Tópicos | invasão

O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República, João Doria (PSDB), criticou a decisão do Brasil de não assinar a declaração da Organização dos Estados Americanos (OEA) repreendendo a ação militar russa contra a Ucrânia. O pré-candidato diz que ao não assinar o documento, o Brasil se colocou ao lado de ditaduras, e questionou se o Brasil "ficará ao lado da democracia ou do autoritarismo?"

"Ao não assinar carta da OEA condenando invasão russa à Ucrânia, Brasil fica ao lado de ditaduras como Cuba e Nicarágua, que também se recusaram a ratificar o documento. 500 brasileiros esperam por ajuda na Ucrânia. Este governo ficará ao lado da democracia ou do autoritarismo?", publicou o dirigente paulista em suas redes sociais neste sábado, 26.

##RECOMENDA##

Segundo o jornal O Globo, apesar de ter votado a favor da condenação da Rússia no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil não apoiou, na última sexta-feira, uma declaração da OEA criticando os ataques russos à Ucrânia.

O documento também não foi assinado pela Argentina, Bolívia e Nicarágua, diz o jornal.

Entre os motivos para o Brasil não ter assinado o documento, disse fonte ao jornal, estava o fato de a Ucrânia ficar no continente europeu, e não nas Américas, e a defesa do embaixador brasileiro Otávio Brandelli no Conselho de Segurança da ONU, que argumentou pela retomada do diálogo para resolução do conflito no leste europeu.

O YouTube disse que está tomando várias ações contra a Rússia em resposta à guerra, incluindo restringir o acesso à RT, uma rede de televisão estatal russa, e outros canais na Ucrânia. A plataforma disse que as restrições à RT e outros canais vieram em resposta a um pedido do governo ucraniano.

A empresa declarou que também está pausando a capacidade de vários canais russos de monetizar na plataforma, de acordo com sanções recentes, e limitando "significativamente" as recomendações a esses canais.

##RECOMENDA##

"Como sempre, nossas equipes continuam monitorando de perto os desenvolvimentos de notícias, incluindo avaliar o que quaisquer novas sanções e controles de exportação podem significar para o YouTube", disse um porta-voz da empresa.

A plataforma removeu centenas de canais e milhares de vídeos nos últimos dias, incluindo alguns por "práticas enganosas coordenadas", disse o porta-voz.

Também está garantindo que o conteúdo de notícias oficial apareça nas consultas de pesquisa sobre a Rússia e a Ucrânia.

O prefeito da cidade de Kiev, Vitali Klitschko, impôs um toque de recolher que durará da noite deste sábado, 26, até a manhã de segunda-feira sem intervalos, disse o gabinete do prefeito. "Para uma defesa mais eficaz da capital e segurança de seus moradores, o toque de recolher será das 17 horas de hoje, 26 de fevereiro de 2022, até a manhã de 28 de fevereiro", afirmou em comunicado.

O gabinete disse que são necessárias regras estritas para limpar a cidade, que está sob bombardeios e tiros, de "grupos de sabotagem e reconhecimento do inimigo". O comunicado ainda acrescenta que todas as pessoas que estiverem nas ruas durante este período "serão consideradas membros de grupos sabotadores inimigos".

##RECOMENDA##

O prefeito de Kiev implorou a outras nações que interviessem imediatamente contra o ataque que, segundo ele, matou civis. "Está acontecendo no coração da Europa", disse em um vídeo postado no Twitter . "Não há tempo para esperar, porque vai levar à catástrofe humanitária."

O Exército da Rússia recebeu ordens neste sábado para expandir sua ofensiva contra a Ucrânia, apesar do crescente protesto internacional em sentido contrário, alegando que Kiev rejeitou as negociações.

"Hoje, todas as unidades receberam a ordem de ampliar a ofensiva em todas as direções, de acordo com o plano de ataque", declarou o Ministério russo da Defesa, em um comunicado.

O Kremlin disse que o presidente Vladimir Putin havia ordenado uma pausa nos avanços das tropas na sexta-feira enquanto considerava possíveis negociações com a Ucrânia.

Porém, o governo russo disse nesta quarta que a Ucrânia rejeitou as negociações. O país, no entanto, não confirmou a rejeição das conversas, nem está claro que as forças russas interromperam de fato seu avanço na sexta-feira.

"Putin deu uma ordem na sexta-feira para interromper o avanço das tropas russas", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a repórteres em uma breve teleconferência neste sábado. Peskov acrescentou: "Como o lado ucraniano basicamente recusou as negociações, hoje o avanço das principais forças russas foi renovado de acordo com o plano da operação."

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, propôs a Vladimir Putin uma negociação na sexta-feira. Ele disse que estava disposto a dialogar e até mesmo adotar um "status neutro" - o que, na prática, significaria o abandono da ambição de entrar na Otan.

"Não temos medo de falar sobre nada. Sobre garantias de segurança para nosso país. Não temos medo de falar sobre o status neutro, e não estamos na Otan no momento", disse ele, antes de ressaltar que essa condição tornaria seu país vulnerável a futuras agressões. "Mas que garantias e, mais importante, quais países específicos nos dariam garantias?" "Eu quero mais uma vez fazer um apelo ao presidente da Federação Russa. Vamos sentar na mesa de negociações e parar as mortes"

Terceiro dia de ataques

No terceiro dia de ataques à Ucrânia, as tropas russas tentam tomar a capital Kiev, mas encontraram resistência das forças ucranianas e da população civil. De acordo com dados do Ministério da Saúde da Ucrânia, citados pela agência Interfax, 198 pessoas morreram desde o início da invasão russa, incluindo três crianças. Além disso, 1.115 pessoas ficaram feridas, incluindo 33 crianças.

