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O Partido Republicano censurou dois de seus parlamentares nesta sexta-feira, 4, em uma escalada da legenda para punir dissidentes considerados desleais ao ex-presidente dos EUA Donald Trump. O partido se referiu ao ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, que terminou com cinco mortos, como um "discurso político legítimo".

Liz Cheney e Adam Kinzinger, os únicos republicanos na comissão da Câmara que investiga o papel de Trump no ataque ao Capitólio, são vistos como adversários do ex-presidente, que mantém um forte controle sobre o partido apesar de sua derrota nas eleições de 2020.

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Os 168 membros do Comitê Nacional Republicano (RNC, por sua sigla em inglês), reunidos em Salt Lake City, Utah, aprovaram uma censura formal, acusando os dois legisladores de comportamento "destrutivo da Câmara dos Deputados dos EUA, do Partido Republicano e da república".

O partido declarou oficialmente o ataque ao Capitólio e os eventos que o antecederam como parte de um "discurso político legítimo". A resolução não foi lida e toda votação durou cerca de um minuto, segundo a imprensa americana.

Os partidários linha-dura de Trump vêm pressionando há meses para que Cheney e Kinzinger sejam depostos, principalmente porque a investigação sobre a insurreição de 6 de janeiro de 2021 se aproximou mais do círculo do ex-presidente. Quatro pessoas morreram durante a invasão e um policial do Capitólio morreu no dia seguinte. Cerca de 140 policiais ficaram feridos e 4 morreram depois por suicídio.

Trump, que mantém um forte controle sobre seu partido, está em pé de guerra contra os republicanos que se posicionaram contra ele.

Kinzinger se retirará do Congresso após as eleições de meio de mandato de novembro, enquanto Cheney corre o risco de perder sua cadeira por Wyoming. Cheney respondeu à censura redobrando suas críticas a Trump.

"Sou uma conservadora constitucional e não reconheço aqueles em meu partido que abandonaram a Constituição para abraçar Donald Trump", disse.

Papel do vice

Ainda ontem, o ex-vice-presidente Mike Pence rebateu diretamente as falsas alegações de Trump de que ele, de alguma forma, poderia ter anulado os resultados das eleições de 2020.

Em um discurso para a conservadora Sociedade Federalista na Flórida, Pence abordou os esforços intensificados de Trump para avançar a falsa narrativa de que o ex-vice, como presidente do Senado, poderia ter feito algo para impedir que o presidente eleito assumisse o cargo. "O presidente Trump está errado", disse Pence. Os comentários sua refutação mais contundente ao ex-presidente até o momento. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump deu a entender que perdoaria alguns manifestantes acusados e condenados por sua participação no ataque ao Congresso em janeiro de 2021, em caso de vitória na eleição presidencial de 2024.

"Se eu concorrer, e se eu ganhar, nós vamos tratar as pessoas de 6 de janeiro de forma justa. Vamos tratá-las de maneira justa. E se isto exigir perdões, nós daremos perdões porque estão sendo tratadas tão injustamente", disse Trump em um comício no sábado à noite em Conroe, Texas.

Desde o ataque de 6 de janeiro de 2021, mais de 725 pessoas - incluindo integrantes dos grupos de extrema-direita Proud Boys, Oath Keepers ou Three Percenters - foram detidas e acusadas por sua participação no ataque sem precedentes à sede do Congresso, que deixou cinco mortos, incluindo um policial.

Diante de milhões de espectadores estupefatos em todo o mundo, uma multidão de apoiadores de Donald Trump lutou com a polícia para entrar no Capitólio. Uma parte concretizou o objetivo no momento em que os congressistas deveriam certificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro de 2020, o que forçou a retirada de funcionários e políticos do local.

Em 13 de janeiro deste ano, o fundador do grupo de extrema-direita Oath Keepers, Stewart Rhodes, de 56 anos, foi acusado de "sedição" ao lado de outros 10 integrantes da organização.

Ao mesmo tempo, uma comissão parlamentar prossegue com o trabalho para esclarecer os fatos e determinar a possível responsabilidade de Trump e seus colaboradores no incidente. Sua filha Ivanka foi convidada a prestar depoimento.

Os congressistas, em sua maioria democratas, correm contra o tempo porque desejam publicar as conclusões antes das eleições legislativas de meio de mandato que acontecerão em novembro, nas quais o republicanos podem recuperar o controle da Câmara de Representantes e enterrar o trabalho da comissão.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, rechaçou nesta segunda-feira (17) acusações norte-americanas de que Moscou estaria criando pretextos para justificar uma invasão da Ucrânia, no momento em que tropas russas seguem concentradas na fronteira com o país vizinho.

