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Após tentar fazer piada da participação do jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, na Feira Literária de Paraty (Flip), a deputada federal Joice Hasselmann (PSL) recebeu uma resposta inesperada pelo norte-americano.

Hasselmann postou em seu perfil no Twitter neste final de semana uma mensagem sugerindo que o jornalista havia sido mal recebido no evento. “Recepção para Glenn Greenwald em Paraty. Não foi um atentado, não foi um ‘ataque primitivo’. Este é o Brasil que apoia a Lava Jato, o brasileiro que não aceita mais ser roubado ou  manipulado. Verdevaldo simplesmente não é bem vindo”, escreveu a parlamentar em anexo a um vídeo.

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O jornalista, entretanto, replicou a mensagem de Hasselmann com uma resposta. “Ninguém pode sequer saber se a deputada Joice escreveu as próprias mensagens dela ou copiou-as”, disse Glenn, compartilhando notícia de que o Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas do Paraná comprovou plágio praticado pela então jornalista Joice Hasselmann.

Em complemento, o jornalista também divulgou um vídeo que mostra que ele foi aplaudido ao chegar para palestra, que tratou sobre os desafios do jornalismo em tempos da Operação Lava Jato.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu ontem (28) um processo de investigação para apurar uma denúncia de discriminação racial contra uma trabalhadora de uma das casas da programação parceira da Festa Literária Internacional de Paraty. O caso foi levado pela vítima à delegacia, mas, segundo a corporação, o delegado titular da 167ª Delegacia de Polícia (Paraty) registrou a ocorrência como fato atípico. O termo significa que a ocorrência não está tipificada criminalmente.

"Segundo o delegado titular, foi realizado um registro de ocorrência de fato atípico, visto que, segundo a autoridade policial, não ficou vislumbrado de plano [no momento do registro de ocorrência] a existência de dolo subjetivo e vontade de injuriar", diz nota enviada pela assessoria de imprensa da Polícia Civil, que acrescentou que "o caso segue sendo investigado".

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O jornal O Globo noticiou na sexta-feira que Sara Cristina Trajano da Silva, funcionária da editora Patuá, denunciou ter sido discriminada pelo diretor da editora da PUC-SP (Educ), José Luiz Goldfarb. Ambos participavam da programação da Casa do Desejo, espaço parceiro da programação principal.

De acordo com a reportagem, Sara conta que Goldfarb disse que "era por causa de pessoas da cor dela que o mundo estava assim". O jornal carioca também ouviu o editor, que negou ter dito a frase preconceituosa e afirmou ter criticado o autoritarismo de pessoas progressistas.

Em nota, a Flip se posicionou repudiando "todo e qualquer ato de violência, racismo e discriminação". "Diante do fato, [a Flip] recomendou aos organizadores da Casa do Desejo que peçam substituição do representante da editora PUC-SP em seu espaço. A organização da festa literária seguirá no acompanhamento do caso nos próximos dias", completa a nota.

A Casa do Desejo também se manifestou por meio de nota e disse estar dando todo o apoio à colaboradora "que foi desrespeitada enquanto trabalhava para que o evento pudesse acontecer", narra o texto. "Racismo é um crime que precisamos combater e estar sempre vigilantes". 

A eleição presidencial é a que, entre todos os pleitos previstos para outubro, vai ter mais impacto nas investigações da Operação Lava Jato. A opinião é do juiz federal Marcelo Bretas, que participou nesta sexta-feira, 27, em Paraty, do fórum de debates A Casa de Não Ficção, organizada pelas revistas Época e Vogue, um evento paralelo à Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip.

"É o presidente da República quem indica os ministros do Supremo Tribunal Federal e, dependendo de quem for, pessoas que hoje são julgadas por determinadas acusações poderão ou não se sentir mais confortáveis", disse o juiz da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro.

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Durante 1h30, Bretas foi sabatinado sobre diversos assuntos. Há 20 anos exercendo a função de juiz ("nos últimos dois anos, tive mais trabalho que nos anteriores juntos"), ele se tornou conhecido por decisões rumorosas, como autorizar a prisão de Eike Batista pela Polícia Federal, operação que também teve como alvo o ex-governador Sérgio Cabral. Isso serviu, segundo Bretas, como uma experiência que pode ajudar investigações futuras a nível nacional. "Ao contrário da Lava Jato de Curitiba, a do Rio não tem uma área específica de investigação, podendo focar tanto na educação como no transporte ou na saúde. Assim, a Lava Jato aqui é uma espécie de laboratório para outros Estados e até mesmo a União."

Questionado sobre delações premiadas, Marcelo Bretas acredita que, além de ser um direito do réu, isso pode significar um ganho de tempo e também de recursos para o governo. "Ao invés de gastar milhões de reais com os custos do processo, é mais barato para um réu devolver o que lhe é acusado de ter ganhado ilicitamente. Isso é uma mudança de paradigma, pois empresários sabem fazer contas e veem isso como uma oportunidade", disse. Com isso, Bretas acredita que grandes empresas deveriam investir cada vez mais em ações anticorrupção, a fim de evitar futuros prejuízos.

Sobre a polêmica questão do auxílio-moradia destinado a magistrados (em janeiro, foi divulgado que Bretas acionara com sucesso o Judiciário para receber o auxílio-moradia mesmo sendo casado e residindo com uma juíza, Simone Bretas), ele inicialmente disse que não discutiria o assunto, mas emendou dizendo que hoje ganha proporcionalmente 30% a menos do que faturava de salário há 20 anos. "Um promotor ganha mais que um juiz federal", argumentou.

Bretas disse que nunca foi convidado para iniciar uma carreira política ("É fora do meu universo") e que também evita ser fotografado com as pessoas, especialmente celebridades. "Tenho de zelar pela minha imagem, não posso permitir que alguém use uma foto comigo para se promover."

O juiz federal comentou ainda que preventivamente acredita que seu telefone e o de sua família são grampeados. "Não tenho nada a temer, mas, em conversas com auxiliares sobre medidas de processos, preciso me precaver", contou ele que, mais relaxado, lembrou ter cometido um "sincericídio" ao confirmar que, com 18 anos, andava com camisas estampadas com a figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato. Ainda em tom de brincadeira, revelou que o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, passou a usar há pouco tempo o aplicativo de conversa Whatsapp. "Até há quase um ano, ele preferia mandar e-mail."

Apostando na nostalgia, a Samsung lançou um celular pouco convencional com formato de flip. O modelo W2018 chama atenção pela sua aparência e também por causa das suas especificações técnicas, que superam muitos dos smartphones disponíveis atualmente. Outro destaque é a sua câmera com abertura de f/1.5, a maior já registrada em um aparelho móvel. O modelo será vendido exclusivamente na China.

O smartphone com visual retrô tem ainda 6 GB de memória RAM e duas telas de 4,2 polegadas - uma na parte frontal do modelo e outra junto ao teclado físico. Além disso, o telefone tem uma câmera traseira de 12 megapixels com um sistema que varia a abertura entre f/1.5 e f/2.4, que pode ser ajustado de acordo com as condições de luz. Na frente, há um sensor de 5 megapixels para selfies.

