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Em março de 2020, decretos baixados por governadores de diversos estados brasileiros proibiram a realização de shows e outras atrações culturais com grandes públicos. A medida correspondia a um dos protocolos de segurança relativos à contingência do coronavírus no país e acometeu artistas e público. 

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O movimento visto em todo o mundo deixou apreensivos os profissionais da música, ao passo que festivais e apresentações iam sendo canceladas por todos os lados. Grandes eventos como Coachella, SXSW e Lollapalooza foram adiados ou cancelados em definitivo, bem como shows de nomes como Madonna, Metallica, Miley Cyrus e Alok. A crise abateu-se de forma feroz entre os trabalhadores da cadeia produtiva da música e a frase: “Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar”, começou a ser repetida nos quatro cantos do planeta.

Segundo levantamento do Data Sim — núcleo de pesquisa da Semana Internacional de Música de São Paulo, só no Brasil a Covid-19 causou um prejuízo de cerca de R$ 480 milhões, com o cancelamento de quase 8.200 eventos musicais que, juntos, atingiam aproximadamente oito milhões de pessoas. Os números foram levantados em entrevistas feitas no primeiro semestre de  2020 com 536 de empresas de diversas áreas como produtoras de festivais, agências de booking e casas de show, além de fornecedores de um mercado que envolve milhares de profissionais em suas operações. 

Sem ter como subir nos palcos e levar sua produção para a rua, músicos e outros trabalhadores dessa indústria viram as contas se amontoarem sem ter como dar cabo delas. A falta de trabalho pesou drasticamente entre os profissionais da música que precisaram se adaptar e se reinventar, ao passo que mantinham a veia criativa pulsando. 

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As temáticas e comportamentos do 'novo normal' passaram a dar mote para as produções musicais, a exemplo do que fez a banda The Zasters. 

Assim, um recurso já existente em plataformas como Instagram e YouTube começou a ser usado quase diariamente. As lives despontaram como estratégia para que cantores, cantoras, bandas e instrumentistas pudessem escoar sua música e ainda levantar alguma renda, através da contribuição geralmente espontânea do público. 

Os palcos virtuais funcionaram, também, para arrecadar donativos para comunidades carentes e até mesmo associações de trabalhadores da cadeia produtiva da cultura. Grandes nomes do cancioneiro popular brasileiro, como Gusttavo Lima e Marília Mendonça, chegaram a arrecadar em apenas uma apresentação online, mais de 300 toneladas de alimento e R$ 1,7 milhão em doações.

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Fosse em grandes produções, como as apresentações da Rainha da Sofrência e Wesley Safadão, que contavam com espaços publicitários nos valores de R$ 50 até R$ 500 mil, a lives mais intimistas, transmitidas das próprias casas dos artistas, esses shows virtuais serviram como alento para um público isolado e preso dentro de suas casa, bem como para os músicos afastados de seus palcos. Com o relaxamento das medidas de segurança, e a liberação de pequenos eventos, as lives diminuíram de frequência, no entanto, o agravamento da pandemia, nesse início de 2021, parece estar trazendo uma ‘segunda onda desse movimento’, sobretudo, motivada pela lei federal de incentivo Aldir Blanc, sancionada de forma emergencial para ajudar a classe artística. 

Processo Criativo

Toda a problemática acerca da crise sanitária impactou, não só os bolsos dos músicos, como também  mexeu com seus processos criativos. A necessidade de gerar renda deu as mãos à carência pela falta de um contato mais próximo com o público e motivou uma profusão de singles, clipes e discos. Uma produção que precisou adaptar-se à falta de dinheiro e equipe, por conta do distanciamento social e fez o ‘faça você mesmo’ ser mais necessário do que nunca. 

Além das redes sociais, os serviços de streaming se mostraram fundamentais para os artistas da música. Segundo a consultoria Counterpoint Research, serviços como Spotify, Apple Music, Amazon Music, entre outros, alcançaram um total de 394 milhões de assinaturas, no primeiro trimestre de 2020, um crescimento de 35%. No entanto, os baixos valores remunerados aos artistas, por conta de plataformas como essas, acabou motivando uma grande quantidade de lançamentos ao longo de todo o ano, muitos deles indo além das músicas individuais, os chamados singles.

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Foi o caso do cantor e compositor Júlio Ferraz. Ele lançou o disco Orbe Onírico no início de 2021, fruto de seu próprio confinamento. O artista diz que a pandemia lhe colocou em uma espécie de “transe” e que se ver diante de um problema coletivo de tamanha dimensão acabou afetando sua produção, a príncipio. 

