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Os extremistas do grupo Estado Islâmico destruíram um ligar arqueológico, na cidade antiga de Hatra, no Iraque, quebrando paredes com marretas e atirando com rifles de assalto Kalashnikov contra estátuas de valor inestimável, de acordo com imagens de um suposto novo vídeo militante.

O vídeo, divulgado durante a noite da sexta-feira, mostra um militante em uma escada usando uma marreta para bater repetidamente na parte de trás de um dos rostos esculpidos até que ele cai no chão e quebra em pedaços. O vídeo também mostra um militante disparando com um rifle Kalashnikov em outro monumento, enquanto os homens destroem as bases de grandes esculturas. O vídeo foi postado em um site militante frequentemente usado pelo grupo Estado Islâmico.

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Um dos militantes, que fala árabe com um sotaque distinto do Golfo no vídeo, declara que eles destruíram o local porque ele é "adorado no lugar de Deus". O grupo Estado Islâmico, que detém um terço do Iraque e a vizinha Síria em seu califado autodeclarado, tem destruído relíquias antigas que, segundo os militantes, promovem a idolatria que viola a sua interpretação fundamentalista da lei islâmica. As autoridades também acreditam que o grupo esteja vendendo outras relíquias no mercado negro para financiar as suas atrocidades.

Membros do governo local disseram no mês passado que o grupo militante saqueou e destruiu vários locais arqueológicos, incluindo o Nimrud, de 3.000 anos de idade, considerado patrimônio mundial da UNESCO. O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, chamou o ataque de "crime de guerra".

Outro vídeo divulgado em fevereiro mostrou militantes destruindo artefatos no Museu Mossul. Em janeiro, o grupo queimou centenas de livros da biblioteca de Mossul e da Universidade de Mossul, incluindo muitos manuscritos raros. A maioria dos artefatos destruídos no ataque ao museu eram de Hatra.

Hatra, localizada 110 quilômetros a sudoeste de Mossul, controlada pelo grupo, era uma grande cidade fortificada durante o Império Parto e capital do primeiro reino árabe. O local teria resistido a invasões pelos romanos em 116 e 198 depois de cristo, graças às suas paredes altas e espessas reforçadas por torres. O centro comercial antigo tem seis quilômetros de circunferência e era apoiado por mais de 160 torres.

A divulgação do vídeo veio depois que o governo do Iraque reivindicou nesta semana a vitória contra o grupo Estado Islâmico em Tikrit, cidade natal de Saddam Hussein. Tikrit está a 130 quilômetros ao norte de Bagdá na principal rodovia que leva a Mossul, a segunda maior cidade do Iraque. Fonte: Associated Press.

Militantes do Estado Islâmico enfrentaram nesta sexta-feira (3) grupos armados dentro de um campo de refugiados palestinos em Damasco, capital da Síria, e fizeram novos avanços na região, informaram autoridades e ativistas. Os militantes invadiram o acampamento de Yarmouk na quarta-feira (1º), marcando a incursão mais profunda do grupo terrorista em Damasco. Eles foram expulsos pelos grupos armados na quinta-feira, mas na sexta-feira retomaram os ataques e avançaram pelo local.

Khaled Abdul-Majid, um político palestino de esquerda, informou que o EI já tem controle de metade do território do campo. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, ONG com sede em Londres, também relatou novos avanços do grupo terrorista no local.

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Abdul-Majid e Anwar Raja, um alto funcionário palestino, disseram que os militantes estão lutando uma facção palestina chamada Aknaf Beit al-Maqdis. No sul da Síria, outros grupos militantes capturaram pelo menos oito caminhoneiros libaneses perto de um posto de fronteira com a Jordânia, de acordo com a Agência Nacional de Notícias do Estado do Líbano e um ativista na província síria de Daraa.

"Os militantes confiscaram também todos os bens que estavam nos caminhões", afirmou o ativista, que pediu para não ser identificado, via Skype. Segundo ele, suspeita-se que a Frente Nusra, que tem um acordo de não-agressão com o EI, tenha sido responsável pelo sequestro dos motoristas.