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Outras configurações incluem uma bateria de 2.300 mAh, processador Snapdragon 835 e opções de armazenamento interno com até 256 GB. O modelo tem ainda um sensor de impressão digital na parte traseira, mas os usuários podem desbloquear o smartphone usando o scanner de íris se preferirem. O lançamento da Samsung será vendido pela China Telecom, que ainda não divulgou o preço sugerido.

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Em nota à imprensa, a organização da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) e a TV Globo informaram hoje (27) que o escritor Anderson França participará, nesta sexta-feira (28), por videoconferência, da mesa Literatura em Todas as Plataformas.

"Atendendo a uma orientação da Flip, a Globo redefiniu a participação do escritor Anderson França na mesa Literatura em Todas as Plataformas, realizada em parceria pelas duas instituições e prevista na programação da FlipZona. A sua presença está confirmada através da entrada, ao vivo, por videoconferência. A decisão foi tomada em comum acordo com o escritor, a fim de garantir a sua participação e o diálogo com o público presente", diz a nota.

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França teria recebido ameaças de morte pore-mail. As ameaças não foram confirmadas, nem desmentidas pela Flip.

Diretor da primeira agência de conteúdo do Complexo da Maré, Anderson França é conhecido por seus artigos no Facebook, nos quais relata casos de violação de direitos humanos. Ele é autor do livro Rio em Shamas, publicado no ano passado pela Editora Objetiva, hoje pertencente ao grupo Companhia das Letras.

O escritor foi procurado pela Agência Brasil, mas não respondeu à mensagem enviada.

No último dia 21, a Delegacia de Repressão Aos Crimes de Informática comunicou a abertura de inquérito para investigar ameaça de morte ao escritor. França disse que sofreu ofensas de cunho racista de um internauta durante fórum de estudantes de uma 

Considerada pela revista Fast Company a empresa de educação mais inovadora no mundo em 2016, a Babbel aproveita a 15ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa hoje (26) à noite, para perguntar a escritores convidados do evento quais livros e filmes eles indicariam para pessoas que desejam aprender seus idiomas de origem. Companhia internacional com sede em Berlim, a Babbel dedica-se ao ensino online de 14 idiomas,

A Babbel tem foco na linguagem, na literatura e no multiculturalismo, disse à Agência BrasilJulie Krauniski, relações públicas  da empresa. A empresa conta com uma equipe de mais de 450 profissionais de 39 nacionalidades, sendo 15 do Brasil, onde atua há dois anos.

“Falar muitas línguas não é só uma questão acadêmica ou de habilidades. Falar várias línguas abre uma porta para um universo diferente", afirmou Julie.  Segundo a relações públicas, tudo que é relacionado a linguagem e a multiculturalismo interessa à Babbel. "A Flip é um festival literário que tem tradição no Brasil e escolhe sempre escritores muito bons, do mundo todo. Por isso, decidimos perguntar a alguns autores internacionais que livros e filmes eles recomendariam para estrangeiros entenderem melhor o país de cada um no idioma original.”

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Brasil

Em sua estreia literária, o brasileiro Jacques Fux, natural de Belo Horizonte, ganhou o Prêmio São Paulo de 2013 com a obra Antiterapias. No romance mais recente, Meshugá, o tema é a loucura. Na obra, Fux reinventa a vida e a obra de nomes como a filósofa Sarah Kofman e o cineasta Woody Allen. Para entender o Brasil, Fux recomenda o livro K. Relato de uma Busca, de Bernardo Kucinsky, da editora Companhia das Letras,  e o filme O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger.

Jacques Fux lembrou que o Brasil foi formado por diferentes povos e culturas. Sua literatura explora a questão judaica e a influência do povo judeu no Brasil. Por isso, disse Fux, é que indica o livro de Kucinsky e o filme de Hamburger. "Tanto o livro quanto o filme abordam o período da ditadura militar no Brasil, mas falam também do antissemitismo, da assimilação e do amor pelo futebol, temas muito importantes e relevantes na construção política e cultural do Brasil”, explicou o escritor.

Islândia

O autor slandês Sjón (abreviatura de Sigurjón Birgir Sigurðsson), cuja obra é influenciada por contos de fada e pela mitologia nórdica e já foi traduzida para mais de 30 idiomas, sugeriu o livro O Cisne, de Guðbergur Bergsson, editado pela Rocco, e o filme é O Albino Noi, com direção de Dagur Kári. Bergsson e Kári também são islandeses.

Ao comentar o livro, Sjón ressaltou que ele mostra "a beleza, a crueldade e a estupidez da pequena sociedade vistas pelos olhos de uma menina de 9 anos, que foi enviada para trabalhar numa fazenda como punição por furto. "Guðbergur Bergsson mapeou a mentalidade islandesa melhor do que qualquer outro autor contemporâneo”, disse Sjón. Sobre o filme, que relata a história de uma adolescente rebelde, Noi, moradora de uma vila próxima de um fiorde da costa oeste islandesa, Sjón afirmou: “em uma sociedade tão pequena, não é preciso tanta rebeldia para arrumar encrenca. O diretor cria uma miniatura incrível da Islândia moderna”.

O escritor é também compositor e um dos principais parceiros da cantora Björk. Seu novo livro, Pela Boca da Baleia, será lançado durante a Flip deste ano.

Angola

O rapper e ativista político Ikonoklasta, como é conhecido no meio musical o autor angolano Luaty Beirão, publicou em 2016 o livro Sou Eu Mais Livre, Então, um diário escrito na prisão. Ikonoklasta foi preso por ter lido, em 2015, um livro considerado subversivo pelo governo de José Eduardo dos Santos. O livro é considerado um testemunho da resistência de Angola. Para Luaty Beirão, quem quiser entender seu país tem de ler A Geração da Utopia, de Pepetela, que considera “um bom ponto de partida para perceber a geração de angolanos que segurou o poder e se mantém até hoje, lá amarrada. Essas pessoas destruíram o sonho comum – depredando o que deveria ser de todos – para enriquecimento pessoal. O livro explica muita coisa”.

O filme que ele indica, É Dreda Ser Angolano (Mambo Tipo Documentário), dá uma breve ideia sobre a vida na capital, Luanda. “Não chega a ser um documentário, porque inserimos pequenos e bem localizados elementos de ficção. Por isso o chamamos de mambo tipo documentário. Ele foi inspirado em um álbum de música do Conjunto Ngonguenha”, disse o escritor.

Suíça

Nascida na Suíça em 1975, Prisca Agustoni é poeta, tradutora e professora. Mora no Brasil desde 2003 e dá aula de literatura comparada na Universidade Federal de Juiz de Fora, cidade mineira onde reside atualmente. Para entender a Suíça, ela sugere o livro L'anno della valanga, de Giorgio Orelli, publicado pela editora Casagrande, de Bellinzona. Não há edição em português. Prisca não recomendou nenhum filme.

