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O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em sessão nesta quinta-feira (23), uma proposta que inclui no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a referência ao Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, criado pela Lei 12.127/09. O texto segue agora para sanção presidencial.

O Projeto de Lei 2099/19 (antigo PL 4509/16), aprovado em caráter conclusivo pelas comissões permanentes da Câmara, foi alterado depois pelo Senado, que incluiu no texto as referências ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas e aos demais bancos de dados do País, sejam nacionais, estaduais ou municipais.

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“Esse projeto é valioso ao buscar soluções para o problema dos desaparecidos”, disse a relatora, deputada Delegada Katarina (PSD-SE), ao defender a aprovação da iniciativa das deputadas Laura Carneiro (PSD-RJ) e Maria do Rosário (PT-RS). O parecer da relatora foi lido em Plenário pela deputada Bia Kicis (PL-DF).

Compartilhamento

O ECA é de 1990, e o texto original do estatuto apenas considerava como uma das linhas de ação das políticas públicas a oferta de um serviço de identificação e localização de pais, responsáveis, crianças e adolescentes desaparecidos.

Posteriormente, a Lei 11.259/05 definiu que a investigação do desaparecimento de crianças ou adolescentes será realizada imediatamente após notificação aos órgãos competentes, os quais deverão comunicar o fato à Polícia Rodoviária e a portos, aeroportos e companhias de transporte interestaduais e internacionais, fornecendo os dados necessários para identificação da pessoa desaparecida.

A redação aprovada pela Câmara em 2019 determina que essa notificação será dirigida ainda para o cadastro de crianças e adolescentes desaparecidas, o qual terá de ser atualizado a cada nova informação. Já a versão do Senado, de 2022, exige a notificação também ao cadastro nacional de pessoas desaparecidas.

*Da Agência Câmara de Notícias

As equipes de emergência prosseguiam nesta terça-feira (7) com os trabalhos de busca de dezenas de desaparecidos em um deslizamento de terra em uma ilha remota da Indonésia que matou 15 pessoas.

As condições meteorológicas e a que das linhas de comunicação dificultam as tarefas de resgate na ilha isolada de Serasan, no arquipélago de Natuna, onde vivem 8.000 pessoas.

As imagens divulgadas pelas autoridades locais mostram casas reduzidas a escombros e árvores no chão.

As equipes de resgate recuperaram 10 corpos na ilha, mas os moradores afirmaram que a tragédia provocou 15 mortes, segundo Abdul Muhari, porta-voz da Agência Nacional de Mitigação de Desastres.

Muhari também informou que oito pessoas desaparecidas foram encontradas, quatro delas em estado crítico. Outras 42 continuam desaparecidas.

As equipes de resgate concentravam os esforços em uma rua em que dezenas de casas foram atingidas.

"Ao longo desta rua, há quase 30 casas que foram soterradas", disse Muhari.

A Indonésia, um país insular, é propensa a deslizamentos de terra durante a estação chuvosa, agravados em alguns lugares pelo desmatamento.]

Os cientistas afirmam que os desastres naturais devem piorar com a mudança climática.

Em 2020, a capital indonésia, Jacarta, e outras cidades próximas sofreram as inundações mais graves em vários anos depois que as chuvas provocaram deslizamentos de terra. Pelo menos 67 pessoas morreram naquele ano.

O número de mortos após o forte temporal no litoral norte paulista durante o carnaval subiu para 48, informou a major Luciana Soares, porta-voz do Corpo de Bombeiros, à Rádio Eldorado. Segundo ela, após as buscas serem interrompidas por causa de novas chuvas nesta terça-feira (21), os trabalhos de procura por desaparecidos foram retomados por volta das 5h desta quarta-feira (22).

De acordo com a major, ainda há riscos, mas as análises técnicas mostram que neste momento eles estão sob controle. Luciana afirma que há locais de ainda difícil acesso e há ajuda dos militares para chegar a esses pontos. São quase 200 bombeiros, além de cerca de 100 agentes do Exército, envolvidos nas operações. "A maior dificuldade é depender da condição climática", diz a major. Muitas vezes, acrescenta, os bombeiros são obrigados a parar por causa da volta das chuvas.

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Desaparecidos

A quantidade de desaparecidos, segundo ela, é de 36, mas ainda não foi feita atualização da lista após serem achados corpos. "Não temos como precisar (quando será) o término dessa operação", afirma. "É bem possível que esse atendimento se estenda por meses." Sobre a possibilidade de encontrar desaparecidos ainda com vida, a major afirmou que isso depende da obstrução das vias aéreas das vítimas.