No entanto, passado esse primeiro momento a composição acabou tomando conta da quarentena do músico levando-o a outros lugares de criação. “ Em meu processo criativo a pandemia me colocou em um lugar mais espiritual, crítico e político que em outros momentos da minha vida como compositor.Eu apenas queria fazer a minha parte, tinha e ainda tem muita gente confusa, negando ou sofrendo muito e, eu apenas queria dar um abraço nelas quando fiz  ‘Lampejos’,, trazer uma espécie de afago nesses momentos tão difíceis”. 

O músico Júlio Ferraz fez lançamentos, inclusive de um disco, durante a quarentena. Foto: Divulgação

A premissa continuou a mesma no surgimento de Orbe Onirico, um disco que se propôs a acolher o ouvinte ao passo que lhe abria os olhos para a gravidade do problema. A resposta do público foi positiva como uma prova mesmo de que a arte é capaz de transcender e aliviar qualquer dor. “Tive uma aproximação maior com quem escuta minha música, mesmo estando trancado e longe fisicamente, e tive respostas muito positivas. Muitos que só conheciam o meu nome passaram a ouvir, muitos que nem sabiam quem eu era passaram a descobrir minha discografia e com isso passei a receber muitos recados, todos sempre carinhosos”.

Futuro da música

O modo que consumimos - e fazemos - música vem mudando constantemente desde que o mundo é mundo. Com a pandemia do novo coronavírus, a digitalização dos processos - dos físicos aos criativos - tem sido cada vez mais intensa e, ao que tudo indica, a tendência veio para ficar. 

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Júlio Ferraz assim imagina, de forma otimista, vislumbrando um futuro positivo para os fazedores e consumidores dessa arte. “Tenho total certeza que (a pandemia) marca um momento dentro de um todo, afinal eu sempre fui artista e vou morrer sendo um, sempre produzindo arte. Acredito que daqui para frente vamos apenas continuar, a minha música não traz uma forma exata, nunca trouxe, eu nunca aceitei cadeados e, apesar de ser bem matemática a criação dos temas, a minha música é livre e dificilmente as formas se manterão ao exato. Hoje é isso, amanhã sem dúvidas será outra coisa, mas prometo que será algo bom, independente do formato e do método”.

Na próxima matéria, você vai ver como as artes cênicas se adaptaram ao contexto pandêmico e o que a classe espera para o seu futuro. 


 

Sem o carnaval, a classe artística se encontra em uma situação delicada e por conta disso a prefeitura de Olinda decidiu encaminhar um projeto de lei para a Câmara dos Vereadores para  criação de um auxílio emergencial direcionados para a classe. 

De acordo com Lupércio, até o fim desta semana a prefeitura deve encaminhar o projeto que tem a confirmação da aprovação por parte do prefeito. "Tenho certeza que a Câmara vai aprovar porque é um projeto salutar para toda classe artística, que se prepara o ano inteiro para o Carnaval”, afirmou.

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O valor destinado será de cerca de 1 milhão de reais. Artistas, agremiações e grupos, receberão 35% do valor pago no carnaval do ano passado, com teto de 10 mil reais. Catadores de recicláveis também será introduzidos no projeto.

Considerada uma das mais importantes fontes de renda de profissionais como cantores e compositores, a arrecadação de direitos autorais está comprometida. O setor, atingindo pelas consequências da pandemia de coronavírus, pode deixar de lucrar cerca de R$ 140 milhões durante o período de isolamento social. A estimativa é do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

Em entrevista à Veja, a superintendente executiva do órgão, Isabel Amorim, afirmou que o prejuízo pelo adiamento de eventos e a não permissão da abertura de locais como bares ou casas noturnas pode causar um prejuízo irreparável. "É um dinheiro que não será recuperado nunca mais", declarou.

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Ainda de acordo com o Ecad, o alívio temporário para o segmento que também envolve gravadoras e produtores musicais será oriundo de veículos como rádios e emissoras de TV, além das plataformas digitais. A arrecadação segue normal por estas fontes. Em 2019, o órgão distribuiu cerca de R$ 986,5 milhões a 383 mil compositores no Brasil.

A crise mundial de saúde causada pelo coronavírus tem alterado as rotinas de pessoas nos quatro cantos do planeta. Com o registro de mais de 200 mil casos - segundo a Universidade Johns Hopkins, que mantém uma contagem em tempo real -, a pandemia tem feito países inteiros se trancarem ‘em casa’ num esforço coletivo para frear a disseminação do vírus. Sendo assim, as mais diferentes atividades estão parando ou quase isso, e na área cultural não poderia ser diferente. 