Espanha

A jornalista e escritora espanhola Pilar del Río é viúva do autor português José Saramago, que conheceu em 1986 e cuja obra traduziu para o castelhano. Em 2016, recebeu o Prêmio Luso-Espanhol de Arte e Cultura por sua dedicação "à defesa dos direitos humanos, à promoção da literatura portuguesa e ao intercâmbio da cultura portuguesa, espanhola e latino-americana". Suas oções para entender a Espanha são o livro Los Aires Difíciles, de Almudena Grandes, e o filme La Vaquilla, de Luis García Berlanga.

França

O escritor francês Patrick Deville foi adido e professor em Cuba, em países da África e do Golfo Pérsico, antes de estrear na literatura em 1987. Seu livro mais recente publicado no Brasil é Peste e Cólera. Para entender a França, Deville recomenda o livro À la Recherche du Temps Perdu(Em Busca do Tempo Perdido), de Marcel Proust, e o filme Vivre Sa Vie (Viver a Vida), de Jean-Luc Godard.

Referência

O português falado no Brasil foi lançado como um dos idiomas de referência do aplicativo Babbel em 2012 e é considerado o sexto idioma de maior procura, informou Julie Krauniski. O Brasil é o quinto maior mercado da Babbel no mundo e o primeiro na América Latina, correspondendo a 60% da procura pelos cursos da empresa de educação alemã na região. Os brasileiros são os que mais se inscrevem para aprender com a Babbel, e os cursos que eles mais buscam são inglês, francês,alemão, italiano e espanhol.

Fundada há 10 anos na Europa, a escola tem cerca de 1 milhão de alunos no mundo inteiro e oferece cursos de 14 idiomas: inglês, alemão, dinamarquês, espanhol, francês, holandês, indonésio, italiano, norueguês, polonês, português brasileiro, russo, sueco e turco.

Após o ressurgimento do clássico Nokia 3310, a Samsung também decidiu apostar na nostalgia e anunciou o lançamento de um smartphone com flip. O Galaxy Folder 2 tem a aparência de um telefone da década de 1990, mas com a eficiência dos aparelhos atuais. Ele possui tela de 3,8 polegadas e conexão 4G. O modelo estará disponível apenas na Coreia do Sul, terra natal da empresa, nas cores rosa e preto.

Segundo a Samsung, o modelo possui um design retrô e prático, com acabamento liso na parte frontal e traseira. Por dentro, ele é equipado com uma bateria removível de 1.950 mAh, 2GB de RAM e processador de 1,4 GHz quad-core. A memória suporta até 256 GB de armazenamento interno. 

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A Samsung ainda não anunciou se vai lançar o dispositivo em outros mercados fora da Ásia. Na Coreia do Sul, ele sai pelo equivalente a R$ 860 na versão mais barata, que possui apenas conexão 3G.

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Após 15 anos de existência, pela primeira vez a Festa Literária Internacional de Paraty convidou mais homens do que mulheres para sua programação. A edição contará com 24 mulheres e 22 homens nas 22 mesas do evento, que acontece dos dias 26 a 30 de junho. Além disso, em 2017 autores menos conhecidos e pequenas editoras ganharão mais destaque.

Outro diferencial dessa edição é que, segundo os organizadores, 30% dos autores escolhidos são negros. No ano passado, uma carta aberta publicada por professoras da UFRJ acusavam a Flip de estar promovendo um "Arraiá da Branquidade". As críticas eram direcionadas ao fato de que não havia autoras negras em meio às escolhidas para o evento.

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Em 2017, além desse aumento de autores, o homenageado Lima Barreto também representa os afrodescendentes, e Lázaro Ramos será o responsável por dar voz ao escritor na abertura do evento.

Por trás dessas mudanças há a volta de uma mulher à frente da curadoria. Nesta edição, Josélia Aguiar substitui Paulo Werneck, que comandou a programação por três anos. Ela é a segunda mulher a assumir esse posto, que não tinha uma figura feminina desde 2005-2006, quando Ruth Lanna foi a primeira mulher curadora. 

"Não estou criando uma programação como resposta às edições anteriores, ou para atender às expectativas mais imediatas", diz Josélia, que explica ainda: "Não foi fácil, sabemos que isso não representa ainda o mercado. A oferta de homens é maior, eles são mais premiados, mais conhecidos". Segundo a curadora, é preciso repensar a representatividade nesses eventos. 

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Depois de quase três décadas de lides e notícias, o jornalista e professor da Universidade da Amazônia (Unama) Antonio Carlos Pimentel Júnior resolveu embarcar nos portos da ficção e foi um dos finalistas do Prêmio Off Flip, na categoria Conto. O texto, “Deodorinda”, está entre os 15 escolhidos pela comissão julgadora, dentre 531 contistas que se inscreveram, brasileiros e estrangeiros de países de Língua Portuguesa, e será publicado em coletânea.

"Ser finalista do Prêmio Off Flip é um grande incentivo. Tenho passado a vida mergulhado no texto, mas fora da ficção. Agora, depois de 29 anos de jornalismo, atravessado pela notícia, começo a ganhar fôlego para encarar uma nova aventura, certamente bem mais rica em possibilidades textuais”, disse Antonio Carlos. Especializado em Língua Portuguesa e Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com experiência como repórter, produtor de pauta, redator, editor-assistente, editor-executivo, diretor de Redação, Antonio Carlos é editor do portal LeiaJá Pará e lançou neste ano seu primeiro livro, "Os quês e o porquê", obra de não ficção que aborda questões da prática jornalística, além de retratar histórias da vida profissional do autor.

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Experiente com diferentes técnicas narrativas, o jornalista já publicou um conto no livro “Os quês e o porquê”, a título de exercício literário, como ele informou. A seleção pode ser uma porta aberta para a ficção. “O conto 'Deodorinda' é uma experiência, felizmente bem recebida. E pela Flip. O próximo passo é trabalhar. Acho que em 2017 lanço o primeiro livro de contos. Alguns já estão na gaveta”, contou o autor.

A Flip

A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) ocorre anualmente na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, desde 2003, com o intuito de reunir autores e público para discutir temas diversos, como arte, cinema, literatura e ciência. Nesta edição, que começa em 29 de junho e vai até 3 de julho, a Flip homenageia Ana Cristina Cesar, poeta, crítica e tradutora de grandes nomes da literatura universal, como Sylvia Plath e Emily Dickinson.

Entre os autores convidados estão Svetlana Aleksiévitch, jornalista e escritora da Bielorrússia que ganhou o primeiro Prêmio Nobel de Literatura em 2015; Irvine Welsh, autor escocês que escreveu “Trainspotting”, polêmico livro sobre uso de drogas e contracultura britânica; além de Benjamin Moser, americano que escreveu a mais recente biografia da autora Clarice Lispector.

Com dez anos de tradição e renome nacional e internacional, o Prêmio Off Flip é uma realização do Selo Off Flip, da editora Bibliomundi, que contempla três gêneros literários: o conto, a poesia e a literatura infantojuvenil. Foram mais de mil escritores inscritos nas três categorias de texto.

As inscrições para o concurso foram abertas em janeiro. “O Prêmio OFF FLIP revela a pluralidade de vozes novas na literatura em língua portuguesa. É uma iniciativa mais fecundante do que midiática”, opinou o escritor João Carrascoza.