Na última sexta-feira (14), a Casa Branca havia dito que autoridades de inteligência dos EUA concluíram que o Kremlin teria enviado agentes para o Leste da Ucrânia, a fim de realizar atos de sabotagem e criar justificativas para uma invasão.

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Em entrevista a repórteres, Lavrov rejeitou a alegação dos EUA como "desinformação total".

Ele reafirmou que a Rússia espera uma resposta escrita, esta semana, dos EUA e seus aliados ao pedido de Moscou por garantias de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não admitirá o ingresso Ucrânia ou qualquer outra ex-República Soviética na aliança.

O líder dos Oath Keepers, um dos principais grupos de ultradireita dos Estados Unidos, e outras dez pessoas foram indiciadas por sedição e conspiração pela invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, anunciou nesta quinta-feira (13) o Departamento de Justiça.

Stewart Rhodes, de 56 anos, que fundou e dirige o grupo extremista, e outro suposto participante da conspiração, Ed Vallejo, foram detidos nesta quinta-feira.

Tratam-se das acusações mais graves apresentadas contra os participantes da invasão ao Capitólio e, se forem considerados culpados, poderão ser condenados a até 20 anos de prisão.

Nove deles já estavam sendo processados por "conspiração para delinquir" e afetar um processo oficial, ou por atos violentos, o que implica certo grau de coordenação.

A acusação de "sedição", que pode levar a uma condenação de até 20 anos de prisão, vai além. Segundo a ata de acusação, Rhodes "se associou" com alguns de seus colegas "para impedir a transferência pacífica do poder", "usando a violência".

"Organizaram transportes de todo o país até Washington, se equiparam com todo tipo de armas, vestiram uniformes de combate e estavam prontos para responder ao chamado às armas de Rhodes", destaca o documento.

No momento do ataque, este ex-militar que fundou os Oath Keepers em 2009 estava perto do Capitólio, mas não é certo se ele entrou no edifício.

Além de Rhodes, a força pública deteve na quinta-feira, no Arizona, outro membro do grupo radical: Edward Vallejo, de 63 anos.

O Bahia abriu mão de quase todos os titulares presentes na campanha do rebaixamento no Brasileirão de 2021. Mesmo assim, a queda ainda assombra o clube. Neste sábado, em dia que prometia mais um treino tranquilo de pré-temporada do reformulado elenco, a torcida uniformizada Bamor resolveu protestar. Os torcedores invadiram o CT Evaristo de Macedo e ameaçaram perseguir jogadores caso os resultados positivos não venham ao longo da temporada. O clube condenou a atitude e promete ação contra os culpados, buscando punição na justiça.

O grupo de torcedores invadiu o CT e se dirigiu para onde estavam os jogadores e fizeram graves ameaças. "A gente não vai aceitar essa situação. A gente vai ficar fungando em cima de vocês. Vai procurar residência, vai vir aqui direto com o buzu (ônibus)", ameaçou um dos 'porta-vozes' do grupo em direção aos jogadores, calados e de cabeça baixa. "OU vai no amor, ou vai na dor", ameaçou outro.

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O presidente Guilherme Bellintani também não escapou da ira dos uniformizados. "Tem que ser homem, tem que ter colhão porque essa p... aqui é Bahia", ouviu o dirigente. O ato surpreendeu a direção do clube, que garantiu sempre ter diálogo com a Bamor e repudiou o vandalismo deste sábado.

"O Bahia repudia o episódio uma vez que esta gestão nunca se negou ao diálogo com a Bamor. A torcida organizada teve acesso liberado ao CT em todas as vezes que havia solicitado. Desta vez não solicitou, o que se trata de algo extremamente lamentável. O clube sempre se mostrou aberto ao torcedor, mas casos assim vão de encontro a esse tipo de relacionamento, especialmente em um momento de início de temporada", trouxe a nota divulgada pelo clube.

O clube vai levar as imagens da invasão às autoridades cobrando justiça e que os torcedores presentes no ato hostil sejam punidos. O clube inicia a próxima temporada já no dia 15 de janeiro, diante do Bahia de Feira de Santana e a diretoria pede paz para o novo grupo render em campo.

O Sport, de Pernambuco, se solidarizou ao rival em nota oficial. "Repudiamos o ataque de uniformizada contra o elenco e diretores do Esporte Clube Bahia, dentro do Centro de Treinamento do Tricolor baiano." O Sergipe também condenou a invasão.