O Observatório Sírio disse que agora a Frente Nusra agora controla os postos de fronteira de Nasib, uma via importante das exportações sírias. Um fechamento prolongado poderia aumentar a crise sobre uma economia devastada por quatro anos de guerra civil. Fonte: Associated Press.

O Iraque declarou nesta quarta-feira ter conquistado uma "vitória magnífica" nesta quarta-feira sobre o grupo Estado Islâmico em Tikrit, passo importante na estratégia para expulsar os militantes de outros redutos dos extremistas.

O ministro da Defesa do Iraque, Khalid al-Obeidi, fez o pronunciamento dizendo que as forças de segurança "cumpriram sua missão" durante a ofensiva de um mês contra a cidade natal de Saddam Hussein e também em outras áreas da província de Salahuddin.

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"Temos o prazer, com todo nosso orgulho, de anunciar as boas novas de uma vitória magnífica", disse Obeidi em comunicado gravado em vídeo. "Agora vamos para Anbar! Agora vamos a Nínive e dizemos isso com total resolução, confiança e persistência", afirmou ele nomeando outras províncias sob o domínio dos extremistas.

Extremistas do Estado Islâmico tomaram Tikrit no ano passado durante o avanço do grupo pelo norte e oeste do país. A batalha por Tikrit é vista como um passo importante na direção da tomada de Mosul, a segunda maior cidade do Iraque e capital de Nínive.

Forças iraquianas, das quais fazem parte soldados, policiais, milícias xiitas e tribos sunitas, lançaram uma operação de larga escala para retomar Tikrit em 2 de março. Na semana passada, os Estados Unidos começaram a realizar ataques aéreos contra a cidade a pedido do governo iraquiano.

Após a tomada da cidade, o objetivo é voltar à normalidade o mais rápido possível, disse o ministro do Interior, Mohammed Salem al-Ghabban, nesta quarta-feira.

"Após limpar a área de bombas instaladas em vias e de carros-bomba, vamos reabrir as delegacias de polícia e retomar a normalidade da cidade. Formaremos comitês para supervisionar o retorno das pessoas desalojadas de suas casas", afirmou Al-Ghabban. Ele disse que o governo vai ajudar moradores desalojados a voltar para a cidade e que uma unidade de defesa civil fará a varredura local em busca de bombas e carros-bomba.

A missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque, a Unami, disse nesta quarta-feira que a violência fez pelo menos 997 vítimas fatais em março no país, uma pequena queda em relação aos números de fevereiro.

A Unami declarou em comunicado que dentre os mortos há 729 civis e que os demais eram integrantes de forças de segurança. Pelo menos 2.172 pessoas ficaram feridas, dentre elas 1.785 civis.

O novo enviado da ONU ao Iraque, Jan Kubis, disse estar chocado com o fato de os iraquianos continuarem a "suportar o peso" da violência em vigor no país.

Kubis também disse nesta quarta-feira que o ofensiva em Tikrit é "uma vitória para todo o povo iraquiano" e que a ONU está pronta para ajudar as autoridades provinciais e nacionais do país. Fonte: Associated Press.

O grupo extremista Estado Islâmico divulgou um vídeo em que mostra a execução de oito homens, que seriam muçulmanos xiitas. O vídeo foi publicado em redes sociais neste domingo e diz que os homens foram decapitados na província síria de Hama.

Os homens aparecem vestindo uniformes laranja e têm as mãos amarradas. Eles são conduzidos por adolescentes, que os entregam a integrantes do Estado Islâmico. Os adolescentes então entregam facas aos soldados, que decapitam os reféns.

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Um homem do Estado Islâmico fala no vídeo e chama os xiitas de "infieis impuros". Fonte: Associated Press.

Um militar americano foi detido nesta quinta-feira no Aeroporto de Chicago, quando tentava viajar para se unir aos jihadistas do Estado Islâmico (EI), informaram as autoridades dos Estados Unidos.

