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A disparada do dólar, que superou na semana passada a marca de R$ 4, adia a volta da inflação para o centro da meta de 4,5% para depois de 2017. Além disso, aumenta a pressão sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2016, que corre o risco de superar o teto da meta de 6,5%, segundo economistas ouvidos pelo ‘Estado’. Para este ano, o impacto do dólar já começa a aparecer nos preços do atacado, sobretudo nas matérias-primas. Mas o repasse ao consumidor deve ser gradual e atenuado pela recessão.

"Se o câmbio continuar no patamar de R$ 4, a perspectiva de inflação para o ano que vem estará mais comprometida", afirma Heron do Carmo, professor da Faculdade de Economia da USP. Como a economia real trabalha com uma certa defasagem, o efeito da alta do câmbio nos custos deve aparecer mais para frente. Além disso, se o câmbio continuar pressionado, será necessário reajustar a gasolina, seguindo a nova política da Petrobras. Esses fatores explicam, segundo Heron, porque o efeito do dólar sobre os preços no varejo será mais intenso em 2016, apesar de ser esperada a desaceleração do IPCA por causa da perda de fôlego dos preços dos serviços e das tarifas.

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Para este ano, ele acredita que o resultado da inflação, da ordem de 9,5%, vai depender muito mais do comportamento dos alimentos. Quanto aos outros itens, Heron acredita que a recessão vai segurar o repasse.

Essa também é a avaliação do economista da LCA Consultores, Fábio Romão. Até agora, ele vê reflexos do repique do dólar nas commodities agrícolas. O índice de preços CBR para alimentos disparou em reais a partir de julho, tendo reflexos sobre as cotações agropecuárias no atacado em meados de agosto e no início deste mês.

O índice de preços agropecuários do atacado da FGV encerrou agosto com alta de 0,58%, mas subiu 1,35% em 30 dias até 10 setembro. A projeção de Romão é que o IPA agropecuário encerre este mês com alta de 3%. "Os desdobramentos desse movimento do atacado desembocarão, de maneira defasada e irregular, no varejo em setembro." Ele espera alta de 0,43% para o grupo alimentos e bebidas no IPCA-15 este mês, após deflação de agosto (-0,01%).

Salomão Quadros, superintendente adjunto de Inflação do Ibre/FGV, observa que o impacto do câmbio já pode ser notado na variação nos preços de materiais para manufatura no atacado. Neste mês, até o dia 10, os preços desse grupo subiu 1,37%, após avançar 0,93% em agosto. "O repasse vem ocorrendo gradualmente", diz Quadros. No varejo, ele ressalta que os primeiros efeitos do câmbio aparecem nos alimentos, como o pão francês, cujo preço subiu 0,66% no IPCA-15 deste mês, puxado pelo trigo importado. A carne, outro produto com preço balizado pelo mercado internacional, está 0,58% mais cara.

Meta

Apesar de o Banco Central reafirmar que pretende trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% no fim de 2016, levando em conta que a recessão será forte para brecar os repasses, é consenso entre os economistas que esse resultado será muito difícil de ser atingido nesse espaço de tempo. A consultoria Tendências projeta inflação de 4,5% para 2018 e a LCA acredita que a inflação volte para essa marca a partir de 2019. Já Heron acha possível trazer o IPCA para 4,5% em 2017, desde que seja feito o ajuste fiscal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, exaltou nesta quinta-feira (24) a estratégia de política econômica adotada pela instituição até o momento. Segundo ele, apesar de ter havido alguma deterioração das expectativas para 2016 e para 2017, elas são pequenas frente ao tamanho da volatilidade observada recentemente. "É importante, depois de um ajuste de preço que foi significativo (IPCA de 2015), sermos capazes de mostrar para a sociedade que 2016 não vai ser ano de descontrole inflacionário, mas de convergência, e isso dá segurança para nossos cidadãos e empresários", argumentou. Segundo ele, mesmo com algum descolamento das expectativas em relação à meta, o objetivo do BC continua a ser o de levar o IPCA para 4,5% no fim do próximo ano.

Para Awazu, quando se olha a "big picture" da desinflação, vemos capacidade de ancorar expectativas de maneira robusta. Ele relatou que a maneira como as expectativas melhoraram para o período entre 2016 e 2019 mostram melhora da ancoragem. "Eu considero que temos feito um trabalho bastante importante para a sociedade, o de que não é a inflação passada que será a inflação futura. A inflação vai baixar significativamente", disse.