Os temporais na região se tornaram os maiores registrados na história do Brasil. De acordo com o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), as chuvas que caíram no último sábado (18) e domingo (19), resultaram no acumulado de 682 mm em Bertioga e 626 mm em São Sebastião, maiores valores acumulados já registrados no País.

A força tarefa que busca desaparecidos em São Sebastião, no litoral norte paulista, vai concentrar os trabalhos hoje (21) na Barra do Sahy. O bairro é um dos mais atingidos pelos deslizamento e enxurradas do fim de semana, e, segundo a Defesa Civil estadual, tem o maior número de pessoas desalojadas e desaparecidas. O local só é acessado por barco ou helicóptero. Em alguns pontos, não há sequer conexão de internet ou sinal de celular. Alguns desses locais estão até 50 quilômetros distantes do centro do município.

Na manhã de hoje, as equipes trabalhavam com o número de 40 desaparecidos e 40 mortos em toda a região. Os temporais do fim de semana deixaram ainda 1,7 mil pessoas desalojadas e 766 desabrigadas na região.

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Estradas bloqueadas

Estão sendo feitos esforços também para desobstruir as estradas da região, que tiveram diversos pontos bloqueados pelos deslizamentos de terra. Para esses trabalhos, estão sendo usadas máquinas escavadeiras. Na manhã de hoje, foi possível liberar um trecho da Rodovia Rio-Santos entre Boiçucanga e Camburi. Ontem (20), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que há indícios que partes da rodovia podem ter sido completamente destruídas.

Na Rodovia Mogi-Bertioga, a previsão é que precisem ser investidos R$ 9,4 milhões em 6 meses de obras para reconstruir o trecho onde houve rompimento da tubulação que recebe águas pluviais.

Mutirão

Ontem, moradores da Topolândia, um dos bairros que fica próximo ao centro do município, trabalhavam em mutirão para retirar a lama e o entulho das ruas e poderem acessar as casas. O esforço era acompanhado por máquinas e caminhões. Voluntários distribuíam doações e água para os envolvidos nas atividades e para as famílias que ficaram desabrigadas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também esteve no município e prometeu que serão construídas casas para as pessoas que perderam a moradia em áreas que não tenham riscos semelhantes.

A Defesa Civil Nacional reconheceu o estado de calamidade pública em São Sebastião, Caraguatatuba, Guarujá, Bertioga, Ilhabela e Ubatuba, os municípios do litoral norte mais atingidos pelas chuvas do fim de semana.

 

Uma ponte pênsil que liga os municípios de Torres (RS) e Passo de Torres (SC) teve parte de sua estrutura rompida. De acordo com a prefeitura da cidade gaúcha, o acidente aconteceu por volta das 2h20 de hoje (20) por causa do excesso de peso. Até a publicação desta matéria, haviam cinco pessoas desaparecidas, entre elas, uma mulher e seu filho de 1 ano.

Cerca de 100 pessoas utilizavam a ponte para travessia quando ela cedeu. "Ao atravessar a ponte, há placas informativas sobre a capacidade máxima: 20 pessoas", completou o comunicado.

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Veja o vídeo do momento da queda da ponte:

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A Brigada Militar (BM) e o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul informaram que pelo menos 30 pessoas foram resgatadas da água, 15 foram atendidas por equipes de saúde, em Torres. As buscas continuam.

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As chuvas que atingiram o Estado de São Paulo entre a tarde de domingo e a madrugada desta segunda-feira, 13, deixaram uma pessoa morta e três desaparecidas na capital e no interior. Ruas e casas foram alagadas e carros ficaram submersos. Desde o início da Operação Chuvas de Verão, em 1º dezembro de 2022, a Defesa Civil estadual contabilizou 25 mortes, cinco desaparecidos e 249 ocorrências em todo o Estado. Em todo o verão passado, até 20 de março, morreram 50 pessoas em decorrência das chuvas.

Um homem de 52 anos foi levado pela enxurrada durante forte chuva, na tarde de domingo, em Biritiba-Mirim, na região metropolitana de São Paulo. O corpo foi resgatado já sem vida no interior de um córrego, na rua Manoel da Nóbrega.

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Também no domingo, em Itaquera, na zona leste da capital, um menino de 10 anos desapareceu na inundação. As buscas foram retomadas nesta segunda-feira.

Em Salto de Pirapora, região de Sorocaba, a moradora Cleidilene Nunes de Souza sumiu após ser arrastada pela enxurrada e cair em um córrego, no Jardim Paulistano. Outra pessoa desapareceu em Mauá, na Grande São Paulo, segundo a Defesa Civil.

Cidades ficam sem água

As chuvas intensas do fim de semana interromperam o abastecimento de água em São Bento do Sapucaí, no Vale do Paraíba. Houve também a queda de uma ponte na zona rural. Em Itu, o temporal causou o rompimento da Represa do Itaim, interrompendo o abastecimento de água em 24 bairros.