Hasan Edmonds, 22, membro da Guarda Nacional, e seu primo Jonas Edmonds, 29, foram acusados de "conspirar para dar apoio material à organização terrorista" e deverão comparecer diante de um tribunal federal de Illinois, sob o risco de pegar até 15 anos de prisão.

Segundo as primeiras informações, Hasan deveria utilizar sua experiência na Guarda Nacional para treinar os jihadistas do EI, enquanto Jonas utilizaria o uniforme do primo para ter acesso a uma instalação militar nos EUA e atacá-la.

A instalação militar em questão fica no norte de Illinois e era bem conhecida por Hasan, que recebeu treinamento no local. O ataque ocorreria após a viagem de Hasan.

"Planejavam atacar membros do nosso Exército nos Estados Unidos. De forma perturbadora, vestiria o mesmo uniforme dos que pensava atacar", destacou o vice-secretário da Justiça John Carlin.

Tropas iraquianas lançaram a última fase de uma ofensiva para retomar Tikrit, cidade natal do ex-ditador Saddam Hussein, informou um oficial nesta quinta-feira, horas depois de os Estados Unidos lançarem ataques aéreos contra a cidade, tomada pelo grupo Estado Islâmico.

Os confrontos se intensificaram na medida em que tropas iraquianas e forças especiais avançaram na direção do centro da cidade, informou o tenente-general Abdul-Wahab Al-Saadi à Associated Press. Um repórter da AP ouviu o som de ataques aéreos sobre Tikrit mais cedo nesta quinta-feira.

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O Estado Islâmico tomou a cidade sunita no ano passado, durante seu rápido avanço pelo norte do Iraque. A batalha por Tikrit é vista como um passo importante na direção da expulsão dos militantes da segunda maior cidade iraquiana, Mosul, que fica mais ao norte.

Em discurso realizado na noite de quarta-feira, o primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi disse que as forças deram início à "fase final" da ofensiva em Tikrit, mas não reconheceu que as forças da coalizão têm participação direta na missão. Ele afirmou que os iraquianos "e ninguém mais" vão reivindicar a vitória contra o grupo militante.

A pedido do Iraque, os Estados Unidos deram início a ataques aéreos em Tikrit na quarta-feira, em apoio à ofensiva em terra, disse o comandante norte-americano, tenente-general James L. Terry.

Segundo ele, os ataques aéreos vão "destruir os redutos do Estado Islâmico com precisão, poupando vidas iraquianas inocentes enquanto minimiza" danos acidentais a estruturas civis.

A primeira vez que os Estados Unidos lançaram ataques aéreos em auxílio ao Exército iraquiano foi em agosto.

Conselheiros militares iranianos têm fornecido apoio significativo desde que a ofensiva em Tikrit começou, em 2 de março, armando e treinando milícias xiitas, que têm tido um papel bastante importante nos campos de batalha. Milicianos compõem mais de dois terços das forças que combatem o Estado Islâmico em Tikrit. Fonte: Associated Press.

O pedido de audiência pública, apresentado pelos deputados do Partido Popular Socialista (PPS) Raul Jungmann (PE), vice-líder da Minoria, e Rubens Bueno (PR), líder do PPS, para ouvir os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo e do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito Carvalho Siqueira foram aceitos pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (25). O debate visa tratar sobre a denúncia, veiculada no jornal Estado de São Paulo, de que extremistas do Estado Islâmico (EI) estariam tentando recrutar jovens em território brasileiro.

Na reportagem é informado que setores de inteligência do Governo Federal detectaram tentativas de cooptação de brasileiros para atuar como “lobos solitários” - extremistas que, por não integrar as listas internacionais de terroristas, têm mais mobilidade e são capazes de fazer atentados isolados e imprevisíveis em diferentes países. Ainda segundo o jornal, o tema teria sido alvo de reuniões da alta cúpula da segurança nacional e a Casa Civil do Palácio do Planalto, na semana passada.

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Para Jungmann os relatos são graves e precisam ser esclarecidos pelas autoridades do governo. “Esta Casa não pode se omitir diante de fatos tão reveladores. É por isso que estamos solicitando esta oitiva, que será de grande importância para tranquilizar a população”, defendeu o parlamentar pernambucano.

