao aeroporto, com toda a comitiva do governo brasileiro, que incluía o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, entre outros.

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O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, garante que não há tolerância no governo com a inflação. Em entrevista exclusiva ao Grupo Estado nesta quarta-feira, Tombini afirmou que a presidente Dilma Rousseff pediu a ele para esclarecer o mercado de que "qualquer implicação na fala dela hoje, de que há tolerância com a inflação, é uma interpretação equivocada".

Mais cedo, na África do Sul, em encontro de chefes de Estado dos Brics - grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, Dilma declarou que "não acredita em políticas de combate à inflação que olhem a redução do crescimento econômico". A fala reduziu as apostas de alta da Selic, a taxa básica da economia. Os juros futuros caíam desde a abertura do mercado e acentuaram a baixa após as palavras da presidente.

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Segundo Tombini, a presidente mencionou que "o governo não sacrificará o crescimento para colocar inflação no lugar, porque isso não é necessário". Em seguida, reafirmou a consistência da política monetária. "O que posso assegurar a vocês é que, se e quando for preciso usar o instrumento de política monetária para o controle da inflação, isso ocorrerá. Como tenho afirmado inúmeras vezes nas últimas quatro ou cinco semanas."

O presidente do BC negou-se a comentar o comportamento da inflação. "Não vou fazer julgamentos e considerações sobre inflação", disse, acrescentando que o importante era atender à solicitação da presidente. "Ela pede para que o mal-entendido seja desfeito: não há tolerância com a inflação. E quando o BC precisar fazer esclarecimentos, assim o fará."

Os questionamentos ocorreram após Dilma ter afirmado que deixa para o ministro da Fazenda comentar sobre pressões inflacionárias. "De inflação quem fala é a equipe econômica, BC e Fazenda. Em relação à política de juros quem fala é o BC", disse Tombini. Ele fez questão de afirmar que a presidente Dilma não fez menção à política monetária. E reforçou a preocupação da presidente em deixar claro "que nas palavras dela em nenhum momento havia sentimento de tolerância com inflação, nenhuma referência à política monetária".

Por meio do blog do Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse que "houve interpretações equivocadas" sobre seus comentários a respeito de inflação feitos em Durban, na África do Sul, em entrevista a veículos de comunicação. "Foi uma manipulação inadmissível de minha fala. O combate à inflação é um valor em si mesmo e permanente do meu governo", afirmou a presidente, no blog do Planalto.

De acordo com a nota, a declaração foi feita após Dilma "tomar conhecimento de que agentes do mercado financeiro estavam interpretando erroneamente seus comentários como expressão de leniência em relação à inflação". "A presidenta solicitou ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que também desse esclarecimentos sobre o assunto", informou o blog.

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Em entrevista exclusiva ao Grupo Estado no início da tarde, Tombini confirmou que Dilma solicitou a ele para esclarecer o mercado que "qualquer implicação na fala dela hoje de que há tolerância com a inflação é uma interpretação equivocada".

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quarta-feira (27) as reformas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Dilma disse que é necessário dar mais espaço, nos órgãos multilaterais, aos países em desenvolvimento. A presidente discursou durante a 5ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Durban, na África do Sul.

“Nesses fóruns é importante que se reflita o peso do Brics e dos países em desenvolvimento para que a governança seja mais democrática”, destacou a presidenta, que discursou hoje por duas vezes, na cúpula.

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Para o governo brasileiro, é necessário modificar a estrutura do FMI de tal forma que os países em desenvolvimento tenham mais espaço, que a equipe do fundo reflita a diversidade de nacionalidade, gênero e formação acadêmica e profissional, assim como modernize as linhas de pensamento no que se refere às economias mundial e domésticas, superando a prevalência do defendido pelas economias avançadas.

O governo do Brasil também quer a reforma do Conselho de Segurança, que é responsável pela definição de políticas de preservação da população civil e cuja estrutura é do final da 2ª Guerra Mundial. Atualmente, o órgão tem 15 assentos, dos quais apenas cinco são permanentes, os demais são rotativos e substituídos a cada dois anos.

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, também apoiou as reformas defendidas por Dilma. Segundo o indiano, a reforma do conselho deve visar ao combate à pirataria e ao terrorismo. “Usando a sabedoria e a capacidade para ultrapassar esses desafios, reafirmando a importância que coloca o trabalho do Brics para o benefício dos povos do mundo”, disse.

Após sessões de trabalho da V Cúpula dos Brics, que reúne os governantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a presidente Dilma Rousseff frisou nesta quarta-feira (27) que o fortalecimento das economias de cada país, mesmo diante da crise internacional, foi o resultado do equilíbrio de incentivos ao comércio e investimentos.

“Nossos países têm contrabalançado os efeitos da continuada crise econômica financeira internacional tanto pela via do comércio quanto dos investimentos. Demos passos importantes hoje para a criação de um banco de desenvolvimento (…) é nossa contribuição para a economia global em um de seus aspectos mais decisivos: o do financiamento do desenvolvimento”, disse.

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Dilma explicou que a criação do Banco do Brics irá colaborar para o crescimento dos países emergentes. A instituição terá os mesmos moldes do Banco Mundial (Bird). Cada país do Brics deverá destinar R$ 10 bilhões para a criação do fundo. O dinheiro será usado em ações de financiamento de infraestrutura. A ideia é que o Banco do Brics seja uma alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

“É um banco talhado para as nossas necessidades. Temos de estreitar laços e criar mecanismos de apoio mútuos”, destacou a presidente. “É um mecanismo de estabilidade que pode criar linhas recíprocas de crédito, fortalecendo a solidez do mercado internacional”, completou.

