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Durante a COP28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 ou Conferência das Partes), em Dubai, Emirados Árabes Unidos, a Agrosmart, plataforma de inteligência de dados para o agro na América Latina, anuncia o lançamento do Nexus – um produto projetado para transformar dados em análises e insights capazes de impulsionar a tomada de decisão em toda a cadeia do agronegócio.

Dentre as inúmeras pautas abordadas na Conferência das Partes – evento que reúne representantes de governos, iniciativa privada, ONGs e acadêmicos – está a necessidade de informações claras para traçar estratégias de mitigação, resiliência e adaptação climáticas. Por isso, a Agrosmart optou por lançar o Nexus na ocasião e demonstrar como a tecnologia pode acelerar a agenda de transição climática na produção de alimentos.

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O Nexus oferece uma proposta de valor única ao permitir que agroindústrias, indústrias de alimentos, tradings, grupos agrícolas e instituições financeiras transformem dados em inteligência. Com recursos como score de risco, inteligência de supply chain, modelos e análises climáticas, inteligência de mercado, modelos agronômicos e indicadores ESG na cadeia de valor, a plataforma proporciona uma gestão digitalizada das cadeias e dos processos agrícolas, trazendo transparência e proporcionando a gestão de riscos.

“O que nós vemos aqui na COP28 é que, mais do que nunca, é hora de agir! Precisamos construir soluções climáticas, especialmente nos sistemas agroalimentares. Isso porque a produção de alimentos tem em si um potencial intrínseco de gerar impacto positivo, e a tecnologia vem como uma forma de transformar isso em realidade”, comenta a CEO e cofundadora da Agrosmart, Mariana Vasconcelos, “ao mesmo tempo, temos sistemas agroalimentares vulneráveis às mudanças do clima, e falar em transição desses sistemas é também falar em segurança alimentar e segurança hídrica”, complementa a Young Global Leader pelo Fórum Econômico Mundial (WEF).

A climate tech brasileira já conta com mais de 100 mil produtores engajados e monitorados, abrangendo mais de 48 milhões de hectares e processando mais de 10 bilhões de dados. Os ativos, somados à expertise em agro, clima, sustentabilidade, deep tech e inteligência artificial, garantem aos usuários do Nexus acesso a informações de qualidade para a tomada de decisões estratégicas.

Os benefícios do Nexus são tangíveis e abrangentes, incluindo: inteligência de mercado; previsibilidade de fornecimento; gerenciamento de riscos climáticos, socioambientais e reputacionais; rastreabilidade e transparência na cadeia de valor, além da centralização de informações e processos através da digitalização de dados e informações de forma eficiente.

Além disso, a Agrosmart destaca seu compromisso com a agenda ESG e a utilização da tecnologia para impulsionar soluções climáticas. O Nexus é mais do que uma ferramenta; é uma peça fundamental na transição dos sistemas agroalimentares para modelos mais produtivos, sustentáveis e resilientes ao clima.

Entre as diversas cadeias de valor atendidas pela Agrosmart estão a do açaí, com a Frooty, e a do café, com a Sucafina. O objetivo é continuar expandindo a base de clientes em 2024, estabelecendo parcerias estratégicas para impulsionar ainda mais a inovação e o impacto positivo na produção de alimentos.

A Agrosmart faz parte do programa de Corporate Venture Capital (CVC) da Positivo Tecnologia, empresa brasileira de tecnologia parceira estratégica e investidora tecnológica da startup.

 

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o governo não interferiu na elaboração do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. “Não há a menor possibilidade de interferência do governo em relação à elaboração das questões, nem na validação dos questionamentos do Enem”, afirmou Camilo, durante o balanço preliminar do segundo dia do Enem 2023, realizado neste domingo (12). 

A declaração foi feita como resposta às críticas que a pasta vem recebendo desde o primeiro dia de provas, no último domingo (5), devido a questões que continham críticas ao setor do agronegócio.  

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Segundo o ministro, a seleção dos elaboradores e profissionais foi feita por chamamento público em 2020, durante o governo anterior, “e irei responder a mesma coisa no Congresso Nacional”.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, refutou nesta quarta-feira, 8, a possibilidade de que itens acusados de ter viés ideológico sejam anulados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Palácios disse ainda que o órgão pretende lançar novo edital para selecionar elaboradores de perguntas, mas descartou ajustes no modelo de escolha. O formato tem sido questionado pela maneira como abordou o agronegócio e a competitividade econômica, o que levou a uma onda de críticas.

Um dos itens tinha um texto que dizia que, no Cerrado, o "conhecimento local" está subordinado "à lógica do agronegócio" e que o "capital impõe conhecimentos biotecnológicos", que trazem consequências negativas para a população do campo. O trecho faz parte de um artigo que foi publicado na Revista de Geografia da Universidade Estadual de Goiás.

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Em outra questão, relaciona-se a competitividade na economia à pratica de dumping. Em reação, a Frente Parlamentar do Agronegócio pediu a anulação de três questões do exame.

Nesta quarta-feira, o presidente do Inep participou de sessão da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Palácios foi chamado a comparecer na audiência para prestar esclarecimentos sobre o exame, aplicado no domingo, 5. Os parlamentares também aprovaram convite para que o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), compareça na Comissão de Educação no dia 22 de novembro.

"A anulação de questões do Enem se deve a uma única razão: que aquele item incluído no teste não contribui para estimativa de proficiência do desempenho do estudante, não tem gabarito correto, o item não é capaz de avaliar as habilidades cognitivas do estudante. Essa é a única razão que leva à anulação de um item", disse Palácios.

O primeiro dia do Enem ocorreu no último domingo, 5, quando os estudantes foram avaliados nas áreas de Linguagens, Ciências Humanas e Redação. No próximo domingo, os candidatos farão a prova de Matemática e Ciências da Natureza.

"É claro que o Enem não demoniza o agronegócio, é claro que o Inep não demoniza o agronegócio. É claro que todos reconhecemos a imensa importância do agronegócio no País. Mas isso não precisa ser dito, é um tanto óbvio", afirmou Palácios.

Ele também afirmou que não há interferência do governo na prova. Segundo o presidente do Inep, as questões que constam no Enem deste ano foram produzidas ainda na gestão Jair Bolsonaro (PL).

Dados divulgados pelo Inep mostram que das 50 questões que compunham o caderno de Linguagens, 42 foram produzidas entre 2019 e 2021. As restantes foram feitas entre 2012 e 2018. Já na prova Ciências Humanas, 39 dos 45 itens foram feitos em 2019 e 2021.

Novos elaboradores de perguntas

O presidente do Inep afirmou ainda que o órgão fará outro edital de seleção de elaboradores e revisores de itens no ano que vem, mas disse que os critérios continuarão os mesmos.