Já o líder do PPS, Rubens Bueno, frisou a importância do debate entre os poderes políticos distintos. "Este é um tema que deve unir Executivo, Legislativo e o Judiciário porque, sem debate e sem estratégia conjunta, não é possível somar forças para enfrentar esta ameaça. O Congresso precisa estar envolvido até para fazer as alterações necessárias no nosso ordenamento jurídico, visando fortalecer as instituições", pontuou.

* Com informações do PPS

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, negou que o Itamaraty tenha informações sobre o recrutamento de brasileiros pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) dentro do território nacional. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Vieira disse que não recebeu confirmação desses fatos, revelados no último domingo, 22, pelo jornal O Estado de S. Paulo.

"Não temos até o momento nenhuma confirmação de que exista um caso de recrutamento dentro do território brasileiro. O único caso que conhecemos é de um jovem de dupla nacionalidade, belga e brasileira, que vive na Europa e que estaria na Síria. Desconheço e não tivemos nenhuma informação ou evidencia. Tudo até agora são especulações", afirmou o ministro.

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Informações obtidas pelo jornal, no entanto, mostram que o setor de contraterrorismo da Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teriam feito relatórios mostrando o início das atividades de recrutamento do EI no Brasil. A falta de uma lei antiterrorismo no País dificultaria a ação contra o grupo. Depois do surgimento dessas informações, o Congresso decidiu retomar a votação da legislação o mais rapidamente possível.

EUA

Mauro Vieira também afirmou hoje na Comissão das Relações Exteriores que os governos brasileiro e americano esperam avançar na agenda bilateral para marcar a visita de Estado da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos. De acordo com Vieira, uma visita de Estado entre os dois países não deve ser "desperdiçada apenas em atos protocolares" e deve ter uma agenda "densa".

"A presidente já disse que tem todo interesse e que relação é prioritária e será realizada no momento oportuno. Eu estive semana passada em Washington e concordamos que deve ser realizada no momento em que tivermos atingido uma agenda importante e densa, não deve ser desperdiçada apenas por ato protocolares", afirmou. "Há muita coisa em negociação nas chancelarias e em outras áreas. Vamos construir a agenda quando essas negociações estiveram avançadas e maduras".

A visita da presidente foi cancelada em setembro de 2013, quando foi revelado que a National Security Agency (NSA) espionava o governo, empresas e cidadãos brasileiros. Desde então, a negociação de uma série de tratados entre os dois países entrou em compasso de espera e foram retomadas apenas no início deste ano. Estão em negociações, por exemplo, o acordo de céus abertos, que permite a ampliação da atuação das áreas dos dois países no território do outro. Também se trabalha na redução da bitributação das empresas americanas e brasileiras e em um acordo de facilitação de normas técnicas de produtos.

O assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia, informou que a visita pode ocorrer ainda no segundo semestre deste ano ou no primeiro semestre do ano que vem, mas ainda não há data estabelecida.

O PPS protocolou um requerimento na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional através do líder da legenda na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), e o líder da Minoria, deputado Raul Jungmann (PPS), para que ministros de Estados expliquem as ações do Governo Federal no combate ao recrutamento de jovens brasileiros pelo Estado Islâmico (EI). No documento, assinado terça-feira (24), os parlamentares requerem as presenças dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo e do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General José Elito Carvalho Siqueira.

O objetivo dos pós-comunistas é que os representantes do Governo Federal expliquem em detalhes ao Congresso Nacional o que o governo brasileiro está fazendo diante da informação de que extremistas do Estado Islâmico (EI) estariam tentando recrutar jovens em território nacional.