Também ocorreram danos na adutora da região do Pirapitingui, afetando outros 11 bairros. Na tarde desta segunda-feira, a situação ainda não tinha sido normalizada.

O distrito de Catuçaba, na histórica São Luiz do Paraitinga, ficou sob as águas, com mais de 200 casas alagadas e 600 pessoas desalojadas. A prefeitura usou as redes sociais para pedir ajuda.

Em Sorocaba, choveu 100 milímetros entre a tarde de domingo e a madrugada desta segunda, causando grandes inundações em cinco bairros. Bombeiros usaram barcos para resgatar famílias ilhadas e retirar ocupantes de carros parados nos alagamentos.

Conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil do Estado, as chuvas já deixaram também sete feridos, 1.376 desabrigados e 7.171 desalojados. Dos municípios que operam o plano preventivo da Defesa Civil, 138 permanecem em observação e 36 continuam em atenção.

As cidades de Aparecida, Socorro e Ferraz de Vasconcelos estão em alerta. "Estamos com equipes nas regiões afetadas, realizando vistorias e acompanhando o trabalho dos bombeiros, engenheiros e agentes das defesas civis", disse o coordenador estadual coronel Henguel Ricardo Pereira.

Seis mortes em Araraquara

Entre as vítimas das chuvas neste verão no Estado, dez estavam no interior de veículos que foram engolidos por erosões ou caíram em rios - uma única ocorrência causou seis mortes em Araraquara. Sete vítimas foram arrastadas por enxurradas, duas morreram em quedas de árvores, duas em desabamentos e uma foi vítima de raio.

No ano passado, 34 mortes aconteceram em deslizamentos de terra acontecidos em quatro cidades da região metropolitana de São Paulo. Só em Franco da Rocha foram 18 mortes.

Equipes de emergência com o auxílio de helicópteros resgataram um sobrevivente nesta terça-feira (20) no Golfo da Tailândia e trabalhavam para encontrar dezenas de soldados que desapareceram em um naufrágio no domingo.

Um membro da tripulação do "HTMS Sukhothai", que naufragou no domingo à noite a 30 quilômetros da costa de Bang Saphan, sul do país, foi encontrado nesta terça-feira e está "bem", anunciou o comandante da Marinha tailandesa, Pichai Lorchusakul.

"É uma boa notícia e mostra que podemos encontrar mais pessoas", afirmou.

Dos 105 tripulantes - e não 106, como a Marinha anunciou em um primeiro momento -, 76 foram resgatados e 29 continuam desaparecidos.

"A dificuldade da missão de resgate é que há muito vento e ondas", afirmou Pichai Lorchusakul.

O navio tailandês "HTMS Kraburi", de 176 tripulantes, zarpou na manhã de terça-feira para ajudar nas buscas, ao lado de outras embarcações e dois helicópteros Seahawk. A equipe trabalha para rastrear uma zona de 30 por 30 milhas náuticas.

Os esforços para localizar a tripulação são concentrados na busca aérea, com apoio da Aeronáutica tailandesa.

Especialistas acreditam que o "HTMS Sukhothai" - uma corveta, navio militar de menor dimensão - enfrentou problemas depois que seu sistema eletrônico sofreu danos, segundo a Marinha.

"Os sistemas operacionais do navio pararam de funcionar, o que fez a embarcação perder o controle", disse um porta-voz.

No porto, as famílias dos desaparecidos mantêm as esperanças, mas as possibilidades de encontrar sobreviventes diminuem com o passar das horas.

Phongsri Suksawat, 50 anos, declarou estar "100% convencida" de que seu filho, Chirawat Toophorm, 22 anos, "voltará para casa" em Rayong (leste).

"Gostaria de beijá-lo", disse.

Partes do sul da Tailândia foram afetadas nos últimos dias por tempestades e inundações.

O serviço meteorológico mantém o alerta para fortes ventos e condições difíceis no Golfo da Tailândia.

A Marinha da Tailândia anunciou nesta segunda-feira (19) uma operação de resgate de 31 pessoas que desapareceram após o naufrágio de um navio perto da costa sudeste do país.

"Estamos procurando 31 dos 106 tripulantes do HTMS Sukhothai", anunciou o almirante Pogkrong Montradpalin, porta-voz da Marinha Real Tailandesa.

Os tripulantes "perderam o controle" do navio e este afundou pouco depois da meia-noite devido às fortes marés no Golfo da Tailândia, que danificaram o sistema elétrico da embarcação, afirmou o almirante.

O primeiro-ministro, Prayut Chan-o-Cha, anunciou uma investigação sobre a causa do incidente.

