Saber administrar o tempo durante o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é crucial para o fera que deseja realizar uma boa prova. Assim como em 2017, o Enem 2018 será realizado em dois domingos seguidos: nos dias 4 e 11 de novembro. A novidade para este ano é que os alunos contarão com 30 minutos a mais para responder a prova de Ciências da Natureza e Matemática, que contará com 5 horas de duração, enquanto Ciências Humanas e Redação continuam com cinco horas e trinta minutos no total.
Dividindo o tempo de prova pela quantidade de questões, chega-se a uma média geral de três minutos para cada quesito. Porém, nem todas respostas são obtidas tão rapidamente, alguns assuntos têm um nível de complexidade mais elevado que outros, e ao responder a prova, o vestibulando deve otimizar o seu tempo, a fim de alcançar um resultado com maior probabilidade de acertos no final.
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A redação está no topo das provas que demandam um maior potencial de tempo. Com um grande grau de concentração do vestibulando, o horário bem administrado é de suma importância para o resultado final. Segundo o professor Luiz Fernando, uma hora e trinta minutos é o máximo que o estudante deve se ater na redação.
“A primeira prova a ser respondida pelos estudantes é a prova de redação. Como dica para otimizar o tempo total e melhorar a qualidade de seu texto, o aluno deve fazer um pré-texto, selecionando as ideias em um rascunho. Após isso, responder as provas de Linguagens e Humanas, pois a leitura dos diversos textos contidos na prova podem auxiliar o fera ampliando suas ideias e referências, expandido assim seu campo de argumentação, que pode transitar entre argumentos filosóficos, históricos, dados e estatísticas que de alguma forma, englobem a problemática proposta como tema”, frisou.
Os textos longos são uma marca do Enem. Em todas as edições, o Exame contextualiza, no enunciado de cada questão, os assuntos abordados na prova. É consenso entre os professores que os alunos devem ler os textos com o máximo de atenção, grifando as chamadas “palavras chaves”. Com isso, o vestibulando otimiza o seu tempo e aumenta as chances de acerto, pois, em muitas vezes, o enunciado traz pontos que podem levar à resposta mais rapidamente. É essencial que os alunos respondam primeiro as questões que se sentem mais seguros com as respostas.
O Enem conta com um programa complexo de calcular as notas, chamado Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que os pesos de cada questão são atribuídos de acordo com a complexidade do assunto abordado, portanto, a nota não é calculada apenas pelos números de acertos. Como dica, o professor de matemática Fabiano Nader alerta aos estudantes que ao receberem as provas, avaliem as questões como um todo, para só depois começar a responder.
“O aluno deve priorizar questões fácies e rápidas, ganhando tempo para responder as intermediárias e difíceis, aumentando assim, sua quantidade de acertos”, afirmou. Segundo Fabiano, o fera deve buscar aquilo que é chamado em sala de aula de “gabarito coerente”, que respeita a dificuldade das questões, priorizando as mais fáceis.
“Errar questões difíceis não atrapalha tanto, mas errar as fáceis pode complicar o resultado final. Por isso, é primordial que o aluno acerte as questões fáceis em todas as provas, dividindo o tempo de acordo com o dia. Uma boa dica é garantir nota mínima em todas as provas”, destacou.
Em Exatas, algumas respostas são obtidas por meio de cálculos complexos, e o fera deve estar concentrado para desenvolver aquilo que foi estudado durante o ano em sala de aula. Porém, o raciocínio lógico também é bastante abordado no Enem, e as questões que envolvem lógica costumam vir acompanhadas de imagem com informações que o estudante deve observar para chegar ao resultado final. Outra dica importante é utilizar a eliminação dos chamados “resultados absurdos”, em que das cinco alternativas, apenas três parecem ser coerentes com o que foi pedido. Muitas vezes a informação que o vestibulando precisa está no enunciado, podendo vir depois de uma imagem, ou fonte de uma reportagem, que irá servir de base para os cálculos ou eliminação de alternativas.
De acordo com o matemático Yago Henrique, os alunos devem obter confiança na resolução das questões mais fáceis primeiro, e assim, desenvolver um raciocínio mais complexo em assuntos que exigem mais tempo. “Focar nas questões que sabe fazer, conseguir resolver as questões mais fáceis. Assim, o aluno pode relembrar os conteúdos necessários para desenvolver as demais questões”, disse.