"O último edital é de 2020, então evidentemente devemos providenciar, provavelmente para o início de 2024, um novo edital, um novo chamamento público para seleção de professores elaboradores e revisores dos itens do Inep para todas as avaliações da educação básica", disse.

Atualmente, as questões são elaboradas por professores externos ao Ministério da Educação (MEC), selecionados em um edital que estabelece critérios para a escolha dos profissionais. Depois da elaboração, os itens são pré-testados para medir sua eficácia para compor a avaliação. Os elaboradores e revisores são responsáveis por produzir as questões que vão compor o Banco Nacional de Itens (BNI), utilizado para a confecção das avaliações feitas pelo Inep.

"Os critérios são os mesmos: titulação, experiência docente e a experiência na construção de instrumentos de avaliação, esses itens são pontuados, o resultado é publicado por ordem de classificação, de acordo com a pontuação alcançada por esses critérios. Essa é a forma pública, republicana, transparente de seleção dos elaboradores", acrescentou.

A bancada do agronegócio do Congresso Nacional desaprovou questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que, segundo os parlamentares, apresentam críticas ao setor com "cunho ideológico e sem critério científico e acadêmico". A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que possui 347 congressistas, quer que os itens sejam anulados e que o ministro da Educação, Camilo Santana, preste esclarecimentos em audiências na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

A bancada também pede a anulação de três questões do Enem, que foi aplicado em todo o País neste domingo, 5. Um item tratou sobre fatores negativos do agronegócio no Cerrado, citando a "superexploração dos trabalhadores" e os efeitos de agrotóxicos.

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As outras duas questões trataram sobre a nova corrida espacial financiada por bilionários e o avanço da produção de soja e a sua consequência para o desmatamento da Floresta Amazônica.

"É inacreditável o governo federal se utilizar de desinformação em prova aplicada para quase 4 milhões de alunos brasileiros que disputam uma vaga nas universidades do Brasil. A anulação das questões é indiscutível, de acordo com literaturas científicas sobre a atividade agropecuária no Brasil e no mundo, em respeito à academia científica brasileira", afirma a FPA em nota.

A FPA afirmou também que irá pedir informações sobre a atuação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que é a banca organizadora do Enem e pede que sejam "detalhadas as referências bibliográficas utilizadas para a construção do exame".

"A ineficiência do Estado Brasileiro está exposta. A vinculação de crimes a atividades legais no Brasil é um critério de retórica política para encobrir a ausência do Estado no desenvolvimento de políticas públicas eficientes e de combate a ilegalidades. Não permitiremos que a desinformação seja propagada de forma criminosa entre nossa sociedade, como foi feito durante os anos anteriores do governo atual", complementa a bancada do agro.

Inep diz que não elabora questões presentes no Enem

Em nota, o Inep afirmou que as questões do Enem são elaboradas por professores independentes, selecionados por um edital público para colaboradores do Banco Nacional de Itens (BNI).

"O Inep não interfere nas ações dos colaboradores selecionados para compor o Banco. O processo envolve as etapas de elaboração e revisão pedagógica dos itens, além de validação pelo trabalho de uma comissão assessora", disse o Instituto.

Deputados da oposição criticam questões nas redes sociais

Parlamentares da oposição ao governo Lula usaram as redes sociais para criticar as questões do Enem. O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR) afirmou que aguarda uma manifestação do Planalto e do ministro da Educação sobre "a falta de honestidade intelectual e ativismo ideológico".

Citando a nota da FPA, o senador Sergio Moro (União-PR) acusou o governo de utilizar o exame para fazer "doutrinação ideológica e ao mesmo tempo atacar o agronegócio".

Já o deputado Tião Medeiros (PP-PR) afirmou que as questões do Enem teria colocado o agronegócio "contra a juventude do País".

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado José Medeiros (PL-MT) afirmou que a questão que apresenta os efeitos do agronegócio no Cerrado "demoniza" o setor e mostraria que o Planalto "quer vingança".

Outros deputados bolsonaristas que criticaram a questão sobre o Cerrado foram Bia Kicis (PL-DF) e Nikolas Ferreira (PL-MG). Kicis disse que o governo utilizou ideologicamente o espaço no Exame Nacional do Ensino Médio para a "desinformação".

Já Nikolas afirmou que o item "ataca o agro brasileiro, seus trabalhadores e produtores". O deputado também disse que entrou em contato com Lupion para protocolar uma convocação de Camilo Santana ao Congresso.

O estado de Pernambuco sofre ainda com a falta de mão de obra capacitada. De acordo com dados do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), cinco em cada dez indústrias brasileiras enfrentam problemas devido à falta de trabalhadores capacitados.  Falta de reconhecimento e falta de perspectiva de crescimento estão entre os fatores que justificam esse cenário.

Só que esse não é um cenário exclusivo de uma região do país. São situações globais. Tratando-se do agro, um forte exemplo ocorre com a citricultura (cultivo de laranjas) e o plantio da soja, no estado de São Paulo. Com o aumento da produção de soja e as dificuldades apresentadas na citricultura, mudanças advindas de um reflexo global têm sido cada vez mais evidentes no agro, como uma defasagem na produção de laranjas. 

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“Ambas as culturas são importantes para a economia do estado de São Paulo, gerando empregos e movimentando a cadeia produtiva agricultura. No entanto, é importante ressaltar que a produção agrícola deve ser realizada de forma sustentável, respeitando o meio ambiente e garantindo a qualidade dos produtos", afirma Fabrício Viott, líder FEEONA em São Paulo.

Engajados por um objetivo de fomentar negócios e colaborar com trabalhadores da região Nordeste, um grupo de empresários e empreendedores lançam esse mês a FEEONA (Frente Empreendedora Empresarial de Oportunidades de Negócios do Agro Global). O objetivo é gerar trabalho e renda junto ao Agro Global. Através da criação de HUBS tecnológicos, o grupo pretende incentivar de forma abundante a mão de obra qualificada para auxiliar a geração de renda e trabalho para a população, seja de forma presencial ou remota. 

O primeiro hub, nomeado de FEEONA I, será inaugurado no bairro de Jardim Jordão, em Jaboatão dos Guararapes e está em fase de pré-lançamento.

“Pernambucanos prestarão serviços home office ou no FEEONA I, sem precisar migrar para outro estado, consumindo no comércio local e aquecerão a economia pernambucana local  gerando renda e mais trabalho sem precisar migrar.” declarou Bruno Luz, líder FEEONA no estado do Mato Grosso.

O lançamento FEEONA acontece no próximo dia 21, na Confederação Nacional da Indústria, em Brasilia e já conta com a participação lideranças empresariais de todas as regiões do país, inclusive de Pernambuco.