Por toda a Ucrânia, as pessoas se amontoaram em abrigos antiaéreos, fizeram fila em caixas eletrônicos e estocaram itens essenciais. O Reino Unido disse que a maioria das forças russas está a cerca de 30 km do centro de Kiev.

Segundo um oficial do Departamento de Defesa dos Estados Unidos informou ao jornal The New York Times, a maioria das mais de 150.000 forças russas concentradas contra a Ucrânia estão lutando no país, mas essas tropas estão "cada vez mais frustradas por sua falta de impulso".

Apesar de agora ter mais da metade de seu poder de combate dentro da Ucrânia, as tropas russas ainda não controlam nenhuma cidade, embora estejam se aproximando da capital Kiev e de outros centros urbanos, disse a autoridade.

No entanto, e apesar da resistência ucraniana, particularmente em torno de Kiev e Kharkiv, a maioria dos analistas americanos e ocidentais espera que os militares ucranianos desarmados sucumbam para as forças armadas russas maiores e tecnologicamente mais avançadas nos próximos dias. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Rússia acusou a Ucrânia de recusar as negociações, apontou o Ministério da Defesa da Rússia, em nota, e ordenou a expansão da ofensiva militar contra o país vizinho. Na sexta-feira, 25, após declarações do governo de Kiev sobre a disponibilidade para negociações, o governo russo disse que as hostilidades ativas nas principais áreas da operação foram suspensas.

"Depois que o lado ucraniano se recusou a negociar, hoje todas as unidades foram ordenadas a desenvolver uma ofensiva em todas as direções de acordo com o plano da operação", informou o Ministério da Defesa russo, em comunicado.

##RECOMENDA##

Segundo a nota, com o apoio de fogo das Forças Armadas da Federação Russa, as tropas separatistas da República Popular de Luhansk (LPR) e da República Popular de Donetsk (DPR) estão tendo sucesso na ofensiva contra as posições das Forças Armadas da Ucrânia.

As tropas do LPR expandiram a linha ofensiva e avançaram desde o início da operação até uma profundidade de até 46 quilômetros, tendo capturado os assentamentos de Shchastia e Muratovo.

Ainda segundo o governo russo, o batalhão de tropas da DPR, avançando na direção de Petrovskoe, avançou mais 10 quilômetros e capturou os assentamentos de Starognatovka, Oktyabrskaya e Pavlopol.

O comunicado aponta que o regime "nacionalista" de Kiev distribui massiva e "incontrolavelmente" armas leves automáticas, lançadores de granadas e munição para os moradores dos assentamentos ucranianos.

"O envolvimento nacionalista da população civil da Ucrânia nas hostilidades levará inevitavelmente a acidentes e baixas. Apelamos aos moradores da Ucrânia para que demonstrem consciência, não sucumbam a essas provocações do regime de Kiev e não se exponham e seus entes queridos a sofrimento desnecessário", diz o Ministério da Defesa da Rússia.

O impacto do conflito entre Rússia e Ucrânia também provoca estragos na cadeia da pecuária. Criadores de bovinos, suínos e aves, que têm boa parte de custos baseada no consumo de grãos (como milho e farelo) para alimentar os animais, terão pela frente um cenário mais complicado.

A Ucrânia é uma grande produtora de milho e a Rússia, um dos maiores produtores de trigo. Mesmo que o trigo não seja usado como ração no Brasil, quando o preço do grão sobe ele puxa a cotação de outros grãos.

##RECOMENDA##

Apesar da alta moderada esperada para o preço do milho, a principal fonte de ração animal, na casa de um dígito, analistas afirmam que o nível atual das cotações do grão já é muito elevado e pressiona custos. "O aumento dos preços das commodities vai impactar no custo das cadeias de produção de aves, suínos e bovinos", afirma Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA.

Ele diz que essa alta adicional de preço do milho por conta do conflito piora um quadro que já era crítico para muitos pecuaristas. Isso porque houve quebra na segunda safra de milho de 2021, e a primeira safra do grão deste ano foi afetada pela seca no Sul.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Rússia ameaçou nesta sexta-feira (25) o que chamou de tentativas do Ocidente de incluir na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a Finlândia e a Suécia, países conhecidos pela neutralidade, e alertou para as "sérias consequências" de uma adesão desses países ao grupo. "É evidente que a entrada de Finlândia e Suécia na Otan, que é um bloco militar, teria sérias consequências político-militares, que necessitariam de uma resposta do nosso país", afirmou em entrevista coletiva a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.

A representante da diplomacia disse que Moscou está ciente dos "esforços direcionados da Otan e de alguns países membros do bloco, em primeiro lugar os Estados Unidos, para incluir a Finlândia e também a Suécia na aliança". Não existe um processo concreto para que isso ocorra.

##RECOMENDA##

Zakharova enalteceu "a política de não alinhamento militar do governo finlandês como um fator importante para garantir a segurança no norte da Europa e em todo o continente europeu", mas afirmou que a interação prática entre Helsinque, Estocolmo e Otan cresceu recentemente.

"(Essas nações) Realizaram manobras da Otan. Esses países ofereceram os seus territórios para exercícios da Otan perto das fronteiras da Rússia, nos quais as forças dos Estados Unidos imitaram ataques com armas nucleares contra um adversário considerado equivalente", disse a porta-voz do ministério russo.

Ela declarou ainda que Finlândia e Suécia confirmaram o princípio da indivisibilidade da segurança como membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). "A escolha das formas de assegurar a defesa e segurança nacional é um assunto interno e soberano de cada Estado", disse ela.