"Estou acompanhando de perto as notícias, cinco pessoas estão gravemente feridas", declarou em um comunicado.

Imagens divulgadas pela Marinha mostram o navio inclinado, parcialmente submerso.

Setenta e cinco pessoas foram resgatadas e 11 levadas para um hospital em Bang Saphan.

A operação de resgate inclui dois helicópteros militares, duas fragatas e um navio anfíbio, de acordo com um comunicado da Marinha.

A Força Aérea Real também ajudou na operação.

O Sukhothai HTMS, de fabricação americana, entrou em operação em 1987, de acordo com o centro de estudos US Naval Institute.

Várias regiões do sul da Tailândia foram afetadas nos últimos dias por tempestades e chuvas intensas.

Em 2018, uma embarcação que transportava turistas chineses virou nas proximidades da ilha de Phuket, na costa oeste da Tailândia. Mais de 40 pessoas morreram, em uma das maiores tragédias marítimas da história recente do país.

Ao menos 16 pessoas morreram em um deslizamento de terra nesta sexta-feira (16) em uma área de acampamento na Malásia, onde as equipes de resgate procuram 17 pessoas desaparecidas, informaram os serviços de emergência.

Nor Hisham Mohammad, diretor de operações no departamento de incêndios e resgate, confirmou o balanço de 16 vítimas fatais e as buscas por 17 pessoas.

O ministro do Desenvolvimento do governo local, Nga Kor Ming, afirmou que 61 pessoas foram resgatadas após o deslizamento durante a madrugada na área da cidade de Batang Kali, perto da capital Kuala Lumpur e de um complexo de cassinos em uma zona montanhosa.

Veronica Loi, que estava acampada no local, explicou à AFP que sua família estava dormindo quando ouviu um barulho forte e repentino. "Vimos que a barraca desapareceu totalmente", disse.

Nga afirmou que o acampamento operava sem licença e que os proprietários do local podem ser processados.

Vídeos e fotos publicadas na internet mostram árvores derrubadas e carros destruídos, assim como as equipes de resgate com lanternas e pás trabalhando para procurar sobreviventes.

Os deslizamentos de terra são comuns na Malásia após chuvas intensas, que acontecem com frequência no fim do ano. Mas não há registro de tempestades na região nas últimas horas.

Equipes de emergência procuram por uma dúzia de pessoas desaparecidas na ilha de Ischia, no sul da Itália, neste domingo (27), depois que um deslizamento de terra deixou pelo menos um morto e levou o governo a convocar uma reunião de emergência.

Uma avalanche de lama e detritos, desencadeada por fortes chuvas, devastou a pequena cidade de Casamicciola Terme, no norte da ilha de Ischia, na costa de Nápoles, na manhã de sábado.

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Equipes de resgate encontraram o corpo de uma mulher, anunciou Claudio Palomba, prefeito de Nápoles. Segundo a agência AGI, tinha 31 anos. A imprensa italiana também relatou 13 feridos.

Algumas das pessoas que foram inicialmente dadas como desaparecidas foram posteriormente encontradas sãs e salvas, incluindo uma família com um recém-nascido, disse o prefeito.

Mas uma dúzia de pessoas ainda estava desaparecida no meio da tarde de sábado, acrescentou o responsável.

"Tememos que haja outras vítimas, mas até agora o número é (de uma pessoa morta)", informou Luca Cari, porta-voz do Corpo de Bombeiros, à AFP.

Os esforços de resgate foram prejudicados por chuvas e ventos contínuos, que também atrasaram a chegada de balsas com ajuda do continente.

O ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi, chamou a situação de "muito grave" e alertou que várias pessoas ainda estavam presas na lama.

- Trabalho de resgate complexo -

A gestão do desastre provocou um tropeço do governo: Piantedosi negou uma declaração do vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, que havia relatado oito mortes na tragédia, explicando que esse saldo não havia sido confirmado.

O deslizamento de terra arrastou árvores e veículos, alguns dos quais chegaram até o mar. A lama "enterrou uma casa" e duas pessoas foram resgatadas de um carro que foi arrastado para o mar, segundo o Corpo de Bombeiros.

Pelo menos 30 famílias estão presas em suas casas por causa da lama, sem água ou eletricidade, informou a agência de notícias ANSA. A estrada que dava acesso ao bairro estava bloqueada por lama e entulhos.

Os serviços de resgate planejavam retirar de 150 a 200 pessoas na noite de sábado para que pudessem passar a noite em abrigos temporários.

As autoridades pediram aos moradores que permaneçam em suas casas para não atrapalhar o trabalho dos socorristas.