"É uma frente que nasce na hora em que o Brasil passa um momento de muita divisão de ideias, de dificuldades, de um propósito e de um princípio comum. Então, a gente está unindo os empresários brasileiros." afirma Messias Neves, integrante da liderança FEEONA no estado pernambucano.

A programação do evento contará com a palestra do empresário, economista e consultor empresarial Luiz Antônio Pagot. Todas as inscrições podem ser feitas através do site.

Serviço:

LANÇAMENTO FEEONA (Frente Empreendedora Empresarial de Oportunidades de Negócios do Agro Global)

Data: 21/06/2023

Horário: 15h

Inscrições: www.feeona.org

Da assessoria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (15), que é preciso racionalidade com as políticas agrícola e ambiental e que o problema do setor do agronegócio com o governo atual é ideológico e não de gestão. Lula deu entrevista nesta manhã a rádios do estado de Goiás.

Segundo o presidente, ele não trabalha para agradar determinados setores, mas para criar condições de trabalho para todos os brasileiros, inclusive o agronegócio. Lula citou que o setor foi muito beneficiado em seus governos anteriores, com recursos e condições de crédito.

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“Eu tenho noção do que nós fizemos, eu tenho noção que o problema deles conosco é ideológico, não é um problema de dinheiro a mais no Plano Safra. Nós vamos fazer um bom Plano Safra porque nós queremos que a agricultura brasileira continue produzindo, continue plantando cada vez mais para continuarmos exportando cada vez mais”, disse Lula. “O que está em jogo é a gente recuperar a capacidade produtiva desse país e aumentar essa capacidade produtiva sem desmatamento e sem queimada na Amazônia”, acrescentou.

Segundo o presidente, é preciso recuperar os 30 milhões de hectares de terras degradas para “dobrar a nossa produção agrícola”.

Ele cobrou racionalidade do setor para que a política internacional do país não fique prejudicada. Lula lembrou que ontem (14) o parlamento da França vetou o acordo Mercosul-União Europeia (UE) porque quer mudança no comportamento brasileiro com relação a agricultura. Aprovado em 2019, após 20 anos de negociações, o acordo Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. Uma tramitação que envolve 31 países.

“É preciso que a gente tenha consciência da racionalidade que tem que prevalecer na nossa política internacional. Ontem, o parlamento francês disse que não vai votar o acordo a Mercosul-União Europeia por causa da quantidade de veneno utilizado nos produtos agrícolas brasileiros. É importante a gente levar em conta que ser racional, cuidar da agricultura de boa qualidade é uma necessidade competitiva do Brasil pra China e para França, para os Estados Unidos e para Alemanha e é assim que eu quero tratar o agronegócio”, afirmou Lula.

Ele destacou ainda que o cuidado do governo envolve também os pequenos produtores rurais que produzem os alimentos que vão direto à mesa, citando o estabelecimento de uma política de preço mínimo para a produção. “Esta gente também tem que ser tratada com muito respeito, porque se um do agronegócio tem um valor extraordinário para produzir commodities pra gente exportar, o outro tem uma extraordinária coragem de plantar aquilo que a gente vai comer”, disse.

Meio ambiente

Para o presidente, o produtor rural sério tem responsabilidade com o meio ambiente. “Aquela pessoa que vive da produção e da exportação sabe que será prejudicial para os seus negócios a gente extravasar em queimadas, entrar em terras que não podem entrar e poluir rio que a gente não pode poluir. Todo agricultor inteligente e todo agricultor de bom senso sabe que a preservação ambiental é um valor a mais para os produtos que a gente está produzindo para exportar”, afirmou.

Lula disse ainda que o governo será “muito duro” na fiscalização e na punição das pessoas que cometem crimes ambientais e, por outro lado, tratará decentemente aqueles que estão cumprindo a lei, “aqueles que sabem que a preservação é um valor a mais nos produtos que nós fazemos nesse país”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (13), que "nunca teve problema" com o agronegócio e atribuiu uma possível resistência do setor ao seu governo a divergências ideológicas. O petista trava relação tensa com alguns segmentos do agronegócio, desde que tomou posse neste seu terceiro mandato.

"Governei oito anos esse País. Eles sabem tudo o que fizemos nesse País, eles sabem da responsabilidade com o salto de qualidade que tivemos no agronegócio por causa do financiamento que nós fazíamos. Eles sabem que, do ponto de vista econômico, eles não tem problema conosco, do ponto de vista de financiamento. O problema pode ser ideológico. Se for ideológico, paciência, nós vamos estar em campos ideológicos diferentes", afirmou o petista durante a estreia do "Conversa com o Presidente", live aos moldes da feita semanalmente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para divulgar medidas do governo.

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"A gente vai caminhando. vamos anunciar o Plano Safra agora, e eles vão perceber que, da parte do governo, não há nenhuma objeção a eles", reforçou o presidente. Lula trava relação tensa com o agro, que apoiou majoritariamente a malsucedida candidatura à reeleição de Bolsonaro.

O presidente voltou a pregar que não há incompatibilidade entre pequenos, médios e grandes produtores e disse que eles precisam viver em harmonia.

"Eu fiz questão de dizer na feira de Pernambuco (na verdade, o discurso foi feito na feira do agronegócio de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia): não há incompatibilidade entre o pequeno e o médio produtor e o grande produtor. Isso está na cabeça de quem não quer pensar direito. O Brasil precisa dos dois, os dois ajudam o Brasil. Precisamos ajudar os dois, e eles têm que viver em paz porque cada um ajuda o outro."

O presidente falou ainda sobre a repartição das atribuições da Conab entre os ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura, feita pelo Congresso Nacional na MP da Reestruturação da Esplanada. "A gente agora repartiu a Conab com a agricultura familiar e agricultura empresarial. a gente precisa de estoque regulador. Se tiver crise no mundo, a gente precisa garantir de que não vai faltar nem o arroz e nem o feijão para o nosso povo."

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo de dois cursos técnicos gratuitos do Senar/PE: Agronegócio e Fruticultura. O início do processo seletivo ocorreu no dia 26 de maio e será finalizado no dia 10 de julho de 2023.

Estão disponíveis 60 vagas para jovens e adultos que desejam se qualificar com competências técnicas de excelência para atuar no mercado de trabalho do agro. Os interessados precisam ter concluído o ensino médio. Todos os cursos são reconhecidos pelo Ministério da Educação e pelo Conselho Federal de Técnicos Agrícolas, garantindo diploma válido em todo o território nacional. 

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Eles têm duração média de 2 anos letivos, com momentos de estudo a distância e presenciais, combinando o conhecimento teórico e prático, com materiais de estudo, tutoria a distância e presencial, além de atividades em campo. Atualmente, existem cinco polos distribuídos em todas as regiões de Pernambuco.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site etec.senar.org.br/processo-seletivo

Conheça os cursos técnicos:

Curso Técnico em Agronegócio: o curso forma profissionais técnicos aptos para atuarem na produção rural, agroindustrial, comercial e de serviços: da gestão à operação no conjunto das cadeias produtivas do agro.

