Aos 69 anos, o técnico Givanildo Oliveira já dirigiu diversos times, em sua maioria na região Nordeste e Norte do Brasil. Começou a carreira em 1983, no Sport Recife, de Pernambuco. No Pará, o seu primeiro clube foi o Paysandu, em 1987. Seis anos depois, Givanildo iniciava a primeira passagem no comando técnico do maior rival bicolor, o Clube do Remo.
Em terras paraenses, o maior êxito do treinador foi a conquistada em 2002, no comando técnico do Papão, da Copa dos Campeões, diante do Cruzeiro, em Fortaleza. O titulo proporcionou ao Lobo a inédita participação na Taça Libertadores da América, no ano seguinte.
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Nos últimos anos, Givanildo Oliveira vem se especializando em conquistar títulos estaduais. Em 2016, como técnico do América Mineiro, ganhou o Campeonato Mineiro. Um ano depois, levantou o troféu do Campeonato Cearense, quando dirigia o Ceará. Caso consiga vencer o Parazão 2018, conquistará a “tríplice coroa” estadual seguida.
Givanildo Oliveira disse em entrevista coletiva, após o jogo diante do São Raimundo, que não tem segredo em relação a conquistas de títulos. “Em qualquer lugar que eu chego, tento tratar os jogadores como filhos. E como filhos, eles têm que ter seriedade, comprometimento, procurar fazer o melhor nos jogos. Por isso, tenho essa facilidade de criar a atmosfera de grupo, sempre com união, almejando títulos, sem ter como foco o salário ao final do mês”, frisou o treinador.
Partida - Debaixo de muita chuva, Clube do Remo e São Raimundo protagonizaram uma boa partida, no domingo (25), no estádio Mangueirão, pela segunda semifinal do Campeonato Paraense 2018. No final, com o apoio do Fenômeno Azul, o time azulino levou a melhor e venceu por 2 a 0, classificando-se à final do Parazão.
A partida não tinha chegado ao primeiro minuto e a torcida do Remo tomou o primeiro susto. O meio-campista Jeová recebeu lançamento, driblou a zaga adversária e chutou. A bola passou do lado esquerdo gol. O lance despertou o Clube do Remo. Precisando devolver o revés de 1 a 0 sofrido no primeiro jogo, em Santarém, o time começou a pressão. Por causa da forte chuva, as primeiras jogadas foram em cruzamentos. Aos 4 minutos, após escanteio, o zagueiro Mimica quase abriu o placar - a bola desviou e foi para a linha de fundo.
Aos 16 minutos, o meio-campista Dudu realizou boa jogada, mas chutou por cima do gol defendido por Jáder. Cinco minutos depois, o São Raimundo assustou novamente com Jeová, que arriscou bom chute e o goleiro Vinicius realizou importante defesa.
Muito criticado pelas atuações abaixo do esperado, o atacante Isac quase abriu o placar aos 27 minutos. Após escanteio cobrado por Adenilson, o Camisa 9 remista cabeceou e a bola passou rente à trave. A jogada serviu como prenúncio para o primeiro gol. Quando o relógio marcava 45 minutos, o atacante Elielton sofreu falta. Levy cruzou e Isac tocou de cabeça para o fundo das redes: 1 a 0 – era o quinto gol marcado pelo atacante na atual temporada. O resultado levava a decisão da vaga aos pênaltis.
Igual ao primeiro tempo, a segunda etapa começou com o São Raimundo atacando. Jeová sofreu falta cometida por Dudu. O lateral-direito Bruno Alves cobrou no centro do gol, Vinicius fez a defesa com tranquilidade. As jogadas de perigo realizadas pelo Pantera tornaram-se cada vez mais raras. Outra só foi vista aos 34 minutos, quando João Vitor cruzou para a área azulina, o atacante Herbert, que entrou no decorrer do jogo no lugar de Wendel, não conseguiu completar a jogada.
Porém, antes desse lance, o Clube Remo conseguiu chegar ao segundo gol. No 20° minuto, depois de cruzamento feito por Elienton, a bola passou pela pequena área alvinegra e sobrou para Felipe Marques que só teve o trabalho de “empurrar” a redonda para o fundo das redes. Era o gol da classificação.
Após o tento, a equipe visitante perdeu o padrão tático e emocional. O Remo teve oportunidade de aumentar o placar, mas Felipe Marques desperdiçou. Quatro minutos antes do término da partida, o lateral-direito santareno Bruno Alves recebeu cartão vermelho por falta em Levy. Com vantagem numérica, a classificação era dada como certa para o Leão Azul, e ela veio aos 51 minutos quando o árbitro apitou o fim da partida.
“A importância maior é a classificação à final. Apesar das condições ruins do gramado (por conta da forte chuva), fiquei feliz com a evolução da equipe em relação à marcação e à criação de jogadas. Tudo isso contra uma boa equipe, com bons jogadores, aumenta a importância da vitória”, afirmou o técnico Givanildo Oliveira.
Na final do Campeonato Paraense 2018, o Clube do Remo vai enfrentar o Paysandu. A decisão ocorrerá em dois jogos. Givanildo Oliveira ressalta que, apesar da invencibilidade nos jogos diante do maior rival na atual temporada, não há favoritismo para os próximos dois jogos. “Quando se trata de clássico, muda tudo. Posso dizer isso porque já trabalhei aqui (no Pará) e sei como é. A dificuldade é para os dois times. Quem estiver mais preparado, no momento, vai ganhar”, acrescentou.
O primeiro jogo da finalisima do Parazão, entre Clube do Remo e Paysandu, será realizado no próximo dia 1° de abril, às 16 horas, no estádio Mangueirão, com mando de campo do time bicolor. Já a segunda partida ocorrerá em 8 de abril, também às 16 horas, no Mangueirão, com mando do Clube do Remo.
Por Luiz Antonio Pinto.