Os 15 finalistas da categoria de Conto:

1º lugar – “O lado de lá”, André Balaio (Recife-PE).

2º lugar – “Boa-noite, Maria”, Admaldo Matos de Assis (Recife-PE).

3º lugar – “Necrológio de Thomas Bernhard”, Tiago Franco (Macaé-RJ).

4º lugar – “O silêncio dos homens”, Cassio Waki (São Paulo - SP).

5º lugar – “Da utilidade das coisas”, Alexandre Arbex Valadares (Brasília - DF).

Finalistas

(sem ordem de classificação)

“Grandes” - Moema Vilela.

“Invisível” - Sérgio de Barros Prado Moura.

“Vida de cavalo” - Morgana Masetti.

“Horror Vacui” - Diego Alejandro Molina.

“O canto do rei de Oió” - Alexandre Boide Santos.

“Triste fim de Afonso Henriques” - Flávio Santos de Sousa.

“Meia arfada” - Caroline Chiarelli.

“Eu pela metade” - Caroline Freire.

“Helena e Spartacus” - Deborah Dornellas C. D. de Oliveira.

“Deodorinda” - Antonio Carlos Pimentel Junior.

Na categoria Poesia:

1º lugar – “Tábua de desmandos”, Daniel Retamoso (Passo Fundo – RS).

2º lugar – “Dores de camponês”, Silvestre Andrade Magalhães (Virginópolis – MG).

3º lugar – “Prece estruturada em formato de polpa”, Catarina Lins Antunes de Oliveira (Rio de Janeiro – RJ).

4º lugar – “As Índias ocidentais”, Caroline Rodrigues (São Paulo – SP).

Finalistas

(sem ordem de classificação)

“Canção de amor” - Daniel Francoy.

“A Messe” - Pedro Luiz de Mello Meirelles.

“Os primeiros gregos” - Marcelo Vieira Ribeiro.

“Psiquiatra” - Camila Thiers Machado.

“Labour II” - Erick Monteiro Moraes.

“Relâmpago” - Carlos Nathan Sousa Soares.

“Interface” - Rafael Melo.

“Dormência” - André Luís Gardel Barbosa.

“Sem título” - Eder Rodrigues da Silva.

“Pedaços de mulher” - Jaqueline Regina Pivotto.

“A vida no quarto do mundo” - Nadia Virginia Barbosa Carneiro.

“Partida e partilha” - Robledo Neves Cabral Filho.

“Ao assassino” - Vanessa Conz.

Na categoria Infantojuvenil: 

1º lugar – “Papo Reto & Papo Curvo”, João Luiz Guimarães Lima de Souza (São Paulo – SP).

2º lugar – “Os Doze - Lendas nunca morrem”, Leonardo Born (São Paulo – SP).

3º lugar – “O irmão mais velho”, Leandro Reboredo (Rio de Janeiro – RJ).

Finalistas

“A floresta do quintal”, Clarisse Souza.

“Tempo de antigamente”, Luís Roberto de Souza Júnior.

“O descobrimento da vaca”, Marta Irene Lopes Vieira.

Por Gabriella Barros.

Política, extremismos e tráfico internacional de drogas foram algumas das questões de destaque no penúltimo dia da Festa Literária Internacional de Paraty, que começou com um impasse: quem substituiria o italiano Roberto Saviano. Pela quantidade de perguntas que a mediadora Paula Miraglia recebeu, o público parece ter gostado da solução da curadoria, que escalou dois jornalistas que vivem no México e acompanham a questão das drogas em toda a América Latina. E o britânico Ioan Grillo e o mexicano Diego Enrique Osorno foram unânimes ao dizer que a guerra ao tráfico, como se tenta fazer há quatro décadas, é um modelo esgotado. Para eles, a solução é atacar economicamente os cartéis, ou seja, legalizando as drogas. Tratar o assunto como uma questão política e de saúde pública, e não de polícia, também ajudaria, disseram.

Mas, antes de o debate chegar a esse ponto, Osorno falou sobre Saviano, que minutos antes havia aparecido em vídeo, que a organização não teve tempo de legendar em sua totalidade. Foi exibido, assim, um pequeno trecho em que ele dizia sentir "muitíssimo" por não estar em Paraty, além de comentar as dificuldades que envolvem seus deslocamentos - ameaçado de morte pela máfia italiana, ele vive sob proteção policial - e a realidade da segurança do Brasil. Quem estiver na última mesa do festival, neste domingo (5), às 16 horas, poderá ver a versão completa.

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"O que Saviano conseguiu é o que estamos tentando fazer: encontrar essas sombras escuras da sociedade, entendê-las e ter a coragem de denunciar esses acontecimentos", disse Osorno. Para ele, Saviano, autor de Gomorra, sobre a camorra, e Zero Zero Zero, sobre o tráfico internacional de cocaína, usa a literatura a favor da denúncia e é um grande escritor.

Os dois convidados não evitaram descrições acerca do horror que acompanham: corpos empilhados, cabeças enfileiradas, cidades massacradas, estudantes assassinados. Osorno comentou que a imprensa local divulgava, todas as manhãs, um "executômetro", chamou a situação de "pornografia do terror" e disse que as pessoas estão se tornando insensíveis a esse tipo de crime. Já Grillo contou que entrevistou alguns traficantes, que não pareciam mentalmente instáveis. "Eles se veem, em sua mente distorcida, como soldados. E isso também acontece aqui, no Comando Vermelho. E, quando começam a se ver como soldados e a decisão de matar vem de ordem superior, a responsabilidade é deles. Eles se tornam máquinas de matar. Mas não podemos chamá-los de indivíduos loucos porque soldados, em guerra, cometem atrocidades."

Grillo, ao falar sobre sua ideia de descriminalização, perguntou quem da plateia concordava com a legalização da maconha. A maioria levantou a mão. Depois, perguntou sobre a cocaína. O movimento foi lento, inseguro, mas muitos concordaram. Em entrevista ao Caderno 2, publicada na sexta, ele disse que outro ponto a ser discutido é o tratamento adequado aos usuários.

Os dois jornalistas conhecem a realidade brasileira, e apesar dos pesares, Grillo voltou afirmar que os traficantes daqui são menos sociopatas que os mexicanos. Ele prepara, para janeiro, livro sobre quatro facções criminosas latinas, e uma delas é o Comando Vermelho. Eles também comentaram sobre a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - Osorno chegou a se encontrar com ele, além de políticos e empresários, há dois anos, em São Paulo. Foi quando FHC causou polêmica ao falar abertamente sobre a descriminalização.

Mais cedo, a América Latina também esteve em pauta na mesa que reuniu a crítica literária argentina Beatriz Sarlo e a jornalista portuguesa Alexandra Lucas Coelho. "O que me dói é a corrupção que existe no Brasil", disse Sarlo. "A diferença fundamental entre aqui e o meu país é que aqui prenderam José Dirceu; no meu país, ninguém foi preso, o vice-presidente continua sendo vice-presidente", completou. Crítica dos governos Kirchner e estudiosa das esquerdas latinas, ela se mostrou otimista com relação à Justiça brasileira. "Há resoluções da Justiça que foram acatadas, e essa é a única maneira de enfrentar a corrupção", afirmou.