Curso Técnico em Fruticultura: o curso forma profissionais técnicos com competências para planejar, executar e controlar os processos da cadeia produtiva de frutas, de acordo com as boas práticas agrícolas, normas técnicas, legislações e necessidades do mercado. 

 

O presidente da Sociedade Nordestina dos Criadores (SNC), Delmiro Gouveia, oficializou, nesta segunda-feira (5), a data oficial para a realização da 80ª Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados. Este ano, o evento será realizado de 11 a 19 de novembro, no Parque de Exposições do Cordeiro, no Recife/PE. 

“A Exposição de Animais do Cordeiro tem uma importância grande para o setor agropecuário não apenas de Pernambuco, mas de toda região. É um evento tradicional no calendário do nosso Estado, que movimenta milhões em negócios e atrai mais de 200 mil pessoas ao longo dos dias no Parque de Exposições. Este ano, temos motivo de sobras para comemorar, pois estamos completando 80 edições”, afirmou Delmiro Gouveia.  Na última sexta-feira (05/05), Delmiro Gouveia entregou o ofício confirmando a data ao secretário de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, Aloísio Ferraz.

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“Eventos como esse só fortalecem o agronegócio de um modo geral. Pernambuco tem um grande potencial e que precisa ser muito explorado. Essa exposição reúne planteis de alta qualidade, investidores que movimentam a economia, trocam conhecimentos sobre os avanços tecnológicos na agropecuária”, comentou o secretário de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, Aloísio Ferraz.

Participaram do encontro também Mázio Bezerra, secretário Executivo de Planejamento e Acompanhamento; Emanuel Rocha, presidente da Associação Pernambucana de Criadores de Caprinos e Ovinos (Apeco) e Hermano Cavalcanti, diretor da SNC. 

EXPOSIÇÃO

Ao longo dos anos, a Exposição de Animais do Cordeiro, como ficou popularmente conhecida, consolidou-se como a maior feira de agropecuária do Norte e Nordeste, além de ser a terceira maior do Brasil. Pernambuco, por ser um dos estados mais bem ranqueados do Brasil no agronegócio, atrai diversos outros eventos dentro da Exposição Nordestina de Animais. 

*Da assessoria 

O Ministério da Agricultura e Pecuária publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (30) portaria com "medidas preventivas em função do risco de ingresso e de disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade no País".

Com isso, fica suspensa, em todo o território nacional, a realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves, além da criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados pelo ministério. A suspensão terá duração de 90 dias, podendo ser prorrogada mediante avaliação da Secretaria de Defesa Agropecuária.

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O ato estabelece ainda que a suspensão não implicará prejuízos à certificação concedida aos estabelecimentos de produção orgânica pelo ministério e será aplicada a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca para a China no próximo domingo, 26, em mais um compromisso da sua agenda internacional. A comitiva oficial, sob o comando do ministro Carlos Fávaro, já adianta as discussões bilaterais e avalia que a viagem irá aproximar ainda mais o agronegócio do governo brasileiro. Em declaração ao site oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária, Fávaro afirmou que a viagem à China vai aproximar ainda mais o agronegócio do governo.

"A diversidade e o tamanho desse grupo de empresários do agro na viagem à China demonstra o prestígio do presidente Lula e marca a aproximação do governo, já nos primeiros meses de mandato, desse setor tão importante para a economia brasileira", pontuou.

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O ministro viajou a Pequim na última segunda-feira, 20, acompanhado de mais de 100 empresários brasileiros de diversos setores do agronegócio. Em postagem no Twitter oficial do Ministério, Fávaro anunciou a suspensão do embargo à carne bovina brasileira e comemorou a retomada das exportações ao país asiático. "Tenho certeza que isso é um passo para que o Brasil avance cada vez mais com o credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira", disse.

A China havia suspendido as importações em fevereiro após confirmação de um caso do mal da "vaca louca", no município de Marabá, no Pará.

O país é o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro. Segundo informações do Planalto, o país asiático chegou a ter 31,9% de participação nas exportações, totalizando um valor de US$ 50,79 bilhões. Além da carne bovina, o país chinês também é protagoniza no envio de soja em grãos, carne bovina in natura, carne de frango in natura, celulose, açúcar de cana em bruto e algodão.

Fávaro irá integrar a comitiva presidencial de Lula a partir de terça-feira, 28. Nesta semana, o petista afirmou que a viagem é "extremamente importante não só para garantir a relação boa que o Brasil tem com a China, mas para ampliarmos a nossa relação". Lula estará acompanhado de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. Arthur Lira (PP-AL) já havia informado que não iria integrar a comitiva oficial.

Na articulação para a aprovação da primeira etapa da reforma tributária, o Ministério da Fazenda mapeou as resistências à proposta no Congresso, e identificou o setor do agronegócio como um dos principais focos de oposição às mudanças nos impostos que incidem sobre bens e serviços.

A avaliação é de que essa resistência seria ainda maior do que a feita pelo setor de serviços, que há anos vem liderando uma frente contrária à aprovação da reforma no Congresso e defendendo a tese de criação de uma nova CPMF - rejeitada pela equipe atual.

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A equipe econômica aposta em "diálogo transparente" e em material informativo para derrubar "mitos" que o governo Lula considera que foram sendo construídos nos últimos anos para impedir o avanço da criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

O ministro da Economia, Fernando Haddad, já conversou com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, para afinar a comunicação da reforma tributária, que ele vê como central na sua estratégia de política econômica para o crescimento.

Segundo o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), diretor da Frente Parlamentar do Agronegócio - e que será o vice-presidente da instituição -, o setor tem participado ativamente no Congresso dos debates em torno da reforma tributária, tanto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110 quanto da 45. A primeira cria a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), unindo PIS e Cofins, e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), unindo ICMS e ISS. Já a 45 substitui cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por um Imposto sobre Bens e Serviços e um Imposto Seletivo sobre cigarros e bebidas alcoólicas.

"Fomos propondo um conjunto de medidas, e nos sentimos muito próximos de posições que estão esboçadas no relatório que foi apresentado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Há ainda pontos a detalhar, mas houve um avanço", afirmou. Ribeiro relatou o texto de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP).

'Cadeia toda'

Ele diz que a FPA pleiteia que o setor seja contemplado "na amplitude da sua cadeia". "Muitas vezes se dissemina uma imagem de que o setor é menos taxado em relação a outros setores da economia, como comércio e indústria. Quando nós vemos como um todo a cadeia, vemos que a elevada taxação que existe no Brasil também atinge o setor agro", diz.