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Na edição do último domingo do Jornal O Estado de S. Paulo setores de inteligência do Governo Federal detectaram tentativas de cooptação de brasileiros para atuar como “lobos solitários” - extremistas que, por não integrar as listas internacionais de terroristas, têm mais mobilidade e são capazes de fazer atentados isolados e imprevisíveis em diferentes países. Ainda de acordo com o Jornal, o tema teria sido alvo de reuniões da alta cúpula da segurança nacional e a Casa Civil do Palácio do Planalto, na semana passada

Em Buenos Aires, onde participou da cerimônia que marcou os 23 anos do atentado à Embaixada de Israel na Argentina, Raul Jungmann já havia chamado atenção para os riscos de terrorismo no período da competição esportiva mundial do próximo ano. “A Argentina de 1992 e 1994 (atentados contra a Embaixada e contra a Associação Mutual Israelita Argentina – AMIA) era igual ao Brasil de hoje. Não imaginamos sofrer qualquer tipo de ameaça porque temos o mantra de que o Brasil não tem problemas nas suas fronteiras e que não tem adversários internacionais. Porém, no mundo global, esses mantras se esvaem diante dos riscos da possibilidade de terrorismo em qualquer lugar do planeta”, advertiu o parlamentar.

Para Rubens Bueno, trata-se de relato grave que precisa, com a devida urgência, ser devidamente esclarecido pelas autoridades competentes em audiência pública na Câmara. "Este é um tema que deve unir Executivo, Legislativo e o Judiciário porque, sem debate e sem estratégia conjunta, não é possível somar forças para enfrentar esta eventual ameaça. O Congresso precisa estar envolvido até para fazer as alterações necessárias no nosso ordenamento jurídico, visando fortalecer as instituições", justificou o deputado.

Competição esportiva- Bueno também enviará ofício à Autoridade Pública Olímpica (APO) para obter esclarecimentos sobre os níveis de protocolo de segurança que as autoridades estão trabalhando, visando as Olimpíadas de 2016, no Brasil. A preocupação com supostas ações do EI durante as competições do próximo ano constaria dos relatórios de posse do Governo Federal.

*Com informações do PPS

A revelação feita pelo Estado em sua edição deste domingo (22), de que os órgãos de inteligência detectaram atuação do Estado Islâmico no Brasil, deverá acelerar a votação de uma lei específica para criminalizar o terrorismo. "Se esse tema nunca esteve no nosso radar, agora entrou", disse ao Estado o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), integrante da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Ele disse que a Casa tenta, há mais de um ano, votar uma proposta sobre esse tema. Porém, pelo menos até agora, o tema não era tratado como prioridade. "O senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que relatou um projeto de lei criminalizando o terrorismo. "Está pronto para votar no plenário do Senado", informou. "Vou cobrar essa próxima semana."

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O texto, conforme informa o Estado em sua edição de hoje, define o terrorismo como ação que provoque ou difunda o terror ou o pânico generalizado "mediante ofensa ou tentativa de ofensa à vida, à integridade física, à saúde; ou privação da liberdade de pessoa." A falta dessa legislação impede, por exemplo, que os órgãos de inteligência monitorem conversas de internautas com integrantes do Estado Islâmico pelas redes sociais.

O mais provável, porém, é que haja uma nova discussão sobre o formato de marco legal que o governo considere mais adequado para combater a ameaça terrorista. Ferraço disse que pedirá, já na segunda-feira, uma reunião da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência.

Os parlamentares integrantes desse grupo deverão convidar para uma conversa o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Roberto Trezza, para ouvir deles o que consideram um marco legal adequado para agir contra a ameaça terrorista. "É possível que essa reunião seja até secreta, dada a complexidade do tema", observou o senador.

Na sua avaliação, as ações de inteligência não são devidamente valorizadas no Brasil. Em parte, observou, isso é motivado por preconceito, já que há uma associação com as ações do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) durante a ditadura militar no Brasil.

Brasília, 22/03/2015 - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acredita que o Legislativo pode votar rapidamente uma legislação específica de combate ao terrorismo. "Não vejo problema de debater e votar qualquer mudança de legislação com celeridade", disse ele ao Estado, por meio do aplicativo WhatsApp.

A falta de instrumentos legais para reprimir a ação de terroristas no Brasil é apontada pela Polícia Federal e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) como um dos obstáculos à contenção da entrada do Estado Islâmico no País.

