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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) está abusando da desorganização desde seu início, há um mês e meio. "Início de governo é desordenado. O atual está abusando", escreveu o tucano em sua conta no Twitter.

Segundo FHC, a interferência da família do presidente Bolsonaro no governo é um fator de desestabilização que afeta o País como um todo. Para o ex-presidente, "familiares" estão pondo "lenha na fogueira" ao invés de se ocuparem em debelar as dificuldades. "Problemas sempre há, de sobra. O presidente, a família, os amigos e aliados que os atenuem, sem soprar nas brasas", tuitou o tucano.

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A publicação de FHC surge no contexto de uma crise que envolve o presidente Jair Bolsonaro, um dos seus filhos, o vereador carioca Carlos Bolsonaro, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Pelo Twitter, Carlos desmentiu declarações do ministro e ainda publicou um áudio do pai - compartilhado depois pelo próprio presidente - no qual o chefe do Executivo dispensa um diálogo com Bebianno.

As atitudes dos Bolsonaro têm gerado instabilidade no governo e críticas de parlamentares, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que julgam o imbróglio como prejudicial a andamento da reforma da Previdência, que deve ser levada ao Congresso na próxima semana.

Em seu tuíte, Fernando Henrique também alertou para a possibilidade da crise se espalhar para além do núcleo do governo. "O fogo depois atinge a todos, afeta o país. É tudo a evitar", concluiu o ex-presidente.

O vereador Carlos Bolsonaro usou o Twitter para responder às críticas que estaria recebendo por "ter dito a verdade". "Por que focam as baterias para me atacar se simplesmente disse a verdade? Se respondo sou isso, se me calo sou aquilo", escreveu.

Carlos está no centro da crise recente criada em torno do ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno. Nesta quarta-feira (14), o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) recorreu ao Twitter para desmentir uma informação de Bebianno dada ao O Globo de que o ministro teria conversado por três vezes com o presidente, ainda antes que este recebesse alta do hospital onde esteve internado até quarta.

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Depois disso, Carlos ainda publicou um áudio do presidente, endereçado ao ministro, no qual Bolsonaro informa que não poderia conversar com Bebianno. A postagem foi compartilhada pelo presidente.

Embora trabalhe na Câmara Municipal do Rio, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, tem uma espécie de representante no Palácio do Planalto, onde despacha seu desafeto Gustavo Bebianno, ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

Primo de 1.º grau de Carlos e um de seus auxiliares na estratégia de redes sociais da campanha eleitoral, Leonardo Rodrigues de Jesus, de 35 anos, rodeia o presidente desde a transição. Em Brasília, expandiu o livre acesso aos gabinetes do Planalto, mesmo sem ter cargo na Presidência.

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Sobrinho do presidente, filho de uma irmã de Rogéria Nantes, uma das ex-mulheres de Bolsonaro, ele é conhecido como Léo Índio e é ligado a Carlos. A proximidade com a família presidencial fez com que transitasse sempre muito próximo do tio, chegando a ser confundido como um dos agentes da escolta de Bolsonaro.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) afirmou que Léo Índio "não ocupa cargo em nenhum órgão da Presidência da República". Apesar disso, ostenta um crachá amarelo da Presidência quando caminha em locais de acesso restrito do Planalto. Nesta quarta-feira, 13, circulava no quarto andar, onde despacha o núcleo duro do governo. A desenvoltura gera desconfiança de assessores presidenciais, que veem no sobrinho do presidente uma espécie de "olhos e ouvidos" de Carlos.

A Secom não esclareceu o motivo de frequentar quase diariamente o Planalto. Ele chegou a participar de reuniões de autoridades com o governo de Minas, após o rompimento da barragem de Brumadinho. Segundo o Planalto, essa foi a única reunião que o "olheiro" de Carlos participou. A exemplo do primo, Leo Índio rechaça jornalistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), reiterou na manhã desta quinta-feira que o ministro Gustavo Bebianno é de "absoluta confiança" de Bolsonaro e disse que a crise no governo será contornada. "Vejo total possibilidade de (a situação) ser contornada até porque tenho certeza que no momento em que Bebianno conversar pessoalmente com o presidente, tudo ficará esclarecido", afirmou Olímpio à Rádio Eldorado. "(Bebianno) É da absoluta confiança do presidente, uma escolha pessoal", reforçou.

Na entrevista, Olímpio afirmou que, durante a campanha, teve a oportunidade de acompanhar o trabalho de Bebianno, que qualificou como de "responsabilidade e imparcialidade na condução do partido".

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"Não vejo responsabilidade direta dele. Seria impossível para Bebianno, que tinha esse papel de presidente do partido e acompanhava permanentemente a candidatura de Jair, fazer o controle disso, até porque não estava dentro da responsabilidade", afirmou o senador.

"Espero que (o problema) já se resolva e se esclareça para que não possa gerar uma crise de maior consequência".

