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Foto: CMC

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Em nota à imprensa publicada no site da Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (Depa) do Sistema Colégio Militar do Brasil, órgão subordinado ao Exército Brasileiro e ao Ministério da Defesa, foi anunciada a reabertura de todos os 14 colégios militares do Exército que há pelo país. O retorno será na próxima segunda-feira (21). 

A nota afirma que os colégios mantiveram atividades virtuais desde a suspensão das aulas presencial - por causa da Covid-19 -. O texto justifica a reabertura sob a alegação de que “esse meio virtual não contempla toda a complexidade que envolve o ensino-aprendizagem, em especial o contato direto dos discentes com os seus professores (...) e os alunos estão sendo conscientizados para o cumprimento dos procedimentos de higienização e afastamento, como já ocorre nos Colégios Militares de Manaus, Belém e Rio de Janeiro”. 

Outro documento chamado “INFORMATIVO GERAL Nº 006 - Mensagem do Diretor aos Responsáveis e Alunos do SCMB” e datado nesta quarta-feira (16), foi postado no site da Depa e traz a assinatura do diretor de Educação Preparatória e Assistencial, general de Divisão Francisco Carlos Machado Silva. Nele, o diretor se dirige em primeira pessoa aos alunos, pais e responsáveis para informar que as aulas serão retomadas a partir de 22 de setembro pois “já há algum tempo, todos os Colégios Militares do Sistema encontram-se preparados para receber os seus alunos de volta. Os Colégios de Manaus, Belém e Rio de Janeiro já retornaram. O primeiro há mais de dois meses e de forma plenamente exitosa”. Apesar do tom otimista em relação ao resultado das reaberturas já realizadas, houve impasse na retomada das aulas presenciais do Colégio Militar do Rio de Janeiro, onde professores entraram em greve sanitária.

“Assim, é que eu me dirijo aos nossos queridos alunos para que ajustem seus uniformes, engraxem seus sapatos, coturnos e botas, cortem seus cabelos, ensaiem seus coques e preparem as suas boinas para o encontro que teremos a partir do próximo dia 21 de setembro, segunda-feira. Serão jornadas memoráveis, quando, de forma tranquila e organizada, poderemos matar a saudade das nossas rotinas e bradar um poderoso Zum zaravalho!”, informou outro trecho do documento. 

Foram feitos também alguns esclarecimentos acerca de como será a retomada: “Não será uma volta plena, para todos os anos escolares ao mesmo tempo. As informações vão chegar por comunicados e serão difundidas de modo oportuno, via redes sociais. De nossa parte, estamos confiantes e ansiosos por este reencontro. Um fraterno abraço e que Deus nos acompanhe nessas jornadas”.

Pernambuco 

Em Pernambuco, onde vigora um decreto estadual de suspensão das aulas até o dia 22 de setembro (terça-feira), o anúncio feito pela Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (Depa) do Sistema Colégio Militar do Brasil contraria a determinação tomada pelo governador Paulo Câmara (PSB) na última segunda-feira (14). O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco em busca de um posicionamento sobre o assunto e aguardamos um retorno. 

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A Advocacia-Geral da União (AGU) divulgou, nesta segunda-feira (6), um parecer em que os estudantes dos colégios militares devem ser reconhecidos como egressos de escolas públicas para todos os fins, podendo, portanto, disputar vagas destinadas a alunos que estudaram em escolas públicas em universidades federais, estaduais e municipais, por meio de programas de ingresso ao ensino superior. O parecer, após ter sido assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, deverá ser observado por toda a Administração Pública Federal.

Mesmo os colégios militares possuindo um diferencial em relação às outras instituições públicas, como a contribuição dos alunos, a AGU afirma que isso não retira o caráter de ensino público dessas escolas. Em 2019, a Universidade de São Paulo (USP) cancelou a matrícula de vários alunos egressos de colégios militares aprovados no vestibular de 2018 que participaram do processo seletivo por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

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A instituição entendeu que os colégios militares seriam incompatíveis com a gratuidade do ensino público devido ao recolhimento de contribuições e quotas mensais escolares. No entanto, depois de reuniões com integrantes da Procuradoria-Regional da União da 3ª Região (PRU 3ª Região), Consultoria Jurídica da União em São Paulo, Comando Militar do Sudeste e representantes da Reitoria e Procuradoria-Geral da USP, a própria universidade reviu o entendimento e liberou a matrícula dos alunos.

“A importância desse parecer consiste na segurança jurídica que os alunos de escolas militares passam a contar na medida em que não vão ter suas matrículas questionadas ou canceladas por conta do entendimento das universidades federais de que essas instituições não se enquadrariam como escolas públicas nos termos da Lei 12.711/2012 (Lei de Cotas para o ensino superior). Com isso, a União também contribui para diminuir os litígios judiciais”, conclui, por meio de nota, a advogada da União Marcia de Holleben Junqueira, que participou da elaboração do parecer.

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não vai cortar recursos de colégios militares, apesar do contingenciamento no Ministério da Educação (MEC) de 30% de instituições federais de ensino.

As unidades militares estão vinculadas ao orçamento do Ministério da Defesa, por meio do Exército Brasileiro.

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"A força tem autonomia na definição das prioridades com relação aos recursos orçamentários de suas organizações. Por consequência, não está ligada ao sistema colégio militar do Brasil essa reestruturação, que você estão chamando de corte", afirmou Rêgo Barros.

O porta-voz afirma que há uma "inversão da pirâmide" na gestão de Bolsonaro, cuja intenção é privilegiar o ensino básico e o ensino fundamental.