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Awazu lembrou que, em julho, o País estava próximo de apresentar uma convergência da inflação para o centro da meta de 4,5% no ano que vem. "Estávamos próximos e tivemos um elemento negativo, que foi o aumento de prêmio de risco", afirmou. Segundo ele, o governo está resolutamente caminhando para que os efeitos de prêmio de risco excessivos possam ser revertidos. "Sendo eles revertidos, isso torna mais robusta e acerta a estratégia de política monetária que foi definida por nós, de manter os juros em 14,25% ao ano por período suficientemente prolongado, para colocar a inflação na meta ao fim de 2016", afirmou.

Ele afirmou que, caso a Cide seja elevada para gasolina, o repasse pode não ser integral para o consumidor. "De maneira geral, existe uma série de estudos sobre como, em determinadas situações, certos aumentos não são inteiramente repassados. Pode haver comportamento de margem, ligados a maior ou menor competição", observou.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 9,53% em 12 meses até agosto, informou nesta quinta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em quatro regiões, porém, o resultado já ultrapassa os dois dígitos. O maior IPCA é verificado em Curitiba, onde os preços já avançam 11,06% nos últimos 12 meses. Em seguida vêm Porto Alegre (10,34%), Goiânia (10,18%) e Campo Grande (10,17%).

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Além disso, outras quatro regiões têm IPCA acima de 9% nos últimos 12 meses: São Paulo (9,75%), Rio de Janeiro (9,70%), Fortaleza (9,51%) e Recife (9,03%). Completam o elenco das regiões Salvador (8,91%), Belém (8,49%), Belo Horizonte (8,38%), Brasília (8,09%) e Vitória (7,91%).

Em nível nacional, o IPCA em 12 meses desacelerou ante julho, quando havia subido 9,56%, o maior resultado neste confronto desde novembro de 2003, quando ficou em 11,02%

IPCA mensal

Em relação à taxa mensal de agosto, a alta de 0,22% foi a menor para o mês desde 2010, quando o IPCA avançou 0,04%. A inflação desacelerou em seis dos nove grupos pesquisados no indicador na passagem de julho para agosto.

A principal desaceleração ocorreu no grupo Transportes (0,15% para -0,27%), diante da queda de 24,90% nos preços das passagens aéreas. Os alimentos e bebidas também ficaram 0,01% mais baratos, segundo o IBGE.

Outras desacelerações foram percebidas nos grupos Habitação (1,52% para 0,29%), com a queda nos encargos sobre as tarifas de energia elétrica, Artigos de Residência (0,86% para 0,37%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,84% para 0,62%) e Comunicação (0,30% para 0,14%).

Por outro lado, ganharam força os grupos Vestuário (-0,31% para 0,20%), Despesas Pessoais (0,61% para 0,75%) e Educação (0,00% para 0,82%). No caso das Despesas Pessoais, houve aumentos nos itens serviço bancário (2,65%), cabeleireiro (0,86%) e empregado doméstico (0,53%).

Já no caso da Educação, a alta foi reflexo dos reajustes de mensalidades para o segundo semestre do ano letivo. Os cursos regulares subiram 0,78%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.) apresentaram alta de 1,62%, apontou o IBGE.

INPC

O IBGE divulgou também nesta quinta-feira que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,25% em agosto, após ter registrado alta de 0,58% em julho.

Com o resultado, o INPC acumulou altas de 7,69% no ano e de 9,88% nos 12 meses encerrados em agosto. O índice mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.

A queda de 24,90% nas passagens aéreas em agosto foi o principal impacto de baixa sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês passado, informou nesta quinta-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o item exerceu um impacto de baixa de 0,11 ponto porcentual no índice, que subiu 0,22% ante 0,62% em julho.

Por conta das passagens aéreas, o grupo Transportes registrou deflação de 0,27% em agosto, contra avanço de 0,15% em julho, apontou o IBGE. Em queda, destacaram-se ainda automóveis usados (-1,03%), pneus (-1,00%) e acessórios e peças (-0,96%).

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Apesar disso, outros itens ficaram mais caros, como gasolina (0,67%), diante de aumentos em cinco regiões, etanol (0,60%), ônibus urbano (0,60%) e automóvel novo (0,30%). No caso do ônibus urbano, a alta foi puxada pela região metropolitana de Belo Horizonte, cuja alta de 7,10% se deu em consequência do reajuste de 9,68% que entrou em vigor a partir do dia 8 de agosto.

Alimentação e Bebidas

De acordo com o IBGE, o grupo Alimentação e Bebidas registrou queda de 0,01% nos preços em agosto. Parte expressiva dos produtos pesquisados passou a custar menos na passagem do mês, apontou o órgão. Só a batata-inglesa (-14,75%), o tomate (-12,88%) e a cebola (-8,28%) juntos tiveram impacto negativo de 0,10 ponto porcentual no IPCA.