Questionado se a ingerência dos filhos de Jair Bolsonaro no governo não o incomoda, respondeu que vê a questão com naturalidade. "Os filhos são parlamentares, têm vivência real na política e são da extrema confiança do pai. Têm um papel que transcende a questão familiar e são conselheiros de primeira hora do presidente. É absolutamente natural". Segundo Olímpio, é questão de dias para que cada um "vá se acomodando no seu papel".

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) declarou que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, não pode ser considerado automaticamente culpado por supostos desvios de recursos do Fundo Partidário para candidaturas laranjas do PSL. A parlamentar o classificou como uma "pessoa controversa", mas afirmou que não adianta o governo "cortar cabeças" sem uma apuração.

A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar suspeitas de desvios de recursos do Fundo Partidário destinados ao PSL por meio de supostas candidaturas laranjas nas eleições de 2018. Bebianno presidiu o partido durante o período eleitoral. "Vejam, Bebianno pode ou não ficar no governo, insisto que a situação não me compete. Mas se sair, que seja porque não o desejam por lá", escreveu Janaina no Twitter.

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Para ela, as situações precisam ser investigadas e apuradas. "Mas não adianta eleger um culpado e cortar cabeças, sem apurar", afirmou. "O fato de Bebianno ter assinado a liberação do dinheiro, na condição de presidente do Partido, não o torna automaticamente culpado, pois ele era a pessoa competente para assinar a documentação. Temos que saber quem, eventualmente, ficou com o dinheiro", escreveu.

'Pessoa controversa'

Na sequência de mensagens na rede social, a deputada relatou ter sido procurada por Bebianno durante a campanha e recusado dinheiro do fundo. "Em meio a tantas acusações, eu fiquei pensando: se ele tinha um esquema de desvio, iria oferecer mandar dinheiro justo para mim? Iria insistir? Entendo que não", escreveu.

Janaina classificou o ministro como "uma pessoa controversa" e que "muita gente não gosta dele". "Eu mesma tenho minhas mágoas. Mas não acho justo usar uma denúncia que, a princípio, não o envolve, para vingar outras questões", afirmou.

Nesta quarta-feira (13), o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, escreveu no Twitter que o Bebianno mentiu ao afirmar que teria conversado três vezes com o presidente na terça-feira, 12. Bolsonaro, por sua vez, republicou a mensagem e, em entrevista, disse que destino do ministro - se for culpado - será "voltar às suas origens".

Reforçando que não estava defendendo Bebianno, a parlamentar eleita declarou que o ministro tem "devoção" por Bolsonaro, mas ponderou: "Estaria ele sendo falso? Talvez. Mas digo, se estava, ele é melhor ator que Tony Ramos. E Tony Ramos é muito bom."

O embate entre o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, jogou nessa quarta-feira (13) o Planalto em sua pior crise nos 44 dias de governo. Após receber alta do hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde ficou internado por 17 dias, o presidente tomou o lado do filho na briga e desautorizou Bebianno, sugerindo até mesmo que ele pode deixar o cargo.

Em entrevista à TV Record, Bolsonaro disse que o ministro mentiu quando afirmou ao jornal O Globo que eles conversaram na terça-feira (12) três vezes pelo telefone sobre rumores de crise no governo. O presidente informou que determinou à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar suspeitas de desvios de recursos do Fundo Partidário destinados ao PSL por meio de candidaturas laranjas nas eleições de 2018.

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Bebianno presidiu o partido durante o período eleitoral. "Se (o Bebianno) estiver envolvido e, logicamente, responsabilizado, lamentavelmente o destino não pode ser outro a não ser voltar às suas origens", afirmou o presidente à Record.

Reportagens do jornal Folha de S.Paulo apontaram suspeitas de candidaturas laranjas em Minas Gerais e em Pernambuco.

Bolsonaro acrescentou na entrevista à TV que o pedido de abertura de investigação foi feito ao ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, que disse ter "carta branca" para determinar investigações do caso. "O partido tem que ter consciência. Não são todos, é uma minoria do partido que está aí nesse tipo de operação que nós não podemos concordar."

Bebianno afirmou que não pretende deixar o cargo e confidenciou a amigos próximos que se o presidente quiser que ele saia, terá de demiti-lo.

A entrevista ocorreu antes de Carlos Bolsonaro postar no Twitter a mesma acusação de que o ministro havia mentido. O filho do presidente foi além e divulgou o áudio enviado por Bolsonaro a Bebianno, pelo WhatsApp, no qual ele se recusa a atender ao subordinado.

A cronologia deixou militares da equipe de Bolsonaro desorientados. A leitura no Planalto, até então, era a de que Carlos estava descontrolado e havia usado o Twitter para atacar o ministro sem o conhecimento do pai. Um general já havia sido escalado para orientar Bolsonaro a controlar os filhos. O temor agora é que Bebianno deixe o governo atirando. Ele foi o principal coordenador da campanha de Bolsonaro.