Apoio à Ucrânia

A declaração ocorre depois que o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, agradeceu pelo apoio dos dois países durante a invasão da Ucrânia pela Rússia. "A Suécia fornece assistência militar, técnica e humanitária à Ucrânia", escreveu Zelenski no Twitter. "Grato ao (primeiro-ministro sueco) por seu apoio efetivo. Construindo juntos uma coalizão anti-Putin!"

As tensões entre a Rússia e o Ocidente começaram justamente por causa da recusa de Putin em aceitar que a Ucrânia integrasse a aliança militar ocidental. O país manifestava interesse há anos de fazer parte da Otan e se tornou um candidato em 2018, mas nunca houve garantias de que de fato se juntasse, já que havia protestos de países da aliança.

As tensões se agravaram até culminar na invasão russa na madrugada de quinta-feira. Com o cerco militar promovido pelos russos a Kiev, Zelenski propôs a Putin uma negociação, segundo a agência de notícias russa RIA.

O presidente ucraniano disse que está disposto a dialogar e até mesmo adotar um "status neutro" - o que, na prática, significaria o abandono da ambição de entrar na Otan.

Aliança

A Finlândia, mesmo sem estar na Otan e considerada nação neutra desde o final da 2.ª Guerra, costuma participar ativamente das reuniões da aliança. Já a Suécia é uma nação neutra desde o início do século 19.

No mês passado, a primeira-ministra finlandesa Sanna Marin disse que era "improvável" que durante sua gestão o país aderisse à aliança militar ocidental. Na quinta-feira, quando a Rússia iniciava a ofensiva contra a Ucrânia, Sanna adaptou o discurso e afirmou que seu país poderia pleitear a adesão à Otan "caso a questão da segurança nacional se torne aguda". Moscou defende que a expansão contínua da Otan para o Leste Europeu desde o final da Guerra Fria viola os compromissos posteriores e anteriores ao fim da União Soviética.

Ontem, os governos de Finlândia e Suécia não comentaram as declarações da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, informou nesta sexta-feira, 25, que o Brasil iniciou a operação de retirada dos brasileiros que estão na Ucrânia. O chanceler afirmou, em conversa com a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, que cerca de 70 brasileiros serão transportados ainda hoje de trem em direção à Romênia. "Conversei com o ministro Carlos França e o Itamaraty está exatamente neste momento coordenando uma operação de retirada de cerca de 70 brasileiros, em um vagão de trem", disse o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), presidente da comissão.

"Vai depender de quantos couberem nesse vagão, mas é uma coisa em torno de 70 brasileiros. Parece que alguns latinoamericanos também embarcariam nesse mesmo trem com destino à Romênia", completou o deputado.

##RECOMENDA##

O Itamaraty disse ontem, 24, que cerca de 500 brasileiros moram na Ucrânia, a maior parte na capital Kiev. Sobre a evacuação do resto dos cidadãos do País, o tucano afirmou que o governo só vai comandar a retirada quando sentir segurança de que eles não sejam vítimas de emboscada. O espaço aéreo da Ucrânia está fechado e as rotas de fuga são pelo meio terrestre. A orientação é que a saída seja feita em direção às fronteiras com a Polônia e com a Romênia.

"São cerca de 600 quilômetros (o percurso até sair do país) e o Itamaraty só vai iniciar essa empreitada quando tiver segurança absoluta de que esses brasileiros eventualmente não sejam vítimas de alguma emboscada, não tenham suas vidas correndo risco", afirmou Aécio.

Como mostrou reportagem do Estadão, brasileiros relataram ontem desespero e falta de auxílio para saírem da Ucrânia.

Desde a madrugada de quinta-feira, a Ucrânia tem sido alvo de bombardeios russos. Temendo uma ampliação da influência de países ocidentais, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem estimulado movimentos separatistas ucranianos. Desde janeiro, o governo dos Estados Unidos tem alertado para a escalada dos conflitos. Na madrugada desta quinta, a Rússia começou uma série de ataques à Ucrânia com o objetivo de conquistar o território.

O governo da Ucrânia sinalizou nesta sexta a disposição de negociar um armistício com a Rússia. O diálogo passaria inclusive pela desistência da Ucrânia de participar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), grupo militar chefiado por potências ocidentais.

"Para isso haveria uma discussão mais clara em relação à independência daquelas províncias mais ao leste, que já tem uma proximidade maior com Moscou e também a questão da não entrada da Ucrânia de forma definitiva na Otan. Esses são os termos que circulam entre os diplomatas daquela região que poderiam ser a base para esse armistício e portanto para o cessar fogo, mas é algo ainda embrionário", disse Aécio.

Estados Unidos e países europeus anunciaram sanções econômicas ao país chefiado por Putin. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) analisa um projeto de resolução que pede a condenação da Rússia.

O Itamaraty chegou a divulgar uma nota lamentando a invasão, mas evitou criticar a Rússia. O presidente Jair Bolsonaro (PL) busca aproximação com Putin e o visitou em Moscou na semana passada. Durante live nas redes nesta quinta, Bolsonaro disse que teve uma diálogo "excepcional" com o presidente russo e ressaltou a relação comercial com o país envolvendo adubos e fertilizantes.

O presidente brasileiro também desautorizou o vice-presidente Hamilton Mourão, que havia dito que o Brasil não está neutro e condenou os ataques russos. De acordo com Bolsonaro, Mourão não tem credibilidade para se pronunciar sobre o tema e está dando "peruada".

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia movimentou diferentes campos da política brasileira e expôs, curiosamente, posicionamentos confluentes entre parte dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e grupos de oposição, principalmente na defesa de Vladimir Putin. Outra fatia dos bolsonaristas optou por condenar a ofensiva russa e defender o país atacado, evidenciando uma divisão na bolha ideológica do entorno do presidente.