Entre esses dois debates, os cartunistas Plantu, do Le Monde, Riad Sattouf, ex-Charlie, e o brasileiro Rafa Campos falaram sobre os limites do humor, sobre o ataque à publicação satírica francesa por grupos extremistas, e sobre a associação Cartoonists for Peace. Para Plantu, não é preciso humilhar ninguém para fazer humor com política e religião. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O espírito irreverente, sagaz, crítico e, por que não?, moleque finalmente baixou na Flip em seu último dia. Voltou em um corpo franzino, cabelos negros, coxas brancas, grandes olhos curiosos e trajando um vestido de bolinhas: a atriz e escritora Fernanda Torres quebrou o protocolo e, fiel à sua dinastia artística, dominou o pequeno palco da feira literária, em seu último dia, quando se reuniu com o peruano Daniel Alarcón, sob a astuta mediação de Ángel Gurría-Quintana.

Fernandinha, que contou com a cumplicidade da mãe, Fernanda Montenegro, presente na plateia, tomou a palavra logo no início do encontro, estabelecendo um diálogo crítico devidamente aceito por Alarcón e brindando a plateia com observações inteligentes e provocantes.

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A sessão começou comportada, insinuando a habitual normalidade. Gurría-Quintana, veterano entre os mediadores da Flip por conta de sua competência, questionou o peruano sobre a construção de seu bem resolvido romance, À Noite Andamos em Círculos (Objetiva). "O título faz referência a Guy Debord e sua crítica sobre o conceito de espetáculo, algo que parece descrição do meu protagonista, o dramaturgo Nelson, que não entende nada da vida a não ser o que é filtrado pelos espetáculos de teatro."

Alarcón tem uma curiosa trajetória - nascido em Lima, logo passou a viver nos Estados Unidos, estabelecendo um desterro literário. "Minha educação foi em inglês e só aprendi espanhol aos 8 anos. Hoje, escrevo em inglês, mas minha temática é peruana, especialmente o humor."

A condução, nesse instante, foi tomada por Fernanda que, depois de explicar a origem de seu romance Fim (Companhia das Letras) - o que era para ser um conto logo se transformou em um romance sobre a finitude de cinco amigos -, ela iniciou um debate sobre a obra de Alarcón, especialmente o fato de o enredo tratar de teatro.

"Você escreveu sobre algo que está fora de moda que é o ator. Veja só, se hoje falamos sobre literatura, um assunto sério, três dias atrás, eu estava fazendo strip-tease na boate La Conga", disse a atriz, fazendo a plateia rolar de rir ao contar sobre a cena que gravara para o seriado Tapas & Beijos, da Globo. "Sou mais valorizada aqui, na Flip, como escritora: ator parece não valer nada, enquanto um autor parece valer muito. Mesmo quando participo de um espetáculo mais pesado, como A Casa dos Budas Ditosos, é considerado pornografia de nível porque foi escrito por João Ubaldo Ribeiro, um grande e renomado autor."

Fernanda provocava risos, mas era perceptível o tom sério de sua crítica, apontada para o excessivo mercantilismo que cerca sua arte. "O que me levou à literatura é a crise do teatro e do cinema, atualmente muito presos ao entretenimento que garante sua sobrevivência."

Um sopro de esperança, no entanto, foi apontado pela própria atriz. Na noite anterior, ela e sua mãe rumavam para um encontro quando se perderam nas ruas pedregosas de Paraty. Quando perceberam, estavam diante de uma fila e lá encontraram Débora Bloch. "Ela nos convenceu a entrar", disse Fernandinha, que estava na Casa da Cultura, local de uma das ramificações da Flip, a FlipMais.

Naquele sábado, a atração era o ator inglês Tim Crouch, que apresentaria sua especialidade, o espetáculo de um homem só. No caso, ele viveria Malévolo, personagem da clássica comédia Noite de Reis, de Shakespeare, servente que acerta as contas por meio de uma história de assédio moral da qual faz parte, utilizando um discurso retórico ao mesmo tempo divertido e perturbador de um homem à deriva diante de um público cruel.

"Crouch conseguiu atingir o sublime com sua interpretação, ao mesmo tempo em que questionava a plateia sobre diversas dúvidas morais", comentou a atriz. Fernandona, aliás, teve participação ativa no espetáculo, quando cedeu uma de suas meias ao ser solicitada pelo ator britânico.

Ao utilizar o mundo das artes cênicas como pano de fundo de seu romance, Daniel Alarcón procurou valorizar a profissão de ator. "Teatro nasce a partir do impulso, da disposição em se comportar mal", comentou. "É assombroso estar diante de um público e assumir o erro que marca determinado personagem. O ator não pode ter medo de ser alguém ao criar um mundo novo. Outra razão pela qual escolhi o teatro é porque se trata de uma arte compreensível por todos justamente por ser uma representação metafórica da vida. Quando convidamos crianças a encenar, elas facilmente conseguem ver um castelo à sua frente, mesmo nada existindo. Trata-se da criação coletiva de um instante." "Um delírio coletivo", completou Fernanda.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aos 6 anos, Antonio Perucelli Ventura, ou Toninho, como é chamado pela família e pelos amigos, conheceu o inferno, o purgatório e o paraíso de Dante Alighieri pelas mais de 400 páginas do clássico iltaliano A Divina Comédia. As obras-primas Don Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes, e Vinte Mil Léguas Submarinas, do francês Júlio Verne, foram "devoradas" logo depois.

Hoje com 10 anos, Toninho saiu de Mococa, interior de São Paulo, para lançar o primeiro livro de poesias no circuito paralelo da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), no litoral sul fluminense, que chega ao quinto e último dia neste domingo (3). Dos quase 30 poemas que criou, 12 foram selecionados para o primeiro trabalho, intitulado Toninho, o Poeta A-Ventura. O primeiro poema do livro, ele compôs aos 5 anos.

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“O Autor diz poemas que são cisnes maravilhosos que vivem no lago. Felizes”, declamou o menino. “É curtinho, pois foi o primeiro que fiz, e era muito novo”, justificou.

De todos os livros que leu, seus preferidos são poema épico Odisseia, do grego Homero, e Frankenstein, da inglesa Mary Shelley. “Frankenstein, porque gosto dessa matéria do homem tentando descobrir os segredos da vida pós-morte, e Odisseia, porque sou apaixonado por mitologia”, ressaltou Toninho.

O pai do menino poeta, Antônio Valente, que também é poeta, lançou na Flip o segundo livro simultaneamente ao do filho neste fim de semana, O Guardador de Abismos. Valente disse que ele e a mulher incentivaram o hábito da leiturta em casa desde muito cedo.  “Sempre que dávamos um brinquedo, dávamos um livro também. Então, ele [Toninho] começou a escrever naturalmente.”

O gosto precoce pelos clássicos e o lançamento de um livro não é motivo de alarde para Toninho. “Para mim, é normal, parte do dia a dia. Gosto de escrever, porque, quando leio um livro, sinto que faço parte da história. Então, desejei que as pessoas se sentissem parte de uma história que eu mesmo fiz. É isso que motiva a escrever.”