O post de Carlos dizia: "Ontem estive 24h do dia ao lado do meu pai e afirmo: É uma mentira absoluta de Gustavo Bebianno que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado pelo Globo."

Ele anexou na mensagem um áudio do próprio presidente. "Gustavo, está complicado ainda. Não vou conversar, não vou conversar com ninguém, a não ser o estritamente essencial. Estou em fase final de exames para poder ter baixa hoje, OK? Boa sorte", gravou Bolsonaro. Não fica claro o que Bebianno queria conversar com o presidente.

Na entrevista à Record, Bolsonaro afirmou: "Em nenhum momento conversei com ele." Ao jornal O Estado de S. Paulo, Bebianno reiterou que trocou mensagens com Bolsonaro, uma delas para cancelar sua viagem ao Pará, onde iria em comitiva com outros ministros tocar projetos do governo.

A conta oficial de Bolsonaro no Twitter reproduziu os posts de Carlos e destacou os "principais trechos" da entrevista à Record, resumidos aos comentários sobre Bebianno. As declarações sobre a reforma da Previdência, por exemplo, foram ignoradas. Com a temperatura elevada, um integrante do governo não descarta a queda de Bebianno, que estaria "ferido" e teria dificuldades de vencer um duelo com o filho do presidente.

Disputa antiga

A disputa entre Carlos e Bebianno começou ainda na fase de transição. O filho do presidente se revoltou quando o então presidente do PSL precipitou uma articulação na cúpula do futuro governo e divulgou que ele, Carlos, comandaria a comunicação do Planalto. Apoiadores de Bolsonaro criticaram o eventual caso de nepotismo e Carlos perdeu a chance de despachar ao lado do pai no Planalto.

Por causa das divergências com Carlos, Bebianno foi orientado a não visitar Bolsonaro no hospital e evitar telefonemas. O filho do presidente passou o tempo todo ao lado dele durante a internação. O pedido evitou um encontro do filho de Bolsonaro com o ministro.

A guerra recrudesceu após o Estado divulgar relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentações "atípicas" de um ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Flávio procurou o pai para acusar o empresário Paulo Marinho, seu suplente no Senado, e Bebianno de alimentarem uma rede de intrigas entre aliados e setores da imprensa para estender a crise. Carlos ganhara um aliado na luta para derrubar o ministro.

Numa entrevista divulgada na madrugada desta quarta pela Rede TV, um terceiro filho de Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ampliou a luta interna no Planalto ao dizer que faltava ao vice-presidente, Hamilton Mourão, "um pouquinho de traquejo político". No final de novembro, Mourão já tinha sido alvo de Carlos. O vereador escreveu no Twitter que a morte do pai "interessa aos que estão muito perto".

Interlocutores civis e militares do presidente ouvidos pela reportagem relataram que a postura de Carlos de desmentir um ministro é algo "grave".

No Planalto, militares e ministros civis avaliaram que o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, era a pessoa indicada para sugerir ao presidente que "domasse" seus filhos, mas ele não quer se envolver em assunto de família. A interlocução de Mourão foi descartada. O mais provável é que o ministro Carlos Alberto Santos Cruz, da Secretaria de Governo, cumpra essa missão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pivô da mais recente crise envolvendo o núcleo do governo e os filhos do presidente, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, afirmou nesta quarta-feira, 13, que não pretende deixar o cargo. Bebianno confidenciou a amigos próximos que, se o presidente Jair Bolsonaro quiser que ele saia, terá de demiti-lo.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro afirmou ter trabalhado desde o início para eleger Bolsonaro e por parlamentares do partido. "Não fui candidato. Não tenho interesse em nada. Eu trabalhei para eleger o presidente e, por consequência, acabei ajudando um monte de gente a ser eleita também", afirmou o ministro, antes de Bolsonaro dizer à TV Record que o destino do auxiliar pode ser "voltar às origens".

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Na tentativa de mostrar como ajudou o PSL, Bebianno também citou a solução dada por ele para uma pendência do diretório estadual de São Paulo com a Justiça Eleitoral, que teria colocado em risco candidaturas do partido, como a do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente.

"Quem resolveu o problema de São Paulo? Fui eu. Montei uma equipe jurídica de primeira linha para resolver o problema na última semana. Se não fosse o meu trabalho, o (senador) Major Olímpio não teria sido eleito, o Eduardo Bolsonaro não teria sido eleito, nem a (deputada) Joice Hasselmann. Faço questão de dizer isso."

Bebianno afirmou ainda que "ninguém de São Paulo teria sido eleito" porque não haveria nem mesmo legenda para os candidatos concorrerem. "Não teria havido convenção, formação de chapa. Então, o meu trabalho no partido resultou em benefício para todo mundo, menos para mim, que não sou candidato, não sou nada, não sou mais presidente (do partido), não sou político", afirmou.