Liderada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (Patriota-RJ), uma ala usa o confronto para defender o ex-presidente americano Donald Trump. O parlamentar disse em uma publicação nas redes que o político dos EUA deveria ganhar um "Nobel da Paz" por ter supostamente evitado guerras em seu mandato.

##RECOMENDA##

Assim como o chefe do Executivo, Eduardo é um admirador declarado de Trump e já chegou a se encontrar com o ex-estrategista-chefe da Casa Branca no governo do republicano, Steve Bannon, sob a prerrogativa de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Durante o mandato de Trump, Eduardo também foi cogitado como embaixador brasileiro em Washington.

"Trump foi um raro caso de Presidente dos EUA que não entrou e evitou guerras. Num mundo normal ele receberia o Nobel da Paz", escreveu o deputado, que também compartilhou uma imagem de Trump dando um aperto de mão no ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

O perfil "Patriota", uma página bolsonarista com mais de 300 mil seguidores nas redes sociais - seguida até mesmo por Michelle Bolsonaro - recebeu cerca de 6 mil curtidas em uma postagem que atribui a manutenção da paz mundial à dupla Trump e Bolsonaro: "Reinava a paz quando, juntos, Bolsonaro e Trump lideravam o mundo livre", diz a publicação.

Outro perfil de apoio ao chefe do Executivo opinou que a "esquerda" estaria hesitando em admitir a suposta habilidade de Trump para evitar conflitos no leste europeu. "A Rússia invadiu a Crimeia no tempo do Obama e a Ucrânia no tempo do Biden", diz a postagem.

Opiniões sobre Biden coincidem

Em uma situação rara, ao responsabilizar o presidente Joe Biden pelo conflito, bolsonaristas coincidem com a opinião de alguns políticos de esquerda. O perfil oficial do PT no Senado fez uma publicação no Twitter defendendo a Rússia e condenando o que chamou de "comportamento imperialista" dos Estados Unidos. Segundo a publicação, a Rússia estaria se defendendo da "política belicosa" adotada pelos americanos por meio da Otan. A postagem foi excluída após alguns minutos.

Ao comentar o assunto, a ex-candidata à vice-presidência na chapa de Fernando Haddad (PT), Manuela Dávila, disse que as preocupações da Rússia são "legítimas" e defendeu que a Otan diminua o cerco às fronteiras do país. O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, também culpou Biden pelo ocorrido. Reagindo a uma postagem do presidente americano, ele escreveu: "Você realmente acredita que seu governo não tem qualquer responsabilidade por essa crise depois que tentou levar a Ucrânia para a Otan? Você também é culpado por essa situação!".

O PCdoB, por sua vez, compartilhou um artigo afirmando que "a única coisa que poderia ter demovido a ação militar em larga escala seria a aceitação por parte dos Estados Unidos e da Otan" das condições impostas por Putin. A secretária de relações internacionais do partido, Ana Prestes, fez uma publicação atenuando a responsabilidade do presidente russo pelo ataque. "Existe um ator que foi fundamental para minar qualquer possibilidade para se chegar a um acordo diplomático: EUA. Preferiram instigar e investir na beligerância via expansão da OTAN", escreveu.

Sem mencionar o presidente americano, o provável candidato do PT ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a atuação da Organização das Nações Unidas (ONU) no apaziguamento do conflito e disse que a agência perdeu representatividade. "É importante a gente chamar a atenção das Nações Unidas. As Nações Unidas precisam levar em conta que elas não têm mais a representatividade que tinha quando ela foi criada em 1948. É importante ela lembrar que a geografia política do mundo mudou", disse o ex-presidente, defendendo que mais países tenham representação no conselho de segurança do órgão.

Vale ressaltar que o presidente Bolsonaro manifestou solidariedade à Rússia em sua viagem oficial ao país e tem evitado condenar a postura de Vladimir Putin.

Entretanto, outra parcela de aliados e ex-aliados do presidente condenam a Rússia e defendem a Ucrânia. O ex-chanceler Ernesto Araújo tem se posicionado contra o ataque, que, segundo ele, seria uma tentativa de impor um domínio "russo-chinês" sobre o Ocidente. O vice-presidente Hamilton Mourão também se manifestou e chegou a ser desautorizado por Bolsonaro após dizer que o Brasil é contra o ataque promovido pela Rússia.

O Kremlin concordou em realizar conversas com a Ucrânia, dizendo que a Rússia está disposta a enviar uma delegação à capital de Belarus, Minsk.

"Em resposta à oferta do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Vladimir Putin está pronto para enviar a Minsk uma delegação russa", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres, segundo agências de notícias russas. Ele disse que os representantes incluiriam funcionários da defesa e dos ministérios das Relações Exteriores, assim como do gabinete presidencial.

##RECOMENDA##

Em uma declaração em vídeo nesta sexta-feira, Zelensky pediu ao presidente russo, Putin, que se reunisse para conversas. "Gostaria de me dirigir ao presidente da Federação Russa mais uma vez. A luta está acontecendo em toda a Ucrânia. Vamos sentar à mesa de negociações para impedir a morte de pessoas", disse ele em russo em um vídeo publicado em seu canal no Telegram.

Fonte: Dow Jones Newswires.

A agência reguladora de energia nuclear da Ucrânia disse ter detectado níveis de radiação gama mais altos do que o normal na área perto da usina nuclear desativada de Chernobyl, depois de ela ter sido apreendida pelos militares russos. A Inspetoria Reguladora Nuclear do Estado não deu mais detalhes, e atribuiu o aumento a uma "perturbação do solo superficial devido ao movimento de uma grande quantidade de equipamentos militares pesados através da zona de exclusão e à liberação de poeira radioativa contaminada no ar".