Em todo o mundo, museus estão fechando as portas aos visitantes, a exemplo do Louvre na França, fechado por tempo indeterminado; feiras literárias, festivais e turnês de música estão sendo canceladas ou adiadas, como o Lollapalooza que adiou as edições do Chile, Argentina e Brasil para o segundo semestre; sem contar nos decretos governamentais, em diferentes países, que proíbem a realização de eventos de médio a grande porte.  Com tantas restrições, a cadeia produtiva da arte e cultura deixa de ser tão produtiva assim e artistas e produtores culturais, sobretudo os que vivem somente de sua arte, começam a se preocupar com a impossibilidade de trabalhar.

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Segundo o secretário de turismo de Pernambuco, Rodrigo Novaes, estima-se que cerca de 90 eventos estão sendo cancelados ou adiados no estado, entre a segunda quinzena de março e o mês de abril. Essa onda de cancelamentos e adiamentos mexe com  toda uma cadeia de economia criativa, uma vez que artistas, técnicos, produtores e outros profissionais ligados a área da cultura ficam impossibilitados de fazer sua renda. 

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O problema chegou sem aviso prévio e deixou os trabalhadores da cultura assustados. Para a produtora cultural Mery Lemos, a crise só comprovou um fato que já é bem conhecido entre a classe: “Os trabalhadores da cultura são os mais vulneráveis em qualquer situação de crise. A sensação é de impotência, mas temos a consciência de que vai passar e voltaremos mais fortes”. A cantora e compositora pernambucana Marília Parente também se assustou com a ‘avalanche’ e demonstra preocupação em relação não só a si própria mas como à sua equipe e demais colaboradores. “Isso tudo aconteceu muito rápido e a gente que trabalha com eventos, produz os eventos com muita antecedência, como manda a boa produção. Fora que quando a gente cancela um evento tem toda uma cadeia de pessoas que são afetadas. Eu tenho músicos que agora financeiramente têm a condição de não tocar nesse show porque não vai faltar comida pra eles, e tenho músicos que precisam se alimentar, que vivem só de música, que são autônomos, que não têm uma CLT pra fazer quarentena. Quarentena é pra quem tem, na melhor das hipóteses, carteira assinada e a empresa é muito boa e liberou, mas pros artistas, muitos são autônomos e acabam vivendo de bilheteria, no caso os independentes”. 

A própria Marília chegou a cogitar manter um evento de pequeno porte, que seria nesta semana, preocupada com a rentabilidade de sua equipe. Mas, com o desdobramento da situação no Recife, achou mais prudente optar pelo cancelamento. No entanto, como a cantora menciona, alguns artistas dispõem de uma situação mais confortável para lidar com uma crise como essas. É o caso da cantora Letícia Letrux, que chegou a comentar o assunto em suas redes sociais. Ela adiou toda sua agenda de apresentações de março e abril, totalizando o cancelamento de sete shows. "Do alto do meu recente privilégio em viver de arte, me vejo no olho de um furacão, e vocês sabem, o olho do furacão é até calmo. Com sorte, mãe e pai abençoados, economias de uma caprina, consigo dizer que mesmo não fazendo shows há um tempo, consigo sobreviver dois, três meses sem fazer show. Muitos e muitas terão problemas. Isso me preocupa", postou em seu Instagram. 

Igualmente preocupado está o cantor e compositor pernambucano Juvenil Silva.Vivendo exclusivamente de sua música ele já está na produção de um show a ser apresentado via redes sociais, para poder gerar alguma renda. “Eu, se passar dois meses sem tocar, sem fazer eventos, eu não pago aluguel nem boto o cuscuz com ovo na mesa. É uma questão que quem não trabalha com cultura e arte pode até não entender, certamente não vai entender 100%. Se eu não sair e captar uma grana, a gente não come, não vive, não paga boletos. Em breve eu vou fazer um show, vou vender pro Brasil todo, inclusive para outras cidades que estão com  uma quarentena maior. Vou fazer um show live para quem pagar um ingresso normal que eu cobro geralmente por aqui, entre R$ 15 e R$ 20. Então a pessoa vai pagar e ter acesso a esse show que eu estou montando”. 

Cachê

A preocupação dos trabalhadores da arte anda emparelhada com a enfraquecida política cultural do país. Na contramão desse cenário de apreensão, a Alemanha tem prometido assistência financeira a artistas afetados pelos cancelamentos que também estão acontecendo por lá. Através de um comunicado, a ministra da cultura do país, Monika Grütters, assegurou o suporte aos profissionais da área informando que será elaborado um plano de assistência financeira sobretudo à instituições menores e artistas independentes. 