“O trabalho de resgate ainda é complexo devido às condições meteorológicas”, de acordo com o departamento de proteção civil. No entanto, as operações continuaram durante toda a noite graças ao uso de lanternas e projetores.

A primeira-ministra italiana de extrema-direita, Giorgia Meloni, disse estar acompanhando a situação e neste domingo realizou uma reunião extraordinária de gabinete para tratar da situação.

Casamicciola Terme, uma cidade turística de 8.000 habitantes na ilha de Ischia, já registrou um terremoto em 2017 que causou duas mortes. No final do século XIX, um terremoto muito mais forte destruiu totalmente a cidade.

A tragédia de sábado ocorre semanas depois que 11 pessoas foram mortas por chuvas torrenciais que atingiram o centro-leste da Itália.

O governo do Pará confirmou a morte de ao menos 11 pessoas em um naufrágio na quinta-feira (8) próximo à Ilha de Cotijuba. A embarcação estava irregular e transportava 82 pessoas, das quais 63 sobreviveram. Há ainda oito desaparecidos. O número de mortos foi corrigido pelas autoridades em entrevista coletiva no fim da tarde da quinta-feira. Inicialmente, a Marinha e a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) falavam em 14 óbitos.

De acordo com órgãos oficiais, a lancha não tinha permissão para transportar passageiros e partiu de um porto clandestino na localidade de Camará, na Ilha de Marajó. As vítimas estão sendo levadas para o Instituto Médico Legal (IML), em Belém.

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Dezenas de barcos, mergulhadores e helicópteros procuraram por desaparecidos ao longo do dia. As buscas foram suspensas à noite e serão retomadas na manhã desta sexta-feira. A embarcação continua submersa no rio e há suspeitas de que mais vítimas estejam presas à estrutura.

Uma escola municipal localizada no distrito de Cotijuba, próxima à região onde houve o naufrágio, em Belém, foi adaptada para receber os sobreviventes resgatados. Um plantão multiprofissional está atendendo as vítimas. "Estamos dando atenção principalmente às crianças que ficaram órfãs", disse o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

São muitos os depoimentos de desespero dos passageiros da lancha "Dona Lourdes 2?. Seu Ivanildo embarcou na cidade de Cachoeira do Arari com a mulher, cinco filhos e a sogra. Duas filhas estão desaparecidas e a sogra morreu. "Foi tudo muito rápido, o motor parou e a maresia começou a entrar", relata.

Isabel Cristina viajava na parte traseira da embarcação e foi arremessada no rio pela força da água que invadiu a lancha. "Éramos pelo menos 12 pessoas à deriva. Começamos a bater o pé para tentar chegar na beira antes de a maré levar a gente", conta. Muitos familiares se deslocaram de barco, de regiões ribeirinhas, em busca de informações sobre os sobreviventes.

A embarcação fazia o trajeto entre a localidade de Camará, na cidade de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, para Belém. O naufrágio ocorreu próximo à Ilha de Cotijuba, por volta de 9h30. A lancha "Dona Lourdes 2 é da empresa M. Souza Navegação, que já havia sido notificada pela Arcon por operar sem autorização.

Segundo as primeiras apurações, a proprietária da embarcação foi identificada, bem como o filho da mesma, Marcos de Sousa Oliveira, que era o responsável pela viagem que transportava os passageiros do Marajó á capital do Estado. A causa do naufrágio não foi informada pelas autoridades.

O Lourdes II era o terceiro barco comandado por Marcos, depois de duas embarcações anteriores terem sido retiradas de circulação pela Marina do Brasil por apresentarem irregularidades.

"Houve reincidência, já que os responsáveis colocaram uma nova embarcação para fazer o trajeto, e a Marinha também a apreendeu em uma ação de fiscalização", informou a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), em nota.

Nas redes sociais, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), candidato à reeleição, lamentou às mortes. "Nós estamos todos mobilizados desde as primeiras horas para resgatar as pessoas que ainda não foram encontradas", afirmou.

Segundo ele, o proprietário da embarcação já havia sido notificado de irregularidades outras três vezes. "Ele pegou uma terceira embarcação com essa ambição desmedida por continuar mesmo clandestinamente trabalhando. E aconteceu essa tragédia", afirmou.

Treze pessoas continuam desaparecidas após o naufrágio de uma embarcação na Indonésia devido ao tempo ruim, informou um responsável da operação de resgate nesta terça-feira (19).

A balsa, que levava 77 pessoas a bordo entre passageiros e tripulantes, virou na ilha indonésia de Ternate na noite de segunda-feira, quando navegava em direção à ilha de Halmahera.

Os habitantes da área saíram em seus barcos para ajudar a tirar os passageiros da água.