Pela primeira vez na Flip, o escritor mirim adiantou que já tem o nome do próximo livro e pensa em voltar à feira literária. “Ainda é um esboço, mas pensei em Para as Montanhas do Amanhã. Quero escrever muitas histórias e poemas”, informou, animado.

Emoção, um pouco de esperança e outro de ceticismo marcaram o debate sobre os 50 anos do golpe militar na tarde desse sábado (2), o mais longo desta edição da Flip. No palco, três pessoas que sofreram os efeitos da ditadura no Brasil. Marcelo Rubens Paiva tinha 11 anos em 1971 quando o pai, o deputado Rubens Paiva, foi morto. Bernardo Kucinski perdeu a irmã Ana Rosa. Persio Arida, militante da ala juvenil da VAR-Palmares, foi preso aos 18 anos.

Na sexta-feira (1º), Rubens Paiva sugeriu, em conversa com o Estado, que o encontro seria muito "emocional". E foi assim desde o princípio, quando a plateia e os participantes ouviram a transmissão de um pronunciamento do deputado Rubens Paiva feito no dia 1.º de abril de 1964.

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Marcelo começou sua fala ainda sob o impacto da voz do pai e leu a crônica Trabalhando o Sal, publicada no Estado em fevereiro deste ano, que falava sobre a postura da mãe diante da tragédia. "Minha mãe deu o tom: a família Rubens Paiva não chora em frente às câmeras, não faz cara de coitada, não se faz de vítima. A família Rubens Paiva não é a única vítima da ditadura. Esteve em guerra contra ela desde o primeiro dia. O País é a maior vítima. O crime foi contra a humanidade. Nossa luta não tem fim. Sou pai agora, vejo isso com outros olhos".

O economista Persio Arida contou que escreve um livro sobre sua experiência durante a ditadura. Depois de um tempo escondido no apartamento secreto do pai, ele foi preso. Foram 15 dias até que a família conseguisse a confirmação de que estava preso.

Bernardo Kucinski, professor aposentado e autor de livros sobre economia, política e jornalismo, narra, em seu livro K., a busca de um pai por sua filha desaparecida. É, de certa forma, a história de sua irmã Ana Rosa, professora de química da USP, presa aos 34 anos e morta. "É um trauma para a família não conseguir enterrar seus mortos e fazer o luto", disse. "O desaparecimento é uma segunda tortura, que acompanha a família a vida inteira. É um entrave, uma coisa que não tem fim. Mesmo que haja revisão da lei, julgamento, respostas, a tortura não tem fim", completou Rubens Paiva, que está confiante nas investigações do Ministério Público.

Houve consenso de que pouca gente hoje sabe o que de fato ocorreu. "O que percebemos com as manifestações junho e com as opiniões que vimos nas redes sociais é que fomos muito negligentes com as novas gerações. Se até pessoas que participaram da redemocratização estão confusas, imagina os meninos", disse Rubens Paiva.

Vigilância

No começo da manhã, as atenções estiveram voltadas para o jornalista americano Glenn Greenwald. Antes de sua mesa no evento, ele voltou a reafirmar seu compromisso de continuar divulgando os documentos em posse do ex-agente Edward Snowden, que viu pela última vez há pouco mais de três meses na Rússia, onde está sob proteção do governo.

Greenwald, de 47 anos, ficou conhecido após a revelação de dados fornecidos por Snowden no final de 2012. Os primeiros documentos foram divulgados em junho do ano passado e caíram como uma bomba sobre o governo americano, que se viu obrigado a explicar o monitoramento de informações e e-mails de autoridades de países espionados pelo NSA, a agência de segurança americana que bisbilhotou, inclusive, a correspondência digital da presidente Dilma Rousseff e de várias empresas brasileiras, como a Petrobrás.

Snowden, disse o jornalista, é uma espécie de jogador de videogame lutando contra superpotências, amparado na mitologia americana do herói que vence sozinho o mal. O governo americano, observou Greenwald, decepciona cada vez mais o cidadão comum com a ambiguidade do presidente Obama, que defende a paz na faixa de Gaza, mas, segundo o jornalista, continua a aceitar as encomendas de armas de Israel.

"A imagem de Obama como promotor da paz é totalmente diversa do que é na realidade", disse. "A Agência de Segurança Nacional não desiste da ideia de ter absoluto controle sobre as telecomunicações em todo o mundo, elegendo países como alvos prioritários, entre eles o Brasil."

No debate com o cineasta Charles Ferguson, Greenwald voltaria a reafirmar sua crença de que a agência de segurança americana não quer só espionar países emergentes como o Brasil, mas manter a internet sob controle. Ele acha também que o Brasil tem o dever moral de dar asilo político a Snowden após tudo o que ele fez pelo País, denunciando a espionagem dos e-mails de Dilma.

O curador da 12ª. edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), Paulo Werneck, fez um balanço inicial dos primeiros três dias do evento e concluiu que houve uma mudança no perfil do público, atraído não mais pela presença de superastros da literatura, mas interessado em descobrir novos autores ou escritores só agora publicados no Brasil, como o russo Vladimir Sorókin (de Dostoievski Trip), por exemplo. "Em edições anteriores, como parte do público, percebi que alguns autores ficavam numa zona escura", declarou Werneck, concluindo que sua curadoria buscou equilibrar a balança, abrindo espaço para mesas como a da fotógrafa Claudia Andujar debatendo a questão indígena com o líder ianomami Davi Kopenawa.

Com o rosto pintado por um índio, uma seta vermelha contra o mau olhado, Paulo Werneck parecia, como os curadores de edições anteriores, preocupado com a resposta do público a mesas que reúnem intelectuais que não lidam com palavras, mas imagens, caso da primeira de sexta-feira, 1º, "O Guru do Meier", que tinha os desenhistas Cássio Loredano e Claudius conversando com o jornalista e escritor Sérgio Augusto, colunista do jornal O Estado de S.Paulo. "Foi uma boa surpresa essa química entre eles, com o público se divertindo muito".

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O curador vê uma renovação do público frequentador da Flip, que ganhou mais casais jovens e crianças, atraídos pela programação paralela realizada por parceiros e patrocinadores da festa literária. "Não somos pautados pelo exclusivismo e consideramos muito positiva a ampliação dos debates fora da tenda dos autores". Muitas editoras, instituições como o Sesc e institutos, como o Moreira Salles, mantêm uma programação com os próprios autores convidados pela Flip, debatendo outros temas nas casas alugadas em Paraty, que tem reunido um grande número de interessados. Werneck garantiu que o orçamento deste ano, menor que em anos anteriores por problemas de captação, não prejudicou a programação. "Vivemos no contexto brasileiro e num ano atípico de Copa, mas não tivemos queda no padrão da Flip".