Por aqui, alguns músicos já pensam em recorrer à gestão municipal e estadual para tentar reverter a situação solicitando o adiantamento de cachês, especialmente os de shows realizados no Carnaval de 2020. “A gente tá querendo ver com o pessoal da prefeitura de Olinda, pra gente sentar e bater um papo pra tentar ver o aceleramento do pagamento do cachê do Carnaval que seria um alívio momentâneo para uma grande parcela de pessoas envolvidas com a produção de evento - e não são poucas, tem técnicos de luz, som, roadies, produtores, motoristas, iluminadores. E que a Prefeitura do Recife e o Governo do Estado do estado também olhem pra cadeia produtiva da música e aceleram esses pagamentos porque é uma forma de suprir essa ausência de trabalho que só Deus sabe quanto tempo vai durar”, diz Rogério Rogerman, vocalista da banda Bonsucesso Samba Clube. 

Roger, que também cancelou um show de seu projeto solo por precaução, pensa em elaborar algumas lives durante o tempo de quarentena. Além disso, o artista pretende aproveitar a falta de shows e apresentações para criar coisas novas. Em tempo, ele deixa um recado: "É importante q o governo se mobilize para essa cadeia, óbviamente que o foco agora é a saúde e a população mais pobre, mais vulnerável, porém, a cadeia produtiva precisa ter apoio do estado porque são milhares de pessoas que estão perdendo sua capacidade de fazer dinheiro, o estado não pode simplesmente virar as costas." 

O que dizem as gestões

Procurados pelo LeiaJá, o Governo do Estado e as prefeituras do Recife e Olinda comentaram sobre a possibilidade de adiantamento de cachês e prestação de auxílio aos artistas locais. A Prefeitura de Olinda afirmou: "Acreditamos que quase nenhum Município dispõe de recursos para implantar algum tipo de auxílio financeiro para artistas. O Governo Federal sim. Dispõe de recursos e vamos inclusive encaminhar a proposta para a União". No entanto, confirmou que o prefeito Professor Lupércio já determinou que as equipes de análise de prestação de contas do pós-evento agilizem a tramitação dos processos. Estimamos que no mês de abril iniciaremos os pagamentos".

O Governo do Estado colocou que não só a cultura como o turismo, o setor de serviços e o comércio "todos eles têm recebido uma atenção do núcleo que envolve a tomada de decisões". Além disso, afirmou estar na fase de prestação de contas e liquidação de despesas para a realização de pagamentos dos cachês do Carnaval 2020. "São cerca de 600 processos de contratação e esse rito de pagamento precisa ser respeitado conforme a legislação"; e ressaltou que os projetos aprovados nos editais do Funcultura permanecem com sua execução garantida. 

Já a Prefeitura do Recife, explicou que "foi criado um Grupo de Trabalho, formado por seis secretarias, para enfrentamento das consequências sócio-econômicas das medidas restritivas dos Planos Nacional, Estadual e Municipal de Contingência da Covid-19. Este Grupo de Trabalho está elaborando um Plano de Mitigação focado nos impactos da renda dos trabalhadores informais e autônomos, caso dos artistas. As medidas para mitigação serão anunciadas".

Mas, e agora?

Com a crise aumentando a  cada dia, devido à rápida multiplicação de casos de Covid-19 e a necessidade de se praticar o isolamento social, os artistas dependem, como nunca, do apoio do público. Verdadeiras campanhas já estão sendo compartilhadas pela internet sugerindo algumas alternativas para que os fãs possam ajudar. Algumas delas são ouvir as músicas nas plataformas de streaming, compartilhar os trabalhos com os amigos, comprar produtos de merchandising como camisetas e bonés, e não solicitar ressarcimento de compra de ingressos para eventos que tenham sido adiados, como tem pedido a própria Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape). Embora o período peça o máximo de reclusão das pessoas, a rede de solidariedade e empatia pode acontecer através das ondas da internet. Como diz o recado de Rogerman: “A gente precisa unir forças”

Imagens: Reprodução/Instagram

 

Depois de conseguir angariar um grupo de cineastas voluntários, a candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, continua sua aproximação com a classe artística. Ela participará de um encontro organizado pelos atores Marcos Palmeira, Marco Nanini e Maitê Proença, na noite desta terça-feira, 4, no Rio de Janeiro.

O evento tem na lista de convidados cerca de oitenta pessoas. Palmeira, Maitê e Nanini são apoiadores declarados da candidata e já gravaram vídeo para as redes sociais. O objetivo do encontro será discutir as propostas para cultura da candidata.

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Segundo Marcos Palmeira, foram convidadas não apenas pessoas que a apoiam, mas também quem quer conhecê-la. Na lista de confirmados, estão Zeca Veloso, filho de Caetano (que apoia o candidato Ciro Gomes, do PDT), Otavio Muller, Bruno Gagliasso, Marcelo Serrado, entre outros.