"Sessenta e quatro sobreviventes foram levados para a cidade de Tokaka (perto do local do acidente) depois que os moradores os encontraram nadando até a praia", disse Fathur Rahman, chefe da agência de resgate local.

Nesta terça às 15h30 (hora local), as autoridades continuavam sua busca por 13 passageiros, acrescentou Rahman.

Em maio, uma balsa com mais de 800 pessoas encalhou em águas rasas na província de Nusa Tenggara Oriental e permaneceu encalhada durante dois dias, sem deixar vítimas. Em 2018, mais de 150 pessoas se afogaram quando uma balsa naufragou em um dos lagos mais profundos do mundo na ilha indonésia de Sumatra.

Neste sábado (2), 27 pessoas estão desaparecidas depois que sua embarcação foi atingida por um tufão no Mar da China Meridional, anunciou o serviço de apoio aéreo do governo de Hong Kong.

A embarcação de engenharia estava a 160 milhas náuticas a sudoeste de Hong Kong quando foi atingida pela tempestade Chaba.

O navio "foi severamente danificado e partiu em dois", detalhou o serviço de Hong Kong.

Ajuda foi enviada ao local depois de receber a notificação por volta das 07h25 (20h25 de sexta-feira no horário de Brasília).

Três dos 30 tripulantes foram resgatados às 15h00, horário local, e levados ao hospital, disseram as autoridades.

Imagens fornecidas pelo governo de Hong Kong mostram uma pessoa sendo resgatada quando as ondas batem no convés do navio semi-submerso.

Segundo os três sobreviventes, outros membros da tripulação podem ter sido arrastados pelas ondas antes da chegada do primeiro helicóptero de resgate, de acordo com um comunicado das autoridades.

O tufão Chaba formou-se no centro do Mar da China Meridional e atingiu a costa na tarde de sábado na província de Guangdong, no sul do país.

O local onde o navio estava localizado registrava ventos de 144 quilômetros por hora e ondas de até dez metros de altura, especificaram as autoridades.

As equipes de resgate vão expandir a área de busca "devido ao grande número de pessoas desaparecidas" e estenderão a operação até a noite se as condições climáticas permitirem.

As buscas pelos desaparecidos de um naufrágio no Litoral de Cabedelo, na Paraíba, foram retomadas pela Marinha do Brasil nesta quinta-feira (23). Oito tripulantes ocupavam a embarcação quando houve o incidente nessa quarta (22).

O navio de transporte de carga "Thaís IV" saiu do Recife e levava suprimentos para Fernando de Noronha, mas perdeu contato com o continente por volta das 4h30. Quatro tripulantes foram resgatados por um navio mercante e apresentam um bom estado de saúde, informou a Marinha.

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A outra metade dos ocupantes ainda está desaparecida. Dois navios patrulha e uma aeronave foram deslocados para realizar as buscas na área nesta quinta.

Os irmãos Oseney da Costa de Oliveira e Amarildo da Costa de Oliveira confessaram ter matado e esquartejado o jornalista correspondente do The Guardian, Dom Phillips, e o indigenista Bruno Pereira, de acordo com a Band, que também informou que a Polícia Federal irá fazer uma entrevista coletiva às 17h desta quarta-feira (15), para detalhar o caso. 

Oseney, que foi preso na terça-feira (14), disse que ele e o irmão mataram o indigenista e o jornalista no último dia 5, após terem sido flagrados pescando ilegalmente. Bruno e Dom foram mortos, tiveram os corpos esquartejados, incendiados e foram levados para uma vala na terra indígena do Vale do Javari, na Amazônia. Já o outro irmão, Amarildo, mais conhecido como “pelado”, foi preso na semana passada.

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Os irmãos estavam pescando pirarucu, quando foram alertados por Bruno e Dom, que estava fotografando. 

A Polícia Federal (PF) informou na noite desta segunda-feira (13) que as buscas pelo jornalista Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Pereira vão prosseguir e que nada foi encontrado no dia de hoje. 

Pela manhã, após circularem notícias na imprensa de que dois corpos teriam sido encontrados na área de busca, a PF, que coordena as forças de segurança na operação, negou a informação. 

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 "Os órgãos federais e estaduais reforçam que não há nada mais importante do que a busca pelos senhores Bruno Pereira e Dom Phillips e reiteram a esperança de encontrá-los", diz a nova atualização.   

Ontem (12), bombeiros envolvidos na operação encontraram uma série de pertences dos dois desaparecidos. Segundo a PF, os itens encontrados foram: um cartão de saúde, uma calça preta, um chinelo preto e um par de botas pertencentes a Bruno e um par de botas de Dom.   