A preocupação no governo - de militares a civis - é a de que Bebianno deixe o cargo "atirando". Auxiliares do presidente lembram que o chefe da Secretaria-Geral foi o principal coordenador da campanha de Bolsonaro e o responsável por tornar viável a entrada dele no PSL.

Durante a campanha, o agora ministro, que é advogado, não só comandou o partido como defendeu Bolsonaro em processos na Justiça Eleitoral.

Laranja

Questionado sobre suspeitas levantadas pelo jornal Folha de S.Paulo de que o PSL teria usado candidaturas laranjas nas eleições, Bebianno minimizou a denúncia. "Não me atinge. Não atinge o presidente. O presidente não usou dinheiro do partido nem do fundo eleitoral. Só usou dinheiro doado diretamente para ele, por meio de vaquinha virtual", argumentou o ministro.

A crise fez o PSL montar uma estratégia para impedir que o tiroteio contamine votações no Congresso, principalmente a reforma da Previdência. O plano, porém, mostrou que a sigla continua dividida e o governo, bastante fragilizado.

Enquanto Joice Hasselmann afirmava que não pode haver um "puxadinho" da família do presidente com o Palácio do Planalto, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), defendia a divulgação das divergências pelas redes sociais. "Aqui todo mundo fala as coisas na lata", disse ele, tentando mostrar que o PSL vai imprimir um "novo estilo" na política.

Para Joice, porém, Carlos Bolsonaro abalou o governo do próprio pai ao fazer acusações contra Bebianno. "É uma coisa de louco. É inimaginável uma coisa dessas. Tem de ter separação. Casa do presidente é uma coisa, palácio é outra. Não pode ter puxadinho", criticou a deputada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, afirmou à GloboNews na noite desta quarta-feira (13) que não tem intenção de se demitir do cargo após ser desmentido publicamente por Jair Bolsonaro e pelo filho do presidente, Carlos Bolsonaro.

"Não tenho essa intenção porque não fiz nada de errado. Meu trabalho continua sendo em benefício do Brasil. O presidente, se entender que eu não deva mais continuar, ele certamente vai me comunicar. Mas tenho que minha relação com ele sempre foi a melhor possível, da minha parte tudo foi feito com honestidade e correção. Vamos esperar para ver o que acontece", declarou Bebianno à emissora.

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Mais cedo, Carlos Bolsonaro usou o Twitter para desmentir Bebianno, que dissera ter conversado três vezes com o presidente por telefone sobre as denúncias de que o PSL colocou laranjas como candidatas para desviar dinheiro do fundo eleitoral na eleição do ano passado. À época, Bebianno presidia o PSL. A intenção do ministro com a declaração era mostrar que não havia crise instalada no governo por causa do caso, revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.

A postagem de Carlos dizendo que Bebianno havia dito uma "mentira absoluta" foi posteriormente compartilhada por Jair Bolsonaro. Ainda na noite desta quarta-feira, o presidente confirmou à RecordTV que o ministro mentiu sobre o contato e afirmou que, caso seja comprovado o envolvimento de Bebianno no esquema, o destino dele será "voltar às suas origens".

À Globonews, Bebianno negou ter mentido sobre ter falado com Bolsonaro. "Mantive contatos com o presidente, como eu já disse. Tratamos de um assunto institucional e de um outro assunto relacionado à viagem que seria feita ao Pará. (...) Contato houve, houve troca de contato por WhatsApp, alguns poucos áudios."

Bebianno disse ainda que recebeu as notícias sobre as postagens nas redes sociais com "certa tristeza e perplexidade" e que não entrará na discussão com Carlos. "Enquanto ministro de Estado, vou manter a minha postura e liturgia inerente à função. Eu não comento esse tipo de coisa."

Sobre a acusação de repasse a uma candidata laranja do PSL na última eleição, enquanto Bebianno era presidente do partido, o ministro negou irregularidades e afirmou que seria "humanamente impossível" saber se determinado candidato do partido teria condições de se eleger ou não.

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou nesta quarta-feira, 13, que o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, está tentando gerar uma crise dentro do governo do próprio pai ao voltar a fazer acusações contra o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.

"É uma coisa de louco, é inimaginável uma coisa dessa. Tem que ter separação. Casa do presidente é uma coisa, palácio é outra coisa. O Palácio do Planalto não pode invadir a casa do presidente. Não pode ter puxadinho", disse.

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Mais cedo, Carlos escreveu no Twitter que Bebianno mentiu ao afirmar que teria conversado três vezes com o presidente na terça, 12. Ele também publicou um áudio que indica ter sido gravado pelo presidente em que Bolsonaro diz a Bebianno que não falará com ninguém. O ministro foi uma das pessoas mais próximas ao presidente durante a campanha eleitoral. "Eles andaram a campanha eleitoral inteira um ao lado do outro. Eles têm total confiança, pelo menos até aqui, um com o outro", afirmou Joice.