"É uma campanha simples, de formiguinha mesmo. A Marina entende a cultura como uma forma de transformação social. Costumo dizer que ela é a candidata mais falada e menos ouvida", disse Marcos Palmeira. Cabo eleitoral da ex-ministra desde 2010, ele nas eleições anteriores já realizou encontros desse tipo. O desta noite ocorre num galpão no centro do Rio, que pertence a Nanini.

Sobre o apoio à candidata, Palmeira disse que se dispõe a ajudar como pode. Questionado se conversariam sobre doações no local, ele confirmou. "É doemarina o tempo inteiro. Ela precisa".

Com poucos recursos e segundos de tempo de TV, a campanha recorreu a um grupo de cineastas para fazer "filmes" para as redes sociais sobre as propostas da candidata, conforme mostrou o jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira. O time já conta com nomes como Fernando Meirelles e Tadeu Jungle.

Em junho, Marina e membros de sua campanha foram convidados a jantar na casa de outro global, o apresentador Luciano Huck, com membros do Agora!, grupo político do qual ele faz parte. Em entrevistas, ele já comentou que gosta da presidenciável e do tucano Geraldo Alckmin, mas não declarou apoio a nenhum deles.

Tudo indica que as pendências relacionadas ao pagamento dos cachês dos artistas, que foram contratados pela prefeitura do Recife, serão liquidadas. Pelo menos, essa foi a promessa da gestão municipal, durante discussão em audiência pública realizada, nesta quarta-feira (12), e convocada pelo vereador Ivan Morais (PSOL-PE).

Na reunião estiveram presentes o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha, que representou também a Secretaria de Cultura. Ele garantiu que todas as pendências desde 2013 serão quitadas até o final do mês de abril de 2017. De 2013 até 2017, a prefeitura contabiliza 129 processos estagnados que aguardam o pagamento.

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Recentemente, a Câmara dos Vereadores do Recife aprovou um projeto de lei que regulamenta o pagamento dos cachês de agremiações e artistas que são contratados pela gestão municipal. Na votação, 29 vereadores voltaram a favor e apenas um foi contra a proposta que determina que as atrações teriam que receber 50% do valor antes das apresentações. O projeto de lei foi apresentado em novembro e criado pelo vereador Wanderson Sobral Florêncio (PSC). Confira o projeto aprovado na íntegra:

"Projeto de Lei Nº  249  / 2015

Art.1º. Os pagamentos referentes à apresentação da cultura popular serão pagos através de subvenção.

§ 1º A subvenção descrita no “CAPUT” contemplam apresentações de concursos, desfiles, encontros e apresentações artísticas nos Polos Oficiais da Prefeitura do Recife.

Art.2º. Para os efeitos desta lei, o Poder Executivo Municipal deverá conceder todo o incentivo e apoio às agremiações de tais, como, blocos, troças, andas e grupos, maracatus, escola de samba, orquestras, cantores, clubes carnavalescos, que configuram a identidade do Carnaval do Município.

Art.3º. As agremiações carnavalescas com mais de cinco anos de funcionamento, devidamente comprovados através de documentação, e que há, no mínimo três anos consecutivos venham se apresentando no Carnaval de Recife, poderão receber apoio e incentivo do Poder Executivo Municipal, recebendo subvenções ou outra forma de apoio que lhes possibilite o custo das despesas com desfiles e apresentações.

§ 1º Na hipótese do apoio ou incentivo será realizado por subvenções, o Poder Executivo estabelecerá os valores, obdecidas rigorosamente a categoria e classificação das agremiações,no ano anterior.

§ 2º Para se habilitar e receber qualquer tipo de apoio ou incentivo do Poder Público as agremiações deverão se cadastrar junto ao órgão de cultura no razo que vier a ser determinado em regulamentação específica.

Art. 4º As agremiações, como blocos, troças, clubes, maracatus, escolas de samba e afoxés, orquestras, artistas receberão 50% (cinquenta por cento) do cachê antes das festividades, tais como: Carnaval, São João, Natal e 50% (cinquenta por cento) até 5º  dia útil subsequente à conclusão do processo de contratação.

Art. 5º Para fins de definição do cachê e consagração artística serão utilizados (03) três comprovações de artistas na internet, matérias de jornais, mídias digitais, CDS, DVDS, participações em concurso e a quantidade de (03) três Notas Fiscais Eletrônicas ou Notas de Empenho válidas.

Art. 6º Para as contratações até o limite de R$ 8.000,00 (oito mil reais), os valores das apresentações serão estabelecidos através do edital que deverá conter em detalhes a forma de definição dos valores  a serem pagos.

Art. 7º Na hipótese do apoio ou incentivo se verificar através de recursos financeiros, o Poder Executivo, através de regulamentação específica, estabelecerá os valores para o Carnaval, São João e Natal.