Também ficaram mais baratos o açaí (-7,35%), a cenoura (-6,26%), o feijão-carioca (-3,37%) e o feijão-preto (-1,80%), entre outros alimentos. Apesar disso, muitos deles acumulam altas consideráveis nos últimos 12 meses, como é o caso da cebola (139,86%) e da batata-inglesa (43,20%).

No grupo dos alimentos que subiram em agosto, os destaques foram a farinha de mandioca (4,40%) e o alho (2,74%).

Energia elétrica

Segundo o IBGE, a energia elétrica registrou queda de 0,42% no IPCA de agosto. O recuo se deve à redução de impostos (PIS/Cofins) na maioria das regiões pesquisadas.

O resultado ocorreu a despeito dos aumentos nas contas de energia em Belém, cuja alta de 3,69% reflete o reajuste de 7,47% a partir de 7 de agosto; e em Vitória, onde o avanço de 1,62% se deve ao reajuste de 2,52%, também em 7 de agosto.

Com a influência da energia elétrica, o grupo Habitação desacelerou para alta de 0,29% em agosto, após subir 1,52% em julho, conforme o IBGE.

Além da energia elétrica, o botijão de gás ficou mais barato em agosto (-0,44%) em função de quedas expressivas verificadas nas regiões de Recife (-4,27%), Campo Grande (-2,69%), Rio de Janeiro (-1,12%) e Fortaleza (-0,99%).

Por outro lado, outros itens do grupo Habitação apresentaram alta, com destaque para a taxa de água e esgoto (1,07%), mão de obra pequenos reparos (0,84%), condomínio (0,71%), artigos de limpeza (0,49%) e aluguel residencial (0,40%).

No caso da taxa de água e esgoto, a alta foi influenciada pelas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, cujas contas aumentaram 9,29% em função do reajuste de 9,98% ocorrido em primeiro de agosto, e de Vitória, onde as contas aumentaram 7,37%, refletindo parte do reajuste de 10,69% em vigor a partir do dia 8 de agosto.

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Nosso país vive um momento de crise econômica. Os dados da inflação, referentes ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram altas em todos os setores da economia. Para tentar conter os prejuízos, o governo vem tomando inúmeras decisões radicais e realizando vários ajustes fiscais na tentativa de controlar a situação econômica do país e minimizar os impactos da crise. Então, diante de tantos ajustes, quais seriam as prioridades do Brasil?

Não podemos ignorar a relevância do Brasil e seu papel na economia mundial. Excluindo os Estados Unidos, somos o quinto país no mundo em relações comerciais com a União Europeia e responsáveis por 37% do comércio da UE com a região latino-americana. Além disso, detemos 43% do portfólio de investimentos da União Europeia com a América Latina.

Entretanto, as preocupações com o mercado exterior e até com os índices da inflação não podem ser a única preocupação do governo neste momento. É preciso lembrar que a manutenção do crescimento deste mercado depende de inúmeros fatores como infraestrutura, educação e saúde.

Existem outras três prioridades para o Brasil que dependem diretamente do ajuste fiscal. A primeira delas é a reforma da previdência, com a definição da idade mínima para aposentadoria. Já não somos mais um país de jovens e a expectativa de vida vem aumentando gradativamente, assim, é possível as pessoas permanecerem mais tempo no mercado de trabalho.

A segunda é a educação. As políticas educacionais do Estado que promovem o acesso à educação devem continuar como prioridade. Acesso à educação não é concessão de privilégios, é necessidade. É através dela que se promove igualdade de oportunidades e de condições. Este é o papel exercido por programas imprescindíveis como o Fies, Prouni, Pronatec e Ciencias sem Fronteiras , por exemplo, que permitem que pessoas sem recursos financeiros realizem um curso superior, um curso técnico ou estude em universidades do estrangeiro. Em terceiro lugar, as políticas de proteção social, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, ainda são necessárias e por enquanto  não podem ser extintas.

Sem dúvida, precisamos dos ajustes fiscais. No entanto, o corte orçamentário neste ano foi de 70 bilhões, retirados do Programa de Aceleração do Crescimento, Minha Casa Minha Vida, Seguro Desemprego,  Fies, Pronatec, etc. A diminuição das despesas refletiu na retirada de benefícios e direitos dos trabalhadores e dos estudantes. Entendemos que essas são tentativas de controlar inflação, conquistar a confiança de empresas, empresários e atrair investidores para fazer a economia crescer e normalizar as contas do país. Entretanto, é preciso manter o foco e as prioridades. 

Não é a primeira crise que o Brasil está passando, nem é a maior e muito menos será a última. Mais do que a crise econômica, o Brasil vive uma crise ética e política. Como consequência, há uma crise de confiança nacional. A crise política anda em paralelo com a crise econômica, uma está atrelada a outra. Sabemos que aumentar as taxas de juros para tentar conter a inflação não é suficiente. A crise institucional é a que mais preocupa, porque é ela que impede que lideranças do agronegócio, empreendedores e investidores  realizem novos investimentos no Brasil.