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Como informa com exclusividade o Estado em sua edição de hoje, os órgãos de inteligência detectaram tentativa de cooptação de jovens no Brasil e relatórios reservados sobre o assunto já chegaram ao Palácio do Planalto. Foram identificados pelo menos dez brasileiros convertidos atuando nas redes sociais. As discussões internas estão sendo conduzidas pela Casa Civil, no âmbito dos preparativos dos Jogos Olímpicos de 2016.

A falta de uma lei específica criminalizando o terrorismo impede, por exemplo, que sejam rastreadas conversas entre internautas e o Estado Islâmico nas redes sociais. O Congresso analisa propostas sobre o tema há 22 anos, mas os projetos não ganham prioridade porque há uma noção que o terrorismo é uma ameaça distante ao País.

Segundo Cunha, a iniciativa de propor uma lei específica cabe ao Executivo. "Mas, ao constatar o fato, é possível que o Parlamento tenha propostas para isso." (Lu Aiko Otta - lu.aiko@estadao.com).

Brasília, 22/03/2015 - O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), informou há pouco por meio de nota que pedirá informações ao governo sobre a atuação do Estado Islâmico no País. Como traz o Estadão em sua edição de hoje, os órgãos de inteligência detectaram pelo menos dez brasileiros convertidos, que estariam atuando nas redes sociais. O Planalto já recebeu relatórios sobre o assunto e a Casa Civil está coordenando as discussões internas.

"Este é um tema que deve unir Executivo, Legislativo e o Judiciário porque, sem debate e sem estratégia conjunta, não é possível somar forças para enfrentar esta eventual ameaça", comentou o deputado. "O Congresso precisa estar envolvido até para fazer as alterações necessárias no nosso ordenamento jurídico, visando fortalecer as instituições."

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Ele informou ainda que pedirá esclarecimentos à Autoridade Pública Olímpica (APO) sobre os protocolos de segurança. (Lu Aiko Otta - lu.aiko@estadao.com).

Brasília, 22/03/2015 - Setores de inteligência do governo brasileiro detectaram tentativas de cooptação de jovens no País pelo Estado Islâmico (EI) para atuar como "lobos solitários" - extremistas que, por não integrar as listas internacionais de terroristas, têm mais mobilidade e são capazes de fazer atentados isolados e imprevisíveis em diferentes países.

O Estadão apurou que o Palácio do Planalto recebeu relatórios de órgãos diferentes alertando para o problema - um deles, chamado "Estado Islâmico: Reflexões para o Brasil". Os órgãos de inteligência vêm trocando informações e a Casa Civil assumiu a coordenação das discussões internas sobre a questão no contexto dos preparativos da Olimpíada de 2016.

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Um dos objetivos dos relatórios é alertar a presidente Dilma Rousseff de que, apesar da tranquilidade até agora do governo brasileiro, há um "fator de risco" que não pode ser desprezado. Envolvidos na discussão dizem que "a luz amarela está acesa". Fontes envolvidas afirmaram à reportagem que o tema foi alvo de discussão na última semana na Casa Civil. Participaram representantes de nível operacional do Ministério da Justiça e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Pelas investigações, apesar de o Brasil não ter histórico de terrorismo, o interesse do EI é ampliar o espectro de recrutamento de novos militantes, hoje concentrado na Europa, para a América do Sul. Policiais europeus já estiveram em Brasília no mês passado para troca de informações com o governo brasileiro.

Há grande preocupação principalmente com os Jogos Olímpicos do próximo ano. O evento reunirá no Rio de Janeiro não apenas jovens de todas as regiões brasileiras, mas também atletas e visitantes do mundo inteiro. A avaliação dos órgãos de inteligência é que "o maior risco para o evento hoje são as manifestações e greves; a maior preocupação é o terrorismo". O assunto é tratado sob sigilo pelos órgãos envolvidos.

(Eliane Cantanhêde, Andreza Matais) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O grupo Estado Islâmico divulgou um comunicado nesta quinta-feira (19) assumindo a responsabilidade pelo ataque a um museu nacional na Tunísia que deixou 23 mortos, a maioria turistas. O grupo afirma que o alvo foram "cidadãos de países cruzados".