Além do desenvolvimento econômico, as discussões durante a Cúpula destacam a importância de um trabalho conjunto para inclusão social e superação da extrema pobreza.

“Nós nos distinguimos também porque temos aplicado modelos de desenvolvimento econômico com inclusão social. Para se ter uma ideia, com três anos de antecedência, a meta do desenvolvimento do milênio de diminuir pela metade a proporção de pessoas vivendo com menos de US$ 1,25 por dia já foi alcançada. Segundo o PNUD, esse resultado em relação à pobreza extrema se deve, em boa medida, aos avanços das políticas econômicas e sociais dos nossos países. Em todos os países Brics ocorreu uma sensível redução das pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. No Brasil, nós temos, num horizonte próximo, a superação completa da miséria, da pobreza extrema”, disse.

Dilma permanece em Durban, na África do Sul, esta tarde para reuniões e voltará para Brasília à noite.

Com informações do Blog do Planalto e da Agência Brasil.

A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil vive um momento de renovar e expandir a infraestrutura. Em discurso para os chefes de Estado e comitivas de empresários presentes no encontro dos países dos Brics - formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - Dilma afirmou ainda que o plano de investimentos brasileiro soma US$ 250 bilhões e que o objetivo é atrair a participação estrangeira.

"Estamos procurando renovar e expandir a infraestrutura brasileira", disse a presidente, em Durban. "Temos um projeto bastante significativo, assim como a China, de US$ 250 bilhões", afirmou. "Pretendemos atrair parceiros para esse investimento", completou, dizendo que esses recursos serão compostos por aportes públicos, privados nacionais e internacionais.

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Dilma saudou ainda a criação do conselho de empresas dos países dos Brics, com a participação de empresas brasileiras (Banco do Brasil, Weg, Vale, Gerdau e Marcopolo). "O conselho é um mecanismo inovador e vai contribuir para a comunidade de negócios entre países", disse.

A presidente disse que o momento atual é marcado por profundas mudanças econômicas que tornam os países dos Brics atores fundamentais para a economia mundial. "Pela primeira vez, no ano passado, os países em desenvolvimento atraíram mais investimento estrangeiro direto do que os países desenvolvidos", comentou a presidente, lembrando que os Brics ficaram com 20% desse total (US$ 263 bilhões).

Ela também ressaltou as políticas de combate à crise. "Resistimos à crise global, que afeta os mercados desenvolvidos, com políticas que reforçam nossa capacidade de crescimento e nossa estabilidade econômica."

"Nos distinguimos, também, porque temos aplicado modelos de desenvolvimento econômico com inclusão social", afirmou. "Isso amplia nossos mercados domésticos. Além de ser questão ética, é questão econômica para ampliar o mercado interno."

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ressaltou em Durban, na África do Sul, a necessidade de elevar o volume de investimentos em infraestrutura nos países que fazem parte do bloco Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). As afirmações constam de nota publicada pelo Blog do Planalto nesta terça-feira.

De acordo com o ministro, o Banco dos Brics, que por sugestão dele deveria entrar em funcionamento em 2014, impulsionaria tais aportes. Ainda segundo Mantega, o novo banco teria a vantagem de se concentrar nas nações em desenvolvimento e ter a governança dos países do grupo.

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Mantega exortou os países do Brics a se organizar mais para equilibrar questões que emergem com a demora do fim da crise mundial iniciada em 2008, como a falta de mercado consumidor, a dificuldade de aumentar o comércio exterior e a necessidade de estreitar laços entre emergentes - os "puxadores de crescimento". O ministro participa na África do Sul da V Cúpula dos Brics.

Também em Durban, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou que o Brasil quer aumentar os investimentos entre os parceiros do bloco. Segundo ele, além de consolidar as relações comerciais, é essencial investir mais mutuamente, pois há uma fronteira entre os integrantes que não está sendo bem explorada.

Para Pimentel, outro ponto a ser considerado pelo grupo é a necessidade de ajudar o continente africano, o que poderia ser feito com a criação de um banco de investimento do Brics. Essa proposta, conforme Pimentel, está sendo discutida e avançou bastante, embora haja ajustes técnicos a serem feitos.

A presidenta Dilma Rousseff chegou nesta terça-feira (26), por volta das 13h (8h de Brasília), a Durban, na África do Sul, onde participa da 5ª Cúpula do Brics (bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China, África do Sul). Dilma tem reunião nesta terça-feira com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e vai ao jantar de abertura da cúpula.

Participarão do encontro Dilma, Zuma, os presidente da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, além do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh. O tema da cúpula é Brics e África: Parceria para o Desenvolvimento, Integração e Industrialização. Estarão em discussão a promoção do desenvolvimento inclusivo e sustentável, a reforma das instituições de governança global, os caminhos para a paz, a segurança e a estabilidade globais.

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Na cúpula de Durban, a expectativa é que os mandatários aprovem a criação de uma nova instituição bancária que será alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Depois da cúpula, nesta quarta (27), haverá reunião dos presidentes e o primeiro-ministro indiano com líderes regionais de nações africanas para debate sobre o tema Liberando o Potencial Africano: A Cooperação entre o Brics e a África em Infraestrutura.

Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) do grupo foi US$ 15 trilhões. Segundo dados do FMI, o Brics responde por 21% do PIB mundial em valores nominais e por 27% do PIB mundial em termos de paridade de poder de compra. Os cinco integrantes do bloco ocupam 26% da área terrestre do planeta, abrigando 42% da população mundial e detendo 45% da força de trabalho global.

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