Parágrafo Único – Para o efeito deste artigo, o enquadramento se verificará após a fiscalização, pela Secretaria de Cultura do Recife e Fundação de Cultura Cidade do Recife e pelas entidades representativas das agremiações, considerando os seguintes quesitos:

I – Vestuário;

II – Número de desfilantes;

III – Número de componentes das orquestras, batucadas, bandas e congêneres.

IV – Número de apresentações durante o respectivo Ciclo Festivo.

V– Demais características definidas pelas entidades representativas das agremiações, Secretaria de Cultura Cidade do Recife e Fundação de Cultura da Cidade do Recife.

Art. 8º Ausência, no Ciclo Carnavalesco, Junino e Natalino, justificado ou não de agremiações que tenham recebido parte da subvenção de forma antecipada implicará na obrigação pessoal de representante legal na devolução de quantia recebida com seus acréscimos, além da perda da parcela restante.

Art. 9º Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação."

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O filme brasileiro "Aquarius", indicado à Palma de Ouro em Cannes e em cartaz no Brasil, tornou-se um símbolo da resistência do mundo artístico contra o governo conservador de Michel Temer.

A polêmica começou em Cannes em maio, quando, no tapete vermelho da maior vitrine do cinema internacional, o diretor Kleber Mendonça Filho e seu elenco, que inclui a estrela Sônia Braga, levantaram cartazes que denunciavam um suposto golpe de Estado no Brasil.

No outro lado do oceano, a então presidente Dilma Rousseff acabava de ser afastada pelo Senado, à espera do julgamento de destituição que chegou ao fim na semana passada.

O longa-metragem estreou no Brasil no dia 1º de setembro, exatamente um dia depois do impeachment e se transformou em um símbolo do descontentamento da esquerda intelectual, que tem lotado as salas de cinema e acompanha as projeções com aplausos e gritos de "Fora Temer!".

Coincidência paranormal

Sem tratar diretamente sobre a crise, o filme "acaba sendo muito político", diz Kleber Mendonça Filho em entrevista à AFP. Sônia Braga encarna a Clara, uma jornalista aposentada que se nega a abandonar seu apartamento em frente à praia em Recife, apesar das pressões de uma construtora que quer substituir seu edifício por um complexo imobiliário de luxo.

É uma "coincidência paranormal" com a trama política do Brasil, afirma o diretor. "A história do filme pode ser vista como a história de Dilma, algo que francamente nunca planejei: uma mulher que está sendo desalojada de maneira injusta. Existem por trás poderes que querem que ela saia", afirmou Mendonça Filho.

Nos primeiros quatro dias de exibição, o filme teve 55.000 espectadores -um número significativo para uma produção local- e se encontra entre os 16 longas brasileiros que aspiram representar seu país na competição pelo Oscar de melhor filme estrangeiro.

Outras polêmicas, sobre a classificação do filme somente "para maiores de 18 anos" (depois modificada para maiores de 16) e sobre os membros da comissão que escolherá o representante para o Oscar, colocaram o trabalho de Kleber ainda mais em evidência no atual contexto político.

Chico Buarque, Caetano Veloso e "Fora Temer!"

Desde que Temer assumiu o comando do Brasil, ainda como presidente interino, empreendeu uma série de reformas que geraram rejeição nos setores de esquerda e em grande parte da classe artística, como a extinção do Ministério da Cultura, uma decisão que depois de muitos protestos e ocupações foi revertida.

Artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque se juntaram à essa oposição: Caetano Veloso publicou uma foto nas redes sociais com um cartaz escrito "Fora Temer" antes de subir ao palco da abertura dos Jogos Olímpicos em agosto, e em seus shows na Europa o público tem cantado palavras de ordem contra o novo presidente.

Chico, por sua vez, acompanhou o ex-presidente Lula na tribuna de honra durante a maratônica sessão em que Dilma se defendeu no Senado, já na etapa final de seu julgamento. "Os agentes da cultura são como uma caixa de ressonância, como um espaço privilegiado de reflexão sobre as principais questões nacionais", disse à AFP Edson Farias, professor de Sociologia da Universidade de Brasília.

Entretanto, Farias acredita que o alcance das manifestações desses grupos de elite na sociedade brasileira ainda é bem limitada. "Essas atitudes, seja a de Chico ou do elenco do filme 'Aquarius', indicam um prestígio que ainda existe entre os artistas, mas a possibilidade de ressonar dentro dos círculos de poder legislativos, judiciário e do governo brasileiro ainda é distante", ponderou.