O documento, que apareceu num fórum online onde mensagens do grupo são postadas, descreve o ataque de quarta-feira como uma "invasão abençoada de um dos antros de infieis e do vício na Tunísia muçulmana".

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A mensagem diz que foram dois os realizadores do ataque e que eles não foram mortos até ficarem sem munição. O grupo também promete novas ações violentas.

"Esperem pelas boas novas que farão mal a vocês, impuros, porque o que vocês veem hoje é a primeira gota da chuva", diz o comunicado, cuja existência também foi alertada pelo SITE Intelligence Group, que acompanha ações extremistas na internet.

Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O grupo Estado Islâmico relatou na noite de segunda-feira (16) a morte de um de seus principais comandantes de campo. Ahmed al-Rouissi morreu na Líbia, mas era também um dos militantes mais procurados na Tunísia, seu país natal.

Segundo comunicado postado num site militante, Al-Rouissi foi morto recentemente em confrontos nas proximidades da cidade de Sirte, reduto do Estado Islâmico na Líbia. O 166º Batalhão, milícia leal ao governo líbio em Trípoli, luta para retomar Sirte, que atualmente é controlada pelo grupo líbio afiliado ao Estado Islâmico.

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O Parlamento líbio internacionalmente reconhecido foi expulso da capital e reúne-se na cidade de Tobruk, leste do país. Atualmente, esse governo negocia com os rivais, sediados em Trípoli, para a formação de um governo nacional de unidade.

Al-Rouissi era um dos homens mais procurados da Tunísia, onde é considerado o mentor de uma série de ataques realizados pelo movimento islamita radical Ansar al-Shariah, dentre eles o assassinato dos políticos de esquerda Chokri Belaid e Mohammed Brahmi.

Suas mortes levaram a Tunísia a uma crise política que, por fim, levou à renúncia do governo islamita. Al-Rouissi fugiu para a Líbia, onde começou a lutar sob a bandeira do Estado Islâmico, grupo que controla um terço da Síria e do Iraque.

O Ministério do Interior da Tunísia não confirmou a morte de Al-Rouissi, embora a imprensa local tenha publicado várias matérias a respeito do assunto. Fonte: Associated Press.

A Justiça espanhola decretou neste domingo a prisão de sete dos oito detidos na última sexta-feira, em diferentes localidades de Madri e da Catalunha, suspeitos de integrarem uma célula jihadista dedicada à propaganda do grupo Estado Islâmico (EI) - informaram fontes judiciais.

O juiz da Audiência Nacional (a principal instância penal do país) Javier Gómez Bermúdez acusa os réus dos crimes de integração em organização terrorista, enaltecimento do terrorismo, difusão pública de palavras de ordem terroristas e/ou captação, doutrinamento, treinamento e formação terrorista.

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O oitavo detido foi posto em liberdade, relataram as mesmas fontes, acrescentando que o juiz Bermúdez considera que o grupo enviado para a prisão formava uma célula local do EI. Essa célula se dedicaria à propaganda, doutrinamento e captação de novos militantes para a organização, incluindo menores de idade.

O indivíduo suspeito de liderar essa unidade elaborava e editava material audiovisual "em apoio ao terrorismo jihadista", disseram as fontes consultadas pela AFP.

Ele teria postado um vídeo na Internet de seu filho de dois anos. Nele, a criança afirma que quer ser "jihadista", quando crescer.

Segundo o Ministério do Interior espanhol, os detidos "incitavam ações terroristas na Espanha, seguindo o mesmo 'modus operandi' dos atentados cometidos em outros países".

O juiz Bermúdez aponta a importância da Internet para essa cooptação e para o que ele chamou de "jihadismo violento".

De acordo com o magistrado, a célula investigada contava com pelo menos dez pessoas, "que constituíram uma complexa rede virtual na Internet, por meio da criação de 52 perfis em diferentes redes sociais".

"Essa circunstância, unida à sua lealdade à organização terrorista, converte-os em pessoas potencialmente muito perigosas para a segurança pública, cuja conduta futura é, de qualquer modo, impossível de prever", afirma Bermúdez.