Já a Confederação Nacional do Agronegócio avalia que, nos projetos de reforma tributária que tramitam no Congresso (como as PECs 45 e 110), o "aumento da carga tributária recai nos insumos, nas vendas dos produtos agropecuários e, também, na cobrança do Imposto de Renda da atividade rural".

Texto de reforma costurado por Haddad deve ser mistura de PECs

O novo texto de reforma tributária será mesclado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 110) do Senado e da PEC 45, em tramitação na Câmara, para a construção da proposta do governo Lula a ser apresentada até abril, de acordo com compromisso assumido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Segundo apurou o Estadão, a proposta deve permitir a devolução do imposto cobrado no preço dos produtos em forma de crédito para famílias de baixa renda, num cenário de eliminação da isenção do PIS/Cofins dos produtos da cesta básica - política considerada distorcida pela atual equipe econômica. Hoje, os itens da cesta básica são isentos, mas o beneficio alcança pobres e ricos. A isenção acabaria, mas as famílias com menor renda receberiam a devolução do imposto embutido nos produtos que compram.

O governo ainda não bateu o martelo se vai fazer um modelo de IVA dual (um tributo federal e outro dos Estados e municípios), previsto na PEC 110. Ou criar logo o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), o IVA nacional, que reúne todos os impostos sobre consumo e está no desenho da PEC 45. A expectativa é de que a equipe econômica opte pela criação do IBS, substituindo cinco tributos - PIS, Cofins, IPI (federal); ICMS (estadual) e ISS (municipal).

Segundo a diretora de cursos da York University e coordenadora executiva do grupo de trabalho sobre IVA do Núcleo de Estudos Fiscais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Melina Rocha, o agronegócio em geral possui uma série de regime e tratamento especiais e tem medo de perdê-los porque a reforma do IVA propõe e extinção de benefícios e regimes diferenciados de tributação.

"Mas eles não veem que as vantagens que a reforma vai trazer, especialmente para os exportadores. É um grande benefício, em termos de possibilidade de compensação de crédito e devolução do crédito acumulado", diz Melina, que participou como técnica do texto da PEC 110. Ela aposta que o secretário de reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, fará um resgate da PEC 45, já que foi um dos seus autores técnicos. Segundo ela, deve-se manter mecanismo da PEC 110 para compensação de perdas na transição para a Zona Franca de Manaus.

Zona Franca

"A negociação foi feita com eles, mas achamos que a própria questão da PEC não ter sido votada na foi por conta da pressão da Zona Franca e do agronegócio", destaca a tributarista, que lembra que faltou quórum na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para a votação. Segundo ela, um dos grandes pontos de discussão é o IPI. Na PEC 110, o relatório manteve o IPI para trazer o apoio da Zona Franca. Já na PEC 45, o IPI é extinto e é incorporado.

Vanessa Rahal Canado, do Insper e ex-assessora do Ministério da Economia para a reforma tributária, atribui as resistências do agronegócio e de serviços ao fato de que os setores olham apenas a foto de curto prazo, sem ver o impacto na cadeia como um todo. É o caso do produtor rural, que tem uma alíquota nominal de zero e não quer ser taxado com uma alíquota de 25% do IBS.

"É essa fotografia que eles olham, mas como o imposto é creditável para a próxima fase da cadeia, a alíquota de 25% para o produtor rural, na dinâmica de compras e vendas, é melhor que o zero e a isenção", diz.

A maioria dos produtores rurais, devido a um incentivo, opera como Pessoa Física porque a apuração é mais vantajosa do que na pessoa jurídica. Entre os incentivos, que o agronegócio não quer perder é o incentivo do crédito presumido do custo com a compra de insumos. Na sua avaliação, foi muita positiva a decisão de priorizar a reforma do consumo ao invés do Imposto de Renda. "Em termos de prioridade, é mais relevante. Vamos ver o Brasil crescer com a aprovação do IVA", diz.

Árvore e floresta

Pelos cálculos do Professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Edson Domingues, todos os setores ganham, em maior ou menor grau. "O setor de serviços tende a ganhar um pouco menos do que o industrial. A agricultura tende a ganhar também em termos gerais", diz. Ele considera que há um entendimento um pouco equivocado do que seria a nova estrutura tributária com o IVA.

Domingues diz que o setor já participou de discussões com o setor agrícola e de serviços, que segundo ele têm dificuldade de perceber as vantagens da reforma. "O setor é uma árvore e não olha a floresta. Parte da resistência vem daí. A reforma tende a homogeneizar a carga tributária com imposto igual para todo mundo com débitos e créditos", explica.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A diretriz do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o seu governo valorize o agronegócio sustentável não deverá implicar mudanças drásticas na atuação do Ministério da Agricultura do governo de Jair Bolsonaro (PL). A linha central da equipe escalada pelo petista para a área na transição é a de "não ruptura".

Os oito nomes do grupo que trabalha a transição no setor agropecuarista foram anunciados na quarta-feira passada, 16, pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). Eles estão dedicados ao que chamam de "fase de diagnóstico".

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"Estamos fechados na linha da não ruptura", disse o engenheiro florestal da Universidade de Brasília (Unb), produtor rural e ex-deputado distrital Joe Valle (PDT). "Nosso compromisso é tirar a sustentabilidade da lateralidade. O agro cresce quando trabalhamos junto às questões ambientais."

Os primeiros encontros deliberativos estão previstos para hoje. A preocupação ambiental no agronegócio brasileiro ganhou destaque nas mensagens que Lula enviou à comunidade internacional.

Em discurso na COP-27, a conferência internacional do clima da Organização das Nações Unidos (ONU), o presidente eleito defendeu a Amazônia protegida como fundamental à "segurança climática" e prometeu punição rigorosa aos responsáveis por ações ilegais na floresta.

"A produção agrícola sem equilíbrio ambiental deve ser considerada uma ação do passado. Não precisamos desmatar nem sequer um metro de floresta para continuarmos a ser um dos maiores produtores de alimento do mundo", disse Lula na ocasião.

Cotados

Os mais cotados para assumir o Ministério da Agricultura são o deputado Neri Geller (PP-MT) e o senador Carlos Fávaro (PSD-MT). Ambos atuaram na campanha eleitoral para reduzir a resistência a Lula entre ruralistas. O setor abraçou a proposta de reeleição de Bolsonaro e foi importante no financiamento da campanha do atual presidente. Também foram consultados para a redação de um trecho da "Carta para o Brasil do Amanhã", divulgada pela campanha petista durante o segundo turno da campanha.