Em entrevista ao jornal "O Globo", Bebianno negou ser motivo de instabilidade no governo após a repercussão de uma publicação da "Folha de S.Paulo", que informa que o PSL, partido do presidente, teria financiado uma candidatura laranja em Pernambuco em outubro de 2018. Bebianno era o presidente da sigla na época. Agora ministro, a publicação das supostas irregularidades o teriam abalado.

Para Joice, o imbróglio precisa ser resolvido por Bolsonaro. "Se há um problema entre o ministro e o presidente, tem que lavar a roupa suja em casa", disse. A deputada afirmou ter recebido R$ 100 mil da direção nacional do partido para financiar sua campanha eleitoral.

Ao chegar à Câmara nesta quarta, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) preferiu não se envolver na polêmica. Ao jornal O Estado de S. Paulo, ele afirmou que ainda não estava sabendo nada sobre as publicações feitas por seu irmão.

"Estou em um compromisso atrás do outro, não consegui me inteirar ainda", disse. Eduardo afirmou que deverá ligar para Carlos Bolsonaro ainda hoje. Ele também visitará o pai, que voltou a Brasília nesta quarta após o período de internação no hospital Albert Einstein, em São Paulo, após a realização de uma cirurgia.

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente Jair Bolsonaro, escreveu no Twitter que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, mentiu ao afirmar que teria conversado três vezes com o presidente na terça-feira, 12.

Em entrevista ao jornal 'O Globo', Bebianno negou ser motivo de instabilidade no governo após a repercussão de uma publicação da 'Folha de S.Paulo', que informa que o PSL, partido do presidente, teria financiado uma candidatura laranja no Pernambuco em outubro de 2018. Bebianno era o presidente da sigla na época.

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"Falei três vezes com o presidente", disse Bebianno. Carlos, que diz ter estado 24 horas ao lado de Bolsonaro, desmentiu o ministro: "É uma mentira absoluta de Gustavo Bebbiano que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado."

De acordo com a publicação do jornal 'Folha de S.Paulo', Bebianno teria sido responsável pela liberação R$ 250 mil de verba pública para a campanha de uma ex-assessora, que repassou parte do dinheiro par uma gráfica registrada em endereço de fachada. A gráfica teria sido a mesma usada pela candidata Maria de Lourdes Paixão, que diz ter repassado R$ 380 mil à empresa.

Ouça o que, segundo Carlos, o presidente Jair Bolsonaro disse ao ministro:

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Os primeiros dias do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) deram o que falar no mundo político e também nas redes sociais onde, não apenas o próprio titular do Palácio do Planalto como também seus filhos, protagonizaram polêmicas. De desconfortos criados por declarações de ex-namorada a embate direto com ex-adversário de campanha, Bolsonaro e os filhos - Carlos e Eduardo - marcaram na internet.

Uma das brigas que movimentou a família no Twitter foi a do presidente com o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que concorreu à Presidência da República em 2018 pelo PT. Na ocasião, Haddad fez um comentário sobre a “moda do anti-intelectualismo no Brasil”, em referência a uma notícia do alemão Deutsche Welle e Bolsonaro retrucou chamando o petista de "fantoche do presidiário corrupto" e "marmita".

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O ex-candidato, por sua vez, justificou de onde seria a afirmativa e convidou o presidente para um debate. “Se você já se sentir seguro para um debate frente a frente, estou disponível. Forte abraço!", ironizou Haddad, fazendo referência a ausência do militar nos debates durante o segundo turno.

Coincidentemente ou não, logo depois deste episódio, o governo anunciou que as contas do presidente nas redes sociais passariam a ser administradas pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom-PR). A medida tem gerou expectativas, uma vez que Bolsonaro vinha usando os perfis não apenas para comunicações institucionais, mas também para rebater críticas e alfinetar adversários.

Na lista de polêmicas, o vereador de São Paulo e filho de Bolsonaro, Carlos, também chegou a fazer a defesa da equipe governamental do pai nas redes sociais. Logo depois da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, dizer que “menino veste azul e menina veste rosa” e causar reação entre populares e famosos, o parlamentar provocou o apresentador da TV Globo, Luciano Huck.

No Instagram, Huck surgiu, após a declaração, ao lado de Angélica, sua esposa, com as cores citadas pela ministra. "Rosa ou azul? Tanto faz", legendou ao vestir a cor dita para meninas por Damares. Na mesma rede social, Carlos compartilhou uma imagem que trazia o global com os dois filhos nos braços, onde mostra a caçula, Eva, vestida com uma roupa na cor rosa. A publicação do filho de Bolsonaro não conteve nenhuma legenda, mas deixou no ar a provocação que rendeu uma réplica por parte de Huck.