O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto trará pressão de diferentes preços administrados. Já é dada como certa a influência de energia elétrica, taxa de água e esgoto, pedágios, ônibus e gás encanado. Apesar disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não considera garantido que a taxa supere o resultado de agosto do ano passado, que foi de alta de 0,25%.

"Foi uma taxa relativamente baixa para o ano de 2014, mas não tanto quanto em junho e julho. Além disso, não são tantos reajustes assim, e vai depender do vestuário também", explicou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Eulina também evitou garantir que o dólar, que avançou mais de 10% em julho, terá impactos mais intensos na inflação de agosto. No mês passado, a valorização da moeda americana deixou alguns alimentos mais caros. "O impacto do dólar sobre a inflação nos próximos meses vai depender do comportamento dos agentes econômicos", disse.

Reajustes

Em agosto, o IPCA será impactado por aumentos na energia elétrica em Belém (7,47%) e Vitória (2,52%), ambos em vigor a partir de hoje, 7 de agosto. Em Brasília, também haverá alta nas tarifas, mas o instituto ainda não conseguiu apurar se o porcentual já foi homologado.

O Rio de Janeiro é a região que mais concentrará reajustes de administrados. A partir de 1º de agosto, as taxas de água e esgoto subiram 9,98%, enquanto os pedágios sofreram reajustes entre 14% e 16%, apontou o IBGE. Já o gás natural veicular (GNV) subiu 8,54%, enquanto o gás encanado ficou 2,62% mais caro, ambos a partir de 3 de agosto.

Houve ainda aumento de 7,14% nas tarifas de ônibus intermunicipais em Goiânia e de 14% nos pedágios de São Paulo, ambos a partir do início do mês, listou o IBGE.

A inflação de serviços desacelerou a 0,54% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A principal responsável pelo alívio foi a passagem aérea, que apenas 0,78%, bem menos do que a alta de 29,19% registrada em junho.

Apesar disso, o IPCA de serviços, que tinha ficado em 7,90% em junho, avançou a 8,54% no mês passado. Em julho de 2014, os serviços tiveram uma queda de 0,06%, a primeira da histórica, por conta de uma queda abrupta nos preços de passagens aéreas e hotéis. Com o resultado positivo de julho deste ano, que substituiu a taxa negativa, a inflação em 12 meses voltou a acelerar.

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Os preços monitorados, por sua vez, continuam sendo a maior fonte de pressão para a inflação. Com aumentos na energia elétrica e na taxa de água e esgoto, o índice subiu 1,17% em julho e já acumula alta de 15,99% em 12 meses, segundo o IBGE.

A alta de 0,62% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho foi a maior para o mês desde 2004, quando o avanço foi de 0,91%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 7. Com o resultado, o índice acumula alta de 6,83% nos sete primeiros meses do ano, a maior taxa para o período desde 2003 (6,85%).

Em 12 meses, o IPCA avançou a 9,56%, o maior resultado nesta comparação desde novembro de 2003. Naquele mês, a alta no acumulado em 12 meses era de 11,02%.

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As contas de energia elétrica voltaram a ficar mais caras em julho e foram o principal impacto sobre o IPCA. A alta foi de 4,17%, segundo o IBGE. Além disso, a taxa de água e esgoto e o condomínio mais caros pressionaram o grupo Habitação, que avançou 1,52% em julho.

A tarifa de energia elétrica respondeu por 0,16 ponto porcentual da alta de 0,62% no IPCA do mês passado. Segundo o IBGE, a alta foi muito influenciada pelas regiões metropolitanas de Curitiba, onde aumentaram 11,40%, refletindo parte do reajuste de 14,39% no valor das tarifas, em vigência desde 24 de junho; e São Paulo, cujo aumento de 11,11% se deve ao reajuste de 17,00% aplicado sobre as tarifas de uma das empresas de abastecimento a partir do dia 4 de julho.

Em outras regiões, como Campo Grande (2,72%), Belo Horizonte (2,04%) e Brasília (2,03%), as contas também aumentaram, mas em função dos impostos (PIS/Cofins). Por outro lado, houve regiões em que os impostos tornaram as contas mais baratas de junho para julho. Em Vitória a queda chegou a 8,67%, seguida por Salvador, com recuo de 4,67%.

Nas taxas de água e esgoto, o aumento médio foi de 2,44% em julho. A alta atingiu sete regiões, com destaque para Goiânia, onde a elevação foi de 19,56%. Também tiveram aumento no item Campo Grande, Porto Alegre, Salvador, Recife, São Paulo e Curitiba.