O candidato à Prefeitura do Recife (PCR) João Paulo (PT), promove nesta terça (16), um encontro com artistas e fazedores de cultura locais para discutir sobre o setor. O encontro, a ser realizado no Espaço Experimental - Bairro do Recife - faz parte do projeto 'Ciranda da Cidade' que propõe uma série de reuniões com diversos segmentos da sociedade com o intuito de colher ideias e propostas para uma eventual gestão à frente da PCR.

João Paulo pretende reunir a classe, com representantes de diversas linguagens - música, literatura, teatro, dança, circo, cultura popular, audivosual e artes plásticas, além de produtores - para um momento de escuta no qual os artistas possam colocar seus anseios, dificuldades e propostas. 

Entre os assuntos em pauta estarão a reativação do Sistema de Incentivo à Cultura (SIC), a implementação efetiva do Plano Municipal de Cultura, o futuro da Rádio Frei Caneca, a utilização e manutenção dos equipamentos culturais do município e incentivo às atividades de pesquisa e formação, entre outros. O evento é aberto a todo o público interessado.

Serviço

Ciranda da Cultura

Terça (16) | 19h

Espaço Experimental (Rua Tomazina, 199 - Bairro do Recife)

Gratuito

Após a extinção do Ministério da Cultura, membros da classe artística e cultural se reuniram na noite desta terça, 17, no Teatro Oficina, para uma mobilização contra o fim do MinC. Mais cedo, diversos artistas ocuparam a sede da Funarte - Fundação Nacional das Artes, em São Paulo. O encontro no Oficina contou a presença do diretor do espaço, José Celso Martinez Corrêa, além do ator Pascoal da Conceição, a professora e filosofa Marilena Chauí, o cantor Edgar Scandurra (da banda Ira!), e Fernando Anitelli, do grupo musical O Teatro Mágico.

Sob os gritos de "Fora, Temer" e "Cultura no poder", artistas defenderam o restabelecimento da pasta, agora fundida ao Ministério da Educação. Após as primeiras manifestações, o governo interino de Michel Temer criou uma secretaria nacional de cultura, medida insuficiente, segundo os artistas. "A cultura é a infraestrutura da vida, inspirou os direitos humanos, a luta pela igualdade da mulher e das etnias", disse Zé Celso. "Ela tem sido muito massacrada pela economia e temos que levar a sério porque isso também ameaça tantos outros ministérios. Diante de um governo ilegítimo, só poderemos legitimá-lo com eleições diretas", defendeu.

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Scandurra criticou um recente vídeo em que o deputado Marco Feliciano pedia aos artistas que deixassem de procurar o MinC e passassem ao Ministério do Trabalho. "Esse cara não merece nosso respeito. Estou à disposição, ofereço minhas mãos e forças para essa nossa luta."

Anitelli disse que o fim do MinC se deu pelo histórico de alianças equivocadas entre certa parcela da esquerda. "A conta chegou! Agora precisamos olhar para o que é comum entre nós. Essa luta tem que ser pedagógica, lado a lado para reconstruirmos esse novo caminho. Seja no teatro, na música ou em qualquer arte, precisamos colocar a nossa indignação. Onde sobra intolerância, falta inteligência", comentou.

Para Marilena Chauí, a perda da pasta atinge a essência da criação artística. "A cultura é a capacidade de criação simbólica e de relação com o ausente. É por meio da memória que resgata o passado, é por meio da esperança que vislumbramos o futuro de um país. Esse governo não pode suprimir a cultura, que é a essência de todos nós. Isso se refere a toda a sociedade brasileira", afirmou.

Ex-secretário municipal da Cultura de São Paulo, o vereador Nabil Bonduki disse que a intenção de reduzir a pasta atinge a capacidade de reação da sociedade. "A cultura é articuladora da crítica e tudo que esse governo quer é extinguir", disse. A cineasta Eliane Caffé atentou que é preciso colocar nomes nos atores do cenário político. "É um golpe e só quando nomeamos é que a história vai caminhar."

Ao longo da última semana, artistas realizaram atos na sedes do MinC em Belo Horizonte, nos prédios do Iphan em Curitiba, Ceará, Rio Grande do Norte e, no Rio de Janeiro, também foram ocupados por artistas. Ainda estão previstas manifestações em Salvador. Em São Paulo, os manifestantes seguiram para a sede da Funarte, que segue ocupada com debates e encontros programados para o longo da semana.

Na contramão das dificuldades, artistas pernambucanos lutam para perpetuar a arte e divulgar os seus trabalhos. Mesmo a região sendo conhecida, por muitos, como 'celeiro cultural', artistas de Pernambuco indagam pela falta de estrutura e incentivo para promoção da cultura popular. Além disso, há relatos da falta de espaços e de equipamentos culturais que há anos estão em reforma e não são entregues.