Beirute, 08/03/2015 - Os curdos sírios, apoiados pelos EUA, fizeram frente a um novo ataque do Estado Islâmico a um conjunto de aldeias cristãs no nordeste da Síria, de acordo com moradores e autoridades da região.

As batalhas na província de Hasakah no fim de semana deixaram os moradores temerosos de que a região se torne palco de um novo prolongado conflito entre o grupo extremista e os curdos.

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A exemplo do vizinho Iraque, os cristãos e outras minorias no nordeste da Síria estão arcando com o ônus da batalha crescente entre curdos e o Estado Islâmico. Muitos acreditam ter apenas duas opções: partir ou se juntar aos curdos na luta. Fonte: Dow Jones Newswires.

O grupo extremista islâmico da Nigéria Boko Haram alega ter firmado uma aliança formal com o grupo Estado Islâmico. A informação constou numa mensagem supostamente escrita pelo líder insurgente nigeriano no Twitter.

A informação, ainda não confirmada, surge no momento em que os militantes nigerianos estão se reunindo em uma cidade do nordeste do país. O grupo tenta enfrentar membros de uma força multinacional que os retirou de uma série de cidades nas últimas semanas.

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Na mensagem atribuída ao líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, o texto em árabe diz: "Anunciamos nossa aliança com o Califado dos Muçulmanos". O líder do Estado Islâmico Abu Bakr al-Baghdadi se autodeclarou o califa.

A polícia diz que quatro ataques suicidas a bomba atingiram a cidade de Maidiguri neste sábado, matando 54 pessoas e ferindo 143 na região, que é o coração do levante extremista nigeriano. Fonte: Associated Press.

Forças do Estado Islâmico lançaram uma nova ofensiva contra uma série de cidades cristãs no nordeste da Síria neste sábado (7), dando início a uma onda de enfrentamentos violentos com combatentes locais mobilizados contra os militantes.

Uma mistura de cristãos assírios e curdos lutou contra o ataque do Estado Islâmico, disseram grupos ativistas. O embate ocorre uma semana depois de os extremistas terem levado cerca de 250 pessoas da área, incluindo muitas mulheres, crianças e homens idosos.

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As cidades contestadas estão ao longo do rio Khabur, uma passagem estratégica que ajudaria o Estado Islâmico a consolidar o território que ele detém no Iraque e na Síria. A população da área é predominantemente cristã, enquanto os curdos são minoria.

O principal objetivo do Estado Islâmico é tomar a cidade de Tal Tamr, que possui a maior ponte de travessia do Khabur. Se a ponte for tomada, daria aos extremistas um corredor até Mosul, a segunda maior cidade do Iraque, a qual foi capturada pelos militantes em junho.

Forças iraquianas, com apoio dos Estados Unidos e aliados, estão se preparando para tomar Mosul nos próximos meses. Se conquistar Tal Tamr, o Estado Islâmico teria como reforçar sua presença em Mosul de sua base na Síria. Fonte: Dow Jones Newswires.

O grupo extremista Boko Haram postou um novo vídeo nas mídias sociais nesta segunda-feira que mostra os corpos de dois homens decapitados, acusados de espionagem. A gravação tem características clássicas de vídeos do Estado Islâmico.

O grupo de inteligência SITE informou que o vídeo, chamado de "Colheita de Espiões", foi postado no Twitter e contém elementos dos vídeos do Estado Islâmico, como sons de coração batendo e respiração ofegante antes do momento da execução.

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O vídeo mostra um homem identificado como Dawoud Muhammad, da cidade de Baga, na Nigéria, de joelhos diante de vários homens mascarados e armados. Muhammad afirma na gravação que um policial pagou a ele US$ 25 para espionar o grupo e prometeu fazê-lo tão rico que ele nunca mais teria de trabalhar como fazendeiro. O outro homem executado foi identificado como Muhammad Awlu.

Em fevereiro, o Boko Haram divulgou através de mídias sociais que está considerando jurar lealdade ao grupo Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.

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