Conhecido como Xamã do Capitólio, Jacob Chansley, disse que invadiu o edifício da sede do Governo norte-americano em Washington para acalmar a multidão. Sua prisão completou um ano nessa quinta-feira (6).

A invasão dos apoiadores do ex-presidente Donald Trump destruiu o capitólio e causou cinco mortes e 140 feridos.

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Com o rosto pintado nas cores da bandeira dos EUA, sem camisa e com um chapéu de pele de animal com chifres, Chansley foi reconhecido como uma das figuras emblemáticas do episódio e foi condenado a 3 anos e cinco meses de prisão.

Outras 725 pessoas também foram presas por envolvimento no protesto criminoso do dia 6 de janeiro de 2020, após a vitória nas urnas de Joe Biden.

O americano de 37 anos se mostrou arrependido de ter participado do ataque. "Se eu soubesse que isso aconteceria, teria parado antes que as barricadas fossem rompidas. Na verdade, tentei acalmar a multidão em mais de uma ocasião, mas não funcionou", relatou à emissora CBS.

Um grupo de manifestantes invadiu, nesta quarta-feira (5), a sede da prefeitura de Almaty, a capital econômica do Cazaquistão, em meio a protestos sem precedentes após o aumento dos preços do gás.

Segundo um jornalista da AFP no local, a polícia usou granadas de efeito moral e gás lacrimogêneo contra uma multidão de milhares de pessoas, mas não conseguiu conter sua entrada no prédio.

A polícia informou que mais de 200 pessoas foram detidas durante os protestos neste país da Ásia Central, deflagrados pelo aumento dos preços do gás liquefeito de petróleo (GLP). Ele é muito usado como combustível no oeste do Cazaquistão.

O Ministério do Interior anunciou que as detenções aconteceram por "perturbação da ordem pública" e que os manifestantes bloquearam estradas e tráfego. De acordo com a mesma fonte, 95 policiais ficaram feridos.

Milhares de pessoas foram às ruas em Almaty e na província ocidental de Mangystau, contra o "aumento injusto", considerando-se as enormes reservas de energia do país. O Cazaquistão é um grande exportador de petróleo e gás.

Na tarde desta quarta-feira, correspondentes da AFP em Almaty testemunharam alguns homens de uniforme policial jogando seus escudos e capacetes no chão e abraçando os manifestantes.

"Passaram pro nosso lado", gritava uma mulher.

Estes policiais se recusaram a falar com a AFP.

Manifestações não previamente autorizadas pelas autoridades são proibidas no Cazaquistão, uma antiga república soviética autoritária, mas também a principal economia da Ásia Central.

O presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, destituiu seu governo nesta quarta-feira e declarou estado de emergência como resposta aos protestos.

Uma ordem postada no site presidencial diz que Tokayev aceitou a renúncia do gabinete do primeiro-ministro Askar Mamin. Até a formação de um novo, o vice-primeiro-ministro Alikhan Smailov vai liderar o governo interinamente.

O estado de emergência decretado por Tokayev entrou em vigor nesta quarta e irá até 19 de janeiro. Implica a imposição de um toque de recolher das 23h às 7h.

Mais cedo, o presidente havia se dirigido à população em um vídeo postado nas redes sociais. Nele, pediu "prudência" e que "não cedam a provocações".

Os serviços de WhatsApp, Telegram e Signal foram cortados à noite no Cazaquistão, um país de 19 milhões de habitantes.

- "Fora o velho" -

O movimento contra o aumento do preço do gás começou no fim de semana na cidade de Khanaozen, no coração da região ocidental de Mangystau, antes de se espalhar para Aktau, nas margens do Mar Cáspio, e Almaty.

A televisão noticiou nesta quarta-feira que o diretor de uma usina de gás na região de Mangystau foi demitido por ter "aumentado o preço do gás sem motivo".

Em Almaty, jornalistas da AFP viram a polícia dispersar uma multidão de 5.000 pessoas com gás lacrimogêneo.

Os manifestantes gritavam pela "renúncia do governo" e "fora o velho", em alusão ao ex-presidente Nursultan Nazarbayev, mentor de Tokayev.

Na terça-feira (4), o presidente tuitou que as autoridades decidiram reduzir de 120 para 50 tengues (0,11 dólar) o preço do litro do GLP em Mangystau para "garantir a estabilidade do país". A medida não apaziguou os protestos.