Integrantes do comitê do agronegócio já traçaram planos para quebrar resistências a Lula no setor ruralista e defendem pontos como: ampliação de mercados para a produção nacional, bom relacionamento com a China, foco na segurança no campo e suspensão de acenos ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Equipe

Além de Valle, Fávaro e Geller, integram o grupo na equipe de transição: Katia Abreu, senadora pelo PP do TO, empresária, pecuarista e ex-ministra de Dilma Rousseff; Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica); Tatiana Deane de Abreu Sá, doutora em Biologia Vegetal; Luiz Carlos Guedes, ex- residente da Associação Brasileira de Reforma Agrária; e Silvio Crestana, presidente da Embrapa no governo Lula.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentará resistência de ruralistas abrigados em partidos que devem compor o novo governo, como o MDB. Embora a equipe do PT avalie que o pragmatismo pautará esse relacionamento, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR), disse não acreditar na disposição de Lula de atender às demandas do setor.

"Ele vai ter de demonstrar que é verdade o que falou na campanha, que vai cuidar do agro. Não acreditamos", afirmou Souza. "Temos um Parlamento muito focado. Ele vai ter de sentar com a bancada para ajustar. Não vamos permitir abusos por parte de nenhum governo", completou o presidente da FPA.

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Souza não é uma voz isolada. As bancadas do MDB no Rio Grande do Sul, no Paraná e no Centro-Oeste podem ser as mais refratárias ao diálogo com Lula num primeiro momento. Os ruralistas ainda lamentam a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato de quase todo o segmento. Observam, porém, que as urnas consolidaram um "bolsão eleitoral" conservador, justamente numa ampla faixa da economia dos grãos e da pecuária, que chega ao interior de São Paulo e Minas Gerais.

O setor conseguiu reeleger 66,3% dos 241 deputados que compõem a atual bancada do agronegócio na Câmara, índice superior ao total geral de renovação dos mandatos, que ficou em 44,2%. Nas estimativas da FPA, os representantes do agronegócio não terão menos do que 158 deputados na próxima legislatura.

Aliados de Lula na área consideram que os primeiros passos em direção à reconciliação foram dados pelo então candidato do PT ainda na reta final da campanha. Às vésperas do segundo turno, o petista dedicou um capítulo ao agronegócio na "Carta para o Brasil do Amanhã". Prometeu forte investimento na Embrapa, financiamento e juro baixo a pequenos e médios produtores.

Mal-estar

A equipe de Lula causou mal-estar entre ruralistas, porém, ao prever uma "regulação" da produção agrícola no texto das diretrizes de governo. Ainda antes do primeiro turno, uma nova versão do documento foi apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sem o termo. Para conseguir retomar pontes, Lula foi aconselhado a reduzir acenos ao Movimento dos Sem Terra (MST), a promover a segurança no campo e a pacificar a interlocução com a China e a União Europeia, grandes mercados de grãos e carne.

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram cerca de US$ 14 bilhões em setembro, o maior valor para esse mês. Na comparação com setembro do ano passado, por exemplo, o crescimento foi de 38,4%. Na produção de grãos, um novo recorde é esperado para a safra 2022/23.

"O Brasil é um dos mais importantes produtores e exportadores de alimentos do mundo. Para garantir e ampliar essa vantagem competitiva do País, vamos compatibilizar a produção com a preservação de recursos naturais, porque isso é necessário num mundo que enfrenta a crise climática e exige cada vez mais o consumo de alimentos saudáveis", diz um trecho da carta divulgada pela campanha de Lula a dois dias do segundo turno.

Além desse documento, o petista escalou ruralistas próximos para tentar reduzir a rejeição no segmento após dizer, em entrevista ao Jornal Nacional, no dia 25 de agosto, que o agronegócio é "fascista e direitista". Em outras entrevistas, procurou consertar a declaração ao dizer que "jamais" se referiu a todo setor. "Tem gente que tem discurso fascista e tem gente que tem discurso altamente democrático. Tem empresário que quer desmatar de qualquer jeito, tem empresário que sabe a responsabilidade", afirmou Lula ao Canal Rural, em setembro.

Na equipe do petista, a avaliação foi a de que a conversa no canal especializado anulou a narrativa de que ele seria contrário aos agropecuaristas. "Tem uma maioria do agro pró-Bolsonaro, mas não é unanimidade. É uma maioria barulhenta e baseada na retórica dos anos 1980, quando Lula tinha um discurso mais à esquerda. Lula virou presidente em 2002 e se mostrou um gestor comprometido com o agro", afirmou o senador Carlos Fávaro (PSD-MT). "Foi no período dele que tivemos grandes regulamentações, o programa de biodiesel, taxas baixas para comprar equipamentos. Ele fez uma revolução no campo."

Relação

Ministra da Agricultura no governo de Dilma Rousseff (PT), a senadora licenciada Kátia Abreu (PP-TO) elogiou as gestões petistas em relação à oferta de recursos para custeio e investimentos das produções. Kátia destacou ser possível reconstruir a relação com a maior parte do segmento e disse que a preocupação ambiental deve fazer parte da pauta de negociações.

Para a ex-ministra, além do foco na segurança no campo, caberá a Lula "ampliar mercados e manter os espaços no mercado chinês que Bolsonaro estremeceu", bem como "negociar com a União Europeia questões ambientais para que nossos produtos agropecuários não sejam vetados".

Segurança jurídica no campo, não tolerância às invasões de terra, proteção da produção nacional, incentivo às exportações e suprimento de fertilizantes estão entre as principais demandas de entidades do agronegócio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. As cadeias produtivas que compõem o agronegócio respondem por um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e por quase 50% das exportações, segundo dados do governo federal. O setor, o que mais apoiou a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), espera manter "um bom diálogo" com o novo governo de Lula.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que reúne as federações da agricultura de todos os Estados, disse esperar que o novo governo aja para ampliar os destinos das exportações "e proteger a produção nacional das barreiras ao comércio abertas ou disfarçadas de preocupações com a saúde e o meio ambiente".

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O presidente da entidade, João Martins de Silva Junior, disse, em nota, que a CNA sempre acreditou que a liberdade e a democracia são os fatores essenciais para o desenvolvimento da produção rural. "Para que a produção rural possa continuar sendo a segurança do abastecimento para o mercado interno e a principal fonte de nossas exportações, precisamos que o governo do País, acima de tudo, proporcione segurança jurídica para o produtor, defendendo-o das invasões de terra, da taxação confiscatória ou desestabilizadora, ou dos excessos da regulação estatal", afirmou.

A CNA disse esperar que o governo Lula adote uma gestão fiscal equilibrada para que a economia possa crescer com estabilidade. "Na busca do crescimento da economia e da justiça social, somos um só povo, e a política não pode nos separar."

A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) disse esperar que o presidente eleito reconheça a importância da cadeia do café para a economia brasileira e mantenha o diálogo com o setor. Há 150 anos o Brasil é o maior produtor mundial de café e nesse período se tornou o maior exportador deste produto.