Com isto, Habitação ficou com o mais elevado resultado nos grupos, sendo pressionado ainda pelos artigos de limpeza (0,65%), aluguel residencial (0,49%) e condomínio (0,49%).

Alimentação e Bebidas

O grupo Alimentação e Bebidas acelerou de 0,63% em junho para 0,65% no IPCA de julho. Os alimentosos alimentos consumidos fora de casa subiram 0,77%, mais do que aqueles consumidos nas residências dos brasileiros, que avançaram 0,59%.

Na mesa dos brasileiros, ficaram mais caros feijão-mulatinho (8,88%), leite longa vida (3,09%), cebola (2,85%), carnes industrializadas (2,14%), macarrão (1,13%), pão francês (0,82%), entre outros itens. Por outro lado, ficaram mais baratos o tomate (-10,77%), as hortaliças (-3,05%), o óleo de soja (-1,22%), entre outros.

Após três semanas seguidas de redução, a mediana das projeções para o IPCA de 2016 ficou estancada nesta segunda-feira, 27, no Relatório de Mercado Focus, divulgado hoje pelo Banco Central. O ponto central da pesquisa permaneceu em 5,40%. Há um mês, estava em 5,50%.

O fim de 2016 é o foco da autoridade monetária neste momento, já que promete entregar a inflação no centro da meta daqui a pouco mais de um ano. Pelos cálculos da instituição revelados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o IPCA ficará em 4,8% em 2016 no cenário de referência e em 5,1% no de mercado. A luta do BC no momento é tentar convencer o mercado de que chegará ao centro da meta em 2016.

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Pela 15ª rodada consecutiva, porém, a estimativa para o IPCA deste ano avançou de 9,15% da semana anterior para 9,23% agora. Há um mês, essa projeção estava em 9,00%. No RTI de junho, o BC havia apresentado estimativa de 9% no cenário de referência e de 9,1% usando os parâmetros de mercado.

No Top 5, grupo dos economistas que mais acertam as estimativas, a mediana das estimativas para o IPCA de 2015 passou de 9,17% para 9,12%. Apesar disso, a nova previsão está maior do que a de há um mês, quando estava em 8,92%. No caso de 2016, a previsão em 5,27% foi mantida. Quatro semanas antes estava em 5,21%.

Para a inflação de curto prazo, foi visto mais um aumento das estimativas para o IPCA de julho na pesquisa Focus, que subiu de 0,50% para 0,58% de uma semana para outra - ante 0,41% de quatro edições atrás. No caso de agosto, no entanto, a taxa estimada permaneceu em 0,30% no período. Já as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente foram reduzidas pela quinta semana seguida e passaram de 5,80% para 5,76%. Há quatro semanas, estavam em 5,99%.

Após seis semanas consecutivas paralisada em 5,50%, a mediana das previsões do mercado financeiro para o IPCA de 2016 passou para 5,45%, segundo o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central. A mudança será comemorada pela instituição, que vinha enfatizando a inflexibilidade das estimativas mesmo com a continuidade de alta da Selic e de discursos e pronunciamentos mais duros do BC em relação ao combate à inflação.

Esse período é o foco da autoridade monetária neste momento, já que o BC promete entregar a inflação no centro da meta no fim do ano de 2016. Pelos cálculos da instituição, o IPCA ficará em 4,8% em 2016 no cenário de referência e em 5,1% no de mercado. A luta da instituição no momento é tentar convencer o mercado de que chegará ao centro da meta em 2016, daí a expectativa de que as estimativas dos analistas para o final desse ano se reduzam.

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Pela 12ª rodada consecutiva, porém, a estimativa para o IPCA deste ano avançou de 9,00% da semana anterior para 9,04% agora. Há um mês, essa projeção estava em 8,46%. No último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o BC havia apresentado estimativa de 9% no cenário de referência e de 9,1% usando os parâmetros de mercado.

No Top 5, grupo dos economistas que mais acertam as estimativas, a mediana das estimativas para o IPCA de 2015 passou de 8,92% para 9,04%. Há um mês, estava em 8,88%. No caso de 2016, houve estabilidade da previsão em 5,21%, menor do que a de quatro edições atrás, de 6,00%.

Para o curto prazo, também foram vistos aumentos. No caso de junho, a mediana das previsões passou de 0,72% para 0,74%. Há um mês estava em 0,40%. No de julho, a estimativa apresentada na Focus subiu de 0,41% para 0,43% de uma semana para outra - ante 0,32% de quatro edições atrás. Já as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente foram reduzidas e passaram de 5,99% para 5,92%. Há quatro semanas, estavam em 5,95%.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse nesta segunda-feira, 8, que as projeções para produção, vendas e exportações de veículos neste ano levam em conta um cenário de queda de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2015.