Pequenas marchas e prisões também foram relatadas na capital Nursultan (antiga Astana). A localidade foi rebatizada em homenagem a Nursultan Nazarbayev, que liderou o país desde a independência soviética até 2019, quando nomeou Tokayev como seu sucessor.

Nazarbayev, de 81 anos, mantém forte controle do país como presidente do conselho de segurança e "Líder da Nação", uma função constitucional que lhe garante privilégio político e imunidade na Justiça.

Embora protestos espontâneos e não autorizados sejam ilegais no Cazaquistão, uma lei foi aprovada no ano passado para amenizar algumas restrições à liberdade de reunião.

Potência na região, a Rússia pediu nesta quarta-feira um "diálogo" no Cazaquistão.

"Somos a favor de uma solução pacífica para todos os problemas dentro da estrutura legal e constitucional e por meio do diálogo, e não por meio de tumultos de rua e violação das leis", declarou o Ministério russo das Relações Exteriores em um comunicado.

Eles chegaram em grande número a Washington, em 6 de janeiro de 2021, para protestar contra os resultados das eleições presidenciais que consideravam arranjados e acabaram tomando de assalto o Congresso, uma ferida aberta que ainda não foi cicatrizada nos Estados Unidos.

Um ano depois, três manifestantes se lembram daquele dia que causou consternação em todo o mundo.

'Euforia'

"Foi um dia incrível", conta Samson Racioppi, de 40 anos e filiado ao Partido Republicano do ex-presidente Donald Trump.

Em 6 de janeiro de 2021, Racioppi ficou encarregado de fretar os ônibus do estado de Massachusetts para a capital, Washington.

Um mar de gente se reuniu, sob um frio glacial e agitando bandeiras da campanha "Trump 2020", para denunciar o resultado das eleições presidenciais que o magnata republicano acabara de perder para o democrata Joe Biden.

Trump faz um discurso e incendeia a multidão. "Lembro-me desta sensação de euforia, de ver a nossa volta esta gente que, finalmente, parecia se importar" com o que estava acontecendo, disse à AFP Jim Wood, que veio do estado de New Hampshire para a capital.

Antes que Donald Trump terminasse de falar, Wood abriu passagem e seguiu um cortejo que se dirigia ao Capitólio, onde os congressistas estavam prestes a certificar a vitória de Biden.

Milhares de manifestantes fizeram como ele. Em pouco tempo, uma maré humana tomou a área externa do edifício-sede do Congresso.

'Anarquia'

"De repente, ouvimos os gritos 'vamos, vamos, vamos'!", exclamou Glen Montfalcone, de Massachusetts. "Foi aí que começou a anarquia", acrescentou.

"As pessoas empurravam, empurravam, empurravam e gritavam 'continuem, vamos avançar!'", contou. "E foi isso que fizemos, todos avançamos e começarmos a entrar."

Ao serem questionados se haviam entrado no Capitólio, os três entrevistados juraram que não, mas, se dissessem o contrário, estariam se expondo a penas de prisão.

As cenas daquele dia causaram consternação em todo o mundo, que observava com assombro o que acontecia: um homem sem camisa, com chapéu com chifres de búfalo caminhava pelo Capitólio, enquanto uma manifestante morria ao ser atingida pelos disparos de um policial.

Jim Wood afirmou que apenas viu as imagens no dia seguinte, durante o café da manhã. "Uma demonização!", protestou, ao garantir que a maioria dos manifestantes ficou do lado de fora do edifício.

Há duas versões opostas sobre os fatos de 6 de janeiro. Os policiais de serviço naquele dia, os congressistas democratas e, inclusive, alguns republicanos classificam os atos de "terrorismo".

Investigações do FBI

Depois da invasão, diversas operações policiais foram lançadas em todo o país.

Vários agentes do FBI foram à casa de Glen Montfalcone e alguns de seus amigos acaram presos. Já Samson Racioppi foi alvo de mobilizações de seus colegas na faculdade de Direito para que fosse jubilado, mas nenhuma dela prosperou.

Em Washington, foi criada uma comissão parlamentar para investigar se as iniciativas dos partidários de Trump constituem uma tentativa de golpe de Estado.

"Golpe de Estado?" Os manifestantes do Capitólio se sentem ofendidos com essa afirmação.

Para eles, foi um dia emocionante, que ainda os deixam arrepiados. "É algo que vou contar para os meus netos", prometeu Samson Racioppi.

Assim como a maioria dos eleitores republicanos, ele ainda está convencido de que as eleições de 2020 foram fraudadas. As evidências, no entanto, mostram justamente o contrário.

Racioppi, por sua vez, diz estar disposto a defender as próximas eleições, custe o que custar.