O Brasil produz 53 milhões de sacas de café (3,1 milhões de toneladas), mas o consumo brasileiro de 4,84 quilos per capita ao ano é considerado baixo. A maior parte da produção é exportada. Questionada sobre as demandas ao presidente eleito, a entidade disse ter confiança de que o presidente eleito reconhecerá essa importância e apoiará um setor tão vital. "Seguimos confiantes na expansão do consumo do nosso produto, um alimento presente nos lares de 98% que sustenta uma cadeia responsável por gerar 8,4 milhões de empregos diretos e indiretos", disse, em nota.

Otimismo

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Normando Corral, disse que a vitória do candidato do PT não abala o otimismo da entidade em relação aos próximos anos. "Vejo a vitória de Lula com uma certa tranquilidade porque tenho muita esperança no novo Congresso e nos novos governadores eleitos. Muitos são políticos jovens."

Ele disse que a relação das entidades do agronegócio com o governo Lula será de diálogo, mas com ressalvas. "Tenho receio de que algumas coisas possam acontecer e impeçam um bom diálogo. Uma delas, que sempre nos preocupou, é a insegurança jurídica quanto a esses movimentos ditos sociais, mas que não são, como o MST (Movimento dos Sem Terra). O mercado é soberano sobre o que acontece com a produção agropecuária. Se radicalizar nesse ponto, obviamente vai ter uma radicalização do contrário", pontuou.

Abag defende avanço das reformas

A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), que integra as cadeias produtivas do setor, considera importante que o novo governo implemente as reformas administrativa e tributária, de forma a reduzir o Custo Brasil. "Fundamental também será a manutenção de uma política de recursos para continuidade do desenvolvimento tecnológico para o setor, apoio a mecanismos de financiamentos para custeio e investimento destinados ao produtor rural."

Ainda segundo a entidade, será preciso empenho para aumento significativo dos recursos a serem empregados na infraestrutura de transporte da safra e na armazenagem de estoques reguladores, além de suprimento sustentável de fertilizantes e outros insumos necessários à maior produção e produtividade agrícola.

A Abag ressaltou ainda esperar que o governo eleito se preocupe com a segurança jurídica no campo, o combate à criminalidade dentro do meio rural e realize campanhas de combate às críticas recebidas pelo agronegócio brasileiro, interna e externamente.

Um empréstimo concedido à trading de soja AFG em fevereiro de 2020 pelo Banco Industrial do Brasil (BIB), especializado em agronegócio, transformou-se em um caso investigado pela polícia. Apesar de o empréstimo ter sido feito à AFG, a denúncia recai sobre uma gigante suíça, que foi contratada pela instituição financeira para monitorar a soja que era dada em garantia pelos créditos concedidos, segundo documentos obtidos pelo Estadão.

O caso segue sob investigação, depois de expedido um pedido de busca e apreensão para identificar provas sobre o caso - o que já foi realizado na sede da empresa que foi a responsável pelo monitoramento da soja, a SGS no Brasil. Isso porque o produto teria sumido do silo do porto antes de efetuada a exportação. O caso corre em sigilo de Justiça.

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O empréstimo foi de cerca de R$ 20 milhões (US$ 3,93 milhões), por meio de um título de crédito comum para exportadores, chamado de Adiantamento para Contrato de Câmbio (ACC), no início de 2020.

Os recursos tinham como objetivo tornar viável a venda de 20 mil toneladas de soja para uma empresa com sede em Cingapura, a CJ International Asia. Como é comum nesse tipo de transação, a mesma soja foi dada como garantia do crédito. Em caso de inadimplência, os grãos mudam de mãos e vão para o banco, como pagamento do débito.

A AFG, distribuidora de grãos com sede em Cuiabá (MT), está em recuperação judicial desde 2020, com dívidas de R$ 650 milhões.

DESAPARECIMENTO

Antes da ida da soja ao comprador, o produto foi armazenado em um silo no Porto de Paranaguá (PR), onde deveria ficar até o embarque para Cingapura, marcado para 17 de agosto de 2020.

A SGS do Brasil, por sua vez, foi contratada pelo BIB para atestar e monitorar a manutenção da soja no local, além de sua boa qualidade, conforme contrato fechado em 2019. O acordo estabelecia que era obrigação da SGS comunicar o BIB sobre qualquer alteração da soja dada em garantia.

Mas o que o BIB alega ter descoberto foi que a soja havia desaparecido - o que foi confirmado pelo órgão geral responsável pela gestão do Porto Paranaguá. A informação repassada foi de que a soja não estava mais no silo desde julho. Isso motivou a abertura do inquérito policial. À Justiça, a AFG disse que o embarque da soja foi feita por engano e que, por conta de um bloqueio judicial, seus estoques não puderam ser recompostos.

A SGS Brasil, informou, por meio de nota, que em cumprimento ao contrato firmado com o BIB, recebeu da Transgolf , depositária da operação, o registro diário do armazenamento e presença da carga até 1/10/2020. "A partir de 2/10/2020, segundo a Transgolf, a AFG determinou que os relatórios diários do armazenamento e presença da carga de soja não fossem mais enviados à SGS. Suspeitando do fato, a SGS comunicou-o formalmente ao BIB para adoção das providências cabíveis", frisou. Procuradas, AFG, Transgolf e BIB não comentaram.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O total de mulheres trabalhando em empresas do agronegócio cresceu 13,3% no último ano, conforme aponta a segunda edição da Pesquisa Diversidade, Equidade e Inclusão nas Organizações, da Deloitte. Apesar do avanço, elas ainda são só 16,2% do contingente empregado pelo setor, conforme os resultados apresentados no 7.º Congresso Nacional de Mulheres do Agronegócio (CNMA), ontem, em São Paulo. O evento tem apoio da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e o Estadão como parceiro de mídia.

A sucessão foi um dos fatores que contribuíram para o aumento do número de mulheres no agro. A pesquisa mostrou que, nas fazendas, as profissionais em cargos de liderança são 34% do total - mais do que no universo geral da economia, onde o total de mulheres no topo é de 27%. "Ficamos surpresas com o aumento da representatividade, mesmo ainda sendo muito pequena", diz Carolina Verginelli, sócia de consultoria da Deloitte.

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Mesmo assim, dentre todos os 21 setores pesquisados pelo Deloitte o agro é apenas o 19.º em representatividade feminina - o terceiro mais baixo, depois de indústrias extrativas e construção civil.

Questionamentos

O maior empecilho para a contratação de mulheres é cultural. Do total de 400 entrevistadas, 76% afirmaram que é preciso uma mudança cultural nas organizações agrícolas para que as mulheres tenham mais participação. No entanto, 41% das mulheres que já atuam no setor disseram sofrer questionamentos sobre sua capacidade no trabalho. E isso apesar de o índice de trabalhadoras com ensino superior no segmento ser de 9%, enquanto o de homens é de apenas 3%.