Michael Pollan atraiu uma legião de fãs e interessados em culinária e gastronomia para sua mesa, na 12ª Flip, nesta sexta-feira, 1º. Embalado pelo seu recém lançado Cozinhar, editado pela Intríseca, o escritor norte-americano criticou severamente as corporações da indústria alimentícia. Pesquisador da cadeia que envolve os alimentos desde sua produção até a reação no corpo humano, Pollan acredita que há diversas razões pelas quais nós nos alimentamos. "Criar identidades e ter prazer são algumas delas" afirmou, antes da mesa, na coletiva de imprensa. Entretanto, para o escritor, as comidas "fast food" - considerada, por muitos, prazerosa, - não chega perto da experiência de uma comida que ele denomina de "verdadeira". "Há prazeres simples e profundos. Assim como no amor e na sexualidade, existem formas fugazes ou mais lentas e prazerosas", afirmou. Durante a mesa, arrancou risos ao reforçar esse conceito dizendo que "fast food" é uma espécie de pornografia e que a comida verdadeira (não industrializada) seria o equivalente ao sexo de verdade.

Depois de trabalhar em uma fazenda americana, avaliar diversos meios de produção e estudar nutrição, Pollan avalia que a culinária em família é uma "chance de conexão com o outro", e que por isso, para ele, cozinhar é um ato político: "A comida em família representa um espaço social complicado, mas democrático. Aprendemos sobre cidadania" disse. "Em uma mesa há discussões, as pessoas aprendem a dividir, escutar, falam sobre as notícias do dia. É um momento de ficar junto". Com essa filosofia, o escritor chamou a atenção dos brasileiros, considerados por ele um povo de desfruta dessa forma de comer coletivamente, para que defendam seu sua cultura gastronômica que pode ser disseminada pela indústria de alimentos. "Para essas corporações não é interessante que as pessoas comam de um mesmo prato - como uma moqueca - a ideia deles é dividir, porque assim eles ganham mais", provocou.

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Indagado sobre como educar os filhos, em meio aos alimentos industrializados, muito palatáveis, o americano afirmou que ensinar as crianças a cozinhar ajuda no processo de educação alimentar e afirmou ser totalmente contrário ao marketing de comida infantil, comum em redes americanas que aliam ‘junk food’com brinquedos. "Isso, na minha opinião, deveria ser proibido", enfatizou.

Sobre o desafio de alimentar melhor a população mundial, Pollan destacou a quantidade de desperdício de comida - segundo o autor, 40% do que é produzido no mundo é desperdiçado desde o processo de produção até o fim de uma refeição. Além de afirmar chamar de "falso argumento" a ideia de que a comida industrializada ajuda a alimentar o mundo. Para o autor, o modelo atual não é sustentável e "tira a comida da boca do povo". Como exemplo, usou o etanol, que nos EUA é fabricado a partir do milho, que poderia ser utilizado para alimentar a população.

Andrew Solomon é uma das maiores autoridades em depressão. Ele mesmo vítima da doença, o autor americano escreveu um tratado sobre ela, lançado há 14 anos e agora republicado com algumas alterações pela Companhia das Letras, O Demônio do Meio-Dia. No ano passado, a mesma editora publicou outro premiado livro seu, Longe da Árvore - Pais, Filhos e a Busca da Identidade, vencedor do National Book Critics Circle Award em 2013, este uma extensa pesquisa sobre filhos bem diferentes dos pais, de crianças superdotadas a jovens diagnosticados como autistas ou esquizofrênicos, passando por adolescentes assassinos, como Dylan Klebold, conhecido pelo massacre de Columbine. Solomon entrevistou 300 pessoas para escrever o livro, recebendo entusiasmados elogios de críticos e até de ex-presidentes americanos.

Solomon, no entanto, diz que a melhor resposta aos seus livros é a imensa correspondência que recebe dos leitores, alguns, como ele, convivendo anos com o "demônio do meio-dia". "Fico emocionado quando recebo cartas de leitores que revelam ter pensando em suicídio por causa da depressão e desistiram após ler meu livro". Solomon não tem uma fórmula mágica para curar a depressão nem faz campanha contra as drogas promovidas pela indústria farmacêutica (talvez por respeito ao pai, executivo de um laboratório que lutou pela aprovação do remédio Celexa nos EUA). "Acho que a combinação de psicoterapia com o uso de medicamentos pode trazer bons resultados, mas não descarto terapias alternativas". A dele, por exemplo, foi decidir ser pai, mesmo sendo gay. Ele teve uma filha com uma amiga da universidade, hoje com sete anos e vivendo com a mãe no Texas. Com o companheiro John Habich, jornalista que tem dois filhos biológicos com uma amiga lésbica, Solomon cria ainda outro filho, George Charles, hoje com cinco anos.

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Formam uma família unida, garante o escritor, cuja outra grande paixão é a arte russa (ele tem um livro sobre artistas soviéticos que produziram durante a época da glasnost, The Irony Tower, publicado em 1991).

Solomon também se aventurou pela ficção, se bem que, no único caso, The Stone Boat, a história era baseada no drama pessoal de sua mãe, paciente terminal de câncer no ovário que escolheu o suicídio como alternativa para seu sofrimento.

Compreensível. Casos dolorosos como esse talvez só possam mesmo ser tratados de forma ficcional. "Gostei da experiência de escrever um romance, mas as pesquisas para meus livros de não ficção tomam muito tempo", justifica, revelando que levou anos persuadindo a família Klebold a dar seu depoimento sobre a ação do filho Dylan na tragédia de Columbine, em que massacrou colegas de escola.

Pergunto a ele como explicaria o fato de uma família aparentemente normal ter um filho como Dylan. "A família Klebold, de fato, é integrada por pessoas amáveis, inteligentes, o que não corresponde ao estereótipo da família que abusou das crianças, traumatizando-as". Isso só prova uma coisa, segundo Solomon: essa tragédia pode acontecer a qualquer um. É preciso, segundo ele, estar atento aos sinais que as crianças destrutivas emitem. "Devemos evitar culpar os pais", recomenda.

"Tenho grande alegria em ser pai", diz, classificando seu Longe da Árvore como "um livro sobre a experiência do amor". No próximo, adianta, ele vai tratar da paternidade, mas principalmente da maternidade em todas as formas, de mães solteiras a lésbicas que adotaram crianças ou tiveram filhos biológicos com amigos. "Tanto como a depressão, que vem sendo estigmatizada desde a Antiguidade como loucura, espero desfazer esse equívoco de que famílias alternativas não são bons exemplos para as crianças". Toda família é, de algum modo, disfuncional, como disse Tolstoi, mas o amor, garante Solomon, é o remédio certo para curar seus males.

A Casa de Cultura ficou lotada na manhã desta quinta-feira, 31, com fila para fora do auditório, para o debate com a participação do escritor Ferréz. Assim que ele subiu ao palco e ouviu da organização que não dava para deixar todos entrarem, um desejo dele, por questões de segurança, pediu um minuto e foi cumprimentar as pessoas que ainda aguardavam lá fora a chance de entrar.