"Vemos isso como se fosse uma guerra", afirmou o estudante de direito. "Vamos iniciar uma série de batalhas e fazer o maior dano possível à esquerda e àqueles que apoiam a tirania", frisou. Até o ponto de voltar ao Capitólio? "Com certeza", respondeu.

Em uma área florestal próxima à capital da Ucrânia, Kiev, tropas russas falsas cercam os reservistas do exército ucraniano, com uniformes de camuflagem.

Os aspirantes a soldados, que incluem arquitetos e pesquisadores, respondem aos tiros com réplicas de fuzis Kalashnikov, enquanto granadas de fumaça explodem ao redor.

"Acredito que todos neste país devem saber o que faze... caso o inimigo invada o país", declarou à AFP Daniil Larin, estudante universitário de 19 anos, durante uma pausa no treinamento.

Larin é um dos 50 civis ucranianos que viajaram de Kiev até uma fábrica soviética de cimento abandonada para treinar durante o fim de semana e aprender como defender seu país de uma possível invasão russa.

Dezenas de civis alistaram ao exército de reservistas da Ucrânia nos últimos meses, diante do medo de invasão da Rússia, que Kiev acusa de concentrar 100.000 soldados em suas fronteiras.

Com 215.000 militares, o exército ucraniano enfrenta desde 2014 um conflito com os separatistas pró-Rússia do leste do país, uma guerra que já provocou 13.000 mortes.

Moscou nega qualquer plano de invasão, mas o presidente russo, Vladimir Putin, não descarta uma resposta militar se a Otan, organização que a Ucrânia deseja integrar, persistir com sua expansão para o leste.

O corpo de reservistas ucraniano, que alcançou 100.000 membros, aprende "como usar armas, como deve comportar-se no campo de batalha, como defender cidades", explica Larin à AFP.

Marta Yuzkiv, médica de 51 anos, acredita que o exército russo é "amplamente superior" ao da Ucrânia, mas que o risco de uma escalada militar é "muito alto" e justifica a adesão aos reservistas.

"Só teremos uma chance se estivermos todos preparados para defender nossa terra”, disse.

Desde que se uniu aos reservistas em abril, Yuzkiv treina várias horas a cada domingo: ela fornece assistência médica, atira com os fuzis e cria pontos de controle.

O exército forneceu um uniforme militar, mas ela comprou o capacete, o colete à prova de balas e óculos táticos com o próprio dinheiro.

Seu grupo de aprendizes é parte de um batalhão treinado para defender Kiev em caso de ataque contra a capital da Ucrânia.

Vadym Ozirny, comandante de batalhão, explica que após uma reunião em um ponto de encontro, os reservistas devem trabalhar para proteger edifícios administrativos e infraestruturas críticas, assim como ajudar na retirada dos moradores.

"Com o equipamento, as armas e as ordens de comando, estas pessoas devem ter a capacidade defender sua casa", afirma Ozirny.

Denys Semyrog-Orlyk, um dos reservistas mais experientes, disse que está preparado para enfrentar a uma ofensiva real.

"Há oito anos, estou vivendo com o pensamento de que, até que consigamos dar um bom golpe na cara da Rússia, eles não nos deixarão em paz", disse o arquiteto de 46 anos à AFP.

"Entendo perfeitamente que sou um soldado. Posso ser convocado e tenho atuar como um militar", completou.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (21) que dará uma entrevista coletiva em 6 de janeiro, dia em que completa um ano do ataque ao Capitólio por parte de simpatizantes do ex-magnata imobiliário.

Em um comunicado, Trump disse que falará da eleição presidencial de novembro de 2020, na ciddade de Mar-a-Lago, na Flórida, e repetiu, sem fundamento, que foi roubada.

O ex-presidente republicano criticou a comissão parlamentar encarregada de investigar este ataque que comoveu os Estados Unidos e o mundo e a acusou de ser "extremamente parcial".

"Em vez disso, deveria investigar 'as eleições presidenciais fraudulentas de 2020'", declarou.

"Darei uma coletiva de imprensa em 6 de janeiro em Mar-a-Lago para abordar esses e outros aspectos", disse.

"Enquanto isso, lembrem-se que a insurreição aconteceu em 3 de novembro", dia das presidenciais, acrescentou.

Trump, que perdeu as eleições de 2020 por mais de sete milhões de votos para o democrata Joe Biden, insinuou nos últimos meses que poderia se apresentar para as eleições de 2024.