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov, disse que as tropas aerotransportadas russas estavam protegendo a usina para evitar possíveis "provocações". Ele insistiu que os níveis de radiação na área permaneceram normais.

##RECOMENDA##

A Agência Internacional de Energia Atômica, com sede em Viena, disse que foi informada pela Ucrânia sobre o aumento, acrescentando que "não houve vítimas ou destruição no local industrial".

O desastre na usina nuclear de Chernobyl aconteceu em 1986, quando um reator nuclear na usina a 130 quilômetros ao norte de Kiev explodiu, enviando uma nuvem radioativa por toda a Europa. O reator danificado foi posteriormente coberto por uma concha protetora para evitar vazamentos.

Autoridades ucranianas disseram que a Rússia tomou a usina e sua zona de exclusão ao redor após uma batalha nesta quinta-feira, 24, no primeiro dia da invasão russa ao país. As tropas entraram pela fronteira de Belarus, onde estavam concentradas há semanas para a realização de exercícios militares conjuntos, segundo justificou a Rússia na época.

Cerco à Kiev

A invasão começou na madrugada, depois de o presidente Vladimir Putin ordenar uma operação especial no leste do país, controlado por separatistas pró-Rússia. Tropas russas confirmaram que entraram em território ucraniano a partir da Península da Crimeia, anexada pelo Kremlin em 2014.

A partir de então, as forças começaram a montar um cerco à capital, Kiev. Nesta sexta-feira, 25, o Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que as forças russas entraram no distrito de Obolon, a menos de 9 quilômetros do centro de Kiev e os bombardeios aumentaram nas últimas horas.

Explosões soaram antes do amanhecer em Kiev e tiros foram relatados em várias áreas, enquanto os líderes ocidentais agendavam uma reunião de emergência e o presidente da Ucrânia pedia ajuda internacional para afastar um ataque que poderia derrubar seu governo democraticamente eleito, causar baixas em massa e causar danos ao país e à economia global.

Entre os sinais de que a capital ucraniana está cada vez mais ameaçada, os militares disseram na sexta-feira que um grupo de espiões e sabotadores russos foi visto em um bairro nos arredores de Kiev, e a polícia disse às pessoas que não saíssem de uma estação de metrô no centro da cidade porque havia tiroteio na região.

Em outras partes da capital, os soldados estabeleceram posições defensivas nas pontes e veículos blindados circulavam pelas ruas, enquanto muitos moradores olhavam inquietos nas portas de seus prédios de apartamentos.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que Kiev "pode estar sitiada" no que autoridades norte-americanas acreditam ser uma tentativa do presidente russo, Vladimir Putin, de instalar seu próprio regime.

O ataque, previsto há semanas pelos EUA e aliados ocidentais , equivale à maior guerra terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Depois de negar repetidamente os planos de invasão, Putin lançou seu ataque ao país, que tem se inclinado cada vez mais para o Ocidente e para longe da influência de Moscou.

O presidente ucraniano Volodmir Zelenski, cujo controle do poder era cada vez mais tênue, apelou aos líderes globais por sanções ainda mais severas do que as impostas pelos aliados ocidentais e por assistência de defesa. (Com agências internacionais).

Um tanque russo passou por cima de um carro e atropelou o ocupante na manhã desta sexta-feira (25), em Kiev, capital da Ucrânia. Apesar do veículo ser esmagado, o senhor não sofreu ferimentos graves.

A caminho do parlamento ucraniano, as tropas russas chegaram em blindados ao distrito em Kiev, a cerca de 10 quilômetros do prédio.

##RECOMENDA##

No vídeo feito por moradores da região, o tanque passa em cima do carro em que o senhor estava estacionado e deixa o veículo completamente destruído. O homem ficou preso às ferragens e precisou de ajuda para ser removido.

Mais cedo, o Ministério da Defesa ucraniano pediu que moradores não saíssem de casa e preparassem coquetéis molotov caso houvesse a necessidade de conter o comboio.

Sirenes voltaram a ser disparadas para alertar a população sobre a iminência de novos bombardeios na região.

[@#video#@]

ATENÇÃO! Imagem forte.

A ex-chanceler alemã Angela Merkel condenou, nesta sexta-feira (25), a "guerra de agressão" da Rússia contra a Ucrânia, que marca uma "ruptura profunda na história europeia".

"Acompanho com a maior preocupação os acontecimentos após o novo ataque, que se segue ao de 2014 [contra a Crimeia], por parte da Rússia dirigida pelo presidente Putin, contra a integridade territorial e a soberania" da Ucrânia, escreveu Merkel, em um comunicado.

"Esta guerra de agressão por parte da Rússia marca uma ruptura profunda na história da Europa após o fim da Guerra Fria", afirmou Merkel, que deixou o cargo em dezembro, após 16 anos à frente da Alemanha.

"Esta flagrante violação do direito internacional não tem justificativa, e eu a condeno nos termos mais enérgicos possíveis", frisou Merkel, que teve uma relação muito próxima e difícil com Vladimir Putin quando era chanceler.

Nos últimos anos, Alemanha e Rússia tiveram inúmeras disputas. Apesar disso, a então chanceler buscou manter relações estreitas com o Kremlin durante seus quatro mandatos, apoiando, por exemplo, a construção do gasoduto teuto-russo Nord Stream 2, agora suspenso.

A invasão da Ucrânia pela Rússia trouxe tensão nesta quinta (25) aos mercados globais, com a queda das Bolsas e o temor de uma disparada dos preços do petróleo. Ao longo do dia, no entanto, depois de o presidente americano Joe Biden ter anunciado uma série de sanções aos russos, os investidores se acalmaram um pouco. Por aqui, a B3 fechou em queda de 0,37%, depois de recuar mais 2% durante a manhã. Na direção inversa, o dólar subiu 2,02%, cotado a R$ 5,10.