Essa é a realidade reportada por alguns artistas do município de Camaragibe, localizado na Região Metropolitana do Recife, distante da capital pernambucana 13 km. Mesmo o Estado sendo conhecido pela sua cultura popular e diversidade artística, manter viva a arte parece não ser tão simples. Pelo menos é o que afirma um dos líderes do Conselho Municipal de Cultura de Camaragibe, Ângelo Fábio.

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Segundo o artista, o primeiro e grande desafio foi conseguir fundar o primeiro conselho cultural da cidade. “A iniciativa emergiu em 1994 com a primeira discussão; em 1998, houve a ação protocolar no Governo vigente, que contou infelizmente com o caráter burocrático da gestão municipal. Só em 2001 conseguimos formar o estatuto e em 2003 formamos o primeiro conselho, e de 2002 a 2005, o movimento ganhou força”, lembrou.

Após mais de dez anos da iniciativa, o Conselho que emergiu de forma coletiva só conseguiu entrar em rigor, definitivamente, em 2015. Ainda de acordo com Ângelo Fábio, em 2011 aconteceu o debate do Conselho com o Governo Municipal e da classe popular da região e no mês de agosto do ano passado foi realizada a eleição com a participação da sociedade civil e pública. Com a elaboração e formação do Conselho, Ângelo relata que ainda há vários impasses que estão travados na prefeitura de Camaragibe.

“Queremos promover a cultura e principalmente estimular e divulgar a nossa classe artística que é riquíssima em diversas áreas. Além disso, temos que valorizar nossos artistas realizando eventos na própria cidade”, argumentou. Para o líder do Conselho, a prefeitura da cidade prioriza eventos com atrações grandiosas e não prevalece a cultura da terra. “As grandes festas, por exemplo: o São João. São contratados vários artistas de fora e a cultura popular muitas vezes é deixada de lado”, criticou.

Quanto às expectativas, o artista revela que mesmo com as dificuldades, o otimismo prevalece. “É meio que paradoxal! Mas somos teimosos e observamos nossa cidade como parte integrante do mundo. Somos sonhadores e nossas expectativas são as melhores. Mas o conselho não se move sozinho é importante que artistas, grupos, gestores, sociedade civil e gestão pública participem de forma mais ativa”, desabafou Ângelo.

“A forma como veem a cultura é como mera estrutura de lazer e nada mais. Não há uma perspectiva para o aprimoramento pessoal e profissional. Além disso, observo a falta de investimento no que diz respeito aos equipamentos públicos, como Teatro Camará, que vive em constante reforma”, lamentou.

Reforma sem fim - Entrando na lista de desafios e aquisições em prol da classe artística, o Teatro Municipal Bianor Mendonça Monteiro, conhecido popularmente como Teatro Camará, está em reforma desde 2013. Recentemente, o Conselho encaminhou ao gabinete do Prefeito Jorge Alexandre um parecer referente ao andamento da reforma do equipamento, porém até o momento não obteve nenhum posicionamento quanto a nossa solicitação. O Portal LeiaJá entrou em contato com o prefeito de Camaragibe, Jorge Alexandre, por telefone, mas não conseguiu falar com o gestor da cidade para obter informações sobre reabertura do Teatro.

Cadastro de artistas - Para integrar os artistas de diversas áreas, o Conselho criou o Cadastro Municipal de Informações Culturais de Camaragibe. No endereço eletrônico, os moradores podem preencher o formulário digital e compor a relação de artistas da região. Além disso, a relação servirá para os integrantes dos líderes do movimento cultural entrar em contato e informar os artistas.  

A morte de Eduardo Campos, candidato a presidência de república que se envolveu em um acidente aéreo nesta quarta-feira (13), pegou muita gente de surpresa, inclusive a classe artística. Cantores como Silvério Pessoas, Fafá de Belém e Lenine já haviam se manifestado sobre o caso, que conta agora com depoimentos emocionados de Caetano Veloso e Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial. 

"Parece incrível que eu tenha conhecido Eduardo Campos quando ele era criança. Olhando as responsabilidades que ele assumiu (e das quais deu conta com folga) , sinto-me um menino diante de um adulto”, disse Caetano no Facebook. “Que tenha morrido aos 49 anos um líder como Eduardo parece sinal de negação de quaisquer possibilidades”, lamenta o cantor brasileiro.

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Já Dinho Ouro Preto, conhecido pelos seus discursos contra a política tradicional, disse que iria votar em Eduardo nas eleições. “Pela primeira vez em muitos anos eu estava contemplando a possibilidade de apoiar publicamente alguém nessas eleições”, comentou ele sobre a eleição presidencial marcada para outubro deste ano. “meus sentimentos vão todos para sua adorável mulher e filhos. todos nos perdemos um grande homem hoje”, comentou Dinho Ouro Preto.

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