Na sexta-feira (10), a PF no Amazonas, que está à frente das forças de segurança na Operação Javari, informou que equipes de busca encontraram material orgânico, “aparentemente humano”, em uma área próxima ao porto de Atalaia do Norte. Ainda não há informação se a amostra recolhida tem alguma relação com o desaparecimento de Dom Phillips e de Bruno Pereira. 

O Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal está fazendo análise pericial do material recolhido, como também fará a perícia em vestígios de sangue encontrados na embarcação de Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como “Pelado”, suspeito de envolvimento no caso e que está preso desde a semana passada. A expectativa é que os resultados laboratoriais saiam ainda esta semana, informou a PF. 

Phillips, que é colaborador do jornal britânico The Guardian, e Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos pela última vez na manhã de domingo (5), há oito dias, na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), quando sumiram sem deixar vestígios. 

O indigenista denunciou que estaria sofrendo ameaças na região, informação confirmada pela PF, que abriu procedimento investigativo sobre essa denúncia. Bruno Pereira estava atuando como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), uma entidade mantida pelos próprios indígenas da região.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta segunda-feira, 13, que "indícios levam a crer que fizeram alguma maldade" ao jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, desaparecidos na Amazônia. O chefe do Executivo disse considerar improvável que a dupla ainda seja encontrada com vida.

"Os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles, porque já foram encontradas vísceras humanas boiando no rio, que já estão aqui em Brasília para fazer o DNA e pelo tempo, já temos 8 dias, indo para o nono dia, de que isso tudo aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida. Peço a Deus que isso aconteça, que encontremos com vida", afirmou. As declarações foram feitas à rádio CBN Recife.

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Nesta segunda-feira, a Polícia Federal divulgou nota para informar que Pereira e Phillips não foram encontrados até o momento. Segundo o comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal no Amazonas, foram encontrados materiais biológicos que estão sendo periciados e pertences pessoais dos desaparecidos.

O presidente ainda criticou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que o governo adotasse 'todas as providências necessárias' para encontrar a dupla. "É dispensável o senhor Barroso dar uma de 'dono da verdade.' (...) Ele (Barroso) se preocupou apenas com esses. Nós nos preocupamos com todos os desaparecidos no Brasil", afirmou.

Um cartão de saúde, uma calça, um chinelo e um par de botas do indigenista Bruno Araújo foram encontrados pela Polícia Federal no Vale do Javari, no Amazonas, junto com outro par de botas e uma mochila com roupas do jornalista britânico Dom Phillips, nesse domingo (12). O desaparecimento dos dois ocorreu no último dia 5 e vem movimentando a cobrança por uma busca mais minuciosa por eles.

O Comitê de crise coordenado pela Superintendência da PF no estado percorreu o Rio Itaquaí para colher vestígios do paradeiro da dupla, no âmbito da Operação Javari. “Especialmente na área onde foi encontrada uma outra embarcação aparentemente de propriedade de Amarildo da Costa Oliveira, que se encontra com prisão temporária decretada por conta dos fatos”, pontuou, em nota, o Comitê.



LeiaJá também: O que se sabe sobre o desaparecimento de Dom e Bruno

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Na sexta (10), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para que o governo apresente um relatório com as ações tomadas para encontrá-los, bem como o que foi apurado até o momento.



Três dias antes, ao comentar sobre o desaparecimento na Cúpula das Américas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou o trabalho feito pelos dois em áreas indigenas como uma "aventura não recomendada" e reforçou que as forças de segurança realizam uma "busca incansável".

Parentes, amigos e manifestantes se concentraram, neste domingo (12), no posto 6 da Praia de Copacabana, zona sul do Rio, para pedir respostas sobre o desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, há uma semana. 

Eles desapareceram na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares. Os manifestantes vestiam camiseta branca com uma foto dos dois e a pergunta: Onde estão Dom Phillips e Bruno Pereira? 

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A manifestação começou pouco depois das 9h, no posto 6, lugar onde Dom costumava praticar stand-up paddle, e por volta das 10h houve uma caminhada até o posto 5, onde permaneceram por cerca de uma hora.  Dom Phillips, colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos, pela última vez, na manhã de domingo (5).

Os dois saíram da comunidade ribeirinha de São Rafael em direção à cidade de Atalaia do Norte (AM), quando sumiram sem deixar vestígios.  Bruno Pereira, que é atualmente colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), já havia denunciado ameaças que vinha sofrendo. 

Na última sexta-feira (10), a Polícia Federal (PF) no Amazonas, que está à frente das forças de segurança na Operação Javari, informou que equipes de busca encontraram material orgânico, “aparentemente humano”, em uma área próxima ao porto de Atalaia do Norte. Não há informação ainda se a amostra recolhida tem alguma relação com o desaparecimento de Dom Phillips e de Bruno Pereira. 

O Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal é quem vai realizar a análise pericial do material recolhido, como também fará a perícia em vestígios de sangue encontrados na embarcação de Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como “Pelado”. 

Ele é suspeito de envolvimento no caso e teve a prisão temporária por 30 dias decretada na noite de quinta-feira (9) pela juíza plantonista Jacinta Santos, durante a audiência de custódia de Oliveira, na Comarca de Atalaia do Norte (AM). O processo segue em segredo de justiça. 

Além dessas perícias, serão analisados materiais genéticos coletados por investigadores de referência de Dom Phillips, em Salvador, e de Bruno Pereira, no Recife. Estas amostras serão utilizadas na análise comparativa com o sangue encontrado na embarcação. 

As buscas na região estão sendo feitas com apoio da Marinha, que enviou ao local uma equipe de Busca e Salvamento (SAR) da Capitania Fluvial de Tabatinga, com lancha, helicóptero, embarcações e uma moto aquática. Também há apoio da Funai.

Um bilhete apócrifo com ameaças dirigidas ao servidor licenciado Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e a líderes indígenas foi deixado no escritório de advocacia que representa a organização para a qual ele vinha trabalhando voluntariamente, em Tabatinga (AM). Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do The Guardian, desapareceram no domingo, quando faziam viagem a trabalho no Vale do Javari.

"Sei quem são vocês e vamos achar para acertar as contas", diz um trecho do bilhete, com a grafia corrigida, endereçado ao advogado Eliesio Marubo. "Sei que quem é contra nós é o Beto Índio, e o Bruno da Funai é quem manda os índios irem prender nossos motores e tomar os nossos peixes. (...) Se querem dar prejuízo, melhor se aprontarem. Está avisado."

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Indigenista, Pereira foi visto pela última vez há três dias, quando voltava da Comunidade São Rafael em direção a Atalaia do Norte, na companhia de Phillips. O Comando Militar da Amazônia e a Marinha enviaram ontem dois helicópteros à região para reforçar as buscas.

O percurso da dupla pelo rio deveria demorar não mais do que duas horas e Pereira era um exímio conhecedor do trajeto. Ninguém sabe o que houve. "Temos muita esperança de que tenha sido algum acidente com o barco e que eles estejam à espera de socorro", disse Beatriz Matos, mulher do indigenista. "Mesmo que eu não encontre o amor da minha vida vivo, eles têm de ser encontrados", afirmou Alessandra Sampaio, casada com Phillips.

‘AVENTURA’

Pouco depois de o Itamaraty divulgar nota, ontem, para dizer que o governo havia tomado conhecimento do assunto "com grande preocupação", o presidente Jair Bolsonaro criticou o que chamou de "aventura" da dupla.

"O que nós sabemos, até o momento, é que, no meio do caminho, (eles) teriam se encontrado com duas pessoas, que já estão detidas pela Polícia Federal, estão sendo investigadas. (...) Duas pessoas apenas num barco, numa região daquela, completamente selvagem, é uma aventura que não é recomendável que se faça. Tudo pode acontecer. Pode ser um acidente, pode ser que eles tenham sido executados. A gente espera e pede a Deus para que sejam encontrados brevemente", afirmou Bolsonaro, em entrevista ao SBT News.

Pereira estava licenciado de suas atividades na Funai para coordenar um projeto sobre vigilância de terras indígenas na União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja). A medida contraria narcotraficantes, garimpeiros e madeireiros que invadem a Terra Indígena do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas com o tamanho de Portugal.

O advogado Eliesio Marubo, que recebeu o bilhete anônimo há cerca de um mês e meio, é nativo do Vale do Javari. Ele deixou o território aos 16 anos e se tornou um importante ativista nos tribunais. Marubo e Beto, citado no bilhete, também são líderes da Univaja.

"Não tenho a menor dúvida (que o sumiço de Pereira está relacionado com a ameaça). Era uma questão de tempo para acontecer. Infelizmente, é dessa maneira, até finalizarem o que eles têm de fazer. O Estado não está presente e deixa um espaço vazio. Onde o Estado não está, o crime está", disse Marubo.

IMPUNE

Outra ameaça recente ocorreu na cidade. Um piloto de embarcações da Univaja e o consultor Orlando Possuelo, filho do sertanista Sydney Possuelo, foram intimidados. "Nosso piloto e o Orlando foram parados por pessoas dizendo que eles tinham de parar o que estavam fazendo, se não ia acontecer o mesmo que aconteceu com Maxciel", contou Marubo. Maxciel Pereira era um colaborador da Funai que atuava nas bases do Vale do Javari e foi assassinado, em 2019. Até hoje, o crime está impune. (Colaboraram Felipe Frazão e Davi Medeiros)

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