Segundo ele, as previsões também consideram um IPCA encerrando 2015 entre 8,8% e 8,9% ao ano. Já para o dólar, a Anfavea prevê que a moeda americana termine o ano cotada a R$ 3,15 até R$ 3,20. Moan afirmou ainda que a Anfavea trabalha com um cenário de taxa básica de juros a 14,25% ao ano no fim deste ano. Atualmente, ela está em 13,75% ao ano.

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A nova taxa Selic, divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), entra em vigor, mas como consequência disso, a população deve colocar um freio na sua movimentação financeira. Vendas, empréstimos e uso de cartões de crédito podem sofrer redução por medo de maior endividamento. 

Com a finalidade de controlar a inflação, a Selic foi reajustada em 0,5 pontos, alcançando os 13,75%, mesmo número alcançado há seis anos. Por conta desse aumento os consumidores sofrem um impacto diretamente, afinal, as taxas de juros também sofrem alteração para mais. 

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De acordo com o economista, Djalma Guimarães, como as alíquotas dos cartões de crédito, cheque especial, empréstimos pessoal e consignado, compras à vista e a prazo passam a ser maiores. Com isso, o custo fica ainda maior para os consumidores, o que pode levá-los a consumirem menos, consequentemente, a pouca circulação da moeda. “O aumento da Selic é uma faca de dois gumes, pois o governo faz frente lançando títulos públicos, no entanto, aumenta o endividamento da população”, explica.

Guimarães também explica que somente nos primeiros quatro meses de 2015 a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) já chegou a 4,52%, superando, a taxa central de 4,5% desejável para o ano, cabendo uma margem de tolerância de 2 pontos para cima ou para baixo.   

O economista também lembra que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), estabelecido pelo governo federal para fechar este ano é de 8,26%, porém, no primeiro quadrimestre e 2015 este número já alcançou os 8%, porcentagem acima da esperada.

Pela sexta semana consecutiva, os analistas ouvidos pelo Banco Central para o Relatório de Mercado Focus elevaram a previsão para o IPCA deste ano. A expectativa é que o índice oficial de inflação encerre 2015 em 8,37%, contra 8,31% da semana anterior. Há um mês, essa projeção estava em 8,25%.

As expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente também foram ampliadas após quatro semanas seguidas de redução e passaram de 5,93% para 6,02%. Há quatro semanas estava em 6,00%. Para maio, a mediana das previsões subiu para 0,54% e, para junho, para 0,38%, segundo o mercado - na semana passada, essas projeções eram de, respectivamente, 0,51% e 0,32% e, um mês antes estavam em 0,50% e 0,30%.

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Já para o fim de 2016, a mediana das projeções para o IPCA ficou inalterada em 5,50% - quatro edições atrás estava em 5,60%. Estabilidade também foi a marca do Top 5 de médio prazo, grupo dos economistas que mais acertam as estimativas, para o mesmo índice no ano que vem. A mediana das previsões ficou paralisada em 6,00%. Um mês antes estava em 6,40%.

No caso das previsões para o IPCA deste ano, uma surpresa: a mediana ainda segue bem acima da banda superior de 6,5% da meta, mas recuou de 9,02% para 8,75%. Há um mês estava em 8,67%.

O líder do Democratas (DEM) na Câmara, deputado Mendonça Filho, apontou os fracassos da política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) como os responsáveis pela alta de 8,17% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses até abril.

“É o reflexo de uma política econômica desastrada, que se baseou na contabilidade criativa e no represamento de preços administrados com fins eleitorais”, afirmou.

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De forma isolada, segundo o democrata, um dos aumentos mais expressivos foram os da energia elétrica, com alta de 59,93% em 12 meses até abril. “As pessoas não estão conseguindo pagar a conta de luz. É um apagão disfarçado”.

Mendonça Filho lembrou também que essa elevação interfere nos preços de outros itens na economia. De acordo com ele, nos quatro primeiros meses do ano, a inflação foi de 4,56%, mais alta, portanto, que o centro da meta que deveria ser perseguida pelo governo. “Não é demais dizer que enfrentamos um quadro dramático, potencializado pelo desemprego”, afirmou.

Produtores de alimentos têm atribuído a alta de preços à estiagem, afirmou nesta sexta-feira, 8, Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao mesmo tempo, derivados do trigo ficaram mais caros por conta da valorização do dólar. Em abril, os alimentos responderam por um terço da alta de 0,71% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

"Os produtores têm atribuído a alta do leite à seca. Sem pasto, a alimentação está mais prejudicada, então tem de comprar ração. Há aumento de custo", disse Eulina. O leite longa vida ficou 4,80% mais caro em abril. O tomate, por sua vez, protagonizou a lista de altas, com avanço de 17,90%. "O tomate é um produto mais sensível, e os produtores têm citado a falta de água como um fator prejudicial", comentou.