Traição e suposta ex-namorada

Outra discussão virtual que chamou a atenção foi entre Eduardo e Carlos Bolsonaro e o youtuber PC Siqueira. O motivo foi uma publicação do influencer digital dizendo que o deputado federal havia sido traído pela jornalista Patrícia Lelis, que teria sido namorada dele. A traição, segundo Siqueira, seria o que teria motivado o chamado “ódio” de Eduardo Bolsonaro ao feminismo. Uma vez que Patrícia é defensora da causa.

PC Siqueira ressuscitou uma publicação de Eduardo afirmando que “feminismo é doença” e reclamando de uma eventual ex-namorada depois que Patrícia Lélis fez comentários no Twitter considerados, por ele, como indiretas para o filho do presidente.

O assunto acabou num debate sobre hábitos sexuais. E, em defesa do irmão, Carlos Bolsonaro chamou o youtuber de “corno”.

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A fala de Damares Alves afirmando que "menino veste azul e menina veste rosa", após tomar posse do cargo de ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos na última quarta-feira (2), continua repercutindo. A declaração de Damares não só causou burburinho para quem tem ideologia política contrária ao governo do presidente Jair Bolsonaro, como deu o que falar também entre os famosos. Luciano Huck foi um deles.

Em foto publicada no Instagram nessa quinta-feira (3), o apresentador surgiu ao lado de Angélica com as cores citadas pela ministra. "Rosa ou azul? Tanto faz", legendou. Na mesma rede social, o vereador Carlos Bolsonaro rapidamente buscou uma forma de provocar Luciano Huck. 

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Através da função dos Stories, Carlos compartilhou uma imagem que traz o marido de Angélica com os dois filhos nos braços, onde mostra a caçula, Eva, vestida com uma roupa na cor rosa. A publicação do filho de Bolsonaro não conteve nenhuma legenda.

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, usou as redes sociais para uma homenagem de aniversário ao filho Carlos, nesta sexta-feira (7). No texto, Bolsonaro elogia o filho e atribui a ele parte do sucesso nas eleições. Carlos foi responsável pela comunicação da campanha do militar da reserva na internet.

"Confesso que se não fosse seu intuito em tomar iniciativas e se antecipar a problemas, talvez não tivéssemos chegado tão longe", escreveu. O presidente eleito ainda deixa um recado a terceiros. "Se enganam os que creem que irão nos separar."

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Bolsonaro ainda se refere ao filho com o que parece ser seu apelido: "Meu PitBull, obrigado por sempre estar por perto, jamais querendo aparecer ou ter ganhos pessoais."

Vereador licenciado no Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro deixou a equipe de comunicação do governo eleito há 15 dias. Na semana passada, ele chamou atenção nas redes sociais ao escrever que "a morte de Jair Bolsonaro não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto".

O protagonismo de eleitos pelo PSL não empossados tem incomodado a família Bolsonaro. Nos últimos dias, dois filhos do presidente eleito mandaram recados pelas redes sociais.

Um dos alvos foi o deputado federal eleito Julian Lemos (PB). O vereador do Rio, Carlos Bolsonaro, publicou que Lemos não é e nunca foi o coordenador do presidente eleito no Nordeste e ainda sugeriu que ele parasse de "tentar aparecer" à sombra de seu pai. "Sugerimos parar de aparecer atrás dele por algum motivo como faz sempre!", escreveu.

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O deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi mais sutil. "Apenas os deputados que estão exercendo mandato tem autonomia para fazer articulações no Congresso. Agradecemos o apoio e compreensão dos deputados eleitos do PSL", escreveu ele na noite de quarta-feira, dia 5. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vereador do Rio de Janeiro e filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), Carlos Bolsonaro (PSL) afirmou, em publicação no Twitter, que a morte do pai não interessa apenas aos inimigos, mas também aos que estão muito perto. Sem explicar a quem se referia ou citar nomes de aliados, Carlos instigou as pessoas a entender o “enredo diário”.

“A morte de Jair Bolsonaro não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto. Principalmente após de sua posse!”, declarou, na noite dessa quarta-feira (28). E seguiu: “É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa. Sempre fiz minha parte exaustivamente. Pensem e entendam todo o enredo diário!”.

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Nesta quinta (29), Carlos voltou a questionar quem mandou matar Bolsonaro no atentado de 6 de setembro, em Juiz de Fora. Vez ou outra o vereador faz a mesma pergunta nas redes sociais.

“A pergunta que não pode calar e que muitos que se dizem ‘jornas’ fazem questão de “esquecer”: quem mandou matar Jair Bolsonaro? Será que se fazem de idiotas por que foi um ex-membro do PSOL e simpatizante do PT?”, questionou.

Carlos Bolsonaro se afastou da equipe de transição do governo após o nome dele ser cogitado para assumir a Secretaria de Comunicação do Governo. O vereador cuidou da comunicação da campanha do presidente eleito durante a campanha.