"Em 1997, quando comecei, achar duas pessoas para ouvir era difícil. Ainda mais para ouvir literatura na periferia", disse o autor de Capão Pecado, trazendo cerca de 10 pessoas para se sentarem no chão, apesar da primeira negativa. Depois disso, pediu para a plateia fazer um minuto de silêncio pelos três civis israelenses e 1.300 palestinos mortos nas últimas semanas. E então começou a contar sua história de vida - a infância na periferia, o pai leitor de cordel, o primeiro contato com uma história em quadrinhos, os trabalhos que teve antes de lançar seu primeiro livro, a dificuldade de vender os primeiros exemplares, etc.

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"Existe um plano marcado para a gente. Sair dessa rota é muito difícil. Os livros foram, para mim, essa mudança de rota", comentou. Ele também pediu para que o público prestigiasse os autores da comunidade e que não fossem somente ver ou comprar livros dos escritores que vinham de fora.

Ferréz falou ainda sobre o poder da literatura, dos jornais, dos fanzines e por aí vai na formação do cidadão. "Ler vai trabalhar a sua cabeça. Mas não vamos pegar os globais que escrevem livros, essas atrizes que querem ser escritoras. Vale até um mediano como Paulo Coelho. Uma frase pode te acordar. Um texto pode abrir sua cabeça", disse à plateia, composta por pessoas de todas as idades - havia um grupo de adolescentes de escolas da região.

Millôr Fernandes (1923-2012) deixou uma legião de fãs e alguns discípulos, como o humorista Reinaldo Figueiredo, membro do Casseta & Planeta que, quando pequeno, se divertia lendo o autor na revista O Cruzeiro. "Aquilo dava vontade de sair desenhando e escrevendo", relembra. Depois, passou a acompanhar todos os passos do mestre na Pif Paf, no Pasquim, na Veja, etc. "Mais adulto, pensando nisso de novo é que entendi o motivo dessa minha reação de leitor infantojuvenil. É que aquelas páginas davam uma sensação de liberdade total e de que tudo é possível. Duas páginas onde podia acontecer muita coisa: artes gráficas, desenho, poesia, sátira política, fábulas, filosofia, teatro, crônica, paródias de estilos variados. Isso tudo me influenciou", explica.

Reinaldo está lançando A Arte de Zoar, uma coletânea de cartuns, e é um dos convidados da Festa Literária Internacional de Paraty que reúne, a partir desta quarta-feira, 30, até domingo, 02, no litoral fluminense, escritores de 15 nacionalidades e presta homenagem ao profissional de múltiplos talentos que foi Millôr, jornalista, humorista, artista gráfico, caricaturista, cartunista, escritor, dramaturgo, tradutor e colaborador do jornal O Estado de S.Paulo entre 1996 e 2000. Além de trazer o autor para o centro de debates, a homenagem motivou o lançamento e relançamento de mais de uma dezena de livros.

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A conferência de abertura do festival será feita pelo crítico de arte Agnaldo Faria nesta quarta à noite. Na sequência, Reinaldo e Hubert, também do Casseta & Planeta, entrevistam o cartunista Jaguar. Na sexta, 01, Cássio Loredano, Claudius e Sérgio Augusto, colunista do jornal O Estado de S.Paulo, participam da mesa O Guru do Méier. Os encontros serão na Tenda do Autor. No sábado, 02, Reinaldo e Chico Caruso estarão na mesa O Estilo Millôr, na Casa de Cultura, que sediará a exposição Millôr, 90 Anos de Nós Mesmos, com fotos, cartazes e imagens que contam sua vida e trajetória profissional. E durante o evento circularão cinco edições do Daily Millor, jornal com textos e desenhos de nomes como Luis Fernando Verissimo e Antonio Prata.

"Millôr escreveu certa vez que aceitaria tudo, menos uma estátua. Então nós nos esforçamos para não erguer uma estátua de bronze e fazer uma homenagem calorosa, colorida", comenta o curador Paulo Werneck.

Entre os lançamentos, destaque Millôr 100 + 100: Desenhos e Frases, com material selecionado por Sérgio Augusto e Loredano no acervo do homenageado, que está sob a guarda do Instituto Moreira Salles. A obra será lançada na quinta, 31, na Casa IMS, que abrigará ainda uma mostra de desenhos de Millôr.

Pela Nova Fronteira, sairão o inédito Guia Millôr da História do Brasil: de Cabral a Lula e os infantis ABC do Millôr e Poesia Matemática, com novas ilustrações de Ana Terra e Ivan Zigg, respectivamente. Já a Companhia das Letras lança Tempo e Contratempo, primeiro título dele, publicado em 1949 com poemas, contos, crônicas, sátiras e piadas visuais que saíram na Pif Paf, e ainda Esta É a Verdadeira História do Paraíso, Essa Cara Não me É Estranha e Outros Poemas e The Cow Went to the Swamp - A Vaca Foi Pro Brejo - seu antimanual de tradução.

Mas Millôr foi, também, tradutor sério e a L&PM reúne, em Shakespeare Traduzido por Millôr Fernandes, seu trabalho com as peças Hamlet, Rei Lear, A Megera Domada e As Alegres Matronas de Windsor. A editora gaúcha manda para as livrarias a 16ª edição de Millôr Definitivo - A Bíblia do Caos, que está completando 20 anos e que traz 5.299 frases, e relança os livros de bolso Kaos, O Homem do Princípio ao Fim, Poemas e Hai-Kais. Por falar em haicais, sairá, pela Edições de Janeiro, Haicai do Brasil, organizada por Adriana Calcanhotto - Millôr é um dos 33 autores da obra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Samsung anunciou nesta quarta-feira (21) para o mercado sul-coreano seu novo smartphone flip, o Galaxy Golden. O nome foi tomado como uma leve provocação à Apple que, segundo rumores, está prestes a lançar o iPhone 5S na cor ouro (gold, em inglês).

Com uma parte externa mais similar ao bronze do que dourado, o aparelho tem tela de 3,7 polegadas, processador dual-core de 1.7 GHz, câmera de 8 megapixels, rádio FM e roda com Android 4.2.

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O preço, no entanto, foi considerado alto. O aparelho será vendido na Coréia do Sul por aproximadamente 700 dólares.  Ainda não há previsão da vinda do Galaxy Golden para o Ocidente.

Com informações do 9to5Google.

A Samsung pode estar prestes a voltar com a produção de celulares com flip, que possivelmente virá para se encaixar na família Galaxy, no segmento de smartphones médios. De acordo com fontes internacionais, o celular vai contar com uma tela sensível ao toque e um teclado numérico físico, de modo que você possa utilizar o aparelho da maneira que preferir.

O aparelho pode se chamar Galaxy Folder, que apesar do design ultrapassado, terá tela de apenas 800x480 pixels e Android 4.2.2 (Jelly Bean). No entanto, é bem provável que o aparelho seja ofertado primeiramente na Ásia, já que este mercado já conta com gadgets deste gênero.

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Confira as prováveis especificações:

- Android 4.2.2;

- Tela de 4 polegadas;

- Resolução WVGA;

- Teclado numérico físico;

- Processador Snapdragon S4 dual-core de 1,2 GHz;

- 2 GB de RAM;

- Câmera traseira de 8 megapixels (registra vídeos em 1080p);

- Câmera frontal de 2 megapixels;

- Suporte para LTE

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