As incertezas em relação ao conflito levaram os investidores a correr para ativos mais seguros, como os títulos do Tesouro americano e o dólar, deixando um rastro de prejuízos nos índices acionários dos principais mercados mundiais. O índice Dax, da Alemanha, fechou em queda de 3,96%; o Pcac, de Paris, recuou 3,83%; e o FTSE, de Londres, 3,88%. Na Rússia, a Bolsa de Moscou chegou a cair 40% na retomada dos negócios, suspensos de madrugada.

##RECOMENDA##

Em Nova York, as Bolsas oscilaram bastante e, como no resto do mundo, tiveram quedas expressivas no início da manhã. O cenário mudou depois do pronunciamento de Biden: os índices reagiram e fecharam em terreno positivo. O Dow Jones subiu 0,28%, enquanto o Nasdaq avançou 3,34%. O S&P 500, no entanto, não teve tempo para mudar a direção e caiu 1,49%.

As sanções atingem bancos russos e adicionam novos nomes de membros da elite próximos ao Kremlin. Os alvos de bloqueio dos americanos somam US$ 1 trilhão em ativos. Além disso, os Estados Unidos anunciaram sanções ao comércio exterior, que corta a venda de produtos de alta tecnologia para a Rússia.

Petróleo

Outra medida que ajudou a acalmar os ânimos do mercado foi a promessa de Biden de liberar as reservas americanas de petróleo, caso haja necessidade. A resposta do mercado foi imediata. As cotações, que haviam batido US$ 105 o barril durante o dia, caíram novamente abaixo de US$ 100. A medida reduz a pressão adicional sobre os preços da energia e dissipa temores sobre o impacto que a disparada do petróleo teria sobre a inflação e a política monetária global.

No Brasil, o Banco Central também tentou minimizar o nervosismo do mercado. A autoridade monetária disse que o Comitê de Estabilidade Financeira está atento "à evolução recente do cenário" e está preparado para atuar "minimizando eventual contaminação sobre os preços dos ativos locais", como o câmbio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No segundo dia de invasão russa à Ucrânia, nesta sexta-feira (25), casas de civis foram destruídas em uma vila em Starobelsk, em Luhansk. O cenário de guerra se repete em outras regiões de fronteira do país.

O presidente Volodmir Zelenski afirmou que, pelo menos, 137 ucranianos, entre militares e civis, foram mortos e 316 ficaram feridos até o momento.

##RECOMENDA##

O chefe de estado apontou que os demais países temem a Rússia e que abandonaram a Ucrânia após aos bombardeios.

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia Hanna Maliar estimou que mais de 800 militares russos foram mortos quando tentavam invadir o país.

[@#video#@]

 

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) avalia que não haverá problema de abastecimento de trigo à indústria do Brasil em decorrência da crise entre Rússia e Ucrânia. "Não haverá consequência do ponto de vista do fornecimento de trigo ao Brasil. Temos fornecedores na Argentina, Paraguai, Uruguai, Estados Unidos, e a produção nacional vem aumentando. Até o momento, não há ameaça de falta do produto no mercado brasileiro", disse o presidente executivo da entidade e ex-embaixador, Rubens Barbosa, ao Estadão/Broadcast Agro.

Os países do Leste Europeu estão entre os maiores produtores mundiais de trigo. A Rússia é líder mundial na exportação de trigo, enquanto a Ucrânia é a quarta maior exportadora global do cereal.

##RECOMENDA##

O Brasil, por sua vez, importa cerca de 60% do volume processado pela indústria anualmente. Contudo, o volume adquirido da Rússia é "pequeno" e 85% do cereal internalizado é argentino. O País não compra trigo da Ucrânia. "Nos últimos dois anos, a Rússia exportou muito pouco ao Brasil. É uma quantidade marginal", disse Barbosa.

No ano passado, de 6,2 milhões de toneladas de trigo importadas, apenas 28 mil toneladas vieram da Rússia. A maior parte, 5,4 milhões de toneladas, foram de cereal argentino, de acordo com dados do Agrostat, sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro.

Efeito nos preços

Em contrapartida, há um efeito imediato sobre a indústria com o encarecimento do trigo no mercado externo, o que se reflete nos preços do cereal argentino e na paridade de importação, elevando também a cotação do trigo nacional.

Nesta semana, as cotações do trigo negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) acumulam alta de 16,3% por causa do receio de que estes países possam deixar de exportar seu trigo em meio a um conflito disseminado.

"A consequência concreta para os moinhos brasileiros é que terão preços maiores para adquirir o cereal daqui para frente até a entrada da safra do Hemisfério Norte", disse Barbosa.

Outro efeito poderá ser observado no custo de produção da commodity, dado o cenário de aumento dos fertilizantes e risco de desabastecimento em virtude do conflito no Leste Europeu.

Outro risco decorrente do conflito é o de outros países consumidores do cereal recorrerem ao fornecimento da Argentina em cenário de interrupção das exportações russas e ucranianas.

"Isso pode virar um problema porque a Argentina já vendeu mais de 13 milhões de toneladas das 20 milhões de toneladas que colheu. O volume que está faltando para exportar já deve estar vendido para tradings, que comercializarão para quem pagar mais pelo cereal", disse o presidente executivo da Abitrigo.