As mulheres ainda relataram que tiveram sua capacidade física de trabalhar no setor questionada. "Isso é um absurdo, porque nenhuma mulher do agro precisa empurrar trator. Com a tecnologia, o trabalho deixou de ser braçal", diz Angela Castro, líder do programa de diversidade e inclusão da Deloitte.

Além disso, as mulheres do agronegócio ganham menos do que os homens: um valor médio de R$ 1.606 por mês, ante R$ 1.950 dos homens. Outro relato é o alto índice de demissão nos 12 meses seguintes à licença-maternidade, que chega a 35%.

Para que esse cenário mude, é necessário aumentar a quantidade de mulheres em cargos de liderança no agro. Segundo a pesquisa, 35% das mulheres disseram que não se sentem ouvidas nas associações de classe. "Quando elas participam, os homens não dão crédito ao que elas dizem. Isso precisa mudar", afirma Carolina.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se colocar contra a possibilidade de se taxar o agronegócio. Usando o Pix como exemplo, o chefe do Executivo declarou, durante live na tarde desta sexta-feira, 14, que o objetivo do seu governo é "multiplicar os ricos e não dividir riqueza". "Não tenho política para ricos e contra pobres, é para todo mundo", afirmou o presidente.

"Falam 'o agronegócio não paga imposto'. Qual problema? Podiam cobrar um tiquinho. Zero, não vai cobrar nada. Igual PIX. 'Ah, vou colocar uma taxinha de 1 centavo no PIX'. Não, é zero. Estamos arrecadando demais. Ah, o pessoal do campo está ganhando muito. Quero que ganhe mais", afirmou o presidente durante live 'Mulheres com Bolsonaro'.

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"Eu quero multiplicar os ricos e não dividir riqueza. Eu não tenho política para ricos e contra pobres, é para todo mundo. Se acabarmos com patrões, não vamos ter mais empregos no Brasil", continuou.

Bolsonaro ironizou ainda propostas de governos defendidos pelo adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Eu quero cumprimentar o PT. Realmente ele traz a igualdade: na miséria", disse.

Ele voltou a criticar políticas adotadas em países vizinhos, como a Argentina, e disse que o País não deve experimentar "as dores do comunismo".

Em mais um aceno ao agronegócio, segmento no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem ampla vantagem, o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que não é possível aceitar que "tem o homem do agronegócio bom e o homem do agronegócio ruim". "Tem gente do agronegócio, e tem os bandidos", emendou.

"Os bandidos são aqueles que não respeitam a questão ambiental, são aqueles que querem desmatar, e esses caras não podem ser confundidos como gente do agronegócio", disse Lula durante encontro com o coletivo Derrubando Muros, que declarou apoio à sua candidatura.

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Lula também voltou a dizer que não é defensor apenas da exportação de commodities e que, na venda de soja, há tecnologias envolvidas. "Eu não sou daqueles que digo 'ah, o Brasil não pode continuar exportando só soja ou minério de ferro'. Até porque eu acho que esse País, ao exportar soja hoje, a gente está exportando muita tecnologia em um grão de soja, muita engenharia genética em uma carne de frango, uma carne de porco", afirmou.

Pluralidade

Após receber o manifesto de apoio de membros do Derrubando Muros, o vice Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o movimento traduz a pluralidade do Brasil que tem sido incorporada na campanha. "Essa é a lógica do segundo turno, ampliar, receber propostas, aprimorar programas, poder avançar ainda mais", disse.

Em seu breve pronunciamento, o ex-tucano voltou a dizer que Lula tem experiência e liderança e é um nome que defende crescimento econômico com estabilidade, previsibilidade e sustentabilidade.

As três palavras têm sido frequentemente usadas pelo ex-presidente em encontros com nomes do PIB, em entrevistas à imprensa e comícios. Hoje, ele voltou a citá-las. "Se o presidente não tiver essas três palavras como pilares do seu comportamento e da sua ação, ele não consegue nem montar governo e muito menos consegue restabelecer a credibilidade que esse País tem que ter no exterior", declarou.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, nessa segunda-feira (5), um pedido da coligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o empresário e ex-secretário de Desestatização do governo Jair Bolsonaro (PL) Salim Matar. 

Na solicitação, o petista e sua equipe alegaram mau uso das falas de Lula para beneficiar a campanha do adversário e pediram a exclusão das publicações feitas usando a imagem dele. As falas em questão foram críticas ao agronegócio feitas pelo sindicalista durante entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, no último dia 25 de agosto. 

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O pedido da coligação foi rejeitado pela ministra Maria Claudia Bucchianeri, que não reconheceu manipulação de informações nas publicações de Eduardo Bolsonaro e nem na reprodução do conteúdo. O trecho que tem sido utilizado pelos filhos de Jair Bolsonaro é a parte da entrevista na qual Lula chama parte dos empresários do agronegócio de fascistas. 

"Faz (oposição ao meio ambiente sustentável). O agronegócio, que é fascista e direitista... Porque os empresários sérios que trabalham no agronegócio, que têm comércio com o exterior, que exportam para a Europa, para a China, estes não querem desmatamento”, alegou o ex-presidente. 

A defesa de Lula alegou que o candidato à Presidência da República pelo PT não chamou todos os empresários do agronegócio de fascistas. "O que se constata é que o ex-presidente Lula teria se referido apenas a uma parcela dos empresários do agronegócio, notadamente aquela descompromissada com a preservação do meio ambiente", disseram os advogados Cristiano Zanin, Angelo Ferraro e Eugênio Aragão. 

Em resposta, a magistrada do TSE reconheceu que a desinformação e a desconstrução de figuras políticas a partir de fatos sabidamente inverídicos ou substancialmente manipulados devem ser rapidamente reprimidas pela Justiça Eleitoral, mas ressalvou que não viu, nas publicações do filho do presidente Jair Bolsonaro, grave descontextualização que tenha alterado substancialmente a fala de Lula. 

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Lula venceu outra contestação 

A ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou, também na segunda-feira (5), que o deputado federal Eduardo Bolsonaro apague em 24 horas publicações em redes sociais em que o congressista afirma que o ex-presidente Lula apoia invasões de igrejas e perseguição a cristãos. Na decisão, a magistrada afirma que o filho do presidente Jair Bolsonaro deverá ser multado em R$ 50 mil se voltar a fazer publicações com o mesmo conteúdo. 

A decisão ocorre depois de o parlamentar ter feito associação infundada entre o PT e o governo da Nicarágua, que tem reprimido manifestações religiosas em seu país.

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