Após a polêmica da saída de seu filho do meio, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), do seu grupo de transição de governo, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse que seus filhos têm independência e podem criticar "à vontade" suas ações. Nesta semana, Carlos anunciou que se desligaria do grupo e voltaria ao trabalho na Câmara Municipal do Rio, onde tirou licença não remunerada para cuidar da campanha do pai.

"Com os meus filhos, não tem problema nenhum, todos eles têm independência e podem criticar à vontade. Meus filhos continuam comigo, sem qualquer problema. Ele (Carlos) tem espaço no governo, se assim desejar", afirmou, após participar, neste sábado, de uma cerimônia de aniversário de 73 anos da brigada da Infantaria de Paraquedista, na Vila Militar, em Deodoro, zona oeste do Rio.

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Conforme o jornal O Estado de S. Paulo apurou, Carlos teria ficado irritado com a indicação do advogado Gustavo Bebianno para titular da Secretaria-Geral da Presidência da República. Bebianno é a maior desavença do vereador no núcleo próximo ao pai. O advogado também chegou a declarar que Carlos poderia ocupar a Secretaria de Comunicação da Presidência, o que foi negado posteriormente pelo vereador.

Ao anunciar que sairia do grupo, Carlos escreveu em seu perfil no Twitter que "caráter não se negocia" e que, "quando há compulsão por aparecer a qualquer custo, sempre tem algo por trás". "A procura por holofote é um péssimo indicativo do que se pode esperar de um indivíduo", afirmou.

O vereador também comunicou que não tomaria mais conta das redes sociais do pai, tarefa que exercia há quase dez anos. Neste sábado, Bolsonaro minimizou a declaração de Carlos e disse que seu filho continuará com esta função.

Considerado o responsável pela campanha de Jair Bolsonaro nas redes sociais, Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente eleito, anunciou nessa quinta-feira (22) que deixou a equipe de transição. A decisão ocorreu após uma desavença com o futuro titular da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno. Vereador licenciado da Câmara Municipal do Rio, Carlos era cotado para assumir a Secretaria de Comunicação da Presidência.

Essa possibilidade foi comunicada pelo próprio Bebianno na quarta-feira (21), após ser confirmado no primeiro escalão do futuro governo. Segundo pessoas próximas ao filho do presidente eleito, a atitude de Bebianno foi vista como precipitada e como um "afago falso".

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"Caráter não se negocia. Quando há compulsão por aparecer a qualquer custo, sempre tem algo por trás. Somos humanos e falhamos, mas a procura por holofote é um péssimo indicativo do que se pode esperar de um indivíduo. Jamais trairei meus ideais", escreveu Carlos, que também informou que estava se afastando da gerência das contas das redes sociais do pai - tarefa que havia assumido há cerca de dez anos e que foi vista como fundamental para a vitória de Bolsonaro na disputa presidencial.

Após admitir que poderia nomear Carlos para o posto, Bolsonaro praticamente descartou essa possibilidade na quinta-feira. Segundo ele, o filho é uma pessoa "extremamente competente", mas a nomeação poderia ser vista como nepotismo. "Nunca pratiquei isso, não me interessa fazer. A tendência é esse assunto morrer", disse o presidente eleito.

Assessores do gabinete de Carlos vinham estudando legislações brasileiras que tratam de nepotismo e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), inclusive a que analisou o caso do filho do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB). Um advogado também chegou a ser consultado pelo gabinete do vereador.

Em três semanas de transição, Bolsonaro não indica que vai abandonar o modelo de comunicação da campanha e ignora a estrutura convencional da Presidência da República. Ele costuma não dar ouvidos a auxiliares que recomendam a escolha imediata de um porta-voz e de um assessor de imprensa, dizem os aliados. O principal canal de informação continua sendo as redes sociais, principalmente o Twitter. Na noite de quinta, ele usou a plataforma para anunciar que o professor Ricardo Vélez Rodríguez será o futuro ministro da Educação.

Conselheiro

A expectativa entre auxiliares de Carlos Bolsonaro era de que ele se tornasse uma espécie de conselheiro do pai na área. Desde o início da campanha, porém, a aproximação de Bebianno com o então presidenciável do PSL virou uma questão negativa para o vereador. Ele achava que o advogado teria se aliado ao pai por interesses próprios e promoveu alianças que desaprovou. Entre elas estão a aproximação com o deputado federal eleito Julian Lemos (PSL-PB), o senador Magno Malta (PR-ES) e o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), anunciado como ministro da Casa Civil.

Para um assessor próximo, "o copo estava na metade, encheu e transbordou". Carlos, segundo interlocutores, teria se irritado com o fato de pessoas assumirem para si trabalhos na campanha que ele havia desenvolvido. Por isso ele resolveu tirar licença não remunerada da Câmara Municipal do Rio em agosto. Seu objetivo era renovar a licença até que as nomeações de cargos do governo fossem definidas.