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Presente na mesa de quase todos os brasileiros, o pão francês ficou 1,75% mais caro. "O pão francês sobe por influência do trigo, por conta do dólar", explicou a coordenadora do IBGE

O diretor de Administração do Banco Central, Altamir Lopes, reiterou nesta quinta-feira, 16, que a autoridade monetária espera que a inflação encerre 2016 no centro da meta. "O ponto importante em relação à inflação é que o Banco Central trabalha com a expectativa concreta de convergência à meta de 4,5% no final de 2016", disse, após participar de reunião na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

Na quarta-feira, 15, o governo enviou ao Congresso Nacional o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem, que prevê que o IPCA encerre 2015 em 8,2% e, 2016, em 5,6%. "Eles estão trabalhando com expectativa do Focus e as expectativas de mercado hoje são essas. Pode ser que amanhã não seja, podem ser diferentes", afirmou.

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De acordo com participantes da reunião, Lopes foi bastante questionado pelos deputados da comissão sobre a responsabilidade do BC nas chamadas "pedaladas fiscais", atrasos de pagamentos promovidos pelo governo federal. Na quarta-feira, 15, o Tribunal de Contas da União (TCU) convocou 17 autoridades para dar explicações sobre o tema, entre elas o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini.

"O BC é um compilador de estatísticas fiscais, ele não formula nem executa política fiscal. Fomos chamados a dar explicações exatamente porque somos compiladores", disse Lopes.

Na reunião, os deputados questionaram o diretor ainda sobre as tarifas bancárias e o spread bancário, considerados altos pelos parlamentares, sobre juros de financiamento e do cartão de crédito e sobre a gestão das reservas. Foi combinado que os integrantes da comissão irão até o Banco Central para nova conversa. Periodicamente, diretores do Banco Central, além do secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, e do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, participam de reunião na Comissão de Finanças.

Um levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio) mostra que os itens da cesta da Páscoa estão mais caros neste ano.

Dois tipos de chocolate pesquisados se encontram com inflação acumulada no ano, janeiro a fevereiro, maior que a inflação Oficial da Região Metropolitana do Recife (1,64%), chocolate em barra, bombons e achocolatado em pó acumulam alta nos preços nos dois primeiros meses do ano de 2,45% e 1,70% respectivamente, sinalizando assim um impacto nos preços dos ovos de chocolate.

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Segundo o economista responsável pelo levantamento, Rafael Ramos, o comportamento do acumulado dos preços no início do ano e a propensão reduzida da população a consumir, devem impactar nas vendas da festividade. “A redução da renda disponível da população com ajuste nos transportes, energia elétrica, desaceleração do mercado de trabalho e nível de endividamento alto, fará com que a população diminua ou substitua itens para que o orçamento não fique ainda mais comprometido”, afirma.

Além do chocolate, o pescado é um dos itens da cesta que demonstra maior pressão inflacionária em apenas dois meses, acumulando alta de 3,36%, muito acima da inflação geral e do próprio chocolate citado anteriormente. O tipo de pescado que mais encareceu foi a cavalinha (12,19%), seguido pelo camarão (6,29%) e a merluza (5,89%).

Na outra ponta a sardinha e a corvina apresentam deflação de -3,91% e -0,17% respectivamente. Itens como cebola, tomate e batata inglesa, que também compõe os pratos da festa, mostram comportamento distinto. O primeiro vem com forte aceleração de 11,30% enquanto que os dois seguintes demonstram recuo no índice de preço de -1,26% e -0,66%.

Com informações de assessoria

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,22% em fevereiro ante uma variação de 1,24% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 6. O resultado ficou acima do teto das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 1,01% a 1,21%, com mediana de 1,08%.

Como resultado, a taxa acumulada no ano foi de 2,48%, e o resultado em 12 meses ficou em 7,70%. É o segundo mês consecutivo que o IPCA fica acima do teto da meta de tolerância do governo, de 6,5%. Em janeiro, a taxa em 12 meses estava em 7,14%., acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,50%. É a maior alta do IPCA em 12 meses desde maio de 2005, quando ficou em 8,05%. Em fevereiro de 2014, o IPCA foi de 0,69%.

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Gasolina

Os preços da gasolina subiram 8,42% em fevereiro, fazendo do item o principal destaque da inflação medida pelo IPCA. A elevação refletiu o aumento nas alíquotas do PIS/COFINS, que entrou em vigor em 1º de fevereiro. Como resultado, a gasolina foi responsável por 25,41% da taxa de inflação no mês, uma contribuição de 0,31 ponto porcentual para a variação de 1,22% registrada pelo índice.