A comissão parlamentar à qual se refere tenta esclarecer os fatos de 6 de janeiro de 2021, quando milhares de simpatizantes de Trump invadiram a sede do Congresso dos Estados Unidos para tentar impedir que validasse a vitória eleitoral de Biden.

O ex-magnata imobiliário tenta evitar que a comissão obtenha documentos que possam incriminá-lo e por isso multiplica os recursos jurídicos, até agora em vão.

Na manhã desta sexta-feira (10), o site do Ministério da Saúde e o aplicativo ConecteSUS caíram após a invasão de um grupo hacker, que afirma ter roubado 50 TB de dados das plataformas. As páginas estão inacessíveis e os comprovantes de vacinação não podem ser emitidos.

O grupo Lapsus$ Group assumiu a autoria do ataque através de um ransomware, uma prática que cobra valores, geralmente em moedas virtuais, para devolver o conteúdo sequestrado por meio de um malware.

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Mais cedo, uma mensagem deixada pelos criminosos informava que "os dados internos dos sistemas foram copiados e excluídos. 50 TB de dados está em nossas mãos. Nos contate caso queiram o retorno dos dados".

Um endereço de e-mail e contato pelo telegram foram deixados no comunicado.

Até o momento, o ministro Marcelo Queiroga não se pronunciou sobre a invasão. Os perfis oficiais da pasta nas redes sociais também não comentaram sobre o sequestro de dados ou deram prazo para a normalização do sistema.

Steve Bannon, ex-conselheiro político de Donald Trump e guru da direita radical americana, se entregou ao FBI nesta segunda-feira, 15, para enfrentar acusações de desacato ao Congresso, relacionadas à sua recusa em cooperar com a investigação do ataque ao Capitólio, no dia 6 de janeiro, por centenas de apoiadores do ex-presidente dos EUA.

Bannon foi detido na segunda-feira de manhã e deve comparecer ao tribunal no final da tarde. Na sexta-feira, 12, ele havia sido indiciado por duas acusações de desacato - uma por se recusar a comparecer a um depoimento no Congresso e a outra por se recusar a fornecer documentos em resposta à intimação do comitê.

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A acusação diz que Bannon não se comunicou com o comitê de forma alguma desde o momento em que recebeu a intimação em 7 de outubro, quando seu advogado enviou uma carta, sete horas após o vencimento do prazo.

Bannon, que trabalhou na Casa Branca no início da administração Trump e atualmente atua como apresentador do podcast "War Room", é um cidadão comum que "se recusou a dar testemunho conforme exigido por uma intimação", a acusação diz.

Quando Bannon se recusou a comparecer para seu depoimento em outubro, seu advogado disse que o ex-conselheiro de Trump havia sido dirigido por um advogado do ex-presidente, alegando privilégio executivo de não responder a perguntas.

Para os deputados que participam da investigação, Bannon é considerado essencial para descobrir os bastidores de um dos mais graves atos de violência política da história recente dos EUA. Eles acreditam que o estrategista político possui informações cruciais para entender os bastidores do ataque e eventualmente comprovar a tese de que o ex-presidente Trump tinha conhecimento de planos para atos de violência.

Os deputados da comissão lembram que, na véspera do ataque, Bannon disse que "as portas do inferno seriam abertas" em seu podcast. Já no dia 6 de janeiro, Trump realizou um comício a cerca de 1 km do Congresso, onde ele e seus aliados repetiram as falsas alegações de que a eleição de novembro do ano passado, vencida por Joe Biden, havia sido fraudada.

Ao final do discurso, Trump disse para seus apoiadores irem ao Capitólio protestar contra a sessão que confirmaria a vitória do democrata, normalmente um ato protocolar. Em questão de horas, a sede do Legislativo americano estava tomada por centenas de trumpistas, em um ato que deixou cinco mortos e dezenas de feridos. Hoje, quase 700 pessoas respondem a processos relacionados à invasão.

Trump chegou a ser alvo de um novo julgamento de impeachment, mas acabou inocentado pelo Senado já depois do fim de seu mandato. Uma tentativa de criar uma comissão bipartidária de investigação também naufragou por conta da oposição dos republicanos - neste cenário, a Câmara montou uma comissão própria, boicotada por aliados do ex-presidente, que tenta torpedear os trabalhos e chama a investigação de "caça às bruxas".

Por isso, ele pediu a todas as pessoas investigadas que se recusassem a colaborar com os trabalhos, como fez Bannon, alegando que todos podem ser beneficiados por uma ferramenta jurídica chamada de "privilégio executivo", que permite a altos funcionários da Casa Branca não revelar determinadas informações por motivos de segurança nacional. Hoje, o tema está no centro de uma batalha legal sobre a validade do privilégio.