Este risco, contudo, pondera Barbosa, ainda não é dado como efetivo no quadro atual. "Se houver demanda maior pelo trigo argentino pode ser um risco. No momento, o mercado demanda muita cautela. Precisamos esperar para ver a evolução da situação e como ficará o mercado global de trigo e a oferta argentina", afirmou, mencionando que o Brasil pode recorrer a outros fornecedores, como Estados Unidos, Paraguai e Uruguai.

Segundo Barbosa, até o momento nenhum moinho associado à entidade relatou problemas com fornecimento de cereal, mesmo argentino, em decorrência da crise entre Rússia e Ucrânia.

A invasão da Ucrânia iniciada na quinta-feira (24) pelo presidente russo Vladimir Putin provocou uma onda de sanções internacionais contra Moscou, especialmente por parte dos países ocidentais.

- União Europeia -

Após a reunião de cúpula de seus líderes, a União Europeia (UE) anunciou um endurecimento das sanções contra a Rússia nos setores de energia, finanças e transportes, mas sem incluir até o momento a rede bancária Swift, que permite receber ou emitir pagamentos em todo o mundo.

Trata-se de limitar "drasticamente" o acesso da Rússia aos mercados de capitais europeus. A UE também busca reduzir o acesso do país a "tecnologias cruciais" como componentes eletrônicos e de informática.

De acordo com o rascunho do projeto obtido pela AFP, as medidas incluem o veto à exportação de tecnologia, peças e serviços de aeronáutica e aeroespaciais, assim como de equipamentos para reforma de refinarias de petróleo.

Além disso, as sanções afetam indivíduos nos círculos de poder, com o congelamento de ativos ou proibição de entrada no território da UE, que são adicionadas às aplicadas na quarta-feira contra personalidades próximas a Putin.

Belarus, acusada de envolvimento na invasão, será objeto de medidas adicionais.

- Estados Unidos -

O presidente Joe Biden anunciou uma série de novas sanções contra bancos, representantes da elite e estabelecimentos comerciais russos.

Quatro bancos adicionais, incluindo os dois maiores do país (Sberbank e VTB Bank), serão serão sancionados e mais da metade das importações de tecnologia da Rússia serão proibidas.

O grupo de energia Gazprom e outras grandes empresas do país não poderão obter financiamento nos mercados de crédito do Ocidente, uma medida que já era aplicada contra o governo russo.

Washington também ampliou a lista de oligarcas russos punidos e limitou as exportações para a Rússia de produtos tecnologia destinados aos setores de defesa e aeronáutica.

Além disso, o Departamento do Tesouro anunciou sanções contra 24 pessoas e organizações bielorrussas.

- Reino Unido -

O Reino Unido impôs uma série de sanções contra o setor bancário, as importações de tecnologias e cinco empresários da Rússia. O país também fechou seu espaço aéreo à companhia aérea Aeroflot.

Além dos cinco bancos já afetados por sanções anunciadas na terça-feira, o gigante VTB entrou na mira e teve os ativos congelados em território britânico. As novas medidas "permitirão excluir por completo os bancos russos do setor financeiro britânico", disse o primeiro-ministro Boris Johnson.

As medidas também impedirão que empresas públicas e privadas obtenham fundos no Reino Unido e limitarão a quantidade de dinheiro que os russos podem ter em suas contas bancárias britânicas.

No total, 100 novas entidades estão no alvo das autoridades do Reino Unido.

- Japão -

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou nesta sexta-feira sanções contra a Rússia que incluem o "congelamento de ativos e a suspensão de vistos para pessoas e organizações russas".

Ele também anunciou medidas "sobre as exportações para organizações russas vinculadas ao exército" e sobre "bens de uso geral como os semicondutores".

- Canadá -

O Canadá vai adotar sanções contra "58 pessoas e entidades russas", anunciou o primeiro-ministro Justin Trudeau.

Entre os afetados estão os ministros da Defesa, Finanças e Justiça, assim como o grupo de mercenários russos Wagner, considerado próximo a Putin.

O Canadá também cancelou permissões de exportação para a Rússia no valor de 700 milhões de dólares canadenses (US$ 550 milhões), principalmente de produtos dos setores aeroespacial, tecnologia da informação e mineração.

- Austrália -

O primeiro-ministro Scott Morrison anunciou uma "segunda série" de sanções contra quatro instituições financeiras e 25 pessoas vinculadas a quatro entidades responsáveis pelo desenvolvimento e venda de equipamento militar.

Também indicou que estão previstas outras sanções, especialmente contra mais de 300 parlamentares russos que votaram a favor da "invasão ilegal da Ucrânia".

- Suíça -

A Suíça decidiu não se alinhar com as sanções ocidentais à Rússia, mas atuará para evitar que o país seja usado por Moscou para 'driblar' as medidas punitivas que afetam o governo russo, declarou seu presidente Ignazio Cassis.

Explosões e tiros foram registrados nesta sexta-feira (25) em um bairro do norte da capital ucraniana, Kiev, comprovou um correspondente da AFP.

Os moradores do bairro de Obolonsky correram para buscar proteção quando ouviram as explosões.

As tropas russas intensificaram nas últimas horas a ofensiva contra a capital, onde, segundo as autoridades, caíram vários mísseis durante a madrugada.

O ministério ucraniano da Defesa informou em sua página no Facebook que esta é uma operação de sabotagem das forças russas, executada por um comando de soldados de reconhecimento.

O ministério pediu aos civis da região que peguem em armas.

"Pedimos aos cidadãos que nos informem sobre a movimentações inimigas, que preparem coquetéis molotov e neutralizem o ocupante", afirma uma nota.

No segundo dia da invasão russa, os combates são cada vez mais intensos nas proximidades da capital.

As tropas ucranianas informaram que enfrentam unidades de blindados russos nas localidades de Dymer e Ivankiv, situadas a 45 e 80 quilômetros ao norte de Kiev, respectivamente.