Também sob influência do aumento nas alíquotas do PIS/CONFINS, o óleo diesel teve alta de 5,32%. Já o etanol ficou 7,19% mais caro. Os gastos com transporte cresceram 2,20%, maior impacto de grupo no mês, o equivalente a 0,41 ponto porcentual. Além dos combustíveis (7,95%), as famílias tiveram de gastar mais com trem (3,10%), automóvel novo (2,88%), ônibus urbano (2,73%), metrô (2,67%), ônibus intermunicipal (1,68%), táxi (1,21%) e conserto de automóvel (1,20%).

A expectativa de que o Banco Central não entregará a inflação sem estourar o teto da meta de 6,50% deu mais um passo de afastamento em relação a essa tarefa no Relatório de Mercado Focus divulgado pelo Banco Central, nesta segunda-feira (9). De acordo com o documento, a mediana das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 7,01% para 7,15%. Há um mês, a mediana estava em 6,60%.

Também no Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões, a mediana segue acima da banda superior da meta e aumentou, passando de 6,86% para 7,12%. Quatro semanas atrás, estava em 6,60%.

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O Banco Central trabalha com um cenário de alta para o IPCA nos primeiros meses deste ano, mas conta com um período de declínio mais para frente, levando o indicador a ficar no centro da meta de 4,5% no encerramento de 2016. Apesar desse prognóstico mais positivo para o médio prazo, as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente seguem elevadas. Passaram, no entanto, de 6,61% para 6,56%, ante 6,66% de um mês antes.

Para o final de 2016, a mediana das projeções para o IPCA de 2016 foi mantida em 5,60% pela segunda semana seguida - estava em 5,70% quatro semanas atrás. No Top 5, a projeção para a inflação no final do ano que vem passou de 5,60% para 5,65% - um mês antes estava em 5,60%.

É no curto prazo que os preços mostram mais descontrole. Depois da alta de 1,24% de janeiro, revelada na semana passada pelo IBGE, os analistas preveem que o IPCA suba 1,02% em fevereiro - na semana anterior estava em 1,01% e quatro antes, em 0,74%. Já para março, é aguardada uma pequena desaceleração da taxa, que deve ser de 0,65%. Na semana anterior, a mediana das previsões estava em 0,59% e um mês antes, em 0,55%.

O IBGE deve divulgar, nesta sexta-feira (6), a maior taxa de inflação oficial do País para um mês de janeiro desde 2003, quando o IPCA ficou em 2,25%, apontou levantamento feito pelo Banco Central com as cinco instituições privadas que mais acertam projeções de curto prazo - as chamadas Top 5. O IPCA, segundo essa avaliação, subirá 1,24% no primeiro mês de 2015.E a tendência é de continuidade da elevação dos preços em fevereiro, quando o índice deve atingir seu pico no acumulado de 12 meses.

Por essa pesquisa, o acumulado de fevereiro de 2014 a janeiro de 2015 registrará uma alta de 7,14%. A expectativa é de que a taxa continue avançando no mês seguinte e atinja 7,52% em 12 meses, ao final de fevereiro. Isso porque o grupo espera que o IPCA fique em 1,05% este mês. A partir daí o prognóstico é de desaceleração gradual nas estimativas anualizadas até chegar a 6,93%, em junho.

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A partir do segundo semestre, as projeções acumuladas em 12 meses orbitam entre 7,22% (setembro) e 7,43% (novembro). No encerramento do ano, ainda segundo o Top 5, o IPCA registrará uma alta de 7,36%. O BC, portanto, não conseguirá, na avaliação dessas casas, entregar a inflação nem mesmo dentro do teto da meta, de 6,50% para este ano. O centro perseguido pelo BC é de 4,5%, mas essa taxa já estará acumulada próximo a este patamar em junho (4,26%), ultrapassando a marca no mês seguinte (4,60%), conforme o levantamento.

Ao contrário das expectativas para o primeiro bimestre do ano, as previsões para o IPCA de março a dezembro estão todas abaixo de 1%. A maior taxa mensal desse período é aguardada justamente no último mês de 2015 (0,72%). Já a variação mais comportada dos preços este ano deve ser vista em junho, quando o IPCA subirá 0,22% pelos cálculos do Top 5.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem dito desde o final do ano passado que a inflação iria mostrar aceleração no início de 2015, mas que ao longo dos meses a taxa diminuiria por um longo período, fazendo com que o IPCA atingisse o centro da meta no encerramento de 2016. Esse mesmo conteúdo vem sendo divulgado nos documentos oficiais da instituição, como a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

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