Em resposta, os deputados aprovaram, primeiro na comissão e depois no plenário, o pedido para que o ex-conselheiro de Trump fosse processado por desacato, crime que pode levar a até um ano de prisão e pagamento de multa. A partir daí, coube ao secretário de Justiça, Merrick Garland, decidir se aceitava ou não o pedido de abertura de processo, e a resposta veio na sexta-feira.

"Desde o meu primeiro dia no cargo, prometi aos funcionários do Departamento de Justiça que, juntos, vamos mostrar ao povo americano, em palavras e atos, que esse departamento segue o Estado de direito, segue os fatos e a lei, e busca uma Justiça igualitária sob a lei", escreveu Garland, em comunicado. "As acusações de hoje (sexta-feira) refletem o compromisso firme com esses princípios." A defesa de Steve Bannon ainda não havia se pronunciado até a publicação desta matéria. (Com agências internacionais).

O Santa Cruz, em nota divulgada nesta quarta-feira (20), se posicionou sobre a invasão ao gramado e as agressões que ocorreram ao fim do jogo contra o Floresta nesta terça-feira, em que a equipe foi eliminada da Copa do Nordeste 2022 nas penalidades. 

--> Torcedores são presos após invasão na Arena de Permambuco

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O clube repudiou a atitude de invasão e ainda confirmou que uma conselheira foi agredida. O Santa afirmou que vai tomar “medidas estatutárias” contra os agressores. Sobre o dano material na Arena de Pernambuco, o clube disse que vai realizar a devida reparação financeira. 

Confira a nota na íntegra:

O Santa Cruz Futebol Clube vem a público repudiar os atos de violência e de vandalismo ocorridos após a partida contra o Floresta, na Arena de Pernambuco.

Entendemos e respeitamos a identificação da torcida com o clube, porém nada justifica atitudes violentas de agressões, seja contra jogadores do clube ou adversários, funcionários ou outros torcedores.

O clube é ciente de suas responsabilidades sobre os danos materiais decorrentes dos atos de vandalismo, e comunicou à administração da Arena de Pernambuco que assumirá os custos da necessária reparação.

Especificamente sobre a agressão contra uma das nossas conselheiras, o clube está apurando o caso e tomará as devidas medidas estatutárias contra o agressor.

Dois homens foram detidos após a invasão de dezenas de pessoas ao gramado da Arena de Pernambuco, no Grande Recife, na noite dessa terça-feira (19). O Santa Cruz lutava por uma vaga na Copa do Nordeste 2022, mas foi eliminado nos pênaltis pelo Floresta após o empate por 3x3.

No acesso aos vestiários para tentar agredir jogadores e integrantes da comissão técnica, dois torcedores, de 25 e 30 anos, foram detidos e conduzidos pelo Batalhão de Choque à Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva. Portas de vidros do corredor foram destruídas pela ação dos invasores.

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O mais velho também recebeu uma queixa por lesão corporal por agredir uma torcedora de 40 anos ao término da partida.

A dupla prestou esclarecimentos às autoridades e foi solta após assinar Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO).

Nesta quinta-feira (23), integrantes de movimentos sociais ocuparam a sede da Bolsa de Valores brasileira, localizada na cidade de São Paulo, em protesto contra a fome, o desemprego e a inflação.

Segundo o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a sede foi escolhida porque é no local "onde toda a riqueza do Brasil é negociada". "Aqui são formados os bilionários do sistema financeiro, aqueles que ficam ricos à custa da nossa pobreza", revela.

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O MTST ainda aponta que na Bolsa de Valores descobriram que existem dois brasis: "Um Brasil dos parasitas do mercado financeiro que vivem do rentismo e o outro em que os trabalhadores sobrevivem com um auxílio emergencial de 5,00 reais por dia", pontua.

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O estrategista de Donald Trump admitiu que planejou a invasão ao Capitólio após conversa com o ex-presidente dos Estados Unidos antes do pronunciamento do dia 6 de janeiro. Com expertise em atuação nas redes sociais, Steve Bannon possui estreita relação com o Governo Bolsonaro, especialmente com o filho do presidente brasileiro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Bannon apontou que a intenção de motivar os apoiadores à invasão era "matar a presidência de Biden no berço", após o democrata ser eleito democraticamente pelos norte-americanos.