No último dia 12, Carlos apresentou mais uma renovação no prazo de seu afastamento, mas o plano foi interrompido na quarta-feira. Por meio do Twitter, Carlos anunciou que vai voltar à Câmara na semana que vem.

Irritado, ele deixou Brasília na quarta e viajou para Santa Catarina, onde treinaria em um clube de tiro, um dos seus passatempos favoritos. Carlos deverá ficar no Estado até o início da próxima semana, quando deve retornar aos trabalhos na Câmara Municipal, conforme assessores.

Aliados e familiares comentam que a única medida que faria Carlos mudar de ideia e retomar seu plano original de auxiliar o pai seria que Bolsonaro diminuísse o poder de Bebianno, o que parece improvável. Procurado, o futuro secretário-geral da Presidência não respondeu aos pedidos de entrevista feitos pelo jornal O Estado de S. Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), anunciou nesta quinta-feira (22), pelo Twitter, que termina nesta semana sua colaboração direta à equipe do pai e que, na próxima semana, já estará de volta às suas funções parlamentares na capital fluminense.

"O meu ciclo de tentar ajudar diretamente chegou ao fim. São 18 anos de vida pública dedicados ao que acredito. Estes últimos 3 meses de licença não remunerada para acompanhar o que sempre acreditei se encerram. Semana que vem volto às atividades na Câmara de Vereadores do Rio", escreveu.

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Na quarta-feira (21), Carlos Bolsonaro foi mencionado por integrantes da transição como cotado para ocupar a Secretaria de Comunicação (Secom) do futuro governo Bolsonaro. Ele próprio desmentiu a informação. "Nada disso será tratado comigo", disse na quarta, também no Twitter.

Na manhã desta quinta, Jair Bolsonaro afirmou que havia, sim, a possibilidade de levar o filho para a Secom, mas admitiu que o vereador dificilmente aceitaria. "A tendência é esse assunto morrer", declarou o presidente eleito.

O presidente eleito Jair Bolsonaro praticamente descartou a possibilidade de indicar um de seus filhos para o Ministério da Comunicação. Segundo ele, o vereador licenciado Carlos Bolsonaro (RJ) é uma pessoa "extremamente competente", mas a nomeação poderia ser vista como nepotismo.

"Nunca pratiquei isso, nepotismo não me interessa fazer. A tendência é esse assunto morrer", declarou Bolsonaro.

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Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (22), Bolsonaro reforçou a declaração feita na véspera ao site "Antagonista" de que gostaria que o filho assumisse o comando do Ministério de Comunicação, mas que sabia que ele "dificilmente aceitaria".

Após declarações do futuro ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, de que ajudaria nas decisões sobre a Secretaria Especial de Comunicação (Secom) e do próprio presidente eleito afirmar que o filho poderia virar ministro, o vereador Carlos Bolsonaro anunciou nesta quinta que encerrará sua contribuição direta à equipe de transição e que retomará sua atuação parlamentar após três meses de licença não remunerada.

Na quarta, Jair Bolsonaro disse que Carlos "está estudando os prós e contras" desta ideia de ser ministro da Comunicação e que sabe que "isso pode ter um tremendo desgaste" porque vão dizer que ele está colocando o filho no governo. "Mas ele é a fera das mídias e tem sangue 'na boca'. Tem tudo pra dar certo", prosseguiu o capitão da reserva, acrescentando que "não se trata de prêmio de consolação e que lá, ele vai mostrar seu valor".

Depois de salientar que Carlos é o "pitbull", o presidente eleito avisou ainda que "o importante é ele estar do meu lado". E emendou: "só de estar ao meu lado, ele já ajuda bastante".

Após a publicação da reportagem da Folha de São Paulo sobre o financiamento de mensagens anti-PT por parte de empresas privadas, coube a um dos filhos de Bolsonaro, Carlos, se pronunciar sobre a acusação. Segundo ele, o jornal paulista "não se cansa de contar meias verdades ou mentiras descontextualizadas".

De acordo com reportagem da Folha, entre as instituições privadas que contrataram o serviço está a Havan, de Luciano Hang - que já foi acionado pelo Ministério do Trabalho por coagir os funcionários para votar em Jair Bolsonaro (PSL).

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O valor gasto em cada contrato, segundo o jornal, pode chegar a R$ 12 milhões.  Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio de Janeiro, não se alongou muito na "resposta" à denúncia do jornal, passando a postar imagens do pai no hospital após o atentado em Juiz de Fora (MG).

O filho do presidenciável atacou o jornal, o chamando de "foice de SP" e disse que a Folha de São Paulo vai "perder a boquinha que o partido mais corrupto do Brasil bancou ao longo de seu tempo no poder".

Carta de liberdade de imprensa - Nessa quarta (17), Haddad e Jair Bolsonaro assinaram uma carta de compromissos proposta pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Eles reiteraram que, caso eleitos, respeitarão a Constituição Federal e não promoverão alterações que afetem o direito à informação, a liberdade de expressão e de imprensa.

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