"Trata-se de uma equalização no sentido de privilegiar o ensino básico e o ensino fundamental, e ainda que em menor quantidade, o ensino universitário", afirmou o Rêgo Barros.

O MEC, segundo o porta-voz, vai privilegiar projetos de educação básica na destinação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Presídios

O porta-voz também afirmou que o Ministério da Justiça e da Segurança Pública tem como meta criar, ainda em 2019, por volta de 20 mil novas vagas em presídios. Segundo ele, em parceria com Estados, o governo contribuiu para a abertura de 2.841 vagas no sistema prisional em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará e Santa Catarina. O orçamento para a ação foi de R$ 172 milhões.

A Universidade de São Paulo (USP) decidiu cancelar a matrícula de alguns alunos aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo a Pró-Reitoria de Graduação da instituição, os candidatos eram alunos de escolas do Exército e não se enquadram no sistema de cotas porque os centros de ensino militares eram mantidos por quotas pagas mensalmente pelos pais dos concorrentes.

De acordo com o Estado de São Paulo, uma reunião entre militares e representantes da USP foi realizada nesta sexta-feira (15) com o intuito de convencer a academia a aceitar os estudantes. Nas contas do Exército, a medida afeta 20 alunos, enquanto a USP contabiliza dez candidatos. A corporação ainda indicou o ato como um ataque político ao governo Bolsonaro.

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O anúncio do cancelamento foi realizado por meio e-mails enviados aos estudantes aprovados. Ainda segundo o Estado de São Paulo, uma parte dos alunos entrou em contato com as diretorias dos colégios para contestar, já que haviam deixado de realizar matrícula em outras universidades em que foram aprovados.

Segundo a USP, a decisão será revista. A universidade ainda salientou que a decisão de cancelar as matrículas de estudantes oriundos de escolas militares não tem relação política.  Os alunos possivelmente aceitos novamente, que tiveram a matrícula cancelada, não serão prejudicados.

O Superior Tribunal Federal (STF) decidiu, em plenária por unanimidade, que os colégios militares podem manter a cobrança de mensalidades em suas unidades. De acordo com os ministros, as instituições, apesar de públicas, não recebem o mesmo repasse da União e encontram-se fora do sistema tradicional de ensino. Portanto, foi avaliado que seria possível exigir o pagamento do valor para o custeio dos estabelecimentos.

Ainda segundo os ministros, a matrícula nos colégios militares é opcional e para ingresso os alunos passam por sistema de avaliação. Sendo assim, não pode haver uma comparação desses colégios com o sistema tradicional de ensino público.

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O relator da ação, ministro Luiz Edson Fachin, defende que as contribuições ajudam os colégios a manter a qualidade de ensino. "Essas contribuições permanecem relevantes para o custeio de uma das instituições de excelência educacional no Brasil."

O Comando do Exército e a Advocacia Geral da União defenderam a manutenção da cobrança que se dá, segundo os órgãos, em valores mais baixos do que os do ensino particular. Já em 2013, o STF rejeitou a ação apresentada pela Procuradoria Geral da República que defendia a gratuidade dos serviços a todos os cidadãos em qualquer situação.

Até 14 de setembro de 2018, os Colégios Militares estão com inscrições abertas para admissão de alunos. As vagas são para as instituições do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza, Manaus, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Curitiba, Juiz de Fora, Campo Grande, Santa Maria e Belém .

O processo seletivo é composto pelas seguintes etapas: Exame Intelectual (EI), a revisão médica e odontológica (RMO) e a comprovação dos requisitos biográficos (CRB) do(a)s candidato(a)s, todas de caráter eliminatório. Para participar da seletiva, o candidato precisa ser brasileiro, ter concluído ou estar cursando o quinto ano do ensino fundamental, para as vagas de ingresso no sexto ano do ensino fundamental; ou nono ano do fundamental, para os estudantes que desejam cursar o primeiro de nível médio, entre outras exigências.

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No total, o Colégio Militar disponibiliza mais de 500 vagas. A taxa de inscrição custa R$ 95, mas os estudantes que desejam pedir isenção do valor têm até o dia 7 de agosto para realizar o pedido. As candidaturas podem ser feitas pela internet.

As provas, que contarão com questões de matemática, Língua Portuguesa e redação, respectivamente, serão realizadas nos dias 21 de outubro e 25 de novembro. A listagem dos candidatos aprovados e classificados será divulgada em 26 de abril de 2019.

O Departamento de Educação e Cultura do Exército autorizou, por meio do Diário Oficial da União desta sexta-feira (19), a abertura de novo concurso para o preenchimento de 101 vagas para o cargo de professor de ensino básico, técnico e tecnológico, com lotação em colégios militares de todo o Brasil. As inscrições estarão abertas a partir do dia 13 de maio e seguirão até 17 de junho, nos sites dos colégios militares para quais as vagas são destinadas. A taxa de participação é de R$ 95.

A seleção será composta por provas escritas, teste didático e avaliação de títulos. A primeira fase está prevista para o dia 7 de julho.

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Há chances para as disciplinas de ciências físicas e biológicas; educação artística; física; matemática; português; química; espanhol; inglês; e educação física. As vagas são para Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, Campo Grande/MS, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Juiz de Fora/MG, Manaus/AM, Porto Alegre/RS, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA e Santa Maria/RS.

De acordo com o edital, as remunerações variam de R$ 4.240,03 para profissionais graduados a R$ 8.422,77 para doutores. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais.



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