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 Em entrevista ao Real America's Voice, ele confirmou o objetivo: “sim, por causa de sua legitimidade”, ao comentar sobre a vitória de Biden. “42% do povo americano pensa que Biden não ganhou a presidência legitimamente”, apontou sem provas.

“Ele se matou”, acrescentou o marqueteiro. “Basta olhar para o que este regime ilegítimo está fazendo. Ele se matou. Ok? Mas nós dissemos a você desde o início, apenas exponha, apenas exponha, nunca recue, nunca desista e essa coisa vai implodir”, incentivou.

Integrantes da Frente Popular por Moradia no Centro seguem acampados na sede dos Correios no Recife, na Avenida Guararapes, e o atendimento ao público está suspenso. Na manhã dessa quarta-feira (22), o grupo entrou no prédio para reivindicar o uso de uma propriedade da entidade na Avenida Marquês de Olinda, também na área Central.

Os manifestantes dormiram no local e, de acordo com a líder Taís Maria da Silva, ainda não houve o comprometimento de renegociação por parte do superintendente dos Correios. Cerca de 150 famílias compõem a mobilização e reforçam que vão manter o ato até serem atendidos novamente por representantes da entidade para debater sobre o pedido de reintegração de posse da edificação do Centro Cultural Recife, a qual estavam abrigados desde o dia 7 de setembro.

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Eles pedem que o governador Paulo Câmara (PSB) sancione do Projeto de Lei (PL) que impede despejos em Pernambuco durante a pandemia. A proposta já foi aprovada pela Câmara Legislativa.

Por meio de nota, a assessoria dos Correios afirmou que "quanto à destinação do prédio do Centro Cultural Recife, cabe esclarecer que o edifício faz parte de um abrangente estudo de otimização da carteira imobiliária da estatal. Dessa forma, não há como prever qual será a ocupação futura do imóvel".

A Polícia Federal acompanha a situação.

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Após o protesto que bloqueou cruzamentos do Centro do Recife nessa quarta-feira (22), por volta das 10h15 manifestantes invadiram a sede dos Correios, na Avenida Guararapes. A Polícia Militar está no local e negocia com as lideranças do movimento.

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"Os Correios tá pedindo a reintegração de posse e as famílias também não querem abrir mão pela luta que teve no prédio quando entraram", afirmou a coordenadora do movimento, Taís Maria da Silva. 

O objetivo da ação mais incisiva na sede é viabilizar um acordo com o superintendente da entidade, Ademar Morais. A representante defende a disponibilização da propriedade para moradia popular em vista de um eventual leilão. "Se ele ainda continuar pedindo a reintegração de posse, a gente vai terminar indo para o confronto", asseverou.

Às 11h20, uma comissão formada por seis lideranças foi convocada para negociar com o gestor.

De acordo com a Frente Popular por Moradia no Centro, 150 famílias estavam abrigadas no edifício de número 262 desde o último dia 7. Contudo, foram despejadas na segunda (20).

A ocupação foi instalada em uma propriedade dos Correios na Avenida Marquês de Olinda, no Recife Antigo, e a reinvidicação é pela sanção do Projeto de Lei (PL) que impede despejos em Pernambuco durante a pandemia.

A matéria foi aprovada na Câmara, mas ainda aguarda assinatura do governador Paulo Câmara (PSB) para ter validade.

Apesar da mobilização, o atendimento se manteve na sede dos Correios, mas por volta das 11h15 os serviços foram suspensos.

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Com informações de Paulo Uchôa

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Na ressaca do 7 de setembro, militantes bolsonaristas tentaram invadir o Ministério da Saúde, na manhã desta quarta-feira (8). Em imagens que circulam na internet, seguranças do prédio da seda da pasta seguram o portão de acesso para bloquear a invasão.

Apesar da situação aparentemente controlada, grupos em defesa do presidente seguem acampados na Esplanada dos Ministérios para pressionar pela dissolução do Supremo Tribunal Federal (STF). Servidores amedrontados buscaram abrigo no edifício.

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Na véspera dos atos antidemocráticos convocados por Bolsonaro, seus apoiadores derrubaram barreiras de proteção, entraram em confronto com policiais militares e depredaram equipamentos públicos próximos ao Itamaraty.

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando um arrombamento no apartamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em Ipanema. De acordo com o G1, o caso foi registrado pela 14ª DP no Leblon. 

Dilma teria sido avisada do arrombamento pelos vizinhos. A ex-presidente ainda não falou sobre o assunto.

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Segundo o G1, os policiais realizaram uma perícia no local e pediram as imagens das câmeras de segurança. Nada foi levado do local.

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