O avanço das "forças do inimigo foi detido às margens do rio Teterov. A ponte sobre o rio foi destruída", afirma uma mensagem do exército.

O Estado-Maior do exército afirmou que controla o aeroporto militar de Gostomel, na entrada de Kiev, onde as tropas russas entraram na quinta-feira. A AFP não conseguiu confirmar esta informação.

A rejeição a Jair Bolsonaro cresceu nas redes sociais desde o início dos ataques da Rússia contra a Ucrânia, após horas de silêncio do chefe do Executivo sobre o conflito que teve início nesta madrugada. No Twitter, até o início da tarde, 77% das interações de usuários sobre o presidente foram negativas nesta quinta-feira, 24, segundo pesquisa Modal/AP Exata. O número é 13 pontos maior do que o registrado ontem, quando o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ainda não havia iniciado os bombardeios.

A reprovação a Bolsonaro veio acompanhada de uma queda na confiança no governo. Apenas 9,9% dos internautas publicaram mensagens favoráveis à gestão do presidente, ante 15% que se manifestavam dessa forma na última quarta-feira, 23.

##RECOMENDA##

De um dia para o outro, menções ao governo também revelaram um maior sentimento de medo (de 19% para 25%) e raiva (de 15% para 18,5%).

Segundo a pesquisa, a maior parte dos usuários que criticam Bolsonaro rejeitam a posição solidária que o presidente manifestou em relação à Rússia após sua última visita ao país e vinculam tal posturam a uma suposta simpatia por Moscou.

O levantamento também mostra que internautas temem declarações desastrosas do presente. "Muitos perfis referem que há uma aliança de 'ditaduras comunistas' contra as democracias liberais e lamentam que o PR não condene o ataque à Ucrânia", mostra o levantamento.

O estudo da Modal/AP Exata indica ainda que, resultado disso, a hashtag "Deus Bolsonaro" ficou entre as mais comentadas no Twitter, com muitas publicações pedindo que o presidente não se manifestasse. "Pelo amor de Deus, Bolsonaro", escreveram diversos internautas.

Bolsonaro também foi alvo de críticas por ignorar o conflito na Ucrânia e participar de uma nova motociata em São José Rio Preto na manhã desta quinta-feira, 24. Na ocasião, disse apenas que "comunismo é um fracasso, socialismo é uma desgraça." Até então, apenas o vice-presidente Hamilton Mourão tinha se manifestado sobre o caso, ao dizer que o Brasil "não está neutro".

Mais tarde, pouco depois das 15 horas, o presidente quebrou o silêncio e se pronunciou sobre o ataque russo à Ucrânia em sua rede social. Ainda sem condenar explicitamente a ação russa, disse estar "totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia".

"Nossa Embaixada em Kiev permanece aberta e pronta a auxiliar os cerca de 500 cidadãos brasileiros que vivem na Ucrânia e todos os demais que estejam por lá temporariamente.", escreveu.

Os preços do petróleo dispararam nesta quinta-feira (24), com o Brent subindo acima de US $105 o barril, pela primeira vez desde 2014. Depois que a Rússia atacou a Ucrânia, aumentou as preocupações sobre interrupções no fornecimento global de energia.  

O petróleo Brent subia US $8,24 ou 8,5%, para US $105,08 o barril às 7h45 (horário de Brasília). O preço bruto dos Estados Unidos, WTI, saltava de US $7,78 ou 8,5% para US $99,88. O Brent e o WTI atingiram seu nível mais alto desde agosto e julho de 2014, respectivamente. 

##RECOMENDA##

A Rússia lançou uma invasão na Ucrânia, o maior ataque de um Estado contra o outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos e a Europa prometeram penalidades mais duras à Rússia em resposta. A Rússia também é o maior fornecedor de gás natural para a Europa, cerca de 35% de sua oferta. 

“A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo e o segundo maior exportador de petróleo. Devido aos baixos estoques e à diminuição da capacidade ociosa, o mercado de petróleo não pode arcar com grandes interrupções no fornecimento”, afirma Giovanni Staunovo, analista do UBS. “As preocupações com a oferta também podem estimular a atividade de estocagem de petróleo, o que sustenta os preços", complementa.

Por Camily Maciel

 

Em sua primeira manifestação pública sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, o presidente Jair Bolsonaro evitou citar o conflito e, no Twitter, disse que está "totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia". As postagens do presidente reproduzem uma das notas divulgada mais cedo pelo Itamaraty sobre o tema, que trata sobre medidas previstas para brasileiros no país ocupado.

O Ministério das Relações Exteriores também divulgou nota em que pede a "suspensão imediata das hostilidades", mas esse texto não foi citado pelo presidente em suas redes sociais. Bolsonaro, assim como o Itamaraty, não condena a invasão e nem cita o presidente russo, Vladimir Putin. Por outro lado, pela manhã desta quinta-feira, 24, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o Brasil não está neutro e não concorda com a invasão da Rússia na Ucrânia.

##RECOMENDA##

"Nossa Embaixada em Kiev permanece aberta e pronta a auxiliar os cerca de 500 cidadãos brasileiros que vivem na Ucrânia e todos os demais que estejam por lá temporariamente", escreveu Bolsonaro.

O presidente repetiu a solicitação do governo de que cidadãos brasileiros mantenham contato diário com a embaixada brasileira na Ucrânia e que, caso necessitem de auxílio para deixar o País, sigam a orientação do serviço consular brasileiro. O Itamaraty disponibilizou um telefone de plantão para emergências para brasileiros na Ucrânia (+55 61 98260-0610).

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando